Prévia do material em texto
TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS CAMPUS RESENDE – MARCELO RENÓ ARBEX Resende, 13 de março de 2019 DEFINIÇÕES Os transtornos neurocognitivos envolvem um declínio adquirido em uma ou mais esferas da cognição, baseado em preocupações do paciente ou de familiares e em avaliação objetivas. Existem muitas fontes de ferimentos ou de lesões que podem afetar o cérebro de um indivíduo, como trauma, doença ou exposição a substâncias tóxicas. 2 ALTERAÇÕES CEREBRAIS O cérebro, quando danificado, pode causar uma variedade de sintomas. Alguns destes podem imitar esquizofrenia, transtornos do humor e transtornos de personalidade. As pessoas podem desenvolver delírios, alucinações, perturbações do humor e modificações extremas da personalidade me função de alterações cerebrais. 3 SINTOMAS PSICOLÓGICOS Embora possamos pensar nesses sintomas como “psicológicos”, deles devem necessariamente ter uma base fisiológica. Os transtornos neurocognitivos maiores são diagnosticados quando os indivíduos apresentam um declínio significativo com relação a um nível de desempenho anterior nas seguintes funções psíquicas: 4 FUNÇÕES PSÍQUICAS QUE SOFREM DECLÍNIO Atenção complexa (contínua, seletiva e dividida) Função executiva (planejamento, tomada de decisão, memória operacional, flexibilidade cognitiva) Aprendizagem e memória (período de atenção imediata e memória recente) Linguagem (linguagem expressiva, gramática e sintaxe e linguagem receptiva) 5 FUNÇÕES PSÍQUICAS QUE SOFREM DECLÍNIO II Perceptomotora (percepção visual, visoconstrutiva, capacidade de imitar gestos e reconhecer rostos e cores) Cognição social (reconhecimento das emoções e ser capaz de considerar o estado mental de outra pessoa com base em figuras ou histórias) 6 DECLÍNIO Esse declínio é estabelecido com base na preocupação do indivíduo ou de alguém bem informado, ou preferivelmente, em uma avaliação neuropsicológica padrão. Esses deficits devem interferir na capacidade do sujeito de realizar tarefas necessárias na vida diária, não ocorrem apenas com delirium e não podem ser mais bem explicados por outro transtorno 7 TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO LEVE O diagnóstico de transtorno cognitivo leve é aplicado quando o indivíduo apresenta níveis modestos de declínio cognitivo. Esses declínios não são graves a ponto de interferir em sua capacidade de ter uma vida independente. 8 DELIRIUM Pessoas que vivenciam delirium sofrem temporariamente de perturbações na atenção e na consciência. Os sintomas tendem a aparecer de repente e a variar ao longo do tempo do transtorno. 9 DELIRIUM: ALTERAÇÕES O transtorno envolve um estado agudo de confusão ou prejuízo no processamento cognitivo que afeta as seguintes funções psíquicas: Memória, orientação, funcionamento executivo, capacidade de usar a linguagem, percepção visual e a aprendizagem. 10 DIAGNÓSTICO DE DELIRIUM Para receber um diagnóstico de delirium, o indivíduo deve apresentar essas alterações na consciência ou na percepção durante um curto período, como horas ou dias, variando ao longo do dia. Uma condição médica geral deve causar o transtorno. Especifica-se se o delirium resulta de intoxicação ou abstinência de substâncias ou de outra condição médica. 11 DELIRIUM AGUDO OU PERSISTENTE Também pode se classificar o delirium como agudo (horas ou dias) ou persistente (semanas ou meses). O delirium pode se desenvolver uma variedade de razões, incluindo traumatismo craniano, febre alta e deficiência de vitamina. 12 INCIDÊNCIA Pessoas de qualquer idade podem vivencia-lo, mas é mais comum entre indivíduos adultos mais velhos hospitalizados por problemas médicos ou psiquiátricos Isso acontece particularmente entre pacientes cirúrgicos com prejuízo cognitivos e sintomas depressivos preexistentes. 13 FATORES DE RISCO PARA DELIRIUM Além da idade, os fatores de risco para delirium incluem: História anterior de acidente vascular cerebral (AVC), demência, prejuízo sensorial e uso de múltiplos medicamentos prescritos (polifarmácia). 14 PESSOAS DE RISCO E FATOR DESENCADEANTE As pessoas de risco podem desenvolver o delirium após infecções, retenção urinária ou uso de cateteres, desidratação, perda da mobilidade e transtornos que envolvem a frequência cardíaca. Pessoas que o desenvolvem após uma AVC podem fazê-lo devido a perda de oxigenação de neurônios no cérebros. 15 OUTROS SINTOMAS DE DELIRIUM Aumentos nas respostas inflamatórias do sistema imune também pode contribuir para essa condição. Além dos sintomas cognitivos de desatenção e perda de memória, pessoas que vivenciam o delirium também podem ter alucinações, delírios, disfunções nos ciclos de sono/vigília, alterações de humor e anormalidades dos movimentos. 16 TRATAMENTO DE DELIRIUM Para tratar o delirium, os clínicos podem usar uma abordagem farmacológica na qual administram antipsicóticos. Deve ser tratado paralelamente a causa médica subjacente ao delirium. Também podem ser realizadas atividades preventivas, que estimulem os paciente cognitivamente. 17 DOENÇA DE ALZHEIMER O transtorno neurocognitivo devido à doença de Alzheimer é associado com declínios progressivos e graduais na memória, na aprendizagem e pelo menos em uma outra esfera cognitiva. Ainda não existe uma explicação para o que causa o processo de deterioração cerebral que forma o núcleo da doença. 18 PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE ALZHEIMER Passamos a associar o termo “doença de Alzheimer” com a atrofia cerebral grave vista na primeira paciente diagnosticada, assim como alterações microscópicas características no tecido desse órgão. A doença de Alzheimer tem prevalência de 5% dos homens e 6% das mulheres. 19 SINTOMAS DE DOENÇA DE ALZHEIMER A perda da memória operacional ocorre normalmente na terceira idade para a maioria dos indivíduos. Quando se tornam conscientes de seus problemas de memória, entretanto, as pessoas tendem a exagerar mesmo perdas pequenas, pensando que têm a doença de Alzheimer. 20 SUPERERSTIMAÇÃO DAS ESTIMATIVAS Os transtornos neurocognitivos causados por outras doenças podem responder por até 55% dos casos, mas muitas estimativas da doença de Alzheimer são superestimadas. 21 PROGRESSO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Por definição, os sintomas da doença de Alzheimer tornam-se progressivamente piores ao longo do tempo. Entretanto nem todas as pessoas que apresentam os sintomas iniciais têm de fato a doença. Alguns indivíduos permanecem saudáveis até a morte. 22 PERDA DA MEMÓRIA Outros vivenciam problemas de memória, mas são capazes de compensá-los e nunca desenvolvem doença de Alzheimer. Naqueles que desenvolvem a doença, porém, a perda da função independente continua de maneira progressiva até a morte. 23 EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Evolução da doença de Alzheimer: Sem doença de Alzheimer Estágio inicial Estágio intermediário Estágio final Esquece coisas ocasionalmente Perda de memória de curto prazer, geralmente menor A perda da memória de curto prazo aprofunda-se, pode começar a esquecer conversas completamente ou o nome da rua onde mora, o nome de entes queridos ou como dirigir um carro Prejuízo cognitivo grave e perda de memória de curto prazo 24 EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER II Sem doença de Alzheimer Estágio inicial Estágio intermediário Estágio final Coloca objetos no lugar errado, como chaves, óculos, contas, papéis Não percebe os lapsos de memória A confusão mental aprofunda-se, tem problemas para pensar com lógica Prejuízo da fala Esquece o nome ou os títulos de algumas coisas, como filmes, livros, nomes de pessoas Alguma perda, geralmente menor, na capacidade de reter informação recebida recentemente Amigos e familiares percebem os lapsos de memória Pode repetir conversas várias vezes 25 EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER III Sem doença de Alzheimer Estágio inicial Estágio intermediário Estágio final Alguma redação na capacidade de lembrar palavras quando fala Esquece coisas e é incapaz de lembrá-las,tal como o nome de um bom amigo ou mesmo de um membro da família Pode ficar desorientado, não saber onde está Pode não saber os nomes do cônjuge, dos filhos ou dos cuidadores ou qual é o dia ou o mês. É distraído ou às vezes vago nos detalhes Funciona em casa normalmente, com confusão mental mínima, mas pode ter problemas no trabalho ou em situações sociais Capacidade prejudicada de realizar mesmo operações aritméticas simples Capacidade de raciocínio e julgamento muito pobres 26 EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER IV Sem doença de Alzheimer Estágio inicial Estágio intermediário Estágio final Esquece de fazer coisas, tal como consultas médicas Os sintomas podem ser perceptíveis apenas para o cônjuge ou para parentes/amigos próximos Pode se tornar mais agressivo ou passivo Negligência da higiene pessoal Alterações de personalidade, pode se tornar abusivo, altamente ansioso, agitado, delirante ou mesmo paranoide Dificuldade para dormir Depressão Pode necessitar assistência com atividades da vida diária. 27 DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Apenas uma necropsia pode fazer o diagnóstico definitivo de doença de Alzheimer ao permitir que os patologistas observem as alterações características no tecido cerebral. Isso deixa os profissionais com a única opção de conduzir o diagnóstico por exclusão. 28 NOVA TERMINOLOGIA O DSM-5 adotou a terminologia de “provável” ou “possível” doença de Alzheimer, que antes só era utilizada na clínica. Essas terminologias indicam o nível de certeza do diagnóstico. 29 DEPRESSÃO A depressão pode levar a sintomas semelhantes aos que aparecem nos estágios iniciais da doença. A depressão também pode coexistir com esta, em particular, durante as fases inicial e intermediária, quando o indivíduo ainda está intacto cognitivamente o suficiente para ter consciência do transtorno e prever a deterioração que tem pela frente 30 PSEUDODEMÊNCIA Na avaliação de sintomas semelhantes a transtorno neurocognitivo, os clínicos devem estar cientes da pseudodemência, ou falsa demência, uma forma grave de depressão. É importante diferenciar entre pseudodemência e transtorno neurocognitivo porque é possível tratar a depressão com sucesso. 31 DISTINÇÃO Diversos indicadores ajudam a fazer essa distinção. Indivíduos deprimidos são mais consciente de seu prejuízo cognitivo e se queixam com mais frequência de sua falta de memória. Em contrapartida, aqueles com doença de Alzheimer em geral tentam minimizar o grau do prejuízo ou minimizar o grau de prejuízo ou justifica-lo. 32 DIFERENÇAS Em idosos deprimidos, as mudanças de humor precedem a perda de memória. O inverso é verdadeiro para aqueles com doença de Alzheimer. As pessoas com depressão são ansiosas, têm dificuldade para dormir, apresentam padrões de apetite perturbados e vivenciam pensamentos suicidas, baixa autoestima, culpa e falta de motivação. 33 TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO OU PSEUDODEMÊNCIA Já aqueles com transtorno neurocognitivo vivenciam insociabilidade, falta de cooperação, hostilidade, instabilidade emocional, desorientação e alerta reduzido. Pessoas com pseudodemência também são propensas a apresentar história de episódios depressivos anteriores que podem não ter sido diagnosticados. 34 TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO OU PSEUDODEMÊNCIA II Os problemas de memória e outras queixas cognitivas de alguém com pseudodemência também têm início muito repentino se comparadas aos de alguém com transtorno neurocognitivo, que vivenciam um curso descendente mais lento. 35 COMORBIDADE A doença de Alzheimer pode estar associada com outros transtornos neurocognitivos, ou estes podem ocorrer sozinhos. Visto que essas outras condições podem ser tratáveis, os clínicos devem tentar excluí-las antes de chegar a um diagnóstico final da doença de Alzheimer, que é intratável. 36 CAUSAS A doença de Alzheimer está associada a duas anormalidades no cérebro: emaranhados neurofibrilares e as placas amiloides. Aqueles são constituídos de uma proteína chamada tau. Essa proteína sofre uma alteração química e perde sua capacidade de separa e sustentar os microtúbulos. 37 DETERMINANTES GENÉTICOS E FATORES DE RISCO Existem determinantes genéticos em 50%. Na outra metade dos casos, existem outros fatores de risco, como tabagismo, sobrepeso, síndrome metabólica. Além desses, a falta de exercício físico está sendo cada vez mais considerada como fator contribuinte para o risco de o indivíduo desenvolver a doença de Alzheimer. 38 FATORES DE PROTEÇÃO Como fatores de proteção ao desenvolvimento do Alzheimer, temos uma dieta saudável (mediterrânea), a prática de exercícios físicos e a prática de atividades mentalmente desafiadoras. Já os medicamentos apenas retardam esse desenvolvimento em pouco tempo e têm muitos efeitos colaterais. 39 CUIDADOS Visto que não existem tratamentos para curar a patologia, psicólogos estão desenvolvendo estratégias para maximizar o funcionamento diário de pessoas com a doença de Alzheimer. Também são direcionados esforços para os cuidadores, que costumam sofrer os efeitos adversos das constantes demandas que lhe são impostas. 40 TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO FRONTOTEMPORAL O transtorno neurocognitivo frontotemporal é caracterizado por alterações da personalidade, como apatia, falta de inibição, obsessão e perda do julgamento. Por fim o indivíduo se torna negligente com os hábitos pessoas e perde a capacidade de se comunicar. O início do transtorno é lento e insidioso. 41 ATROFIA NO CÉREBRO Na necropsia, o cérebro apresenta atrofia nos córtices frontal e temporal, mas não há placas amiloides ou dano arterial. 42 TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO COM CORPOS DE LEWY O transtorno neurocognitivo com corpos de Lewy é muito semelhante à doença de Alzheimer, com perda progressiva da memória, linguagem, cálculo, raciocínio e outras funções mentais superiores. 43 CORPOS DE LEWY Entretanto, o progresso da doença é mais rápido do que na doença de Alzheimer. Os corpos de Lewy são estruturas esféricas minúsculas que consistem em depósitos de proteína em células nervosas coradas encontradas em regiões danificadas profundas nos cérebros de pessoas com doença de Parkinson. 44 TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO VASCULAR Outra causa possível de transtorno neurocognitivo é uma doença cardiovascular que afete o suprimento de sangue para o cérebro. Essa condição é denominada de transtorno neurocognitivo vascular e é altamente prevalente. Os pesquisadores a associam a uma variedade de fatores de risco cardiovasculares. 45 DEMÊNCIA MULTI-INFARTO A forma mais comum é referida como demência multi-infarto (DMI), causada por ataques transitórios nos quais o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido por uma artéria entupida ou rompida. O dano à artéria priva os neurônios circundantes de sangue e oxigênio, o que provoca a morte dos neurônios. 46 DIFERENÇAS DO TNV PARA A DA Embora cada infarto seja muito pequeno para ser percebido a princípio, ao longo do tempo o dano progressivo causado pelos infartos leva o indivíduo a perder habilidades cognitivas. Seu prejuízo de memória parece ser semelhante ao envolvido na doença de Alzheimer. Todavia, há algumas diferenças significativas entre os dois transtornos. 47 ANORMALIDADES DA TNV As pessoas com transtorno neurocognitivo vascular apresentam um conjunto de anormalidades físicas, como dificuldades para caminhar e fraqueza nos braços e nas pernas. Além disso, elas mostram um padrão de funcionamento cognitivo nitidamente diferente do de pessoas com doença de Alzheimer. 48 QUADRO CLÍNICO TÍPICO DE TNV No quadro clínico típico de transtorno neurocognitivo vascular, certas funções cognitivas permanecem intactas e outras mostram perda significativa, um padrão que os neurologistas chamam de deterioração irregular (desigual). Outro aspecto diferente é que uma função que estava intacta é perdida de repente ou se deteriora de modo grave. 49 PREVENÇÃO DA TNV Não existetratamento para reverter as perdas cognitivas no transtorno neurocognitivo vascular. Entretanto, os indivíduos podem tomar medidas preventivas ao longo da vida adulta, como reduzir o risco de hipertensão e diabetes. 50 DOENÇA DE PICK A doença de Pick é uma doença degenerativa progressiva bastante rara que afeta os lobos frontal e temporal do córtex cerebral. Ela é causada pelo acúmulo nosso neurônios de depósitos de proteína incomuns denominados corpos de Pick. 51 DOENÇA DE PICK: SINTOMAS Além de problemas de memória, as pessoas com esse transtorno se tornam socialmente desinibidas, agindo de maneira inadequada ou impulsva ou parecendo apáticas e desmotivadas. Essas mudanças na personalidade aparecem antes de começarem os problemas de memória, diferente da doença de Alzheimer. 52 DOENÇA DE PARKINSON O transtorno neurocognitivo devido à doença de Parkinson envolve degeneração neuronal dos gânglios basais, as estruturas subcorticais que controlam os movimentos motores. Pode ocorrer deterioração de áreas difusas do córtex cerebral. As alterações cognitivas acontecem com cerca de 60% das pessoas com Parkinson. 53 DOENÇA DE PARKINSON: SINTOMAS PSICOMOTORES A doença de Parkinson é geralmente progressiva, sendo sua alteração mais característica os distúrbios motores, como tremores, rigidez muscular (acinesia), desaceleração da atividade motora (bradicinesia) e perda da atividade motora fina. 54 DOENÇA DE PARKINSON: MAIS SINTOMAS O rosto dos indivíduos com Parkinson parece sem expressão, e a fala se torna empolada, perdendo sua qualidade rítmica normal. Entretanto, muitas funções cognitivas, como atenção, concentração, memória imediata, permanecem intactas. 55 DOENÇA DE HUNTINGTON O transtorno neurocognitivo devido à doença de Huntington é um transtorno neurológico degenerativo que também pode afetar a personalidade e o funcionamento cognitivo. É atribuída a uma anormalidade no cromossomo 4 que causa acumulação de uma proteína, denominada huntingtina, que a faz chegar a níveis tóxicos. 56 DOENÇA DE HUNTINGTON: INÍCIO E CARACTERÍSTICAS A doença de Huntington aparece primeiro durante a idade adulta, entre 30 e 50 anos. Diversos distúrbios ocorrem com a doença, como alterações do funcionamento cognitivo e alterações sociais e da personalidade. 57 DOENÇA DE HUNTIGTON: SINTOMAS A doença de Huntington está associada com distúrbios de humor, alterações da personalidade, irritabilidade e temporamento explosivo, risco de suicídio, mudanças na personalidade e uma série de deficits cognitivos específicos. 58 DIAGNÓSTICO INCORRETO Devido a esses sintomas, pode ser incorretamente diagnosticada como esquizofrenia ou transtorno de humor, mesmo que não tenha uma história sugestiva dessas condições. 59 DOENÇA DE PRION O transtorno neurocognitivo devido à doença do príon, ou doença de Creutzfeldt-Jakob, é um transtorno neurológico raro, que se acredita ser causado por um agente infeccioso e que resulta em acúmulos anormais de proteína no cérebro. 60 DOENÇA DE PRION: SINTOMAS Os sintomas iniciais da doença de príon são: fadiga, alterações do apetite, problemas do sono e dificuldades de concentração. À medida que a doença progride, o indivíduo mostra cada vez mais sinais de perda neurocognitiva e, por fim, morre. 61 ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME Ocorre um dano generalizado conhecido como encefalopatia espongiforme, significando que grandes orifícios se desenvolvem no tecido cerebral. A doença parece ser transmitida para seres humanos do gado que foi alimentado com restos de animais mortos infectados com a doença. Por isso foi chamada de “doença da vaca louca”. 62 LESÃO CEREBRAL TRAUMÁTICA O traumatismo craniano que resulta em uma alteração ou perda de consci~encia, ou em amnésia pós-traumática, é chamada de lesão cerebral traumática, ou LCT. 63 TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO DEVIDO A LCT Os critérios diagnósticos para o transtorno neurocognitivo devido a lesão cerebral traumática requerem evidência de impacto na cabeça junto com perda de consciência, amnésia após o trauma, desorientação e confusão e anormalidades neurológicas, como convulsões. Os sintomas devem ocorrer logo após o trauma ou depois da recuperação da consciência. 64 DOENÇAS INFECCIOSAS Uma ampla variedade de doenças infecciosas podem causas alterações que ocorrem com transtornos neurocognitivo. Estas incluem neurossífilis, encefalite, tuberculose, meningite e infecções localizadas no cérebro. Pessoas com insuficiência renal podem ter sintomas de transtorno neurocognitivo devido ao acumulo de substâncias tóxicas. 65 TUMORES CEREBRAIS Pessoas com certos tipos de tumores cerebrais também vivenciam prejuízos cognitivos e outros sintomas de transtorno neurocognitivo. O funcionamento cognitivo dos indivíduos também pode ser afetado por anoxia (privação de oxigênio para o cérebro), que pode ocorrer durante uma cirurgia ou envenenamento por dióxido de carbono. 66 ANOXIA Na anoxia, os neurônios morrem com rapidez e não se substituem, o que leva a prejuízo no pensamento concreto e em funções como capacidade de aprender coisas novas, atenção, concentração e rastreamento. Pode ocasionar também embotamento afetivo e desinibição, bem como depressão. 67 EXPOSIÇÃO A TOXINAS A exposição a certas drogas e toxinas ambientes também pode resultar em danos ao cérebro, o que é chamado de transtorno neurocognitivo induzido por substância/medicamento. Deficiências nutricionais também podem causar declínio cognitivo, por causar deficiência de um nutriente denominado folato, que leva a atrofia cerebral. 68 Obrigado!