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Análise critica ao decreto interventivo de Roraima com os critérios estabelecidos constitucionalmente para a elaboração de um decreto

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O Presidente da República, Michel Temer, decretou intervenção federal no Estado de Roraima no que lhe compete o artigo 84, caput, inciso X, da Constituição Federal. A intervenção teve início no dia 8 de dezembro de 2018 cessando no dia 31 de dezembro de 2018. Foi nomeado para o cargo de interventor Antônio Oliverio Garcia de Almeida, a sua nomeação se fez necessária tendo em vista que, se envolve o Poder Executivo. Nesse sentido, podemos observar em analise ao decreto interventivo Nº 9602, que alguns dos pressupostos formais necessários previstos no art. 36, §1º, da Constituição Federal, não foram preenchidos corretamente da maneira que já foi decorrido acima no texto a competência privativa do Presidente de decretar a intervenção, o prazo e a nomeação do interventor, deixando em ausência o pressuposto da amplitude da intervenção que foi descrita de forma genérica ao mencionar "Art, 1º, parágrafo unico. A intervenção de que trata o caput abrange todo o Poder Executivo do Estado de Roraima" não especificando no decreto a matéria na qual a intervenção se limita, poderia ter sido usado como limite à área de segurança pública, tendo em vista que, houve problemas nesse âmbito. Como também, lacunas nas condições de execução, uma vez que não se colocou limites ao interventor, ou seja, a maneira que será coordenado deve ser especificada para que o interventor execute da melhor forma, como por exemplo, indicar quais recursos poderiam ser requisitados e quais as soluções de conflito, conclui-se que com um decreto tão genérico poderia guiar o interventor a tomar decisões por meio da interpretação que obtiver expondo-se a roptura da legislação vigente ou até mesmo ferimento aos direitos fundamentais.
O decreto interventivo é sancionado nos termos do artigo 34, caput, inciso III, da Constituição Federal, pôr termo grave ou comprometimento da ordem publica, para garantir a defesa do principio federativo, o que era realmente necessário, pois, o Estado estava com paralisações de policias, quartéis fechados, servidores sem pagar e protestos e greves. Mas também, a intervenção poderia ter como pressuposto a defesa do Estado que esta previsto no Art. 34 inciso II da Constituição Federal-" repelir invasão estrangeira ou de uma unidade em outra;", pois, a chegada de venezuelanos em Roraima impacta varios seteros como Saúde, Segurança e Educação, havendo a necessidade de uma medida rigorosa.
A intervenção em questão é do tipo espontânea, por iniciativa do próprio Presidente, a partir da atribuição prevista na Constituição da República, art. 84, X, combinado com o art. 34, III, já que expôs como fundamento do Decreto “pôr grave comprometimento da ordem pública;”.
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/intervencao-federal-no-estado-do-rio-de-janeiro-analise-constitucional-do-decreto-9-288-2018-de-16-de-fevereiro-de-2018/

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