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ILUSTRÍSSIMO SENHOR TABELIÃO DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE PESSOAS NATURAIS DA COMARCA DE SANTARÉM-PA CAIO, brasileiro, união estável, Autonomo, portador da carteira de identidade 00000 –Expedida pela D. Polícia Civil - PARÁ, CPF: 123.456.789-10, residente e domiciliado à rua 22, bairro alfazema, Santarém-PA, CEP: 76510.000, e CALEBE, brasileiro, união estável, Advogado, portador da Carteira de Identidade RG. nº 355555 – SSP/PA, em 08/07/2006, inscrito no CPF sob o nº 855.555.371-04, residente e domiciliado na rua 22, bairro alfazema, Santarém-PA, vêm, por intermédio de seu procurador signatário, requerer a DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL previamente constituída, nos termos adiante declinados: I. SÍNTESE FÁTICA Em 07/09/2010, os Requerentes formalizaram “Escritura Pública Declaratória de União Estável” junto ao 3º Oficio de notas de Santarém, visando formalizar sua união, optando pelo regime de comunhão parcial de bens. Ocorre que em 01 de fevereiro de 2020, por conta de incompatibilidades insuperáveis, o casal resolveu desfazer a união. Assim, para oficializar a nova situação fática, buscam desfazer a escritura anteriormente firmada para, oficialmente, dissolver a união estável. II. CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL E SUA DISSOLUÇÃO O requerente e o requerido mantiveram união estável por 09 anos e 5 meses, configurando a união estável nos termos do art. 1.723 do Código Civil. Conforme o entendimento do STF, a união homoafetiva deve se submeter ao regime jurídico da união estável. As partes assumiram a relação pública e efetivamente em 2010, adquiriram bens na constância da relação, sendo explicita a sua relação perante amigos, parente e a sociedade em geral. Dessa maneira, a união homoafetiva deve receber igual tratamento dispensado à união estável mantida entre pessoas de sexos opostos, conforme entendimento do STF, seguido por tribunais por todo o país, em consonância com os princípios constitucionais da igualdade, da liberdade e da dignidade da pessoa humana. Assim, conforme demonstrado anteriormente após a convivência em união estável, as partes romperam em janeiro de 2018. III. BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE DURANTE A RELAÇÃO Não resta nenhuma dúvida que as partes viveram sob o regime de união estável. Sendo assim, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens de acordo com o art. 1.725 do Código Civil. Uma vez verificada a união estável os bens adquiridos onerosamente na constância da relação deverão ser partilhados ao término do vínculo, nos termos do art. 1.658 da Lei Civil: Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. In casu, fora adquirido de forma conjunta, onerosamente durante a convivência, os bens a seguir relacionados: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613814/artigo-1723-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613661/artigo-1725-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 1. Um imóvel residencial situado na Rua xxxxx CEP xxxxxxx, no valor de 200.000,00 em nome dos ex-conviventes, que foi mobiliado em esforço comum ao custo de 68.000,00 no total. 2. Um carro modelo Gol, ano 2018, placa xxxx, no valor de 35.000,00. Portanto, finda a relação, deve-se partilhar os referidos bens no percentual de 50% (cinquenta por cento) para cada convivente. IV. ALIMENTOS Os Requerentes pretendem ainda que fique ajustado que CALEBE prestará alimentos para CAIO. V.REQUERIMENTO Diante do exposto, requerem a designação de data para que os Requerentes ratifiquem estes termos e, ao final, seja lavrada escritura pública de dissolução de união estável. Informam, por fim, que todas as intimações deverão ser feitas na pessoa de seus advogados na pessoa constante no timbre desta petição. Nesses termos, Pedem deferimento. Santarém, 13 de abril de 2020. Elineuza Alves da Silva OAB/PA 040309
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