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1 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL CAMPUS ARAPIRACA Projeto de Monitoria Anatomia Humana em Enfermagem APOSTILA DE ANATOMIA HUMANA 1° Edição Arapiraca – AL 3 2009 COLABORADORES Daniele Bezerra RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO MATERIAL Amanda Mirlla Isabel Josemar Ferreira Kleyla Cristiana Thaysa Karlla CORREÇÃO E REVISÃO Amanda Mirlla 4 Projeto Anatomia Humana em Enfermagem O nosso objetivo e produzir materiais que facilitem o estudo da Anatomia Humana para estudantes da área da saúde, em especial, estudantes de Enfermagem, uma vez que entendemos a importância de entender toda estrutura corporal e funcional humana, a fim de proporcionar uma melhor assistência para àqueles que tanto necessitam de nosso cuidado. 1ª edição – junho de 2009 Associação UFAL (Universidade Federal de Alagoas), 5 Arapiraca – AL, Brasil, 2009. AGRADECOMENTOS Gostaríamos de agradecer primeiramente à Professora Daniele pela iniciativa de nos incentivar a criar materiais os quais além de ajudar àqueles que se fizerem precisar de instrumentos para melhorar seu aprendizado no estudo de Anatomia Humana, ainda durante a construção da Apostila onde pudemos nos aprofundar mediante o que já sabíamos sobre o corpo humano como um todo. Agradecemos a Deus, por nos pela aprovação da monitoria. Aos nossos pais pela oportunidade e apoio que nos deram para conseguirmos fazer um curso superior de tamanha importância. 6 SUMÁRIO • INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA....................................7 • SISTEMA NERVOSO...............................................................11 • SISTEMA ESQUELÉTICO...........................................................18 • SISTEMA ARTICULAR...............................................................20 • SISTEMA CIRCULATÓRIO..........................................................23 • SISTEMA RESPIRATÓRIO..........................................................28 • SISTEMA DIGESTÓRIO.............................................................30 • SISTEMA URINÁRIO.................................................................33 • SISTEMA MUSCULAR........................................................34 • SISTEMA GENITAL FEMININO............................................35 • SISTEMA GENITAL MASCULINO.........................................36 ANEXOS DE IMAGENS • SISTEMA ESQUELÉTICO............................................................38 • SISTEMA ARTICULAR................................................................40 • SISTEMA CIRCULATÓRIO...........................................................41 • SISTEMA RESPIRATÓRIO.....................................................................43 • SISTEMA DIGESTÓRIO...........................................................44 • SISTEMA URINÁRIO..............................................................................47 • SISTEMA MUSCULAR........................................................48 • SISTEMA GENITAL FEMININO............................................50 • SISTEMA GENITAL MASCULINO.........................................51 • Referências.....................................................................52 7 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA A Anatomia pode ser considerada uma ciência que estuda macroscopicamente a constituição do corpo humano, visando melhor compreender a estrutura que forma o indivíduo que é composto por sistemas: 1) S. tegumentar; 2) S. esquelético; 3) S. muscular; 4;) S. nervoso; 5) S. circulatório; 6) S. respiratório; 7) S. urinário; 8) S. genital; 9) S. endócrino e 10) S. sensorial. É preciso entender que há variações anatômicas entre os indivíduos, sendo consideradas normais, se não acarretarem problemas na fisiologia do individuo. E a estrutura observada na peça de cadáver não necessita ser igual ao que foi observado em Atlas para ser considerado normal. Quando o desvio do padrão anatômico perturba a função, diz-se que é uma anomalia e não de uma variação. Se a anomalia for tão acentuada de modo a alterar profundamente a construção do corpo do individuo, chamamos monstruosidade. Nomenclatura Anatômica a.- artéria fasc.- fascículo lig.- ligamento m.- músculo n.- nervo r.- ramo v.- veia aa.- artérias gl.- glândula ligg. - ligamentos mm.-músculos nn.- nervos rr.- ramos vv.- veias Classicamente o corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros.A cabeça se divide em face e crânio. O tronco em pescoço, tórax e abdome. Os membros em superiores e inferiores. Os membros superiores são divididos em ombro, braço, antebraço e mão. Os membros inferiores são divididos em quadril, coxa, perna e pé. Posição anatômica 8 O indivíduo em posição ereta, com face para frente, o olhar dirigido para o horizonte , membros estendidos com as mãos voltadas para frente, e membros inferiores unidos com as pontas dos pés para frente. Planos de delimitação do corpo humano São planos tangenciais que delimitam a superfície do corpo, determinando a formação de um paralelepípedo. Tem-se assim: Plano ventral ou anterior e dorsal ou posterior: denominados planos frontais por estarem paralelos a fronte, ventral e dorsal relacionados ao tronco, anterior e posterior relacionados aos membros; Planos laterais direito e esquerdo: são verticais aos lados do corpo; Plano cranial ou superior e caudal ou inferior: estão horizontais a cabeça e a planta dos pés respectivamente; Planos de secção do corpo São aqueles que cortam o corpo em partes. Sagital: é qualquer secção feita paralelamente ao plano mediano do corpo; Frontal: é qualquer secção feita paralelamente aos planos ventral e dorsal; 9 Transversal: é qualquer secção feita paralelamente aos planos cranial e caudal; Eixos do corpo humano São linhas imaginarias traçadas no corpo, que seguem três direções. Eixo sagital, antero-posterior: une o centro do plano ventral ao centro do plano dorsal; Eixo longitudinal, crânio-caudal: une o centro do plano cranial ao centro do plano caudal; Eixo transversal, látero-lateral: une o centro do plano lateral direito ao centro do plano lateral esquerdo; Termos de posição e direção Mediana: estrutura situada no plano mediano do corpo, ex.: coluna vertebral e nariz; Medial: estrutura situada mais próxima do plano mediano em relação a outra, ex.: o rim em relação ao baço; ventral ou anterior: estrutura situada mais próxima do plano ventral em 10 relação a outra, ex.: o esôfago é anterior em relação a traquéia; dorsal ou posterior: estrutura situada mais próxima do plano dorsal em relação a outra, ex.: a traquéia é posterior em relação ao esôfago; cranial ou superior: estrutura situada mais próxima do plano cranial em relação a outra; caudal ou inferior: estrutura situada mais próxima do plano do caudal em relação a outra; interno: situação da uma parte voltada para o interior de uma cavidade; externo: situação de uma parte voltada para o exterior de uma cavidade; proximal (utilizados em membros): parte mais próxima da raiz do membro; distal (utilizados em membros): parte mais distante da raiz do membro: média: situada entre duas outras estruturas, podendo ser entre uma ventral e dorsal; cranial e caudal; interno e externo ou proximal e distal. Princípios gerais de construção corpórea nos vertebrados O corpo humano é constituído por algunsprincípios fundamentais: Antimeria: o plano mediano divide o corpo em duas metades (antímeros), as quais são semelhantes morfologicamente e funcionalmente (simetria bilateral). No entanto, essa antimeria só é evidenciada no período embrionário e vai se perdendo com o desenvolvimento do indivíduo, formando assim a assimetria morfológica e funcional. Metameria: superposição, no sentido longitudinal, de segmentos semelhantes (metâmeros). Também mais evidenciada na fase embrionária. Paquimeria: seguimento axial do corpo é constituído, esquematicamente, por dois tubos (paquímero ventral e dorsal). O paquímero ventral contém a maioria das vísceras, portanto também chamado de visceral. Já o paquímero dorsal ou neural, compreende a caixa craniana e o canal vertebral, alojando assim o sistema nervoso central. Estratificação: onde o corpo humano é constituído por camadas que se superpõe. 11 SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso é responsável pela integração do indivíduo com o meio ambiente, assim é tem o papel de controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do organismo. Além do mais, é dividido em sistema nervoso central e periférico. Sistema nervoso central (SNC): é a porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas. Esse é constituído por estruturas presentes no esqueleto axial (coluna vertebral e crânio): medula espinhal e o encéfalo. A medula espinhal e o encéfalo são envolvidos por membranas de tecido conjuntivo, chamada de meninges. Essas são denominadas, de fora pra dentro: dura-máter (mais espessa), aracnóide (separada da dura-máter por um espaço capilar denominado de subdural) e pia-máter (camada mais fina e intimante ligada ao encéfalo e a medula espinhal, além do mais, é separada da aracnóide pelo espaço subaracnóideo, por onde circula o líquido cefalorraquidiano). O SNC origina-se do tubo neural, que na sua extremidade cranial apresenta três dilatações, as vesículas primordiais: prosencéfalo (que irá dar origem ao telencéfalo e diencéfalo), mesencéfalo e o rombencéfalo (originará o metencéfalo e mielencéfalo), e o restante é a medula primitiva. As transformações das vesículas primordiais irão originar as partes do SNC: telencéfalo e diencéfalo: originam o cérebro; mesencéfalo: permanece com a mesma denominação; metencéfalo: origina o cerebelo e a ponte; mielencéfalo: o bulbo; restante do tubo neural: a medula espinhal. Vale ressaltar que o mesencéfalo, a ponte e o bulbo, em conjunto, formam o tronco encefálico. Com as transformações ocorridas nas vesículas primordiais, a luz do tubo neural apresenta-se dilatada em algumas subdivisões, formando os chamados ventrículos: ventrículos laterais (esquerdo e direito): luz do telencéfalo; III ventrículo: luz do diencéfalo. Esse se comunica com os ventrículos laterais através do forame interventricular; 12 aqueduto cerebral: canal estreitado correspondente a luz do mesencéfalo e comunica o III com o IV ventrículo; IV ventrículo: luz do rombencéfalo, que é continuado pelo canal central da medula e se comunica com o espaço subaracnóideo. No espaço subaracnóideo e nos ventrículos, circulam um líquido (rico em proteínas) denominado de líquido cérebro-espinhal ou líquor, o qual tem a função primordial de proteger o SNC contra choques. Além do mais, esse líquido é muito importante na detecção de doenças. Sua produção é feita pelos plexos coróides que estão situados no assoalho dos ventrículos laterais e no teto do III e IV ventrículo. O encéfalo é formado pelo cerebelo, tronco encefálico e cérebro, o qual corresponde a maior parte. O cérebro pode ser dividido em lobos: frontal, occipital, parietal e temporal. Do tronco encefálico originam 12 pares de nervos, chamados cranianos, que saem da base do crânio. Já na medula espinhal, origina-se 31 pares de nervos espinhais, que saem da coluna através dos forames intervertebrais. Em um corte do encéfalo ou da medula, observam-se áreas claras e escuras, as quais são denominadas, respectivamente, de substância branca (formada por fibras nervosas mielínicas) e cinzenta (corpos de neurônios). Na medula espinhal a substância cinzenta apresenta-se em forma de H, já no tronco encefálico, essa substância apresenta-se fragmentada, formando os núcleos dos nervos cranianos ou outros núcleos próprios do tronco encefálico. Vale enfatizar que um núcleo, no SNC, é um acúmulo de corpos neurais com aproximadamente, a mesma estrutura e função. No cérebro e cerebelo, a substância branca é revestida externamente pela cinzenta (córtex cerebral ou cerebelar) e tem massas de substância cinzenta constituindo os núcleos centrais (cerebelo) ou núcleos de base (cérebro). Disposição das substancias branca e cinzenta no sistema nervoso central A substância branca está constituída, predominantemente, de fibras nervosas mielínicas e a substância cinzenta de corpos de neurônios. Na medula, a substância cinzenta forma um eixo central contínuo envolvido por substância branca. Em um corte transversal a substância cinzenta se apresenta em forma de H. A substância cinzenta, que na medula é um todo contínuo, apresenta- se, no tronco encefálico, fragmenta no sentido longitudinal, formando assim massas isoladas de substancias cinzentas que constituem os núcleos dos nervos cranianos. No cérebro e cerebelo apresentam uma massa de substância branca, revestida externamente por uma fina camada de substancia cinzenta - córtex cerebral ( no cérebro) ou córtex cerebelar ( no cerebelo). 13 Sistema nervoso periférico As fibras de um nervo são classificadas de acordo com as estruturas que inervam, isto é, conforme sua função. Assim uma fibra que estimula ou ativa a musculatura é chamada motora e a que conduz estímulos para o SNC é sensitiva. As fibras motoras veiculam ordens emanadas do SNC e, portanto, em relação a ele, são ditas eferentes (que saem do SNC), as sensitivas veiculam impulsos que devem chegar ao SNC e são, portanto, aferentes (que chegam ao SNC). Terminações nervosas Existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras. Nas motoras o exemplo mais típico é a placa motora. Nas sensitivas, as terminações nervosas são estruturas especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do corpo. Gânglios Os acúmulos de corpos celulares de neurônios dentro do SNC são denominados núcleos e quando estes acúmulos ocorrem fora do SNC eles são chamados gânglios. Nervos São cordões esbranquiçados formado por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm como função levar ou trazer impulsos ao (do) SNC. Distinguem-se dois grupos: os nervos cranianos e os espinhais. Nervos cranianos São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles (10) origina-se no tronco encefálico. A relação abaixo apresenta o nome e o numero correspondente a cada um dos pares cranianos: 14 I- Olfatório II-Óptico III-Oculomotor IV-Troclear V-Trigêmeo VI-Abducente VII- Facial VIII-VestÍbulo-coclear IX-Glossofaríngeo X-Vago XI- Acessório XII- Hipoglosso Nervos espinhais São 31 pares de nervos espinhais, eles mantêm conexão com a medula e abandonam a coluna vertebral através de forames intervertebrais. O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior da substancia cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) cujos corpos celulares estão situados nos gânglios sensitivos da raiz dorsal. Sistema nervoso autônomo: aspectos gerais O sistema nervoso pode ser dividido em somático e visceral, sendoque o somático é responsável por relacionar o organismo com o meio através da sua porção aferente que trás informações para os centros nervosos e eferente que leva comandos aos músculos efetores. O sistema visceral está relacionado com a inervação e atividade das vísceras a fim de manter a homeostase, assim como o anterior esse sistema também possui uma poção aferente que conduz os impulsos por visceroceptores para os centros nervosos, e a porção eferente leva o estimulo para as glândulas, músculo liso e cardíaco. Sendo esta porção denominada de sistema nervoso autônomo, que pode ser ainda subdividido em simpático e parassimpático. Ao contrário das fibras que se originam em receptores somáticos, grande parte das fibras viscerais conduz impulsos que não se tornam consciente, importantes para a realização de vários reflexos viscerais. E em outros casos se tornam conscientes manifestando-se sob a forma de sensação de sede, fome, plenitude gástrica ou em condições patológicas, dor. A sensibilidade visceral é mais difusa e não permite uma localização precisa, fato que interfere na sensação de dor, não sendo possível na maioria das vezes relacionar a sensação com seu local de origem. 15 Diferenças entre o SN somático e o SN visceral eferente ou autônomo Os impulsos que seguem pelo SN somático eferente terminam em músculos estriados esqueléticos, enquanto os do SN autônomo terminam em músculo estriado cardíaco, liso ou glândula; O SN somático é voluntário, enquanto o SN visceral é involuntário; No SN somático existe apenas um neurônio que ligam o SN central ao órgão efetor, já no SN visceral tem-se dois neurônios responsáveis por fazer a ligação, um pré-ganglionar e um pós-ganglionar; No SN somático, as fibras terminam numa estrutura chamada placa motora que não existe no SN autônomo; Organização geral do SN autônomo Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula e no tronco encefálico, neste formam núcleos de origem como o do nervo vago, na medula eles vão da T1 até T2, da L1 até L2, e de S2 até S4. Os axônios dos neurônios pré-ganglionares envolvidos pela bainha de mielina constituem a fibra pré-ganglionar, onde ocorrem as sinopses com os neurônios pós-ganglionares. Os axônios dos neurônios pós-ganglionares envolvidos pela bainha de neurilema constituem a fibra pós-ganglionar, que terminam nas vísceras em contato com músculo estriado cardíaco, liso ou glândulas. O hipotálamo e o sistema límbico, também regulam as funções viscerais, estando diretamente relacionados com certos tipos de comportamento, especialmente os emocionais. Diferenças entre o SN simpático e parassimpático O SN autônomo se divide em duas partes: o SN simpático e o SN parassimpático que se distinguem entre si por questões anatômicas, farmacológicas e fisiológicas. 16 Diferenças anatômicas: No SN simpático os neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula torácica e lombar, diz então que o segmento é tóraco-lombar, enquanto no SN parassimpático eles encontram-se no tronco encefálico e na medula sacral, diz então que é crânio-sacral. O tronco simpático é a principal formação anatômica do sistema simpático, sendo formado por uma cadeia de gânglios que estão unidos através dos ramos interganglionares. Cada tronco estende-se da base do crânio até o cóccix, onde termina unindo-se com o do outro lado. Os gânglios do tronco dispõem-se de cada lado da coluna vertebral, sendo denominado gânglios para-vertebrais. A região cervical do tranco é formada por três gânglios: o cervical superior, o cervical médio e o cervical inferior; sendo que o cervical médio frequentemente não é observado no homem. Da disposição torácica e do tronco simpático originam-se a partir da T5 os nervos esplâncnicos, maior, menor e imo, com trajeto descendente, atravessam o diafragma e penetram na cavidade abdominal onde terminam nos chamados gânglios pré-vertebrais. Existem 2 gânglios celíacos, 2 gânglios aórtico-renais, 1 gânglio mesentérico superior e 1 mesentérico inferior. Os ramos comunicantes unem o tronco simpático aos nervos espinhais, os ramos podem ser brancos ou cinzentos, onde os brancos ligam a medula ao tronco simpático, constituídos de fibras pré-ganglionares. Os ramos cinzentos são constituídos por fibras pós-ganglionares; os ramos brancos existem apenas na região torácica e lombar alta. Do tronco simpático e especialmente dos gânglios pré-vertebrais pequenos filetes nervosos que se colam à adventícia das artérias e saem com elas até as vísceras Os neurônios pós-ganglionares podem está em um gânglio para- vertebral. Ao nível de onde a fibra saiu pelo ramo; pode está em um gânglio para vertebral situado acima ou abaixo deste nível; ou ainda pode está em um gânglio pré-vertebral. Os neurônios pós-ganglionares estão nos gânglios para e pré-vertebrais de onde saem as fibras pós-ganglionares, cujo destino é sempre uma glândula, músculo liso ou cardíaco; Para isso podem usar o intermédio de um nervo independente, um nervo espinhal, ou por intermédio de uma artéria. A parte craniana do SNP é constituída por alguns núcleos do tronco encefálico, gânglios e fibras. Localização do neurônio pré- ganglionar. Nervo (fibra pré-ganglionar Localização do neurônio pós- ganglionar Órgão inervado Núcleo de Edinger- Westphal III par Gânglio ciliar M. esfíncter da pupila e m. ciliar 17 Núcleo salivatório superior. VII par(nervo intermédio) Gânglio submandibular Gls. Submandibulares e sublingual. Núcleo salivatorio inferior IX par Gânglio ótico Glândula parótida Núcleo lacrimal VII par (nervo intermédio) Gânglio ptérigopalatino Glândula lacrimal Núcleo motor dorsal do vago X par Gânglios nas visc. Torácicas e abdominais. Vísceras torácicas e abdominais A parte sacral do SNP, os neurônios pré-ganglionares estão no segmento sacrais S2, S3 e S4. Ocorre a formação dos nervos esplênicos pélvicos. Próximo das vísceras há um emaranhado de filetes nervosos e ganglionares que são chamados plexos viscerais, que não são puramente simpático ou parassimpático. A cavidade torácica possui três plexos: cardíaco, pulmonar e esofágico; na cavidade abdominal situa-se o plexo celíaco, o maior plexo visceral. 18 SISTEMA ESQUELÉTICO Conceito de Sistema Esquelético: O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens. Conceito de Ossos Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Quanto à irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteófitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecidomineralizado. Funções do Sistema Esquelético 19 Sustentação do organismo (apoio para o corpo) Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro) Base mecânica para o movimento Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo) Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas) Divisão do Esqueleto Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica. Classificação dos Ossos Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: Ossos Longos Ossos Curtos Ossos Laminares (Planos Ossos Alongados : Ossos Pneumáticos Ossos Irregulares Ossos Sesamóides Ossos Suturais TÓRAX A face ventral é constituída pelo esterno e cartilagens costais. As faces laterais são compostas pelas costelas e separadas umas das outras pelos onze espaços intercostais, ocupados pelos músculos e membranas intercostais. OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. Funções da Coluna Vertebral 20 Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; Suporta o peso do corpo; Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; Exerce um papel importante na postura e locomoção; Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso; Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior. Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos: Cintura Escapular - Clavícula e Escápula Braço - Úmero Antebraço - Rádio e Ulna Mão - Ossos da Mão Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos: Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril) Coxa - Fêmur e Patela Perna - Tíbia e Fíbula Pé - Ossos do Pé http://www.auladeanatomia.com/osteologia/clavicula.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/escapula.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/umero.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/radio.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/ulna.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/ossosdamao.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/iliaco.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/femur.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/patela.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/tibia.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/fibula.htm http://www.auladeanatomia.com/osteologia/peosso.htm 21 SISTEMA ARTICULAR • Artrologia: Grego: Arthron = juntura + logus = estudo. • É a parte da Anatomia que estuda as articulações ou junturas. • Junturas: É o meio de união entre os ossos na para constituir o esqueleto. CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS Podem ser classificadas em: Junturas fibrosas: As articulações fibrosas incluem todas as articulações nas quais os ossos são mantidos por tecido conjuntivo fibroso, também conhecido como ligamento sutural. Junturas Cartilaginosas: São as junturas por continuidade onde os ossos se unem por um tecido cartilaginoso. Junturas Sinoviais: São as junturas por contigüidade onde os ossos estão justapostos separados por uma fenda articular e envolvidos por uma cápsula fibrosa. JUNTURAS FIBROSAS • Suturas: São junturas fibrosas onde os ossos estão próximos. São encontradas nos ossos do crânio. • Plana: as margens dos ossos são planas (ossos frontais). • Denteada ou Serrátil: as margens dos ossos são em forma de dente de serra (a maioria das junturas dos ossos da cabeça). • Escamosa: as margens dos ossos são em forma de escama (osso parietal e osso temporal). • Sindesmoses: São junturas fibrosas que unem ossos à distância. Ex: Entre os corpos do radio e ulna / tíbia e fíbula. Entre os arcos e entre os processos das vértebras. JUNTURAS CARTILAGÍNEAS 22 • Sincondroses: Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes. Intra-ósseas: ocorre dentro de um mesmo osso (metáfise dos ossos longos) . Interósseas: ocorre entre ossos diferentes (osso occipital e osso esfenóide). • Sínfises: As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertos por uma camada de fibrocartilagem. Entre os ossos da articulação há um disco fibrocartilaginoso (é característica distintiva da sínfise). Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. Exemplos: - manúbioesternal; - intervertebrais; - sacrais; - púbica; - do mento. Ex: entre os corpos das vértebras / entre os ossos púbis. JUNTURAS SINOVIAIS • Elementos de uma juntura sinovial: Constantes: Superfícies ósseas articulares. Cartilagens articulares. Membrana fibrosa. Membrana sinovial. Líquido sinovial. Cavidade articular (espaço). Cápsula articular: É uma membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial como um manguito. Duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). Ligamentos e cápsula articular tem por finalidade manter a união entre os ossos, mas, além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. Discos: estruturas fibrocartilaginosas em forma de disco que permitem que duas superfícies ósseas discordantes possam articular entre si (articulação temporal-mandibular). Meniscos: estruturas fibrocartilaginosas em forma de meia-lua (disco incompleto). Agem como amortecedores de peso e permitem a estabilização da articulação do joelho. 23 SISTEMA CIRCULATÓRIO A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sangüíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sangüíneos. Circulação Pulmonar e Sistêmica Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. Circulação Sistêmica - éa maior circulação; ela fornece o suprimento sangüíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. Limites do Coração A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A 24 superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente. Configuração Externa: o coração apresenta três faces e quatro margens: Faces Face Anterior (Esternocostal) - Formada principalmente pelo ventrículo direito. Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma. Face Pulmonar (Esquerda) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. Margens Margem Direita - Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas superior e inferior. Margem Inferior - Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo. Margem Esquerda - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda. Margem Superior - Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio. Configuração Interna O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular. Ciclo Cardíaco Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, 25 enquanto os dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a fase de contração; a fase de relaxamento é designada como diástole. Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial), forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do coração. Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é necessário mais que a contração rítmica de suas fibras musculares. A direção do fluxo sangüíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido por quatro valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e o ventrículo - atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam sangue para fora do coração - semilunares (valva pulmonar e aórtica). Inervação A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior. A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático. A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto-excitáveis. Vasos sanguíneos Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sangüíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso: Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares. Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração. 26 Circulação Arterial 27 Circulação venosa 28 SISTEMA RESPIRATÓRIO A respiração é um processo fisiológico pelo qual os organismos vivos inalam oxigênio do meio circulante e soltam dióxido de carbono. A respiração (ou troca de substâncias gasosas - O2 e CO2 ), entre o ar e a corrente sanguínea, é feita pelo sistema respiratório que é constituído pelos pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar são eles, as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. Fossas nasais São cavidades paralelas que tem inicio nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra pelo septo nasal. Em seu interior há dobras chamadas coanas nasais superiores, medias e inferiores. Possuem epitélio formado de células produtoras de muco e células ciliadas, que tem a função de filtrar umedecer e aquecer o ar. Acima das coanas nasais superiores existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Faringe É uma via comum aos sistemas digestório e respiratório, por onde passa tanto o ar quanto o alimento. Pode ser dividida em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Laringe É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar. Traquéia É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. 29 Pulmões Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por duas membranas serosas denominadas pleuras, a pleura interna está aderida a superfície pulmonar enquanto a pleura externa está aderida a caixa torácica, há ainda entre elas um líquido que permite queocorra o a união e o deslizamento. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares. Diafragma A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo- membranoso que separa o tórax do abdome, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma. 30 SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestivo tem a função de preensão, mastigação, deglutição, digestão, absorção e expulsão de resíduos (fezes). Formado por um canal alimentar e órgão anexos. Canal alimentar Boca: - vestíbulo da boca: espaço limitado pelos lábios e bochechas (externamente) e pela gengiva e dentes (internamente); - cavidade bucal propriamente dita: limitada pela rima bucal (exterior), pela orofaringe através do istmo das fauces (posterior), pelas bochechas (lateral), pelo palato (superior) e pelos músculos do assoalho da boca (inferior). Nela está presente gengivas, dentes e língua. - palato: é formado pelo palato duro (ósseo) e mole (muscular). No plano mediano projeta-se a úvula. Existem dois pares de pregas que se ligam ao palato mole, denominadas arco palatoglosso (anteriormente) e arco palatofaríngeo (posteriormente). O espaço entre os arcos é chamado de fossa tonsilar, onde encontra-se a tonsila palatina. - língua: órgão com funções na mastigação, deglutição, gustação e articulação de palavras. Na junção dos dois terços anteriores com o terço posterior encontra-se o sulco terminal, o qual divide-a em corpo e raiz. A língua possui papilas filiformes, fungiformes e valadas (maiores e em forma de V). - Dentes: são estruturas implantadas através dos alvéolos dentários na maxila e mandíbula. Os dentes divide-se em raiz, coroa e colo. São classificados como incisivos, caninos, pré-molares e molares. Faringe: dividida em três partes, a nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Essa última parte comunica-se com o ádito da laringe (anteriormente) e posteriormente com o esôfago. Sua musculatura é estriada. Esôfago: possui três porcões, cervical, torácica e abdominal. A segunda parte é a maior, passando posteriormente à traquéia e anteriormente aos corpos vertebrais e à porção torácica da aorta descendente. Atravessa o diafragma no hiato esofágico para continuar-se no estômago. Estômago: situado a baixo do diafragma e lateralizado para esquerda. Possui dois orifícios, um que se comunica com o esôfago (óstio-cárdico) e outra com o duodeno (óstio-pilórico). Possui uma face anterior e uma posterior, uma abertura superior onde se localiza a válvula cárdia e uma inferior onde se localiza o esfincter piloro, uma margem convexa 31 esquerda ou curvatura maior e uma margem côncava direita ou curvatura menor. O estômago divide-se em região cárdica, fúndica, corpo e piloro. Intestino delgado: Inicia-se no piloro e vai até a junção ileocólica. Divide-se em três partes: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno é fixo à parede abdominal, enquanto o jejuno e o íleo estão ligados a ela através do mesentério. O duodeno possui uma concavidade para a esquerda na qual se insere a cabeça do pâncreas. Também nessa porção do intestino delgado desembocam os ductos colédoco (traz a bile) e pancreático (traz secreção pancreática). Intestino grosso: possui haustros, tênias e apêndice epiplóico como características. Inicia-se na junção ileocólica. Divide-se em ceco, apêndice vermiforme, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, sigmóide, reto e canal anal. O ceco é uma dilatação que tem como principal função a absorção de líquido. O apêndice vermiforme caracteriza-se por apresentar tecido linfático. O cólon ascendente termina na flexura cólica direita onde continua o cólon transverso. O cólon transverso termina na flexura cólica esquerda onde continua o cólon descendente. O cólon descendente é continuado pelo cólon sigmóide, pelo reto e pelo canal anal. A fáscia de coalescência é formada por peritôneo parietal e visceral que serve para fixar os cólons ascendente e descendente à parede posterior do abdome. O intestino grosso é irrigado pelas artérias mesentérica superior e inferior. Órgão anexos Glândulas salivares: glândula parótida (localizada lateral e anteriormente ao pavilhão auricular e o ducto parotídeo desemboca ao nível do 2° molar superior), submandibular (protegida pelo corpo da mandíbula e o ducto submandibular abre-se no assoalho da boca) e sublingual (situa-se lateral e inferiormente à língua e desemboca em vários orifícios no assoalho da boca). Fígado: possui uma face superior ou diafragmática, lisa e convexa, e uma face inferior ou visceral, tendendo a ser plana. A face superior do fígado liga-se ao diafragma através do ligamento falciforme. Possui os lobos direito, esquerdo, quadrado e caudado. Secreta a bile, que é armazenada na vesícula biliar. A vesícula biliar encontra-se na face inferior do fígado, entre o lobo direito e o lobo quadrado. A veia cava inferior passa por entre os lobos direito e caudado. O hilo hepático está localizado entre os lobos quadrado e caudado. No hilo hepático encontram-se as estruturas que constituem o pedículo hepático: as artérias hepáticas direita e esquerda, a veia porta e o ducto hepático comum. O ducto hepático comum é formado pela união do ducto hepático direito com o ducto hepático esquerdo. O ducto hepático comum se une ao ducto cístico, proveniente da vesícula biliar, para formar o 32 ducto colédoco. Este desemboca na papila maior do duodeno juntamente com o ducto pancreático. Pâncreas: dividido em cabeça, corpo e cauda. A cabeça e o corpo são separados pelo colo. A cabeça do pâncreas está inserida na concavidade formada pelo duodeno. O pâncreas possui um ducto pancreático principal, que desemboca juntamente com o ducto colédoco na papila maior do duodeno passando pela ampola de Váter, na qual se encontra o esfíncter de Oddi, podendo também apresentar o ducto pancreático acessório, o qual desemboca na papila menor do duodeno. Essa glândula libera secreção endócrina (insulina) e exócrina (suco pancreático). Informações auxiliares Peritônio: O peritôneo é a estrutura que reveste a cavidade abdominal. Divide-se em peritôneo parietal, que está aderido à parede do abdome, e peritôneo visceral, envolvendo os órgãos abdominais. Alguns órgãos situam-se atrás da cavidade peritoneal, tendo anteriormente a eles o peritôneo parietal. São os órgãos retroperitoneais. Quando o peritôneo liga um órgão à parede do abdome, esse ligamento é denominado meso. Quando liga um órgão a outro ou se reflete livremente sobre outros órgãos, é denominado omento ou epíplon. Diafragma: divide tórax do abdome. Se prende ás seis últimas costelas, extremidade caudal do esterno e á coluna vertebral. Por ele passa a veia aorta (pelo hiato aórtico), veia cava inferior (pelo forame da veia cava e o esôfago (pelo hiato esofágico). 33 SISTEMA URINÁRIO O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. O rim é um órgão par, retroperitoneal e está relacionado com funções como a eliminação de substâncias ou excretas através da urina, o controle da concentração de diversos íons nos líquidos corporais, o equilíbrio ácido- básico e o controle da pressão arterial sistêmica. Possui um hilo, medialmente, por onde passam a artéria e a veia renal, a pelve renal e fibras nervosas. Sobre os pólossuperiores de ambos os rins estão localizadas as supra-renais. A artéria renal origina-se diretamente da aorta, abaixo da artéria mesentérica superior. No pedículo renal, as veias renais localizam-se anteriormente, o ureter está posterior e volta-se inferiormente e as artérias renais estão localizadas de forma difusa, porém geralmente entre as veias e o ureter. Seccionado por um plano coronal, o rim apresenta uma região externa, o córtex, e uma região interna, a medula renal. A medula possui as pirâmides e, entre uma pirâmide e outra, as colunas renais. A base de cada pirâmide está voltada para o córtex e o ápice segue em direção aos cálices menores, aos cálices maiores e à pelve renal, respectivamente. A pelve continua-se no ureter, que segue aderido à parede posterior do abdome até atingir a bexiga (pelo óstio ureteral), onde a urina é armazenada. A bexiga por sua vez, comunica-se com a uretra através do óstio interno na uretra. E a eliminação da urina para o meio externo é feita pelo óstio externo de uretra. 34 SISTEMA MUSCULAR Os músculos têm como função: produção dos movimentos, estabilização das posições corporais, regulação do volume dos órgãos e produção de calor. As células musculares são especializadas em contração e Relaxamento,elas se organizam em feixes.Cada músculo possui o seu nervo motor. Ventre muscular: porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). Quando as extremidades são cilindóides chamam-se tendões; quando são laminares, são aponeuroses. A Origem é a extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca, ou seja, é o ponto fixo. Inserção á extremidade presa a extremidade óssea móvel. Podem ser classificados em: Disposição paralela da fibra longos_ predomina o comprimento. Ex.: m. esternocleidomastóideo largos_ comprimento e largura equivalentes.: m. glúteo máximo Disposição oblíqua das fibras peniforme unipenado_Ex.:m. extensor longo dos dedos do pé bipenado_Ex.:m.reto da coxa Quanto a origem. Bíceps, tríceps ou quadríceps, conforme apresentem 2,3 ou 4 cabeças deorigem.Ex.:m.bíceps braquial, m.tríceps da perna, m.quadríceps da coxa Quanto a inserção Bicaudados_dois tendões. Ex. músculos flexores dos dedos Policaudados_três ou mais. Quanto ao ventre muscular Digástrico_ 2 ventres.Ex.: m. digástrico Poligástrico_ com numero mais. Ex.: m.reto abdominal Quanto à ação: flexor, extensor, adutor, abdutor, abdutor, frotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal,etc. 35 SISTEMA GENITAL FEMININO Assim como o sistema genital masculino, o feminino é o conjunto de órgãos encarregado com a reprodução na mulher. O peritônio após recobrir a bexiga, reflete-se do assoalho e paredes laterais da pelve sobre o útero, formando uma prega transversal_ ligamento largo do útero, esse ligamento divide a cavidade pélvica em dois compartimentos. O sistema é composto por: Dois ovários, responsáveis pela formação dos ovócitos e pela produção dos hormônios sexuais femininos (estrógeno e progesterona); Duas tubas uterinas (trompas de Falópio) que vão desde a região do ovário até o útero; Útero, onde ocorre o desenvolvimento embrionário e cuja parede descama durante a menstruação; Vagina, estrutura que recebe o pênis durante a relação sexual e serve de canal de saída para o fluxo menstrual e para o bebê no momento do parto; a abertura vaginal externa é circundada por uma membrana, o hímem, geralmente rompida na relação sexual; Vulva, estrutura externa formada por: grandes e pequenos lábios, abertura da vagina e da uretra e pelo clitóris (corpo erétil). Glândulas vestibulares, nas proximidades do vestíbulo da vagina, produzem secreção nos momentos preparatórios e durante o coito, visando tornar as estruturas úmidas e propicias à relação sexual. Mama São anexos da pele, formado de glândulas cutâneas modificadas. A forma é geralmente cônica. Formada por papila mamaria e aréola; no sexo masculino a mama é pouco desenvolvida. 36 SISTEMA GENITAL MASCULINO A reprodução é a capacidade do ser vivi gerar outro ser vivo da mesma espécie; isso só é possível através do sistema reprodutor. A reprodução é, sem duvida, o fenômeno biológico mais importante, pois dele depende a perpetuação da espécie. O sistema é composto por: Gônadas: órgão produtores de gametas, testículos. Em numero de dois, forma oval, ficando alojado na bolsa escrotal, onde o esquerdo esta em geral mais inferior que o direito. O testículo é coberto pela túnica albugínea. Vias condutoras dos gametas: por onde os gametas (espermatozóides) percorrem: túbulos e ductos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra. Os espermatozóides ficam armazenados no epidídimo até a ejaculação. A uretra é um canal comum para ejaculação e micção. Órgão de cópula: pênis, órgão que penetra nas vias genitais femininas, lançando os espermatozóides. Torna-se erétil quando seus tecidos lacunares enchem de sangue, os tecidos são: corpos cavernosos e o corpo esponjoso. O pênis apresenta raiz e um corpo. Na terminação do pênis se encontra a glande do pênis. A fimose é uma condição em que ocorre um estreitamento do prepúcio, podendo ser resolvido através de uma intervenção cirúrgica com anestésico local. Os órgãos genitais externos são: pênis e escroto. 37 ANEXOS DE IMAGENS 38 SISTEMA ESQUELÉTICO Cor: Estrutura: Frontal Temporal Zigomatico Occiptal Esfenoide Etmoide Pariental 39 SISTEMA ESQUELÉTICO Mandíbula Maxila Cor: Estrutura: Vértebras Costelas Esterno Escápula Processo estilóide Ducto da tuba auditiva Osso nasal Forame mentual Cor: Estrutura: 40 SISTEMA ARTICULAR Tarso Metatarso Fêmur Fíbula Tíbia Sacro Iliaco Falanges Cor: Estrutura: Clavícula Escápula Úmero Carpo Metacarpo Rádio Ulna Falanges Ísquio Ílio Púbis 41 Cor: Estrutura: Cor: Estrutura: Sutura sagital Membrana sinovial Discos intervertebrais Recesso axilar Cartilagens articular Ligamento capsular Articulação temporal-mandibular Sutura frontozigomática Cavidade sinovial Sutura nasomaxilar Superfície articular do fêmur Sutura coronal Ligamento cruzado posterior Sutura frontoesfenoidal Ligamento colateral fibular Ligamento radiado Ligamento cruzado anterior Ligamento longitudinal anterior SISTEMA CIRCULATÓRIO Cor: Estrutura: 42 SISTEMA CIRCULATÓRIO Arco da aorta Veias cava ( inferior e superior) Veias pulmonares( inferiores,superiores, direita e esquerdas). Artérias pulmonares( direita e esquerda). Seio coronário Cor: Estrutura: Átrio direito Átrio esquerdo Ventrículo direito Ventrículo esquerdo Músculos papilares Cordas tendíneas Cor: Estrutura: Tronco braquiocefálico arterial Artéria subclávia direita Artéria carótida comum direita Artéria subclávia esquerda Artéria carótida comum esquerda Cor: Estrutura: Artéria axilar Artéria ulnar Artéria radial 43 SISTEMA RESPIRATÓRIO Artéria braquial Arco palmar Cor: Estrutura: Veia axilar direita Veia basílica direita Veia cefálica direita Veia cubital mediana direita Veia mediana do antebraço direito Veias radiais direitas Veias ulnares direitas 44 SISTEMA DIGESTÓRIOCor: Estrutura: Cor: Estrutura: Cartilagem cridotireóidea Fissura horizontal Lobo pulmonar inferior Cartilagem epiglótica Vestíbulo nasal Cartilagem aritenóide Concha nasal média Cartilagem cricóide Seio frontal e esfenoidal Osso hióide Porção da nasofaringe Cartilagem tireóide Hilo pulmonar Brônquio principal esquerdo Palato mole Brônquio lobar superior direito Palato duro traquéia 45 SISTEMA DIGESTÓRIO Vestíbulo bucal Orofaringe Nasofaringe Orofaringe Laringofaringe Esôfago (cervical) Esôfago (torácico) Esôfago (abdominal) Diafragma Estômago Esôfago (cevical) 46 SISTEMA DIGESTÓRIO Fígado Vesícula biliar Estômago Pâncreas Colón ascendente Colón transverso Colón descendente Tênias Apêndice vermiforme Haustros 47 SISTEMA URINÁRIO Cécum Íleo Reto Apêndice vermiforme Papila íleo-ceco-cólica Colón transverso Colón ascendente Colón descendente Colón sigmóide Lobo quadrado Lobo caudado Lobo esquerdo Lobo direito Vesícula biliar Veia cava inferior 48 SISTEMA MUSCULAR Rim esquerdo Rim direito Supra-renais Ureteres Bexiga Córtex renal Medula renal Pirâmide renal Papilas renais Colunas renais Cálices renais menores Cálices renais maiores Pelve renal Bexiga Uretra Óstio interno da uretra 49 SISTEMA MUSCULAR M. trapézio M. Obliquo externo do abdome M.Latíssimo do dorso M. Esternocleidomastóideo M.Peitoral maior M.Reto do abdome M. deltóide M. Sartório 50 SISTEMA GENITAL FEMININO M. Reto femoral M. Vasto lateral M. Vasto médio M.Glúteo máximo M. gastrocnêmico M. Adutor longo 51 SISTEMA GENITAL MASCULINO Grande lábios Pequenos lábios Glande do clitóris Óstio da vagina útero uretra ovário Tuba uterina Canal vaginal 52 Testículo Glande do pênis corpo cavernoso próstata uretra prepúcio Referências • Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar-Dângelo e Fattini-1988 • Resumo de Anatomia; Gray, Gardner, O’ Rahilly. • Guilherme S. C. Junqueira; ANATOMIA HUMANA; 2001. • West, John B. Fisioterapia Pulmonar Moderna. 4°ed, São Paulo Editora Manole, 1996. • NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. • www.unifesp.br/.../roteirodeanatomiadescritivaetopografica.pdf
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