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Lançamento por Homologação e Alíquota do ITR

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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031 
Caso Concreto 1 
 
José Manuel contratou um contador para fazer a sua declaração de imposto de renda. O
contador lhe solicitou todos os documentos e informações necessários e conferiu todos os
dados, com base em possíveis cruzamentos de informações. Como resultado da
declaração apresentada, restou apurado o dever de recolher pouco mais de três mil reais.
O contador entrega a José Manuel a declaração impressa e em versão digital,
acompanhada da guia de recolhimento da primeira parcela, dentro do prazo legal e
orienta ele a recolher as demais parcelas. José Manuel recebe e paga a primeira parcela,
mas se esquece de fazer qualquer pagamento nos meses seguintes. José Manuel se
habilita em um certame público para prestar serviços públicos como temporário em virtude
de grande evento esportivo que ocorrerá em sua cidade, conduzido pelas forças armadas.
Para isso, lhe é solicitada a entrega de certidões que comprovem sua regularidade fiscal.
José Manuel solicita este documento à receita federal e recebe a informação de que em
seu nome consta dívida ativa inscrita pelo não pagamento de imposto de renda declarado.
Insurge-se e entra em contato com seu contador que lhe relembra que deveria pagar as
demais parcelas pela declaração feita recentemente, mas ele reclama pois a RFB
inscreveu seu nome sem sequer lhe notificar antes. Indaga-se: 
1) o caso concreto trata de que espécie de lançamento?
No caso concreto a espécie de lançamento utilizada é a por homologação onde há
intensa participação do sujeito passivo no procedimento, disciplinada no artigo 150
do CTN, nesta modalidade de lançamento o sujeito passivo antecipa o pagamento
sem prévio exame da autoridade administrativa, sendo que esta, ao conferir a
exatidão dos valores recolhidos, realiza a homologação do pagamento.
2) A inscrição é regular ou deveria haver alguma notificação prévia?
A inscrição é regular, pois a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo
o débito fiscal dispensa qualquer providência por parte do fisco a teor da Súmula nº
436 do STJ, portanto desnecessária a prévia notificação do contribuinte para
inscrição em dívida ativa.
Questão objetiva 
A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o
ano de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de
1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende
que a alíquota aplicável é de 1%. Na verdade: 
( x ) a. Joaquim está com o entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em
que ocorreram o lançamento e a notificação; 
( ) b. o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior; 
( ) c. a alíquota aplicável é a de 1%, por consequência do princípio in dubio pro reo; 
( ) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%; 
( ) e. a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas, em face
do princípio da razoabilidade.

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