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Os desafios da escola publica Voleibol

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3
Cadernos PDE
I
 
 
A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS PRÉ - DESPORTIVOS COMO RECURSO PARA A 
INICIAÇÃO AO VOLEIBOL ESCOLAR 
 
Leise de Jesus Tavares1 
Orientador: Prof. Dr. Thiago Pelegrini 2 
 
 
Resumo 
Este artigo apresenta os resultados de um Plano de Implementação Pedagógica que foi desenvolvido 
no Colégio Estadual “Barão do Rio Branco” – Ensino Fundamental e Médio. Rua Sílvio Pegoraro, nº 20 
- Jardim Petrópolis, da cidade de Londrina, Estado do Paraná, e que teve como objetivo a adoção do 
Minivoleibol como introdução ao ensino do conteúdo e prática do Voleibol tendo como público-alvo junto 
alunos de um 7º ano das séries finais do Ensino Fundamental. Para o desenvolvimento das atividades 
propostas foram utilizadas de regras adaptadas, número de participantes reduzido, quadra com 
dimensões menores, bem como, rede e bola adaptadas, de forma que o aluno despertasse seu 
interesse por essa modalidade desportiva. Para tanto necessitou-se de um pesquisa em referenciais 
teóricos, para que fosse elaborado um material didático onde constasse as atividades criadas pra este 
fim, cujos resultados seguem descritos neste artigo final, apresentando a conclusão de que o 
minivoleibol é necessário e pode facilitar o aprendizado dos fundamentos básicos e que o incentivo à 
prática de jogos pré-desportivos pode motivar o aprendizado e interesse pelo jogo de voleibol. 
 
 
 
Palavras-Chave: Voleibol; Jogos Pré-Desportivos; Minivoleibol. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Durante os meses de julho a setembro do ano de 2015, foi implementado uma 
proposta de intervenção pedagógica junto aos alunos de um 7º ano, do Colégio 
Estadual “Barão do Rio Branco” – Ensino Fundamental e Médio, cujo tema foi a 
iniciação ao voleibol escolar, na Educação Física, por meio do ensino do minivoleibol. 
Esta proposição fez parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – 
PDE, dos anos de 2014/2015, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina 
(UEL) e com todos os atores da escola e da comunidade escolar. 
Como objetivos determinou-se: 1) Proporcionar aos alunos a compreensão e 
vivência do minivoleibol como recurso pedagógico para a introdução do ensino do 
 
1 Professora de Educação Física, lotada no Colégio Estadual “Barão do Rio Branco” – Ensino 
Fundamental e Médio. Rua Sílvio Pegoraro, nº 20 - Jardim Petrópolis, na cidade de Londrina, NRE de 
Londrina, cursista do Programa de Desenvolvimento da Educação PDE (2014/2015). Email: 
leisetavares@gmail.com 
2 Professor Adjunto da Universidade Estadual de Londrina - UEL, Orientador do PDE – 2014/2015. 
Email: prof.thiago.uel@gmail.com 
 
 
conteúdo voleibol; 2) Apresentar uma proposta de ensino-aprendizagem para as 
práticas do minivoleibol; 3) Oferecer a vivência dos fundamentos básicos do voleibol 
através de atividades práticas, levando o aluno a reconhecer os limites e 
possibilidades do seu corpo; 4) Orientar os alunos no uso adequado dos fundamentos 
do voleibol e 5) Incentivar a participação de jogos pré-desportivos como o minivoleibol, 
compreendendo suas regras. 
O intuito foi o de construir e direcionar o processo pedagógico das aulas de 
Educação Física para a introdução ao conteúdo voleibol a partir da utilização do 
minivoleibol como recurso pedagógico para os alunos deste 7º ano do ensino 
fundamental. Além disso, foi considerado que esse conteúdo estruturante, esporte, 
deve estar “em articulação com aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos, 
culturais, bem como elementos da subjetividade representados na valorização do 
trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na formação social crítica e 
autônoma” (PARANÁ 2008, p. 62-63). 
O projeto desenvolveu a prática do minivoleibol preparando os alunos 
envolvidos para a iniciação ao voleibol, servindo com uma prática alternativa 
relacionada ao tema. Observaram-se que as características e regras oficiais do 
voleibol tornam essa modalidade complexa necessitando, portanto, de adaptações 
pedagógicas para a transmissão desse conhecimento de forma sistematizada. 
Nesse contexto, utilizando-se do minivoleibol, como estratégia metodológica, 
ofereceu-se mais oportunidades de aprendizado aos alunos, pois suas regras são 
simplificadas, o número de participantes é reduzido, a quadra tem dimensões 
menores, a rede e a bola são adaptadas, facilitando a aprendizagem, bem como, a 
correção das dificuldades, o que é mais difícil na forma tradicional do esporte voleibol 
(INSTITUTO COMPARTILHAR, 2013). 
A metodologia de trabalho de campo foi amparada por um prévio levantamento 
bibliográfico, que serviu para propor uma ação pedagógica da disciplina, que motivou 
e incentivou a prática do esporte, enquanto aludia ao lúdico, ao recreativo e ao 
cooperativo, possibilitando a superação das dificuldades que os alunos apresentavam 
em relação ao aprendizado do voleibol. 
A seguir apresenta-se o referencial teórico que embasou a pesquisa, dividido 
em tópicos: Esporte na Escola, O Voleibol, As Características do Voleibol, O 
Minivoleibol e Considerações sobre o Minivoleibol, seguidos pelos resultados 
alcançados e pela discussão do trabalho de implementação pedagógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 ESPORTE NA ESCOLA 
 
O esporte na escola está relacionado à prática da Educação Física, devendo 
ser usado como um objeto e um meio para a educação, procurando despertar em 
nossos alunos o prazer pelo movimento, “tendo como objetivo formar a atitude crítica 
perante a Cultura Corporal, exigindo domínio ao conhecimento e a possibilidade de 
sua construção a partir da escola” (PARANÁ, 2008, p. 50-51). 
A Cultura Corporal é tratada como área de conhecimento da Educação Física 
na escola, representada por atividades corporais que são: jogo, esporte, ginástica, 
dança e luta, sendo que o estudo destes conteúdos envolvem conhecimento, 
habilidades e atitudes, que devem partir da realidade do aluno, levando-o a uma nova 
compreensão da realidade social, superando o senso comum para um aprendizado 
mais amplo, relacionando a sua vivência, a seu mundo e às motivações, através do 
conhecimento apreendido (SOARES, et al., 1992). 
Percebe-se, então, que a Cultura Corporal tratada na escola deve vir de 
encontro com as vivências de nossos alunos. Não basta a reprodução de gestos, mas 
levar nosso aluno a construção dos conhecimentos relacionados ao corpo, criando 
assim, autonomia para uma cultura corporal própria, a qual foi sendo construída desde 
sua infância. Ao trabalharmos nossos conteúdos nas aulas de Educação Física 
devemos ter claro o que pretendemos trabalhar e como iremos realizar esta prática, 
dando-lhe um significado no sentido de promover a leitura da realidade. 
Ao considerar o corpo em suas diversas dimensões: social, política, cultural, 
psicológica dentre outras, percebe-se que o corpo humano se modifica de acordo com 
seus costumes, tradições, religiões. Assim, para as Diretrizes Curriculares do Estado 
do Paraná a disciplina de Educação Física deve “possibilitar o acesso ao 
conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao 
contexto histórico, político, econômico e social” (PARANÁ, 2008, p. 51). 
De acordo com Kunz (2004, p.18-19): 
 
Para ensinar os esportes aos alunos deve-se observar, pelo menos: as 
experiências anteriores dos alunos nas modalidades que se pretende ensinar, 
as influências e as expectativas do esporte normatizado e clubístico, as 
condições locais e materiais da escola para o ensino da modalidade e, ainda, 
a própria organização do ensino e da escola. Na forma prática o esporte 
 
 
 
 
 
passa por uma “análise de sentido” num trabalho conjunto entre professor e 
alunos. Importante é desenvolver uma capacidade de agir pelo esporte e, 
para tanto, os própriosalunos precisam aprender a compreender melhor o 
sentido que o esporte tradicional tem e que poderá ter para o mundo. 
 
O esporte no seu processo de ensino, nas aulas de Educação Física, deve levar 
o aluno a ser capacitado para conhecer, reconhecer e problematizar sentidos e 
significados nesta vida, através da reflexão crítica, sendo utilizadas metodologias 
adequadas de acordo com a realidade escolar em seus diferentes momentos de 
ensino, levando em consideração o conhecimento que os alunos trazem de sua 
vivência relacionada ao esporte. 
Para ensinar o esporte na Educação Física Escolar numa concepção crítico-
emancipatória, deverá ser tratado conteúdos que permitam aos alunos organizar sua 
realidade de esporte, movimentos e jogos de acordo com suas possibilidades e 
necessidades. 
Para tanto, neste projeto, propõe-se articulações entre o ensino do voleibol e 
os elementos sugeridos pelas DCEs: Cultura Corporal e Corpo, Cultura Corporal e 
Saúde, Cultura Corporal – técnica e tática, Cultura Corporal e Lazer, Cultura Corporal 
e diversidade, criando, assim, condições para que os alunos possam ampliar e 
ressignificar os conhecimentos já apropriados. 
Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (PARANÁ, 2008, p. 
63), o conteúdo estruturante “esporte”, deve: 
 
Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas 
esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações 
cotidianas na rede pública de ensino. A prática pedagógica de Educação 
Física não deve limitar-se ao fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e 
exclusivamente das habilidades físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e 
regras. Portanto, nestas Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade 
teórico-prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e 
abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o 
aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais. 
 
Acredita-se que o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve utilizar 
o aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades esportivas, 
permitir aos alunos múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica 
em relação a este conteúdo escolar. 
 
2.1.1 O voleibol 
 
Atualmente, o voleibol é uma prática esportiva que está em destaque. As 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
seleções masculina e feminina do Brasil estão entre as melhores equipes do mundo, 
ganhando vários campeonatos. Sabemos que a mídia exerce grande influência na 
divulgação destes resultados. Mas, será que é tão fácil assim chegar nesse nível de 
conhecimento? Claro que não, sabemos que os desafios são inúmeros. 
Segundo Machado (2014, p. 27): 
 
O Voleibol é tido como o esporte mais difícil de aprender. Esta dificuldade é 
devida a complexidade de detalhes dos elementos técnicos e táticos. A 
fixação correta dos gestos, dos movimentos técnicos e táticos tem a maior 
importância porque uma falta individual significa saque ou ponto perdido. 
Durante o jogo de voleibol, o jogador é posto a prova, a todo momento, tendo 
que superar todo tipo de dificuldade, das emocionais até as psicomotoras e 
cognitivas, encadeadamente. 
 
Este esporte de alto nível exige de seus praticantes um treinamento intenso de 
muitas horas de dedicação, sendo muito técnico. No entanto, pode ser uma opção 
recreativa e divertida sem cobrar habilidades específicas, apenas movimentos simples 
para se aproximar da vivência desse jogo para pessoas que procuram uma distração 
nas suas horas de lazer. De acordo com Suvorov e Grishin (1990, p. 12): 
 
Para se poder preparar jogadores de volibol de alto rendimento é necessário 
começar o ensino das crianças desde a idade de 11 a 12 anos. É impossível 
dominar com perfeição a técnica moderna do volibol num período menor de 
tempo. Somente um planejamento prospectivo e racional do ensino e dos 
treinamentos para os volibolistas desde os 11 até os 18 anos pode solucionar 
o problema de uma preparação adequada de desportistas que dominem a 
mais elevada técnica. 
 
Nesse sentido, percebe-se que para ser um bom profissional do voleibol deve-
se iniciar um treinamento desportivo desde muito cedo. Para facilitar o aprendizado 
desse esporte devem-se introduzir inicialmente atividades lúdicas para que os 
aprendizes possam se familiarizar com determinada modalidade aos poucos, sem 
exigir do praticante além de suas possibilidades. Para isso, o profissional deve ser 
preparado para essa função. 
O esporte pode ser orientado para a educação, a saúde, o lazer e a 
participação, em dosagem e momentos diferentes, conforme as motivações, as 
tradições e as instituições diversas (PEREIRA, 1980). 
 
2.1.1.1 As características do voleibol 
 
O voleibol é praticado em uma quadra de 18x9 metros, a qual é dividida em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
dois campos iguais por uma rede situada sobre a linha central, com uma equipe 
composta de 12 jogadores, sendo 6 titulares e 6 reservas, um técnico, um assistente 
técnico e um médico ou massagista. 
O objetivo do jogo é fazer com que a bola passe sobre a rede caindo no solo 
da quadra adversária, tomando-se cuidado para que a mesma não caia em seu 
campo. Uma equipe poderá dar no máximo 3 toques alternados pelos jogadores e 
simultâneo pela equipe (exceto quando houver bloqueio). 
Uma sequência de jogadas iniciadas pelo saque é denominada de rally. O 
jogador da posição 1 (sacador) golpeará a bola com uma das mãos para a quadra 
adversária, iniciando-se o rally (jogada), e se encerrará quando uma das equipes 
finalizar com um ataque ou cometer uma infração; se estiver de posse da bola, 
marcará um ponto e continuará sacando e se perder a posse da bola, a equipe 
adversária realizará o rodízio. Este movimento serve para que todos os jogadores 
possam jogar em todas as posições da quadra. 
Um jogo é composto por até 5 sets, a equipe será considerada vencedora 
quando vencer 3 sets (conforme determinação da federação local). Um set será 
encerrado quando uma equipe fizer 25 pontos com uma vantagem de 2 pontos sobre 
os da equipe adversária. Em caso de empate em sets, o set decisivo será disputado 
em 15 pontos, prossegue até obter a diferença de 2 pontos. 
Dentro de uma equipe com 6 jogadores, estes estão distribuídos em quadra 
tendo como referência a linha de 3 metros. 
Os fundamentos do voleibol são: Saque (por baixo/ tipo tênis), toque, 
manchete, cortada e bloqueio. O sistema tático do voleibol é à disposição dos 
jogadores em quadra conhecidos pelo número de cortadores e levantadores, que 
pode ser: 3x3 – formado por 3 cortadores e 3 levantadores: 4x2 – formado por quatro 
cortadores e dois levantadores; 5x1 – formado por cinco cortadores e um levantador 
e 6x6 – sendo que neste todos cortam e levantam. De acordo com Teixeira (1997, p. 
197): 
 
Não existe sistema tático perfeito. Todo sistema apresenta vantagens e 
desvantagens, pois depende de um perfeito entrosamento entre os membros 
de uma equipe. Os jogadores, por sua vez, devem estar em boas condições 
físicas e com habilidades bem desenvolvidas. 
 
 Atualmente, o voleibol requer gestos técnicos e sistemas táticos eficientes, mas 
a complexidade dos movimentos que são exigidos durante o jogo, tornou-se um 
 
 
 
 
grande desafio para iniciantes no ensino do voleibol. 
Por se tratar de um esporte considerado complexo, necessitando de grandes 
habilidades técnicas por parte de seus praticantes, sendo para alunos iniciantes um 
pouco desinteressante, por sentirem-se despreparados nas diversas fases do seu 
aprendizado, indica-se o minivoleibol para o aluno iniciante no processo ensino-
aprendizagem do Voleibol, pois ele apresenta ações menos complexas, adaptando 
regras, espaço físico e materiais que proporcionará um aprendizado mais eficaz de 
acordo com esta faixa etária em que se encontram. 
 
2.1.2 O minivoleibol 
 
O minivoleibol,nos últimos anos, tornou-se uma alternativa metodológica de 
ensino do voleibol, sendo muito mais fácil de aprendê-lo devido a situações de jogo 
mais simples com a utilização de jogos, exercícios, atividades e jogos pré-desportivos 
que proporcionará maior diversão e motivação a essa prática, com suas regras 
modificadas atendendo as necessidades dos alunos iniciantes, onde o jogo irá 
requerer habilidades básicas e trabalho em equipe de forma mais prazerosa. 
Os jogos reduzidos, como o minivoleibol, trazem a vivência do jogo de voleibol 
(6x6), mas de forma simplificada, como uma quadra menor, uma rede mais baixa, 
bolas maiores e mais leves, e dois, três ou quatro jogadores de cada lado, adequando 
assim à habilidade dos jogadores iniciantes (AMERICAN SPORT EDUCATION 
PROGRAM, 2001). A prática de uma modalidade esportiva exige de seus praticantes 
domínio dos fundamentos e regras, sendo possível somente com treinamentos 
específicos. 
Neste sentido, o ensino do minivoleibol no âmbito escolar, proporciona os 
primeiros contatos com essa modalidade permitindo com que os alunos se 
familiarizem com ela, vivenciando através de sua prática os fundamentos e regras 
básicas de forma mais eficiente, substituindo assim, a visão do voleibol na execução 
de gestos técnicos que dificultam o aprendizado desse esporte, tornando-o complexo 
na fase de aprendizagem do aluno iniciante. 
Para Baacke (1975, p. 01): 
O Voleibol é um jogo simples, mas difícil de aprender. No entanto, 
necessitamos fazer uma adaptação do método, para que o mesmo possa ser 
ensinado a crianças. O minivoleibol oferece uma forma de jogo adaptável às 
necessidades e capacidades de crianças de 9 a 12 anos, de acordo com os 
bons princípios de ensinamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ensino do voleibol na escola deve seguir uma sequência metodológica 
apropriada que respeite as etapas de aprendizado do aluno de acordo com sua faixa 
etária, para que este se sinta mais seguro e motivado ao realizar as atividades 
propostas, evoluindo de forma gradativa, sendo que o minivoleibol contribui, e muito, 
nesse processo ensino-aprendizagem. 
Percebe-se que o minivoleibol é a maneira mais fácil de introduzir os 
fundamentos e o jogo aos alunos, desenvolvendo neles um maior interesse por esse 
esporte, começando de forma simples e aumentando o grau de dificuldade de acordo 
com sua evolução em cada etapa desse processo. 
 
2.1.2.1 Considerações do minivoleibol 
 
No minivoleibol utiliza-se os mesmos fundamentos básicos do voleibol que são 
necessários ao jogo, dentre eles estão: 
- Saque por baixo: As pernas deverão estar flexionadas, pé esquerdo à frente 
e braço esquerdo segurando a bola, tronco inclinado à frente. Ao lançar a bola para 
cima com a mão esquerda, o braço direito que irá tocar a bola faz um movimento de 
baixo para cima, podendo tocar a bola com a mão aberta ou com a mão fechada. É o 
saque mais utilizado para iniciantes do Voleibol. 
- Saque tipo tênis: O movimento inicial deve acontecer com os pés em paralelo 
e a perna contrária ao braço que irá bater na bola, deve ficar à frente. A bola deve ser 
segurada à frente da mão que fará o saque, enquanto o braço de ataque que irá 
golpear a bola é elevado com o antebraço flexionado que se movimenta de trás para 
frente e para cima golpeando a bola com a mão (dedos estendidos e unidos); 
- Manchete: as pernas devem estar afastadas até a largura dos ombros e 
levemente flexionadas, com uma perna à frente da outra e os braços devem ser unidos 
pelas mãos sobrepostas (uma sobre a outra), estendidos à frente do corpo, polegares 
unidos. A bola deve ser rebatida com os antebraços, o que permite que ela seja 
amortecida e tome outra direção; 
- Toque: As pernas devem estar afastadas na largura dos ombros e 
semiflexionadas com um dos pés à frente do outro, tronco inclinado à frente, braços 
devem estar flexionados, mãos à altura do rosto, com os dedos separados e os 
polegares bem próximos. O contato da bola com as mãos deverá ser com os dedos e 
a parte calosa das mãos; 
 
 
 
 
 - Cortada: trata-se de uma rebatida de bola feita com uma das mãos, 
caracterizada pela alta velocidade e rapidez do movimento, procurando atingir a 
quadra adversária. 
- Bloqueio: O bloqueio refere-se às ações executadas pelos jogadores que 
ocupam a parte frontal da quadra e que tem por objetivo impedir ou dificultar o ataque 
da equipe adversária. Ele consiste, em geral, em estender os braços acima do nível 
da rede com o propósito de interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de uma 
bola que foi cortada pelo oponente. 
Para facilitar a aprendizagem do Voleibol são utilizadas miniquadras, peso da 
bola (variados), altura da rede e número de jogadores adaptados para atender as 
equipes menores em função da idade para um aprendizado mais completo. 
O minivoleibol é jogado em uma quadra reduzida, dividida por uma rede 
utilizando uma bola que deverá ser tocada pelas mãos para ser devolvida ao campo 
adversário passando por cima da rede, podendo ser tocada até 3 vezes, evitando que 
a bola toque no seu campo. A pontuação do jogo é feita através de 2 sets de 25 pontos 
cada um, na forma de “tie-break” (sem vantagem). O set é ganho pela equipe que 
conseguir marcar 25 pontos com uma diferença de 2 pontos. O jogo é ganho pela 
equipe que conseguir 2 sets, caso tenha empate, um 3º set de 15 pontos é jogado, 
sendo necessário 2 pontos de diferença em relação ao adversário para poder ganhar 
o set. (BORSARI, 2010). As regras do minivoleibol são adaptadas à capacidade e 
necessidades dos alunos de acordo com sua faixa etária (BAACKE, 1975). 
As regras básicas de ensinamento dos fundamentos têm uma sequência de 
aprendizagem de acordo com cada categoria, despertando nos seus praticantes o 
interesse pelo minivoleibol, por favorecer o desenvolvimento da igualdade de 
oportunidades entre os alunos. De acordo com Borsari (2010, p. 155): 
 
O Minivoleibol tem como principais características: - estimular a prática 
esportiva de forma lúdica e prazerosa, contribuindo para o desenvolvimento 
físico, das condições motoras nas suas habilidades naturais e mentais. Assim 
como, promover a sociabilidade, a atuação em equipe e aceitar regras e 
normas de conduta de convivência produtiva. 
 
Através das diversas práticas corporais num processo pedagógico, o 
minivoleibol proporciona aos alunos adotarem uma atitude cooperativa e solidária, 
sem discriminar os colegas pelo desempenho ou razões sociais, físicas ou culturais, 
respeitando também seu próprio ritmo de aprendizagem. Com a prática do 
 
 
minivoleibol, os alunos estarão mais preparados para o Voleibol tradicional, com pré-
requisitos ideais a este esporte (BAACKE, 1975). 
O jogo é muito importante na fase de iniciação, pois desperta um maior 
interesse por parte dos alunos, os quais aprendem a lidar com as diferenças, a 
respeitar aos outros e a lidar com conflitos e frustrações cotidianas no convívio social. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O objetivo principal desta Implementação Pedagógica foi o de construir e 
direcionar um processo pedagógico para a introdução ao conteúdo voleibol a partir da 
utilização do minivoleibol como recurso pedagógico para alunos do 7º ano do ensino 
fundamental. 
Ao conversar com os alunos sobre o voleibol, foram muitas as percepções e 
conceitos importantes que surgiram com as respostas deles, especialmente sobre 
saberem o que é um Esporte Individual e Coletivo, sobre as regras que compõem o 
Voleibol, sobre suas características e fundamentos, após verem o vídeo Voleibol: 
História, regras e fundamentos3. 
A partir deste momento é que foi possível ir para a prática realizando um jogo 
de voleibol com toda a turma, seguindo as regras básicas: três toques por equipe, 
toque na rede, um toque por aluno, dentro e fora. Foram partidas de 10 pontos (para 
que todos participassem), e as equipes foram formadas por seisalunos. 
 
Figura 1: Alunos jogando Voleibol 
Fonte: arquivo da autora (2015) 
 
Os alunos responderam ao questionamento sobre as dificuldades do 
 
3 Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=eZla2YWH2O8> 
 
 
cumprimento das regras do voleibol. Sendo que dentre os 36 (trinta e seis) alunos que 
participaram, 3 (três) não responderam à pergunta de acordo com o enunciado, 15 
(quinze) disseram que as regras são fáceis e 18 (dezoito) revelaram achar as regras 
do voleibol bem difíceis. 
Ao serem introduzidos ao tema Minivoleibol o objetivo foi o de diagnosticar qual 
o conhecimento dos alunos a respeito do Minivoleibol, sendo que as respostas 
serviram para introduzir o tema, enfatizou a importância da participação de todos para 
obtenção da resposta explicando que “o minivoleibol oferece uma forma de jogo 
adaptável às necessidades e capacidades de crianças de 9 a 12 anos, de acordo com 
os bons princípios de ensinamento” (BAACKE, 1975, p.01). 
Ao serem introduzidos ao tema Jogos Pré-desportivos, eles viram um vídeo 
intitulado Minivoleibol: Escola de Vôlei Bernardinho4, onde já puderem aprender 
alguns pontos muito importantes do Minivoleibol. 
O Minivoleibol é um jogo utilizado como pré-desportivo para a iniciação à 
prática do voleibol, no qual as ações complexas do voleibol se reduzem a situações 
de jogo simplificadas como quadra com dimensões menores, altura da rede e a bola 
são adaptadas, as regras são simplificadas, o número de participantes é reduzido, 
proporcionando um aprendizado adequado para alunos iniciantes. 
Segundo o Instituto Compartilhar (2012), a divisão dos alunos por categoria é 
feita de acordo com a idade, conforme apresentado abaixo: 
 Na categoria Minivoleibol 2x2, com idade de 9 e 10 anos, o jogo será 2x2, numa 
quadra de 3,5m x 7,0m, com rede na altura de 1,80 a 2,00m e o número de 
quadras por área de 3 ou 4; 
 Na categoria Minivoleibol 3x3, com idade de 11 a 12 anos, o jogo será 3x3, 
numa quadra de 4,5m x 12,0m, com rede na altura de 2,00 a 2,15m e o número 
de quadras por área de 2 ou 3; 
 Na categoria Minivoleibol 4x4, com idade de 13 anos, o jogo será 4x4, numa 
quadra de 7,0m x 14,0m, com rede na altura de 2,10m a 2,20m e o número de 
quadras por área de 1 ou 2; 
 E para o jogo de Voleibol 6x6, a idade fica entre 14 e 15 anos, o jogo será 6x6, 
numa quadra de 9,0 x 18,0 m, com rede na altura de 2,20m a 2,30 m e apenas 
uma quadra. 
 
4 Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=Bx29xM6M-2o> 
 
 
De acordo com o Instituto Compartilhar (2012), a divisão dos alunos por 
categoria é feita de acordo com a idade. Importante observar o que anota Borsari 
(2010, p. 155): 
 
O Minivoleibol tem como principais características: - estimular a prática 
esportiva de forma lúdica e prazerosa, contribuindo para o desenvolvimento 
físico, das condições motoras nas suas habilidades naturais e mentais. Assim 
como, promover a sociabilidade, a atuação em equipe e aceitar regras e 
normas de conduta de convivência produtiva. 
 
Para vivenciar diferentes movimentos corporais, treinaram e praticaram o jogo 
pré-desportivo Volençol, que proporciona a interação com os colegas, e podem 
aprender a se deslocarem na quadra de várias formas, coordenando e valorizando 
sempre o trabalho em equipe. 
 
Figura 2: Alunos jogando Volençol 
Fonte: arquivo da autora (2015) 
 
As regras normais do Voleibol puderam ser treinadas com o jogo do Volençol. 
Para introduzir os fundamentos do Minivoleibol os alunos receberam texto 
impresso para leitura e interpretação coletiva, com mediação da professora. 
Foi possível perceber que tanto para a categoria 2x2 quanto para a 3x3, os 
fundamentos do Minivoleibol se resumem em: 
 Toque: As pernas devem estar afastadas na largura dos ombros e 
semiflexionadas com um dos pés à frente do outro, tronco inclinado à frente, 
braços devem estar flexionados, mãos à altura do rosto, com os dedos 
separados e os polegares bem próximos. O contato da bola com as mãos 
deverá ser com os dedos e a parte calosa das mãos. 
 
 
 Manchete: As pernas devem estar afastadas até a largura dos ombros e 
levemente flexionadas, com uma perna à frente da outra e os braços devem 
ser unidos pelas mãos sobrepostas (uma sobre a outra), estendidos à frente 
do corpo, polegares unidos. A bola deve ser rebatida com os antebraços, o 
que permite que ela seja amortecida e tome outra direção. 
 Saque por baixo: As pernas deverão estar flexionadas, pé esquerdo à frente 
e braço esquerdo segurando a bola, tronco inclinado à frente. Ao lançar a 
bola para cima com a mão esquerda, o braço direito que irá tocar a bola faz 
um movimento de baixo para cima, podendo tocar a bola com a mão aberta 
ou com a mão fechada. É o saque mais utilizado para iniciantes do Voleibol. 
Logo após, os alunos receberam uma atividade teórica – Cruzada para 
responderem utilizando os textos trabalhados no decorrer das aulas teóricas. 
O Jogo Voleibol Gigante também se utiliza dos movimentos do voleibol e serve 
também como prática pré-desportiva. 
 
Figura 3: Alunos jogando Voleibol Gigante 
Fonte: arquivo da autora (2015) 
 
O Voleibol Gigante se utiliza de um bola plástica de parque, e tem as mesmas 
regras do voleibol, com exceção da pontuação, que deverá ser de 10 pontos, 
permitindo desta forma, que todas as equipes joguem entre si. 
Ao terem contato com a bola os alunos treinam a percepção e descobrem a 
importância do deslocamento do corpo, promovendo a socialização e a interação dos 
alunos durante as atividades de percepção e contato com a bola. 
 
 
 
Figura 4: Atividade de Percepção e Contato com a bola de Voleibol 
Fonte: Arquivo da autora (2015) 
Foi utilizada a brincadeira Quartel General, para que os alunos pudessem 
treinar a mão dominante, pernas afastadas, posicionamento atrás da linha e pernas 
para trás, enquanto brincavam. Ao final da brincadeira, eles sempre se encontravam 
na posição correta do saque por baixo, simulando sem bola e depois com a bola. 
Nas miniquadras, os alunos conseguiram executar o saque por baixo com uma 
das mãos, estando posicionado atrás da linha de fundo da miniquadra com os pés 
separados e ao realizar o saque, colocando um pé à frente e o outro atrás, transferindo 
o peso do corpo de trás para frente, no momento do golpe, direcionando a bola. 
Outro fundamento do voleibol treinado com afinco foi o Toque, para atender a 
este objetivo de aprendizado os alunos desenvolveram as atividades atendendo ao 
objetivo que era o de realizar o fundamento toque em miniquadra, deslocando-se e 
percebendo a necessidade da flexão e extensão dos cotovelos e joelhos para 
direcionar a bola. 
 
Figura 5- Atividade de Toque 
Fonte: Arquivo da autora (2015) 
 
O treino da Manchete foi praticado em miniquadra, lembrando que para o 
treinamento ser mais efetivo, os alunos realizaram outras atividades facilitando este 
fundamento. Em um deles, os alunos deviam deixar a bola quicar uma vez no solo e 
 
 
passar o mais rápido possível por debaixo dela. E isso eles conseguiram realizar com 
grande presteza. 
E outras atividades foram sugeridas para que, depois, treinassem a manchete, 
sempre organizados em colunas, andando para frente e para os lados. O treinamento 
foi muito efetivo e os resultados foram bons. 
O Saque por baixo, toque e manchete foram praticados a partir da brincadeira 
“Nunca Três”, que fez os alunos utilizarem seus conhecimentos e suas experiências 
motoras prévias para realizarem o toque, a manchete e o saque por baixo, lançando 
a bola por cima da rede e dentro dos limites da miniquadra adversária, iniciando o 
Minivoleibol 1x1. 
 
Figura 6: Alunos brincando de “Nunca Três” 
Fonte: Arquivo da autora (2015) 
 
O voleibol com rede humana possibilitou aos alunos experimentarem outras 
formas de jogos e de serelacionarem com os colegas, interagindo e cooperando. 
Chegou o momento de treinarem o Minivoleibol 2x2, e durante três aulas, o 
objetivo principal foi o de fazer os alunos compreenderem este sistema tático de jogo 
com a execução do rodízio e contagem de pontos, aproximando a realidade do jogo. 
A partir da explicação da professora sobre o jogo pré-desportivo Voleibol vivo, 
os alunos, perceberam que as regras são as mesmas do voleibol, mas que os dois 
times deveriam atingir 10 pontos juntos, pois o objetivo era jogar sem parar e sem 
deixar a bola cair no chão. 
 
 
Para compreensão da tática 3x3 do Minivoleibol as aulas retomaram a 
explicação sobre o sistema tático, no que diz respeito a posição dos jogadores e do 
rodízio. Retomando o conteúdo de aulas anteriores para que eles pudessem verificar, 
em suas anotações, as funções de cada um dos três jogadores, bem como, 
relembrando a posição deles na miniquadra. 
 
Figura 7: Alunos aquecendo com a brincadeira - A cabeça pega o rabo 
Fonte: Arquivo da autora (2015) 
 
Por fim, foi promovido um Torneio Interno de Minivoleibol 3x3 e os alunos 
tomaram conhecimento do Regulamento. Sendo que, nas aulas seguintes, passaram 
a organizar a Tabela para o Torneio, resolvendo que todas as turmas ficaram com 3 
(três) integrantes. Sendo que a disputa para 1º, 2º e 3º lugar ficou para o final. Todos 
os participantes receberam medalhas, mas, os vencedores do 1º, 2º e 3º lugar, 
receberam medalhas de classificação. 
 
Figura 8: Medalhistas do Minivoleibol 3x3 Feminino 
Fonte: Arquivo da autora (2015) 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Medalhistas do Minivoleibol 3x3 Masculino 
Fonte: Arquivo da autora (2015) 
 
Como resultado principal alcançado ao final desta Implementação, é possível 
dizer que os alunos compreenderam os fundamentos do voleibol a partir da prática do 
minivoleibol, se interessando e se sentindo mais interessados pelo referido esporte, 
devido a adequação das regras que o minivoleibol proporciona. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Após o término dos trabalhos praticados e relacionando às ações com os 
referenciais teóricos pesquisados, foi possível concluir que a utilização de jogos pré-
desportivos, especialmente o minivoleibol, para iniciação ao voleibol, é imprescindível. 
Isso se deve, sobretudo a complexidade de detalhes dos elementos técnicos e táticos. 
Sendo assim, para a fixação dos movimentos técnicos e táticos a utilização do jogo 
pré-desportivo, minivoleibol, facilitou a aprendizagem e despertou o interesse dos 
alunos pelo voleibol. 
Diante da atuação dos alunos no Torneio de Minivoleibol foi possível observar 
que os fundamentos do voleibol foram praticados corretamente, e que as regras foram 
compreendidas e respeitadas, demonstrando que tal iniciativa promoveu um ganho 
pedagógico para o ensino do voleibol. 
 
 
Constatou-se também que, apesar de algumas dificuldades, por parte de 
alguns alunos, a prática do minivoleibol é um processo pedagógico positivo para 
diminuir as dificuldades que eles possuem no momento da introdução ao voleibol. 
Portanto, com base nas constatações aqui relatadas conclui-se que a prática 
do minivoleibol junto a alunos do Ensino Fundamental II, contribui para o aprendizado 
dos fundamentos básicos do voleibol, inclusive seus aspectos motores, acelerando o 
processo de desenvolvimento das habilidades necessárias para o voleibol. 
 
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<https://www.youtube.com/watch?v=eZla2YWH2O8>. Acesso em: 9 nov. 2014.

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