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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
1 
Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 
Aula 6: 
 
Olá Pessoal, tudo certo? Gostando do curso? 
Hoje vamos fechar os direitos e deveres individuais e coletivos. 
Vamos nessa. 
 
Direito de informação em órgãos públicos: 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
Essas informações são de relevância para a pessoa ou para a 
coletividade. Se negado este direito, poderá ser impetrado habeas 
data, no caso de ser uma informação pessoal do impetrante, ou 
mandado de segurança, no caso de uma informação, que embora 
seja de seu interesse, não seja estritamente ligada à sua pessoa. 
 
1. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Comentários: 
É isso aí. Trata-se do direito de informação, previsto no art. 5°, 
XXXIII, da CF/88. 
Gabarito: Correto. 
 
2. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) 
Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado. 
Comentários: 
A banca usou a disposição literal encontrada no art. 5.º, XXXIII. O 
direito de informação permite que todas as pessoas, que assim 
necessitarem, possam se dirigir a órgãos públicos e pedir informações 
que sejam de seu interesse particular ou de interesse da coletividade. 
Importante notar que a autoridade pública deve prestar estas 
informações no prazo legal, sob pena de ser responsabilizada. A 
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autoridade não está obrigada a prestar aquelas informações cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Gabarito: Correto. 
 
3. (FGV/Advogado-Senado/2008) Todos têm direito a receber 
dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Comentários: 
Novamente a banca explorou o teor do dispositivo encontrado no art. 
5.º, XXXIII, literalmente. 
Gabarito: Correto. 
 
Direito de petição e direito de obter certidões 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para 
defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou 
jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e 
"pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus 
direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. 
Não se deve confundir o direito de petição, que é o direito de pedir 
que o Poder Público (seja o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou 
ainda o Ministério Público) tome certas providências, com o direito de 
ingressar com uma ação judicial ou de postular em juízo. Muitas 
bancas tentam confundir o candidato associando erroneamente estes 
institutos. 
Embora a literalidade da Constituição pareça conceder uma 
imunidade ao pagamento de taxas, essa imunidade parece ser 
defendida com força apenas pela doutrina tributarista, boa parte da 
doutrina de direito constitucional entende que o legislador 
constituinte pretendia dar gratuidade geral de quaisquer custas 
referentes a esses institutos e não apenas dispensar o pagamento de 
taxas (que é apenas uma das espécies de tributos). Em provas de 
concursos, as bancas não têm entrado nesse mérito, limitando-se a 
cobrar os seguintes pontos sobre o direito de petição e certidão: 
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1. Não precisa de lei regulamentadora; 
2. Independe do pagamento de quaisquer taxas, e não possui 
caráter restritivo, ou seja, TODOS são isentos, e não apenas os 
pobres ou com insuficiência de recursos. Até as pessoas 
jurídicas poderão fazer uso e receber a imunidade. 
3. No direito de petição, a denúncia ou o pedido poderão ser feitos 
em nome próprio ou da coletividade. 
4. É um direito fundamental perfeitamente extensível aos 
estrangeiros que estejam sob a tutela das leis brasileiras. 
5. Estes direitos, se negados, também poderão dar motivo à 
impetração de Mandado de Segurança. 
 
4. (FCC/AJAA - TRT 4ª/2009) O Direito de Petição previsto na 
Constituição Federal é: 
a) exercido tão somente no âmbito do Poder Judiciário. 
b) assegurado aos brasileiros natos, maiores de vinte e um anos. 
c) extensivo a todos, nacionais ou estrangeiros, mediante o 
pagamento de taxas. 
d) destinado ao cidadão em face dos Poderes Públicos e exercido 
judicialmente apenas por advogado constituído. 
e) garantido a todos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Pode ser exercido perante qualquer Poder. 
Letra B - Errado. Não existe tal restrição. 
Letra C - Errado. Realmente todos podem exercê-lo, mas não precisa 
pagar taxas. 
Letra D - Errado. Qualquer um pode exercer este direito, 
independentemente de constituir advogado. 
Letra E - Agora sim... está está correta. 
Gabarito da questão: Letra E. 
 
5. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008) São a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos 
Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso 
de poder. 
 
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Correto. Todos tem o direito de pedir providências aos poderes 
públicos, sem que se precise pagar nada por isso, da mesma 
forma, terão também o direito de obter certidões. É a previsão 
do art. 5º, XXXIV. 
 
6. (CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) 
Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, 
para a defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de 
terceiro, a obtenção de certidões em repartições públicas. 
Comentários: 
A Constituição não assegura o direito de certidão para esclarecer 
situações de interesse de terceiros, apenas as de interesse pessoal 
(CF, art. 5º, XXXIV, "b"). 
Gabarito: Errado. 
 
7. (ESAF/Procurador PGFN/2012) São a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões 
em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de 
situações de interesse pessoal. 
Comentários: 
Isso aí... é o teor do art. 5º,XXXIV, “a” e “b”. 
Gabarito: Correto. 
 
8. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) O direito de 
petição garante a todo indivíduo, independentemente de ser 
advogado, a defesa, por si mesmo, de qualquer interesse seu em 
juízo. 
Comentários: 
Defender interesse em juízo é a capacidade postulatória, esta só os 
advogados possuem. O direito de petição não é para postular em 
juízo, mas para pedir que o poder público (seja o Poder Executivo, 
Legislativo, Judiciário ou ainda o Ministério Público) tome 
providências para a defesa de seus direitos ou contra ilegalidade ou 
abusos. 
Gabarito: Errado.9. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) São 
a todos assegurados, condicionado ao pagamento de taxas, o direito 
de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões em 
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repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal. 
Comentários: 
Esses direitos são idependentes do pagamento de taxas. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) O direito 
de petição assegurado na Constituição Federal: 
a) exige a edição de lei ordinária para ser aplicado. 
b) é garantido aos nacionais e, também, aos estrangeiros. 
c) demanda o endereçamento da petição ao órgão competente para 
tomada de providências. 
d) pode estar vinculado ao pagamento de taxas, para custear a 
atividade necessária ao seu atendimento. 
e) tem aplicação restrita aos órgãos do Poder Executivo, em todas as 
suas instâncias e esferas federativas. 
Comentários: 
O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou 
jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e 
"pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus 
direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. 
Letra A - Errado. Ele é auto-aplicável, não precisa de uma lei 
regulamentadora para ser exercível. 
Letra B - Correto. O Direito de Petição é também assegurado àqueles 
estrangeiros em território nacional, sob as leis brasileiras. 
Letra C - Errado. Endereçamento é aquela formalidade que existe nas 
peças judiciais, onde o advogado endereça a petição ao 
"Excelentíssimo Senhor Juiz blá blá blá"... O direito de petição não 
tem nenhuma formalidade rígida, é um pedido mais simples de 
tomada de providências. 
Letra D - Errado. Segundo a Constituição, art. 5º, XXXIV, o direito de 
petição é assegurado a todos, independentemente do pagamento de 
taxas. 
Letra E - Errado. A autoridade pública, destinatária da petição, não 
precisa ser do Poder Executivo. Pode ser qualquer Poder. 
Gabarito: Letra B. 
 
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11. (CESGRANRIO/Advogado Junior/2008) Observe as 
afirmativas abaixo, sobre o direito de petição previsto na Constituição 
Federal. 
I - Aplica-se às pessoas físicas e pessoas jurídicas. 
II - Cabe aos nacionais e aos estrangeiros. 
III - Pode ser dirigida a qualquer autoridade do Legislativo, Executivo 
ou Judiciário. 
IV - A Constituição prevê sanção à falta de resposta e 
pronunciamento da autoridade. 
a) I e III, apenas. 
b) I, II e III, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Comentários: 
Os itens I, II e III estão corretos, apenas o item IV é falso, já que a 
CF não menciona qualquer sanção à recusa da tomada das 
providências pedidas. Esta sanção ocorrerá apenas no uso do 
direito de informação. Esta sim, se não for prestrada no prazo legal 
sujeitará o agente público a punições: 
Art. 5º, XXXIII - todos tem direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou 
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível a segurança da sociedade e do Estado; 
Gabarito da questão: Letra B. 
 
12. (CESGRANRIO/Oficial de Justiça-TJ/RO/2008) Caso uma 
determinada autoridade administrativa se recusar-se (ilegalmente) a 
fornecer certidão de tempo de serviço, requerida por funcionário 
público que dela necessitasse, a fim de solicitar sua aposentadoria, 
seria cabível ajuizar 
(A) Habeas Data. 
(B) Ação Civil Pública. 
(C) Ação Popular. 
(D) Mandado de Injunção. 
(E) Mandado de Segurança. 
Comentários: 
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A Constituição assegura em seu art. 5º, XXXIV, b, que é direito de 
todo indivíduo a obtenção de certidões em repartições públicas, para 
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
Assim, o direito de obter certidões é um direito líquido e certo do 
indivíduo para que ele receba atestados e certificações de forma que 
possam ser usadas para defender direitos ou esclarecer situações de 
interesse pessoal. 
Se este direito for negado caberá à pessoa lesada impetrar um 
Mandado de Segurança. 
É comum que as pessoas se confundam e marquem "habeas data". 
Este remédio seria usado caso a pessoa fosse pedir uma informação 
que consta em bancos de dados de caráter público, e essa informação 
(se for pessoal do indivíduo) seja negada. 
No caso em tela, a pessoa não quer uma simples informação ou 
retificação de seus dados, ela quer uma "certidão", um atestado que 
comprove a outros órgãos o que ele está dizendo, por isso dizemos 
que se trata de um direito a ser defendido por mandado de segurança 
e não HD. 
Gabarito Letra E. 
 
13. (CESGRANRIO/Técnico - BACEN/2010) Juan, cidadão 
argentino residente no Brasil, dirigiu-se ao Banco Central a fim de 
encaminhar uma petição dirigida a determinada autoridade, 
reclamando sobre a conduta abusiva de um funcionário. Nesse caso, 
a Constituição: 
(A) condiciona o exercício deste direito ao pagamento de taxa 
correspondente ao serviço. 
(B) permite a Juan exercer tal direito. 
(C) assegura esse direito apenas aos brasileiros (natos ou 
naturalizados). 
(D) assegura esse direito apenas aos brasileiros no gozo dos direitos 
políticos. 
(E) não assegura tal direito. 
Comentários: 
Estamos novamente tratando do Direito de Petição. 
O direito de petição é isento de taxas - Letra A está errada. 
A letra B está correta, já que tal direito também é concedido aos 
estangeiros que estejam sob leis brasileiras, e por consequência, as 
letras C, D e E estão erradas. 
Gabarito: Letra B. 
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Inafastabilidade do Judiciário 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio 
importantíssimo para o Estado democrático de direito. Pois ao 
garantir que toda lesão ou ameaça a direito estará sujeita a 
apreciação do Poder Judiciário, a Constituição impede os usos 
arbitrários de poder que ameaçam a democracia. 
Vamos tecer algumas considerações sobre o princípio: 
O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio expresso 
na Constituição? 
Sim, está no art. 5º, XXXV: "a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito". 
O entendimento deste artigo é que, por este princípio, alguém poderá 
acessar o Poder Judiciário sem necessariamente esgotar as esferas 
administrativas e será apenas o Poder Judiciário que fará a “coisa 
julgada” em definitivo, típico do direito inglês, diferentemente do 
franCês, onde há o “Contencioso administrativo”. (no contencioso 
administrativo, a esfera administrativa é capaz de proferir decisões 
definitivas, sem que sejam apreciadas pelo Poder Judiciário). 
2- Existem exceções a este princípio? 
Sim: 
A) CF, art. 217 §1º → O Poder Judiciário só admitirá ações relativas 
à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as 
instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
B) Em se tratando de Habeas Data, só será admitida a propositura 
deste remédio depois de negado o pedido pela autoridade 
administrativa. (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e 
STJ - Súmula nº2) 
C) Lei no 11.417/06 → Contra omissão ou ato da administração 
pública (contrário ao teor de súmula vinculante do STF), o uso da 
reclamação (impugnação ao Supremode descumprimento da 
decisão) só será admitido após esgotamento das vias administrativas. 
 
3- Por que este princípio existe? 
O Brasil é um Estado Democrático de Direito. Assim, para que esta 
característica se concretize, precisa-se de um Poder Judiciário efetivo, 
que realmente tome conhecimento das demandas, e assim sirva de 
"balança" nas relações internas. Assim, o Poder Judiciário é peça 
importantíssima para efetivação do sistema de "freios e contrapesos", 
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pois, impede que haja abusos e autoritarismos por parte dos Poderes 
Executivo e Legislativo. 
 
14. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
Comentários: 
Esta é a literalidade do princípio da inafastabilidade do Poder 
Judiciário, presente na Constituição Federal em seu art. 5º, XXXV. 
Gabarito: Correto. 
 
15. (FCC/Procurador - Recife/2008) Estão excluídas da 
apreciação do Poder Judiciário as decisões administrativas, enquanto 
não forem esgotadas as instâncias administrativas. 
Comentários: 
Isso contraria o princípio da inafastabilidade do judiciário. Segundo 
este princípio, não existe necessidade para o esgotamento das 
esferas administrativas, ressalvando-se duas exceções: 
- Ajuizamento de habeas data (Segundo o STF, precisa haver prévia 
recusa administrativa em fornecer as informações); 
- Ajuizamento de questões desportivas, precisa esgotar as instâncias 
da Justiça Desportiva (CF, art. 217, §1º). 
Gabarito: Errado. 
 
16. (FCC/Procurador - Recife/2008) Estão excluídas da 
apreciação do Poder Judiciário as ações relativas à disciplina e às 
competições desportivas enquanto não se esgotarem as instâncias da 
justiça desportiva. 
Comentários: 
Trata-se de expressa exceção constitucional ao princípio da 
inafastabilidade do Judiciário. Tal exceção é encontrada no art. 217 
§1º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
17. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não poderá 
excluir da aprecição do Judiciário lesão ou ameça de direito, mas a 
própria Constituição pode fazê-lo. 
Comentários: 
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Item correto, veja que o dispositivo constitucional veda que a lei 
possa afastar a apreciação de um conflito pelo judiciário, mas a 
Constituição pode fazer. 
Gabarito: Correto. 
 
18. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não excluirá 
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, mas 
pode condicionar tal acesso ao prévio esgotamento das instâncias 
administrativas. 
Comentários: 
Isso também seria um obstáculo ao acesso ao Poder Judiciário, sendo 
que somente a própria Constituição pode fazê-lo, a lei não tem esse 
Poder. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (CESGRANRIO/Advogado Jr - EPE/2007) Está INCORRETO 
afirmar, sobre o princípio constitucional do controle judiciário, 
também conhecido por princípio da inafastabilidade do controle 
jurisdicional, que: 
a) é fundamentado no princípio da separação de poderes. 
b) possibilita o ingresso em juízo para assegurar direitos 
simplesmente ameaçados. 
c) constitui princípio constitucional expresso. 
d) garante o acesso ao Judiciário contra lesões a direitos coletivos. 
e) não ampara direitos de pessoa jurídica. 
Comentários: 
Comentários sobre a questão: 
Letra A - Perfeito. O princípio da "separação dos poderes" na verdade 
reflete a independência e harmonia entre as funções do Poder 
Político. O Judiciário, ao estar constitucionalmente assegurado de 
conhecer de todas as demandas, pode agir como o "fiel da balaça" e 
assim efetivar esta harmonia. 
Letra B - Correto. A pessoa que possuir um direito que se encontra 
sob ameça, pode recorrer ao Judiciário para requerer a proteção, o 
direito não precisa estar sendo "efetivamente lesado" já que não se 
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito. 
Letra C - Correto. Encontra-se expressamente previsto no art. 5º, 
XXXV da Constituição. 
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Letra D - Correto. O principio é uma garantia fundamental que 
protege o exercício dos outros direitos, sejam estes direitos 
individuais ou coletivos. 
Letra E - Errado. O princípio da inafastabilidade do Judiciário é uma 
garantia fundamental expressa na Constituição. Estes direitos e 
garantias, sempre que possível são aplicados às pessoas jurídicas. 
Gabarito: Letra E. 
 
20. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - 
EPE/2007) Em relação ao princípio constitucional da separação dos 
poderes, está correto afirmar que ele serve de fundamento para o: 
a) direito de greve. 
b) direito de liberdade. 
c) princípio da legalidade. 
d) princípio da impessoalidade. 
e) princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. 
Comentários: 
A resposta correta seria letra E. O princípio da inafastabilidade do 
judiciário - que significa que todos poderão ter acesso ao Judiciário e 
somente este é que fará a coisa julgada (decisão definitiva) - é um 
elemento que põe o Poder Judiciário como a balança de harmonização 
dos Poderes Executivo e Legilslativo. 
Gabarito: Letra E. 
 
21. (FGV/Advogado-Senado/2008) A apreciação pelo Poder 
Judiciário de lesão ou ameaça a direito será assegurada na forma e 
observados os limites previstos em lei complementar. 
Comentários: 
A questão subverteu o princípio da inafastabilidade do Judiciário, 
garantia constitucional que se manifesta em norma de eficácia plena. 
Não existe essa de “observados os limites previstos em lei 
complementar”. 
Gabarito: Errado. 
 
22. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – 
PE/2009) Em situações excepcionais justificadas pela relevância e 
urgência, a lei poderá limitar a apreciação do Poder Judiciário no que 
tange a lesão ou ameaça ao direito. 
Comentários: 
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Como vimos, a garantia constitucional da inafastabilidade do 
Judiciário se manifesta em norma de eficácia plena, não sendo 
permitido pela Constituição o seu condicionamento legal. 
Gabarito: Errado. 
 
Limitação a retroatividade da lei 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada; 
Esses conceitos não são consensuais e frequentemente ocorrem 
brigas judiciais tentando reconhecer direitos adquiridos diversos. 
Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito 
Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): 
a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada e define os conceitos: 
• (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
• (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o 
seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles 
cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de 
outrem. 
• (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão 
judicial de que já não caiba recurso. 
O caso do ato jurídico perfeito (aquela coisa que já está consumada 
no termos da lei, logo não pode ser alterada, pois "já se foi", já se 
consumou) e o caso da coisa julgada são de fácil entendimento. A 
grande discussão se dá no caso do direito adquirido. Vamos ver 
algumas discussões: 
 
Direito adquirido X nova constituição: 
Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se poderão 
invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de uma nova 
Constituição, até porque sabemos que o Poder Constituinte Originárioé ilimitado, não há barreiras intransponíveis. 
Já em se tratando de Emendas Constitucionais, a questão é 
controversa, pois esta não é ilimitada como a Constituição originária 
e deve respeitar limitações constitucionais, como os direitos 
individuais. Sendo assim, a posição majoritária é que as emendas 
constitucionais devem respeitar o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada. 
 
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Direito adquirido X lei de ordem pública: 
STF – ADI 493 → O disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Fede-
ral, se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer 
distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre 
lei de ordem pública e lei dispositiva. 
O que se quer dizer com esse julgado é que "qualquer lei 
infraconstitucional deve respeitar o disposto no art. 5º, XXXVI da 
Constituição". Assim, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito 
aplicam-se inclusive às leis de ordem pública. 
Desta forma, conforme salientado por José Afonso da Silva, o correto 
seria dizer que não há direito adquirido individual que prevaleça 
sobre o interesse geral. Estando incorreto falar que não se pode 
invocar o direito adquirido face à lei de ordem pública ou lei de direito 
público. 
 
Para fins de elucidação dos termos: 
A lei pode ser classificada como direito público ou direito privado: 
Lei de direito privado - são leis que regulamentam relações estritas 
entre particulares, não envolvem interesses da sociedade como um 
todo nem os interesses do Estado. 
Leis de direito público - estabelecem relações envolvendo o Estado 
e defendendo o interesse público. 
Quanto à sua obrigatoriedade, as lei podem ser: 
Leis de ordem pública (ou imperativas) - são também chamadas 
de cogentes, são aquelas leis imperativas que organizam a 
sociedade, proibindo ou autorizando condutas. Sendo de 
observância obrigatória, a autonomia particular não pode se opor a 
elas. 
Leis dispositivas - são aquelas leis não imperativas, estabelecem 
direcionamentos, mas sem negar a autonomia privada. São as 
normas que irão vigorar em caso de silêncio das partes. 
 
Mais uma vez ratificando: qualquer lei, independentemente do seu 
teor ou classificação deve respeitar o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. 
 
Direito adquirido X regime jurídico: 
A recorrente frase "não existe direito adquirido a regime jurídico" 
decorre de diversos julgados onde o STF reconheceu que a mudança 
das relações institucionais entre o Estado e seus servidores não 
podem ser impugnadas sob a alegação de que os servidores teriam 
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direito adquirido àquelas relações vigentes no momento em que 
entraram em serviço. 
Por exemplo, se uma lei federal viesse a substituir ou modificar a lei 
8112/90 (regime jurídico dos servidores federais) alterando alguns 
direitos previstos nesta norma, não poderiam os servidores federais 
alegar que pelo fato de terem entrado em serviço sob a vigência 
daquela norma teriam adquirido o direito a fazer jus aos benefícios 
contidos naquele diploma. 
 
Irretroatividade da lei X ente público que editou a lei: 
STF – Súmula nº 654 → A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art. 5º XXXVI, da Constituição, não é invocável pela entidade 
estatal que a tenha editado. 
Essa súmula, deriva de alguns julgados do STF, principalmente sobre 
a aposentadoria especial. Ela visa fazer com que o Estado cumpra 
compromissos criados por ele mesmo, não podendo se proteger com 
a garantia constitucional quando ele próprio editou a lei que cria o 
ônus. 
Vamos citar um exemplo: imagine o fato de que exista uma lei 
dizendo: é garantida a aposentadoria especial para as classes de 
trabalhadores X e Y, por realizarem atividades insalubres durante 25 
anos. 
Bom, posteriormente a entidade estatal edita uma lei declarando que 
a atividade dos trabalhadores da classe Z também é insalubre. 
O Estado é obrigado a reconhecer retroativamente os direitos da 
classe Z. Ele não pode dizer: "calma ae, a lei é irretroativa, antes 
disso não vou mudar nada, só vale daqui pra frente". Não pode! 
Porque para o STF a garantia da irretroatividade da lei não é 
invocável pela entidade estatal que a tenha editado. 
 
23. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) A lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Comentários: 
Teor do art. 5º, XXXVI da Constituição: a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Gabarito: Correto. 
 
24. (FCC/AJEM-TRT 20/2011) No tocante aos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos, o direito adquirido 
a) é a expectativa de direito. 
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b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na 
legislação. 
c) emana diretamente da lei em favor de um titular. 
d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido. 
e) é o ato jurídico stricto sensu. 
Comentários: 
Segundo o art. 5º, XXXVI da Constituição, a lei não prejudicará o 
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito 
Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): 
• (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
• (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o 
seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles 
cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de 
outrem. 
• (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão 
judicial de que já não caiba recurso. 
 
Letra A – Errado. Expectativa de direito é aquele direito que ainda 
não foi adquirido, mas que a pessoa espera que um dia possa 
alcançar por haver alguma previsão normativa para tal. 
Letra B – Errado. A coisa que já foi consumada não é direito 
adquirido, é ato jurídico perfeito (ato que já se consumou, logo, não 
pode ser alterado). 
Letra C – Correto. Direitos adquiridos são os direitos que o seu 
titular, ou alguém por ele, já possa exercer, pois cumpriu todos os 
requisitos previstos na lei. 
Letra D – Errado. O direito adquirido realmente é aquele que já se 
incorporou ao patrimônio da pessoa, porém “já foi exercido” dá idéia 
de algo consumado! O direito adquirido é algo que está em fruição ou 
que se adquiriu o direito para exercer. 
Letra E – Errado. ato jurídico stricto sensu é um conceito muito 
amplo. Trata-se de qualquer comportamento, previsto em lei, do qual 
decorram efeitos jurídicos. Não pode ser usado para definir “direito 
adquirido”. 
Gabarito: Letra C. 
 
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25. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007) No ordenamento 
jurídico vigente, a legislação infraconstitucional, ainda quando de 
ordem pública, não pode retroagir para alcançar ato jurídico perfeito. 
Comentários: 
Dispõe o art. 5º, XXXVI: a lei não prejudicará o direito adquirido, o 
ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Segundo o STF no julgamento 
da ADI 493: o disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, se 
aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer 
distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre 
lei de ordem pública e lei dispositiva. 
Gabarito: Correto. 
 
26. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha 
que Maria, viúva de servidor público estadual, estivesse recebendo, 
com base em lei estadual, pensãode 100% do valor da remuneração 
do cargo efetivo do falecido marido e que lei estadual superveniente 
tenha reduzido esse percentual para 50% do valor da remuneração 
do cargo. Nessa situação hipotética, a redução legal alcança o 
benefício recebido por Maria, já que não há direito adquirido a regime 
jurídico. 
Comentários: 
No caso em tela, a pensionista já está com o seu direito adquirido, 
fruindo dele, não pode ser alcançada pela retroação da lei. A redução 
da pensão iria ferir a "irredutibilidade dos vencimentos", logo, não 
seria possível, segundo o STF. 
Gabarito: Errado. 
 
27. (ESAF/ATRFB/2009) A garantia da irretroatividade da lei, 
prevista no texto constitucional, não é invocável pela entidade estatal 
que a tenha editado. 
Comentários: 
É a literalidade da súmula 654 do STF: “A garantia da irretroatividade 
da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é 
invocável pela entidade estatal que a tenha editado". 
Gabarito: Correto. 
 
28. (ESAF/APO-MPOG/2010) É constitucional a redução de 
percentual de gratificação paga a servidor público, respeitada a 
irredutibilidade de vencimentos, porque não há direito adquirido a 
regime jurídico. 
Comentários: 
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Percebemos que a assertiva trazida pela banca claramente se refere a 
um julgamento do STF, em 2009 (RE 563965), ocorrido pouco antes 
do concurso que caiu esta questão. Neste julgamento, o STF decidia 
sobre a constitucionalidade da redução de uma gratificação de uma 
servidora pública pela entrada em vigor de uma lei que modificava o 
regime jurídico vigente, alterando a fórmula de se calcular a 
gratificação. O STF decidiu que o direito adquirido pela servidora 
seria tão somente a irredutibilidade de vencimento, não 
havendo direito adquirido em relação à forma de calcular esse 
vencimento. O STF salientou, que no cálculo geral do vencimento, 
não se tinha ferido à irredutibilidade salarial e dessa forma, 
considerou legítima a mudança afirmando que é constitucional a 
redução de percentual da gratificação paga, desde que 
respeitada a irredutibilidade de vencimentos, porque não há 
direito adquirido a regime jurídico. 
Gabarito: Correto. 
 
29. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Uma lei 
nova, desde que seja de ordem pública, pode incidir sobre prestações 
futuras de um contrato preexistente, admitindo-se, portanto, que 
assuma caráter retroativo. 
Comentários: 
Segundo o STF, o disposto na Constituição, em seu art. 5º, XXXVI 
(irretroatividade das leis) se aplica a toda e qualquer lei 
infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito 
público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei 
dispositiva. Desta forma, a lei, independentemente de ser de ordem 
pública, é irretroativa (em regra) não podendo atingir situações 
estabelecidas anteriormente à sua publicação. 
Gabarito: Errado. 
 
30. (FGV/Juiz Substituto – TJ-MS/2008 – Adaptada) A 
garantia da irretroatividade da lei, prevista no artigo 5.º, XXXVI, da 
Constituição Federal de 1988, não é invocável pela entidade estatal 
que a tenha editado. 
Comentários: 
Mais uma súmula do STF. Agora, a banca expôs a literalidade da 
Súmula 654, que deriva de alguns julgados do Supremo, 
principalmente sobre a aposentadoria especial. 
Tal orientação jurisprudencial impede que o Estado reconheça um 
direito mediante a edição de uma lei e, aproveitando-se do caráter 
irretroativo que esta lei a priori possuiria, venha a se eximir do 
pagamento de custos de forma retroativa. 
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Gabarito: Correto. 
Juiz Natural 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
Juiz natural nada mais é do que dizer: para se julgar alguém já existe 
um órgão determinado previamente para tal, não podendo haver 
julgamento por órgãos excepcionais, pois isso seria parcial e arbitrário. 
Ressalta-se que este conceito não abrange somente os julgamentos do 
Judiciário. Por exemplo, o Senado Federal é o juízo natural para o 
julgamento do Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade. 
Outra face deste princípio se encontra no inciso LIII – ninguém será 
processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
Tribunal de exceção → Aquele que é criado especificamente para 
julgar um crime, sem que existisse previamente. Também chamado 
de tribunal “ad hoc”, expressão latina que significa “específico”, “para 
isto” etc. 
STF – Súmula nº 704 → Não viola as garantias do juiz natural, da 
ampla defesa e do devido processo legal, a atração por continência 
ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função 
de um dos denunciados. 
 
31. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Não haverá juízo ou tribunal de 
exceção. 
Comentários: 
Vimos que pelo art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de 
exceção. E vimos também que Tribunal de exceção é aquele que é 
criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse 
previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". 
Gabarito: Correto. 
 
32. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Admitir-se-á, nos termos da 
lei, juízo ou tribunal de exceção. 
Comentários: 
Isto contraria a garantia individual prevista na Constituição Federal 
em seu art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de exceção. 
Como vimos, tribunal de exceção é aquele que é criado 
especificamente para julgar um crime, sem que existisse 
previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". 
Gabarito: Errado. 
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33. (CESPE/TJAA-STM/2011) A imparcialidade do Poder 
Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são 
garantidas pelo princípio do juiz natural, que é assegurado a todo e 
qualquer indivíduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, 
pessoas jurídicas. 
Comentários: 
Isso aí. Quando alguém está sendo acusado de algo, já deve existir 
um foro pré-determinado para seu julgamento, não se poder criar um 
órgão julgador "de exceção", apenas para julgar o referido caso, isso 
seria parcial e arbitrário. 
Esse direito abrange também pessoas jurídicas e estrangeiros, já que 
ambos são destinatários de direitos fundamentais (sempre que a eles 
não seja vedada a aplicação por decorrência lógica ou expressa). 
Gabarito: Correto. 
 
34. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho - MTE/ 2010) O princípio 
do juiz natural deve ser interpretado buscando não só evitar a criação 
de tribunais de exceção, mas também de respeito absoluto às regras 
objetivas de determinação de competência, para que não sejam 
afetadas a independência e imparcialidade do órgão julgador. 
Comentários: 
Perfeita a assertiva, estes realmente são os escopos de tal princípio. 
Gabarito: Correto. 
 
Promotor natural: 
É entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao 
processo, e não à sentença. 
1. Para sentenciar ou processar alguém, só autoridade 
competente. 
2. Para dar respaldo a isso, a CF também garantiu: 
a) é privativa do Ministério Público a ação penal pública (art. 
129 da CF); 
b) os membros do MP gozarão de inamovibilidade, salvo por 
interesse público (art. 128, § 5º da CF) 
Tudo isso para garantir que não haja processo de exceção na justiça 
brasileira. Os cargos do Ministério Público são previstos em lei, fixos, 
não se admite cargos genéricos. 
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Uadi Lammêgo Bulos ensina que o fundamento deste princípio é que 
o acusado possa ter o seu processo analisado de forma livre e 
independente, de acordo com a legalidade. 
 
35. (CESPE/Analista Adm.-MPU/2010) O princípio do promotor 
natural decorre da independência funcional e da garantia da 
inamovibilidade dos membros da instituição. 
Comentários: 
O princípio do promotor natural é entendido como desdobramento do 
Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. São 
todas as disposições que garantem que não haja processo de exceção 
na justiça brasileira. 
Gabarito: Correto. 
 
36. (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre 
explicitamente do princípio institucional da indivisibilidade. 
Comentários: 
O promotor natural é um princípio implícito que decorre do princípio 
do Juiz Natural e da Inamovibilidade dos membros do MP, impedindo 
que haja processo de exceção. 
Gabarito: Errado. 
 
Tribunal do Júri 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida; 
A ideia do instituto do juri é um importante ponto do Estado 
Democrático de Direito, dando oportunidade à própria sociedade de 
julgr seus membros que cometerem garaves crimes. 
Aqui importante destacar que a “plenitude da defesa” tem uma 
abrangência maior que a ampla defesa e o contraditório, 
considerando que o acusado e o seu defensor podem utilizar de 
argumentos não jurídicos para a obtenção de sua absolvição, como 
por exemplo evocar questões de ordem sentimental, sociológica ou 
de política criminal. 
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Importante destacar que tal soberania se refere aos fatos criminosos, 
haja vista que as questões relacionadas à aplicação da pena quem 
julga é o juiz presidente do tribunal do juri, desta forma, a pena 
imposta no tribunal do juri pode ser aumentada em grau de recurso 
pelo tribunal respectivo para julgar o recurso, o que este tribunal não 
pode fazer é condenar/ absolver o réu contrariando a decisão dos 
jurados.Assim, está errado falar que as decisões do juri são 
irrecorríveis ou imutáveis (essa pegadinha cai muito em concursos). 
Cabe recurso da decisão do Júri, quando (art. 593, III, do Código de 
Processo Penal): 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à 
decisão dos jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da 
medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos 
autos. 
Por favor, não quero ninguém decorando essas coisas do 
Código de Processo Penal, eu coloquei apenas de forma a 
exemplificar a possibilidade de recurso da decisão do Júri. 
Beleza?? Ninguém vai ficar me perguntando: "Professor, não 
entendi o art. 593, III do CPP...", não é pra entender mesmo 
não, é só pra saber que existe. Valeu?! 
Só para fins de exemplificação novamente, no caso de recurso, 
poderá se convocar um novo Júri para fazer novo julgamento. Se for 
somente retificar algum erro na aplicação da pena, o tribunal faz, 
mas para julgar novamente, só se for outro Júri, justamente pela 
soberania dos veredictos. 
Um outro ponto bastante cobrado em concursos é o fato de a 
competência do tribunal do Júri não prevalecer sobre as 
“prerrogativas de foro” conferidas pela própria Constituição 
Federal. Assim, ainda que nesses crimes dolosos contra a vida, o Pre-
sidente da República, por exemplo, será julgado pelo STF, devido à 
sua prerrogativa e não pelo Júri. 
Porém, lembramos que apenas a Constituição Federal poderá 
estabelecer “prerrogativas de foro” que prevalecerão sobre o Júri. 
Consoante a isso, dispõe a Súmula nº 721: 
STF – Súmula nº 721 → A competência constitucional do tribunal do 
júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido 
exclusivamente pela Constituição Estadual. 
STF – Súmula nº 603 → A competência para o processo e julgamento 
de latrocínio* é do juiz singular e não do júri. 
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*Latrocínio, (roubo seguido de morte) é considerado crime contra o 
patrimônio e não crime doloso contra a vida. 
 
37. (FCC/Técnico-TJ-PI/2009) É reconhecida a instituição do 
júri, com a organização que lhe der a lei, NÃO havendo 
a) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida. 
b) a plenitude de defesa. 
c) o sigilo das votações. 
d) a soberania dos vereditos. 
e) o juízo ou o tribunal de exceção. 
Comentários: 
Segundo o art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri, com 
a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida;" 
A letra E, é a única não elencada. Refere-se ao art. 5º, XXXVII: Não 
haverá juízo ou tribunal de exceção. Tribunal de exceção é aquele 
que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse 
previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". 
Gabarito: Letra E. 
 
38. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) é reconhecida 
a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados 
a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos 
veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida. 
Comentários: 
Teor do art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida;" 
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Gabarito: Correto. 
 
39. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida é de competência do tribunal do júri, mas a CF não 
impede que outros crimes sejam igualmente julgados por esse órgão. 
Comentários: 
A Constituição estabeleceu no art. 5º XXXVIII que o júri tem a 
competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Mas 
realmente não restringiu esta competência a somente estes crimes. 
Gabarito: Correto. 
 
40. (ESAF/ENAP/2006) A Constituição Federal reconhece a 
instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurando a 
imutabilidade dos seus veredictos. 
Comentários: 
O correto seria “soberania” dos veredictos e não imutabilidade, já que 
cabe recurso às decisões do tribunal do juri, tal recurso, porém, 
deverá ser feito novamente a um juri, pois ele é o competente para 
proferir as sentenças de julgamento de crimes dolosos contra vida 
(CF, art. 5º, XXXVIII). 
Gabarito: Errado. 
 
41. (FUNIVERSA/Advogado - ADASA/2009) A Constituição 
Federal reconhece expressamente a instituição do júri popular, com a 
organização que lhe der a lei, não assegurando 
a) a plenitude de defesa. 
b) o sigilo das votações. 
c) a soberania dos veredictos. 
d) a irrecorribilidade de suas decisões. 
e) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida. 
Comentários: 
Não podemos falar em irrecorribilidade nem imutabilidade das 
decisões do júri, já que elas são recorríveis. 
Gabarito: Letra D. 
 
Legalidade penal e Irretroatividade da lei penal: 
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XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
STF – Súmula nº 711 → A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, caso ela entre em vigor 
anteriormente à cessação da continuidade ou da permanência. 
O crime continuado éaquele crime que perdura por um espaço de 
tempo, ele não é instantâneo. Exemplo típico é o tráfico de drogas. 
Não se pode falar que alguém "cometeu tráfico de drogas às 14:00 
de ontem", mas sim que a pessoa "está traficando" ou "estava 
traficando" durante um certo período de tempo, que pode ser de, 
horas, dias, meses, anos (se bem que falar em anos já é difícil, 
geralmente traficante tem vida curta!). Assim, se uma lei penal é 
publicada durante este espaço de tempo em que o crime está 
ocorrendo, ela será aplicável ainda que prejudicial ao infrator. 
A lei penal mais grave só não será aplicável ao crime continuado 
quando este crime cessar antes da publicação da lei. 
 
42. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Não há crime sem lei 
anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
Comentário: 
Trata-se do princípio da legalidade penal, previsto no inciso XXXIX do 
art. 5º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
43. (FCC/Técnico - informática - TRF 5ª/2008) A lei penal 
somente retroagirá em prejuízo do réu. 
Comentário: 
Justamente o contrário. A lei penal não poderá retroagir, a não ser 
que seja para beneficiar o réu (CF, art. 5º, XL). 
Gabarito: Errado. 
 
44. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) É correto afirmar que 
a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
Comentários: 
Trata-se do princípio da irretroatividade da lei penal, disposto no art. 
5º, XL da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
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45. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal pode retroagir para beneficiar 
ou prejudicar o réu. 
Comentários: 
A lei penal não retroagirá, salvo para "beneficiar" o réu. Para 
prejudicar o réu nunca poderá(CF, art. 5°, XL). 
Gabarito: Errado. 
 
46. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência. 
Comentários: 
Mais uma questão de súmula, o que mostra a importância de saber a 
literalidade destes pensamentos fixados pelo tribunal. Trata-se da 
súmula 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência.” 
Gabarito: Correto. 
 
Proteção aos direitos e liberdades fundamentais 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos 
direitos e liberdades fundamentais; 
 
47. (CESPE/ANAC/2009) É imprescritível a ação tendente a 
reparar violação dos direitos humanos ou dos direitos fundamentais 
da pessoa humana. 
Comentários: 
Decorrente dos princípio fundamental da dignidade da pessoa 
humana, e pelo fato da ausência de disposição constitucional, temos 
que as violações aos direitos humanos podem ser punidas a qualquer 
tempo, não podendo se falar em prescrição do direito do Estado de 
puni-las. 
Gabarito: Correto. 
 
Crimes inafiançáveis 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
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como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se 
omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de 
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
• Anistia: o Estado renuncia ao seu direito de punir determinados 
fatos. A anistia não é pessoal, direciona-se aos fatos. 
• Graça: concedida pessoalmente, extingue diretamente a pena 
imposta em sentença judicial transitada em julgado. 
• Indulto: ocorre da mesma forma que graça, porém é coletivo e 
não individual. 
• Competência para conceder anistia: privativa da União (art. 21, 
XVII) sempre através de lei federal com deliberação no CN (art. 
48, VIII). 
• Competência para conceder indulto (e graça): é de 
discricionariedade do Presidente da República (art. 84, XII) 
podendo ainda ser delegada aos Ministros de Estado, PGR ou AGU 
(art. 84, § único). 
 
Pulo do Gato: 
Em meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos", eu 
proponho um método para facilitar a memorização destes crimes pre-
vistos na CF/88. Perceba que todos eles são inafiançáveis. Agora, 
existe uma diferença nos outros tratamentos. Deste modo os crimes 
se dividiriam em 3 grupos: racismo, ação de grupos armados, e o que 
chamaria de 3TH (tortura, tráfico, terrorismo e hediondos). A 
Constituição estabeleceu para eles o seguinte tratamento: 
• ação de grupos armados contra o Estado – 
imprescritível; 
• racismo – imprescritível e sujeito a reclusão (R – 
racismo X R – reclusão); 
• 3TH – insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar 
a fonética do “H” – “A–GA”– para lembrar de “Graça” ). 
 
 
48. (FCC/Técnico - TRT 8º/2010) Segundo a Constituição 
Federal, constitui crime imprescritível a prática de: 
a) tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 
b) tortura. 
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c) racismo. 
d) latrocínio. 
e) terrorismo. 
Comentários: 
As letras A, B, e E formam o "3T" do 3TH - logo, são insuscetíveis de 
graça ou anistia, mas não são imprescritíveis. 
O latrocínio, na letra D, não foi expressamente elencado pela 
Constituição. 
A Letra C é a resposta, já que o racismo é crime inafiançável, 
imprescritível e que ainda sujeita o infrator à pena de reclusão. 
Gabarito: Letra C. 
 
49. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A prática do racismo constitui 
crime inafiançável e prescritível, sujeito às penas de reclusão, 
detenção ou multa. 
Comentários: 
Constitui crime inafiançável e imprescretível, e que ainda sujeita o 
infrator a pena de reclusão, nos termos da lei (CF, art. 5º, XLII). 
Gabarito: Errado. 
 
50. (CESPE/Advogado OAB–SP/2008) Segundo a Constituição 
de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível: 
a) a prática da tortura 
b) a prática do racismo 
c) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins 
d) o definido em lei como hediondo 
Comentários: 
Inafiançável, já sabemos que todos são. Falta saber qual é 
imprescritível 
a) a prática da tortura – É um dos “T” do 3TH. 
b) a prática do racismo – Resposta CERTA e como visto ainda sujeita 
o infrator à reclusão. 
c) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins – É um dos “T” do 
3TH. 
d) o definido em lei como hediondo – É o “H” do 3TH 
Gabarito: Letra B. 
 
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51. (CESPE/MEC/2009) A prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei. 
Comentários: 
Todos os crimes que estão expressamente citados pela Constituição 
são inafiançáveis, embora haja diferença em um segundo tratamento. 
A Constituição estabeleceu para tais crimes o seguinte: 
• Ação de grupos armados contra o Estado - 
Imprescritível; 
• Racismo - Imprescritível e sujeito a Reclusão (R - 
Racismo X R - Reclusão); 
• 3TH (Tortura, Tráfico, Terrorismo e Hediondos) - 
Insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do 
"H" - "A-GA"- para lembrar de "Graça"). 
Gabarito: Correto. 
 
52. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Todos os crimes estão sujeitos 
a prescrição. 
Comentários: 
A Constituição prevê que a prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei. Prevê ainda que constitui crime inafiançável e imprescritívela ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático (CF, art. 5º, XLII e XLIV). 
Desta forma, estes crimes poderão ser punidos a qualquer tempo, 
não podendo os infratores alegar perda do direito do Estado para 
punir. 
Gabarito: Errado. 
 
53. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) São inafiançáveis os crimes 
de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático, de racismo, de prática da 
tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, de 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos. 
Comentários: 
Todos os crimes que estão expressamente citados pela Constituição 
são inafiançáveis, embora haja diferença em um segundo tratamento. 
A Constituição estabeleceu para tais crimes o seguinte: 
• Ação de grupos armados contra o Estado - 
Imprescritível; 
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• Racismo - Imprescritível e sujeito a Reclusão (R - 
Racismo X R - Reclusão); 
• 3TH (Tortura, Tráfico, Terrorismo e Hediondos) - 
Insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do 
"H" - "A-GA"- para lembrar de "Graça"). 
Gabarito: Correto. 
 
54. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a 
Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível a 
prática da tortura. 
Comentários: 
A pratica de tortura não seria imprescritível, seria insuscetível de 
graça ou anistia. 
Gabarito: Errado. 
 
55. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a 
Constituição de 1988 a prática do racismo constitui crime inafiançável 
e imprescritível, sujeitando o infrator à pena de detenção. 
Comentários: 
O racismo realmente é crime inafiançável e imprescritível, porém, 
sujeita o infrator à pena de reclusão (CF, art. 5º, XLII). 
Gabarito: Errado. 
 
56. (FCC/MPE–RS/2008) Constitui crime inafiançável e 
imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático. 
Comentários: 
Usando o método que eu propus, vemos que a questão está correta. 
Gabarito: Correto. 
 
57. (ESAF/CGU/2008) A prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei. 
Comentários: 
Da mesma forma, trata-se da perfeita disposição do que vimos. 
Gabarito: Correto 
 
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Obs.: Atualmente defende-se que não existem divisões de 
"raça", só existiria uma raça: a raça humana. Desta forma, 
para definirmos a noção de racismo não há nenhum critério 
objetivo e científico que nos permita fazer uma separação entre 
diferentes raças. Assim, o conceito de racismo deve ser considerado 
amplo, não no sentido de apenas "cor de pele" ou outras 
características físicas, mas também devido a traços culturais e etnia. 
Veja o que diz o art. 1º da Lei nº 7.716/89: “Serão punidos, na forma 
desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de 
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. 
Assim é possível perceber a vedação à discriminação resultante várias 
origens, e não somente pela cor da pele. 
Por fim, importante ainda não confundir o crime de racismo com o 
crime de injúria classificada por racismo ("injúria racial"). A 
mencionada lei pune com reclusão de até 5 anos os crimes 
resultantes de discriminação quando empregados como uma ofensa 
geral e não só a um indivíduo isoladamente. 
Já o crime de injúria qualificada por racismo está prevista no Código 
Penal, art. 140, §3º, é um crime contra a honra, em que o agente 
ofende uma pessoa isoladamente, como ocorreu no famoso caso do 
jogador Grafite que foi xingado pelo zagueiro argentino de macaco e 
por isso foi preso em São Paulo há uns anos atrás. 
 
58. (CESPE/Agente - ABIN/2008) Um romancista famoso 
publicou, no Brasil, um livro no qual defende a tese de que as 
pessoas que seguem determinada religião seriam menos evoluídas do 
que as que seguem outra religião. Nessa situação, tal afirmação 
poderia ser enquadrada como racismo, embora, tecnicamente, 
religião não constitua raça. 
Comentários: 
Trata-se do conceito amplo de "raça", para fins de proteção. 
Gabarito: Correto 
 
59. (FUNIVERSA/Delegado - PC-DF/2009 - Adaptada) O 
antissemitismo pode ser considerado como crime de racismo. 
Comentários: 
Trata-se do conceito amplo de "raça", para fins de proteção. 
Gabarito: Correto 
 
60. (FJG/Estágio Forense - PM - RJ/2009 - Adaptada) A 
Constituição da República qualifica a prática do racismo como crime 
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inafiançável e imprescritível. O conceito de racismo deve ser amplo, 
alcançando qualquer discriminação, baseada não apenas em 
características físicas, mas também em origem étnica e traços 
culturais. 
Comentários: 
Trata-se do conceito amplo de "raça", para fins de proteção. 
Gabarito: Correto 
 
61. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – 
PE/2009) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de 
graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 
sendo permitida a instituição de tribunais excepcionais para o 
julgamento desses crimes. 
Comentários: 
Esta questão possui duas partes, vamos separá-las: 
1– A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de 
graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos. 
Esta parte está correta, nos termos do art. 5.º, XLIII, da 
Constituição. 
2– (...), sendo permitida a instituição de tribunais 
excepcionais para o julgamento desses crimes. 
Esta parte está errada, pois viola os preceitos constitucionais. 
Segundo nossa Carta Magna, não haverá juízo ou tribunal de exceção 
(CF, art. 5.º, XXXVII). 
Gabarito: Errado. 
 
62. (FGV/Analista Legislativo – Senado Federal/2008) São 
imprescritíveis os crimes de racismo, ação de grupos armados contra 
o Estado, tortura e terrorismo. 
Comentários: 
Embora o racismo e a ação de grupos armados contra o Estado sejam 
crimes imprescritíveis, a tortura e terrorismo não o são, estes fazem 
parte do “3TH”, recebendo pela Constituição o tratamento de 
insuscetíveis de graça ou anistia. 
Gabarito: Errado. 
 
 
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Sucessão da pena 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor 
do patrimônio transferido; 
Baseado neste dispositivo, vemos que a pena é intransferível, deve 
ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo 
ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite 
que haja uma “sanção patrimonial” a estes sucessores (filhos, 
herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no 
perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela 
sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais 
(multas, indenizações e etc.). 
 
63. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Pitágoras foi condenado a reparar 
os danos morais que causou à Libero por racismo. Porém, Pitágoras 
faleceu sem pagar a dívida, o que motivou Libero a pleitear de 
Tibério, filho do falecido, o pagamento. No tocante aos Direitos e 
Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, tal 
cobrança em face de Tibério é 
a) possível, desde que Pitágoras tenha deixado bens, ressalvando que 
a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser,nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. 
b) impossível, porque a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens jamais serão estendidas aos sucessores e 
contra eles executadas, mesmo se o falecido deixou bens. 
c) impossível, porque a Constituição Federal veda expressamente. 
d) possível, porque por força da Constituição Federal, mesmo não 
tendo praticado o racismo, é responsável solidário da obrigação de 
reparar o dano pelo simples fato de ser filho do condenado, sendo 
irrelevante se Pitágoras faleceu ou não e se deixou ou não bens. 
e) impossível, porque a sentença de mérito que condenou Pitágoras à 
reparar os danos morais não condenou seu sucessor, Tibério, como 
responsável subsidiário da obrigação, mesmo havendo bens deixados 
pelo falecido à titulo de herança. 
Comentário: 
A questão tentava extrair do candidato o conhecimento sobre o teor 
do art. 5º, XLV da Constituição: 
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
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ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
Assim, a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que 
cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A 
Constituição, no entanto, admite que haja uma “sanção patrimonial” 
a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na 
obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado 
ao valor que foi recebido pela sucessão, para o caso de penas 
com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.). 
Gabarito: Letra A. 
 
64. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, extinguindo-se com sua morte a obrigação de 
reparar danos e a decretação do perdimento de bens. 
Comentários: 
A Constituição diz em seu art. 5º, XLV que nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, mas, poderá a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas 
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. 
Gabarito: Errado. 
 
65. (ESAF/ATRFB/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores 
e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio 
transferido. 
Comentários: 
A pena é pessoal e intransferível por sucessão, a única coisa que se 
pode transferir é a obrigação de reparar o dano e o perdimento de 
bens, sempre no limite do patrimônio transferido. O enunciado traz a 
literalidade do disposto na Constituição, art. 5º XLV. 
Gabarito: Correto 
 
66. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – 
PE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
estando, porém, os seus sucessores obrigados a reparar o dano do 
crime, sendo-lhes aplicada a decretação do perdimento de bens até o 
limite do patrimônio do criminoso que tiver sido transferido àqueles. 
Comentários: 
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A assertiva busca o seu fundamento na Constituição, art. 5.º, XLV. 
Neste artigo, percebemos a personalização da pena, que não deve ser 
transferida para nenhuma outra pessoa, senão aquela que cometeu o 
ilícito. Porém, no caso do patrimônio transferido por sucessão, este 
patrimônio poderá ser usado para reparar o dano, mas deve-se notar 
que a execução (perdimento dos bens) ocorrerá somente até o limite 
do patrimônio transferido, nunca além deste. 
Gabarito: Correto. 
 
Individualização da pena 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
Por exemplo, uma pessoa condenada por crime de improbidade 
administrativa terá seus direitos políticos suspensos por força do art. 
37, § 4º, e pelo art. 15 da CF. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos 
do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
(CF, art. 84, XIX) → Compete privativamente ao Presidente da 
República declarar guerra e a mobilização nacional (total ou 
parcialmente), no caso de agressão estrangeira: 
• autorizado pelo CN; ou 
• referendado pelo CN, quando ocorrer no intervalo das sessões 
legislativas; 
 
67. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) No tocante aos Direitos e 
Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que: 
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a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, 
as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, 
prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos. 
b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de detenção, nos termos da lei. 
c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou anistia 
a prática da tortura. 
d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado 
Democrático. 
e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido. 
Comentários: 
Letra A - Correta. Pelo art. 5º, XLVI, temos que a lei regulará a 
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos. 
Letra B - Errado. O "R" de racismo deve ser associado ao "R" de 
reclusão. Assim, está errado falar que sujeita o infrator à pena de 
detenção, já que o correto seria reclusão. 
Letra C - Errado. Todo o crime que começa com T ou H (3TH - 
Tortura, Tráfico, Terrorismo, ou Hediondo), é inafiançável e 
insuscetível de graça ou anistia. O erro da questão é falar que é 
"suscetível" de graça ou anistia. 
Letra D - Errado. Trata-se de crime inafiançável e imprescritível, nos 
termos do art. 5º, XLIV. 
Letra E - Errado. A execução (perdimento dos bens) ocorrerá 
somente até o limite do patrimônio transferido (CF, art. 5º, XLV). 
Gabarito: Letra A. 
 
68. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Constituição proíbe a 
instituição de pena de: 
a) morte, sem exceção 
b) caráter perpétuo, salvo em caso de guerra declarada. 
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c) trabalhos forçados. 
d) restrição de liberdade. 
e) restrição de direitos. 
Comentários: 
A questão trata de uma disposição constitucional que está na CF, art. 
5º XLVI e XLVII. A Constituição então diz: 
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre ou-
tras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos. 
XLVII – não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do 
art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis. 
Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de 
banimento, trabalho forçado ou perpétua. Porém, no caso de pena de 
morte é admitida seestivermos em guerra externa declarada. 
Voltando à questão: 
Letra A - Errado. Existe a exceção da guerra externa declarada. 
Letra B - Errada. A exceção da guerra é para a pena de morte e não 
para a pena perpétua. 
Letra C - Correto. 
Letra D e E - Estas podem pelo inciso XLVI. 
Gabarito: Letra C. 
 
69. (FCC/TJAA-TRT 7ª/2009) Nos termos da Constituição 
Federal, não haverá pena de 
a) banimento. 
b) perda de bens. 
c) suspensão de direitos. 
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d) prestação social alternativa. 
e) multa. 
Comentários: 
Agora ficou bem fácil, não é mesmo? 
Usando os comentários da questão anterior: gabarito: letra A. 
 
70. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) É proibida a instituição de 
pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucional. 
Comentários: 
A questão é confusa, pois a regra é ser proibida a instituição de pena 
de morte no Brasil. Porém, a banca entendeu que a questão estaria 
incorreta, pois existe o caso de pena de morte em tempo de guerra 
externa declarada. O CESPE costuma usar esta assertiva como 
incorreta, sempre olhando para a exceção, por isso, já se pode adotar 
esta postura em relação à banca. 
Gabarito: Errado. 
 
71. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A pena de trabalhos forçados 
em estabelecimentos prisionais de segurança máxima depende de 
regulamentação por meio de lei complementar para ser 
implementada no ordenamento jurídico brasileiro. 
Comentários: 
Não há possibilidade para que a lei estabeleça este tipo de pena, já 
que segundo a Constituição, art. 5º, XLVII, não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 
84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis. 
Gabarito: Errado. 
 
72. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2012) A Constituição 
Federal de 1988 admite a aplicação da pena de banimento. 
Comentários: 
Não permite não. Tal modalidade é expressamente vedada pelo art. 
5º, XLVII, d. 
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Gabarito: Errado. 
 
73. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Para a Constituição, a 
sobrevivência da nacionalidade é valor mais importante que a vida 
individual de quem porventura venha a trair a pátria em momentos 
cruciais. 
Comentários: 
Isso mesmo, o único caso de pena de morte no Brasil é a deserção 
em presença do inimigo, previsto no art. 392 do Código Penal Militar, 
com o respaldo do art. 5º da Constituição quando prevê que não 
haverá pena de morte, salvo em caso de guerra declarada. 
Desta forma, a Constituição coloca a vida do desertor em um 
patamar de importância abaixo da preservação da nação. 
Gabarito: Correto. 
 
74. (ESAF/ATRFB/2009) A Constituição Federal proíbe a aplicação 
de pena de morte em caso de guerra declarada. 
Comentários: 
No caso de guerra declarada, pode haver pena de morte, como 
vimos, é uma exceção à regra de ser vedada a pena de morte(CF, 
art. 5°, XLVII, “a”). 
Gabarito: Errado. 
 
75. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) Somente em 
casos de guerra declarada pelo Congresso Nacional a Constituição 
admite a tortura, como meio de obtenção de informações relevantes. 
Comentários: 
Tortura nunca poderá ser usada. Em caso de guerra externa 
declarada poderá a pena de morte, mas tortura não (CF, art. 5º, III e 
XLVII). 
Gabarito: Errado. 
 
76. (CESGRANRIO/Analista-DNPM/2006) A Constituição prevê, 
entre os direitos e garantias fundamentais, que a lei regulará a 
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
I - perda de bens; 
II - interdição de direitos; 
III - trabalhos forçados; 
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IV - banimento. 
Estão corretas: 
(A) I e II, apenas. 
(B) I e IV, apenas. 
(C) II e III, apenas. 
(D) I, III e IV, apenas. 
(E) II, III e IV, apenas. 
Comentários: 
A Constituição diz em seu art. 5º: 
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre ou-
tras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos. 
XLVII – não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do 
art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis. 
Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de 
banimento, trabalho forçado ou perpétua. Porém, no caso de pena de 
morte é admitida se estivermos em guerra externa declarada. 
Gabarito: Letra A. 
 
77. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – 
PE/2009) A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre 
outras, privação ou restrição da liberdade, a perda de bens, a 
prestação social alternativa, a suspensão ou interdição de direitos e o 
banimento. 
Comentários: 
Errada. A questão mistura dispositivos constitucionais previstos no 
art. 5.º, XLVI e XLVII. 
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Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de 
banimento, trabalho forçado ou, ainda, perpétuas. Porém, no caso de 
pena de morte, é admitida se estivermos em guerra externa 
declarada. 
A questão erroneamente incluiu o banimento entre as hipóteses 
possíveis de pena. Desta forma, está incorreta. 
Gabarito: Errado. 
 
78. (FGV/Técnico Legislativo – Senado Federal/2008) A 
Constituição Federal proíbe a pena de morte no Brasil, exceto na 
hipótese de: 
a) condenação por crime de terrorismo. 
b) em caso de decretação de estado de sítio. 
c) condenação por crimes hediondos, na forma da lei. 
d) condenação por crime de tortura. 
e) em caso de guerra declarada. 
Comentários: 
Das penas que são vedadas pela Constituição, a única que pode ser 
relativizada é a pena de morte, e somente no caso de guerra externa 
declarada. 
Para fins de elucidação, a pena de morte será permitida, nos termos 
do Código Penal Militar, art. 392, que estabelece o crime de 
“deserção em presença do inimigo”. 
Gabarito: Letra E. 
 
Direitos dos presos 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos 
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade 
física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que 
possam permanecer com seus filhos durante o período de 
amamentação; 
Demais direitos dos presos: 
� LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
� LXIII → Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado; 
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� LXIV → Identificação dos responsáveis por sua prisão ou 
interrogatório policial; 
� LXV → Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal; 
� LXVI → Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a 
lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança; 
� LXXV → Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso 
além do tempo fixado na sentença; 
 
Extradição 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime 
político ou de opinião; 
Extradição: É um pedido que um país faz a outro, quando alguém que 
está no

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