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INVENÇÕES, MODELOS DE UTILIDADES

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20
FACILUZ / UNIESP
GRADUAÇÃO: BACHAREL EM DIREITO
ACADÊMICOS: Alekssander Xavier Conrado
Ana Carolline dos Reis Dionísio
Joel Caetano Júnior
José Carlos Machado
Marcos Aurélio de Jesus
Nayara Tavares Paulino
Vitória Van Der Laan Loureiro
DAS INVENÇOES E DOS MODELO DE UTILIDADE
Ilha Solteira/SP
31/10/2019
FACILUZ/UNIESP
GRADUAÇÃO: BACHAREL EM DIREITO
ACADÊMICOS: Alekssander Xavier Conrado
Ane Carolinne dos Reis Dionísio
Joel Caetano Júnior
José Carlos Machado
Marcos Aurélio de Jesus
Nayara Tavares Paulino
Vitória Van Der Laan Loureiro
DAS INVENÇOES E DOS MODELO DE UTILIDADE
Trabalho apresentado na FACILUZ/UNIESP, na Cidade de Ilha Solteira/SP, no dia 31/10/2019, como requisito parcial para obtenção da nota de N2, na Matéria de Direito Empresarial, no Curso de Bacharel em Direito.
Professor: Anderson Paris
Ilha Solteira/SP
31/10/2019
SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO	04
2. CONCEITOS	05
3. PATENTES (pedidos e concessões) 	06
3.1 Dos Pedidos de Patente	06
3.2 Dos Requisitos de Obtenção 	06
3.3 Do Território de Validade	07
3.4 Da O.M.P.I.	07
3.5 Da Lei de Patentes	07
3.6 Características Fundamentais	08
4. PATENTES (nulidade e perda da patente) 	10
4.1 Da Ação de Nulidade	11
4.2 Da Extinção	12
5. NÃO PATENTEÁVEIS	13
5.1 Dos Excluídos	13
5.2 Das Proibições	13
6. DAS INVENÇÕES E SEUS REQUISITOS	15
7. MODELOS DE UTILIDADE	17
8. INVENÇÕES E MODELO DE UTILIDADE REALIZADO POR EMPREGADO
OU PRESTADOR DE SERVIÇOS	18
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
 REFERÊNCIAS	
1. INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo esclarecer e sanear possíveis dúvidas decorrentes do assunto, tendo em vista a confusão que muitos fazem sobre “descoberta e invenção”, uma vez que a descoberta é a constatação de fenômenos da natureza exteriorizadas pelo homem, a invenção decorre da capacidade intelectual do homem e dependerá de procedimentos específicos para se obter esse resultado, exemplo clássico disto é a descoberta da energia e a invenção da lâmpada elétrica.
Outro assunto que traz muitas discussões é sobre “modelos de utilidade e desenho industrial”, e a nós foi-nos concedido a oportunidade de esclarecer, conforme o Artigo 9º da Lei de Propriedade Industrial, que Modelo de Utilidade, seria basicamente a melhoria no funcionamento de algo que já fora inventado e que já existe um desenho industrial e sobre o Desenho Industrial não nos aprofundaremos pois é tema de discussão de outro grupo.
 Conforme veremos a seguir as Invenções e os Modelos de Utilidade são patenteáveis, tendo prazos distintos para depósito e concessão, sendo, portanto, protegidos pelo Instituto Nacional de Proteção de Invenções (INPI), porém não necessariamente o próprio inventor será o patenteador, ele poderá transmitir tal direito para um familiar ou até um terceiro.
Cabe ressaltar a importância e o objetivo do registro de patentes não só para que se garanta ao inventor os direitos, a exclusividade e a proteção dos direitos relativos à propriedade industrial a ele inerentes pelo uso comum de tal invento, mas também com a finalidade de fomentar a criatividade e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, portanto, considerado de interesse social.
Veremos também em nosso estudo, quem poderá ou não solicitar o registro e quando serão indeferidos, sua vigência, nulidade e demais assuntos inerentes ao tema aqui abordado.
2. CONCEITOS
Invenção: decorre de uma capacidade intelectiva do ser humano, onde se coloca procedimentos específicos humanos para se obter um resultado.
Descoberta: conjunto de procedimentos da mente humana que pode até utilizar de matéria natural, porém, haverá predominância dos procedimentos humanos que são tomados na confecção daquele objeto.
Modelos de Utilidade: objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
Patentes: é um documento formal, expedido por uma repartição pública, por meio do qual se conferem e se reconhecem direitos de propriedade e uso exclusivo para uma invenção descrita amplamente. Trata-se de um privilégio concedido pelo Estado aos inventores, podendo ser pessoa física ou jurídica, detentores do direito de invenção de produtos e processos de fabricação, ou aperfeiçoamento de algum já existente.
3. PATENTES
A patente é “um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação” (INPI, 2013).
Uma patente pode conferir exclusividade sobre produtos, ferramentas, procedimentos e processos, desde que seja apresentado o projeto, ou seja, uma documentação que explique a invenção e comprove sua executabilidade. Esse projeto não se confunde, portanto, com um protótipo.
Entende-se que a “PATENTE” não tem nada a ver com “MARCA”, ou seja, levando em conta o que foi observado a invenção será patenteada e a marca registrada.
3.1. DO PEDIDO DE PATENTE: 
Ao ingressar com um pedido de patente, o inventor passa a ter uma “expectativa de direito”, entretanto esta só se concretiza com a expedição da Carta-Patente, que é o documento oficial que permite ao titular o impedimento de terceiros sem autorização de executarem tarefas privativas do titular. Caso estes terceiros persistam, podem vir a sofrer sanções cíveis e penais (INPI, 2013).
3.2. DOS REQUISITOS PARA OBTER UMA PATENTE:
Faz-se necessário para obter uma patente os seguintes requisitos: Novidade, Atividade inventiva e Aplicação industrial, que serão explanados em outro tópico
 
3.3. DO TERRITÓRIO DE VALIDADE DA PATENTE:
As patentes solicitadas e concedidas no Brasil são válidas somente dentro deste país, uma vez que cada país detém o poder de acatar ou não os pedidos de registro, independentemente do aceite feito em outras ocasiões (INPI, 2013).
3.4. DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL (OMPI):
A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) é uma agência especializada da ONU que foi criada em 1967 com o intuito de prestar constantes atualizações e proposições de padrões internacionais de proteção às atividades inventivas em âmbito mundial. Teve atuação direta no Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), apoio ao Convênio Internacional para Obtenções Vegetais (UPOV) e no Protocolo de Madrid para o registro internacional de marcas, entre outros (OMPI, 2013). Suas principais atividades são o estímulo à Proteção da Propriedade Intelectual no mundo todo, em parceria com cada país, acelerar o desenvolvimento econômico, social e cultural através do estabelecimento e estímulo de medidas de promoção da atividade intelectual criadora e visando a transmissão de tecnologia industrial aos países em desenvolvimento (OMPI, 2013). A OMPI conta com um escritório no Brasil, localizado no Rio de Janeiro, que busca a proximidade aos círculos interessados e que atende não só o Brasil, mas toda a América Latina e o Caribe.
3.5. DA LEI DE PATENTES:
O processo de registro de Patentes é regulado, no Brasil, pela Lei de Propriedade Industrial – LPI (Lei 9.279, de 14 de maio de 1996), além de considerar a Convenção de Paris, através do Decreto nº 1.355, de 30 de dezembro de 1994 e pela Legislação de Propriedade Industrial dos países da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Sendo administrado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Como disposto nesta Lei, sobre a Patenteabilidade, das Invenções e dos Modelos de Utilidade Patenteáveis;
Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade e objetivo de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
3.6. CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS PATENTES:
Segundo o INPI(2008), as patentes apresentam algumas características fundamentais que sustentam a sua existência, estas estão descritas abaixo: 
· Propriedade limitada temporalmente: após o período de concessão, a patente cai em domínio público a fim de incentivar o inventor a permanecer na busca por melhorias para seu invento; 
· Interesse público na divulgação das informações: auxilia o desenvolvimento tecnológico do país, uma vez que os concorrentes podem acessar a informação contida na patente e iniciar suas próprias pesquisas já em um patamar mais adiantado, ou seja, sem precisar galgar todos os passos já descritos na patente; 
· Suficiência descritiva: permitindo a um técnico do assunto a reprodução do objeto de patente; 
· Unidade do pedido de patente: sendo que o pedido faça menção à apenas uma invenção ou a um grupo de invenções inter-relacionadas sob um mesmo conceito inventivo; 
· Clareza e precisão das reivindicações: o pedido de patente exposto através do relatório descritivo deve ser claro e preciso ao definir o objeto a ser patenteado. O não atendimento à qualquer uma dessas características inviabiliza a solicitação de patente. Os gráficos à seguir apresentam um comparativo entre o número de Pedidos de Patente de cada tipo em relação àquelas que foram efetivamente concedidas.
4. DA PERDA A NULIDADE DA PATENTE 
A patente é regulada pela Lei nº 9.279/96, (Lei de Propriedade Industrial), sendo o INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial o órgão competente para regular este direito. 
As ações de nulidade buscam desconstituir o direito de propriedade industrial conferido às invenções, modelos de utilidade, desenhos industriais e de marcas que tenham sido protegidas em desacordo com as disposições constitucionais, infraconstitucionais, e administrativas do INPI.
Art. 50. A nulidade da patente será declarada administrativamente quando:
I – Não tiver sido atendido qualquer dos requisitos legais;
II – O relatório e as reivindicações não atenderem ao disposto nos arts. 24 e 25, respectivamente;
III – O objeto da patente se estenda além do conteúdo do pedido originalmente depositado; ou
IV – No seu processamento, tiver sido omitida qualquer das formalidades essenciais, indispensáveis à concessão.
O processo de nulidade poderá ser instaurado de oficio ou mediante requerimento de qualquer pessoa com legitimo interesse;
O prazo será de seis meses contados da concessão da patente;
O processo de nulidade continuará ainda que extinta a patente
4.1. DA AÇÃO DE NULIDADE 
Art. 56. A ação de nulidade poderá ser proposta a qualquer tempo da vigência da patente, pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse.
§ 1º A nulidade da patente poderá ser arguida, a qualquer tempo, como matéria de defesa.
§ 2º O juiz poderá, preventiva ou incidentalmente, determinar a suspensão dos efeitos da patente atendidos os requisitos processuais próprios.
 A lei prevê que a invalidade da patente poderá ser arguida a qualquer momento, como matéria de defesa. Nesse caso se uma ação judicial de abstenção e ou indenização for proposta pelo titular da patente, ou até mesmo uma ação penal, o acusado poderá suscitar, como matéria de defesa a nulidade da patente.
Há nulidade na concessão de patente no caso em que tenha havido a falta de busca de anterioridades, denotada no procedimento constante dos autos do processo essa nulidade é insanável, e conhecida de ofício.
Com efeito, num procedimento judicial de nulidade de patente vigem as normas de legitimidade ad causam¸ que vedam aos terceiros não legitimados ao feito (o que é diferente do interesse material na existência e vigência da patente) o acesso à informação e à discussão da patente, muito embora o efeito da nulidade seja pro omnes. 
4.2. DA EXTINÇÃO DA PATENTE 
Art. 78. A patente extingue-se: 
I – Pela expiração do prazo de vigência; 
II – Pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros
III – Pela caducidade; 
IV – Pela falta de pagamento da retribuição anual, nos prazos previstos no § 2º do art. 84 e no art. 87; e 
V – Pela inobservância do disposto no art. 217. Parágrafo único. Extinta a patente, o seu objeto cai em domínio público. 
A primeira causa extintiva da patente é a mera expiração do seu prazo de vigência que produz efeitos imediatamente em razão de ocorrer imediatamente sem necessidade de informar o INPI para que surtam os efeitos. A segunda causa extintiva da patente é quando o titular opta por renunciar á patente. Tal ato pode ser realizado a qualquer momento. A terceira forma de extinção ocorre pela caducidade, a qual é regulada nos artigos 80 a 83 da Lei
5. NÃO PATENTEÁVEIS
5.1. DOS EXCLUÍDOS
Possui em nosso ordenamento jurídico, mais precisamente na Lei de Propriedade Industrial elencados no artigo 10, algumas situações em que não são consideradas invenções, podendo ser estas consideradas descobertas, tal como o gene responsável por alguma anomalia; teorias cientificas e métodos matemáticos.
Excluídas também estão as concepções puramente abstratas, por não possuírem o requisito de aplicação industrial, ou seja, impossível de se materializar; incluídos nesse rol estão os esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio ou fiscalização, podendo ser auxiliadores nas atividades econômicas, mas não solucionam problemas técnicos.
As obras literárias, arquitetônicas, artísticas e cientificas ou qualquer criação estética, além da falta de aplicação industrial, ainda podem ser protegidas por legislação própria, caso dos direitos autorais. Aplica-se também no caso de programas de computadores que tem a Lei 9.609/98 que as protegem.
As técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnostico, para aplicação no corpo humano ou animal, entende-se por opção filosófica e, portanto, excluídos também de patente
Também fazem parte desta exclusão os seres vivos naturais, em todo ou em parte e materiais biológicos encontrados na natureza, inclusive o genoma ou germoplasma e os processos biológicos naturais, entendendo assim que já são bens que já existem e possivelmente poderemos ter uma descoberta e não uma invenção.
5.2. DAS PROIBIÇÕES
Além das exclusões, temos também as chamadas proibições, essas estão amparadas no artigo 18 da referida lei e que nos explica:
Art. 18. Não são patenteáveis:
I - O que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
Ao analisarmos tal dispositivo, precisamos ter um cuidado um pouco maior, por se tratar de um conceito muito subjetivo, havendo a necessidade de se enquadrar ao caso concreto e cada caso um caso, evitando possíveis situações absurdas.
II - As substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico;
Já o inciso II, acima, prevê uma criação natural e não humana, nesse caso o máximo que teremos será uma descoberta.
III - O todo ou parte dos seres vivos, exceto os micro-organismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.
Aqui o legislador teve a felicidade em querer preservação um patrimônio da humanidade, evitando assim casos em que “espertalhões” poderiam se aproveitar para ter o monopólio e a exploração de riquezas naturais deixadas para o bem comum coletivo e difuso.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, micro-organismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.
Sendo assim, possível e admitida a patente, por se tratar de casos onde sem a intervenção humana, a espécie em si jamais teria a capacidadede alcançar o nível a que se teve com a intervenção humana.
6. DAS INVENÇÕES E SEUS REQUISITOS
O ser humano fora dotado por força divina de uma capacidade intelectual que os difere dos demais animais, juntamente com essa capacidade intelectiva, temos a capacidade inventiva, ou seja, o ser humano desde os mais remotos e distantes tempos vem descobrindo e inventando coisas, que em sua grande maioria tem beneficiado não só aos que o rodeiam, mas também toda uma sociedade.
O Dom de inventar podemos considerar a maior, mais importante e essencial fonte de inovação, permitindo assim, o desenvolvimento econômico, cientifico, industrial e tecnológico, geralmente essa capacidade inventiva está ligada com a observação e constatação de fenômenos da natureza, ligando assim as descobertas com as invenções, não devemos no entanto confundir esses dois institutos, pois a descoberta é a simples constatação de fenômenos da natureza, sendo alguma coisa já existente na natureza e que o homem apenas constatou sua existência, já a invenção é a capacidade intelectiva onde o que é determinante é o engenho humano, podendo até utilizar de matéria natural para sua construção, porém o predominante são os procedimentos humanos.
Para facilitar, podemos exemplificar algumas descobertas e invenções para tentar desmistificar a confusão formada por esses dois institutos, sendo eles:
A eletricidade é uma descoberta, já a lâmpada elétrica é invenção
A comunicação é uma descoberta, o telefone é uma invenção
O carvão é uma descoberta, já a pólvora é uma invenção
O petróleo é uma descoberta, o combustível é invenção
A madeira é uma descoberta, o papel uma invenção
O caminhar uma descoberta, a roda uma invenção
Voar uma descoberta, o avião uma invenção
E assim podemos enumerar diversas diferenças entre os dois e a cada vez descobrimos que inventamos de menos e descobrimos demais.
Por se tratar de algo essencial para o desenvolvimento humano a arte de inventar e as descobertas, devem e ser incentivadas e por serem forças motrizes no desenvolvimento e no avanço tecnológico, trazendo sempre benefícios para a sociedade em geral é que devem ser protegidas e para tanto o nosso ordenamento jurídico foi capaz de assim o fazer já desde o advento de nossa Carta Magna em seu artigo 5º, XXIX e na Lei 9.279/96 (LPI), com o instituto da patente, protegendo assim e garantindo direitos aos criadores e inventores. Com seus direitos garantidos os inventores além de receberem um incentivo econômico e de exclusividade de uso por um certo período, serve de espelho a outros que poderão vir a querer ter seus inventos patenteados, lembrando que para tanto, o invento deverá atender quatro requisitos básicos, quais são:
a) NOVIDADE: ou da inovação, para ser considerado como invenção, dever ser algo novo, não deverá ser conhecido pelo estado da técnica, algo seja realmente novo, não somente para nós, mas também pela comunidade cientifica e também nos registros de novidades, em nosso País é exigido a novidade absoluta, não podendo tal invenção estar registrada nem aqui no Brasil ou em qualquer outro País
b) ATIVIDADE INVENTIVA: não basta ser algo novo, ela deve realmente trazer um impacto de novidade, ampliando as possibilidades do estado da técnica, aumentando a eficiência ou diminuição de custos onde ela for aplicada
c) APLICAÇÃO INDUSTRIAL: é essencial que tal invenção possa ter um efeito técnico e prático, para tanto ela precisa ser exteriorizada, fabricada ou industrializada, para que se possa ter utilidade.
d) Por fim a LICITUDE: precisa ser algo legal, dentro dos parâmetros da lei e que a própria lei permita o seu uso e fabricação.
Sendo assim, vemos que não basta querer inventar moda, precisa saber os caminhos a percorrer e conhecer os direitos e deveres para um inventor.
7. MODELOS DE UTILIDADE
É um objeto de uso prático (ou parte deste) que apresenta nova forma ou disposição, aplicável industrialmente e proveniente de ato inventivo, que traz implícita uma melhoria funcional em seu uso ou em sua fabricação (Art. 9º da LPI). 
 Art. 9o. E patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso pratico, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação (LPI, Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). 
De acordo com a letra da lei, o elemento suscetível à proteção por patente de modelo de utilidade obrigatoriamente tem de ser: um objeto de uso pratico, que apresente nova forma ou disposição, que envolva ato inventivo e que resulte em melhoria funcional em seu uso ou fabricação. Por objeto de uso pratico, entende-se: um objeto palpável, de proporção macroscópica, preferencialmente manipulável pelas mãos de um usuário.
Por nova forma ou disposição, entende-se: uma modificação introduzida em parte ou em toda a forma física do objeto, sendo definida e estável esta forma física.
 Por resultar em melhoria funcional no uso ou fabricação, entende-se: que seja mais prático para manusear ou mais barato e/ou mais rápido de fabricar.
Por ato inventivo, entende-se: um requisito análogo à “atividade inventiva” (requisito para concessão de patentes de invenção) só que apreciado em escala reduzida.  O ato inventivo é, por definição, a propriedade de uma invenção menor, de uma criação que não se qualifica à proteção por patentes de invenção.
Portanto, com base nessa definição, não podem ser protegidos por patente de modelo de utilidade os seguintes elementos:
Fórmulas químicas; Novos materiais; Processos industriais; Métodos; Softwares embarcados;
Invenções mais sofisticadas, que vão além do dito “ato inventivo”; dentre outros elementos que se adéquam somente à proteção por patente de invenção.
8. INVENÇÕES E MODELO DE UTILIDADE REALIZADO POR EMPREGADO OU PRESTADOR DE SERVIÇOS
De uns tempos para cá, empregados têm acionado a Justiça do Trabalho para discutir a titularidade de seus inventos na constância do contrato de trabalho. Saber a quem pertence um invento produzido na constância do contrato de trabalho implica definir, a priori, qual é o núcleo desse contrato, e que tipo de contrato liga o empregado à empresa.
8.1. INVENTO
De acordo com a lei Lei 9.279/96 e seus artigos 88 a 93, no ponto de vista jurídico, considera-se invento a atividade criativa do homem que seja dotada de novidade, utilidade, industriabilidade e desimpedimento. Quando se exige que o invento como criação humana tenha de conter novidade, o que se quer dizer é que deve ir além do simples “estado da técnica”, ou “estado da arte”, isto é, por mais que o invento se aproprie de métodos, sistemas e propriedades conhecidos, sua criação não estava acessível ao público em geral, ou aos especialistas, antes do depósito do pedido da patente. Utilidade é a característica de algo que está além do evento em si.
O invento deve ter uma função concreta, econômica, utilizável para a satisfação de uma necessidade humana. Industriabilidade é a característica do que é possível, realizável e repetível segundo o que foi planejado pelo inventor. Por fim, por desimpedimento entende-se a característica do invento que não contraria a moral, os bons costumes, a segurança, a ordem e a saúde públicas.
8.2. DONO DO INVENTO
O direito de propriedade intelectual sobre o invento do empregado varia segundo a natureza do contrato de trabalho. Não é possível saber a quem pertence o invento nascido na constância desse contrato senão depois de definido o tipo de obrigação de fazer que liga o empregado ao patrão. Se o empregado é contratado justamente para inventar, desenvolver, criar ou aperfeiçoar, sua atividade inventiva é o próprio núcleo do contrato de trabalho e todo invento subentende-se remunerado pelo salário estipulado no contrato. A lei diz que, nessas hipóteses, o invento criado pelo empregado já se acha remunerado pelo salário ajustado em contrato, embora faculte ao empregador, proprietário do invento, dar ao empregado-inventor alguma participação nos resultados econômicos da sua exploraçãoPara evitar que o empregado contratado para inventar se aposse de invento criado na constância do contrato de trabalho, a lei presume desenvolvidos na vigência do contrato de trabalho qualquer invenção ou modelo de utilidade cuja patente seja requerida pelo empregado em até um ano depois do término do contrato de trabalho. Essas mesmas regras valem para os inventos produzidos na constância de contratos de estágio, contratos com servidores públicos e até mesmo em relações autônomas de trabalho, ainda que o prestador desses serviços seja pessoa jurídica cujo objetivo social seja a criação e a pesquisa tecnológica.
Se o empregado não foi contratado para inventar, o produto de seu engenho será de sua exclusiva propriedade, desde que não tenha qualquer relação com o contrato de trabalho ou com a prestação de serviços e contanto que o inventor não tenha utilizado recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador.
Por fim, a invenção pertencerá a ambos, em partes iguais, quando for fruto do esforço comum, isto é, da contribuição pessoal do empregado e do patrão, ou da contribuição pessoal do empregado e utilização dos recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador. Se mais de um empregado participar do invento, a parte que lhes couber será rateada entre eles em partes iguais, mas a maior ou menor participação de cada um no rateio poderá ser ajustada em contrato.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos, portanto, que as invenções impulsionaram o ser humano a sair dos primeiros rudimentos, intelectuais, materiais e consequentemente econômicas, afinal, com a capacidade intelectiva a qual foi dotado, nos conduz à criatividade e a arte de inventar e a cada invenção o homem transforma o mundo ao seu redor e também de toda uma sociedade.
Com toda a criatividade e na busca de uma vida mais evoluída é que o homem não para de inventar e criar, assim como as invenções transformam o mundo, também os modelos de utilidade, que é a capacidade do homem em melhorar bens já existentes em seu cotidiano, em busca de qualidade de vida e muitas vezes com a necessidade de facilitar algumas atividades, seja laboral, do dia-a-dia ou até mesmo dentro de casa é que o homem cria, inventa e modela os objetos em sua volta, para adaptar suas atividades em rotinas que depreendam menores esforços.
Tendo em vista o quanto as invenções e as descobertas são de suma importância para o desenvolvimento e o quanto de benefícios são gerados através dessas atividades é que há a necessidade de incentivar os inventores a continuarem suas pesquisas e a desenvolverem suas atividades. E pensando nisso é que o legislador fora muito feliz em incluir em nosso ordenamento jurídico os direitos e garantias à exclusividade e o privilégio de monopólio temporário sobre suas invenções, como podemos ver assegurado em nossa Carta Magna no Artigo 5º, XXIX e mais recente na Lei 9.279/96 (Lei de Propriedade Industrial) que garante através de Patentes ao inventor tais direitos.
Finalizamos assim nosso trabalho, agradecendo aos integrantes do grupo, pelo empenho e dedicação nos estudos e pesquisas, pela forma com que cada um tenha se dedicado a finalizar esse trabalho em tempo hábil e seguro. Agradecemos também nosso orientador, Professor Anderson Paris, por sanar e dirimir nossas duvidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VADE MECUM, Saraiva, 2018; Lei 9.279/96, Artigos 6º ao 93
NEGRÃO, Ricardo – Direito Empresarial, estudo unificado – 3ª Edição revista – Editora Saraiva, São Paulo, 2011.
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/definicao-de-patente,230a634e2ca62410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Art.+18+do+C%C3%B3digo+de+Propriedade+Industrial+-+Lei+9279%2F96
https://www.oconsultorempatentes.com/post-unico/o-que-e-um-modelo-de-utilidade
http://www.cibepyme.com/minisites/brasil/pt/propiedad-intelectual/propiedad-industrial/Inveno-Patentes-modelo-de-utilidade-e-Topografia-da-circuitos-integrados-/
JusBrasil.com
Wikepédia.com
Youtube.com

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