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Protese parcial removivel

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Embora os relatos recentes tenham mostrado um declínio cons-
tante na prevalência da perda dentária durante as últimas 
décadas, permanece uma variação significativa na distribui-
ção da perda dentária. Seria mais útil considerar quais combi-
nações de perda dentária são mais comuns e classificá-las com 
o propósito de auxiliar o tratamento de pacientes parcialmente 
desdentados. Várias classificações de arcadas parcialmente des-
dentadas têm sido propostas e estão sendo utilizadas. Esta varie-
dade tem levado a algumas confusões e discordâncias sobre qual 
classificação descreve melhor todas as possíveis configurações e 
deve ser adotada.
As classificações mais familiares são aquelas originalmente 
propostas por Kennedy, Cummer e Bailyn. Beckett, Godfrey, 
Swenson, Friedman, Wilson, Skinner, Applegate, Avant, Miller e 
outros também propuseram classificações. É evidente que se 
deve realizar uma tentativa para combinar as melhores caracte-
rísticas de todas as classificações de modo que uma classificação 
universal possa ser adotada.
Uma classificação que é baseada em critérios diagnósticos foi 
proposta recentemente para desdentados parciais.1 O propósito 
deste sistema de classificação é facilitar as decisões do trata-
mento com base na complexidade do caso. A complexidade é 
determinada por quatro amplas categorias diagnósticas que 
incluem: local e extensão da área desdentada, condição dos 
pilares, características e requisitos oclusais e características do 
rebordo residual. A vantagem deste sistema de classificação em 
comparação àqueles mais utilizados atualmente ainda não foi 
documentada.
Hoje, o método de Kennedy é provavelmente a classificação 
mais amplamente aceita de arcadas parcialmente desdentadas. 
Em uma tentativa de simplificar o problema e encorajar uma 
utilização mais universal de uma classificação, e no interesse de 
comunicação adequada, será utilizada neste livro a classificação 
de Kennedy. O estudante pode consultar a seção Recursos de 
Leitura Selecionados para informações relativas a outras 
classificações.
Embora as classificações sejam na verdade descrição de 
arcadas parcialmente desdentadas, a prótese parcial removível 
que restaura uma classe particular de arcada é descrita como 
uma prótese daquela classe. Por exemplo, falamos de uma 
prótese parcial removível Classe III ou Classe I. É mais simples 
dizer “uma prótese parcial Classe II” do que dizer “uma prótese 
parcial restaurando uma arcada parcialmente desdentada 
Classe II”.
A classificação das arcadas parcialmente desdentadas deveria 
satisfazer os seguintes requisitos:
1. Possibilitar uma visualização imediata do tipo de arcada 
parcialmente desdentada que está sendo considerada.
2. Possibilitar a diferenciação imediata entre a prótese dentos-
suportada e dentomucosossuportada.
3. Ser universalmente aceita.
O método de classificação de Kennedy foi originalmente proposto 
pelo Dr. Edward Kennedy em 1925. Ele tenta classificar as arcadas 
parcialmente desdentadas de um modo que sugere certos princí-
pios de desenho da prótese para uma dada situação (Figura 3-1).
Kennedy dividiu todas as arcadas parcialmente desdentadas 
em quatro classes básicas. Áreas desdentadas que não aquelas 
que determinam as classes básicas foram designadas como 
espaços de modificação (Figura 3-2).
A seguir, apresentamos a classificação de Kennedy:
Classe I Área desdentada bilateral localizada posteriormente 
aos dentes naturais
Classe II Uma área desdentada unilateral localizada posterior-
mente aos dentes naturais
Classe III Uma área desdentada unilateral com dentes naturais 
remanescentes tanto posterior como anterior a eles (intercalar)
Classe IV Uma área desdentada única, mas bilateral (cruzando 
a linha média), localizada anterior aos dentes naturais 
remanescentes
Uma das principais vantagens do método de Kennedy é que 
ele favorece a visualização imediata da arcada parcialmente des-
dentada e possibilita uma fácil distinção entre a prótese dentos-
suportada e a dentomucosossuportada. Aqueles que aprenderam 
esta classificação e que conhecem os princípios de desenho de 
próteses parciais podem prontamente fazer a relação com o 
desenho da configuração da arcada para ser utilizada na prótese 
parcial básica. Este método torna possível uma abordagem 
lógica dos problemas do desenho da prótese. Ele torna possível 
a aplicação dos bons princípios de desenho de próteses parciais 
e é, portanto, um método lógico de classificação. Entretanto, 
um sistema de classificação não deve ser utilizado para estereo-
tipar ou limitar os conceitos de desenho de próteses.
A classificação de Kennedy seria difícil de aplicar em todas as 
situações sem certas regras de aplicação. Applegate forneceu 
oito regras que controlam a aplicação do método de Kennedy 
(Quadro 3-1).
Embora inicialmente possa ocorrer alguma confusão, como 
por que a Classe I deve se referir a duas áreas desdentadas e a 
Classe II deve se referir a uma, os princípios de desenho tornam 
lógica esta distinção. Kennedy colocou a Classe II unilateral com 
extensão distal entre a Classe I bilateral com extensão distal e a 
classificação Classe III dentossuportada porque a prótese parcial 
Classe II deve incorporar características de ambas, especialmente 
quando as modificações dentossuportadas estão presentes. Por 
ter uma base de extensão mucosossuportada, a prótese deve ser 
desenhada de forma semelhante à prótese Classe I. Frequente-
mente, entretanto, um componente dentossuportado, ou Classe 
III, está presente em outras partes da arcada. Portanto, a prótese 
parcial Classe II cai justamente entre a Classe I e a Classe III por 
incorporar características de desenho comuns a ambos. De 
acordo com o princípio de que o desenho é fundamentado na 
classificação, a aplicação de tais princípios de desenho é sim-
plificada retendo-se a classificação original de Kennedy.
A Figura 3-3 apresenta uma oportunidade de testar suas 
habilidades. Reveja a figura e classifique as arcadas parcialmente 
desdentadas ilustradas. As respostas estão relacionadas a seguir.
McGarry TJ, Nimmo A, Skiba JF, et al: Classification system for partial 
edentulism, J Prosthodont 11(3):181–193, 2002. 
Respostas para a Figura 3-3:
 A. Cl IV
 B. Cl II Modificação 2
 C. Cl I Modificação 1
 D. Cl III Modificação 3
 E. Cl III Modificação 1
 F. Cl III Modificação 1
 G. Cl IV
 H. Cl II
 I. Cl III Modificação 5
Com foi dito no Capítulo 1, o objetivo das Próteses Parciais 
Removíveis é promover restaurações eficientes e funcionais 
com base no entendimento de como se maximizar qualquer 
oportunidade para confeccionar próteses estáveis e assim 
mantê-las. Uma vez que as próteses parciais removíveis não são 
ligadas rigidamente aos dentes, o controle do movimento 
potencial sob cargas funcionais é crítico para se promover a 
melhor chance de estabilidade e conforto ao paciente. A con-
sequência do movimento das próteses sob as cargas funcionais 
é a aplicação de tensão ao dente e aos tecidos que estão em 
contato com a prótese. É importante que esta tensão não exceda 
o nível de tolerância fisiológica, que é o alcance máximo de 
estímulos mecânicos que o sistema pode resistir sem rompi-
mento ou consequências traumáticas. Na terminologia da 
engenharia mecânica, a prótese induz tensão nos tecidos igual 
à força aplicada na área de contato com os dentes e/ou tecidos. 
Esta mesma tensão atua na produção de uma compressão no 
tecido de suporte, que resulta em deslocamento de carga no 
dente e no tecido. O entendimento de como estes fenômenos 
mecânicos agem dentro do ambiente biológico, que é único 
para cada paciente, pode ser discutido em termos da biomecâ-
nica. Ao se planejar uma prótese parcial removível, com foco 
no objetivo de se promover e manter as próteses estáveis, é 
essencial que se considerem os princípios básicos de biomecâ-
nica associados às características únicas de cada boca. A higiene 
oral e os procedimentos de manutenção da prótese apropriados 
são necessários para o benefíciocontínuo dos princípios bio-
mecânicos otimizados.
As próteses parciais removíveis, pelo desenho, são planejadas 
para serem instaladas e removidas da boca. Por causa disso, 
elas não podem ser conectadas rigidamente aos dentes ou 
tecidos. Isto faz com que estas próteses sejam passíveis de se 
movimentarem em resposta às cargas funcionais, como 
aquelas criadas pela mastigação. É importante para os clínicos 
que oferecem próteses removíveis entender os movimentos 
possíveis em resposta à função e ser capaz de desenhar logi-
camente os componentes da prótese parcial removível para 
auxiliar no controle desses movimentos. Como isto é conse-
guido de uma maneira lógica, pode não ser claro para um 
clínico principiante neste exercício. Um método para auxiliar 
a organizar o pensamento do desenho é considerá-lo um 
exercício de criação de soluções.
O desenho de uma prótese parcial removível pode ser 
considerado semelhante ao projeto clássico e multifacetado 
da engenharia convencional, que é caracterizado por ser 
aberto e não estruturado. Ser aberto significa que os pro-
blemas possuem tipicamente mais de uma solução, e não 
estruturado quer dizer que as soluções não são resultado de 
fórmulas matemáticas padronizadas utilizadas de alguma 
maneira estruturada. O processo de desenho, que é uma série 
de etapas que conduzem à solução de um problema, inclui 
identificação da necessidade, definição do problema, estabe-
lecimento dos objetivos do projeto, pesquisa pelas informa-
ções e dados de experiências anteriores, desenvolvimento de 
um fundamento para o desenho, elaboração e avaliação de 
soluções alternativas e a promoção da solução (p. ex., pro-
cesso de tomada de decisão e comunicação das soluções) 
(Quadro 4-1).
A base para o desenho deve ser desenvolvida logicamente a 
partir da análise da condição bucal específica de cada paciente 
sob consideração. Entretanto, é possível que “soluções” com 
desenhos alternativos possam ser aplicadas, e é a avaliação da 
percepção do mérito desses vários desenhos que parece ser mais 
confusa para os cirurgiões-dentistas.
As considerações biomecânicas a seguir oferecem uma con-
textualização relacionada aos princípios destes movimentos 
potenciais associados às próteses parciais removíveis, e os capí-
tulos subsequentes abordando os vários componentes descre-
vem como estes componentes são aplicados no projeto para 
controlar os movimentos resultantes das próteses.
Como Maxfield afirmou: “A observação comum identifica 
claramente que a capacidade das coisas vivas de tolerarem as 
forças é fortemente dependente da magnitude ou intensidade 
da força.” As estruturas de suporte das próteses parciais remo-
víveis (dentes pilares e rebordos residuais) são coisas vivas que 
estão sujeitas a forças. A capacidade das estruturas de suporte 
de resistirem às forças depende de (1) que força típica necessita 
de resistência, (2) qual a duração e a intensidade dessas forças, 
(3) qual a capacidade que o dente e/ou a mucosa tem de resistir 
a essas forças, (4) como a utilização do material influencia esta 
resistência dente-tecido e (5) se a resistência se altera com o 
tempo.
A consideração das forças inerentes à cavidade bucal é 
crítica. Isto inclui direção, duração, frequência e magnitude da 
força. Em uma análise final, é o osso que oferece o suporte para 
a prótese removível (p. ex., o osso alveolar por meio do liga-
mento periodontal e o rebordo residual através do tecido mole 
de cobertura). Se as forças potencialmente destrutivas puderem 
ser minimizadas, então as tolerâncias fisiológicas das estruturas 
de suporte não são excedidas e não vão ocorrer alterações pato-
lógicas. As forças possíveis de ocorrer com a função das próteses 
removíveis podem ser amplamente distribuídas e direcionadas 
e seus efeitos minimizados pelo desenho apropriado da prótese 
parcial removível. O projeto adequado inclui a seleção e loca-
lização dos componentes em conjunção com uma oclusão 
harmoniosa.
Inquestionavelmente, o desenho das próteses parciais remo-
víveis necessita de considerações mecânicas e biológicas. A 
maioria dos cirurgiões-dentistas é capaz de aplicar os princí-
pios mecânicos básicos de uma prótese parcial removível. Por 
exemplo, a tampa de uma lata de tinta pode ser removida mais 
facilmente com uma chave de fenda do que com uma moeda 
de 50 centavos. Quanto maior o cabo, menos esforço (força) se 
faz. Esta é uma simples aplicação da mecânica das alavancas. 
Pelo mesmo princípio, um sistema de alavancas representado 
pela extensão distal de uma prótese parcial removível pode 
aumentar a força da oclusão aplicada aos pilares terminais, o 
que pode ser indesejável.
Tylman afirma que: “Muito cuidado e reserva são essenciais 
quando é feita uma tentativa para se interpretar um fenômeno 
biológico inteiramente por cálculos matemáticos.” Entretanto, 
o entendimento de máquinas simples aplicado ao desenho de 
próteses parciais removíveis auxilia na conquista do objetivo 
de preservação das estruturas bucais. Sem tal entendimento, 
uma prótese parcial removível pode ser inadvertidamente dese-
nhada como uma máquina de destruição.
As máquinas podem ser classificadas em duas categorias 
gerais: simples ou complexas. Máquinas complexas são combi-
nações de várias máquinas simples. Os seis tipos de máquinas 
simples são a alavanca, a cunha, o parafuso, a roda e o eixo, as 
polias e o plano inclinado (Figura 4-1). Dentre as máquinas 
simples, a alavanca, a cunha e o plano inclinado devem ser 
evitados no desenho de próteses parciais removíveis.
Em sua forma mais simples, uma alavanca é uma barra 
rígida apoiada em algum lugar ao longo de seu comprimento. 
Ela pode estar repousando em um apoio ou pode estar supor-
tada por sua parte superior. O ponto de apoio é chamado de 
fulcro, e a alavanca pode se mover em torno do fulcro 
(Figura 4-2; Figura 6-6).
O movimento rotacional de um tipo de prótese parcial 
removível com base estendida, quando uma força é aplicada na 
sela protética, é ilustrado na Figura 4-3. Esta irá sofrer rotação 
em relação aos três planos cranianos devido às diferenças nas 
características do suporte dos dentes pilares e dos tecidos moles 
de cobertura do rebordo residual. Embora o movimento real da 
prótese possa ser pequeno, uma força de alavanca pode ser 
imposta ao dente pilar. Isto é especialmente prejudicial quando 
a manutenção da prótese é negligenciada. Três tipos de alavan-
cas são utilizados: primeira, segunda e terceira classe (Figura 
4-2). O potencial de um sistema de alavanca para aumentar 
uma força é ilustrado na Figura 4-4.
Um cantiléver, ou alavanca em balanço, é uma viga supor-
tada por uma extremidade que pode atuar como uma alavanca 
de primeira classe (Figura 4-5). O desenho em cantiléver deve 
ser evitado (Figura 4-6). Exemplos de outros desenhos de 
alavancas e sugestões para alternativas para minimizar ou 
evitar o seu potencial destrutivo são mostrados nas Figuras 4-7 
e 4-8. Os meios mais eficientes para resolver os efeitos poten-
ciais de uma alavanca são promover um elemento rígido na 
extremidade não apoiada e não possibilitar o movimento. Esta 
é a utilização mais benéfica dos implantes osseointegrados em 
conjunção com as próteses parciais removíveis (PPR) e deve 
ser aventada quando é muito pouca a capacidade de suporte 
da extensão distal.
Um dente é aparentemente mais capaz de tolerar forças 
direcionadas verticalmente do que forças não verticais, de 
torque ou horizontais. Esta característica é observada clinica-
mente, e parece ser razoável que mais fibras periodontais sejam 
ativadas para resistir à aplicação de forças verticais do que para 
resistir às forças não verticais (Figura 4-9).
Mais uma vez, uma extensão distal das próteses parciais 
removíveis rotaciona quando forças são aplicadas aos dentes 
artificiais ligados à sela da prótese. Como se pode admitir que 
essa rotação precisa criar forças predominantemente não ver-
ticais, a localização dos componentes de estabilização e reten-
ção emrelação ao eixo horizontal de rotação dos pilares se 
torna extremamente importante. Um dente pilar tolera melhor 
forças não verticais se as forças forem aplicadas o mais próximo 
possível do eixo de rotação horizontal do pilar (Figura 4-10). 
O contorno da superfície axial do dente pilar deve ser alterado 
para localizar os componentes do grampo mais favoravel-
mente em relação ao eixo horizontal de rotação do pilar 
(Figura 4-11).
Caso se presuma que os retentores diretos estão atuando para 
minimizar o deslocamento vertical, o movimento rotacional 
ocorrerá em torno de algum eixo enquanto a sela ou selas de 
extensão distal se movem em direção (compressão), para 
longe (tração) ou horizontal (cisalhamento) ou sobre o tecido 
subjacente. Infelizmente, estes movimentos possíveis não 
ocorrem isoladamente ou de forma independente, porém 
tendem a ser dinâmicos e ocorrer todos ao mesmo tempo. O 
maior movimento possível é encontrado nas próteses dento-
mucosossuportadas devido à forma com que a extensão distal 
distribui as cargas mastigatórias entre o dente e a mucosa. O 
movimento da sela da extensão distal em direção aos tecidos 
da crista do rebordo proporciona a qualidade do tecido, a 
precisão e a extensão da sela da prótese e a carga funcional 
total aplicada. Uma revisão sobre o movimento rotacional de 
próteses que é possível em vários eixos na boca oferece algum 
entendimento de como os componentes da prótese parcial 
removível devem ser prescritos para controlar o movimento 
da prótese.
Um movimento é a rotação no eixo através dos pilares 
mais posteriores. Este eixo pode passar através dos apoios 
oclusais ou qualquer outra porção rígida de um retentor 
direto localizado mais oclusal ou incisal em relação aos pilares 
primários (Figuras 4-6 e 4-7). Este eixo, conhecido com 
linha de fulcro, é o centro de rotação quando a base da exten-
são distal se move em direção ao tecido de suporte (com-
pressão) durante a aplicação de uma carga oclusal. Este eixo 
de rotação pode mudar em direção a componentes instalados 
mais anteriormente, mais oclusais ou incisais à altura do 
contorno do pilar, quando a sela se afasta do tecido de suporte 
durante as forças de deslocamento verticais das próteses par-
ciais removíveis. Essas forças de deslocamento resultam da 
tração vertical dos alimentos entre as superfícies dos dentes, 
dos efeitos do movimento das bordas do tecido e da força da 
gravidade contra a prótese parcial removível superior. Se for 
presumido que os retentores diretos são funcionais e que os 
componentes de suporte anterior permanecem assentados, 
deve ocorrer a rotação, e não o deslocamento total. O movi-
mento vertical da sela da prótese em direção ao tecido é 
limitado pela mucosa do rebordo residual na proporção da 
qualidade do suporte deste tecido, da precisão da adaptação 
da sela da prótese e da quantidade total de força oclusal 
aplicada. O movimento da sela na direção oposta é limitado 
pela ação dos braços de retenção dos grampos nos pilares 
terminais e pela ação de estabilização dos conectores menores 
em conjunto com os elementos de suporte verticais assenta-
dos da infraestrutura anterior aos pilares terminais, agindo 
como retentores indiretos. Os retentores indiretos devem ser 
instalados o mais distante possível da extensão distal da sela, 
possibilitando a melhor alavanca possível contra a elevação 
da porção distal da prótese.
Um segundo movimento é a rotação sobre o eixo longitu-
dinal quando a sela da extensão distal se move em direção 
rotacional sobre o rebordo residual (Figura 4-3). Este movi-
mento é limitado, primeiramente, pela rigidez dos conectores 
maiores e menores e por sua habilidade de resistir ao torque. 
Se os conectores não forem rígidos, ou se existir um rompe- 
forças entre a extensão distal e o conector maior, esta rotação 
sobre o eixo longitudinal aplica tensões indevidas nas laterais 
do rebordo remanescente ou causa a mudança horizontal da 
sela da prótese.
Um terceiro movimento é a rotação sobre um eixo vertical 
imaginário próximo ao centro do arco dental (Figura 4-4). Este 
movimento ocorre durante a função porque as forças oclusais 
diagonais e horizontais são exercidas na prótese parcial. É limi-
tada pelos componentes de estabilização, tais como os braços 
de reciprocidade dos grampos e os conectores menores que 
estão em contato com as superfícies verticais dos dentes. Tais 
componentes de estabilização são essenciais para qualquer 
desenho de prótese parcial, independente do tipo de suporte e 
da retenção direta empregada. Os componentes estabilizadores 
no lado do arco agem como estabilizadores da prótese parcial 
contra forças horizontais aplicadas no lado oposto. É evidente 
que os conectores rígidos devem ser utilizados para tornar este 
efeito possível.
As forças horizontais sempre vão existir em algum grau 
devido às tensões laterais que ocorrem durante a mastigação, o 
bruxismo, o apertamento e outros hábitos do paciente. Essas 
forças são acentuadas pela falha na consideração da orientação 
do plano oclusal, da influência dos dentes mal-posicionados 
no arco e dos efeitos das relações anormais dos arcos. A fabri-
cação de uma oclusão que esteja em harmonia com a dentição 
oposta e que esteja livre de interferência lateral durante os 
movimentos excêntricos da mandíbula pode minimizar a mag-
nitude das tensões laterais. A quantidade de movimento hori-
zontal que ocorre na prótese parcial depende, portanto, da 
magnitude da força lateral que é aplicada e da eficiência dos 
componentes de estabilização.
Em uma prótese parcial removível dentossuportada, o 
movimento da base em direção ao rebordo edentado (ou 
desdentado) é prevenido principalmente pelos apoios nos 
dentes pilares e, em algum grau, por qualquer porção rígida 
da infraestrutura localizada mais oclusal em relação à altura 
do contorno. O movimento de afastamento do rebordo eden-
tado é impedido pela ação dos retentores diretos nos pilares 
que estiverem situados nas extremidades do espaço edentado 
e pelos componentes estabilizadores do conector menor 
rígido.
Portanto, o primeiro dos três movimentos possíveis pode 
ser controlado nas próteses dentossuportadas. O segundo 
movimento possível, que ocorre ao longo do eixo longitudinal, 
é impedido pelos componentes rígidos dos retentores diretos 
nos dentes pilares e pela capacidade dos conectores maiores de 
resistirem ao torque. Este movimento é muito menor nas 
próteses dentossuportadas por causa da presença de dentes 
pilares posteriores. O terceiro movimento possível ocorre em 
todas as próteses parciais removíveis. Portanto, os componen-
tes estabilizadores contra o movimento horizontal devem ser 
incorporados em todos os desenhos de próteses parciais 
removíveis.
Em próteses capazes de movimentação nos três planos, os 
apoios oclusais devem promover suporte oclusal apenas para 
resistir ao movimento de intrusão contra os tecidos. Todos os 
outros movimentos da prótese parcial devem ser limitados 
pelos outros componentes que não os apoios oclusais. A 
entrada do apoio oclusal na função de estabilização pode resul-
tar em transferência direta de torque ao dente pilar. Como os 
movimentos em torno dos três diferentes eixos são possíveis 
em uma prótese parcial com extensão distal, um apoio oclusal 
para tais próteses não deve ter paredes verticais íngremes ou 
retenção do tipo cauda de andorinha. O desenho do apoio é 
caracterizado pela falta de movimento livre, que pode causar 
forças horizontais e de torque aplicadas intracoronariamente 
ao dente pilar.
Em próteses dentossuportadas, os únicos movimentos de 
alguma significância são o horizontal, e estes podem ser 
limitados pelos efeitos estabilizadores dos componentes ins-
talados nas superfícies axiais dos pilares. Portanto, em pró-
teses dentossuportadas, a utilização de apoios intracoronários 
é possibilitada. Nestes casos, os apoios promovem não apenas 
o suporte oclusal, mas também estabilização horizontal 
notável.
Em contraste,todas as próteses parciais Classes I e II, que têm 
uma ou duas selas em extremidades distais, não são totalmente 
suportadas pelos dentes. Tampouco estas têm retenção com-
pletamente limitada aos pilares. Qualquer prótese parcial extensa 
de Classe III ou IV que não tenha suporte adequado dos pilares 
recai nesta mesma categoria. Estas últimas próteses podem obter 
algum suporte do rebordo edentado e, portanto, podem ter 
suporte composto pelo dente e pelos tecidos do rebordo.
Semelhante ao processo de se considerar como um dente é mais 
bem utilizado no desenho de uma PPR para controlar os movi-
mentos da prótese, a utilização de um implante deve ser direcio-
nada para o controle de movimento mais benéfico. Enquanto os 
possíveis papéis da utilização dos implantes incluem todos os três 
princípios desejáveis demonstrados pelas próteses – suporte, esta-
bilidade e retenção –, a principal demanda funcional é imposta pela 
mastigação, e, portanto, o maior benefício da utilização dos implan-
tes envolve a limitação da instabilidade pela melhoria do suporte.
Neste contexto, como se considera que os implantes aumen-
tam o desenho da PPR e não proporcionam apoio para uma 
prótese fixa, outros benefícios para o paciente são o custo redu-
zido e morbidade cirúrgica menor. Por ser o custo normalmente 
uma das considerações principais quando se escolhe entre os 
diferentes tipos de próteses, e como o uso de uma PPR promove 
uma vantagem distinta no custo, a seleção da posição mais van-
tajosa do(s) implante(s) baseada no desenho é o objetivo princi-
pal a ser considerado. A minimização da rotação sobre o eixo em 
uma Classe I ou II de Kennedy, ou qualquer modificação com 
espaço protético grande, é importante para se considerar.
Os componentes de uma prótese removível típica estão ilus-
trados na Figura 5-1
1. Conectores maiores
2. Conectores menores
3. Apoios
4. Retentores diretos
5. Componentes de reciprocidade e estabilização (parte do 
retentor direto)
6. Retentores indiretos (se a prótese removível tem uma ou 
mais extremidades livres)
7. Uma ou mais bases, que dão suporte a um ou mais dentes 
artificiais (Figura 5-1)
Quando uma prótese removível é utilizada, esta deve se 
estender aos dois lados da arcada. Isto torna possível que as 
forças funcionais da oclusão sejam transferidas da base da 
prótese para todos os tecidos e dentes de suporte envolvidos 
no arco, resultando em uma estabilidade excelente. É por meio 
deste contato com os dentes contralaterais da arcada, que 
ocorre a alguma distância da força funcional, que a resistência 
ótima pode ser alcançada. Esta condição é mais efetivamente 
alcançada quando um conector maior rígido une a porção da 
prótese que está recebendo a função a regiões selecionadas em 
toda a arcada.
As funções primordiais de um conector maior incluem união 
das partes maiores da prótese, distribuição da força aplicada 
através do arco para os dentes selecionados e tecidos e a mini-
mização do torque aos dentes. Um conector maior rígido bem 
desenhado efetivamente distribui as forças pela arcada e atua 
reduzindo as cargas em todas as partes enquanto controla o 
movimento da prótese de forma eficiente.
O princípio da alavanca está relacionado com este compo-
nente da prótese. Um conector maior rígido vai limitar as pos-
sibilidades de movimento atuando como uma alavanca de 
oposição. Este fenômeno é conhecido como estabilidade cruzada 
no arco. Esta estabilidade se torna ainda mais importante em 
situações associadas a grandes possibilidades de movimento da 
prótese (p. ex., próteses de extremidade livre).
Neste capítulo, os conectores maiores e menores serão con-
siderados separadamente quanto à sua função, localização e 
critérios de desenho. Outros componentes serão apresentados 
em seus capítulos específicos
O conector maior é a parte da prótese parcial que conecta as 
partes da prótese localizadas em um lado da arcada com aquelas 
do outro lado. É aquela parte da prótese parcial pela qual todas 
as outras partes estarão direta ou indiretamente ligadas. Este 
componente também fornece estabilidade cruzada no arco e 
contribui para evitar o deslocamento provocado por tensões 
funcionais.
O conector maior pode ser comparado a um chassi de 
carro ou à fundação de um prédio. É através do conector 
maior que os outros componentes da prótese parcial são 
unidos e eficientes. Se o conector maior fosse flexível, a ine-
ficácia dos componentes comprometeria as estruturas orais e 
prejudicaria o conforto do paciente. A falha do conector 
maior em promover a rigidez desejada pode se manifestar 
como traumas ao periodonto de sustentação dos pilares, 
injúria ao rebordo remanescente ou em impactos sobre os 
tecidos subjacentes. É responsabilidade do dentista garantir 
que o desenho e a fabricação adequada do conector maior 
sejam adequados.
Os conectores maiores devem ser desenhados e localizados com 
as seguintes diretrizes em mente:
1. Devem estar livres de tecidos móveis.
2. Qualquer choque com os tecidos gengivais deve ser 
evitado.
A B
C
3. Proeminências ósseas e de tecido mole devem ser evitadas 
durante a inserção e remoção.
4. Deve ser feito um alívio para prevenir o seu assentamento 
em áreas de possível interferência, como um tórus inoperável 
ou uma junção palatina mediana elevada.
5. Conectores maiores devem ser situados ou aliviados de 
maneira a evitar choques com os tecidos quando da rotação 
funcional da base da prótese numa extremidade livre.
O alívio adequado sob o conector maior evita a necessidade 
de um ajuste posteriormente à ocorrência de injúria aos tecidos. 
Além do desperdício de tempo, o desgaste para fornecer o alívio 
necessário para evitar choques pode enfraquecer seriamente o 
conector maior, resultando em flexibilidade ou, possivelmente, 
em fratura. Os conectores maiores devem ser cuidadosamente 
desenhados visando à forma, espessura e localização corretas. 
Abreviar estas dimensões por desgaste só será prejudicial. O 
alívio é discutido no final deste capítulo e, mais amplamente, 
no Capítulo 11.
As margens dos conectores maiores adjacentes aos tecidos 
gengivais devem ser localizadas a uma distância tal que evite 
qualquer tipo de impacto. Para conseguir isto, é recomendável 
que a borda superior de uma barra lingual esteja a pelo menos 
4 mm abaixo da margem gengival (Figura 5-2). O fator limitante 
no arco inferior é a altura dos tecidos móveis no assoalho da boca. 
Uma vez que o conector precisa ter largura e volume suficientes 
para prover rigidez, uma placa lingual é comumente usada 
quando não há espaço suficiente para uma barra lingual.
No arco superior, uma vez que não existem tecidos móveis 
no palato como no assoalho da boca, as bordas dos conectores 
maiores podem ser posicionadas suficientemente distantes dos 
tecidos gengivais. Estruturalmente, os tecidos que recobrem o 
palato são bastante adequados para receber um conector, uma 
vez que o tecido conjuntivo da submucosa é firme e há uma 
irrigação sanguínea profunda. Porém, quando o tecido mole 
que recobre a porção mediana do palato é menos passível de 
deslocamento que os tecidos do restante do rebordo, uma 
quantidade variável de alívio sob os conectores precisa ser 
providenciada para evitar traumas aos tecidos. A quantidade 
de alívio necessário é diretamente proporcional à diferença 
entre a capacidade de deslocamento dos tecidos que recobrem 
a rafe palatina e aqueles tecidos sobre o rebordo remanescente. 
Os tecidos gengivais, por outro lado, precisam ter uma irrigação 
Padrão de formato
em meia-pera
da barra lingual
Padrão placa
lingual
4 mm
S
is
te
m
a
 m
é
tr
ic
o
4 mm
Arredondado
depois de fundido
em metal
Arredondado
depois de fundido
em metal
Grampo
contínuo
(cíngulo)
4 mm
Barra
sublingual
B
A
DC
sanguínea irrestrita para se manterem saudáveis. Por isto, é 
recomendável que as bordas do conector palatino sejam posi-
cionadas paralelas à margem gengival e, no mínimo, a 6 mm 
desta. Os conectores menores que precisamatravessar os 
tecidos gengivais devem fazê-lo abruptamente, unindo-se no 
conector maior próximo a um ângulo reto (Figura 5-3). Desta 
maneira, a maior liberdade possível aos tecidos gengivais estará 
assegurada.
Exceto pelo tórus palatino ou por uma rafe mediana proe-
minente, os conectores palatinos normalmente não requerem 
alívio, nem o alívio é desejável. O contato íntimo entre o conec-
tor e os tecidos de suporte contribui muito para a retenção, 
estabilidade e suporte da prótese. Exceto pelas áreas gengivais, 
o contato em todos os outros pontos do palato não é por si só 
prejudicial à saúde dos tecidos, se sustentados por apoios nos 
dentes que evitem movimentos danosos.
Uma barra palatina anterior ou a borda anterior de uma 
placa palatina também devem ficar o mais distante posterior-
mente possível para evitar qualquer interferência na língua na 
área das rugosidades. Deve ser uniformemente fina e sua borda 
anterior deve seguir os contornos entre as cristas das rugosida-
des. Portanto, a borda anterior destes conectores maiores terá 
um contorno irregular na medida em que seguir os vales entre 
as rugosidades. A língua pode então passar da proeminência 
de uma rugosidade para outra sem encontrar a borda da prótese 
entre elas. Quando a borda de um conector precisar atravessar 
a crista de uma rugosidade, isto deve ser feito de maneira 
abrupta, evitando a crista na medida do possível. O limite pos-
terior do conector maior na maxila deve ficar um pouco aquém 
do limite entre o palato duro-palato mole. Uma regra útil, 
aplicada aos conectores maiores e às próteses parciais de um 
modo geral, é tentar evitar acrescentar qualquer volume da 
armação da prótese a uma superfície já convexa.
As características dos conectores que contribuem para a 
manutenção da saúde bucal e do bem-estar do paciente podem 
ser enumeradas como no Quadro 5-1.
Os seis tipos de conectores maiores inferiores são:
1. Barra lingual (Figura 5-4, A)
2. Placa lingual (Figura 5-4, B)
3. Barra sublingual (Figura 5-4, C)
4. Barra lingual com grampo contínuo (barra contínua) (Figura 
5-4, D)
5. Grampo contínuo (barra contínua) (Figura 5-4, E)
6. Barra vestibular (Figura 5-4, F)
A barra lingual e a placa lingual são os conectores maiores 
frequentemente mais utilizados em próteses parciais removíveis 
inferiores.
Barra Lingual
A forma básica do conector maior inferior é a de uma meia pera. 
Ele está localizado acima dos tecidos moles, porém o mais dis-
tante possível dos tecidos gengivais. Normalmente é confeccio-
nado de cera calibre 6, com secção de meia pera, reforçada ou 
em padrão de plástico similar (Figura 5-5).
O conector maior precisa ser esculpido de modo a não apre-
sentar margens afiadas para a língua nem causar irritação ou 
incômodo em função de um perfil angulado. A borda superior 
de um conector maior tipo barra lingual deve ser angulada, deve 
ir se afilando gradualmente em direção aos tecidos gengivais, 
com o seu maior volume na borda inferior, resultando no con-
torno em meia pera. Os padrões de barra lingual, tanto de cera 
como de plástico, devem ser confeccionados nesta forma con-
vencional. Porém, a borda inferior da barra lingual deve ser 
ligeiramente arredondada quando a armação for polida. Uma 
borda arredondada não irá traumatizar os tecidos linguais 
quando as bases da prótese rotacionarem para baixo sob a ação 
de cargas oclusais. Frequentemente, é necessário um volume 
adicional para garantir a rigidez adequada, especialmente 
quando a barra é longa ou é utilizada quando uma liga menos 
rígida. Isto é obtido colocando-se uma lâmina de cera calibre 
6 mm
6 mm
24 sobre o padrão pré-fabricado em vez de se alterar o formato 
original de meia pera.
A borda inferior de um conector maior lingual inferior 
deve ser situada de modo a não encontrar com os tecidos do 
assoalho da boca na medida em que estes mudam de altura 
durante as atividades normais de mastigação, deglutição, fala, 
lamber os lábios e assim por diante. Contudo, ao mesmo 
tempo, parece lógico localizar a borda inferior destes conecto-
res o mais baixo possível para evitar interferências na língua 
em repouso e o acúmulo de restos alimentares. Ademais, 
quanto mais para baixo puder ser situada a barra lingual, mais 
distante a parte superior da barra poderá ficar dos sulcos gen-
givais linguais dos dentes adjacentes, evitando assim traumas 
ao tecido gengival.
Existem pelo menos dois métodos clinicamente aceitáveis 
para determinar a altura relativa do assoalho da boca e localizar 
A B
C D
E F
Alívio
o limite para a borda inferior do conector maior inferior lingual. 
O primeiro método é o de medir a altura do assoalho com uma 
sonda periodontal tendo como referência as margens gengivais 
dos dentes adjacentes (Figura 5-6). Durante esta medida, a 
ponta da língua do paciente deve estar tocando ligeiramente a 
borda do vermelhão do lábio superior. A tomada destes valores 
possibilita sua transferência para modelos tanto de diagnóstico 
como de trabalho, assegurando uma indicação útil para a borda 
inferior do conector maior. O segundo método é usar uma 
moldeira individual cuja borda lingual seja cerca de 3 mm 
aquém do assoalho da boca na posição elevada e em seguida 
fazer uma moldagem com um material de moldagem que pos-
sibilite o registro da altura do assoalho quando o paciente 
lamber os lábios. A borda inferior do conector maior bem pla-
nejado pode então ser localizada na altura do sulco lingual do 
modelo resultante desta moldagem. Dos dois métodos, obser-
vamos que a medida da altura do assoalho da boca é menos 
variável e mais aceitável clinicamente.
Placa Lingual
Se o espaço retangular é circunscrito pela barra lingual, os con-
tatos dos dentes anteriores, os cíngulos e os conectores menores 
estão neste espaço, e então a indicação é uma placa lingual 
(Figura 5-7).
Uma placa lingual deve ser confeccionada o mais fino quanto 
tecnicamente possível e deve ser contornada de maneira a seguir 
os contornos dos dentes e das ameias interproximais (Figura 5-8). 
O paciente deve estar ciente de que será adicionado o menor 
volume e menos alterações de contorno possíveis. A borda 
superior deve seguir a curvatura natural das superfícies acima 
dos cíngulos dos dentes e não deve se situar acima do terço 
médio da superfície lingual, exceto para recobrir espaços inter-
proximais até o ponto de contato. O formato da borda inferior 
deve ser o mesmo em meia pera da barra lingual, para dar 
volume e rigidez. Todos os sulcos gengivais e ameias profundas 
devem ser bloqueados paralelamente à via de inserção para 
evitar irritação gengival ou qualquer esmagamento entre os 
A
D
B
C
dentes. Em muitos casos, um recontorno criterioso das super-
fícies proximais linguais de dentes anteriores apinhados possi-
bilita uma adaptação melhor da placa lingual, eliminando o que 
de outra forma seriam ameias interproximais profundas a serem 
recobertas (Figura 5-9).
A placa lingual não serve, por si só, como um retentor 
indireto. Quando uma retenção indireta for necessária, apoios 
bem definidos precisam ser confeccionados para esta finali-
dade. Tanto a placa lingual como a grampo contínuo, ideal-
mente, devem ter um apoio terminal de cada lado, independente 
da necessidade de retenção indireta. Mas quando são necessá-
rios retentores indiretos, estes apoios podem servir também 
como apoios terminais para a placa lingual ou para o grampo 
contínuo.
Uma vez que nenhum componente da prótese parcial remo-
vível deve ser acrescentado arbitrariamente, cada componente 
deve ter uma função claramente definida. As indicações para 
utilização de uma placa lingual podem ser listadas como segue:
1. Quando o freio lingual for alto ou o espaço disponível para 
uma barra lingual for limitado. Em qualquer destes casos, a 
borda superior da barra lingual teria que ser posicionada 
muito próxima dos tecidos gengivais. Uma irritação só 
poderia ser evitada com um alívio generoso, que, além de ser 
incômodo para a língua, também iriapossibilitar o aprisio-
namento de alimentos. Quando a medida clínica a partir das 
margens gengivais livres até assoalho levemente elevado do 
fundo da cavidade bucal for menor que 8 mm, deve ser indi-
cada uma placa lingual em vez de uma barra lingual. O uso 
de uma placa lingual possibilita um posicionamento mais 
superior da borda inferior sem que ocorra irritação da língua 
ou dos tecidos gengivais e sem comprometer a rigidez.
2. Nos casos Classe I nos quais o rebordo remanescente sofreu 
reabsorção vertical excessiva. Rebordos achatados oferecem 
pouca resistência às tendências de rotação horizontal da 
prótese. Os dentes remanescentes devem ser passíveis de 
resistir a esta rotação. Uma placa lingual bem desenhada 
envolve os dentes remanescentes para evitar rotações 
horizontais.
3. Para estabilização de dentes periodontalmente comprometi-
dos, a contenção com uma placa lingual pode ser útil quando 
se faz uso de apoios bem delimitados e de dentes adjacentes 
saudáveis. Como discutido anteriormente, pode ser usado um 
grampo contínuo para alcançar este mesmo propósito, uma 
vez que este é equivalente à borda superior de uma placa 
lingual, mas sem o recobrimento gengival. Um grampo con-
tínuo oferece estabilização entre outras das vantagens da placa 
lingual. Entretanto, frequentemente é mais ofensivo à língua 
do paciente e certamente tem maior tendência a acumular 
alimentos que o recobrimento promovido pela placa lingual.
4. Quando uma futura substituição de um ou mais incisivos 
for facilitada pelo acréscimo de alças de retenção à placa 
lingual existente. Incisivos inferiores periodontalmente com-
prometidos podem ser mantidos com condição de futuras 
perdas e futuras adaptações.
As mesmas razões para se indicar o uso de uma placa lingual 
anterior se aplicam ao seu emprego em outras partes do arco 
inferior. Se uma barra lingual está indicada na região anterior, 
não há razão para se utilizar o recobrimento gengival em outro 
local. Porém, quando uma contenção auxiliar for usada para 
estabilização dos dentes remanescentes, ou para a estabilização 
horizontal da prótese, ou ambos, pequenos espaços retangulares 
por vezes persistem. A resposta tecidual a estes pequenos espaços 
é melhor quando estes são fechados por um recobrimento do 
que quando são deixados abertos. Geralmente isto é indicado 
para evitar irritação gengival, aprisionamento de restos alimen-
tares ou para recobrir áreas que receberam grandes alívios que 
seriam irritantes para a língua (Figura 5-10).
Algumas vezes, o dentista se depara com uma situação clínica 
em que uma placa lingual é indicada como o conector maior de 
escolha mesmo quando os dentes anteriores estão bastante 
espaçados, mas o paciente se opõe categoricamente à presença 
de qualquer metal aparente através dos espaços interdentais. 
Ainda assim, uma placa lingual pode ser confeccionada sem que 
um grande volume de metal fique aparente entre os dentes 
anteriores espaçados (Figura 5-11) e sem que a rigidez do 
conector maior seja muito alterada; porém, este desenho pode 
reter restos alimentares tanto quanto um conector maior tipo 
grampo contínuo.
Desenho de Conectores Maiores Mandibulares
A seguinte abordagem sistemática para o desenho de um conec-
tor maior do tipo barra lingual e placa lingual pode ser aplicada 
nos modelos de estudo depois de se considerar os dados de 
diagnóstico e relacioná-los aos princípios básicos de desenho de 
um conector maior:
1° passo: Delimitar as áreas basais de suporte no modelo de 
estudo (Figura 5-12, A)
2° passo: Delimitar a borda inferior do conector maior (Figura 
5-12, B)
3° passo: Delimitar a borda superior do conector maior (Figura 
5-12, C)
4˚ passo: Unir as áreas basais de suporte com o conector maior 
e adicionar os conectores menores para reter o material da 
base da prótese de resina acrílica (Figura 5-12, D)
Alívio
Barra Sublingual
Uma modificação da barra lingual que tem sido de grande 
utilidade quando a altura do assoalho da boca não possibilita 
o posicionamento do limite superior da barra lingual a pelo 
menos uma distância de 4 mm da margem gengival livre é a 
barra sublingual. O formato da barra permanece essencial-
mente o mesmo que o de uma barra lingual, mas a sua 
localização é inferior e posterior à posição normal da barra 
lingual, situando-se sobre e paralelamente à porção anterior 
do assoalho da boca. Geralmente se aceita o uso de uma 
barra sublingual no lugar de uma placa lingual se o freio 
lingual não interferir na prótese ou na presença de uma área 
retentiva lingual que iria requerer a confecção de um blo-
queio considerável para uma barra lingual convencional. As 
contraindicações incluem a presença de tórus lingual inter-
ferente, a inserção alta do freio lingual e a interferência em 
um assoalho de boca com alta elevação durante os movi-
mentos funcionais.
Grampo Contínuo (Barra Contínua)
Quando uma placa lingual for o conector maior de escolha, 
mas o alinhamento axial dos dentes anteriores for tal que 
exija um bloqueio excessivo dos espaços interproximais, um 
grampo contínuo pode ser indicado. Um grampo contínuo 
situado sobre ou ligeiramente acima dos cíngulos dos 
dentes anteriores pode ser adicionado à barra lingual ou 
pode ser utilizado independentemente (Figura 5-13). 
Ademais, quando ocorrem diastemas amplos entre os 
dentes anteriores inferiores, um conector tipo grampo 
A B
DC
A B
 contínuo pode ser mais esteticamente aceitável que uma 
placa lingual.
Barra Vestibular
Felizmente, existem poucas situações em que a inclinação 
lingual dos pré-molares e incisivos é tão acentuada que impede 
o uso de uma barra lingual. Com um preparo de boca conser-
vador, utilizando recontornos e bloqueios, um conector lingual 
quase sempre pode ser utilizado. Dentes inclinados para 
lingual podem receber nova forma através de coroas. Embora 
a necessidade do uso de um conector maior vestibular seja rara, 
esta estratégia deve ser evitada, fazendo-se os preparos 
*Swing-Lock Inc, Milford, Texas
A B
 necessários na boca, em vez de se aceitar uma condição que, 
de outra maneira, poderia ser corrigível (Figura 5-14). O 
mesmo se aplica ao uso de uma barra vestibular quando um 
tórus mandibular interfere na colocação de uma barra lingual. 
A menos que uma cirurgia seja definitivamente contraindi-
cada, qualquer tórus mandibular deve ser removido para 
evitar o uso de um conector tipo barra vestibular.
Uma modificação em uma placa lingual é a barra vesti-
bular articulada.
Este conceito é aplicado no desenho tipo Swing Lock*, 
que consiste em uma barra vestibular unida ao conector 
maior por uma dobradiça de um lado e um fecho do outro 
(Figura 5-15).
O suporte é fornecido pelos apoios múltiplos sobre os 
dentes naturais remanescentes. A estabilidade e a reciproci-
dade são proporcionadas por uma placa lingual que faz 
contato com os dentes remanescentes e são reforçadas pela 
barra vestibular com suas barras retentivas. A retenção é 
proporcionada por braços retentivos tipo barra que se pro-
jetam das barras vestibulares em direção à zona retentiva das 
faces vestibulares dos dentes.
A aplicação do conceito Swing-Lock parece principalmente 
indicada quando estão presentes as seguintes condições:
1. Ausência de pilares estratégicos. Quando todos os dentes 
remanescentes presentes são utilizados para proporcionar 
retenção e estabilidade, a ausência de dentes pilares-chave 
(tais como caninos) pode não representar um problema 
tão sério para o tratamento quando se aplica este conceito 
quanto em desenhos mais convencionais (Figura 5-16)
2. Contorno dental desfavorável. Quando os contornos dos 
dentes presentes (não corrigíveis com restaurações ade-
quadas) ou a inclinação vestibular dos dentes anteriores 
é excessiva, de forma a impedir o desenho de grampos 
convencionais, os princípios básicos de desenho de pró-
teses parciais removíveis podem ser melhor aplicados 
com o conceito Swing-Lock.
Seis tipos básicos de conectores maiores para a maxila sãoconsiderados:
1. Cinta simples (Figura 5-17, A)
2. Cinta combinada anteroposterior (Figura 5-17, B)
3. Placa palatina (Figura 5-17, C)
4. Conector palatino em forma de U (Figura 5-17, D)
5. Barra palatina simples (Figura 5-17, E)
6. Barra palatina anteroposterior (Figura 5-17, F)
Quando for necessário que o conector palatino faça contato 
com os dentes por uma questão de suporte, então se deve prover 
um suporte dentário adequado. Este suporte é mais bem alcan-
çado quando se fazem apoios nos dentes pré-selecionados como 
pilares. Estes apoios devem estar localizados distantes o sufi-
ciente da inserção gengival para que seja possível atravessar o 
sulco gengival sem seu bloqueio. Ao mesmo tempo, devem ser 
suficientemente baixos em relação ao dente para evitar movi-
mentos desfavoráveis de alavanca e suficientemente baixos nos 
incisivos e caninos superiores para evitar interferência oclusal 
dos antagonistas.
Componentes dos conectores maiores que repousam sobre 
superfícies dentárias inclinadas e não preparadas podem resul-
tar em deslizamento da prótese, em movimento ortodôntico do 
dente ou em ambos. De qualquer maneira, o apoio nos tecidos 
gengivais é inevitável. Quando o suporte vertical oferecido pelos 
apoios não é suficiente, a saúde dos tecidos circundantes nor-
malmente fica comprometida. Da mesma maneira, as projeções 
interproximais dos conectores maiores que se posicionam no 
terço cervical dos dentes e nos tecidos gengivais que estrutural-
mente são incapazes de oferecer suporte podem causar trauma-
tismos. Para prevenir sequelas desta origem, deve ser garantido 
aos conectores maiores apoio em dentes, deve ser feito alívio em 
tecidos gengivais e/ou o conector deve ser posicionado distante 
o suficiente da margem gengival para evitar qualquer bloqueio 
possível à passagem normal de sangue ou acúmulo de restos de 
alimentos. Sempre que houver a necessidade de se atravessar a 
gengiva, deve-se fazê-lo de maneira abrupta e em ângulo reto 
do conector maior, sempre com o alívio adequado. A criação de 
formas anguladas, afinadas em qualquer parte do conector 
maior superior deve ser evitada e todas as bordas devem ser 
desenhadas afiladas em direção aos tecidos.
Cinta Simples
Uma prótese bilateral, dentossuportada, com extensão curta 
pode ser unida com eficiência por uma cinta simples e ampla, 
principalmente quando as áreas desdentadas estão localizadas 
posteriormente (Figura 5-18). Este conector pode ser confeccio-
nado rígido, sem um volume incômodo e sem interferir na 
língua, desde que a superfície da armação repouse sobre três 
planos. A rigidez adequada, sem volume excessivo, pode ser 
conseguida para a confecção de uma cinta simples pelo técnico 
protético utilizando um padrão de plástico calibre 22.
Em razão da ocorrência de torque e de movimentos de ala-
vanca, um conector maior tipo cinta simples não deve ser uti-
lizado para unir substituições anteriores com bases com 
extremidade livre distal. Para ser rígido o suficiente para resistir 
a forças de torque, bem como proporcionar o suporte vertical 
e a estabilização horizontal adequados, a cinta simples teria de 
ser inconvenientemente volumosa. Quando posicionado ante-
riormente, este volume se tornaria ainda mais incômodo para 
o paciente, uma vez que interferiria na fala.
Cinta Combinada Anteroposterior
Estruturalmente, este é o mais rígido dos conectores maiores 
palatinos. A cinta combinada anteroposterior pode ser usada 
em quase todos os desenhos de prótese parcial removível supe-
rior (Figura 5-19).
A cinta posterior deve ter uma forma achatada e deve ter 
pelo menos 8 mm de largura. Os conectores palatinos posterio-
res devem ser posicionados o mais posteriormente possível para 
evitar interferências na língua, mas anteriores à linha de junção 
entre os palatos duro e mole. A única condição que impede a 
sua indicação é a presença de um tórus maxilar inoperável que 
se estende posteriormente até o palato mole. Nesta situação, 
pode ser utilizado um amplo conector maior em U, como expli-
cado neste capítulo.
A resistência do desenho deste conector maior decorre do 
fato de que os componentes anteriores e posteriores estão 
unidos por conectores longitudinais em cada lado, formando 
um arcabouço quadrado ou retangular. Cada componente 
protege os demais contra possíveis torques e flexões. Movimen-
tos de flexão são praticamente inexistentes neste tipo de 
desenho.
O conector anterior pode ser estendido anteriormente para 
sustentar dentes em espaços protéticos anteriores. Desta maneira, 
3. Contorno desfavorável dos tecidos moles. Zonas retenti-
vas extensas no tecido mole frequentemente impedem o 
posicionamento adequado dos componentes de uma 
prótese parcial removível convencional ou de uma over-
denture. O conceito de barra vestibular articulada pode 
dar uma solução coadjuvante para acomodar estes con-
tornos desfavoráveis de tecido mole.
4. Dentes com prognóstico duvidoso. A possibilidade de 
perda de um dente pilar estratégico com prognóstico 
duvidoso afeta seriamente a retenção e a estabilidade de 
uma prótese convencional. Uma vez que todos os dentes 
remanescentes funcionam como suporte em uma prótese 
tipo Swing-Lock, aparentemente a perda de um dente não 
comprometeria a retenção e a estabilidade tão intensa-
mente. O uso de uma barra vestibular articulada pode 
resultar em um prognóstico mais satisfatório em algumas 
situações clínicas. Da mesma maneira que para todos os 
outros tipos de prótese removível, uma boa higiene oral, 
manutenção e controle periódicos bem como uma minu-
ciosa atenção aos detalhes do desenho são imprescindí-
veis para o êxito da aplicação deste conceito de 
tratamento.
As contraindicações ao uso de barra vestibular articulada 
são óbvias. A mais óbvia é uma higiene oral deficiente ou a 
falta de motivação no controle da placa pelo paciente. Outras 
contraindicações são a presença de um vestíbulo raso ou a 
inserção alta do freio labial. Qualquer um destes fatores 
impediria o posicionamento adequado dos componentes da 
prótese parcial removível tipo Swing-Lock.
um conector em “U” se torna mais rígido pelo acréscimo da 
barra horizontal posteriormente. Na ocorrência de um tórus 
maxilar, este pode ser circundado por este tipo de conector 
maior sem sacrifícios para a rigidez.
A combinação de conectores anteriores e posteriores pode 
ser utilizada em qualquer classe de Kennedy para arco parcial-
mente desdentado. Esta combinação é empregada mais frequen-
temente nas Classes II e IV, enquanto a cinta simples ampla é 
mais frequentemente empregada nos casos de Classe III. Nos 
casos de Classe I, a placa palatina ou o conector de recobrimento 
total são utilizados mais frequentemente, por razões que serão 
explicadas posteriormente neste capítulo. Todos os conectores 
maiores maxilares devem cruzar a linha mediana em ângulo 
reto, e não na diagonal. Isto por razões de simetria. A língua, 
por ser um órgão bilateral, aceitará mais facilmente componen-
tes dispostos simetricamente que aqueles dispostos sem simetria 
bilateral.
Placa Palatina
Na ausência de uma terminologia melhor, o nome placa pala-
tina é utilizado para designar qualquer recobrimento do palato 
que seja fino, amplo e contornado, usado como conector 
maior e abrangendo pelo menos metade do palato duro 
(Figura 5-20). As réplicas da anatomia palatina apresentam 
espessura e resistência uniformes, mesmo na presença de con-
tornos corrugados. Com o uso do polimento eletrolítico, a 
A B
DC
E F
uniformidade da espessura pode ser mantida e os contornos 
anatômicos do palato podem ser reproduzidos fielmente na 
prótese final.
O conector maior que faz uma réplica anatômica do palato 
tem várias vantagens sobre outros tipos de conectores maiores 
palatinos. Algumas das vantagens são as seguintes:
1. Torna possível a confecção de uma placa metálica uniforme-
mente fina que reproduz fielmente os contornos anatômicos 
do palato do próprio paciente. Em função da uniformidade 
de espessura, da sensaçãofamiliar para a língua do paciente 
e da condutividade térmica do metal, a placa palatina é mais 
rapidamente aceita pela língua e tecidos subjacentes que 
qualquer outro tipo de conector.
2. A anatomia corrugada da prótese com réplica anatômica 
soma rigidez à peça; tornando possível a confecção de uma 
peça mais fina e com rigidez adequada.
3. As irregularidades da superfície são intencionais e não aciden-
tais; assim, é necessário somente um polimento eletrolítico. 
Com isto, a espessura uniforme original do padrão de cera 
será mantida.
4. Em função do contato íntimo, a tensão superficial na inter-
face do metal com os tecidos subjacentes proporciona maior 
retenção para a prótese. A retenção precisa ser adequada 
A
B
para resistir à força de tração dos alimentos grudentos, à 
ação dos tecidos moles no entorno da borda da prótese, à 
força da gravidade, e a forças mais fortes, como ao tossir ou 
espirrar. Elas são todas superadas, até certo ponto, pela 
retenção da base em si. A retenção é proporcional à área total 
da base da prótese em contato com os tecidos de suporte. A 
quantidade de retenção direta e indireta necessária depen-
derá da quantidade de retenção proporcionada pela base da 
prótese.
A placa palatina pode ser usada em qualquer uma das três 
maneiras. Ela pode ser usada como uma placa de largura variá-
vel recobrindo a área entre duas ou mais áreas desdentadas, 
como uma placa completa ou parcial que se estende posterior-
mente até a junção dos palatos duro e mole (Figuras 5-21 e 
5-22), ou na forma de um conector maior palatino anterior com 
a possibilidade de extensão posterior da base da prótese com 
resina acrílica (Figura 5-23).
A placa palatina deve ficar localizada anteriormente à porção 
posterior da área de selamento palatino. Um selamento palatino 
posterior típico como no caso de próteses totais superiores 
não é necessário em uma prótese parcial superior em que se usa 
uma placa palatina em função da precisão e da estabilidade das 
placas metálicas fundidas.
Quando o último pilar em cada um dos lados de um arco 
Classe I é o canino ou o primeiro pré-molar, o recobrimento 
palatino completo é altamente aconselhável, principalmente 
quando os rebordos sofreram reabsorção vertical excessiva. Isto 
pode ser feito por uma das duas maneiras possíveis. O primeiro 
método é o de usar um palato totalmente metálico, estendido até 
o limite dos palatos duro e mole (Figura 5-22). O outro método 
seria o de usar um conector maior metálico anterior com dis-
positivos de retenção posteriores, para fixação de uma base de 
prótese de resina, que se estenderá posteriormente até o ponto 
anatômico anteriormente citado (Figura 5-23).
As várias vantagens do palato em metal sobre o de resina o 
torna preferível mesmo com um custo ligeiramente maior. Entre-
tanto, a placa de resina ou parcialmente metálica também pode 
ser usada satisfatoriamente quando se prevê a necessidade de 
reembasamento posterior ou quando o custo é um fator impor-
tante. A placa palatina total não é um conector que vem recebendo 
indicações universais, mas tem-se tornado bem aceita como o 
conector palatino para muitas próteses parciais removíveis supe-
riores. Em todas as circunstâncias, as partes que fazem contato 
com os dentes remanescentes precisam ter o suporte de nichos de 
apoio adequados. O dentista deve se familiarizar com o emprego 
das placas palatinas e, ao mesmo tempo, com suas limitações e 
vantagens, de modo a utilizá-la de forma inteligente e tirando da 
peça o melhor proveito.
Desenho de Conectores Maiores Maxilares
Em 1953, Blatterfein descreveu uma abordagem sistemática 
para o desenho de conectores maiores superiores. Seu método 
envolve cinco passos básicos e é certamente aplicável à maioria 
dos casos de prótese parcial removível superior. Com o modelo 
de estudo à mão e conhecendo o potencial de deslocamento dos 
tecidos, inclusive estes tecidos que recobrem a rafe mediana 
palatina, ele recomenda os passos básicos a seguir:
1° passo: Delimitar as áreas principais de suporte. As áreas prin-
cipais de suporte são aquelas que serão recobertas pela base 
da prótese (Figura 5-24, A e B)
2° passo: Delimitar as áreas que não são de suporte. As áreas que 
não são de suporte são os tecidos gengivais até 5 a 6 mm dos 
dentes remanescentes, as áreas de tecido duro na rafe mediana 
do palato (incluindo qualquer tórus) e os tecidos posteriores 
ao limite do palato duro com o palato mole (Figura 5-24, C)
A B
A B
C D
Conector Palatino em Forma de U
Tanto do ponto de vista do paciente como do ponto de vista 
mecânico, o conector palatino em “U” é o menos desejável dos 
conectores maiores para a maxila. Ele nunca deve ser empre-
gado arbitrariamente. Quando há a presença de um grande 
tórus palatino inoperável e, ocasionalmente, quando vários 
dentes anteriores precisarem ser substituídos, o conector pala-
tino em “U” terá de ser utilizado (Figura 5-25). Na maioria 
dos casos, porém, outros desenhos serão mais eficientes.
As principais objeções ao uso de um conector em “U” 
são as seguintes:
1. Falta de rigidez (quando comparado a outros desenhos) 
por possibilitar flexão lateral sob ação de forças oclusais 
e resultar em torque ou forças laterais diretas nos dentes 
pilares.
2. O desenho do conector falha em prover boas caracterís-
ticas de suporte e pode possibilitar trauma nos tecidos 
subjacentes a suas bordas palatinas quando submetidos a 
cargas oclusais.
3. O aumento do volume para aumentar a rigidez resulta 
em grande espessura em áreas que funcionam como um 
obstáculo para a língua.
Muitas próteses parciais removíveis superiores fracassam 
por nenhuma outra razão que não a flexibilidade do conec-
tor maior em “U” (Figura 5-26). Para ser rígido, o conector 
palatino em “U” precisa de volume onde a língua precisa de 
mais liberdade — a área das rugosidades palatinas. Sem 
3° passo: Delimitar as áreas de conector. Depois dos passos 1 e 
2, tem-se delimitada a área disponível para as partes do 
conector maior (Figura 5-24, C).
4° passo: Seleção do tipo de conector. A escolha do tipo de 
conector(es) está baseada em quatro fatores: conforto, 
rigidez, localização das bases da prótese e retenção indireta. 
Os conectores devem ter o menor volume possível e devem 
ser posicionados de modo a não interferir na língua durante 
a fala e a mastigação. Os conectores devem ter a maior rigidez 
possível para distribuir as forças bilateralmente. A cinta 
dupla é o tipo de conector maior que proporciona rigidez 
máxima sem ser volumoso e sem o recobrimento total dos 
tecidos. Muitas vezes, a escolha da cinta é limitada pela loca-
lização das áreas de rebordo remanescente. Quando as áreas 
desdentadas são localizadas anteriormente, o uso de uma 
única cinta posterior não é recomendável. Da mesma 
maneira, quando as áreas desdentadas estão presentes apenas 
posteriormente, o uso de apenas uma cinta anterior não é 
recomendável. A necessidade de retenção indireta influencia 
a delimitação do conector maior. Devem ser previstos pontos 
para que sejam posicionados retentores indiretos.
5° Passo. União. Depois da seleção do tipo de conector maior 
baseada nas considerações do 4° passo, as áreas da base da 
prótese e os conectores devem ser unidos (Figura 5-24, D).
As indicações para o uso do recobrimento total do palato 
foram discutidas anteriormente neste capítulo. Embora haja 
muita variação entre os conectores maiores palatinos, a com-
pleta compreensão de todos os fatores que influenciam seu 
desenho levará a seleção do melhor desenho para cada 
paciente.
volume suficiente, o desenho em “U” leva ao aumento da 
flexibilidade e movimento nas extremidades abertas. Nas 
próteses de extremidade livre distal, em que o suporte den-
tário posterior não existe, o movimento é especialmente per-
ceptível e traumático para o rebordo residual. Independente 
de quão bom for o suporte para a base no extremo livre ou 
quão harmoniosa seja a oclusão, sem um conector maior 
rígido o rebordo residualsofre.
Quanto mais amplo o recobrimento do conector maior 
em “U”, mais este irá parecer-se com o conector tipo placa 
palatina com suas várias vantagens. Mas quando utilizado 
como um desenho em “U” estreito, geralmente falta a rigidez 
necessária. Um conector em “U” pode ficar mais rígido com 
a utilização de múltiplos dentes de suporte por meio de 
nichos de apoio precisos. Porém, um erro comum no 
desenho do conector em “U” é a proximidade ou mesmo o 
contato direto com os tecidos gengivais. O princípio de que 
as bordas dos conectores maiores devem ou ser sustentadas 
por apoios sobre descansos preparados ou ser localizadas 
distante o suficiente dos tecidos gengivais já foi descrito 
anteriormente. A maioria dos conectores em “U” não 
obedece nem uma nem outra condição, resultando na irri-
tação gengival e trauma periodontal dos tecidos adjacentes 
aos dentes remanescentes.
Barra Palatina Simples
Para diferenciar uma barra de uma cinta palatina, um com-
ponente de conector com largura menor que 8 mm será 
considerado como uma barra neste livro. A barra palatina 
simples é talvez o mais amplamente utilizado e o menos 
lógico de todos os conectores maiores palatinos. É difícil 
dizer se é a barra ou o conector maior em forma de “U” o 
mais criticável dos conectores palatinos.
Para que a barra palatina simples tenha a rigidez neces-
sária para uma distribuição de forças entre os arcos é preciso 
ter um volume considerável, o que geralmente não é obser-
vado, infelizmente. Para que a barra palatina simples seja 
eficiente, ela deve ser suficientemente rígida para oferecer 
suporte e estabilidade cruzada no arco e ainda deve estar 
centralizada entre as duas metades da prótese. Mecanica-
mente, esta prática pode ser perfeitamente válida, mas, do 
ponto de vista do conforto do paciente e da alteração do 
contorno do palato, é altamente criticável.
Uma prótese removível feita com uma barra palatina 
simples frequentemente é muito fina e muito flexível ou 
muito volumosa e desconfortável para a língua do paciente. 
A decisão de usar uma barra palatina simples em lugar de 
uma cinta deve estar baseada no tamanho das áreas de apoio 
da prótese que estão sendo unidas e se apenas um conector 
localizado entre estas partes seria rígido o suficiente sem 
resultar em um volume inconveniente.
Barra Palatina Anteroposterior
Estruturalmente, esta combinação de conectores maiores 
apresenta muitas das desvantagens da barra palatina simples 
(Figura 5-27). Para ser suficientemente rígido e fornecer o 
suporte e a estabilidade necessários, este tipo de conector 
deve ser muito volumoso e pode interferir na função da 
língua.
Sulcagem do Modelo Superior
Sulcagem é o termo utilizado para a confecção de um risco 
raso no modelo superior de trabalho que delimita o conector 
maior palatino fora da área das rugosidades (Figura 5-28). 
Os objetivos da confecção deste sulco são os seguintes:
1. Transferir o desenho do conector maior para o modelo 
de revestimento (Figura 5-29, A e B)
2. Fornecer uma linha de término visível para a peça metá-
lica (Figura 5-30)
3. Assegurar o contato íntimo do conector maior com 
tecidos palatinos selecionados.
A sulcagem é facilmente executada utilizando-se um ins-
trumento apropriado, como uma espátula de escultura. 
Deve-se ter o cuidado de não criar um sulco que exceda 
0,5 mm em largura ou profundidade (Figura 5-31).
Os conectores menores são aqueles componentes que funcio-
nam como ligação entre o conector maior ou a base da prótese 
parcial removível e as demais partes da prótese, tais como 
grampos, retentores indiretos, apoios oclusais e apoios de 
cíngulo. Em muitos casos, o conector menor pode ser contínuo 
com outras partes da prótese. Por exemplo, um apoio oclusal 
num dos lados de uma placa lingual é em realidade o término 
de um conector menor, mesmo que este conector menor esteja 
contíguo com a placa lingual. Da mesma maneira, a parte da 
armação da base da prótese que sustenta o grampo e o apoio 
oclusal é um conector menor, que se une ao conector maior 
com o corpo do grampo propriamente dito. Estas partes da 
prótese parcial removível, por meio das quais as bases da prótese 
são mantidas, são conectores menores.
Além de unir as partes da prótese, o conector menor serve ainda 
a dois outros fins.
1. Transferir forças funcionais aos dentes pilares. Esta é uma 
função prótese-pilar dos conectores menores. As forças 
oclusais aplicadas sobre os dentes artificiais são transferidas 
por meio da base para os tecidos do rebordo residual subja-
cente se esta base é essencialmente mucossuportada. As 
forças oclusais aplicadas aos dentes artificiais são também 
transferidas para os dentes pilares por meio dos apoios olcu-
sais. São os conectores menores originados do conector 
maior rígido que fazem possível esta transferência de forças 
funcionais por todo o arco dentário.
2. Transferir o efeito dos retentores, apoios e componentes de 
estabilização para o resto da prótese. Esta é uma função 
pilar-prótese do conector menor. As forças aplicadas em uma 
região da prótese podem sofrer reação por outros compo-
nentes da prótese situados em outra região e posicionados 
para esta função. Um componente de estabilização num dos 
lados do arco pode ser adicionado para resistir a forças hori-
zontais originadas do lado oposto. Isto é possível somente 
por causa do efeito de transferência do conector menor, que 
sustenta este componente de estabilização e a rigidez do 
conector maior.
A B
Assim como o conector maior, o conector menor precisa ter 
volume suficiente para ser rígido; do contrário, a transferência 
de forças funcionais para os tecidos e dentes de suporte não será 
eficaz. Da mesma maneira, o volume do conector menor deve 
ser o menos incômodo possível.
Um conector menor que contata a superfície axial de um 
dente de suporte não deve estar situado sobre uma superfície 
convexa e sim ficar numa ameia (Figura 5-32), onde ficará 
menos perceptível pela língua. Ele deve estar adaptado à ameia 
interdental, passando verticalmente a partir do conector maior, 
de modo que a passagem pela gengiva seja abrupta e cubra o 
mínimo de tecido gengival possível. Ele deve ir aumentando a 
espessura conforme se aproxima da superfície lingual, afilando 
para a área de contato (Figura 5-33).
A parte mais profunda da ameia interdental deve ser blo-
queada para evitar interferência na colocação e remoção da 
prótese e para evitar qualquer efeito de cunha entre os dentes 
contatados.
A B
Foi proposta uma modificação dos conectores menores das 
próteses parciais removíveis convencionais. Esta aplicação foi 
sugerida apenas para o arco superior, com o conector menor 
localizado no centro da superfície palatina do dente pilar 
superior.
Foi sugerido que esta modificação reduza a quantidade de 
recobrimento dos tecidos gengivais, ofereça melhor guia para a 
remoção e inserção da prótese parcial e aumente a estabilização 
contra forças horizontais e rotacionais. Entretanto, em função 
da sua localização, esta variação no desenho poderia invadir 
o espaço da língua e criar um grande potencial para acúmulo 
de alimentos. A variação proposta deve ser utilizada com 
cuidado.
Quando um conector menor contata as superfícies dentais 
em qualquer um dos lados da ameia onde ele está inserido, ele 
deve ser afilado em direção aos dentes de modo que a língua 
encontre uma superfície lisa. Isto evita ângulos vivos, que podem 
impedir o movimento da língua, e elimina os espaços onde 
poderiam ficar retidos restos de alimentos (Figura 5-34).
É o conector menor que contata as superfícies dos planos- 
guia dos dentes suporte, quer como parte integrante do retentor 
direto, quer como uma entidade separada (Figura 5-33). Aqui 
o conector menor precisa ser suficientemente largo para que o 
plano-guia seja usado em sua plenitude. Quando dele surge um 
braço de grampo, o conector deve ser afilado em direção ao 
dente adjacente abaixo da origem do grampo. Se não há a 
 presença de um braçode grampo, como é o caso quando o 
grampo em barra se origina em outro ponto, o conector deve 
ser afilado em uma borda em lâmina, em todo o comprimento 
de sua extensão vestibular.
interdental, da mesma maneira que ficaria entre dois dentes 
naturais.
Como dito anteriormente, as partes da armação da 
prótese por meio das quais as bases de resina acrílica são 
fixadas são conectores menores. Este tipo de conector menor 
deve então ser desenhado de modo a ficar completamente 
inserido no volume da base da prótese.
As conexões destes conectores menores mandibulares 
com o conector maior devem ser junções resistentes, mas 
sem um volume apreciável (Figura 5-34). Os ângulos forma-
dos nestas junções entre os conectores não devem ser maiores 
que 90 graus, garantindo assim a forma de ligação mecânica 
mais vantajosa e sólida entre a resina acrílica da base da 
prótese e o conector maior.
Uma malha aberta ou com desenho do tipo escada é 
preferível e é convenientemente confeccionada utilizando-se 
tiras pré-conformadas de cera semicirculares calibre 12 e 
circulares calibre 18. O conector menor para a base da 
prótese inferior de extremidade livre deve se estender poste-
riormente cerca de dois terços do comprimento do rebordo 
desdentado e deve ter elementos tanto na superfície lingual 
como na superfície vestibular. Este arranjo não só acrescenta 
resistência à base da prótese, mas também pode minimizar 
as distorções da base polimerizada decorrentes das tensões 
inerentes ao processamento. O conector menor precisa ser 
planejado com cuidado de modo a não interferir na monta-
gem dos dentes artificiais (Figura 5-35).
Deve-se providenciar uma forma de fixar as moldeiras 
individualizadas de resina acrílica na armação inferior quando 
uma moldagem de correção está planejada no momento em 
que a ceroplastia da armação estiver sendo desenvolvida. Três 
conectores menores confeccionados como se fossem parte 
do conector menor da base da prótese servem bem para 
cumprir este objetivo. A menos que outra solução seme-
lhante seja encontrada, as moldeiras de resina podem se 
soltar ou afrouxar durante o procedimento de moldagem. 
Os conectores menores para bases de próteses superiores de 
extremidade livre devem ser estendidos por todo o compri-
mento do rebordo residual e devem ter um desenho tipo 
escada e alças (Figura 5-36).
Os apoios teciduais são parte integrante dos conectores 
menores e são desenhados para contribuir para a retenção 
das bases de resina acrílica. Eles fornecem estabilidade à 
armação da prótese durante os estágios de transferência e 
processamento e são particularmente úteis para evitar a 
distorção da armação durante os procedimentos de proces-
samento da resina acrílica. Os apoios teciduais podem ter a 
função de relacionar as vertentes lingual e vestibular do 
rebordo remanescente e assim contribuir para a estabilidade 
(Figura 5-37).
Os procedimentos de moldagem funcional muitas vezes 
requerem que os apoios teciduais sejam aumentados subse-
quentemente ao desenvolvimento do modelo funcional. Isto 
pode ser facilmente conseguido com o acréscimo de resina 
acrílica quimicamente ativada (Figura 5-38).
Quando um dente artificial for colocado contra um conector 
menor proximal, o maior volume deste conector deve ficar 
do lado lingual do dente suporte. Desta maneira, estará 
assegurado um volume suficiente com a menor interferência 
possível na montagem dos dentes artificiais. De modo ideal, 
o dente artificial deve contatar o dente suporte com apenas 
uma fina espessura de metal intervindo por vestibular. Por 
lingual, o volume do conector menor deve ficar na ameia 
Outra parte integrante do conector menor que retém a 
base da prótese de resina acrílica é semelhante a um apoio 
tecidual, mas tem uma função diferente. Esta parte é 
situada na distal do dente suporte terminal e é uma conti-
nuação do conector menor que contata o plano-guia. Sua 
finalidade é estabelecer um índice final de apoio em tecido 
para a base de resina acrílica depois do processamento 
(Figura 5-39).
A junção da linha de término com o conector maior deve 
ter um ângulo menor que 90°, ficando assim um tanto agudo 
(Figura 5-40). Claro que a extensão para a linha mediana do 
conector menor depende da extensão lateral do conector 
maior palatino. Pouca atenção é dada quanto à localização das 
linhas de término em muitos casos. Se a linha de término for 
situada muito medialmente, o contorno natural do palato será 
alterado pela espessura da junção e da resina acrílica que 
sustenta os dentes artificiais (Figura 5-41). Se, por outro 
lado, a linha de terminação for situada muito para vestibular, 
será muito difícil criar um contorno natural na resina acrí-
lica na superfície lingual dos dentes artificiais. A localização 
da linha de término na junção dos conectores maior e menor 
deve estar baseada na restauração da forma natural do palato, 
levando em consideração o posicionamento dos dentes 
artificiais.
Da mesma maneira, deve-se considerar a junção dos 
conectores menores e os braços de retenção do retentor 
direto tipo barra. Estas junções são do tipo junta de topo em 
90° e devem seguir as mesmas orientações para o contorno 
da base e o comprimento dos grampos.
A reação dos tecidos ao recobrimento metálico de uma prótese 
parcial removível tem sido alvo de significativa controvérsia, 
particularmente nas áreas de recobrimento da gengiva marginal 
e onde há o amplo contato do metal com os tecidos. Estas 
reações do tecido podem resultar de pressões causadas pela falta 
de suporte, falta de hábitos de higiene e contato prolongado 
resultante do uso contínuo da prótese.
Se o alívio sob os cruzamentos com a gengiva e outras áreas 
de contato com tecidos incapazes de sustentar a prótese for 
inadequado, então a pressão destes tecidos subjacentes é ine-
vitável. Um traumatismo ocorrerá da mesma maneira se a 
prótese se adaptar com a perda de suporte dentário ou de 
tecido. Isto pode ser causado pelo insucesso do descanso resul-
tante de um desenho inadequado, pela ocorrência de cárie, 
pela fratura do próprio apoio ou pela intrusão dos dentes de 
suporte sob as cargas oclusais. É fundamental manter o alívio 
adequado e o suporte suficiente tanto de dentes como de 
tecidos. A adaptação da prótese a situações em que houve 
perda dos tecidos de suporte pode resultar em pressão em 
outras partes do arco tais como sob conectores maiores. Esta 
adaptação precisa ser evitada ou corrigida se vier a se manifes-
tar. A pressão excessiva deve, portanto, ser evitada sempre que 
os tecidos orais forem recobertos ou atravessados por elemen-
tos da prótese removível.
A falta de higienização adequada pode resultar em reações 
do tecido provocadas pelo acúmulo de alimentos e bactérias. 
O recobrimento dos tecidos orais com próteses parciais que 
não são mantidas devidamente limpas é danoso a estes tecidos 
pelo acúmulo dos fatores irritantes. Isto tem levado a uma 
interpretação equivocada do efeito do recobrimento dos 
tecidos por peças protéticas. Uma preocupação adicional no 
que se refere à limpeza é a higiene dos tecidos subjacentes à 
área da prótese.
As duas primeiras causas que resultam em reação tecidual 
desagradável podem ser agravadas pelo tempo durante o qual 
a prótese é utilizada. Quanto mais tempo em posição, mais 
resposta tecidual irá acontecer. Está claro que a membrana 
mucosa não pode tolerar este constante contato com a prótese 
sem que ocorra uma inflamação e uma lesão à barreira epite-
lial. Alguns pacientes ficam tão habituados ao uso da prótese 
removível que negligenciam que deve ser feita uma remoção 
periódica para dar aos tecidos um descanso do contato cons-
tante. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de uma 
prótese removível com dentes anteriores, em que o indivíduo 
não possibilita que a prótese fique fora de sua boca senão na 
privacidade do banheiro durante a escovação. Acontece que os 
tecidos vivos não devem ser recobertos todo o tempo ou ocor-
rerão mudanças nestes

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