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UniAGES DIRETORIA ACADÊMICA COLEGIADO DE DIREITO ALUNO: Alexandre Eduardo Gomes de Souza Silva TURMA: DTO II - A TURNO: NOT (X) CAL ( ) DISCIPLINA: Teoria da Constituição PROFESSOR: Ms. José Roniel Morais Oliveira As informações acima devem permitir ao professor e ao CCA localizarem a turma que esteja sendo ministrada a disciplina. Assim, o aluno de período diferente ao da turma correspondente ao fichamento não deverá informar seu período, mas o período e a turma correspondentes à obra indicada. FICHAMENTO “A ESSÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO.” Itens avaliados Nota Máxima Nota obtida Nota de Recurso Não atende(1) N/A Metodologia e Estrutura 1,0 Citações representativas por capítulo 3,0 Parecer Crítico, correlacionando teori- as/conceitos/argumentos das obras do fichamento e aspectos levantados pelo Relatório do Projeto In- tegrador 6,0 Total 10,0 (1) Plágio; somente citações; ausência de relação direta e fundamentada com o Relatório do Projeto Integrador no parecer crítico; fichamento não atingir o mínimo de três laudas; parecer crítico com menos de uma lauda. Nota Recurso Observações do professor: SENHOR DO BONFIM/2019-2 1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA FICHADA LASSALLE, Ferdinand. A Essência da Constituição. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 6ª Ed. 2001. 2. CITAÇÕES POR CAPÍTULO Parte I: Sobre a Constituição. “Que é uma constituição? Qual é a verdadeira essência de uma Constituição? Em todos os lugares e a qualquer hora, à tarde, pela manhã e à noite, estamos ouvindo falar da Constituição e de problemas constitucionais”. (p. 5). Se fizesse esta indagação a um jurisconsulto, receberia mais ou menos esta resposta: "Constituição é um pacto juramentado entre o rei e o povo, estabelecendo os princí- pios alicerçais da legislação e do governo dentro de um país". Ou, generalizando, pois existe também a Constituição nos países de governo republicano: "A Constitui- ção é a lei fundamental proclamada pela nação, na qual baseia-se organização do Di- reito público do país". (p. 6). Qual a diferença entre uma Constituição? Ambas, a lei e a Constituição, têm, evi- dentemente, uma essência genérica comum. Uma Constituição, para reger, necessita de aprovação legislativa, isto é, tem que ser também lei. Todavia, não é uma lei co- mo as outras, uma simples lei: é mais do que isso. Entre os dois conceitos não exis- tem somente afinidades; há também dessemelhanças.”. (p. 7). “Todos esses fatos demonstram que, no espirito unânime dos povos, uma Constituição deve ser qualquer coisa demais sagrado, de mais firme e de mais imóvel que uma lei comum.” (p. 8). “Os fatores reais do poder que atuam no seio de cada Sociedade são essa força ativa e eficaz que informa todas as leis e instituições jurídicas vigentes, determinando que não possam ser, em substâncias, a não ser total como elas são”. (p. 10). Parte II: Sobre a Constituição. Uma Constituição real e efetiva a possuíram e a possuirão sempre todos os países, pois é um erro se julgarmos que Constituição é uma prerrogativa dos tempos moder- nos. Não é certo isso. Da mesma forma e pela mesma lei da necessidade de que todo corpo tenha uma constituição própria, boa ou má, estruturada de uma ou de outra forma, todo país tem, necessariamente, uma Constituição real e efetiva, pois não é possível imaginar uma nação onde não existam os fatores reais do poder, quaisquer que eles sejam. (p. 25). Vejam como, mesmo naquele tempo, já falavam de uma Constituição e lhe reconhe- ciam tal virtude, que nem o próprio rei podia mexer nela; tal como agora. Aquilo que a nobreza francesa chamava de constituição, ou seja, a norma pela qual o povo - os deserdados da fortuna obrigado a suportar o peso de todos os impostos e presta- ções que lhe quisessem impor, não estava, é certo, escrito em nenhum papel ou do- cumento especial. (p. 26). Todos esses fatos e precedentes, todos esses princípios de direito público, esses per- gaminhos, esses foros, estatutos e privilégios reunidos formavam a Constituição do país, sem que todos eles, por sua vez, fizessem outra coisa que não exprimir, de mo- do simples e sincero, os fatores reais do poder que regiam o país. (p. 27). Assim, pois, todos os países possuem ou possuíram sempre e em todos os momentos da sua história uma Constituição real e verdadeira. A diferença, nos tempos moder- nos - e isto não deve ficar esquecido, pois tem muitíssima importância -, não são as constituições reais e efetivas, mas sim as constituições escritas nas folhas de papel. (p. 27). O exército não consegue acompanhar o surto maravilhoso da população civil. Ao desenvolver-se em proporções tão extraordinárias, a burguesia começa a compreender que também é uma potência política independente. Paralelamente, com este incremento da população, aumenta e divide-se a riqueza social em proporções incalculáveis, progredindo, ao mesmo tempo, vertiginosamente, as indústrias, as ciências, a cultura geral e a consciência coletiva; outro dos fragmentos da Constituição. (p. 32). Parte III: Sobre a Constituição Escrita e a Constituição Real. “Quando num país irrompe e triunfa a revolução, o direito privado continua valendo, mas as leis do direito público desmoronam e se torna preciso fazer outras novas”. (p. 33). Quando podemos dizer que uma constituição escrita é boa e duradoura? A resposta é clara e parte logicamente de quanto temos exposto: Quando essa constituição escrita corresponder à constituição real e tiver suas raízes nos fatores do poder que regem o país. Onde a constituição escrita não corresponder à real, irrompe inevitavelmente um conflito que é impossível evitar e no qual, mais dia menos dia, a constituição es- crita, a folha de papel, sucumbirá necessariamente, perante a constituição real, a das verdadeiras forças vitais do país. (p. 33) “Mas não devemos esquecer que entre o poder da nação e o poder do exército existe uma diferença muito grande e por isso se explica que o poder do exército, embora em realidade inferior ao da nação, com o tempo seja mais eficaz poder do país, embora maior”. (p. 34). “É que o poder desta é um poder um desorganizado e o daquele é uma forca organizada e disciplinada que se encontra a todo momento em condições de enfrentar qualquer ataque, vencendo sempre, a não ser nos casos isolados”. (p. 34) Onde a Constituição reflete os fatores reais e efetivos do poder, não pode existir um partido político que tenha por lema o respeito à Constituição, porque ela já é respeitada, é invulnerável, Mau sinal quando esse grito repercute no pais, pois isto demonstra que na constituição escrita há qualquer coisa que não reflete a constituição real, fatores reais do poder. (p. 39) 3. PARECER CRÍTICO DA OBRA A brilhante obra de Ferdinand Lassalle, A Essência da Constituição, traz consigo evi- dencias do que seria de fato um Constituição. Abordando dois víeis para sua explicação, um seria o conceito sobre a constituição real “do povo” e o outro seria o conceito sobre a Consti- tuição escrita “do Estado”, esses conceitos são expostos no texto por meio de analogias, simu- lações e hipóteses, de imediato, faz comparações entre a Constituição e as Leis expondo suas diferenças, com intuito de distinguir uma da outra. Dá a entender que uma Constituição para controlar, reger, é necessário que haja uma aprovação legislativa, no qual trata-se também de uma lei, evidente que não se trata de uma simples lei, uma lei comum, mas sim de uma lei superior que deve ser respeitada hierarqui- camente no ordenamento jurídico. Para altera-la, seria necessário uma assembleia legislativa não cabe ao legislativo ou o Estado competência para tal ato. Defende a ideia de que a Consti- tuição deve seralgo divino, consistente e imutável. Dando continuidade, após a leitura do segundo capítulo, Lassalle analisa a evolução histórica demonstrando a relevância e a influên- cia dos motivos reais de poder dentro da sociedade. A Essência da Constituição de fato se dá no memento em que o autor relata observa- ções sobre as relações entre as normas jurídicas verídicas e um poder equidistante, que não está oficializando, concretizado em lei, mas que de fato é reconhecido pela sociedade desde os tempos remotos. Esclarece como os sistemas estão submetidos a outros, e como algumas clas- ses são mais privilegiadas que outras, ainda que seja minoria, traz conceitos sobre o poder minoria aristocrática, no qual servia para satisfazer as vontades do rei, assim fazendo uma analogia com as atuais minorias da sociedade, que tendem a seguir as mesmas atitudes. É evidente que a Constituição existe antes mesmo dela ser escrita, e o autor destaca bem isso exemplificando questões medievais. Sendo assim, a Constituição Real sempre exis- tiu, e sua única diferença para os dias atuais é que hoje são escritas em folhas de papel. Traça diferenças entre a força da nação x do exército, relata que o exercito mesmo sedo minoria, é organizado, disciplinado e sabe o momento adequado para agir. Diante dos fatos apresentados na obra de Lassalle, ele buscou estabelecer uma visão geral para conhecer a verdade por trás das instituições. Contudo, em uma leitura rápida, che- gamos a concepção de que a essência da Constituição transmite apenas a vontade de reduzi- dos detentores do poder mostra-se distante das reais conclusões políticas a que chega o livro. Todavia, vale ressaltar que a obra mencionada foi de suma importância para a obten- ção de conhecimentos sobre a Constituição, em especial para a matéria de Teoria da Consti- tuição, no qual é uma disciplina que tem como seu principal objetivo estudar Constituição, formada por um conjunto de princípios, trata-se da estruturação do Estado ou da união de seus princípios. Os conhecimentos adquiridos acarretarão no desenvolvimento futuro do acadêmi- co de direito, uma vez que os ensinamentos absorvidos na obra, jamais serão esquecidos, as- sim contribuindo para a evolução do discente no decorrer do curso.
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