Buscar

Trabalho evolução do grafismo infantil completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Introdução
	 		 O presente trabalho tem como objetivo discutir e relacionar as pesquisas feitas com crianças de três e seis anos com as teorias de Jean Piaget e Henri Luquet a respeito do grafismo infantil e seus estágios de desenvolvimento, comparando os aspectos dos desenhos com as características das fases que se encontram segundo os teóricos já mencionados. Para melhor compreensão da pesquisa é importante compreender as fases de desenvolvimento do desenho de Piaget, Garatuja e Esquematismo, e de Luquet, Realismo Fortuito e Realismo Intelectual.
 			A pesquisa se mostra importante propiciando um melhor entendimento da interação entre a criança, seu desenho e o mundo, abordando as diferentes etapas de desenvolvimento do grafismo segundo seus respectivos teóricos. 
 
Desenvolvimento Teórico.
Considerando as idades dos voluntários da nossa pesquisa sobre analise do grafismo infantil, numa perspectiva piagetiana e do psicólogo francês George Henri Luquet, sendo estas idades, 2 (a apenas cinco dias de completar 3 anos) e 6 anos, destacaremos a seguir as seguintes fases, em que se encontram seus grafismos respectivamente, dentro das abordagens teóricas dos autores supra citados.
			George-Henri Luquet 
			George-Henri Luquet (1969), também desenvolveu fases para estudar os desenhos das crianças. Em princípio, Luquet (1969) inicializa seus trabalhos com sua filha Simone, que a partir daí estabelece os estágios e os procedimentos que estes abordam. 
 Para Luquet (1969): 
Considera o desenho um jogo ao qual a criança se entrega, jogo tranquilo com função lúdica, que pode exercer sozinha, manter ou abandonar. Para ele, assim como para Piaget, o desenho tem “finalidade sem fim”, é autotélico, não tem funcionalidade prática (IAVELBERG, 2013, p. 37). 
			Luquet dividiu as etapas gráficas em Realismo Fortuito, Realismo Falhado, Realismo Intelectual e Realismo Visual. 
 			Conforme análise feita com os desenhos das crianças entrevistadas, é possível relacionar o desenho de H.B de 6 anos, com a fase que Luquet denomina – Realismo Intelectual. 
 			Realismo Intelectual – Estende-se dos 4 aos 10-12 anos. Este estágio é um avanço para as crianças, pois elas conseguem alcançar o desenho realista. A criança pretende deliberadamente reproduzir do objeto representado não só o que se pode ver, mas tudo o que ali existe e dar a cada um dos elementos a sua forma exemplar. Agora ela já consegue transmitir todos os princípios da realidade, pois sua intelectualidade vai além do concreto. 
			Mesmo que ela não enxergue o alvo do seu desenho, ela traz para consigo todos os elementos reais para o grafismo, desenhando tudo o que já está internalizado em si, tudo o que já sabe e conhece. Também nesta fase, aparecem características conhecidas por: “Rebatimento, transparência, planificação e mudança de ponto de vista”. Ressaltando os dois processos: o plano deitado e a transparência. 
 
	Realismo Fortuito.
Compreendendo também, a idade de 2 a 3 anos, (idade correspondente a um dos nossos voluntários) vem ser a primeira fase do desenho infantil, caracterizado por traços sem objetivo, onde o prazer é o principal motivador do desenho, a princípio para a criança o traçado não tem intenção de fazer uma imagem, mas simplesmente fazer linhas e descarregar no papel seu desejo, de modo, que o faça repetir, partindo desta repetição, como ato de ação, onde esta desenha por ver o adulto fazer, e repete por prazer. 
A repetição levará a criança a intencionalidade e premeditação do grafismo, à medida que percebe que constrói uma simbologia, relacionando o desenho com objetos, onde a mesma, começa a dar nome aos desenhos.
Esta fase, para Luquet, consolida-se como desenho propriamente dito, regido por intenção, execução e interpretação segundo a intenção. 
	Jean Piaget 
		Piaget atribuiu à faixa etária entre 2 a 7 anos o que chamou de período pré-operatório do desenvolvimento cognitivo. Esse período é caracterizado pelas funções simbólica e representativa, mas as crianças ainda não estão prontas para se envolverem em operações mentais lógicas.
		O desenho, para Piaget, é uma ação concreta que ajuda a criança a interpretar o mundo através da imitação do real. No período sensório-motor, até dois anos de idade, a percepção está ligada aos sentidos e à atividade motora. 
		A partir dos 2 anos, a construção do desenho passa a ser representativa, coincidindo com o aparecimento da imagem e do pensamento simbólico; dos 4 aos 7 anos, o desenho da criança se aproxima mais de uma representação imitativa da realidade. Nesta fase, o espaço representativo se processa como uma reconstrução a partir de intuições elementares concernentes às relações espaciais topológicas. Somente a partir dos 8 ou 9 anos, a criança adquire a noção de distância e da perspectiva, abandonando a transparência, o rebatimento e a representação concomitantemente de espaços e tempos incompatíveis.
		No período pré-operatório, a criança estrutura suas ações no plano das representações de forma justaposta, sincrética e egocêntrica. Raciocinam por transdução e sua compreensão é de natureza intuitiva e semi-reversível, não sabendo ainda organizar suas representações.
		Segundo Jean Piaget, sobre o grafismo infantil, a criança passa por cinco fases que correspondem a suas etapas de desenvolvimento, são elas: Garatuja (se subdivide em desordenada e ordenada), pré-esquematismo, esquematismo, realismo e pseudo-naturalista.
	Garatuja
 		 Segundo Piaget, a Garatuja se subdivide em garatuja desordenada que vai de zero a dois anos, período sensório-motor, e garatuja ordenada, entre dois a sete anos, período pré-operacional. É importante entender que nessa etapa a criança desenha por puro prazer e seus rabiscos caracterizam-se por movimentos circulares e mais distantes. 
	Nesta fase, a criança não se preocupa com posição, tamanho ou ordem e sim pelas formas do desenho. Não se tem uma formação concreta da figura humana, apenas imaginária, ela desenha o que pensa ou acha sobre determinado objeto, não havendo uma relação fixa entre este e sua representação, por isso o traçado pode se transformar em diversas coisas. Um risco pode ser uma árvore e antes mesmo de terminar pode ser um gato.
	Análise do desenho 
	Entrevistado: H.B, 6 anos. 
			A partir da análise feita sob o desenho da criança de 6 anos, é possível correlacionar sua fase de desenvolvimento do desenho à que Luquet destaca como a fase do Realismo Intelectual, que estende-se dos 4 aos 10-12 anos. Este estágio é um avanço para as crianças, é quando ela consegue alcançar o desenho realista. Ela traz para consigo todos os elementos reais para o grafismo, desenhando tudo o que já está internalizado em si, tudo o que já sabe e conhece. A partir disso, é possível observar que o desenho de H.B carrega características específicas desta fase, como a transparência, a planificação e a mistura com diversos pontos de vista. 
 
			H.B de inicio desenhou o que descreveu como um ônibus, em seguida uma maça e por último, sua casa e uma casinha de cachorro. 
 
			Na representação que a criança fez do ônibus, podemos perceber que ele desenha também o motorista e suas receptivas cadeiras acentuadas no interior do automóvel. Ao representar a maça, H.B colore seu desenho e traça detalhes que se aproximam do real. Já na representação de sua casa, a criança desenha objetos que contém no seu interior (mesa, cadeira, porta e cama). E na representação da casinha do cachorro, a criança desenha também o cachorro no seu interior. 
 
			Estas características, conforme descrita por Luquet, é quando a criança representa o que conhece do objeto e há uma forte presença da transparência em seu grafismo. 
			Portanto, podemos classificar que H.B de 6 anos, se enquadra na faixa etária proposta por Luquet para esta fase do desenvolvimento do desenho infantil, denominada – A fase do Realismo Intelectual. 
		Análise do desenho segundo Piaget.Voluntario: H.B., 6 anos.
		
			Em seu desenho H.B. faz a representação de um ônibus, além de alguns detalhes característicos desse meio de transporte, como o motorista, as rodas e algumas cadeiras. 
			É possível verificar também o desenho de uma maçã com talo e uma folha, coloridos nas cores vermelha, azul e verde, respectivamente. Ao representar sua casa, H.B. desenha, além da estrutura externa, detalhes internos como mesa, cadeira e cama, incluindo também nesse contexto seu cão em seu cercadinho.
			Podemos observar nesse desenho a presença da figura humana, riqueza de detalhes, a transparência e certa intencionalidade narrativa estabelecendo relações entre os objetos. Está presente também a reconstrução da realidade a partir de uma representação simbólica que a criança tem sobre os objetos desenhados, utilizando-se das relações espaciais topológicas.
			Sob a abordagem psicológica piagetiana, podemos inferir que o desenho de H.B. apresenta as principais características do período pré-operatório o que o inseriria neste estágio.
Análise dos Desenhos
	Voluntario: B. A. B.
	Idade: 3 anos
			É dada uma folha de papel em branco a B. A. B., inicialmente na presença de seus pais, que logo que começamos a explicar ao menino seu propósito, se retiram da sala, o menino devidamente sentado de forma que fique confortável na mesa da sala de jantar, toma uma caneta vermelha, a qual exibe preferência desde o início da sessão gráfica, dentre os demais materiais a sua frente (canetinhas, lápis de cor, giz de cera e lápis de escrever), e começa, sem se desligar ou comunicar o que está fazendo, a realizar círculos, dentro de outros semicírculos maiores, que repete pela folha inteira, até que não haja mais espaço em sua face, pelo menos não para os mesmos tamanhos que pretendia, sendo assim vira a folha e torna a realizar a mesma tarefa, que lhe proposta , dessa vez apenas outros círculos e semicírculos, sem nenhuma semelhança entre um e outro.
			Quando indagado sobre sua intencionalidade, mostrou-se tímido, e não pronunciou sequer uma só palavra. Tomamos isso, naquele momento, como uma leve intimidação e vergonha pela presença de estranhos (no caso; nós).
			Sendo assim, em relação a intencionalidade do desenho ficamos impossibilitados de lhe dar sentido e fazer referência a sua explicação verbal, sem sequer uma pista que sirva de ponto de partida para uma dedução plausível sobre seu significado.
			Porém é possível o enquadramento teórico do desenho no que Luquet chamou de Realismo Fortuito, pelos traços e falta de proposito visível nos grafismos, e uma repetição prazerosa e concentrada, das mesmas, e seus similares nos dois lados da folha, que são características marcantes e comuns a esta fase e próprias a idade de desenvolvimento do menino.
			Podemos também realizar a mesma analise, com base na obra teórica de Jean Piaget, que veremos a seguir.
	Análise do desenho segundo Piaget.
 	Voluntario: B.A. B, 3 anos.
 			Na análise do desenho da criança de três anos, quando comparado com a teoria sobre o desenvolvimento do grafismo de Jean Piaget, é possível verificar que a criança encontra-se na fase da Garatuja Ordenada devido às seus aspectos e características próprias da etapa.
 			Ao observar o desenho de B.A.B, notam-se desenhos de formas circulares e ovoides, totalmente desarranjados em posição, tamanho e ordem. Há apenas círculos pequenos dentro de círculos maiores.
 			A criança não deu descrição do que foi desenhado, portanto fica inviável a interpretação na visão do adulto quando se refere ao significado do desenho, levando em conta que a garatuja poderia ser qualquer coisa.
	Análise do desenho
	Em seu desenho H.B. faz a representação de um ônibus, além de alguns detalhes característicos desse meio de transporte, como o motorista, as rodas e algumas cadeiras. 
	É possível verificar também o desenho de uma maçã com talo e uma folha, coloridos nas cores vermelha, azul e verde, respectivamente. Ao representar sua casa, H.B. desenha, além da estrutura externa, detalhes internos como mesa, cadeira e cama, incluindo também nesse contexto seu cão em seu cercadinho.
	Podemos observar nesse desenho a presença da figura humana, riqueza de detalhes, a transparência e certa intencionalidade narrativa estabelecendo relações entre os objetos. Está presente também a reconstrução da realidade a partir de uma representação simbólica que a criança tem sobre os objetos desenhados, utilizando-se das relações espaciais topológicas.
	Sob a abordagem psicológica piagetiana, podemos inferir que o desenho de H.B. apresenta as principais características do período pré-operatório o que o inseriria neste estágio.
Referências Bibliográficas.
ALMEIDA, C. M. de C. A Representação de espaço e tempo no desenho da criança. Disponível em <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ proposic/article/view/8644511>. Acesso em: 28 mar. 2019
LUQUET, Georges-Henri. O desenho infantil. Barcelona: Porto Civilização, 1969. 
OLIVEIRA, Lívia de. A construção do espaço, segundo Jean Piaget. Disponível em: <https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=321327187008>. Acesso em: 28 mar. 2019.
PEDAGOGIA AO PE DA LETRA. Fases do desenho infantil. Disponível em: 
<https://pedagogiaaopedaletra.com/fases-do-desenho-infantil/>. Acesso em: 26 mar. 2019. 
POCHER, Louis. Educação artística: Luxo ou necessidade?. São Paulo: Summus, 1982. 
RAPPAPORT, C. R.; FIORI, W. R.; DAVIS, C. Psicologia do Desenvolvimento: A idade pré-escolar. (vol.3). São Paulo: EPU, 2005.
 
TRINDADE, Rafaela Gabini. Desenho infantil: Contribuições da educação infantil para o desenvolvimento do pensamento abstrato sob a perspectiva da psicologia histórico-cultural. dissertação (mestre em educação). São Paulo: – Faculdade de Educação de São Paulo, 2011. 272 p.

Outros materiais