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CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha massaroni@uol.com.br INTRODUÇÃO À PPR - PPR NA REABILITAÇÃO ORAL Prótese parcial removível: Destinada a reabilitar arcos parcialmente desdentados, devolvendo as funções de estética, fonética, mastigação e conforto. Visam substituir/ repor elementos perdidos, como osso alveolar, gengiva e os dentes. Todo paciente que perdeu muito osso, muita gengiva, muitos dentes, já pode se pensar em prótese removível. Caminhos disponíveis na tentativa de reabilitar arcos parcialmente edentados: 1. Prótese sobre Implante (Acessibilidade econômica, condição sistêmica temporária – existem poucos empecilhos, sempre vai ser a primeira escolha) 2. Prótese Parcial Fixa (PPF) 3. Prótese Parcial Removível (PPR) Na escala de planejamento, essa é a sequência, se o paciente estiver sem dente, na questão de prótese. O sistema de suporte da PPR é constituído por elementos mecânicos e biológicos: Mecânicos (responsáveis por receber e transmitir as forças mastigatórias): apoios, selas, grampos de retenção, grampos de oposição, conectores maiores, conectores menores, dentes artificiais e retentores indiretos. Biológicos (têm a capacidade de transmitir as forças mastigatórias): fibromucosa, dentes pilares e rebordo residual da área desdentada, denominado espaço protético. Partes constituintes da PPR: Apoios (A), grampos de retenção (B), grampos de oposição (C), conector maior (D), sela e dentes artificiais (E) e conectores menores (F). Apoio: estrutura rígida que fica na oclusal dos dentes posteriores e nas incisais ou cíngulos dos anteriores. Tem como função transmitir as forças mastigatórias para o LE do dente e impedir o deslocamento da prótese no sentido ocluso-cervical. Evita que a sela afunde contra o tecido gengival. Geralmente, encontram-se associadas aos grampos e alojam-se sobre os nichos preparados nas superfícies dentais. mailto:massaroni@uol.com.br CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Grampos: elementos de estabilização da PPR, compostos por um braço de retenção e um de oposição. Conector maior: também chamado barra ou conexão, é rígido e une os elementos localizados de um lado a outro da arcada. Tem função de propiciar distribuição de forças pelo arco durante a ação mastigatória, permitindo correta condição de suporte, retenção e estabilidade. Conector menor: Elementos rígidos em forma triangular que se unem a barra (une os apoios e grampos à sela ou ao conector maior). Junto com os conectores maiores, estabilizam a prótese e direcionam a entrada e saída desta, funcionando como planos-guias e atuam na distribuição de forças. Sela: preenche o espaço protético, substituindo o osso alveolar perdido e servindo como base para fixar resina acrílica para montar os dentes artificiais, ou seja, serve de base para a montagem dos dentes artificiais. Tem função de preenchimento e transmissão da força mastigatória ao rebordo residual. Dentes artificiais: são os elementos artificiais da prótese utilizados para repor estética e funcionalmente os dentes perdidos. Em geral, os dentes de resina acrílica são os mais utilizados. Sequencia clínica PPR 1. Exame clínico 2. Moldagem preliminar 3. Analise do modelo/ delineamento 4. Preparo dentes 5. Moldagem de trabalho 6. Prova Infraestrutura 7. Prova da PPR em cera/ moldagem funcional 8. Instalação da PPR Indicações da PPR: 1. Extremidades livres uni ou bilaterais; 2. Grandes espaços protéticos; 3. Como meio de ferulização ou contenção de dentes com mobilidade (durante e após o tratamento periodontal); 4. Região anterior com reabsorção óssea extensa; 5. Como próteses temporárias/ reabilitações complexas; CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha 6. Espaços protéticos múltiplos. 1. Extremidades livres Extremo livre → falta de dentes posteriores, esse fator inviabiliza ponte fixa por exemplo Indicações: são indicadas para todos os tipos de arcos parcialmente desdentados, porém seu prognóstico varia de acordo com a distribuição e o número de dentes remanescentes no arco, a qualidade e a quantidade de fibromucosa e do osso alveolar e a extensão da área edêntula. Podem haver dúvidas quando se tratar de um aparelho de suporte unicamente via dental, porém a falta de pilar posterior decidirá o impasse. 2. Espações Edentados Extensos → PPR Dentossuportada Dentes limitando os espaços protéticos, porém sua extensão contra indica próteses parciais fixas (PPFs). Nesse caso a fibromusoca não participa da transmissão de forças. As forças mastigatórias incidem sobre a prótese e são transmitidas ao osso alveolar por meio dos apoios e dentes pilares. Como calcular se o espaço é muito grande para fazer ponte fixa? A maneira mais simples é entender o que é pilar e o que é pôntico Pôntico: dente ausente Pilar: dente de suporte Sempre tem que ter mais dentes pilares do que pônticos (número de pônticos versus o número de pilares). Polígono de Roy: Aonde estão os dentes pilares. Indica a utilização de pilares situados nos diferentes planos do arco dental para compor a prótese em questão e reduzir o efeito da mobilidade indesejada através da estabilização da prótese proporcionada por esta união. Distribuição Pontiforme e Linear: O dente suporte agirá como elemento de estabilização, não tendo a função de suporte ou retenção, por não apresentar condição quantitativa e qualitativa. Se tiver somente dois a três elementos presentes no arco dental não é indicado fazer prótese parcial removível, a indicação é exodontia. 4. Região anterior com reabsorção óssea extensa → PPR Dentomucossuportada 5. Próteses temporárias Parte de um tratamento reabilitador mais complexo. Exemplo: PPR definitiva usada de forma provisória, nos casos de enxerto Essas indicações são de 1999, porém o que é indicado hoje são as indicações: 1, 2, 4 e 5 Sendo as duas primeiras indicações as principais. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Fracassos em PPR PPR prejudica os dentes suportes? Quando não bem planejada e com execução inadequada, podem causar cáries, perda dentária, acúmulo de biofilme, retração gengival, perda estética, entre outros. Problemas: Apoios: Ausência de apoio oclusal causa reabsorção óssea, consequentemente perda de dente; Conectores: Ausência de conectores metálicos e apoio oclusal Apoios: Ausência de nichos (caixinha para encaixar o apoio) causa vestibularização do dente; Conectores: posicionamento incorreto do conector maior causa destruição periodontal. Fatores para o sucesso: 95% dos cirurgiões dentistas e técnicos estão negligenciando os princípios básicos e fundamentais das PPR’s. *Evitar técnica ATL Princípios fundamentais das PPRs Suporte; Retenção; Estabilidade; Reciprocidade; Passividade; Conforto. Pré requisitos: 1. Planejamento 2. Avaliação dentes remanescentes 1. Prótese provisória (só se tudo tiver resolvido) 2. Cirurgia 3. Periodontia 4. Endodontia 5. Dentística 6. PPR ou PPF PLANEJAMENTO INICIAL O que devemos visualizar na boca do paciente para decidir o tratamento, quais dentes serão mantidos, se vai ser indicado a PPR, ponte fixa... Planejamento Inicial → paciente desdentado parcial 1. Exame Clínico - Anamnese - Exame físico extra e intraoral - Exame radiográfico CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha - Análise dos modelos 2. Planejamento -Preparoda boca Anamnese O que interessa na anamnese para a prótese: História médica: Saber se o paciente tem problema de saúde (parkson, alzhaimer, higienização...) História odontológica: Porque procurou tratamento? Há quanto tempo e porque perdeu os dentes? Já usou ou usa prótese? Que tipo? O que você achava da sua antiga prótese? O que você espera do tratamento? Tipo de paciente: Receptivo Histérico Cético Indiferente Exame Clínico Extra Oral Alterações na face (PPR pode causar alteração da face e PT sempre causa); palpação muscular; linha de sorriso; forma da face. Exame Clínico Intra Oral Tecidos duros: Dentes: Inclinação, forma, número e distribuição, integridade (cárie / doença periodontal) - Inclinação: todo dente inclinado vai gerar uma mudança no desenho do grampo. Tratamento (ortodontia, ameloblastoma, restaurações com RC ou amalgama, coroas protéticas. - Forma: dentes conóides; sem área retentiva. Todo dente com formato cônico vai ter que ser feita uma restauração, desde que sejam pilares da PPR. - Número e distribuição: pontiforme, linear, em superfície. Quanto mais espalhados no arco estiverem os dentes, melhor o prognóstico (determinante para o prognóstico). Pontiforme: é um ponto, tem um ou dois elementos no arco. Exodontia ou prótese tipo total. Linear: todo mundo no mesmo eixo, mesmo lado. Só serve se quem sobrou for canino porque eles tem força ou molar. Sobrou incisivo, só fazer se tiver canino. Sobrou pre molar, só faz se tiver molar, e assim sucessivamente (o elemento que sobrou mais o elemento com capacidade de aguentar uma carga). Quando sobra uns dentes, mas eles tão só de um lado, a gente faz a ferulização (unir). Em superfície: distribuído no arco (o mais ideal), aproximando de um polígono, um quadrado (à alguma figura geométrica de maior estabilidade). Teoria do Roy – quanto CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha mais próxima estiver a distribuição de dentes de um polígono, melhor é o prognóstico. OBS: quando formos fazer uma coroa em um paciente, olhar se ele tem espaço vazio do lado, pois se for fazer uma PPR e o dente que for segurar a PPR vai ter que ter uma coroa diferente. - Integridade: Periodonto: sondagem; grau de mobilidade. - Sondagem: Profundidade de sulco máxima = 3mm; hipoplasia gengival; bolsa periodontal. Tem que fazer uma sondagem para saber se o paciente está tendo problema periodontal. Pacientes fumantes podem mascarar a sondagem, pois não tem sangramento. - Grau de mobilidade: Grau I; grau II; grau III. Deve-se dar atenção especial ao grau de mobilidade apresentado pelos dentes periodontalmente comprometidos. Mesmo se o dente estiver saudável, se tiver com mobilidade grau II, já tem que pensar em extrair ele. Tecidos Moles: Lábios: lesões como úlcera traumática (hábitos?), queilite angular (perda de DVO?) e aftas; tratamento seria o encaminhamento, aconselhamento, recuperação da DVO. Geralmente lesões que preocupam são aquelas que não melhoram com 15 dias. Mucosa jugal: lesões (líquen plano); linha alba (parafunção?). Palato: tratamento cirurgia, remoção do agente etiológico, medicamento. Assoalho de boca: lesões; tórus mandibulares; distância entre margem gengival e assoalho de boca. Língua: lesões (leucoplasias: traumas?); hipermobilidade; macroglossia. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Estomatite protética: inflamação e irritação causada pela prótese. Só remover ou trocar a prótese que resolve. Fluxo salivar Qualidade e quantidade: xerostomia; viscosidade; maior atividade cariogênica. Oclusal Oclusão: alterações no plano oclusal. Deve- se recuperar o plano oclusal (ajuste oclusal por desgaste seletivo, ortodontia ou efetivação de guias com resina composta). Sempre conferir a relação cêntrica (RC) quando se faz uma prótese, pois a RC é fisiológica e se a prótese estiver fora do plano pode gerar toque prematuro gerando modificação da fisiologia e o paciente desenvolve um hábito parafuncional Exame Radiográfico Suporte ósseo Relação coroa-raiz (1:1): Perda óssea, proporção coroa/raiz desfavorável. Tratamento endodôntico para redução da alavanca extra alveolar. Dentes inclusos e lesões intraósseas Morfologia radicular Maior ou menor implantação óssea; área de fulcro melhor localizada. Não lembro disso e nem sei porque esta ai CLASSIFICAÇÃO DOS REBORDOS Classificação dos edentados parciais: - Finalidade didática - Comunicação entre profissionais/ técnicos - Sistematização do desenho e do tamanho Tipos de classificações: ➔ Cummer, 1921; ➔ Kennedy, 1925; Questão de prova: O que é tecido mole e o que tem que avaliar na boca da pessoa? Palpação de musculatura, porque é importante? Nódulos; Bruxismo, hábitos parafuncionais (palpar o masseter). CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha ➔ Rumpel, 1927; ➔ Muller, 1930; ➔ Wild, 1933; ➔ Elbrecht, 1935. Via de transmissão das cargas mastigatórias ao tecido ósseo “Classificação funcional” (de interesse, pois serve para todos os tipos de prótese) 1.Próteses dentossuportadas Próteses parciais fixas (PPFs) e algumas PPRs (prognostico bom) 2.Próteses dentomucossuportadas Próteses parciais removíveis (PPRs) 3.Próteses mucossuportadas Prótese total (PT) Dentossuportada | Dentomucossuportada Classificação de Kennedy Baseada na posição dos espaços edentados em relação aos dentes remanescentes no arco: “Classificação topográfica” (por região que falta dente) Classe I → Desdentado posterior Bilateral (extremo livre) Classe II → Desdentado posterior Unilateral Classe III → Desdentado posterior Intercalar Classe IV → Desdentado anterior Intercalar Classes: algarismos romanos (I, II, III e IV) Modificações: algarismos arábicos (1, 2, 3, 4, etc.) A: Classe I B: Classe II C: Casse III D: Classe IV Outros espaços protéticos, além daquele que fundamenta a classificação, são chamados de modificações ou subdivisões. Cada espaço vazio é uma unidade. A: Classe I, modificação 1 B: Classe I, modificação 2 Regras de Applegate 1. Deve-se classificar, para planejamento, após a execução dos preparos bucais (adequação do meio bucal – periodontias, dentísticas, endodontia, tratamento de leões e cirurgias); 2. A região do 3º molar não deve ser considerado na classificação quando for utilizado na prótese; 3. o 2º molar, quando ausente e não necessário de reposição protética também não é considerado na classificação; Dentomucossuportados: I e II Dentossuportados: III e IV Do pior prognóstico p/ o melhor: I a IV CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha 4. A classe é sempre determinada pelas regiões desdentadas posteriores; 5. As regiões desdentadas adicionais determinam as modificações e são designadas pelos números 1, 2, etc.; 6. O número de modificações depende exclusivamente do número de regiões desdentadas adicionais; 7. A classe IV não permite modificações. Delineamento Delineador ou paralelômetro: aparelho essencial para o diagnóstico, planejamento e execução das modificações que devem ser efetuadas nas superfícies axiais dos dentes pilares, para que a prótese parcial removível integre-se a esses elementos. Ele mostra se os dentes que vão segurar a PPR estão paralelos. (Só usa para PPR). Partes constituintes: 1. Delineador propriamente dito: possui 5 partes Além de parafusos para fixação das hastes. 2.Platina ou mesa reclinável: possui 4 partes 3. Acessórios: Faca de corte lateral e de corte na extremidade - ver o paralelismo; discos calibradores - menor disco- 0,25, calibra o quanto eu quero de retenção; calha para Sempre a região posterior que manda. O pior sempre manda. E o que é pior? Não ter dentes atrás. Extremo livre: só mucosa Não repõe terceiro e segundo molar. Só repõe se ele tiver antagonista. Toda classe IV não tem modificação: só quando falta um único espaço da região anterior. Se tiver um espaço posterior já não é classe IV Sempre começar a analisar dos dentes mais posteriores CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha apreensão de grafite - marcar a área retentiva; braçadeira - segurar a peça reta para fazer o plano guia. Funções do delineamento: Análise do paralelismo e análise das áreas expulsivas e retentivas. Importância: Permite o estudo e o desenho da prótese, promovendo a retenção, estabilidade, suporte e estética. Objetivo: Determinar adequado eixo de inserção e remoção (planos guias); Traçar a linha do equador protético para verificar o posicionamento dos constituintes da PPR; Analisar o contorno dos tecidos moles para prevenir a ocorrência de lesões. Eixo de Inserção e Remoção da PPR: Eixo de inserção: Direção em que a prótese se desloca, desde o primeiro contato de suas partes com os dentes pilares até a posição final de repouso, com os apoios assentados e a base da prótese em contato cm os tecidos. O eixo de inserção acaba quando o apoio entra dentro de nicho. Eixo de retenção: direção em que a prótese se desloca desde sua posição final de repouso até o momento que deixa de tocar os dentes suportes. As paredes proximais dos dentes pilares têm que ser paralelas para determinar um único eixo de inserção e remoção. Essa trajetória única de inserção e remoção são determinados a partir dos planos guias (desgastes dentários). O desgaste que se faz para deixar os dentes paralelos entre si, chama-se de planos guias. Planos Guias: Duas ou mais áreas planas (preparadas diretamente nas superfícies axiais dos dentes pilares) paralelas entre si e com direcionamento ocluso-gengival idêntico ao selecionado para direção de inserção da PPR. Planos guia são superfícies paralelas entre si, localizadas nas faces axiais de dentes pilares íntegros, restaurados ou com coroas protéticas. A obtenção desse paralelismo é indispensável para guiar ou orientar a colocação e a retirada da prótese pelo paciente. 1º passo na confecção de uma PPR: Modelo de estudo + delineador O eixo de inserção e remoção são idênticos, porém em sentidos opostos. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha O modelo de estudo é utilizado no delineador para estudar se os dentes estão paralelos e se tem retenção. Fatores determinantes da direção de inserção: 1. Planos Guias (paralelismo) 2. Áreas retentivas equivalentes (retenção) 3. Áreas de interferências (retenção) 1. Determinação dos Planos Guias Plano oclusal paralelo à base do delineador: Movimentação da platina em sentido antero-posterior (frente e trás): Para encontrar o paralelismo ideal (método das tentativas de Applegate). Os dentes pilares voltados para o espaço protético devem estar paralelos. A movimentação para determinar o melhor plano guia é a ântero-posterior. Apesar da possibilidade de movimentação nos sentidos anterior ou posterior, existem casos em que o paralelismo não é obtido para todas as superfícies proximais dos dentes pilares, havendo a necessidade de realização de pequenos desgastes estritos ao esmalte dentário dos dentes pilares. Neste eixo de inserção o desgaste na mesial do molar será muito grande. Pequenos desgastes no esmalte dos pilares é preferível 2. Análise das Áreas Retentivas Equivalentes Quais seriam essas áreas retentivas? Equador anatômico X Equador protético Áreas retentivas: São áreas presentes nos dentes pilares, nas quais a ponta do grampo de retenção pode estar localizada, proporcionando resistência ao deslocamento da prótese no sentido cervico-oclusal. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha O equador anatômico não tem interesse protético, visto que considera a análise do dente isoladamente, separando-o em uma área superior e outra inferior. É a linha de maior circunferência (convexidade) de um dente, que divide a área retentiva da expulsiva. O equador protético: é aquele que é determinado com o uso do delineador. São linhas equatoriais que delimitam áreas retentivas e expulsivas, demarcadas em todos os dentes ao mesmo tempo ao ser determinada a trajetória de inserção e remoção da PPR. Qualquer área é retentiva ou expulsiva de acordo com o grau de inclinação que o objeto tem sobre a platina. É influenciada pela anatomia dos dentes, posição na arcada e pelo eixo de inserção determinado. Caracterização de uma área retentiva: A haste vertical e o disco devem encostar no dente simultaneamente, determinando a área retentiva (em vermelho). Movimentação da platina em sentido látero-lateral: Após a obtenção dos planos guia, deve ser analisada a presença de áreas retentivas equivalentes nas regiões dos dentes pilares, onde estarão localizadas as pontas ativas dos grampos de retenção Com disco calibrador deve-se achar a região em que a haste do disco e a ponta do disco encostem no dente (essa área pode colocar o grampo). Quando não há retenção, deve-se criar formando bossa vestibular com resina composta no dente e com cera no modelo de gesso. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha A cada movimento da platina durante a análise em delineador, os equadores protéticos dos dentes são alterados. Vermelho e verde: equador protético Preto: equador anatômico 3. Áreas de interferências Após a análise das áreas retentivas, deve-se verificar a presença de áreas de interferência para a inserção e a remoção da PPR ou, ainda, áreas que possam sofrer injúrias no momento de colocação e remoção da prótese. Essas áreas podem ser rígidas, como as interferências ósseas (tórus), interferências dentárias (dentes inclinados, girovertidos, mal posicionados no arco), interferências na mucosas (hiperplasias, freios e inserções musculares). Pode-se tentar alterar essa trajetória ou recorrer a outros procedimentos (ex: cirurgias, desgastes, alívios, etc) Guia de desgaste com resina vermelha: Determinando o eixo de inserção, deve-se desgastar faces, primeiro em modelo de gesso para construir um guia com resina acrílica duralay vermelha (casquetes de transferência). Utilizaremos os casquetes de transferência para realizar os planos guias na arcada do paciente Obs: Iatrogenia – tudo que o profissional faz de erro APOIOS E NICHOS Apoios: Permite que as cargas exercidas sobre os dentes artificiais durante a função mastigatória sejam transmitidas aos dentes suportes de maneira adequada, garantindo um de seus princípios fundamentais, a estabilização. Apoio é o elemento de estrutura metálica da prótese, enquanto nicho é a superfície do dente (ou restauração direta ou indireta) preparada para alojar o apoio. O apoio precisa de um preparo, chamado de nicho. Todo dente que receber um grampo vai ter apoio, sempre no mínimo 3 apoios. Qualquer peça que não tenha apoio não pode ser considerada como definitiva, por CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha exemplo, a PPR toda em acrílico, ela não tem apoio. Os apoios tambémtêm a finalidade: Impedir que a prótese se desloque no sentido ocluso-cervical e comprima os tecidos moles e duros (mucosa, gengiva e osso de suporte); Promover proteção da papila gengival contra o impacto direto do bolo alimentar; evitar a extrusão de dentes que não tenham antagonista; Restaurar o plano oclusal em dentes que se encontram com alterações (infraoclusão ou mesializados, por exemplo, quando há perda de contato com o dente antagonista), mantêm os grampos de retenção em posição adequada em relação às áreas retentivas e podem atuar como retentores indiretos. Todo apoio necessita de um nicho!!! A força chega na sela metálica, pro conector maior, pro menor, pro grampo, termina no apoio. Tipos de Apoios - Apoios em dentes posteriores: Apoio oclusal Apoio em raiz residual - Apoios em dentes anteriores: Apoio incisal Apoio lingual/palatino Apoio em lâmina Apoio em crista marginal Nichos: São preparos realizados sobre as superfícies dos dentes, com função de alojar os apoios. São de forma triangular de ápice voltados para o centro do dente e ângulos internos arredondados. Seu formato triangular distribui a força pra ao LE. Responsável pelo direcionamento das forças Oclusão O preparo do nicho é importante pra saúde do dente pilar, pois ele direciona as forças para o lugar certo e vai permitir que a prótese não altere a oclusão do paciente. As consequências do nicho ser errado é danificar o dente que está segurando a PPR. Importância no nicho. Ausência do nicho pode causar toque prematuro, reabsorção óssea, bolsa periodontal, mobilidade no dente antagonista. Nicho em dentes anteriores: Aplicado tanto na superfície incisal e lingual/palatina ou crista marginal, dependendo da anatomia do dente e o transpasse vertical. Nicho incisal Nicho lingual/palatino Nicho Crista Marginal Nicho palatino/lingual CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Nicho palatino. Região do cíngulo, com 1 a 1,5 mm de profundidade. Parede pulpar perpendicular ao LE do dente. Ponta diamantada 2131 e 2131F KG. Nicho Crista Marginal Nichos em dentes posteriores: superfície próximo-oclusal de molares ou pré molares. Esmalte sadio Restaurações fundidas Restaurações em amalgama Restaurações em resina Restaurações metalocerâmicas CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Onde vamos apoiar os nichos? Duas formas de apoiar sobre o dente: Todo dente vizinho ao espaço protético vai ter um nicho, ou seja, diretamente relacionado ao espaço vazio. Em dentes anteriores o nicho fica na mesial para o grampo ficar voltado para distal, então fica mais escondido (estética). *Planejar a PPR a partir do espaço vazio Confecção dos nichos: Pontas diamantadas: vantagem - já tem o formato do nicho Base do eixo: o chão do preparo do nicho tem que ser plano Nicho tem que estar centralizado e tem que corresponder a um terço, tanto no sentido mesio-distal (M-D) ou próximo proximal (P-P), quanto no vestíbulo- lingual (V-L). Aprofundar metade da broca, sempre com irrigação, movimenta para um lado e para o outro (1,5 mm de profundidade) Em dentes posteriores - no sentido próximo-proximal (P-P): Quanto mais para o centro melhor, mas depende da quantidade de raízes. Em dentes anteriores: formato de degrau, usa a mesma broca, na mesma direção (LE), afunda e joga um pouquinho para um lado e para o outro. O triangulo pode ser direcionado ou pra M ou pra D. Se o dente não tem cíngulo, aumentar ele com resina e depois fazer o desgaste. Os nichos estão diretamente associados aos grampos. O dente pilar tem que ter nicho. Pode fazer o nicho em qualquer estrutura, esmalte sadia, restauração de metal, com amalgama, com resina e coroa metalocerâmica (planejar antes de fazer a coroa, pois a profundidade dela é de 1,5mm), só não pode fazer em cerâmica pura (evitar) porque tem tendência de quebrar. Hoje em dia se recomenda tirar amalgama pra fazer nicho (trocar por resina antes). CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Classificação dos apoios: Os apoios podem ser: Diretos: pilares próximos às áreas edêntulas/eixo rotacional. Indiretos: pilares distantes das áreas edêntulas. Localização dos apoios: Regras para a colocação dos apoios Todo dente principal de suporte, adjacente à sela deve receber um apoio; Todo dente que recebe grampos deve receber apoio; O número mínimo de apoios para qualquer caso deve ser três, pois assim, teremos uma superfície de estabilização, a menos que a retenção indireta seja suprida por uma placa lingual ou grampo contínuo de Kennedy. Apoios Diretos: Sempre que houver espaço vazio: apoios na crista marginal vizinha. Dentossuportadas Transmissão das forças oclusais (via dental). Localização da estrutura vizinha ao espaço protético. Vizinhos aos espaços protéticos e posicionados sobre o eixo rotacional. Sempre que tem uma prótese dentossuportada o apoio vai ser vizinho ao espaço protético, exceto em caso de dente anterior e em caso de extremo livre. Em dentes anteriores, o apoio fica longe do espaço protético. Dentomucossuportadas Próteses dentomucossuportadas estão relacionadas a extremidades livres. O dente pilar receberá um apoio longe do espaço protético (cíngulo ou mésio- palatina). A diferença entre a resiliência das fibras do ligamento periodontal e a compressibilidade da fibromucosa do rebordo determina um desequilíbrio biomecânico de suporte para esse tipo de prótese baseado no sistema de alavanca. Quanto maior a extremidade livre, maior serão os movimentos que a PPR tende a assumir quando em função. Próteses Dentomucossuportadas: I e II. Próteses Dentossuportadas: III e IV. Sempre que houver espaço vazio: Apoios na crista marginal vizinha ao espaço protético. Exceto: dentes anteriores (Grampo MDL modificado) e extremos livres (Sistema de Alavancas). CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Extremo livre: por que mudar? Por causa do sistema do primeiro gênero. Quando coloca o apoio vizinho ao espaço vazio e o paciente não tem dente na posterior (extremo livre) e ele morde os dentes, haverá a formação de uma alavanca de primeiro gênero ou interfixa, ou seja, a resistência e a potência caminham em sentido contrário, isso não é desejável pois gerará forças ao dentes pilar. Se o apoio estiver localizado distante do espaço protético, haverá a formação de uma alavanca de segundo gênero ou inter- resistente, ou seja, a resistência e a potência caminham no mesmo sentido. Quando uma força mastigatória incidir sobre esta prótese o grampo de retenção irá se movimentar no mesmo sentido, isso é desejável pois o grampo ficará ativo apenas quando a prótese estiver sendo deslocada de sua posição no sentido de afastamento dos tecidos. A alavanca do segundo gênero, é a que a gente quer. Sempre que for extremo livre o preparo vai ser na mesial (crista marginal oposta). Como deve ser então a localização do apoio? Apoio afastado do espaço protético (mesializado) Alavanca do 2º gênero O retentor agirá passivamente durante a mastigação somente entrando em ação sob força de deslocamento. Apoios indiretos O número mínimo de apoios para qualquer caso deve ser três. Responsáveis pela estabilização dos movimentos. Dentossuportadas Os apoios indiretos são perpendiculares à linha de fulcro ou eixo de rotação. A linha do eixo de rotaçãopassa pelos apoios mais distais dos dentes pilares (sempre que tiver espaço vazio vai ter eixo de rotação e ele fica em cima dos espaços vazios). Resulta em um braço de resistência - BR (voltado para região dos dentes) e um braço de potência - BT (voltado para área edêntula). Quanto maior o BR e quanto menor o BP, menor será a força resultante que poderá ser prejudicial ao dente pilar, e menor será a possibilidade de que ocorram alterações danosas e irreversíveis sobre os mesmos. *Identificar o eixo de rotação (espaço vazio) pra identificar onde coloca o apoio. Dentomucossuportadas O apoio indireto fica perpendicular à linha de fulcro ou eixo de rotação, evitando-se CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha colocar uma estrutura próximo a papila incisiva. Quando é extremo livre o eixo de rotação passa pelos dentes que sobraram (os últimos dentes da arcada, os elementos da extremidade). As próteses dentomucossuportadas são ruins, não têm como estabilizar atrás (posterior). Desvantagem de prótese com extremo livre. Quando precisa do apoio indireto? quando não tiver no mínimo 3 apoios ou quando não tiver estabilidade quando tiver apoio direto. Os apoios diretos estarão nos caninos (longe do espaço protético - cíngulo/mésio- palatina). Nesse caso, o apoio indireto poderia ser na região disto-palatina dos incisivos laterais. SISTEMAS DE RETENÇÃO E ESTABILIZAÇÃO Grampo: elemento da PPR que é responsável por segurar ela no lugar durante os movimentos funcionais, ou seja, pela estabilidade e retenção da mesma aos dentes pilares, sendo que todo grampo de ação precisa de um grampo de retenção. O grampo não funciona o tempo todo, só quando tenta remover a PPR e na função mastigatória. Ele é só para segurar quando for falar, comer e mastigar. O que eles fazem? Impedem a peça de se deslocar do sentido da gengiva para oclusal. Grampo é a mesma coisa que retentor!!! O grampo é sempre um conjunto, um lado é responsável pela retenção e o outro pela oposição. Todos os grampos são assim. Nunca vai ter um grampo de um lado só, um faz a retenção e o outro faz o movimento. Tanto na vestibular como na língua. Mas porquê? O lado que vai gerar retenção vai pressionar o dente e se não tiver nada atrás vai movimentar e acabou a retenção. Grampo é um sistema que compreende duas partes, uma parte pra reter e o outro vai fazer o movimento. Grampos de retenção São os elementos programados para conferir retenção à PPR, impedindo o deslocamento gengivo-oclusal da prótese. Únicos componentes flexíveis das PPRs. São considerados como as unidades ativas da prótese. Resumindo: Para achar a localização dos apoios - Apoio na crista marginal vizinha ao espaço protético: Espaço entre os dentes - Apoio na crista marginal oposta ao espaço protético: Espaço entre os dentes na anterior Extremo livre CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Classificação segundo a retenção Grampos de retenção direta (perto do espaço vazio) Grampos de retenção indireta (longe do espaço vazio) Determinação da localização da ponta ativa do grampo de retenção Áreas retentivas: analisar as áreas de atuação da ponta do grampo de retenção. Os grampos principalmente os de retenção são as únicas partes flexíveis de uma PPR. Nada é flexível na PPR, tudo é rígido (para transmitir as forças), exceto as pontas dos grampos de retenção. Porquê são flexíveis? O ideal de um grampo é que depois de traçar a linha do equador, é ele ficar todo pra cima e a ponta do grampo pra baixo da linha. Por isso tem que traçar o equador protético no delineador. O equador protético divide área retentiva e área repulsiva (o equador é feito com o delineamento). Tudo que é rígido fica em cima e a ponta flexível fica pra baixo, mais pra cervical, porque geralmente onde tem a cervical é a área mais retentiva. Toda vez que inserir a peça, o grampo vai passar raspando no dente e depois voltar. Esse movimento vai ser sempre feito, por isso a parte interna do grampo tem que estar polida para ao danificar o esmalte. Fatores que influenciam a retentividade do grampo de retenção Valor do ângulo de convergência cervical (bossa) Distância entre a ponta ativa do grampo e o equador protético dentro do ângulo de convergência cervical Flexibilidade do braço do grampo Ponta ativa Valor do ângulo de convergência cervical (bossa): Quanto maior o ângulo, maior a retenção. Pode manipular o local com resina ou com desgaste. Distância entre a ponta ativa do grampo e o equador protético dentro do ângulo de convergência cervical: Quanto maior a distância, maior a retenção (A<B<C). Quanto mais longe tiver a ponta ativa do grampo do equador protético mais retenção, ou seja, quanto mais próxima da gengiva o grampo estiver, mais retenção. Porem retenção demais é ruim (queremos o mínimo de retenção, então usa o disco de menor calibre - A) Na PPR a gente preza a estabilidade e não a retenção. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Flexibilidade do braço do grampo Sempre que a ponta estiver mais fina eu vou associar ao grampo de retenção pois o metal que faz a peça é o mesmo. Sempre tem que ter aponta reduzida gradualmente, quanto mais fina mais flexível. A ponta tem que ser metade da base. Todo grampo de retenção tem a ponta afilada para flexionar. Quanto maior o comprimento de um grampo, maior a sua flexibilidade. Entretanto, quanto maior o diâmetro, menor será sua flexibilidade. Os grampos de secção transversal circular são usados em PPRs provisórias, enquanto que aqueles de secção semicircular são usados em PPRs definitivas. Quanto ao material de confecção, as ligas nobres apresentam maior flexibilidade e requerem maior espessura. Ponta ativa Existe grampos que dão mais e que dão menos retenção. Só tem dois tipos de grampos: o que a retenção vai ser dada por ação de ponta e o que vai por abraçamento do dente. Os grampos por ação por abraçamento dão menos retenção, porém dão mais estabilidade. Já os grampos por ação de ponta dão mais retenção, porém menos estabilidade. Os grampos por ação de ponta são mais retentivos em relação aos grampos por abraçamento. Grandes espaços vazios procurar usar os grampos por ação de ponta, pequenos espaços os por abraçamento. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Tipos de grampos de retenção Grampo circunferencial Grampo MDL modificado Grampo T de Roach Grampo circunferencial Indicações: dentes posteriores vizinhos a espaços intercalares. Quando não tem extremo livre. Sai do apoio e vai pra cervical, vai afinando por isso vai ficando flexível. Só sabemos que o grampo está funcionando porque o grampo está afinando e está no equador protético. Possui 3 partes (rígido, semi rígido e flexível). Quando a parte rígida está abaixo do equador o grampo não entra ou ele não sai. Tem algumas variações: por exemplo ele dá pouca retenção, quando eu quero mais retenção eu faço dois - grampo geminado ou duplo - vai dar mais retenção e se usa quando o espaço for maior, o problema é que ele é feio (antiestético). Tem o grampo de Otolengui (grampo com dois apoios) Considerações: Grampos de ação de ponta: necessitam da escolha dos grampos de oposição. Grampos de ação por abraçamento: já apresentam em sua constituição ambos os braços de retenção e de oposição. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Grampo MDL modificado MDL = mesial, distal, lingualIndicação: dentes anteriores vizinhos a espaços intercalados. Quando não tem extremo livre. Atua por abraçamento. Único que atua como retenção e ação ao mesmo tempo. Pega mesial, distal e lingual (abraça o dente por trás). É modificado porque a pontinha dele aparece na vestibular. Dentre as possibilidade falamos que é um grampo estético, usa em dentes anteriores. Sempre vai ter uma classe III. Se a pontinha não aparecer, não está tendo retenção. Grampo T de Roach (TULIC) Indicação: dentes anteriores e posteriores vizinhos a extremidades livres. Não importa se é anterior ou posterior, só pode usar quando tem extremo livre – classe I ou II (muita retenção). Atua por ação de ponta e forma um T. Não abraça o dente todo, só pega na vestibular (só tem retenção), ai tem que colocar outra coisa do outro lado. Pode colocar junto o grampo MDL de oposição (de alguém pra por atrás). As duas pontas dele fica abaixo do equador protético. Grampo diferente porque ele sai da sela metálica e vem com a ponta direto na vestibular (vem de fora pra dentro), gera muita retenção. Ele sai da sela, vem reto atravessa em 90 graus, faz uma pressão no dente. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Grampos de ação de ponta: T, U, L, I e C *PPR – função e estética, mas a função vem primeiro. Grampos de oposição Não são grampos diferentes, mas sempre vai ter uma parte se opondo a essa retenção: grampos de oposição. São grampos rígidos, largos e que tem por função neutralizar as forças exercidas pelos grampos de retenção para as forças se anularem, estabilizando o dente pilar. Duas forças contrarias de igual intensidade no mesmo local e pra isso acontecer o grampo de oposição tem que ser mais largo enquanto o de retenção mais fino. Se não tiver a oposição o dente vai movimentar porque o lado de retenção pressiona o dente. Para anular as forças, falamos em dois sentidos: o vertical e o horizontal – forças as quais os dentes são submetidos na arcada. Para ser efetivo, um grampo de oposição deve obedecer o princípio de Reciprocidade. Forças iguais, em sentidos opostos, se anulam. Reciprocidade: intensidade de força igual. Reciprocidade vertical A simples colocação de um grampo de oposição, na superfície oposta ao grampo de retenção, garante reciprocidade. Os dois grampos tem que tocar ao mesmo tempo no dente: o de retenção e o de oposição tem que encostar no dente no mesmo momento/tempo. Ação simultânea dos grampos de retenção e oposição garantem a neutralização de forças sobre o dente. Reciprocidade Horizontal Os grampos de retenção e oposição devem abraçar o dente ultrapassando a linha de 180º, garantindo desta forma o princípio de reciprocidade horizontal. Todo o grampo vai ter que abraçar mais da metade da face. No circunferencial tem que ser igual. Tipos de grampo de oposição Grampo circunferencial Grampo MDL Os mesmos. Grampo Circunferencial: Dentes posteriores. Grampo MDL: Dentes anteriores, normalmente combinado com o grampo de retenção T de Roach. *intercalares- acostumar com essa palavra- não tem extremo livre CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha CONECTORES MAIORES OU BARRAS É a parte da PPR na qual estão ligados todos os outros componentes. Une os elementos localizados de um lado do arco com a porção localizada no lado oposto. Conector maior vai ajudar a estabilizar, quanto menos dente na boca, maior o conector que tem que fazer. Porque? Além da função de conectar tem função de suporte e estabilização. Responsável por ligar as estruturas. Também serve para gerar estabilidade pra peça. Avaliar para escolher qual melhor formato de conector. Como saber qual vai escolher: Requisitos Fundamentais dos Conectores Rigidez: distribuição de forças; Relação de contato com os tecidos: maxila; Relação de alívio com os tecidos: mandíbula; Limite de localização: maxila x mandíbula. Critérios para Seleção Suporte Estabilizar dentes com pouca inserção periodontal Número e localização dos dentes Acidentes anatômicos peculiares à maxila Suporte: quanto maior a quantidade de dentes, menos ele vai ter que cobrir a mucosa. Se tiver alguma estrutura anatômica no caminho, tem que contornar (tórus por exemplo) Tipos de conectores ou barras Barra antero-posterior ou barra palatina dupla Análise dos grampos: - Espaços intercalares: Dentes posteriores: grampo circunferencial Dentes anteriores: grampo MDL modificado - Extremo livre: Retenção: grampo T de Roach Oposição: dentes anteriores MDL e posteriores circunferencial Boa pergunta para a prova: Foto da análise dos grampos CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Barra anteroposterior ou barra palatina dupla (mais usada): pode usar para todos os casos Mas é muito volume, e as vezes o paciente quer reduzir. Quando é indispensável o uso desse conector? Classe I e II (quando tiver extremo livre), pois estabiliza ao apoiar no palato. É obrigatório. Limites: tem que ter duas barras, mais ou menos com 10 mm (1cm) e elas tem que atravessar perpendicular a rafe palatina Barra palatina única Classe III de pequena extensão (quando tiver faltando poucos dentes) OBS: acho que é essa imagem que o prof falou que estava errada. CONFERIR!!! Barra em forma de U OBS: Não é indicada para classe I e II Costuma usar quando tem torus. Não é indicada par classe I e II, porque pode empenar, costuma fazer mais fina e pode empenar. A barra teria que ser muito espessa em classe I e II. Usa muito em casa classe IV Chapeado palatino Chapeado (chapa - cobriu o palato todo) Grade metálica e preenche com acrílico (não segura bem, se a oclusão não estiver certa não dá certo). Quanto menos dente, mais indicado fazer uma PT. Boa notícia: Boa notícia: a maior parte dos casos superiores se resolve com a barra palatina dupla e todos os casos inferiores com a barra lingual. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Barra lingual A placa lingual só será utilizada quando a barra lingual não for possível. Portanto, a primeira escolha é a barra lingual que requer pelo menos 7 mm de espessura. Duas diferenças dos conectores maiores na maxila e mandíbula Primeira: extensão. Na maxila o conector maior vai mais pra posterior, acompanha a sela metálica, inclusive no extremo livre, e na mandíbula não acompanha a sela metálica quando é extremo livre. Segundo: na maxila o conector maior encosta no palato, na mandíbula o conector maior não encosta na mucosa. *Alivio nas próteses A rotação distal que a prótese sofre em torno da linha de fulcro, quando em função, faz com que o conector maior sofra um movimento para frente e para cima. Porque na mandíbula o conector maior não encosta na mucosa? Anatomicamente temos uma estrutura anatômica como se fosse uma barreira, um aumento de volume, se a peça encostasse ali ia encostar e machucar o paciente. Esse volume na região cervical impede da peça descer sem danificar o tecido. Se não, entra rasgando naquela região, vai ulcerar a região, por isso não encosta na mucosa. Como essa região o espaço é menor a barra também é mais fina e agora tem 5mm e não mais 1cm. A barra pode ser mais fina porque não tem opção. Se tiver um torus que não for de extremo livre, pode contornar. Placa lingual Espaço entre a margem gengival/fundo de sulco < que 9-10 mm; Pilares comprometidos periodontalmente; Apoio no ⅓ médiodos incisivos; Secção transversal em forma de meia pêra alongada; Relação de alívio com a fibromucosa. Sela metálica Próteses Dentossuportadas Apresentam função básica de preenchimento sem participar do sistema de suporte da PPR. Próteses Dentomucossuportadas Além da função de preenchimento, participa, do suporte transmitindo a força mastigatória ao rebordo residual. CLÍNICA INTEGRADA III – PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Thamiris Fajóli da Penha Tem funções diferentes. Quando tem uma prótese só dentossuportada ela vai ser pra preencher. Quando a sela for no extremo livre além de preencher o espaço ela distribui força. Sempre tem uma porção metalizada que vai até o ultimo dente a ser reposto e sempre tem a porção acrílica que deve cobrir o máximo que a gente pode. O que eu quero cobrir? Extensão da sela metálica inferior: Até o último dente a ser reposto. Extensão da sela acrílica inferior: Contorna toda região de linha oblíqua externa, aquém 1 a 2 mm do fundo de vestíbulo, aliviando freios e bridas, contorna região de papila retromolar até 1mm aquém do soalho bucal. Extensão da sela metálica superior: Até o ultimo dente a ser reposto ou até o final da tuberosidade. Extensão da sela acrílica superior: Contorna toda região de tuberosidade, aquém 1 a 2 mm do fundo de vestíbulo, aliviando freios e bridas. A sela não pode ser curta. Até o ultimo dente que vai ser reposto. A sela acrílica cobre o máximo que puder, se for na maxila por exemplo recobre a região de torus, pra dar mais estabilidade, e na mandíbula até a região retromolar. CONECTOR MENOR Funções: Unir os componentes da PPR Transferir as forças funcionais aos dentes pilares Transferir o efeito dos retentores, apoios e componentes estabilizadores ao resto da prótese. Bom saber: Região que não reabsorve na maxila: palato E na mandíbula: linha oblíqua externa, soalho bucal e espaço retromolar
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