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/ A identificação de negócios e a busca de oportunidades: o empreendedorismo fora e dentro das organizações CAPA Site: UNICURITIBA VIRTUAL - GRADUAÇÃO Curso: Gestão Empreendedora Livro: A identificação de negócios e a busca de oportunidades: o empreendedorismo fora e dentro das organizações Impresso por: DANIELA DOS SANTOS REGUELIN Data: sexta, 17 Abr 2020, 18:23 https://unicuritibavirtual.unicuritiba.edu.br/ead / Sumário 1. CAPA 2. APRESENTAÇÃO 3. OBJETIVOS 4. DISPARADOR 5. INTRAEMPREENDEDORISMO 6. AS CARACTERÍSTICAS DE UMA ORGANIZAÇÃO INTRAEMPREENDEDORA 7. VISÃO INTRAEMPREENDEDORA DAS ORGANIZAÇÕES 8. AÇÃO ESTRATÉGICA E VISÃO INTRAEMPREENDEDORA 9. EXEMPLO DE INTRAEMPREENDEDORISMO 10. AS ORGANIZAÇÕES INVESTIDORAS 11. O QUE É UMA STARTUP 12. FATORES DE SUCESSO 13. EXEMPLOS DE SUCESSO DE ORGANIZAÇÕES INTRAEMPREENDEDORAS 14. PLANO DE MARKETING 15. ENCERRAMENTO 15.1. SAIBA MAIS 16. REFERÊNCIAS 17. CRÉDITOS / / APRESENTAÇÃO Olá! No módulo anterior estudamos conceitos sobre a questão da construção das competências e habilidades; a natureza das competências e habilidades; o impacto da competência sobre os empreendedores; os conflitos; situações de estresse e a atitude dos empreendedores. / OBJETIVOS Esta unidade foi pensada para você estudar: Definição de intraempreendedorismo; O empreendedorismo fora e dentro das organizações; Definição de mercado para o intraempreendedorismo; A busca de oportunidades dentro das organizações; Fundamentos de Marketing. / DISPARADOR Você sabe que o empreendedorismo corporativo, também chamado de intraempreendedorismo, envolve o conceito de intraempreendedorismo como caminho para que as empresas promovam a inovação como parte de sua cultura organizacional empreendedora? Através da prática do empreendedorismo interno com os funcionários, independente da posição hierárquica, desempenham tal papel sugerindo inovações desde as situações mais simples do dia a dia nas empresas. No entanto, podemos perguntar: Mas, de verdade, qual o significado para o nosso trabalho, se somos intraempreendedores? Se necessariamente não precisamos pedir demissão das empresas para agirmos e atuarmos como empreendedores, o que realmente significa ser um intraempreendedor? Leia o texto sobre Intraempreendedorismo para entender o que significa. Quais as iniciativas necessárias para a minha atuação como intraempreendedor? Preciso ter ideias radicais para ser um intraempreendedor? Ou simplesmente ideias que apresentem boas propostas de economia de desperdícios? É importante considerar que, a partir dessa contribuição, é preciso pensar em chegar lá? Além disso, no decorrer da unidade, chegaremos no conceito das Startups. Para isso, assista ao vídeo indicado: Nesse começo da unidade é interessante lembrar de uma história bem curta que conta sobre dois pedreiros que assentavam tijolos e, quando foram perguntados sobre o que estavam fazendo, um deles respondeu que simplesmente assentava tijolos; já o outro respondeu que estava construindo uma catedral. São respostas diferentes? Qual a diferença? Pense nisso! VAI QUE DÁ VAI QUE DÁ KEKANTO ENDEAVOR | STARTUPS DE SUCESSOKEKANTO ENDEAVOR | STARTUPS DE SUCESSO https://www.infomoney.com.br/carreira/noticia/2303515/intraempreendedorismo-voce-sabe-que-isso-significa https://www.youtube.com/watch?v=1uq-1KxM6yo / INTRAEMPREENDEDORISMO O significado do termo intraempreendedorismo foi estabelecido pelo consultor canadense Gifford Pinchot e define aquele colaborador que, dentro da organização, assume a responsabilidade de promover a inovação de qualquer tipo, a qualquer momento, em qualquer lugar da empresa; e refere-se aos executivos que, nas organizações, definem-se e assumem ao mesmo tempo o papel da responsabilidade pelo processo de mudança como os agentes responsáveis pelos processos internos de mudança organizacional (HASHIMOTO, 2006). Veja que aproveitar ideias e as atitudes de todas as equipes tornou-se indispensável para manter as equipes competitivas. Por isso, é necessário mobilizar o talento de todos dentro das organizações e essa prática de adotar o estímulo à inovação e solução de problemas nas organizações é conhecido como Empreendedorismo Corporativo ou Intraempreendedorismo. Uma organização empreendedora bem- sucedida requer não somente a disponibilidade de recursos financeiros, conhecimento, habilidades, tempo e energia, mas também um comprometimento com o lado emocional dos indivíduos. Isso se reflete na persistência, paixão e crença nos produtos/serviços por eles desenvolvidos. Vamos adiante. O intraempreendedorismo dentro das organizações atua para acelerar as inovações dentro de empresas, por meio do melhor uso dos seus talentos humanos empreendedores. Pense nessas duas frases: 1. Não é preciso reinventar a roda para inovar. A criatividade pode se revelar nas coisas mais simples. (Akio Morita, fundador da Sony) 2. O papel das empresas não é o de se limitar a produzir bens e serviços. É também o de zelar pelo bem comum. (Anita Roddick, fundadora da The Body Shop) É bem interessante você iniciar a unidade considerando a importância da identificação de negócios para a vida das organizações, sem, no entanto, esquecer que essa identificação, em muitas situações, reflete coisas simples. Considere, para o intraempreendedor, que o resultado da busca de oportunidades pode revelar que o sucesso de uma organização não pode ser sempre associado com consumo explosivo e receita garantida. São necessárias etapas que precisam ser percorridas e o objetivo é mostrar que, mesmo entendendo tal necessidade, a verdade é que alguns empreendedores pensam à frente de seu tempo; porém, embora empreendedores, muitos funcionários intraempreendedores não olham para as oportunidades de negócios criadas por eles mesmos nas organizações. Assista ao vídeo sobre “Liderança e Intraempreendedorismo”. / As grandes organizações aparentam dificuldade de identificar os talentos e, com isso, o medo de perder o profissional empreendedor para o mercado de trabalho em função das oportunidades reveladas. Mas é fundamental atrair e reter funcionários com perfil empreendedor e promover ambiente apropriado para estimular talentos nas organizações. Por isso é importante compreender que o intraempreendedor precisa: conhecer a realidade dos negócios e do mercado; liderar equipes; tomar decisões rápidas mesmo na ausência de dados completos; sofrer pouca interferência da alta administração. É importante considerar que as empresas que prestam mais atenção à sustentabilidade demonstram responsabilidade social e apostam na interatividade são premiadas pelo mercado, por isso, o novo perfil dos consumidores, comparado com o trabalho apresentado pela professora Kanter de Harvard, faz-nos entender e aceitar que inúmeras são as oportunidades para exploração comercial de negócios que estão afinados com o momento atual. Tal constatação é, no fundo, um respeito à satisfação dos consumidores que hoje possuem essa consciência ecológica e social. Liderança e IntraempreendedorismoLiderança e Intraempreendedorismo https://www.youtube.com/watch?v=0FIAJut6Fqg / Avalie que o intraempreendedor não é necessariamente o inventor de novos produtos ou serviços, ele adota ideias e as transforma em negócios rentáveis para as empresas. O intraempreendedor opta por permanecer na organização pelos motivos como segurança, recursos à disposição; seu trabalho pode resultar em valor agregado aos produtos e serviços oferecidos pela organização ao consumidor. No dia a dia, o intraempreendedor: trabalha para desenvolver novo produto; sugere melhorias em produtos ou serviços já existentes; cria uma nova rotina nos processos da organização; busca sempre melhorias em um processo já existente na empresa em qualquer área de trabalho. Além de traçar um paralelo entre a criatividade individual e a performance da empresa, é também importante relacionar a capacidade de aprender e inovar ao processo de criar. Entre as exigências para se garantir a sobrevivênciadas empresas nos tempos atuais, está a capacidade de aprender - sobretudo, com a análise de questões fundamentais, como: Por que as empresas perdem contato com seus mercados? Por que são surpreendidas por exigências dos clientes? Por que são lentas em reagir à concorrência? Ou até despreparadas para aceitar soluções inovadoras? As respostas a essas perguntas podem ajudar as empresas a encontrarem soluções criativas para contornar turbulências, enfrentar futuros desafios e garantir uma atuação bem sucedida. A origem da palavra estratégia é uma herança dos gregos. Estrategos era o comandante supremo escolhido para planejar e fazer a guerra na antiga Grécia. Para alguns, estratégia é uma forma de pensar no futuro e está integrada no processo da decisão. É interessante notar a comparação do comportamento das organizações tradicionais em relação às organizações empreendedoras no sentido de entender as diferentes atitudes e/ou reações nas situações do dia a dia das empresas, como estratégia, análise do ambiente, risco, cultura organizacional, estrutura e comunicação. (HASHIMOTO, 2006). Veja o quadro: Interessante também você notar a comparação do comportamento das organizações tradicionais em relação às organizações empreendedoras no sentido de entender as diferentes atitudes e/ou reações nas situações do dia a dia das empresas como tomada de decisão e o tratamento das pessoas (HASHIMOTO, 2006). Veja o quadro: Observe uma frase de autoria do co-fundador da Hewlett Packard, Williarn Hewlett, que revela o pensamento de alguém que soube conviver e incentivar o empreendedorismo dentro das organização: / Quando olho para trás e vejo o que fiz no meu trabalho, uma das coisas de que mais me orgulho é ter ajudado a criar uma empresa que, em virtude dos seus valores, práticas e sucessos, teve um impacto enorme sobre a forma como empresas são gerenciadas em todo o mundo. E me orgulho, principalmente, de estar deixando para vocês uma organização que poderá continuar sendo um modelo, mesmo sem mim. Assista ao vídeo que trata sobre o que fazer com funcionários com perfil empreendedor, no caso, colaboradores “intraempreendedores”. Clique no ícone para assistir ao vídeo Agora veja o perfil do gerente intraempreendedor definido como aquele que busca a criatividade dos funcionários e investe na qualificação profissional. Vários são os exemplos de que tal postura propicia, mesmo em situações adversas, as condições necessárias para a alavancagem do negócio. De um modo simples, esse comportamento revela a constante necessidade da procura por oportunidades empresariais ainda a serem exploradas. Veja que, no mundo dos negócios, o crescimento contínuo de tendências atuais (como voz, dados, vídeo convergência e e-commerce) prosseguirá impulsionando a necessidade do desenvolvimento das empresas no que diz respeito ao trato das informações. Já para outros, envolve conhecer o negócio em que estamos, verificar as tendências. E continuando com um raciocínio simples, planejar estrategicamente exige o conhecimento para identificar as ameaças e as oportunidades do ambiente empresarial. O diferencial é entender que a informação compartilhada é a chave. Assista ao vídeo que aborda o intraempreendedorismo para você entender que é possível essa prática dentro de uma empresa já estabelecida Clique no ícone para assistir ao vídeo Episódio 63 - O que fazer com funcionários com per�l empEpisódio 63 - O que fazer com funcionários com per�l emp…… Você é um Intraempreendedor?Você é um Intraempreendedor? https://www.youtube.com/watch?v=jsIJYwyLuaU https://www.youtube.com/watch?v=iNoOwsPwpB8 / Agora, reflita que o diferencial é entender que a informação compartilhada é a chave. Pense nisso! / AS CARACTERÍSTICAS DE UMA ORGANIZAÇÃO INTRAEMPREENDEDORA Cada empresa cria o seu próprio modelo, adequado ao seu negócio, com objetivo de se tornar competitiva e gerar valor. Na maior parte dos modelos, algumas características são fundamentais para se alcançar sucesso nos projetos: 1. Estímulo às atitudes empreendedoras; 2. Delegação de poder e autonomia, Empowerment (“empoderamento” das decisões). 3. Tolerância ao erro; 4. Qualidade e inovação; 5. Bom processo de comunicação formal e informal; 6. Motivação, energia/sonhos e desafios. Entenda o termo empowerment (empoderamento) como uma forma de reconfigurar os processos intraorganizacionais (conjunto de atividades que ocorrem dentro das empresas para transformar insumos em produtos e/ou serviços que os clientes valorizam), ou seja, o empowerment de funcionários significa transferir permanentemente, dos gestores para os funcionários em níveis operacionais, a autoridade e a responsabilidade pela tomada de decisões (WILLIANS, 2010, p. 181). Isso implica no funcionário perceber quando seu trabalho tem importância e significado e sente-se competente no que faz. Quando você imagina a existência de pessoas ou empresas que procuram produtos ou serviços e outras pessoas, ou empresas que oferecem tais serviços ou produtos, você entende que existem consumidores, fornecedores e concorrentes. Obviamente, nessa relação estabelecida entre oferta e procura, surge o mercado, uma vez que mercado é um grupo de consumidores que apresentam características e comportamento semelhantes, necessidades, interesses, poder aquisitivo e disposição para comprar e pode ser dividido em a) consumidores finais e b) mercado industrial (formado pelas organizações) (MAXIMIANO, 2012, p. 81). Por isso, você deve considerar a importância de entender o cliente (ponto fundamental do marketing), pois os clientes (consumidores finais) são exigentes e detalhistas. Às vezes, parecem não saber o que querem, mas sabem muito bem o que não querem (MAXIMIANO, 2012, p. 81). Internamente as empresas precisam oportunizar os funcionários para a identificação das características do mercado e assim trabalhar para o entendimento do cliente. / Vamos prosseguir. / VISÃO INTRAEMPREENDEDORA DAS ORGANIZAÇÕES Observe a necessidade do entendimento do mercado para o seu correto dimensionamento, o que determina a natureza e o tamanho do investimento que você deve fazer, por exemplo, nas atividades de marketing, uma vez que erros podem provocar graves prejuízos (MAXIMIANO, 2012). Os produtos e ideias empreendedoras têm início quando as organizações agem de modo intraempreendedor, o que significa internamente estar muito atento às tendências e comportamento do mercado. Essa boa percepção pode ser capaz de determinar a conduta ideal para a criação de produtos e/ou serviços. Observe a seguir duas questões importantes acerca da visão intraempreendedora nas organizações. 1. Para conviver com a concorrência, muitas empresas precisam saber como se posicionar numa direção e dar a impressão de que caminham em outra. Isso parece muito importante, uma vez que procuram alcançar expansão sem muito investimento; eliminação de pontos físicos onerosos; criação de novos canais de distribuição; atingir novos segmentos como a população de baixa renda; melhorar os sistemas atuais de e-commerce. E mais: o concorrente não pode estar à frente. 2. As empresas precisam entender a importância de não tratar o consumidor como alguém que se comporta como um “curupira” (do folclore brasileiro, que tem seus pés voltados para trás e ilude seus perseguidores por deixar rastros falsos no chão). É preciso desenvolver um relacionamento pessoal e diferenciado com os clientes. Uma empresa não precisa ter uma bola de cristal, mas precisa tentar antecipar-se às tendências de consumo, se não, ao contrário, pode tentar atender ao mercado seguindo as trilhas do “curupira”. Dessas duas lições você pode entender que toda empresa precisa ter objetivos, inclusive numéricos, claros e bem definidos. Ao empresário de hoje é requerido que seja um empreendedor e, principalmente, um estrategista. Para ter uma boa fonte de ideias, as empresas precisam saber identificar deficiências em qualquer produto ou serviço e estar à frente da concorrência, sempre antecipando as tendênciasde consumo, mesmo que isso signifique identificar sua própria deficiência. / AÇÃO ESTRATÉGICA E VISÃO INTRAEMPREENDEDORA Você pode avaliar que das empresas cada vez mais são requeridas ações estratégicas, o que pode ser entendido e resumido como novos produtos, mercados e tecnologias. O futurologista John Naisbitt disse uma vez que a nova fonte de poder não é o dinheiro nas mãos de poucos, mas a informação nas mãos de muitos. No mundo dos negócios alguém caminha trabalhando para comprovar certas frases com ar de futurologia. O mundo dos negócios está repleto de histórias e de invenções engenhosas que provam que a inovação está ao alcance de todos. É desse modo que Allyn Freeman e Bob Golden, da conceituada revista Executive Digest, traçam um perfil de vários casos de sucesso mundial no mundo dos negócios. Existem inúmeras histórias inspiradoras de pessoas que inventaram ou lucraram com produtos sem os quais o mundo não seria o mesmo. Essas histórias empresariais apresentam situações inusitadas, em que, provavelmente, cada um de nós já pode até ter se questionado da seguinte maneira: “Como é que eu não pensei nisso?”. / EXEMPLO DE INTRAEMPREENDEDORISMO Um bom exemplo foi quando Bette Nesmith, em seu dia a dia de trabalho, em relação à não aceitação em erros de “datilografia” na época, desenvolveu pioneiramente uma “mistura” de esmalte branco e solvente para apagar erros nos documentos. Após ter deixado o emprego, outras secretárias repararam no frasco e pediram-lhe que lhes arranjasse algo semelhante. Encorajada por amigos e por um fornecedor de materiais de escritório, comercializou o produto com o nome Liquid Paper. O exemplo de intraempreendedorismo está no fato de ela mesma criar algo para melhorar o seu trabalho. No caso específico, a melhoria foi utilizada internamente, mas, em 1964, ela já possuia sua própria produção com cinco mil frascos mensais, a quantidade necessária para dar resposta a todos os pedidos. Em 1966 a Liquid Paper mudou-se para uma fábrica moderna, e o líquido milagroso estava sempre associado a vendas de itens de material de escritório. Nesmith, em 1968, profissionalizou as áreas de marketing, de vendas e finanças, quando as receitas alcançaram a casa do milhão de dólares. A sede mudou-se para um novo edifício, onde uma linha totalmente automatizada enchia 60 frascos por minuto. Verdadeiramente, as ideias e as estratégias são importantes, mas o desafio está mesmo na execução. Muitas empresas começaram a interessar-se pelo negócio e a Gillette comprou a Liquid Paper, em 1979. Por isso é importante você considerar a necessidade de correr à frente da concorrência, sempre observando as tendências tecnológicas e de mercado. Conta- se a seguinte história: Dois executivos caminhavam na selva quando se depararam subitamente com um tigre furioso. O executivo asiático abriu sua maleta e calçou um par de tênis de corrida. O executivo ocidental disse: ‘Você está maluco! Não pode correr mais do que um tigre.’ O asiático respondeu: ‘Não, mas posso correr mais do que você’. Nas organizações e em situações de pressão diária para o cumprimento de metas e produção, as pessoas enfrentam as dificuldades normais em ambientes de trabalho. A postura que entende essas situações como geradoras de oportunidade para criar e inovar apresenta-se como responsável pelos processos de mudança inovadores e intraempreendedores. Pense nisso! A famosa corporação americana The Leonard's Stew deixa visível na sua porta de entrada a sua política da qualidade, em duas regras: 1. O cliente está sempre certo. / 2. Se acaso o cliente está errado, releia a primeira regra. A empresa convive com um sucesso de vendas. Aproveito para lembrar o resultado de um estudo desenvolvido pela Arthur Andersen, sobre as empresas mais competentes quanto a: 1. determinação das necessidades dos clientes: Nestlé, Nike. 2. desenvolver e treinar empregados: General Eletric, Gillette e Bosch. 3. assegurar o envolvimento do pessoal: Google. Vale ler o artigo que menciona a frase da The Leonard´s Stew: Para você entender as origens de algumas organizações e o desenrolar fruto de atitudes intraempreendedoras, lembro de alguns casos famosos: Motorola: sofrida e difícil sobrevivência nos seus primeiros dois anos com a produção e reparos de bateria para a Sears. Sony: truncada no início, após o fracasso do lançamento de uma panela de arroz e de um toca-fitas. Procter & Gamble: nasceu a partir de uma fusão de um fabricante de velas com outro de sabão, operaram os mesmos pequenos negócios por 15 anos. Disney: os seus primeiros filmes mal geraram ganhos para garantir a sobrevivência. Nordstrom: iniciada a partir de uma loja de sapatos, mas demorou 20 anos para abrir um segundo estabelecimento. Veja que, em cada um desses casos, a mesma pergunta poderia ser feita, se o objetivo fosse estabelecer uma análise para a sobrevivência em termos de futuro. Como poderiam enfrentar os momentos de turbulência? https://www.sdr.com.br/professores/joao_baptista/O_cliente_nunca_tem_razao.htm / AS ORGANIZAÇÕES INVESTIDORAS A história registrou tais fatos. Estratégias e modelos de tomada de decisão foram definidos. A análise e a construção do perfil do consumidor e todas as considerações ainda se constituem num excelente termômetro para o rumo dos negócios. Saiba que o padrão hoje não é apenas a otimização, mas a criação de empresas que sejam simultaneamente modelos de eficiência e de inovação. Daí o objetivo das empresas inovadoras deve ser misturar habilidades e competências diversas espalhadas pelo mundo, que é um visto como imenso “reservatório” de conhecimento. Para o professor da London Business School Gary Hamel da Strategos, uma firma californiana de Sand Hill Road em Menlo, no coração do Vale do Silício, estamos numa era em que a criatividade e a inovação terão de ocorrer cada vez mais em parceria. A inovação será cada vez mais feita em parceria e sempre para juntar tais competências díspares as empresas estarão preparando-se para a turbulência e criando organizações do futuro. (DORNELAS, 2008) Vamos seguindo. Sem sombra de dúvida, há a necessidade do amparo ao empreendedor que vislumbra alavancar a sua empresa. Temos como exemplo o Sebrae, que materializa o empreendedor potencial para o qual as “creches tecnológicas” que se apresentam como uma possibilidade de incentivo à criação de novas empresas, pois atuam como “ponte” entre a escola e o mercado, estimulam a capacitação empreendedora através do exercício cuidadoso, do amparo e incentivo criador dirigido a pessoas que gostam de desafios, detestam rotina, correm riscos calculados, concretizam ideias, são dinâmicos, organizados e descobrem oportunidades. É bem interessante você pensar que não existe conhecimento estável num mundo instável, pois não há nada mais importante que romper os paradigmas, acreditando que é possível ampliar ou realizar novos negócios, inovando a forma de fazê-los. Em um mundo globalizado, sua empresa precisa estar estruturada para reagir rapidamente às mudanças, visualizar as ações dos concorrentes e aproximar-se cada vez mais do seu cliente. / O QUE É UMA STARTUP Você sabia que Startup significa o ato de iniciar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas que estão no começo de suas atividades e buscam explorar atividades inovadoras no mercado? Então, uma startup é jovem e busca a inovação em diferentes áreas ou ramo de atividade, baseada no desenvolvimento de um modelo de negócio que pode ser continuado, pois é através desse modelo de negócio que visualiza a continuidade e mesmo a expansão da empresa. É um conceito bem recente, pois, no Brasil, as primeiras startups começaram a aparecer no início do século XXI, a partir de 2010. / FATORES DE SUCESSO MAS QUAIS SÃO OS FATORES DE SUCESSO PARA UMA ORGANIZAÇÃO? A resposta é simples. Hoje, ao buscar-se a verdade, o conhecimento e a prática para a sustentação de negócios futuros com ideias consistentes, é preciso estabelecer propósitos definidos a partir da coleta de dadose análise de informações, para poder, assim, criar plano específico para os clientes, sendo que, para cada uma delas, é preciso incluir a análise sobre a previsão nas mudanças do volume de vendas, planejar a expansão do mercado, para poder desenvolver um plano do negócio pensado. Para você compreender como a visão pode ser definida do ponto de vista empresarial, você deve entender que do sonho nasce a realidade. A visão deve ser de fácil entendimento, compatível com os valores da companhia, positiva, inspiradora, desafiadora, e estar ligada às necessidades dos clientes. Tente entender as declarações de missão das empresas. Perceba que é possível aprender muito sobre elas. As empresas têm de ser flexíveis para responder rapidamente às alterações competitivas e de mercado, pois estes estão mais abertos e, portanto, com leis mais flexíveis também. Assim, necessariamente, as empresas devem ser mais dinâmicas e ágeis. Esse é o resumo da proposta do professor de Harvard, Michael Porter. Mas as empresas, assim como no mundo científico, ainda se deparam com muitas incertezas. Muitas questões ainda estão sendo respondidas. Se uma empresa faz aquilo que sempre fez, sempre obterá aquilo que sempre obteve. Por isso, ela deve estar preparada para transformar-se numa organização que saiba criar, adquirir e transferir conhecimento e para modificar seu comportamento de maneira que possa refletir o novo conhecimento. Por isso é preciso que as empresas estejam constantemente aprendendo. Define-se uma organização que aprende como uma que continuamente melhora por meio da criação e refinamento das capacidades necessárias para o sucesso futuro. Ambientes de concorrência exigem das empresas ações estratégicas. O sucesso dessas ações está relacionado à capacidade de decisão dos executivos. (DORNELAS, 2008) / EXEMPLOS DE SUCESSO DE ORGANIZAÇÕES INTRAEMPREENDEDORAS Muitos são os exemplos de sucesso empresarial ligado, por exemplo, a cadeias hoteleiras. É o caso de J. Willard “Bill” Marriot e Conrad Nicholson Hilton. A história registra, com relação ao Sr. Hilton, que em 1919, após a morte do pai, ele iniciou no negócio da hotelaria quando comprou um hotel de 40 apartamentos no Texas, em Cisco. Seis anos mais tarde, construiu o Hilton Hotel em Dallas. Muitos fatos aconteceram. Momentos difíceis na economia mundial e, particularmente, nos Estados Unidos, mas, na década de 40, já possuía hotéis fora do Texas e em 1948 iniciava o Hilton International Company. Chegou a possuir o famoso “Waldorf Astoria”, em New York. Hilton foi um inovador e considerado um mestre da indústria hoteleira. No caso de Marriot, o sucesso empresarial passou até pelo fornecimento e abastecimento de suprimentos, pelo serviço chamado de catering para aeronaves nos Estados Unidos. Você pode observar que a verdadeira competição já não gira em torno da participação de mercado, mas sim da atenção e da participação na mente e no coração das pessoas. A sociedade do excesso tem excesso de empresas similares, que empregam pessoas similares, de formação e ideias similares, que produzem coisas similares, por preços e qualidade similares. Embora tudo possa estar melhor, também está cada vez mais igual. Rolf Jensen, do Copenhagen Institute for Future Studies, diz que estamos no crepúsculo de uma sociedade baseada em dados. À medida que a informação e a inteligência tornam- se domínio dos computadores, a sociedade atribuirá cada vez maior valor àquelas habilidades humanas que não podem ser automatizadas: as emoções, imaginação, mito, ritual, a linguagem da emoção. Isso irá afetar tudo, desde nossas decisões de compras até como trabalhamos com os outros. É interessante perceber que, há quinze anos, as empresas competiam no preço, depois foi a qualidade, hoje competem no design (que pode ser definido como a alma fundamental de uma criação humana, como lembrava Steve Jobs). Reflita sobre isso! / PLANO DE MARKETING A parte mais importante de seu Plano de Negócios é a análise do mercado, principalmente por avaliar o consumidor, seu cliente, pois ele é a razão de ser de qualquer negócio. Portanto, nesta parte do plano, muito provavelmente você deverá realizar pesquisas para melhor conhecer os seus clientes potenciais e entender as suas expectativas. Isso significa responder às seguintes perguntas: Qual a descrição do Produto? Qual o diferencial do produto? Existe alguma vantagem competitiva? Qual a definição do preço? Qual critério de propaganda utilizar? Como será a escolha do ponto? Como será a distribuição do produto? Como elaborar a previsão de vendas? Sobre o ambiente do mercado, os seguintes itens deverão ser pensados: Identificação do público alvo; Identificação do perfil do consumidor; Análise competitiva; Análise de oportunidades e ameaças; Fornecedores; Concorrência; Cidade, Estado e Região. A FIGURA DO CLIENTE É importante considerar e pesquisar: Qual o perfil dos clientes em termos de faixa etária, sexo, nível de escolaridade, nível de renda, região de moradia, estilo de vida etc.? Quais produtos/serviços atendem às necessidades e/ou expectativas dos clientes? Onde os clientes efetuam as compras? O que os clientes consideram mais importante quando da aquisição dos produtos/serviços (qualidade, higiene, garantia, entrega, atendimento etc.)? Com que frequência os clientes compram os produtos/serviços? Quanto os clientes estão dispostos a pagar pelo produto/serviço? Quais as principais características que os clientes atribuem ao produto e serviço? Qual o potencial do mercado atual? / ENCERRAMENTO Na nossa próxima unidade você estudará sobre “Os Recursos Empresariais e as Funções Organizacionais”, e o objetivo será abordar o tema a partir de como identificar o cliente e tratar de conceitos relacionados com a identificação do cliente. Estou à disposição para eventuais dúvidas que você tenha encontrado durante a Unidade. Desejo-lhe sucesso e bons estudos! / SAIBA MAIS Dinheiro: Mitos e Lendas A Geração Z e a Geração Y https://virtual.unicuritiba.edu.br/unicuritiba/hiperava/assets/2015/GE/unidade5/Dinheiro%20Mitos%20e%20Lendas.pdf https://virtual.unicuritiba.edu.br/unicuritiba/hiperava/assets/2015/GE/unidade5/Gera%C3%A7%C3%A3o%20Y%20e%20Gera%C3%A7%C3%A3o%20Z.pdf / REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. Barueri: Manole, 2012. DEGEN, Ronald. O empreendedor: empreender como opção de carreira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008. DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2008. HASHIMOTO, Marcos. Espírito empreendedor nas organizações: aumentando a competitividade através do intraempreendedorismo. São Paulo: Saraiva, 2006. MAXIMIANO, Antônio C. A. Empreendedorismo. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2011. WILLIANS, C. ADM. São Paulo: Cengage Learning, 2010. / CRÉDITOS Reitor: Arnaldo Rebello Pró-Reitor Acadêmico: André Luis Gontijo Resende Coordenador Geral da Graduação: Dennys Robson Girardi Supervisor do NEAD: Ciro Burgos F. Professor responsável e autor: Carlos Vinícius Maluly Tutor: Carlos Vinícius Maluly EQUIPE NEAD A equipe do Núcleo de Educação a Distância (NEAD) trabalha para que você tenha a melhor experiência possível em EAD. Ela é formada por: Supervisão: Ciro Burgos F. Produção de materiais: Renata Gonçalves Gomes Tecnologias EAD: Marcelo Fassina Sistemas: Katia Aline dos Santos Design: Nayara Stelmach Nossos contatos: e-mail: nead@unicuritiba.edu.br telefone: (41) 3213-8876
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