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Resumo-Direito Constitucional-Aula 33-Direitos Fundamentais-Flavio Martins3

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REGULAR CARREIRAS JURÍDICAS 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
Disciplina: Direito Constitucional 
 Professor: Flávio Martins 
Aula: 33| Data: 12/09/2019 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 
1. Panorama na Constituição Federal 
2. Direito à Vida - Art. 5º, caput, CF 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 
 
1. Panorama na Constituição Federal 
 
Título II - Direitos e Garantias Fundamentais. 
 
Conteúdo: 
 
 Art. 5º, CF - Direitos Individuais e Coletivos; 
 Arts. 6º ao 11 - Direitos Sociais; 
 Arts. 12 e 13 - Direito de Nacionalidade; e 
 Arts. 14 a 17 - Direitos Políticos e Partidos Políticos. 
 
2. Direito à Vida - Art. 5º, caput, CF 
 
Há dois aspectos. Vejamos: 
 
I) Primeiro aspecto: diz respeito ao direito de continuar vivo. Direito de não ser morto. O Estado tem uma obrigação 
de não fazer, não matar. 
 
II) Segundo aspecto: diz respeito ao direito a uma vida digna. O Estado tem obrigação de fazer. 
 
A CF não prevê qual o termo inicial da proteção da vida. -> O Pacto de São Jose da Costa Rica determina que a vida 
deve ser protegida desde a concepção. 
 
Detalhamento: 
 
- Concepção: A Corte Interamericana de Direitos Humanos entende que concepção é o mesmo que nidação 
(implantação no útero materno do óvulo fecundado). – Segundo a Corte, as “pílulas do dia seguinte” (que impedem 
a nidação) não ferem o Pacto de São José. 
 
O direito brasileiro protege a vida intrauterina. – Ex. 1: no Brasil, em regra, o aborto é crime. Ex.2: A Lei de Alimentos 
Gravídicos garante os alimentos desde a gravidez. 
 
- Tratamento Jurídico do Aborto: em regra, o aborto é crime (arts. 124 e seguintes do CP). Todavia, existem duas 
hipóteses de aborto legal (art. 128 do CP): 
 
a) Quando ocorre risco para a vida da gestante (aborto necessário); e 
 
 
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b) Quando a gravidez é decorrente de estupro (aborto sentimental). 
 
Sobre o aborto de anencéfalo: Segundo o STF (ADPF 54), é possível a interrupção da gravidez em caso de 
anencefalia.– O STF não usou a palavra aborto, que consiste em pôr fim à vida uterina. O STF entende que se não 
existe cérebro, não existe vida. Outro fundamento, é a dignidade da pessoa humana da gestante. 
 
Sobre o aborto em caso de microcefalia: O STF ainda não decidiu sobre o tema, embora haja a ADI 5581. O caso é 
mais polêmico, porque já existe vida. - A ONU sugeriu o aborto do feto microcéfalo, porém, uma crítica a isso é o 
risco de Eugenia (eugenia seria selecionar certas doenças para encerrar a vida). 
 
O STF decidiu no HC 124.306 que não é crime o aborto até o terceiro mês de gestação. Está pendente de julgamento 
a ADPF 442.

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