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1 Direito Processual Civil I Horário: 18:30 - 20:10 – segunda-feira / 18:30 - 20:10 – terça-feira AULAS TEMÁTICA DATA METOLOGIA 01/02 Apresentação do professor, da disciplina, da metodologia, da forma de avaliação e da bibliografia 12/2 Expositiva 03/04 Distinções teóricas de processo e procedimento no CPC brasileiro. O conceito de processo de conhecimento. O processo de conhecimento e suas modalidades procedimentais. A estrutura do procedimento comum. Formação, suspensão e extinção do procedimento comum. O procedimento comum e o Estado Democrático de Direito 18/2 Expositiva 05/06 Petição inicial 19/2 Expositiva 07/08 Petição inicial 25/2 Expositiva 09/10 Petição inicial 26/2 Expositiva 11/12 Recesso – Carnaval 4/3 - 13/14 Recesso – Carnaval 5/3 - 15/16 Petição inicial 11/3 Expositiva 17/18 Petição inicial e suas especificidades, quando requerida a tutela provisória de urgência em caráter antecedente. Distribuição e registro da petição inicial 12/3 Expositiva 19/20 Atitudes do juízo em face da petição inicial 18/3 Expositiva 21/22 Atitudes do juízo em face da petição inicial 19/3 Expositiva 23/24 Atitudes do juízo em face da petição inicial 25/3 Expositiva 25/26 Audiência de conciliação ou de mediação 26/3 Expositiva 27/28 Atitudes do réu em face da citação. Tira dúvidas para a Primeira Avaliação Parcial 1º/4 Expositiva 29/30 Primeira Avaliação Parcial. Entrega do Questionário 1 2/4 Avaliativa 31/32 Atitudes do réu em face da citação. Entrega e correção da Primeira Avaliação Parcial 8/4 Expositiva 33/34 Atitudes do réu em face da citação 9/4 Expositiva 35/36 Atitudes do réu em face da citação 15/4 Expositiva 37/38 Providências preliminaries 16/4 Expositiva Professor: Vinícius Lott Thibau 2 39/40 Aula compartilhada – Proficiência Acadêmica 22/4 Expositiva 41/42 Julgamento conforme o estado do processo 23/4 Expositiva 43/44 Prova civil 29/4 Expositiva 45/46 Prova civil 30/4 Expositiva 47/48 Prova civil 6/5 Expositiva 49/50 Prova civil 7/5 Expositiva 51/52 Prova civil. Tira dúvidas para a Segunda Avaliação Parcial 13/5 Expositiva 53/54 Segunda Avaliação Parcial. Entrega do Questionário 2 14/5 Avaliativa 55/56 Prova civil. Entrega e correção da Segunda Avaliação Parcial 20/5 Expositiva 57/58 Prova civil 21/5 Expositiva 59/60 Prova civil 27/5 Expositiva 61/62 Audiência de instrução e julgamento 28/5 Expositiva 63/64 Sentença 3/6 Expositiva 65/66 Sentença 4/6 Expositiva 67/68 Coisa julgada e sua relativização 10/6 Expositiva 69/70 Tira dúvidas para a Avaliação Final 11/6 Expositiva 71/72 Semana de Avaliações Finais 17/6 - 73/74 Avaliação Final. Entrega do Questionário 3 18/6 Avaliativa 75/76 Vista da Avaliação Final 24/6 Expositiva 77/78 Semana de Vista da Avaliação Final 25/6 - 79/80 Semana de Exames Especiais 1º/7 - 63/64 Exame Especial 2/7 Avaliativa 65/66 Vista do Exame Especial 8/7 Expositiva 67/68 Semana de Vista do Exame Especial 9/7 - 1ª e 2ª prova parcial terão os pontos distribuídos da seguinte maneira: 18 pts – questões abertas e 12 pts – questões fechadas. 3ª prova parcial (final): 24 pts – questões fechadas e 6 pts – questões abertas. Referências Bibliográficas: Humberto Teodoro Júnior, volume 1; Fred Diddier, volume só sobre prova + TGP Código comentado: Breves comentários sobre o novo CPC. 12/02/19 Procedimento comum é o conteúdo que será ministrado no semestre. Entende-se por procedimento comum: o principal objetivo é o reconhecimento de Direitos. 80% dos procedimentos no Brasil tramitam em procedimento comum. 3 18/02/19 O estado põe à disposição das partes duas espécies de tutela jurisdicional, são elas: Cognição e Execução. Cognição / Conhecimento – se a lide é de pretensão contestada e há necessidade de definir a vontade concreta da lei para solucioná-la, o processo aplicável é o de conhecimento que virá por uma sentença de mérito contendo a resposta definitiva que fora formulada pelo autor. Execução – se a lide é de pretensão insatisfeita (já existe direito definido pela própria lei, como liquido, certo e exigível), a solução será dada por meio do intermédio do processo de execução. Processo é um método utilizado para solucionar os litígios. É conhecido pelo direito processual civil, duas espécies básicas de tutela: a prestada através do processo de conhecimento e a realizada por meio do processo de execução. Entretanto, na pratica, os procedimentos mesclam-se entre atividades de cognição e de execução. Procedimento sinônimo de rito do processo. Ou seja, o modo e a forma por que se movem os atos do processo. Em razão do princípio da legalidade, o processo judicial, em seus vários procedimentos, sempre se desenvolverá segundo a forma prevista em lei. Dentro do processo de conhecimento (cognição) têm-se os procedimentos comuns e os procedimentos especiais. Procedimento comum – é o que se aplica a todas as causas para as quais a lei processual não tenha instituído um rito próprio ou especifico. Art. 318 NCPC. “Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei”. Assim sendo, seu âmbito de atuação é feito por exclusão: onde não houver previsão legal de um procedimento especial, caberá procedimento comum. O procedimento comum é estruturado da seguinte forma: 1). Inicia-se pela petição inicial e seus requisitos, art. 319 NCPC; 2). Deferida a inicial, cita-se o réu ou o interessado – Art. 238 NCPC. “Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual, para comparecer à audiência de conciliação ou de mediação – Art. 334 NCPC. “Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência”. 4 Processo civil o novo código de processo civil no Brasil veio com a ideia de um código de processo democrático. É um código que visa a democracia no direito. No código de processo civil o conceito de processo não é democrático. Ele é conceituado como uma relação jurídica (chamada de relação processual) de direito público que se desenvolve entre três pessoas: 1ª o juiz (tribunal), 2ª o autor, 3ª réu. Esse conceito foi trazido do estado social. Esse conceito de um processo civil como relação processual remonta o século 19, e foi teorizado pelo alemão Oskar Von Bulow. É um conceito antigo, de 1868. Bulow escreveu em um período em que o estado social se auto firmava na Alemanha. No estado social existe uma prevalência do público sobre o privado. O público tem maior valor que o privado. Nesse período de 1868 se caracteriza pela queda do liberalismo. Diante da influência do estado social, Bulow estabelece sua teoria colocando o juiz com o principal, o representante do estado/do público (o estado juiz). Essa relação jurídica diante dessa definição se apresenta em um formato de triangulo. Tendo o juiz um espaço especial, hierárquico, no topo desse triangulo, sendo ele o interprete qualificado da norma. As demais partes dessa relação jurídica ficam sempre subordinadas a este. Com o advento do estado democrático de direito, o público não mais prevalece sobre o privado. Ao se estabelecer um estado social, corre-se o risco de ser instalado um estado social total ou totalitário. Sistemas como fascismo, nazismo foram os principais momentos do estado social. NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, O PÚBLICO NÃO PREVALECE SOBRE O PRIVADO, E O PRIVADO NÃO PREVALECE SOBRE O PÚBLICO. TEM-SE UMA ISONOMIA!!!! ESSE CONCEITO QUE FOI ESTABELECIDO NO NCPC, NÃO CONDIZ COM A CRFB/88. Processo = relação jurídica de direito público entre juiz autor e réu. 5Procedimento é a forma do processo pela qual a relação jurídica se forma, se desenvolve, e também se extingue. Portanto, essa relação jurídica, na pratica, se apresenta por vários atos que compõe o procedimento. No CPC essa relação jurídica de direito público pode ser chamada de conhecimento ou de execução. Ou seja, tem-se dois tipos de processo no Brasil, no âmbito civil. O que altera de um para o outro é o objetivo. Processo de conhecimento – o principal objetivo é o reconhecimento de direitos por via de uma decisão judicial. Existe outros objetivos. Todas as vezes que for necessário propor um processo para se valer de um direito é ele quem será usado. Pode ser chamado de acertamento de direito (reconhecimento de direito). Ex: quando um indivíduo fere um direito que me é estabelecido, farei valer esse meu direito através do processo de conhecimento. O processo de conhecimento representa ou pressupõe falta de civilidade. Processo de execução – busca a satisfação de direitos já reconhecidos. Indica menos civilidade. Nesse processo se discute direitos já determinados. Aqui o direito já foi reconhecido, mas não foi cumprido. É o reconhecimento forçado (bruta). Aqui o executado está deixando de cumprir uma obrigação que já está fixada. A execução pode ser a de pagar, entregar, de fazer ou não fazer. O CPC indica 2 tipos de procedimento que atuam dentro do processo de conhecimento: 1) Procedimento comum; 2) Procedimentos especiais. Ambos se relacionam a reconhecimento de direitos. 1) Procedimento comum – possui duas características determinantes para serem utilizados. O procedimento comum é Residual e Subsidiário. É o procedimento padrão do código, pois ele é residual e subsidiário, ou seja, ele é aplicável sempre que a lei não indicar um procedimento especial cabível ou um processo de execução. Procedimento Comum Residual: quer dizer que ele é aplicável quando não possui lei indicando quando cabível um procedimento especial ou o processo de execução. É feito por exclusão!! 6 Procedimento Comum Subsidiário: é subsidiário pois ele exerce a possibilidade de preencher as lacunas/vazios dos demais procedimentos especiais e do processo de execução. A ação de consignação em pagamento possui um procedimento especial. Caso se realize um procedimento comum, onde se exige procedimento especial, terá problemas. CPC – Art. 318. “Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei. (Aspecto residual) Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução”. (Aspecto subsidiário). O procedimento comum se estrutura por várias fases que podem ser de até seis fases. O primeiro ato do procedimento comum é a petição inicial; o último ato é a sentença. 1ª fase postulatória: 2ª fase saneadora: 3ª fase instrutória ou probatória: 4ª fase decisória: 5ª fase de liquidação de sentença: será estudada no sexto período 6ª fase cumprimento de sentença: será estudada no sexto período. O estado democrático de direito tem duas características que são fundamentais: Direito de participação e Direito de fiscalização. Sem essas duas características não existe o estado democrático de direito. Estes, o direito de participação e o direito de fisccalização, são fundamentados pelos princípios: do contraditório; da ampla defesa; da isonomia. Todas as vezes que a lei violar tais princípios, quer dizer que esta lei está violando o estado democrático de direito. 7 19/02/19 Formação do processo – o processo nasce com a propositura da demanda. A data que foi protocolada a petição será a data de início do processo. A partir daí o processo já existe, se desenvolve, com a pratica de novos atos processuais, e com o surgimento de relações jurídicas processuais. Art. 312 CPC. “Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada”. A petição inicial não é a demanda. A petição inicial é uma forma da demanda, é o seu instrumento. A demanda é um ato jurídico que requer forma especial. A demanda é o conteúdo da petição inicial. Ás vezes a lei impõe que determinados atos jurídicos se revistam de determinada forma. E a demanda é um deles. Petição Inicial ato que instaura o procedimento comum (procedimento padrão do código que é subsidiário e residual) , ou que instaura o processo. Não há procedimento comum sem a petição inicial. Ela é indispensável para que o procedimento comum se forme, se desenvolva e de extingue. NÃO É QUALQUER PESSOA QUE POSSA PRODUZIR ESSE TIPO DE PETIÇÃO NO PROCEDIMENTO COMUM. SOMENTE PROFISSIONAL HABILITADO. ELA SERÁ SEMPRE POR ESCRITO. NÃO EXISTE PETIÇÃO INICIAL EM PROCEDIMENTO COMUM QUE NÃO SEJA POR ESCRITO!!! Pessoas leigas atuando em seu próprio favor Jus Postulandi. É dada em causas de até 20 salários mínimos. Ao elaborar a petição, se faz necessário o preenchimento dos requisitos que estão discorridos nos artigos 319, 320, 106, l. 8 Requisitos da petição inicial – art. 319 CPC. A petição inicial indicará: I - O juízo a que é dirigida: essa indicação exige o conhecimento sobre a competência (tema de TGP). Essa competência é em razão do lugar; competência em razão do valor; competência em razão da função; competência em razão da matéria; competência em razão da pessoa. Para entender essas competências, tem de observar o CPC, a CRFB/88, os Regimentos Internos dos tribunais e a Lei de Organização Judiciaria. (Analisar o material de competência de TGP). Descrição de uma petição: “Ao juízo da _________ vara cível da comarca de Belo Horizonte”. Para indicar a vara, observa-se o critério matéria. Ao indicar a comarca, diz-se que se optou pela jurisdição de âmbito estadual. Ao dizer que o processo está sendo instaurado em BH, sabe-se o critério lugar. A REGULAÇÃO DE VISITA PARA PAIS QUE QUEIRA VER SEUS FILHOS TEM UM PROCEDIMENTO ESPECIAL. Em algumas petições existiram um número já estabelecido no espaço antes do escrito “vara cível”. Em algumas petições virão com a forma de indicar o juízo diferente. Ex: excelentíssimo senhor doutor juiz de direito (ou juiz federal) da vara... A forma correta de indicar o juízo é estabelecida pelo novo CPC, e é da seguinte maneira: “Ao juízo”. Essa mudança busca destacar que o que importa é o órgão jurisdicional e não a pessoa que exerce essa jurisdição. 9 II – Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu: É onde indica quem é o autor e o réu (legitimidade para a causa). O primeiro indicado deve conter o prenome (Ex: é o verdadeiro nome, Bruno) e os demais devem ser seguidos consequentemente. O endereço eletrônico é o e-mail. Primeiro se qualifica o autor e depois o réu. Além da legitimidade para a causa, deve-se considerar: Capacidade processual - algumas pessoas para estarem em juízo tem de estarem representadas ou assistidas. Quando disto, deve-se também qualificar a outra parte representante ou assistente. Além disso algumas pessoas têm de serem representadas em juiz por exigência do código, são eles: o condômino, o espolio, o estado, o município, art. 75 CPC. Substituição processual – art.18 CPC. É possível pleitear em nome próprio o direito alheio desde que tenha autorização para tal. Quando disso, a parte é o substituto, e não o substituído. O estado civil é importante pois dependendo do regime de casamento, a parte terá que participar do processo. Em relação a profissão, se o réu é militar, este será citado no batalhão quando não encontrado em casa. Servidor público segue a mesma regra. O e-mailse faz importante pelo fato de o processo for eletrônico, será enviado notificações das movimentações do processo. O CPF é para indicar a pessoa correta. OBS: não sabendo as informações do réu, colocar: ignorado ou desconhecido. Pode também ao término da citação fazer um requerimento ao juiz solicitando que ele entre em contato com a receita federal para colher as informações necessárias. Por falta de informações do réu não ocorrerá o indeferimento. 10 III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido: Aqui, narra-se os fatos que geraram/motivaram o procedimento comum. Deve-se falar apenas os fatos que são relevantes juridicamente, ou seja, aqueles que influenciam no acolhimento do pedido. Posto isso, deve-se mostrar qual o tratamento que o direito brasileiro estabelece sobre tais fatos. E também como a CRFB/88, os códigos, as jurisprudências de tribunais superiores tratam sobre o tema (são os fundamentos jurídicos). Na hora de elaborar essa parte do direito, tomar cuidado para não se tornar cansativo. Não necessitará transcrever todos os fundamentos jurídicos encontrados, apenas referenciar que há mais situações, decisões que vão de acordo com o argumento escolhido. Mas em algumas situações é necessário se prolixo e detalhado. NÃO BASTA INDICAR APENAS OS FATOS OU APENAS OS DIREITOS!!!! IV – “O pedido com as suas especificações” Do pedido Art. 319 CPC. O pedido é o núcleo da petição inicial. O pedido é a conclusão da exposição dos fatos e dos fundamentos jurídicos, ou seja, da causa de pedir. Após a narrativa dos fatos deve-se concluí-lo e determinar um pedido. O pedido exprime aquilo que o autor pretende do Estado frente ao réu. É a revelação da pretensão. Para alguns autores, o pedido é o mais importante da petição inicial, pois é no pedido que se terá o pleitear do direito. OBS: Quando de deficiência no pedido, terá que instaurar um novo procedimento. O pedido é uma conclusão da pretensão, da narrativa fático jurídica. É comum que o pedido contenha expressões que é de conclusão na gramatical (isto posto; ex positis; com base em tudo o que foi articulado). O pedido conclui a causa de pedir. O pedido pode ser classificado como imediato e mediato: essa é uma classificação doutrinaria de relevante valor. 11 Pedido imediato – é a solicitação de decisão que poderá ser: condenatória; declaratória; constitutiva; mandamental; executiva lato sensu. Essas duas últimas (mandamental e executiva lato sensu) não são aderidas pela corrente majoritária. Elas foram criadas por Pontes de Miranda. Fora do brasil esses dois conceitos não são acolhidos. Quando formular o pedido imediato, é necessário indicar quais tipos de decisões pretende-se pleitear, se decisão condenatória, declaratória, constitutiva. O pedido imediato tem por finalidade obter a tutela jurisdicional do Estado (uma condenação, uma declaração...) Pedido mediato – é o próprio bem jurídico que o autor procura proteger com a sentença. É a indicação do bem da vida jurídica pretendido. Tem de indicar qual o bem da vida jurídica (os bens da vida jurídica são; matérias, dinheiro e etc.) o que se pretende receber a partir da decisão. Requisitos do pedido: o pedido deve ser certo e deve ser determinado Ser certo e determinado: Art. 322. CPC – “O pedido deve ser certo”; Art. 324.CPC – “O pedido deve ser determinado”. Pedido certo = é o pedido expresso. Não se admite que possa o pedido do autor ficar apenas implícito, salvo nas exceções definidas por lei. Pedido determinado = se refere aos limites da pretensão. É aquele que vem delimitado em qualidade e em quantidade. Portanto, quando o código diz isso, ele determina que ao se formular o pedido, deve- se formulá-lo de maneira expressa e delimitando-o em qualidade e em quantidade. Em CASO EXCEPCIONAIS, a lei pode permitir que o pedido seja implícito e genérico. Será implícito = aquele pedido não expresso. Está previsto no código do art. 322, lll e art. 323. Será genérico = aquele pedido delimitado em qualidade. Está previsto no art. 324, parágrafos. 12 Pedido genérico – é o mais cobrado. Quando a lei permite o pedido genérico (delimitado apenas em qualidade): Art. 324 CPC, § 1o – “É lícito, porém, formular pedido genérico: ” I - Nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados”. Essa hipótese é bastante utilizada em ações de inventario (procedimento especial). Nessas situações não se tem a possibilidade de uma delimitação de quantificação. Não se tem como quantificar os bens que se pretende pleitear. II – “Quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato”. Aqui quando se elabora o pedido, não se sabe quais serão as consequências futura do fato ou do ato ocorrido que motivou o procedimento comum. Não se tem como quantificar todo o pedido. Ex: pessoa atropela que está em coma. Não se tem como prever todas as consequências, medicamentos que tal pessoa necessitará para o futuro. III – “quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu”. Ex: prestação de contas. Esse procedimento é muito utilizado quando se tem gestão de capital por pessoa alheia (condomínio). Aqui não se pleiteou o valor, pois só se saberá quando for comunicado a prestação de valor. Muito embora no pedido genérico haja uma delimitação do pedido apenas em qualidade, em razão de não se ter a possibilidade de formular tal pedido com as quantidades, ainda sim deve-se indicar qual o tipo de decisão, se condenatória, declaratória e etc. QUANDO DE PEDIDO GENÉRICO, NÃO SE PODE INVENTAR UMA QUANTIDADE!!!! Pedido implícito – Dispensam formulações expressa pela parte. Não necessita ser formulado. Pouco importa se ouve o pronunciamento dos temas que se pretende pleitear. Têm-se duas hipóteses. Art. 322 e 323. É aquele que nem precisa ser formulado. É a própria lei que estabelece que o juízo se pronunciará. Art. 322, § 1o – “Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios”. Ao formular o pedido, não será necessário pedir tais coisas pois é função do juiz. O juiz é obrigado a falar sobre os juros legais, custas, honorários msm que não se tenha formulado pedido expresso. 13 OBS: se estiver sendo avaliado pela petição, é importante formular o pedido por completo. Art. 323. CPC – “Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las”. Este artigo diz que nas ações sucessivas (aquelas que vence uma após outra), ex: aluguel, as parcelas vencidas estão inclusas no pedido, mesmo não tendo feito o pedido expresso das demais parcelas vencidas. Mesmo que se omita em relações as outras parcelas que venceram, o juízo é obrigado a colocá-las na decisão. Tipos de pedido em pedidos com pluralidade de credores, qualquer um desses, pode instaurar o pedido para o cumprimento da obrigação. Art. 328 CPC – “Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito”. Esse artigo atinge o folgado. Obrigação de pagar multas diárias (Cominatório) – Esse pedido é chamado de pedido cominatório (pedido que é feito ao juiz para que fixe muita diária). É requerido pela parte, mas pode o juízo incluí-la de oficio nas sentenças para força o seu cumprimento. É um tipo de pena pecuniária como meio indireto de pressão ou coação sobre o devedor, para força-lo a cumprir com a obrigação. OBS Na elaboraçãodo pedido, é necessário que haja o pedido cominatório (fixação de multa diária). 26/02/19 Art. 294 CPC – “A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência”. Quando pedir uma tutela provisória: tutela provisória é gênero, e ela se divide em tutela de urgência e em tutela da evidência. No pedido de tutela provisória deve haver a identificação, se tutela de urgência (se subdivide em tutela antecipada e tutela cautelar), ou tutela de evidencia. Art. 294 CPC Tutela de urgência: exige o preenchimento de alguns requisitos. 14 A tutela de cautelar exige que demonstre o requisito probabilidade do direito + perigo de dano ou um risco à utilidade do processo. Na tutela antecipada a lei diz que essa tutela pode ser revertida. Tutela da evidencia: exige o preenchimento das hipóteses do art. 311 CPC. OBS: a tutela antecipada deve ser pleiteada sempre que pretender uma satisfação imediata do seu direito. Daquele direito que se busca reconhecer em juízo. A tutela cautelar é cabível quando se pretende conservar direitos para o futuro. Caso venha trocar (errar) o pedido da tutela, o CPC diz que o juiz deverá corrigi-la. Na tutela antecipada, deve-se demonstrar que a decisão do juiz pode ser mudada no futuro. Quando se quer conservar os bens, deve-se formular um pedido de tutela de urgência cautelar. Quando se quer a satisfação imediata de um direito, deve-se pleitear uma tutela de urgência antecipada. É comum de as tutelas de urgências venham acompanhadas do pedido comunatório. Pedido de tutela provisória – o juízo tem até 5 dias para decidir sobre o pedido de tutela provisória. Cumulação de pedidos sempre que for classificar um pedido, essa classificação pode ser dada em pedido simples e pedido cumulado. Pedido simples: é o pedido único. Sempre que formular um único pedido. Ex: isto posto, pede-se a condenação do réu ao pagamento de 1 mil reais. Pedido cumulado: é quando se tem a formulação de dois ou mais pedidos. Existe petições com 70 pedidos. Esse pedido cumulado poderá ser: Cumulação simples; Cumulação sucessiva própria; Cumulação sucessiva impropria; Cumulação alternativa. A) Cumulação simples – não confundir com pedido simples!! Aqui o autor formula dois ou mais pedidos e pretende o acolhimento de todos eles. Entre 15 esses pedidos não há a relação de causalidade entre eles, poderá ter alguma relação. O juiz poderá deferir um dos pedidos cumulados. É a mais comum. O acolhimento ou a rejeição de um não afeta ou outro pedido. B) Cumulação sucessiva própria – o autor formula dois ou mais pedidos, mas o acolhimento do pedido posterior depende do acolhimento do pedido anterior. Esse pedido há relação de causalidade Aqui, para que se acolha o pedido posterior, o anterior (o primeiro) terá que ser acolhido. Há uma relação de causalidade. Há uma dependência com o pedido anterior. Ex: reconhecimento de paternidade e petição de herança. Ex: rescisão de contrato e consequentes perdas de danos. C) Cumulação sucessiva impropria (cumulação eventual/subsidiária) – o juiz vai estar diante de dois ou mais pedidos formulados pelo autor, e o acolhimento do pedido posterior depende do não acolhimento do pedido anterior. Aqui o juiz acolhe um pedido ou outro. Não se tem todos os pedidos acolhidos. Na pratica deve-se colocar o pedido preferível primeiro. OBS – se não for possível o acolhimento do primeiro pedido, aceita-se o segundo. A preferência é o primeiro pedido. Ex: isto posto pede-se a condenação do réu a entrega de uma bicicleta na cor azul, ou, não sendo possível esta, pede-se a entrega da bicicleta amarela. Aqui se estabelece uma preferência. Aqui se dá uma opção ao juízo mas estabelece uma preferência. D) Cumulação alternativa – o autor formula dois ou mais pedidos e pretende o acolhimento de qualquer um deles, tanto faz qual deles o juízo deferirá. Ex: recebimento do dinheiro ou do carro. Aqui se dá uma opção ao juízo e tanto faz qual deles for recebido. Está expressa no código de defesa do consumidor, quando o bem adquirido vem com defeito e este é enviado à assistência e após 45 dias, poderá escolher entre a devolução do bem ou a devolução do valor. 16 NÃO CONFUNDIR CUMULÇAO ALTERNATIVA COM PEDIDO ALTERNATIVO!!!! NO PEDIDO QUEM ESCOLHE É O RÉU!!!! QUEM ESCOLHE O PEDIDO ALTERNATIVO É O DEVEDOR. Art. 325 CC – “O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o DEVEDOR puder cumprir a prestação de mais de um modo”. Obrigação alternativa = pode ser cumprida de outras formas. 11/03/19 Requisitos para a cumulação de pedidos Art. 327 CC – “É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão”. Não basta a vontade para cumular os pedidos, exige o cumprimento dos requisitos. A rigor, existe 3 aspectos/requisitos que tem de serem preenchidos. São eles: 1) Competência para análise de todos os pedidos – II “seja competente para conhecer deles o mesmo juízo”. O juízo ao analisar os pedidos cumulados, tem de ter competência absoluta para avaliar todos os seus aspectos. Em BH não se tem o mesmo juízo competente. O magistrado não sendo competente absoluto para analisar todo o pedido cumulado, não deve indeferir totalmente a petição inicial; deve admitir o processamento do pedido que lhe é pertinente, rejeitando apenas a parte do pedido que lhe é estranho. 2) Compatibilidade dos pedidos - I “os pedidos sejam compatíveis entre si”. Se não forem compatíveis, não será possível formular a cumulação dos pedidos. Um pedido não pode excluir o outro. Portanto, se a cumulação dos pedidos não for compatível entre si, implicará na inépcia da petição inicial. Quando os pedidos forem incompatíveis entre si, deve-se valer da técnica da cumulação impropria (eventual ou alternativa), pois, esta, dispensa a compatibilidade dos pedidos, e espera-se o acolhimento de apenas um dos pedidos. 17 3) Ter idênticos procedimentos - III “seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento”. Não pode haver pedidos que tenha procedimentos diferenciados. ESSES REQUISITOS SÃO CUMULATIVOS!!!!! NÃO NECESSITA TER CONEXÃO ENTRE OS PEDIDOS!! PODE-SE TER A CUMULÇÃO DE PEDIDOS REFERENTE A UM MESMO RÉU, MAS NÃO NECESSITA TER CONEXÃO. Art. 327 CC – “É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, AINDA QUE ENTRE ELES NÃO HAJA CONEXÃO”. A cumulação indevida de pedidos não pode gerar indeferimento da petição inicial sem que se dê ao demandante uma oportunidade de corrigir o vício. Das exceções para a cumulação de pedidos São ressalvas referentes à: Compatibilidade dos pedidos - nem sempre a compatibilidade será necessária. § 3o O inciso I do § 1o não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326 (cumulação subsidiaria e a cumulação alternativa). Se quiser formular um pedido com cumulação subsidiaria e cumulação alternativa não necessita que eles sejam compatíveis. Idêntico procedimento – se tem um pedido com procedimentos diferentes, pode-se instaurar os procedimentos separadamente, mas é permissível cumular ambos, desde que escolha em qual dos procedimentos seguirá. Art. 327 CPC §2o - “Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum”. É comum que a ação seja proposta e que ao elaborar a petição inicial pretenda modificar o pedido que formulou: 18 Possibilidade da modificação de pedido O autor tem o direito processual de promovera alteração dos elementos objetivos da demanda antes da citação do réu. Feita a citação do réu, o autor poderá fazê-lo somente quando o demandado consentir. Não consentindo com a alteração do pedido, a negativa do demandado dever ser de forma expressa, pois o silencio após a intimação para a proposta de mudança poderá ser interpretado como concordância tácita. Art. 329 CPC I “até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu”. Essa modificação pode ser em termos de qualidade e quantidade. Quantidade – quando ser quer a modificação em termos de quantidade seja modificada para mais (Aditamento) e modificada para menos (Redução). O código não fala nada sobre a modificação para menos (redução). Para solucionar isso teve-se que recorrer a doutrina e a jurisprudência. Citação - O código diz que se o réu foi citado, ou seja, já faz parte do processo, para modificar o pedido necessita da anuência do réu. Neste momento é difícil de acontecer. Aqui o réu será chamado para saber se aceita ou não a modificação do pedido. Se o réu não foi citado, o autor poderá modificar sem há necessidade de anuência. Se o autor quiser modificar o pedido para a redução do pedido, geralmente o réu consente. Saneamento – depois do saneamento não é mais possível a modificação do pedido. O momento final para a modificação é o saneamento. Ele encerra a fase saneatória. Saneado o procedimento não há mais a necessidade de modificar o pedido mesmo com a consentimento do réu. Não se modifica em hipótese alguma, nem em termos de quantidade e nem em termos de qualidade. Art. 329 CPC - II “até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar”. 19 Da interpretação do pedido Art. 322 CPC § 2o – “A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé”. Todo pedido deve ser interpretação através de dois aspectos: da boa-fé (subjetiva e objetiva) e do conjunto da postulação (quer dizer que pedido não é somente aquilo que está no tópico do pedido). V – “O valor da causa”: Toda petição inicial tem valor da causa. Art. 291 CPC – “A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível”. Têm-se dois critérios para dar valor a causa: Critério legal ou não; Critério processual. Ao analisar e estipular o valor da causa deve-se averiguar a lei, não tendo indicação pela lei, pode colocar o valor que quiser. Esse valor da causa é base e serve para uma serie de propósitos: A) base de cálculo das custas judiciais; B) definição de competência do órgão jurisdicional; C) cabimento de recurso; D) base de cálculo de multas processuais. Ao estipular o valor da causa exige-se uma certa atenção, pois não tendo lei que determine o valor da causa, e ali coloca-se um valor exorbitante, as custas será referente a este valor da causa. NÃO TENDO LEI PREDETERMINANDO O VALOR DA CAUSA (CRITÉRIO LEGAL), PODE O AUTOR ATRIBUIR O VALOR À CAUSA SEGUNDO O SEU CRITÉRIO/VONTADE!!! O valor da causa é importante para se saber se caberá juizado especial. Art. 292 CPC – “O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será”: aqui é a indicação de como chegar ao valor da causa. I – “Na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação”. 20 II – “Na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato OU O DE SUA PARTE CONTROVERTIDA”. III – “Na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor”. (Procedimento especial). Aqui o critério é objetivo. IV – “Na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido”. V – “Na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido”. VI – “Na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles”. É a cumulação simples e cumulação sucessiva própria. Aqui quer que todos sejam acolhidos. VII – “Na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor”. A jurisprudência coloca a cumulação alternativa. As custas processuais recairão sobre o maior valor, independente se recebeu o valor menor. 12/03/19 O último critério legal visto no valor da causa é aquele referente às parcelas vincendas e vencidas, deverá levar o valor de uma e de outra. O valor das vincendas só se saber o seu valor mediante uma ficção jurídica. Art. 392 CPC, § 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. § 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. Ex: aluguel de um notebook de 36 meses com valor de 100,00 R$. Os vencimentos das parcelas vencem em 01/01/19, 1/02/19, 01/03/19 as duas últimas, já vencidas não foram pagas. 21 § 3 o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes. Tendo o critério legal o juiz poderá atuar de oficio para corrigir o valor da causa. VI – “As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados”. Na pratica chama-se requerimento de prova. No procedimento comum pode se pedir um requerimento de prova genérico. Esse requerimento genérico vem descrito da seguinte forma: Requer (protesta) provar o alegado por todos os meios admitidos pelo direito. Aqui não se indica quais os meios que se farão provar. O meio de prova mais usado é o documental. VII – “a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação”. A petição inicial deve haver a indicação se há possibilidade de audiência de conciliação ou audiência de mediação. O autor não é obrigado a escolher as audiências. Caso querendo, deverá indicar qual das espécies. O autor deve exteriorizar quando não deseja a realização da audiência de conciliação ou mediação. Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Esses documentos indispensáveis à propositura da demanda são os documentos de qualificação do cliente (autor); documentos relativos a causa de pedir e ao pedido – ex: em ações relativas a pensão alimentícia esses documentos é a certidão de nascimento; em ações de divórcio esses documentos é a certidão de casamento. Quando está atuando em causa própria Deverá preencher esses requisitos: Art. 106 CPC – “Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado”: 22 I – “Declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações”. Essas informações não são necessárias quando o advogado está representado outrem. Ao atuar em causa própria não necessita haver procuração!! É possível produzir uma petição inicial para pleitear apenas uma tutela de urgência. Ela é simples. É quando não há tempo para produzir uma petição. Ela é uma petição inicial mais simples. Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-seao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Aqui é quando se pleitear uma tutela antecipada. Art. 305 CPC – “A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. Quando se quer pleitear uma tutela cautelar. NESSA HIPOTESES A PETIÇÃO SE TORNA MAIS FÁCIL. Distribuição e registro quando a petição está sendo produzida, não se tem a relação jurídica criada. Quando esta petição é levada ao juízo ela já se torna uma relação entre autor e juízo. Para que se possa levar essa petição em juízo, pode-se fazer por meio de dois atos: 1) Distribuição 2) Despacho da petição inicial pelo juiz. Só se consegue levar a petição ao juiz por meio dessas duas opções. Art. 284. “Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz / juízo (compreender como mais de um juízo) ”. Quando deve distribuir uma petição – deve-se considerar o número de órgão jurisdicionais. Juízo é órgão jurisdicional. Em um único juízo pode haver mais de um juiz. Quando de vara única é simplesmente levar a petição ao despacho do juiz Quando a vara não é única, deve-se levar a petição à distribuição. Princípios que regem a distribuição 23 Princípio da alternatividade – essa distribuição não pode ser rígida. Não pode haver o direcionamento das petições para o mesmo juiz. Princípio da rigorosa igualdade – é ter o mesmo número de petições para cada um dos juízos. Princípio da publicidade – Os três princípios são importantes, mas o primeiro deles sofre um afastamento. Ao pensar em distribuição, deve-se entender que existe duas modalidades de distribuição. São elas: 1) Distribuição por sorteio: a distribuição é por sorteio. É regra no Brasil. Gera uma certa apreensividade. 2) Distribuição por dependência: É a exceção. Aqui já se sabe qual o juiz que será encaminhado a petição. Embora exista mais de um juiz, sabe-se a qual juízo a petição se encaminhará. Quando desta distribuição coloca-se o número da vara na petição que é indicado por lei. Tem uma lei que já prefixa o juízo a qual será dirigida a petição. 18/03/19 Da distribuição por dependência – a lei já indica qual é o juízo a que será dirigida a petição. A petição que será distribuída por dependência o número já deverá vir fixo. Art. 286 CPC – “Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza”: I - Quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada. 24 II - Quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda. O objetivo aqui é implementar o princípio da boa-fé. Esse art. é o mais recente, porém, ela foi o último a ser positivado. Este inciso trata de algumas atitudes adotadas pelos advogados. III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o (conexidade), ao juízo prevento. Nessa hipótese deve-se direcionar o juízo da petição ao juízo prevento. A DISTRIBUIÇÃO DIRECIONADA É VEDADA NO BRASIL!!!!! Essa distribuição visa evitar o direcionamento da petição. Caso havendo o direcionamento da petição, poderá pedir ao juiz que retifique a distribuição. Art. 289 CPC - “A distribuição poderá ser fiscalizada pela parte, por seu procurador, pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública”. O cancelamento da distribuição só será dará se não forem pagas as custas mesmo após a intimação por um prazo de 15 dias. Não pagando após os 15 dias é que terá o cancelamento da destruição. Art. 290 CPC – “Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias”. SOMENTE LEI FEDERAL É CAPAZ DE DIZER SOBRE PROCESSO! O processo será destruído com ou sem o pagamento das custas. A destruição será cancelando qunado não houver o pagemento das custas dentro do prazo estipulado (15 dias). Quando a petição é direcionada ao juízo – Atitudes do juízo em face da petição inicial o juízo analisará a petição inicial sob o ponto de vista formal. Se a petição está com todos os requisitos exigidos. Conforme o preenchimento ou não dos requisitos é que ele começará adotas os atos 1) Determinar a Emenda da petição – é prevista no art. 321, 106 parágrafos 1º. Determinará a emenda da petição, quando ela tiver um vício sanável. Será 25 permitido corrigir esse vício. A petição aqui não está adequada. É permissível a correção. O juízo permitirá que emende a petição indicando o que deve ser corrigido. O juízo deve indicar o que deve ser corrigido ou complementado Art. 321 CPC – “O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado”. Art. 106, § 1º CPC – “Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias (úteis), antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição”. Aqui quer dizer para o advogado que atua em causa própria, o juízo determinará no prazo de 5 dias. É uma exceção ao art. 321. O prazo aqui é menor. O juízo não é obrigado a falar o prazo legal. Se dá quando o advogado está postulando em causa própria. A emenda da petição será, em regra, no prazo de 15 dias úteis. Porém, quando o advogado esta postulando me causa própria esse prazo é reduzido para 5 dais úteis. 2) Indeferimento da petição – se o vício for insaneável, o juízo indeferirá a petição. O vicio não é possível ser corrigido. As hipóteses de indeferimento da petição inicial são: Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - For inepta: A petição será inepta quando houver deficiência na formulação do pedido. Um pedido deficiente, este poderá ser indeferido, e assim o procedimento será encerrado por falta de mérito. 26 § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: Lhe faltar pedido ou causa de pedir; O pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; Contiver pedidos incompatíveis entre si salvo cumulação alternativa e subsidiária. § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, SOB PENA DE INÉPCIA, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 19/03/19 II - A parte for manifestamente ilegítima: não é qualquer ilegitimidade para causa, é apenas a ilegitimidade manifesta. Somente a ilegitimidade para causa não é suficiente. É aquela ilegitimidade que bate o olho e vê!! Para identificar essa ilegitimidade não é necessário aprofundar a análise para identificá-la. Ex: decorrente da ação de divórcio pleiteado pela mãe em relação ao marido da filha. A mãe não é parte legitima para tal ação. Se for manifestamente ilegítima o juízo terá que indeferir a petição. III - o autor carecer de interesse processual: o interesse processual tem duas características quesão: da adequação e utilidade. Ao instaurar o procedimento deve-se demonstrar que ele é adequado e útil. Não preenchendo os requisitos o vício será considerado insanável. Ao instaurar o procedimento deve tomar cuidado. IV - Não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321: é um vício sanável que se torna insanável. É a não observação dos prazos. 27 Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. É um recurso, um juízo de retratação. Embora a lei fixa 5 dias, na pratica não é o que acontece. A partir daqui a análise é material, se analisa o conteúdo 3) Improcedência liminar do pedido – é um instituto adorado pelo CPC. É uma das soluções para o judiciário Brasileiro. É um instituto que busca trazer efetividade, mas que apesar disso gera violação de direito e garantias fundamentais. Precedentes e súmulas são decisões vinculantes dos tribunais, decisões que devem ser seguidas por todos os órgãos jurisdicionais. Art. 332. CPC – “Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, JULGARÁ liminarmente improcedente o pedido que contrariar”. Aqui tem-se uma decisão antes mesmo do réu integrar o procedimento. O réu ainda não faz parte da relação. Essa decisão não prejudica o réu. Aqui o juiz está obrigado a seguir se existe precedência e súmula!! Esse artigo não gera interpretação. § 1o “O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição”. O juiz pode decidir sem ouvir o réu. Aqui o juízo não é obrigado, é facultado. Este parágrafo fere a autonomia privada do réu. 4) Analise do pedido de tutela provisória (Liminar): será analisada se ouve o preenchimento dos requisitos, deverá o juízo concedera a decisão antes mesmo de citar o réu. O juiz poderá indeferir ou não o pedido de tutela provisória, mas de forma fundamentada Art. 298 CPC “Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso”. 5) Citação: Ato de mero impulsionamento do procedimento. Quando o juiz convoco o réu para integrar a relação processual... 28 Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. 25/03/19 RESPOSTA DO QUESTIONÁRIO = O princípio que informa a petição inicial é o princípio da instrumentalidade das formas. Esse princípio indica que o conteúdo prevalece sobre a forma. Ao errar na forma da petição inicial, é permissível corrigi-lo. Audiência de conciliação e de mediação ambas objetivam a obtenção de autocomposição. Essas duas audiências, ao ocorro finaliza o procedimento, o procedimento não precisaria continuar. Aqui teria o acordo das partes. Se o procedimento se encerra aqui, o judiciário poderá se dedicar a outras situações que lhe exija. Na petição inicial, o autor deverá indiciar se deseja a audiência de conciliação ou mediação. O seu prazo para pleitear é de 15 dias. O juízo não exige que seja justificado a escolha. Mas não dizendo nada, o juízo determinará a emenda. O réu terá direito de se pronunciar. Esse pronunciamento se dá no art. 334 CPC. Art. 334. CPC – “Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias (antecedência mínima), devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência”. § 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. 30 dias para marcar audiência; 20 dias para citar o réu; 10 dias para ver se as partes irão querer a autocomposição. Quando atuará o mediador – art. 165 CPC § 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. Atuará quando há um vínculo anterior entre as partes. Ele apenas aproximará as partes para que elas mesma solucionam o conflito. Aqui há um desgaste entre as partes. 29 Quando atuará o conciliador – art. 165 CPC § 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. Atua de maneira propositiva. O código adotou um critério logico para a atuação do mediador ou do conciliador, mas nada impede que as partes escolham. O que vale é autonomia da vontade das partes. Ao falar que é recomendada a reconciliação, ele utiliza uma expressão do senso comum. Sempre haverá o vínculo. O que se tem é uma distinção de vínculos, que são: Vínculos esporádicos – é um vínculo existente, mas que não é continuado. É um vínculo que surgiu no momento; Vínculos continuados (não esporádicos) - É possível ter mais de uma seção destinada a mediação e a conciliação, só se tem uma ressalva, entre uma seção e a outra não pode ultrapassar 2 meses. Art. 334 § 2o “Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes”. A audiência não conta com a participação do juiz. O juiz somente homologa o acordo. O conciliador e o mediador atuarão em conjunto com os advogados das partes. É imprescindível a presença de advogado ou defensor público. Art. 334 § 9o “As partes DEVEM estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos”. As partes podem não estar presentes. Não estando presente, elas terão que produzir uma procuração especifica e exclusiva para que o representante negocie em seu nome. Esse representante não necessita ser advogado, mas exige a procuração especifica. Art. 334 § 10. “A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir”. Se as partes não forem e não mandarem seus representantes, terá uma multa que se refere a um ato atentatório à dignidade da justiça (jurisdição). Essa multa pode ser de até 2% sobre o valor da causa ou então sobre o proveito econômico pretendido. Art. 334 § 8o “O não comparecimento INJUSTIFICADO do autor ou do réu à audiência de 30 conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de ATÉ dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado”. A jurisprudência ampliou este artigo para as audiências de mediação. A audiência poderá ser realizada por meio eletrônico (vídeo conferencia), via secretarias. O código quer a audiência, mas há hipóteses em que a audiência não será realizada: 1) Quando não se admitir a autocomposição 2) Quando ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual – o desinteresse tem de ser expresso. Art. 334 § 6o “Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes”. Se um dos litisconsortes quiser a audiência, ela ocorrerá mesmo que este não seja a maioria. Se o autor falar que quer a audiência, ela ocorrerá. Se o réu falar que quer a audiência, ela ocorrerá. A autocomposição poderá ser parcial ou total conforme o entendimento das partes. Autocomposição parcial – o processo tem uma continuidade. Autocomposição total – o processo finaliza/termina.O juízo homologará por sentença. Art. 334 § 11. “A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença”. As audiências têm que ter um intervalo de 20 minutos entre uma audiência e outra. Ex: audiência de autocomposição iniciou às 10:00, a outra deverá ser marcada às 10:20. Este tempo pode ser maior, mas nunca menor que 20 minutos. Art. 334 § 12. “A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte”. 31 26/03/19 Atitudes do réu em face da citação Contestação – ela é a principal forma de defesa do réu. É por essa técnica que o réu formula quase todas as defesas cabíveis. Ela é, para o réu tão importante quanto a petição inicial para o autor. A contestação contrapõe-se à petição inicial. A contestação é quem conduz o direito de defesa. Ela é justificada pelo princípio da ampla defesa, do contraditório, da isonomia e do acesso à justiça. Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Contestação = simples resistência à pretensão do autor. A contestação é o instante procedimental em que se espera que o réu traga todas as alegações de ordem processual e de ordem material para que possam convencer o magistrado a não prestar a tutela jurisdicional pretendida pelo autor. Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, TODA A MATÉRIA DE DEFESA, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Têm-se duas matérias de defesa que não pode formular nesta técnica de defesa. São elas: defesas de impedimento e de suspeição. Nessas técnicas utiliza a arguição. Impedimento e suspeição é por meio da arguição. A contestação poderá conter vários tópicos. Não existe requisitos necessários para preenchimento. Ela deve seguir os requisitos da petição inicial naquilo que for compatível. Ex: indicação do juízo a que é dirigida a petição; indicação das provas que se quer produzir. 32 Em termos de estrutura é comum que ela apresente um tópico chamado de preliminar, um tópico chamado mérito, um tópico destinado a intervenção de terceiros e um tópico da reconvenção. Dos tópicos: 1) Preliminar – é conhecida como defesa preliminar ao mérito. A defesa preliminar visa atacar eventual ilegalidade no âmbito processual que antecede o mérito. Destina a formulação de defesa de processo. Todas as defesas de processo do réu, ele deverá formular neste tópico. Só ficará de fora quando for impedimento e suspeição. O réu poderá formular quantos subitens quiser. Aqui terá todas as matérias relativas a defesa de direito processual. Todas as matérias existentes no art. 337, deverão ser discutidas no tópico preliminar. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; IlI - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. A defesa de processo ou defesa indireta é subdividida pela doutrina em defesa dilatória e defesa peremptória: Defesa dilatória – é aquela que gera a suspeição do processo ou o alongamento do processo. Esse tipo de defesa não põe fim ao processo, apenas o estende. São consideradas como defesa dilatória a l - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; VIII – conexão. Defesa peremptória – é a defesa que gera a extinção do processo. Ela envolve temas mais graves. O vício é tão grave que não admite correção. Esse tipo de defesa tem potencial de extinguir o processo sem a resolução do mérito. São consideradas como defesa peremptória a IV - inépcia da 33 petição inicial; V – perempção; VI – litispendência; VII - coisa julgada; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual As defesas de processo são fixadas no tópico preliminar. Preliminar é o que vem antes do mérito. Hipóteses de ilegitimidade para a causa – Nos art. 338 e 339 o código entende que há uma ilegitimidade passiva. Essa ilegitimidade passiva se dará quando o réu alega não ser parte legitima ou que não é responsável pelo prejuízo invocado, e assim sendo deve-se abrir uma preliminar e indicar quem é a parte legitima, ou seja, quem é o sujeito passivo da relação jurídica discutida (somente quando souber quem é a parte. Sabendo quem é, está obrigado a indicá-lo). O autor terá a possibilidade de alterar a petição inicial para realizar a substituição do réu no prazo de 15 dias. Realizada a substituição (sucessão) e citando o novo réu, o autor deverá reembolsar as despesas e pagar os honorários ao advogado do réu originário (excluído) de 3% a 5% conforme o valor da causa. A. O autor terá o direito de substituir a parte por ele indicada – ele está trocando o réu originário pela parte. B. Formar um litisconsórcio entre a parte que ele indicou e C. Manutenção do réu originário, da parte ré – o autor não substitui e nem aceita a parte indicada pelo réu. O autor terá 15 dias para escolher. Art. 339, § 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338. Sempre que for réu em um procedimento que tenha sido instaurado em juízo incompetente, tem-se a faculdade de protocolá-lo no juízo do seu domicilio. Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, 34 preferencialmente por meio eletrônico. É permitido protocolar a ação no juízo em que for competente. 2) Mérito – aqui formulará defesas relativas ao direito material. Deverá trazer as defesas que o direito material fornece. Será suscitado as questões relativas ao direito material. É aqui que irá questionar o que o autor está dizendo na petição inicial, citando as jurisprudências, doutrina e etc. As defesas de mérito também podem ser chamadas de defesa substanciais. Elas não voltam a questionar a regularidade do processo em si mesmo ou do exercício do direito de ação. Elas se voltam ao pedido de tutela jurisdicional formulado pelo autor. O mérito se baseia em pelo menos um fato e nas consequências jurídicas. A defesa de mérito será classificada como defesa de mérito direita e defesa de mérito indireta. Defesa de mérito direta – ocorre quando o réu nega o fato constitutivo do direito do autor. Essa defesa tem por finalidade desconsiderar a causa de pedir, contrariando os fatos alegados pelo autor na PI. A defesa de mérito pode ser combatida tanto na questão fática quanto na fundamentação de direito. Defesa de mérito indireta – o réu não nega o fato constitutivo do direito do autor, mas ele opõe um fato impeditivo extintivo ou modificativo. Essa defesa também visa atacaro mérito, entretanto, ela objetiva em trazer novos fatos com a intenção de ampliar a visão do juízo quanto aos fatos. Esses novos fatos que compõe a defesa indireta serão: Impeditivos, Extintivos ou Modificativos. As defesas de matéria, serão formuladas no tópico mérito. 3) Intervenção de terceiros 4) Oferta de reconvenção 35 08/04/19 Atitudes do réu com face a citação Revelia – é o não oferecimento de contestação pelo réu. O réu não oferece contestação. Revel é aquele que não contesta, que não apresenta a petição ou aquele que contesta fora do prazo. Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. Ao não contestar os argumentos do autor, o réu se tornará revel, e diante deste estado processual, é possível que os fatos alegados pelo autor, sejam considerados verdadeiros (efeitos da revelia). O efeito material da revelia consiste na presunção de verdade dos fatos afirmados na petição inicial. Os fatos apresentados pelo autor presumirão verdadeiros. Em algumas hipóteses a presunção de verdade dos fatos apresentados não serão produzidas, ou seja, os efeitos materiais da revelia serão afastados. Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: As hipóteses são: I. Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação – quando há litisconsórcio passivo e pelo menos um deles apresentou contestação. Apesar do réu ser revel, ele não sofrerá à revelia se há litisconsorte e algum deles contestou o pedido. II. O litígio versar sobre direitos indisponíveis – direitos indisponíveis são aqueles em que não admite a transação de partes. III. A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato – na falta de instrumentos indispensável, o juiz não tem como aplicar a presunção de verdade dos fatos apresentados. Esses instrumentos podem ser alguma declaração ou certidões. 36 IV. As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos – inverossímeis é decorrente da expressão verossimilhança. Verossimilhança foi produzida por Aristóteles, e para ele, ela, a verossimilhança é aquilo que tem semelhança à verdade. Um fato ter ou não aparência/semelhança de verdade, o juízo verificará se esses fatos estão em semelhança com os demais atos. Portanto, a presunção de verdade será afastada quando as alegações formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante nos autos. Existe também 2 efeitos processuais da revelia. São eles: estes efeitos podem ser afastados. 1. Possibilidade de julgamento antecipado de pedido – Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 2. Dispensa de intimações do réu revel - estes efeitos podem ser afastados. O patrono pode ser entendido como advogado ou defensor público. Se o réu não tiver defensor, ele deixará de ser intimado. Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: SÓ SERÁ PRODUZIDA QUANDO O RÉU REVEL NÃO TIVER PATRONO NOS AUTOS. O réu revel poderá praticar todos os atos a partir do momento em que ele ingressou na relação processual. Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. São atos presentes e futuros, nunca atos passados. 37 09/04/19 Reconhecimento da procedência do pedido – na pratica é a menos adotada. O réu comparece para reconhecer a procedência do pedido formulado pelo autor. Art. 487, inciso 3º há uma menção do reconhecimento do pedido: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção. Reconhecendo o pedido, o réu, irá aderi-lo da forma que o pedido foi formulado. Aqui o autor formula o pedido e o réu aceita o pedido exatamente como ele foi formulado. O réu adere o pedido, exatamente como foi formulado. Esse reconhecimento poderá ser parcial ou total. Independente se for parcial ou total, o réu irá aderir ao pedido formulado. Ex: réu está de acordo pela procedência dos pedidos formulados (reconhecimento total); réu está de acordo com o pagamento dos danos materiais (reconhecimento parcial). O réu não pode trazer ou acrescer nada ao pedido. Ex: aceita pagar os danos matérias desde que o autor abra mão dos danos morais. Esse reconhecimento pode-se dizer que é uma expressão de civilidade por parte do réu. Quando há o reconhecimento da procedência do pedido, os honorários de sucumbências são reduzidos. Essa redução é caracterizada pela doutrina como uma espécie de sanção premial. Se o reconhecimento da procedência do pedido for total, haverá uma sentença que resolve mérito, ou seja, que analisa o direito material debatido. Se aconselha o reconhecimento da procedência do pedido indicado em razão da sanção premial que pode ser gerado. Reconvenção – está prevista no art. 343 CPC. É uma técnica de defesa do réu, mas diferente da contestação. Nela, o réu oferece um contra-ataque em relação ao autor. Aqui, o réu fórmula um pedido contra o autor no mesmo processo, ou seja, a reconvenção será proposta na própria contestação. Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Embora tenha isto, no parágrafo 6º, o código diz que é possível ao réu propor a reconvenção independente da contestação. Se for apenas contra-atacar (reconvir) basta produzir uma reconvenção. 38 Existe duas possibilidades para reconvir: A reconvenção tem de ser um tópico na petição de contestação. Os requisitos da reconvenção são: esses requisitos são cumulativos, obrigatórios. Formalizar uma pretensão própria do réu Pretensão ser conexa com a ação originária (principal) ou a pretensão ser conexa com o fundamento da defesa. O princípio que fundamenta a ação de reconvenção é o da economia processual A reconvenção implementa a economia processual, pois o réu formula sua pretensão nos mesmo limites da mesma relação processual (mesmo processo). A reconvenção é uma ação do réu contra o autor no mesmo processo. A reconvenção gera para o autor uma situação inesperada, pois o réu ataca o pedido do autor. O autor fica acuado quando disto. O contra-ataque pode ser fatal. Quando disto, tem-se uma inversão dos papéis. A reconvenção é uma ação autônoma instaurada no mesmo processo já existente. Quando se tem a reconvenção, o réu se torna autor e o autor se torna réu. Há uma mudança dos polos do processo. As nomenclaturas da reconvenção são: Autor da reconvenção = reconvinte (é o réu da ação originária) Réu da reconvenção = reconvindo (é o autor da ação originária) O pedido elaborado pelo réu da ação originaria, o reconvinte, contra o reconvindo será chamado de pretensão própria do réu. Vale destacar que, a reconvenção não substitui a contestação, nestes casos, o réu poderá se tornar revel quanto a ação originária. A revelia do réu em relação ao pedido original, não impede a formulação da ação reconvencional. O prazo de resposta para a reconvenção será de 15 dias, após dada a proposta da reconvenção. O autor será intimado, na pessoa de seu advogado. Quando pretender apenas se defender em um procedimento instaurado, basta somente a contestação. Aqui está se defendendo. Resistir = contestação Quando se pretende formular uma pretensão própria contra o autor do procedimento instaurado, deve-se elabora uma reconvenção, uma petição de reconvenção. Aqui está 39 formulado um pedido. Atacar = reconvenção. Na reconvenção o réu imputa culpa ao outro. Quando há a reconvenção, o autor da ação originariaserá intimado para oferecer defesa em face da pretensão elaborada pelo réu originário. Na reconvenção não haverá a citação do reconvindo, pois ele já está nos autos processuais, ou seja, ele já é o autor da ação originária. Na ação de reconvenção é possível realizar atos conjuntos (o tema é o mesmo). A reconvenção tem de ser conexa com a ação originaria (“principal”) e ou com os fundamentos da defesa. Então, não há que se dizer que a reconvenção é qualificada como acessória de uma outra ação principal. Portanto, ela não dependerá da ação originaria principal para sua existência, ou seja, se a ação originaria deixar de existir, ela, a reconvenção não será extinta. Art. 343, § 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. A nulidade do pedido do autor não prejudica o pedido reconvencional, tendo em vista que a ação e a reconvenção são independentes. O processo continuará em andamento quando extinto for o pedido originário. Contudo, a desistência ou extinção da reconvenção, sem analise do mérito, também não atinge o processo originário (principal). Pode ser que o juiz decrete uma sentença que atinja as duas partes. Há a possibilidade de oferecer uma reconvenção de outra reconvenção: a doutrina chama isso de reconventio de reconventio. Há quem diga que não poderá existir reconvenção de reconvenção, pois, quando disso, a reconvenção não possuirá a economia processual. Entretanto há quem diga que é permitido ter reconvenção de reconvenção. Aqueles que acreditam na reconvenção da reconvenção tem por base o art. 343, § 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias, pois ele não veda esta possibilidade. O “oferecer reposta” é o que torna admitido a reconvenção da reconvenção. § 3o Pode a reconvenção ser proposta contra o autor e terceiro. § 4o Pode a reconvenção ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 40 A ação de reconvenção é uma faculdade do réu. Vindo o réu da ação originária omitindo- se, nenhum prejuízo será gerado. 15/02/19 Saneamento – é integrado pelas etapas providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo. (1ª etapa) Providencias preliminares: ela se dá logo que terminado o prazo de contestação. Art. 347 do CPC. “Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das seções deste Capítulo”. As espécies de providencias preliminares são: Especificação de provas, Oferecimento da réplica, Suprimento de vícios. 1ª) Especificação de provas: é a indicação pelo autor dos meios de provas que ele pretende se valer para demonstrar os fatos que afirmou. A especificação de prova é cabível sempre que o réu for revel, mas que apesar da revelia, não se produz o efeito material da revelia. Art. 348. “Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado”. O autor deve dizer também quais são os fatos que pretende provar com a especificação desejada. Não tendo lei que fixe prazo para a prática de um ato, este prazo será fixado pelo juízo, o juízo não fixando o prazo, este será de 5 dias. Art. 218, § 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. 2ª) Oferecimento da réplica: no código a expressão é: fala do autor sobre a contestação do réu, na doutrina é: impugnação à contestação. Aqui tem a contestação do autor. Essa contestação ou réplica é a que diz sobre as defesas preliminares ou defesa indireta de mérito. O prazo para a réplica é de 15 dias, e dependendo das pessoas que estão atuando poderá chegar até 30 dias. Essas pessoas são aquelas que tem prazo especial. 41 Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova. Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova. No âmbito civil não existe tréplica, o réu não tem direito de se pronunciar sobre a réplica (fala sobre a contestação do réu) elaborada pelo autor. Tribunal do júri é o único que tem tréplica. É a possibilidade que o autor tem de falar sobre a contestação do réu por um prazo de 15 dias. 3ª) Suprimento de vícios: É a possibilidade de identificação de vícios sanáveis. Esses vícios podem ter sido gerados ao longo do procedimento. Havendo irregularidades ou vícios sanáveis, cabe ao magistrado determinar a sua correção, respeitando o prazo de 30 dias. O juiz identificou um vício sanável e determina o suprimento deste vício por um prazo não superior a 30 dias. Pode ser menos de 30 dias. O que não pode é ser mais que 30 dias. Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias. Ex: uma das partes falecem ao longo do procedimento e não houve a substituição de parte. Em razão deste vicio o juiz determina a solução deste vicio por um prazo nunca superior a 30 dias. Se o vício é insanável o juiz deverá que extinguir o procedimento. Esta providência pode ocorrer conjunta com as demais providências preliminares. 42 (2ª etapa) Julgamento conforme o estado do processo: vem após a etapa das providências preliminares, caso existirem. Essa fase indica os atos processuais a serem praticados após a tomada das providências preliminares. Art. 353. Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X. O procedimento pode ser encerrado nesta etapa. Atos que integrantes o julgamento conforme o estado do processo são: 1º) Extinção do processo: sempre que o juiz identificar algumas das hipóteses previstas nos 485 ou 487 incisos ll e lll. Estes art’s indicam o proferimento de uma sentença parcial ou total. No art. 485 a sentença proferida é terminativa, ou seja, é uma decisão sem resolução do mérito. Ex: defesa peremptória. Nas decisões sem resolução do mérito, apesar de sanado o processo pelo magistrado, não houve correção ou emenda de vícios, fazendo com que seja possível reinstaurar o procedimento. No art. 487 incisos ll e lll têm-se uma decisão com resolução do mérito. Essa decisão é chamada pela doutrina de definitiva. Essa sentença analisa o mérito. O juiz pode proferir uma sentença parcial. E quando disso não terá uma sentença. O juiz proferirá uma sentença terminativa (não resolve o mérito) e uma sentença definitiva (resolve o mérito). 2º) Julgamento antecipado do mérito: está prevista no art. 355. Aqui o juiz irá proferir a sentença com resolução do mérito. Têm-se duas possibilidades. São elas: I. Quando não tem a necessidade de produzir outras provas – aqui não existe mais nenhuma prova a que se produzir. Nem o autor nem o réu pretende produzir mais provas. II. Quando o réu for revel, quando o réu não contestar a ação, quando não houver requerimento de prova – aqui a revelia será acompanhada do efeito material, ou seja, os fatos apresentados presumem-se verdadeiros. Portanto, o réu não requerendo a produção de provas, o juiz está autorizado a decidir. O réu revel não requerendo produção de provas a chance é que o juiz sentencie contra o réu. 43 16/04/19 3º) Julgamento antecipado parcial do mérito: está prevista no art. 356 do CPC. Quando for parcial é parecido com o julgamento do mérito,
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