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NOVAS-TECNOLOGIAS-E-MEDIAÇÃO-PEDAGÓGICA

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1 
 
SUMÁRIO 
1 PERSPECTIVAS FUTURAS DA EDUCAÇÃO ........................................... 3 
2 OS DESAFIOS DE ENSINAR E EDUCAR COM QUALIDADE .................. 4 
3 AS DIFICULDADES PARA MUDAR NA EDUCAÇÃO .............................. 10 
4 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA SOCIEDADE DA 
INFORMAÇÃO .......................................................................................................... 11 
5 CAMINHOS QUE FACILITAM A APRENDIZAGEM ................................. 13 
6 CONHECIMENTO PELA COMUNICAÇÃO E PELA INTERIORIZAÇÃO . 14 
7 PODEMOS MODIFICAR A FORMA DE ENSINAR .................................. 15 
8 O DOCENTE COMO ORIENTADOR/ MEDIADOR DA APRENDIZAGEM
 16 
9 INTEGRAR AS TECNOLOGIAS DE FORMA INOVADORA ..................... 17 
10 INTEGRAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA ESCOLA .................. 18 
11 INTEGRAR A TELEVISÃO E O VÍDEO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR ... 19 
11.1 Propostas de utilização da televisão e do vídeo na educação escolar
 20 
12 O COMPUTADOR E A INTERNET ....................................................... 21 
13 PREPARAR OS PROFESSORES PARA A UTILIZAÇÃO DO 
COMPUTADOR E DA INTERNET ............................................................................ 23 
13.1 Questões que a Internet coloca aos professores ............................ 24 
13.2 Alguns problemas no uso da Internet na educação ........................ 24 
14 MUDANÇAS NO ENSINO PRESENCIAL COM TECNOLOGIA ............ 25 
14.1 Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula? ...................... 25 
14.2 Tecnologias na educação a distância ............................................. 33 
15 ALGUNS CAMINHOS PARA INTEGRAR AS TECNOLOGIAS NUM 
ENSINO INOVADOR ................................................................................................ 33 
16 ARTIGO PARA REFLEXÃO .................................................................. 34 
 
2 
 
17 PROJETOS DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA NUM PARADIGMA 
EMERGENTE ............................................................................................................ 35 
17.1 A era digital e a aprendizagem colaborativa ................................... 35 
17.2 Quatro pilares da aprendizagem colaborativa ................................. 36 
17.3 Paradigma emergente na prática pedagógica ................................. 37 
17.4 Paradigma emergente numa aliança de abordagem pedagógica ... 38 
17.5 Tecnologia como ferramenta para aprendizagem colaborativa....... 39 
18 Tecnologia da informação e o avanço dos procedimentos .................... 39 
19 O paradigma emergente e a aprendizagem colaborativa baseada em 
projetos 40 
20 Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente ..... 40 
21 Fases do projeto de aprendizagem colaborativa ................................... 40 
21.1 1ª fase - Apresentação e discussão do projeto ............................... 41 
21.2 2ª fase - Problematização do tema ................................................. 41 
21.3 3ª fase – Contextualização .............................................................. 41 
21.4 4ª fase - Aulas teóricas exploratórias .............................................. 41 
21.5 5ª fase - Pesquisa individual ........................................................... 41 
21.6 6ª fase - Produção individual ........................................................... 41 
21.7 7ª fase - Discussão coletiva, crítica e reflexiva ............................... 42 
21.8 8ª fase - Produção, coletiva ............................................................ 42 
21.9 9ª fase - Produção final ................................................................... 42 
21.10 10ª fase - Avaliação coletiva do projeto .......................................... 42 
22 Aprendizagem para a sociedade do conhecimento: A busca das 
competências e da autonomia. .................................................................................. 42 
 
 
 
 
3 
 
 
1 PERSPECTIVAS FUTURAS DA EDUCAÇÃO 
 
Fonte: www.lookfordiagnosis.com 
Todos estamos experimentando que a sociedade está mudando nas suas 
formas de organizar-se, de produzir bens, de comercializá-los, de divertir-se, de 
ensinar e de aprender. 
Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, 
aprendemos muito pouco, desmotivamo-nos continuamente. Tanto professores como 
alunos temos a clara sensação de que muitas aulas convencionais estão 
ultrapassadas. Mas para onde mudar? Como ensinar e aprender em uma sociedade 
mais interconectada? 
O campo da educação está muito pressionado por mudanças, assim como 
acontece com as demais organizações. Percebe-se que a educação é o caminho 
fundamental para a transformar a sociedade. Isso abre um mercado gigantesco que 
está atraindo grandes grupos econômicos dispostos a ganhar dinheiro, a investir 
nesse novo nicho e que importam os processos de reorganização e gestão trazidos 
das empresas. 
Uma das áreas prioritárias de investimento é a implantação de tecnologias 
telemáticas de alta velocidade, para conectar alunos, professores e a administração. 
O objetivo é ter cada classe conectada à Internet e cada aluno com um notebook. 
Começam a investir significativamente no mercado ainda pouco explorado da 
 
4 
 
educação a distância, da educação contínua, principalmente dos cursos de curta 
duração. 
Como em outras épocas, há uma expectativa de que as novas tecnologias nos 
trarão soluções rápidas para o ensino. Sem dúvida as tecnologias nos permitem 
ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo, de comunicação audiovisual, e 
estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual, entre o estar juntos e o 
estarmos conectados à distância. Mas se ensinar dependesse só de tecnologias já 
teríamos achado as melhores soluções há muito tempo. Elas são importantes, mas 
não resolvem as questões de fundo. Ensinar e aprender são os desafios maiores que 
enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos 
pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para o da informação e 
do conhecimento. 
2 OS DESAFIOS DE ENSINAR E EDUCAR COM QUALIDADE 
 
Fonte: www.sistemafibra.org.br 
Educar é colaborar para que professores e alunos - nas escolas e organizações 
- transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os 
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional- do 
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e 
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e 
profissionais e tomar-se cidadãos realizados e produtivos. 
 
5 
 
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou ideia 
que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experiências, lemos, compartilhamos e 
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos - na família, 
na escola, no trabalho, no lazer etc. Educamos aprendendo a integrar em novas 
sínteses o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, 
arte e técnica; razão e emoção. 
Ensinar/educar é participar de um processo, em parte, previsível- o que 
esperamos de cada criança no fim de cada etapa - e, em parte, aleatório, imprevisível. 
A educação fundamental é feita pela vida, pela reelaboração mental-emocional das 
experiências pessoais, pela forma de viver, pelas atitudes básicas diante da vida e de 
nós mesmos. A avaliação do ensino mostra-nos se aprendemos alguns conteúdos e 
habilidades. Os resultados da educação aparecem a longo prazo. Quanto mais 
avançamos em idade, mais claramente mostramos até onde aprendemos de verdade, 
se evoluímos realmente, em que tipo de pessoas nos transformamos. 
Ensinar é um processo social (inserido em cada cultura, com suas normas, 
tradições e leis), mas também é um processo profundamente pessoal: cada um de 
nós desenvolve um estilo, seu caminho, dentro do que está previsto para a maioria. Asociedade ensina. As instituições aprendem e ensinam. Os professores aprendem e 
ensinam. Sua personalidade e sua competência ajudam mais ou menos. Ensinar 
depende também de o aluno querer aprender e estar apto a aprender em determinado 
nível (depende da maturidade, da motivação e da competência adquiridas). 
Há uma preocupação com ensino de qualidade mais do que com educação de 
qualidade. Ensino e educação são conceitos diferentes. No ensino organiza-se uma 
série de atividades didáticas para ajudar os alunos a compreender áreas específicas 
do conhecimento (ciências, história, matemática). Na educação o foco, além de 
ensinar, é ajudar a integrar ensino) vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter 
uma visão de totalidade. Educar é ajudar a integrar todas as dimensões da vida, a 
encontrar nosso caminho intelectual, emocional, profissional, que nos realize e que 
contribua para modificar a sociedade que temos. 
• Uma organização inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto 
pedagógico coerente, aberto, participativo; com infraestrutura adequada, 
atualizada, confortável; tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas. 
 
6 
 
• Uma organização que congregue docentes bem preparados intelectual, 
emocional, comunicacional e eticamente; bem remunerados, motivados e 
com boas condições profissionais, e onde haja circunstâncias favoráveis a 
uma relação efetiva com os alunos que facilite conhecê-los, acompanhá-
los, orientá-los. 
• Uma organização que tenha alunos motivados, preparados intelectual e 
emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal. 
O que muitas vezes é fruto de alguns grupos, lideranças de pesquisa, aparece 
como se fosse generalizado a todos os setores da escola, o que não é verdade. As 
instituições vendem externamente os seus sucessos - muitas vezes de forma 
exagerada - e escondem os insucessos, os problemas, as dificuldades. 
Temos um ensino em que predominam afala massiva e massificante, um 
número excessivo de alunos por sala, professores mal preparados, mal pagos, pouco 
motivados e evoluídos como pessoas. 
Temos muitos alunos que ainda valorizam mais o diploma do que o aprender, 
que fazem o mínimo (em geral) para ser aprovados, que esperam ser conduzidos 
passivamente e não exploram todas as possibilidades que existem dentro e fora da 
instituição escolar. 
A infraestrutura costuma ser inadequada. Salas barulhentas, pouco material 
escolar avançado, tecnologias pouco acessíveis à maioria. 
O ensino está voltado, em boa parte, para o lucro fácil, aproveitando a grande 
demanda existente, com um discurso teórico (documentos) que não se confirma na 
prática. Há um predomínio de metodologias pouco criativas; mais marketing do que 
real processo de mudança. 
É importante procurar o ensino de qualidade, mas consciente de que é um 
processo longo, caro e menos lucrativo do que as instituições estão acostumadas. 
Nosso desafio maior é caminhar para um ensino e uma educação de qualidade, 
que integre todas as dimensões do ser humano. Para isso precisamos de pessoas 
que façam essa integração em si mesmas no que concerne aos aspectos sensorial, 
intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transitem de forma fácil entre o pessoal 
e o social, que expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, 
mudando, avançando. 
 
7 
 
Fala-se muito de ensino de qualidade. Muitas escolas e universidades são 
colocadas no pedestal, como modelos de qualidade. Na verdade, em geral, não temos 
ensino de qualidade. Temos alguns cursos, faculdades, universidades com áreas de 
relativa excelência. Mas o conjunto das instituições de ensino está muito distante do 
conceito de qualidade. 
O ensino de qualidade envolve muitas variáveis: 
O ensino de qualidade é muito caro, por isso pode ser pago por poucos ou tem 
que ser amplamente subsidiado e patrocinado. 
Poderemos criar algumas instituições de excelência. Mas a grande maioria 
demorará décadas para evoluir até um padrão aceitável de excelência. 
Temos, no geral, um ensino muito mais problemático do que é divulgado. 
Mesmo as melhores universidades são bastante desiguais nos seus cursos, 
metodologias, forma de avaliar, projetos pedagógicos, infraestrutura. Quando há uma 
área mais avançada em alguns pontos esta é colocada como modelo, divulgada 
externamente como se fosse o padrão de excelência de toda a universidade. Vende-
se o todo pela parte. 
As dificuldades para mudar na educação o provisório. Aprender é passar da 
incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas 
sínteses. 
Os grandes educadores atraem não só pelas suas ideias, mas pelo contato 
pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, 
diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na 
forma de comunicar-se, de agir. São um poço inesgotável de descobertas. 
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; 
repete fórmulas, sínteses. São docentes "papagaios", que repetem o que leem e 
ouvem, que se deixam levar pela última moda intelectual, sem questioná-la. 
É importante termos educadores/pais com um amadurecimento intelectual, 
emocional, comunicacional e ético, que facilite todo o processo de organizar a 
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca 
que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes 
de estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação. 
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, 
diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão 
 
8 
 
envolvidas no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que 
apoiem os professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, 
tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, 
intercâmbio e comunicação. 
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e 
motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do 
professor, tomam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador. 
As mudanças demorarão mais do que alguns pensam, porque nos 
encontramos em processos desiguais de aprendizagem e evolução pessoal e social. 
Não temos muitas instituições e pessoas que desenvolvam formas avançadas de 
compreensão e integração, que possam servir como referência. Predomina a média - 
a ênfase no intelectual, a separação entre a teoria e a prática. 
 
 
Fonte: beta-escoladepais.blogspot.com.br 
Temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal 
como no organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido. 
São poucos os modelos vivos de aprendizagem integradora, que junta teoria e 
prática, que aproxima o pensar do viver. 
A ética permanece contraditória entre a teoria e a prática. Os meios de 
comunicação mostram com frequência como alguns governantes, empresários, 
políticos e outros grupos de elite agem impunemente. Muitos adultos falam uma coisa 
 
9 
 
respeitar as leis - e praticam outra, deixando confusos os alunos e levando-os a imitar 
mais tarde esses modelos. 
O autoritarismo da maior parte das relações humanas interpessoais, grupais e 
organizacionais espelha o estágio atrasado em que nos encontramos individual e 
coletivamente em termos de desenvolvimento humano, de equilíbrio pessoal, de 
amadurecimento social. E somente podemos educar para a autonomia, para a 
liberdade com processos fundamentalmente participativos, interativos, libertadores, 
que respeitem as diferenças, que incentivem, que apoiem, orientados por pessoas e 
organizações livres. 
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos 
educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, 
entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha 
apena entrar em contato, porque desse contato saímos enriquecidos. 
O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo 
tempo, está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do 
aprender, a nossa ignorância, as nossas dificuldades. Ensina, aprendendo a 
relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar desenvolvem ambientes culturalmente 
ricos, aprendem mais rapidamente- te, crescem mais confiantes e se tomam pessoas 
mais produtivas. Adquirir habilidade na linguagem significa ter, ao mesmo tempo, 
adquirido a lógica e a sintaxe que estão inseridas nessa linguagem. 
Em outros momentos processamos a informação de forma hipertextual, 
contando histórias, relatando situações que se interconectam, ampliam-se, que nos 
levam a novos significados importantes, inesperados ~u que terminam diluindo-se nas 
ramificações de significados secundários. E a comunicação "linkada", através de nós 
intertextuais. A leitura hipertextual é feita como em "ondas", em que uma leva à outra, 
acrescentando novas significações. A construção é lógica, coerente, sem seguir uma 
única trilha previsível, sequencial, mas que vai se ramificando em diversas trilhas 
possíveis. 
Atualmente, cada vez mais processamos também a informação de forma 
multimídia, juntando pedaços de textos de várias linguagens superpostas 
simultaneamente, que compõem um mosaico impressionista, na mesma tela, e que 
se conectam com outras telas multimídia. A leitura é cada vez menos sequencial. As 
conexões são tantas que o mais importante é a visão ou leitura em flash, no conjunto, 
 
10 
 
uma leitura rápida, que cria significações provisórias, dando uma interpretação rápida 
para o todo, e que vai se completando com as próximas telas, através do fio condutor 
da narrativa subjetiva: dos interesses de cada um, das suas formas de perceber, sentir 
e relacionar-se. 
3 AS DIFICULDADES PARA MUDAR NA EDUCAÇÃO 
 
Fonte: blog.qmagico.com.br 
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar de termos 
educadores maduros, intelectuais e emocionalmente curiosos, que saibam motivar e 
dialogar. 
O educador autêntico é humilde e confiante, mostra o que sabe, porém está 
sempre atento ao novo, ensina aprendendo a valorizar a diferença, a improvisar. 
Aprender por sua vez, é passar da incerteza a uma certeza provisória, pois dará lugar 
as novas descobertas, não há estagnação no sistema de aprendizagem e 
descobertas. O novo deve ser questionado, indagado e não aceito sem análise prévia. 
Por isso é importante termos educadores/ pais, com amadurecimento intelectual, 
emocional, ético que facilite todo o processo de aprendizagem. 
As mudanças na educação dependem também de administradores, diretores e 
coordenadores que atendam todos os níveis do processo educativo. 
Os alunos também fazem parte da mudança. Alunos curiosos e motivados, 
ajudam o professor a educar, pois tornam-se interlocutores e parceiros do professor, 
visando um ambiente culturalmente rico. 
 
11 
 
4 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
 
Fonte: neuropharmlabs.com 
Conhecer significa compreender todas as dimensões da realidade, captar e 
saber expressar essa totalidade de forma cada vez mais ampla e integral. Pensar e 
aprender a raciocinar, a organizar o discurso, submetendo-o a critérios. O 
desenvolvimento da habilidade de raciocínio é fundamental para a compreensão do 
mundo. Além do raciocínio, a emoção facilita ou complica o processo de conhecer. 
A informação dá-se de várias formas, segundo o nosso objetivo e o nosso 
universo cultural. A forma mais habitual é o processamento lógico-sequencial, que se 
expressa na linguagem falada e escrita, na qual o sentido vai sendo construído aos 
poucos, em sequência concatenada. 
A informação de forma hiper-textual, contando histórias, relatando situações 
que se interlaçam, ampliam-se, nos mostrando novos significados importantes, 
inesperados. É a comunicação “linkada”. A construção do pensamento é lógica, 
coerente, sem seguir uma única trilha, como em ondas que vão ramificando-se em 
diversas outras. Hoje, cada vez mais processamos as informações de forma 
multimídia, juntando pedaços de textos de várias linguagens superpostas, que 
compõem um mosaico ou tela impressionista, e que se conectam com outra tela 
multimídico. Uma leitura em flash, uma leitura rápida que cria significações 
provisórias, dando uma interpretação rápida para o todo, através dos interesses, 
percepções, do modo de sentir e relacionar-se de cada um. 
 
12 
 
A construção do conhecimento, a partir do processamento multimídia é mais 
livre, menos rígida, com maior abertura, passa pelo sensorial, emocional e pelo 
racional; uma organização provisória que se modifica com facilidade. Convivemos 
com essas diferentes formas de processamento da informação e dependendo da 
bagagem cultural, da idade e dos objetivos, predominará o processamento sequencial, 
o hipertextual ou o multimídico. 
Atualmente perante a rapidez que temos que enfrentar situações diferentes e 
cada vez mais utilizamos o processo multimídico. A televisão utiliza uma narrativa com 
várias linguagens superpostas, atraentes, rápidas, porém, traz consequências para a 
capacidade de compreender temas mais abstratos. 
Em síntese, as formas de informação multimídia ou hipertextual são mais 
difundidas. As crianças, os jovens sintonizados com esta forma de informação quando 
lidam com textos, fazem-no de forma mais fácil com o texto conectado através de 
links, o hipertexto. 
O livro então se torna uma opção menos atraente. Não podemos, nos limitar 
em uma ou outra forma de lidar com a informação, devemos utilizar todas em diversos 
momentos. 
Há um tipo de conhecimento multimídico de respostas rápidas que é 
importante. É preciso saber selecionar para encontrar conexões, causas e efeitos, 
tudo é fluido e válido, tudo tem sua importância e em pouco tempo perde o valor 
anterior. 
É uma atitude que se manifesta no navegar na Internet, ao deixar-se ficar diante 
da televisão, numa salada de dados, informações e enfoques. As pessoas não 
permanecem passivas, elas interagem de alguma forma, mas muitos não estão 
preparados para receber tal variedade de dados e adotam a última moda na mídia ou 
na roupa, que efêmeros, são facilmente esquecidos e/ou substituídos. 
Tornamo-nos cada vez mais dependentes do sensorial. É bom, mas muitos não 
partem do sensorial para voos mais ricos, mais abertos, inovadores. Muitos dados e 
informações não significam necessariamente mais e melhor conhecimento. O 
conhecimento torna-se produtivo se o integrarmos em uma visão ética pessoal, 
transformando-o em sabedoria, em saber pensar para agir melhor. 
 
13 
 
5 CAMINHOS QUE FACILITAM A APRENDIZAGEM 
 
Fonte: www.douradosnews.com.br 
Podemos extrair alguma informação ou experiência de tudo, de qualquer 
situação, leitura ou pessoa, que nos possa ajudar a ampliar o nosso conhecimento, 
para confirmar o que já sabemos ou rejeitar determinadas opiniões. 
Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação 
significativa, escolher as verdadeiramente importantes, a compreendê-las de forma 
cada vez mais abrangente e profunda. 
Aprendemos melhor, quando vivenciamos, experimentamos, sentimos, 
descobrindo novos significados, antes despercebidos. Aprendemos mais, quando 
estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, 
entre a teoria e a prática: quando uma completa a outra. 
Aprendemos quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional, o 
emocional, o ético, o pessoal e o social. 
Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo. Aprendemos pelo 
interesse, pela necessidade. 
Aprendemos quando percebemos o objetivo, a utilidade de algo, que nos traz 
vantagens perceptíveis. 
Aprendemos pela criação de hábitos, pela automatização de processos, pela 
repetição. Aprendemos mais, quandoconseguimos juntar todos os fatores: temos 
 
14 
 
interesse, motivação clara, desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de 
aprendizagem e sentimos prazer no que estudamos. 
Aprendemos realmente quando conseguimos transformar nossa vida em um 
processo constante, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. 
6 CONHECIMENTO PELA COMUNICAÇÃO E PELA INTERIORIZAÇÃO 
 
Fonte: ska0tdcdzvep6gy0-zippykid.netdna-ssl.com 
A informação é o primeiro passo para conhecer. Conhecer é relacionar, 
integrar, contextualizar, fazer nosso o que vem de fora. Conhecer a aprofundar os 
níveis de descoberta, é conseguir chegar ao nível de sabedoria, da integração total. 
O conhecimento se dá no processo rico de interação externo e interno. 
Conseguimos compreender melhor o mundo e os outros, equilibrando os processos 
de interação e de interiorização. 
Pela interação, entramos em contato com tudo o que nos rodeia, captamos as 
mensagens, mas a compreensão só se completa com a interiorização, com o 
processo de síntese pessoal de reelaboração de tudo que captamos pela interação. 
Os meios de comunicação puxam-nos em direção ao externo. Hoje há mais 
pessoas voltadas para fora do que para dentro de si, mais repetidoras do que 
criadoras; se equilibrarmos o interagir e o interiorizar conseguiremos avançar mais e 
compreender melhor o que nos rodeia, o que somos. 
 
15 
 
Os processos de conhecimento dependem do social, do ambiente onde 
vivemos. O conhecimento depende significativamente de como cada um processa as 
suas experiências, quando crianças, principalmente no campo emocional. 
As interferências emocionais, os roteiros aprendidos na infância, levam as 
formas de aprender automatizadas. Um deles é o da passagem da experiência 
particular para a geral, chamado generalização. Com a repetição de situações 
semelhante a tendência do cérebro é a de acreditar que elas acontecerão sempre do 
mesmo modo, e isso torna-se algo geral, padrão. 
Com a generalização, facilitamos a compreensão rápida, mas podemos 
deturpar ou simplificar a nossa percepção do objetivo focalizado. Esses processos de 
generalização levam a mudanças, distorções, a alterações na percepção da realidade. 
Se nossos processos de percepção estão distorcidos, podem nos levar desde 
pequenos a enxergar-nos de forma negativa. Um dos eixos de mudança na educação 
seria um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos, 
comunidade, incluindo os funcionários e os pais. Só aprendemos dentro de um 
contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Autoritarismo não vale a 
pena, pois os alunos não aprendem a ser cidadãos. 
As organizações que quiserem evoluir terão que aprender a reeducar-se em 
ambientes de mais confiabilidade, de cooperação, de autenticidade. 
7 PODEMOS MODIFICAR A FORMA DE ENSINAR 
Cada organização através de seus administradores precisa encontrar sua 
forma de ensinar, criando um projeto inovador. 
Para encaminhar nossas dificuldades em ensinar poderiam ser estas algumas 
pistas: 
 Equilibrar o planejamento institucional e o pessoal nas organizações 
educacionais; 
 Integrar em planejamento flexível com criatividade sinérgica; 
 Realizar um equilíbrio entre flexibilidade, que está ligada ao conceito de 
liberdade, criatividade e a organização; 
 Avançar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando 
conexões com o cotidiano, com o inesperado; 
 
16 
 
 Equilibrar: planejamento e criatividade; 
 Aceitar os imprevistos, gerenciar o que podemos prever e a incorporar o 
novo; 
 Criatividade que envolve sinergia, valorizando as contribuições de cada um. 
Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade, espaço-temporal, 
pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos, mais pesquisas. 
Uma das dificuldades da aprendizagem é conciliar a extensão das informações, 
a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão. O 
papel principal do professor é ensinar o aluno a interpretar os dados, a relacioná-los, 
a contextualizá-los. Aprender depende também do aluno de que ele esteja maduro 
para entender a informação. 
É importante não começar pelos problemas, erros, pelo negativo, pelos limites, 
mas sim pela educação positiva, pelo incentivo, pela esperança. 
8 O DOCENTE COMO ORIENTADOR/ MEDIADOR DA APRENDIZAGEM 
O professor é um pesquisador em serviço. Aprende com a pesquisa com a 
prática e ensina a partir do que aprende. O seu papel é fundamentalmente o de um 
orientador/ mediador: 
 Orientador/mediador/intelectual: informa, ajuda a escolher as 
informações mais importantes, fazendo os alunos compreendê-las e 
adaptá-las aos seus conceitos pessoais. Ajuda a ampliar a compreensão 
de tudo. 
 Orientador/ mediador/ emocional: motiva, incentiva, estimula. 
 Orientador/ mediador gerencial e comunicacional: organizam grupos, 
atividades de pesquisas, ritmos, interações. Organiza o processo de 
avaliação, é a ponte principal entre as instituições, os alunos e os demais 
grupos envolvidos da comunidade. Ajuda a desenvolver todas as formas 
de expressão, de interação de sinergia, de troca de linguagem, conteúdos 
e tecnologias. 
 Orientador ético: ensina a assumir, vivenciar valores construtivos, 
individuais e socialmente vai organizando continuamente seu quadro 
referencial de valores, ideias, atitudes, tendo alguns eixos fundamentais 
 
17 
 
comuns como a liberdade, a cooperação, a integração pessoal. 
 
Alguns princípios metodológicos norteadores: 
 
 Integrar tecnologia, metodologias e atividades. 
 Integrar textos escritos, comunicação oral, hipertextual, multimídia. 
 Aproximação da mídia e das atividades para que haja um fácil trânsito 
de um meio ao outro. 
 Trazer o universo do audiovisual para dentro da escola. 
 Variação no modo de dar aulas e no processo de avaliação. 
 Planejar e improvisar, ajustar-se às circunstâncias, ao novo. 
 Valorizar a presença e a comunicação virtual, 
 Equilibrar a presença e a distância. 
9 INTEGRAR AS TECNOLOGIAS DE FORMA INOVADORA 
 
Fonte: tecnologia.culturamix.com 
É importante na aprendizagem integrar todas as tecnologias: as telemáticas, as 
audiovisuais, lúdicas, as textuais, musicais. 
Passamos muito rapidamente do livro, para a televisão e o vídeo e destes para 
a Internet sem saber explorar todas as possibilidades de cada meio. O docente deve 
 
18 
 
encontrar a forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os 
procedimentos metodológicos. 
10 INTEGRAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA ESCOLA 
Antes de chegar à escola a criança passa por processos de educação 
importantes como o familiar e o da mídia eletrônica e neste ambiente vai 
desenvolvendo suas conexões cerebrais, roteiros mentais, emocionais e linguagem. 
A criança aprende a informar-se, a conhecer os outros, o mundo e a si mesma. 
A relação com a mídia eletrônica é prazerosa e sedutora, mesmo durante o período 
escolar, a mídia mostra o mundo de outra forma, mais fácil, agradável. A mídia 
continua educando como contraposto à educação convencional, educa enquanto 
entretém. 
 
 
Fonte: arquiedtecnologica.blogspot.com.br 
Os meios de comunicação desenvolvem formas sofisticadas de comunicação 
e opera imediatamente com o sensível, o concreto, a imagem em movimento. O olho 
nunca consegue captar toda a informação, então o essencial, o suficiente é escolhido 
para dar sentido ao caos e organizar a multiplicidade de sensações e dados. 
A organização da narrativa televisiva baseia-se numa lógica mais intuitiva, mais 
conectiva, portanto não é uma lógica convencional, de causa-efeito. 
 
19 
 
A televisão estabelece uma conexão aparentemente lógica entre mostrar e 
demonstrar: “se uma imagem impressiona então é verdadeira”. Também é muito 
comum a lógica de generalizar a partir de uma situação concreta, do individual, 
tendemos ao geral. Ex: dois escândalos na família real inglesa e setira conclusões 
sobre a ética da realeza como um todo. Uma situação isolada converte-se em uma 
situação padrão. 
11 INTEGRAR A TELEVISÃO E O VÍDEO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR 
 
Fonte: www.comshalom.org 
Vídeo para o aluno significa descanso e não aula. Essa expectativa deve ser 
aproveitada para atrair o aluno. A televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, 
daquilo que toca todos os sentidos. 
Televisão e vídeo exploram também o ver, o visualizar, ter diante de nós as 
pessoas, os cenários, cores, relações espaciais, imagens estáticas e dinâmicas, 
câmaras fixas ou em movimento, personagens quietos ou não. 
A fala aproxima o vídeo do cotidiano, de como as pessoas se comunicam, 
enquanto o narrador costura as cenas, dentro da norma culta, orientando a 
significação do conjunto. A música e os efeitos sonoros servem como evocação de 
situações passadas próximas às personagens do presente e cria expectativas. 
A televisão e o vídeo são sensoriais, visuais as linguagens se interagem não 
são separadas. As linguagens da T.V. e do vídeo respondem à sensibilidade dos 
jovens e de adultos. Dirigem-se mais à afetividade do que a razão. O jovem vê para 
compreender a linguagem audiovisual, desenvolve atitudes perceptivas como a 
 
20 
 
imaginação enquanto a linguagem escrita desenvolve mais a organização, a 
abstração e a análise lógica. 
11.1 Propostas de utilização da televisão e do vídeo na educação escolar 
 Começar com os vídeos mais simples, próximos a sensibilidade dos 
alunos e depois partir para exibição de vídeos mais elaborados. 
 Vídeo como sensibilização: Um bom vídeo é interessante para introduzir 
um novo assunto, despertando e motivando novos temas. 
 Para a sala de aula realidades distantes do aluno. 
 Vídeo como simulação: É uma ilustração mais sofisticada, pois pode 
simular experiências de química que seriam perigosas em laboratórios. Pode 
mostrar o crescimento de uma planta, da semente até a maturidade. 
 Vídeo como conteúdo de ensino: Mostra o assunto de forma direta 
orientando e interpretando um tema de foram indireta, permitindo abordagens 
diversas deste tema. 
 Vídeo como produção: Registro de eventos, estudo do meio, 
experiências, entrevistas, depoimentos. 
 Vídeo como intervenção: Interferir, modificar um determinado programa, 
acrescentar uma nova trilha sonora ou introduzir novas cenas com novos 
significados. 
 Vídeos como expressão: Como nova forma de comunicação adaptada 
à sensibilidade das crianças e dos jovens. Produzem programas informativos 
feitos pelos próprios alunos. 
 Vídeo integrando o processo de avaliação: dos alunos e do professor. 
 Televisão/vídeo – espelho: Os alunos veem-se nas telas, discutindo 
seus gestos, cacoetes, para análise do grupo e dos papéis de cada um. 
Incentiva os mais retraídos e corrige os que falam muito.Algumas dinâmicas de 
análise da televisão e do vídeo 
Análise em conjunto: O professor exibe as cenas principais e as comenta junto 
com os alunos. O professor não deve ser o primeiro a opinar e sim posicionar-se 
depois dos alunos. 
 
21 
 
Análise globalizante: Depois da exibição do vídeo abordar os alunos a respeito 
das seguintes questões: 1- aspectos positivos do vídeo. 2-aspectos negativos. 3- 
ideias principais que foram abordadas. 4- o que eles mudariam no vídeo. Discutir 
essas questões em grupos, que são depois relatadas por escrito, o professor faz a 
síntese final. 
Leitura concentrada: Escolher depois uma ou duas cenas marcantes e revê-las 
mais vezes. Observar o que chamou a atenção. 
Análise funcional: Antes da exibição do vídeo escolar, alguns alunos para 
desenvolverem algumas funções, anotar palavras chaves, imagens mais 
significativas, mudanças acontecidas no vídeo, tudo será anotado no quadro e 
posteriormente comentado pelo professor. 
Análise da linguagem: Reconstrução da história, como é contada a história, que 
ideias foram passadas, quais as mensagens não questionadas, aceitas sem 
discussão, como foram apresentados a justiça, o trabalho, o amor, o mundo e como 
cada participante reagiu. 
Completar o vídeo: Pedir aos alunos apara modificarem alguma parte do vídeo, 
criar um novo material, adaptado à sua realidade. 
Vídeo produção: Fazer uma narrativa sobre um determinado assunto. Pesquisa 
em jornais, revistas, entrevistar pessoas e exibir em classe. 
Vídeo espelho: A câmara registra pessoas ou grupos e depois se observa e 
comenta-se o resultado. 
Vídeo dramatização: Usar a representação teatral, pelos alunos, expressar o 
que o vídeo mostrou. 
Comparar versões: Observar os pontos de convergência e divergências do 
vídeo. Ótimo para aulas de literatura. Comparar o vídeo e a obra literária original. 
12 O COMPUTADOR E A INTERNET 
O computador permite cada vez mais pesquisar, simular situações, testar 
conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugar e ideias. Com a Internet 
pode-se modificar mais facilmente a forma de ensinar e aprender. Procurar 
estabelecer uma relação de empatia com os alunos, procurando conhecer seus 
 
22 
 
interesses, formação e perspectivas para o futuro. É importante para o sucesso 
pedagógico a forma de relacionamento professor/aluno. 
 
 
Fonte: www.primecursos.com.br 
Descobrir as competências dos alunos motivá-los para aprender, para 
participar de aula-pesquisa e para a tecnologia que será usada entre elas a Internet. 
O professor pode criar uma página pessoal na Internet, um lugar de referência 
para cada matéria e para cada aluno. Orientar os alunos para que estes criem suas 
páginas e participem de pesquisas em grupo, discutam assuntos em chats. O papel 
do professor amplia-se – do informador transforma-se em orientador de 
aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação dentro e fora da sala de 
aula. 
 
Lista eletrônica/ Fórum 
Incentivar os alunos a aprender navegar na Internet e que todos tenham seu 
endereço eletrônico (e-mail), e com isso criar uma lista interna de cada turma que irá 
ajudar a criar uma conexão virtual entre eles. 
Aulas – pesquisa 
Transformar uma parte das aulas em processos contínuo de informação, 
comunicação e pesquisa, equilibrando o conhecimento individual e o grupal, entre o 
professor- coordenador- facilitador e os alunos, participantes ativos. 
Trabalhar os temas do curso coletivamente, mas pesquisando mais 
individualmente ou em pequenos grupos os temas secundários. Os grandes temas 
 
23 
 
são coordenados pelo professor e pesquisados pelos alunos. Assim o papel do aluno 
não é de executar atividades, mas o de co-pesquisador responsável pelo resultado 
final do trabalho. 
O professor coordena a escolha de temas ou questões mais específicas, 
procura ajudar a ampliar o universo alcançado pelos alunos, a problematizar, a 
descobrir novos significados das informações. 
 
Construção cooperativa 
A Internet favorece a construção cooperativa, ou seja, o trabalho conjunto de 
professor e alunos. 
Um modo interessante de cooperativismo é criar uma página dos alunos, um 
espaço virtual de referência, onde vai sendo colocado o que acontece de mais 
importante no curso. Pode ser um site provisório ou um conjunto de sites individuais. 
É importante combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula, conhecer-
nos motivar-nos, reencontrar-nos com o que podemos fazer a distância, comunicar-
nos, quando necessário e acessar os materiais construídos em conjunto na 
homepage. 
O espaço de trocas de conhecimento transita da sala de aula para o virtual. 
13 PREPARAR OS PROFESSORES PARA A UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR E 
DA INTERNET 
Tanto o professor como o aluno têm que estar atentos às novas tecnologias, 
principalmente à Internet. Para tanto é necessário que haja salas de aula conectadas 
e adequadas para pesquisa, laboratórios bem equipados. Facilitar o acesso de alunos 
e da escola aos meios de informática, diminuir a distância que separa os que podem 
e os que não podem pagarpelo acesso à informação. 
Ajudar na familiarização com o computador e no navegar na Internet, na 
utilização pedagógica da Internet e dos programas multimídia. Ensiná-los a fazer 
pesquisa interagindo com o mundo. 
 
24 
 
 
Fonte: www.gazetadopovo.com.br 
13.1 Questões que a Internet coloca aos professores 
Utilizar a Internet para ensinar exige muita atenção dos professores. Não se 
deter diante de tantas possibilidades de informação, saber selecionar as mais 
importantes. Uma página bem apresentada, atraente dever ser imediatamente 
selecionada e pesquisada. A Internet facilita a motivação dos alunos, pela novidade e 
pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. 
A Internet ajuda a desenvolver a intuição, a flexibilidade mental e a adaptação 
a ritmos diferentes: A intuição porque as informações vão sendo descobertas por 
acerto e erro. Desenvolve a flexibilidade, porque as maiores partes das sequências 
são imprevisíveis, abertas. 
Na Internet também desenvolvemos novas formas de comunicação 
principalmente escrita. Escrevemos de forma mais aberta, hipertextual, 
multilinguística; todos se esforçam para escrever bem. A comunicação afetiva, a 
criação de amigos em diferentes países é um outro grande resultado, individual e 
coletivo, dos projetos. 
13.2 Alguns problemas no uso da Internet na educação 
Os dados e informações são muitos, e, portanto, gera uma certa confusão entre 
informação e conhecimento. 
 
25 
 
Na informação os dados organizam-se dentro de uma lógica, de uma estrutura 
determinada. 
Conhecimento é integrar a informação no nosso referencial tornando-a 
significativa para nós. Alguns alunos estão acostumados a receber tudo pronto do 
professor e, portanto não aceitam esta mudança na forma de ensinar. 
Também há os professores que não aceitam o ensino multimídia, porque 
parece um modo de ficar brincando de aula. 
Na navegação muitos alunos se perdem pelas inúmeras possibilidades de 
navegação e acabam se dispersando. Deve-se orientá-los a selecionar, comparar, 
sintetizar o que é mais relevante, possibilitando um aprofundamento maior e um 
conhecimento significativo. 
14 MUDANÇAS NO ENSINO PRESENCIAL COM TECNOLOGIA 
Muitos alunos já começam a utilizar o notebook para pesquisa, para solução de 
problemas. O professor também acompanha esta mudança motivando os alunos 
através dos avanços tecnológicos. Teremos com esta atitude mais ambientes de 
pesquisa grupal e individual em cada escola; ex: as bibliotecas transformam-se em 
espaços de integração de mídias e banco de dados. 
Com isto haverá mais participação no processo de comunicação, tornando a 
relação professor/aluno mais aberta e interativa, mais integração entre sociedade e a 
escola, entre aprendizagem e a vida. 
14.1 Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula? 
Aprendemos e ensinamos com programas que apresentam o melhor da 
educação presencial com as novas formas virtuais; porém há momentos que 
precisamos encontrar-nos fisicamente, em geral no começo e no final de um assunto 
ou curso.Equilibrar o presencial e o virtual 
Dificuldades no ensino presencial não serão resolvidos com o virtual. Unir os 
dois modos de comunicação o presencial e o virtual e valorizando o melhor de cada 
um é a solução. 
 
26 
 
As atividades que fazemos no presencial como comunidades, criação de 
grupos afins. Definir objetivos, conteúdos, formas de pesquisas e outras informações 
iniciais. A comunicação virtual permite interações espaço-temporais mais livres, 
adaptação a ritmos diferentes dos alunos novos contatos com pessoas semelhantes, 
mas distantes, maior liberdade de expressão à distância. 
Com o processo virtual o conceito de curso, de aula também muda. As crianças 
têm mais necessidade do contato físico para ajudar na socialização, mas nos cursos 
médios e superiores, o virtual superará o presencial. Menos salas de aulas e mais 
salas ambientes, de pesquisa, de encontro, interconectadas. 
Na educação, o presencial se virtualiza e a distância se presencializa. Os 
encontros em um mesmo espaço físico se combinam com os encontros virtuais, a 
distância, através da Internet. E a educação a distância cada vez pode aproximar mais 
as pessoas, pelas conexões on-line, em tempo real, que permite que professores e 
alunos falem entre si e formem pequenas comunidades de aprendizagem. 
Os cursos presenciais podem ser combinados com tempos e espaços não 
presenciais. Podemos sair, em determinados momentos de um curso, da sala de aula. 
Podemos aprender também em ambientes virtuais, combinando-os com os 
presenciais. E na educação a distância, com a comunicação on-line, podemos 
encontrar-nos mais, saindo do isolamento que costumavam ter. 
O objetivo dos cursos presenciais e virtuais é o mesmo: que os alunos 
aprendam. Podem mudar algumas formas de ensinar, de organizar a aprendizagem, 
as mídias, mas no conjunto os processos são semelhantes. Discute-se bastante a 
autonomia e identidade pedagógicas dos cursos a distância. Com a comunicação on-
line, a pedagogia do presencial se modifica e a da educação a distância também. Há 
uma convergência de métodos e técnicas de ensino-aprendizagem, com diferentes 
ênfases. 
Em educação a distância avançamos muito nestes últimos anos. Temos grupos 
que se estão consolidando. Aumentam os cursos de graduação e de especialização. 
Mas, em geral, só falamos dos resultados positivos, dos números impressionantes de 
alunos que temos. Pouco se fala dos problemas, das dúvidas. Corremos o risco de 
fornecer diplomas a muitas turmas, sem saber se eles realmente aprenderam (da 
mesma forma que no presencial). 
 
27 
 
Aprendemos além da sala de aula. Aprendemos em ambientes ricos de 
interação e de apoio. As grandes universidades criam ambientes diversos, variados, 
que facilitam a aprendizagem: eventos, congressos, seminários, grupos de pesquisa, 
laboratórios, bibliotecas, restaurantes... 
O grande desafio do ambiente virtual é recriar a riqueza de possibilidades de 
aprendizagem do bom campus presencial. Os cursos se baseiam em conteúdo, 
exercícios e alguma interação. Faltam outros serviços, ambientes diversificados, 
atividades paralelas. A educação a distância pode ser de qualidade, de primeiro nível, 
se ampliar as possibilidades de interação, a qualidade do conteúdo, dos educadores 
e orientadores, a metodologia inovadora, a variedade de opções de aprendizagem. 
Novas questões se colocam na educação presencial e a distância: 
· Como organizar o processo de aprendizagem alternando e integrando a aula 
física e a aula on-line. Como organizar o processo de aprendizagem a distância, de 
forma mais participativa, envolvente, equilibrando o individual e o grupal. 
Ensinar e aprender, hoje, não se limita ao trabalho dentro da sala de aula. 
Implica em modificar o que fazemos dentro e fora dela, no presencial e no virtual, 
organizar ações de pesquisa e de comunicação que possibilitem continuar 
aprendendo em ambientes virtuais, acessando páginas na Internet, pesquisando 
textos, recebendo e enviando novas mensagens, discutindo questões em fóruns ou 
em salas de aula virtuais, divulgando pesquisas e projetos. 
Tendo acesso à Internet, podemos flexibilizar a forma de organizar os 
momentos de sala de aula e os de aprendizagem virtual de forma integrada e 
alternada. 
No ensino superior precisamos criar a cultura da educação on-line em 
professores, alunos e nas instituições. Que todos se acostumem a utilizar a Internet 
fora da sala de aula, como uma parte integrante do curso. Os cursos podem alternar 
momentos de encontro numa sala de aula e outros em que continuamos aprendendo 
cada um no seu lugar de trabalho ou em casa, conectados através de redes 
eletrônicas. 
O curriculum pode ser flexibilizado, segundo a portaria 2253 do MEC, em 20% 
da carga total. Algumas disciplinas podem ser oferecidas total ou parcialmente a 
distância. O vinte por cento é umaetapa inicial de criação de cultura on-line. Mais 
tarde, cada universidade irá definir qual é o ponto de equilíbrio entre o presencial e o 
 
28 
 
virtual em cada área do conhecimento. Não podemos definir a priori uma porcentagem 
aplicável de forma generalizada a todas as situações. Algumas disciplinas necessitam 
de maior presença física, como as que utilizam laboratório, as que precisam de 
interação corporal (dança, teatro…). O importante é experimentar diversas soluções 
para diversos cursos. Todos estamos aprendendo. Nenhuma instituição está muito na 
frente no ensino superior inovador on-line. 
Podemos começar com algumas disciplinas, apoiando os professores mais 
familiarizados com as tecnologias e que se dispõem a experimentar e ir criando a 
cultura do virtual, o conhecimento dentro de cada instituição para avançar para 
propostas curriculares mais complexas, integradas e flexíveis, até encontrar em cada 
área de conhecimento e em cada instituição qual é o ponto de equilíbrio entre o 
presencial e o virtual. Dentro de poucos anos esta discussão do presencial e a 
distância terá muito menos importância. Caminhamos para uma integração dos 
núcleos de educação a distância com os atuais núcleos ou coordenações 
pedagógicas dos cursos presenciais. A maioria dos cursos de graduação e de pós-
graduação serão semipresenciais e os cursos a distância terão muitas formas de 
aproximação presencial-virtual (maior contato audiovisual entre os participantes). 
Existem dificuldades sérias na mudança de paradigma no ensino superior. A 
primeira é o peso da sala de aula. Desde sempre aprender está associado a ir a uma 
sala de aula e lá concentramos os esforços dos últimos séculos para o gerenciamento 
da relação entre ensinar e aprender. O modelo cultural e burocrático predominante 
nas organizações educacionais exerce também um peso avassalador na inércia frente 
a necessidade de inovar. Tudo é planejado ou decidido de cima para baixo. Os 
prédios, os currículos, a contratação de professores são feitos em função do 
atrelamento (muitas vezes, confinamento) a salas de aula. 
Os professores aprenderam como alunos a relacionar-se com o modelo 
convencional de ensinar-aprender dentro de um espaço bem específico que é a escola 
e dentro dela a sala de aula. O papel principal que os professores assumem ainda é 
o de responsáveis por uma determinada área do conhecimento e insistem em utilizar 
predominantemente métodos expositivos com alguma (pouca) interação. Os alunos, 
por sua vez, estão acostumados a ficar ouvindo, em geral, passivos, o que os 
professores falam e esperam da universidade que lhes ofereçam em bandeja as 
informações prontas. Nas faculdades particulares é frequente ouvir: "Eu pago, eu 
 
29 
 
quero que me ensinem" e reclamam quando o professor exige mais pesquisa e 
trabalho em grupo. 
Ambos, professores e alunos, constatam a inadequação desse modelo. Muitos 
intelectualmente sabem que precisam mudar. É frequente o discurso da participação, 
da mudança, mas, na prática, no dia a dia, muitos ainda permanecem aferrados aos 
modelos tradicionais, até porque não existem muitas experiências inovadoras perto 
de onde eles lecionam. Por todos esses fatores, é difícil manter a motivação de forma 
permanente. 
Existem professores que possuem qualidades pessoais de comunicação, que 
são "show-men", que sabem contar estórias, utilizar metáforas, piadas e outros 
recursos retóricos. Mas é difícil manter esse "pique" quando se dão muitas aulas por 
dia, ao longo de um semestre. Por outro lado, está comprovado que aprendemos mais 
pela experimentação do que só pela audição. É importante que o aluno se mova, 
pesquise, corra atrás, vivencie, entre em contato, comunique os resultados e reflita 
para aprender de forma mais profunda. 
É difícil manter a motivação no presencial e muito mais no virtual, se não 
envolvermos os alunos em processos participativos, afetivos, que inspirem confiança. 
Os cursos que se limitam à transmissão de informação, de conteúdo, mesmo que 
esteja brilhantemente produzido, correm o risco da desmotivação a longo prazo e, 
principalmente, de que a aprendizagem seja só teórica, insuficiente para dar conta da 
relação teoria/prática. Em sala de aula, se estivermos atentos, podemos mais 
facilmente obter feedback dos problemas que acontecem e procurar dialogar ou 
encontrar novas estratégias pedagógicas. No virtual, o aluno está mais distante, 
normalmente só acessível por e-mail, que é frio, não imediato ou por um telefonema 
eventual, que é mais direto, mas num curso a distância encarece o custo final. 
Com os processos convencionais de ensino e com a atual dispersão da atenção 
da vida urbana, fica muito difícil a autonomia, a organização pessoal, indispensável 
para os processos de aprendizagem a distância. O aluno desorganizado vai deixando 
passar o tempo adequado para cada atividade, discussão, produção e pode sentir 
dificuldade em acompanhar o ritmo de um curso. Isso atrapalha sua motivação, sua 
própria aprendizagem e a do grupo, o que cria tensão ou indiferença. Esses alunos 
pouco a pouco vão deixando de participar, de produzir e muitos têm dificuldade, a 
distância, em retomar a motivação, o entusiasmo pelo curso. No presencial, uma 
 
30 
 
conversa dos colegas mais próximos, do professor, pode ajudar a voltar a participar 
do curso. Á distância é possível, mas não fácil. 
Na educação semipresencial e a distância com jovens teremos os mesmos 
problemas, só que em escala maior, que observamos no presencial. Uma parte dos 
jovens, que sempre dependeram financeiramente dos pais e que não trabalham para 
sustentar-se, se empenha menos, sente menos a necessidade de se dedicar 
seriamente à aprendizagem. Jovens mais entusiastas, motivados ou que trabalham, 
em geral, facilitam o processo de aprendizagem em sala de aula e continuarão 
fazendo-o no virtual. Os que no presencial vão em ritmo lento, provavelmente o 
manterão no virtual, se não houver propostas inovadoras, estimulantes. 
A maior parte dos cursos presenciais e a distância continuam focados no 
conteúdo, focados na informação, no professor, no aluno individualmente, e na 
interação com o professor/tutor. Os cursos hoje devem ser focados na construção do 
conhecimento e na interação; no equilíbrio o individual e o grupal, entre conteúdo e 
interação (aprendizagem cooperativa), um conteúdo em parte preparado e em parte 
construído ao longo do curso. 
Mesmo com tecnologias de ponta, ainda temos grandes dificuldades no 
gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no organizacional, o que dificulta o 
aprendizado rápido. São poucos os modelos vivos de aprendizagem integradora, que 
juntam teoria e prática, que aproximam o pensar do viver. 
O autoritarismo da maior parte das relações humanas interpessoais, grupais e 
organizacionais espelha o estágio atrasado em que nos encontramos individual e 
coletivamente de desenvolvimento humano, de equilíbrio pessoal, de 
amadurecimento social. E somente podemos educar para a autonomia, para a 
liberdade com processos fundamentalmente participativos, interativos, libertadores, 
que respeitem as diferenças, que incentivem, que apoiem, orientados por pessoas e 
organizações livres. 
Mudanças na educação dependem, mais do que das novas tecnologias, de 
termos educadores, gestores e alunos maduros intelectual e emocionalmente, 
pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas 
com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos. 
Os grandes educadores atraem não só pelas suas ideias, mas pelo contato 
pessoal. Dentro ou fora da aula, no presencial ou no virtual, chamam a atenção. Há 
 
31 
 
sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, 
na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. São um poço inesgotável 
de descobertas. 
Vale a pena combinar umapedagogia inovadora, focando a aprendizagem pela 
experiência/ação e reflexão, apoiando-se no desenvolvimento de projetos, solução de 
problemas, e de tornar a aula um processo de pesquisa, comunicação e análise 
significativos. 
Todas as universidades e organizações educacionais, em todos os níveis, 
precisam experimentar como integrar o presencial e o virtual, garantindo a 
aprendizagem significativa. Precisamos vivenciar uma nova pedagogia do presencial 
e do virtual. Não temos muitas referências anteriores que transitem pelo presencial e 
pelo virtual de forma integrada. Até agora temos ou cursos em sala de aula ou cursos 
a distância, criados e gerenciados por grupos em núcleos específicos, pouco próximos 
da educação presencial. É importante que os núcleos de educação a distância das 
universidades saiam do seu isolamento e se aproximem dos departamentos e grupos 
de professores interessados em flexibilizar suas aulas, que facilitem o trânsito entre o 
presencial e o virtual. 
Do ponto de vista didático, podemos valorizar o melhor do presencial e o do 
virtual. O que fazemos melhor ou mais rapidamente quando estamos juntos numa sala 
de aula? É mais fácil conhecer-nos, criar laços, mapear os grupos, as pessoas. É mais 
fácil organizar o processo de ensino-aprendizagem, a sequência de leituras, 
atividades, pesquisas individuais e de grupo, o cronograma, a metodologia. É mais 
fácil também que o professor ajude os alunos a ter as referências iniciais de um tema, 
o estado da arte de um assunto, os cenários de uma pesquisa. 
Depois desses contatos pessoais, podemos ir ao virtual e aí aproveitar as 
vantagens que nos propicia. A flexibilidade de tempo e lugar para acessar. Cada um 
organiza o curso dentro das outras atividades pessoais e profissionais. Além dessa 
liberdade de organização e de acesso, podemos no virtual desenvolver atividades de 
pesquisa individual e em pequenos grupos. Cada grupo pode ter seu próprio espaço 
de comunicação para eventuais trocas de resultados, antes de divulga-los para toda 
a classe. Podemos discutir alguns textos, fazer comentários num fórum ou em alguns 
momentos em um chat ou sala de bate-papo. Podemos tirar dúvidas com algum 
professor ou assistente sem ter que ir pessoalmente a um lugar. Podemos divulgar os 
 
32 
 
resultados das pesquisas individuais e grupais em algum espaço da página do curso 
e aprendermos juntos. E depois podemos voltar a encontrar-nos fisicamente para 
aprofundar os resultados obtidos no virtual, fazer as sínteses possíveis e encaminhar 
uma nova etapa de aprendizagem, sempre envolvendo os alunos, com prática, leitura 
e reflexão. 
Não podemos perder de vista, a integração dos dois espaços - presencial e o 
virtual - e de fazer transições suaves entre ambos. Provavelmente necessitaremos de 
encontros mais frequentes no começo de um curso e depois podemos espaça-los à 
medida que sintamos mais confiança, conhecimento das pessoas e dos 
procedimentos didáticos. 
Nas primeiras aulas é importante motivar os alunos para o curso, criar boas 
expectativas, estabelecer laços de confiança e organizar o processo de 
aprendizagem. Podemos valorizar os primeiros encontros com os alunos para que se 
tornem agradáveis, interessantes, cativantes. Isso facilita todo o processo posterior. 
Se os alunos compreendem que vale a pena participar do processo de aprender 
juntos, o nosso trabalho fica extremamente facilitado. Depois, procuramos organizar 
uma aula com uma boa apresentação tecnológica (PowerPoint), vivências, navegação 
on-line pela Internet e ideias inovadoras. Damos muita importância a criar um clima 
de apoio, de incentivo, de afeto, partindo de nós. Mostramos que estamos gostando 
de estar lá, que vale a pena investir esse tempo juntos, porque todos vamos aprender 
muito (eu também). Procuramos ter uma sala de aula o mais rica possível de 
tecnologias: computador e multimídia para apresentação e ponto de Internet para 
acesso on-line. Isso nos permite uma grande flexibilidade na passagem de um 
momento de apresentação de ideias, para outro de ilustração, de pesquisa, de 
contribuições dos alunos. Se um aluno conhece um texto ou site interessante, vai lá e 
o mostra diretamente à classe. Esse clima cordial e otimista contagia à maior parte 
dos alunos e os predispõe a colaborar mais, a dar o melhor de si. 
Como uma parte do curso vai acontecer no ambiente virtual, mostramos esse 
ambiente ao vivo, onde estão os textos, o espaço de colaboração, o que facilita a 
navegação dos alunos depois. 
O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e 
comunicação com os alunos. O espaço de trocas se estende da sala de aula para o 
virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da 
 
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semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, no 
chat. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes 
é importante dar uma bela aula expositiva - com um papel muito mais destacado de 
gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um 
papel de animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita 
atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico. 
Cada curso, cada professor vai fazer isso de forma semelhante e ao mesmo 
diferente. Não podemos padronizar e impor um modelo único do presencial-virtual. 
Cada área do conhecimento precisa mais ou menos do presencial. É importante 
experimentar, avaliar e avançar até termos segurança do ponto de equilíbrio na gestão 
do virtual e do presencial. Creio que a área de humanas e a de exatas ou biológicos 
não podem, em princípio, seguir o mesmo esquema. O ponto de equilíbrio entre o 
presencial e o virtual pode ser diferente. 
14.2 Tecnologias na educação a distância 
Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual, adaptações 
do ensino presencial. Começamos a passar dos modelos individuais para os grupais. 
A educação a distância mudará de concepção, de individualista para mais grupal, de 
isolada para participação em grupos. Educação a distância poderá ajudar os 
participantes a equilibrar as necessidades e habilidades pessoais com a participação 
em grupos-presenciais e virtuais. 
15 ALGUNS CAMINHOS PARA INTEGRAR AS TECNOLOGIAS NUM ENSINO 
INOVADOR 
Na sociedade informatizada, estamos aprendendo a conhecer a comunicar-
nos, ensinar, reaprendendo a integrar o humano e o tecnológico, a integrar o indivíduo, 
o grupal e o social. É importante chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis, 
experiência, imagem, som, dramatizações, simulações. 
 
 
34 
 
 
Fonte: julianadinizfdr.blogspot.com.br 
Partir de onde o aluno está e ajudá-lo a ir do concreto ao abstrato, do vivencial 
para o intelectual. Tanto nos cursos convencionais como nos cursos a distância 
teremos que aprender a lidar com a informação e o conhecimento de formas novas, 
através de muitas pesquisas e comunicação constante. 
Ensinar não é só falar, mas se comunicar, com credibilidade, falando de algo 
que conhecemos e vivenciamos e que contribua para que todos avancemos no grau 
de compreensão do que existe. As principais reações que o bom professor/ educador 
desperta no aluno são: confiança, credibilidade e entusiasmo. 
Necessitamos de pessoas livres nas empresas e nas escolas que modifiquem 
as estruturas arcaicas e autoritárias existentes. Se somos pessoas abertas iremos 
utilizar as tecnologias para comunicar e interagir mais e melhor. 
Se formos pessoas fechadas, desconfiadas, as tecnologias serão usadas de 
forma defensiva. O poder de interação não está nas tecnologias, mas em nossas 
mentes. Ensinar com as novas tecnologias será válido se mudarmos os paradigmas 
convencionais do ensino que mantém a distância de professores entre alunos. 
Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade sem mexer no 
essencial. 
16ARTIGO PARA REFLEXÃO 
Nome do autor: Marilda Aparecida Behrens. 
Data de acesso: 19/08/2016 
Disponível em: http://projetosntenoite.pbworks.com/w/file/fetch/57899810/ PR 
 
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OJETOS%20DE%20APRENDIZAGEM%20COLABORATIVA%20NUM%20PA
RADIGMA%20EMERGENTE.pdf 
17 PROJETOS DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA NUM PARADIGMA 
EMERGENTE 
As perspectivas para o Séc. XXI indicam a educação como pilar para alicerçar 
os ideais de justiça, paz, solidariedade e liberdade. As transformações pelas quais o 
mundo vem passando são reais e irreversíveis. 
O advento da sociedade do conhecimento e a globalização afetam a sociedade. 
Essas mudanças levam a ponderar sobre uma educação planetária, mundial e 
globalizante. O contexto de globalização torna as nações mais interdependentes e 
inter-relacionadas e, ao mesmo tempo mais dependentes de uma estrutura econômica 
neoliberal. 
O advento da economia globalizada e a forte influência dos avanços dos meios 
de comunicação e da informática aliados à mudança de paradigma da ciência não 
comportam um ensino conservador repetitivo e acrítico nas universidades. 
A produção do saber nas áreas do conhecimento leva o professor e o aluno a 
buscar processos de investigação e pesquisa. O aluno precisa ser menos passivo e 
tornar-se criativo, crítico, pesquisador e atuante. O professor precisa agir com critério 
e com visão transformadora. 
17.1 A era digital e a aprendizagem colaborativa 
O desafio imposto aos docentes é mudar o eixo do ensinar para os caminhos 
que levam a aprender. 
Segundo Pierre Lévy (1993) o conhecimento poderia ser apresentado de três 
formas diferentes: a oral, a escrita e a digital. 
A digital não descarta todo o caminho feito pela linguagem oral e escrita. 
A abertura de novos horizontes mais aproximados da realidade 
contemporânea, e das exigências da sociedade depende de uma reflexão crítica do 
papel da informática na aprendizagem e benefícios que a era digital pode trazer para 
o aluno como cidadão, tornando-os transformadores e produtores de conhecimento. 
 
36 
 
O desafio do professor ao propor sua ação docente será levar em consideração 
e contemplar as oito inteligências denominadas por Gardner (1994) como espacial; 
interpessoal, intrapessoal, cenestésico-corporal, linguística ou verbal, lógico-
matemática, musical e naturalista. Além do desenvolvimento das inteligências 
múltiplas é fundamental desenvolver a inteligência emocional (Goleman 1996) para 
desencadear a formação do cidadão. 
Na era das Relações (Moraes 1997) cabe aos gestores e professores derrubar 
barreiras que segregam o espaço e a criatividade dos professores e dos alunos. 
A aprendizagem precisa ser significativa, desafiadora, problematizadora e 
instigante para mobilizar o aluno e o grupo a buscar soluções aos problemas. A 
relação professor/aluno na aprendizagem colaborativa contempla a interdependência 
dos seres humanos. 
17.2 Quatro pilares da aprendizagem colaborativa 
O “Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o 
Séc. XXI”, coordenada por Jacques Delors (1998) aponta a necessidade de uma 
educação continuada. A aprendizagem ao longo da vida, assentada em quatro 
pilares: 
- Aprender a conhecer. 
- Aprender a fazer. 
- Aprender a viver juntos. 
- Aprender a ser. 
 
Aprender a conhecer - Este tipo de aprendizagem visa não um repertório de 
saberes mas o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Compreender o 
mundo que o rodeia para viver dignamente e desenvolver suas capacidades. Com 
essa visão enfatiza-se ter prazer em descobrir, em investigar, em ter curiosidade, em 
construir o conhecimento. 
Segundo Gadotti aprender a conhecer implica ter prazer de compreender, 
descobrir, construir e reconstruir o conhecimento. 
O aluno precisa ser instigado a buscar o conhecimento, a ter prazer em 
conhecer, a aprender a pensar, elaborar as informações para aplicá-la à realidade. 
 
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Como segundo pilar Delors apresenta o “aprender a fazer” - aprendizagem 
associada ao aprender a conhecer. 
Aliando aprender a conhecer e aprender a fazer, o professor precisa superar a 
dicotomia teórica e pratica, estas devem caminhar juntas. 
Todos os seres vivos interagem e são interdependentes uns dos outros. Buscar 
a superação das verdades absolutas e inquestionáveis, do positivismo, da 
racionalidade e do pensamento convergente. 
“A natureza não são blocos isolados, mas uma complexa teia de relações entre 
as várias partes de um todo unificado” (Capra). Visão na qual o mundo é um 
complicado tecido de eventos, que se interconectam e se combinam, determinando o 
todo. 
A escola precisa ensinar os alunos a refletir sobre a realidade para que possam 
administrar conflitos, pensamentos divergentes e respeitar a opinião dos outros; 
“aprender a viver juntos” 
O quarto pilar apresentado refere-se ao “aprender a ser”. Delors recomenda 
“A educação deve contribuir para o desenvolvimento completo da pessoa; espírito e 
corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, 
espiritualidade”. Visão que tenta superar a desumanização do mundo, dando ao 
homem liberdade de pensamento e responsabilidade sobre seus atos. 
17.3 Paradigma emergente na prática pedagógica 
Paradigma emergente é um paradigma inovador que venha atender aos 
pressupostos necessários às exigências da sociedade do conhecimento. Caracterizar 
um paradigma emergente não é tarefa de fácil resposta, mas o que se pode garantir 
é que o paradigma inovador engloba diferentes pressupostos de novas teorias. Por 
exemplo, Moraes (1997) denomina paradigma emergente a aliança entre as 
abordagens vistas construtivas, interacionista, sociocultural e transcendente, onde o 
ponto de encontro entre os autores a busca da visão da totalidade, o enfoque da 
aprendizagem e o desafio de superação da reprodução para a produção do 
conhecimento. 
Behrens(1999) acredita na necessidade de desencadear uma aliança de 
abordagem pedagógica, formando uma teia, da visão holística: 
 
38 
 
 
1) O ensino com pesquisa – Onde professor e aluno tornam-se pesquisadores 
e produtores dos seus próprios conhecimentos. 
2) A abordagem progressiva. Instiga o diálogo e a discussão coletiva. 
3) A visão holística ou sistêmica – busca a superação da fragmentação do 
conhecimento. 
A aliança, a partir das três abordagens, permite uma prática pedagógica 
competente e que dê conta dos desafios da sociedade moderna. 
17.4 Paradigma emergente numa aliança de abordagem pedagógica 
Behrens defende o paradigma emergente, uma aliança entre os pressupostos 
da visão holística, da abordagem progressiva e do ensino com pesquisa 
instrumentalizada. 
O ensino com pesquisa, proposto por Paoli (1998) por Demo (1991) e por 
Cunha (1996) defende uma aprendizagem baseada na pesquisa para a produção de 
conhecimento, superando a reprodução, a cópia e a imitação do pensamento 
newtoniano - cartesiano 
A- O ensino com pesquisa necessita de um professor que perceba o aluno 
como um parceiro. Segundo Demo, ensinar pela pesquisa apresenta fases, 
progressivas desde a interpretação reprodutiva, até a criação e descoberta. O ensino 
com pesquisa leva a acessar, analisar e produzir conhecimentos. 
B- A abordagem progressiva busca a transformação social. Os professores 
progressistas promovem processos de mudança, manifestando-se contra as injustiças 
sociais, atitudes antiéticas, injustiças políticas e econômicas. 
C- A visão holística caracteriza a prática pedagógica num paradigma 
emergente aliada ao ensino com pesquisa e à abordagem progressiva. A proposta 
da visão holística propõe uma sociedade com indivíduos que se pautam nos princípios 
éticos da dignidade humana, da paz, da justiça, do respeito da solidariedade e da 
defesa do meio ambiente. Conhecer o universo como um todo, que leva a 
interconectividade e inter-relações entre os sistemas vivos. 
 
39 
 
17.5 Tecnologiacomo ferramenta para aprendizagem colaborativa 
A tecnologia da informação, pode ajudar a tornar mais acessíveis as políticas 
educacionais dos países, os projetos pedagógicos em todos os níveis, projetos de 
aprendizagem, metodologia de ensino. 
- A exercitação oferece treinamento de certas habilidades. 
- Os programas tutoriais – blocos de informação pedagogicamente organizados 
como se fosse um livro animado em vídeo. 
- Os aplicativos: programas voltados para funções específicas como planilhas 
eletrônicas, processadores de textos e gerenciadores de bancos de dados. 
- Programas de autoria extensão avançada das linguagens de programação, 
permitem que qualquer pessoa crie seus próprios programas, sem que possuam 
conhecimentos avançados de programação. 
- Jogos opção com finalidade de lazer. 
- Simulações – programas que possibilitam a interação com situações 
complexas. Ex: Simuladores de voo. 
O computador é ferramenta auxiliar no processo de “aprender a aprender”. 
18 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E O AVANÇO DOS PROCEDIMENTOS 
Baseada na proposta de Chikering e Ehrmanm (1999) a tecnologia da 
informação pode contribuir para: 
1- Encorajar contato entre estudantes e universidades. 
2- Encorajar cooperação entre estudantes. 
3- Encorajar aprendizagem colaborativa. 
4- Dar retorno e respostas imediatas. 
5- Enfatizar tempo para as tarefas. 
6- Comunicar altas expectativas. 
7- Respeitar talentos e modos de aprender diferente. 
O cyberspace é uma rede que torna todos os computadores participantes e 
seus conteúdos acessíveis aos usuários de qualquer computador ligado a essa rede. 
Possibilitando, via Internet, o acesso a bibliotecas do mundo inteiro, por exemplo: 
numa viagem virtual. 
 
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19 O PARADIGMA EMERGENTE E A APRENDIZAGEM COLABORATIVA 
BASEADA EM PROJETOS 
Os projetos de aprendizagem colaborativos levam em consideração as 
aptidões e competências que o professor pretende desenvolver com seus alunos, cuja 
finalidade é tornar os alunos aptos a atuar como profissionais em suas áreas de 
conhecimento. O professor deve apropriar-se de referências utilizadas na sala de aula 
e fora dela. 
20 PROJETOS DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA NUM PARADIGMA 
EMERGENTE 
A aprendizagem baseada em projetos necessita de um ensino que provoque 
ações colaborativas num paradigma emergente instrumentalizado pela tecnologia 
inovadora. Deve-se contemplar a produção do conhecimento dos alunos e do próprio 
professor. 
21 FASES DO PROJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA 
1ª fase - Apresentação e discussão do projeto 
2ª fase - Problematização do tema 
3ª fase - Contextualização 
4ª fase - Aulas teóricas exploratórias 
5ª fase - Pesquisa individual 
6ª fase - Produção individual 
7ª fase - Discussão coletiva, crítica e reflexiva 
8ª fase - Produção, coletiva 
9ª fase - Produção final 
10ª fase - Avaliação coletiva do projeto 
 
 
41 
 
21.1 1ª fase - Apresentação e discussão do projeto 
Discutir com os alunos cada fase do projeto de aprendizagem, valorizando as 
contribuições dos alunos. 
21.2 2ª fase - Problematização do tema 
Fase essencial do projeto de aprendizagem. Refletir sobre os problemas 
relacionados ao tema, levando os alunos a buscar referenciais que venham contribuir 
com a construção de algumas soluções. 
21.3 3ª fase – Contextualização 
Incita a visão holística do projeto. O professor precisa ficar atento para que na 
contextualização estejam presentes dados da realidade, aspectos sociais e históricos, 
econômicos e outros referentes à problemática levantada. 
21.4 4ª fase - Aulas teóricas exploratórias 
O professor apresenta a temática e os conhecimentos básicos as aulas 
expositivas precisam contemplar os temas, os conteúdos e as informações levando o 
aluno a perceber quais são os assuntos pertinentes a problematização levantada. 
21.5 5ª fase - Pesquisa individual 
O aluno de posse desses conhecimentos precisa buscar, acessar, investigar as 
informações que possam solucionar as problematizações levantadas. 
21.6 6ª fase - Produção individual 
Propor a composição de um texto próprio construído com base na pesquisa 
elaborada pelo aluno e no material disponibilizado pelo grupo. Tarefa que pode ser 
realizada em sala de aula ou fora dela. 
 
 
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21.7 7ª fase - Discussão coletiva, crítica e reflexiva 
Acontece quando o professor desenvolve os textos produzidos individualmente 
e provoca a discussão sobre os dados levantados. Nesse momento os alunos estão 
mais preparados para discutir avanços e suas dificuldades, suas dúvidas. 
21.8 8ª fase - Produção, coletiva 
Revela a possibilidade de aprender a trabalhar em parceria; produzir um texto 
coletivo partindo das produções individuais. 
21.9 9ª fase - Produção final 
É a fase que propicia o espaço para criar, para buscar um salto maior que os 
registrados. Fase que os alunos irão apresentar a produção já finalizada. 
21.10 10ª fase - Avaliação coletiva do projeto 
O professor deve instigar a avaliação de cada fase do projeto. A avaliação 
perante realinhar alguma fase ou atividades propostas no desencadear do projeto de 
aprendizagem. 
22 APRENDIZAGEM PARA A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: A BUSCA DAS 
COMPETÊNCIAS E DA AUTONOMIA. 
Os projetos de aprendizagem possibilitam a produção do conhecimento 
significativo. Os alunos no processo de parceria têm a oportunidade de desenvolver 
competências, habilidades e aptidões que serão úteis a vida toda; focalizando o aluno 
como sujeito crítico e reflexivo no processo de “aprender a aprender”. 
 
 
 
 
 
43 
 
 
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