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Prof. Silvana Foá silvana.foa@area1.edu.br 2 08 5FDCS-NT1 Fundações Dia e horário: Quarta-feira - 18:35 às 21:35 CARGA HORÁRIA 3 E-mail: › silvana.foa@area1.edu.br › GOOGLE DRIVE mailto:silvana.foa@area1.edu.br 4 5 6 7 ➢ AP1 – 08/04/2020 ➢ AP2 – 27/05/2020 ➢ AP3 – 10/06/2020 ➢ Substitutiva AP1/ AP2/ AP3 – 17/06/2020 Faculdade ÁREA1 5FDCS – Disciplina Fundações Prof. Silvana Foá Prof. Silvana Foá silvana.foa@area1.edu.br 9 • No Brasil estimasse que o custo envolvido na realização de sondagens de reconhecimento varia entre 0,20% a 0,50% do custo total da obra (Schaid ,2014); • Prática americana da US Army Corps of Engineers (2001) : Investigação geotécnica insuficiente e interpretação inadequada de resultados contribuem para erros de projeto, atrasos no cronograma executivo, custos associados a alterações construtivas, gastos em remediação pós-construtiva, além de risco de colapso da estrutura e litígio subsequente; • Na prática, infelizmente ao projetista é entregue junto com informações sobre a estrutura a ser edificada, um conjunto de sondagens ➔muitas vezes mal posicionadas ou insuficientes ➔ necessidade de sondagens complementares. São de 4 a 10% do custo global e podendo chegar a 20% Fundações mal projetadas podem custar 5 a 10 vezes o preço da fundação mais apropriada; Solicitações nas estruturas maiores que a resistência do solo resultam em elementos de fundação mais complexos ou troca de solo com re-aterro e compactação; IMPORTÂNCIA ECONÔMICA!!! Pode inviabilizar o empreendimento!!! 10 PROJETO DE FUNDAÇÕES: 1. Análise da sondagem (investigação geotécnica) 2. Análise da planta de carga e locação dos pilares (projeto estrutural) 3. Análise de prováveis escavações e aterros (projeto de terraplenagem) 4. Implantação do empreendimento (projeto arquitetônico) 5. Escolha do tipo de fundação (aspectos locais, disponibilidade, custos, dimensões, capacidade de carga do elemento estrutural da fundação) 6. Cálculos e verificações (capacidade de suporte geotécnica e estrutural) 7. Verificação do processo executivo (cravação, monitoramento, integridade) 8. Verificação de desempenho (provas de carga) ➢ A falta de investigação geotécnica ou a má interpretação de dados, resulta em: ➢ projetos inadequados, ➢ atrasos na obra, ➢ aumento de custos por modificações de última hora e remediação, ➢ problemas ambientais ➢ até mesmo a ruptura da obra. ➢ A investigação geotécnica MINIMIZA riscos/custos. 12 Camada com M.O. (raízes) 14 Matacões podem gerar problemas de interpretação nas sondagens, além de interferir na construção de fundações para as edificações. Uma investigação geotécnica equivocada somada a um projeto mal-elaborado pode levar a uma falsa interpretação do perfil geotécnico, induzindo a uma solução de fundação não compatível com o comportamento da massa de solo 1. Natureza dos materiais de subsuperfície; 2. Condição do lençol de água. 3. Tipo de obra a ser construída ou investigada 4. Complexidade da área. 5. Topografia local. 6. Grau de perturbação de cada método investigativo. 7. Tempo. 8. Aspectos geo-ambientais. 9. Limitações de orçamento. 10.Aspectos políticos. 15 Responsáveis pela redução das investigações LABORATÓRIO : poucas amostras, pouca representatividade do todo, mas são mais precisos; CAMPO : são menos precisos, mas amostragem é quase integral, todas as camadas são reconhecidas; CONCLUSÃO : Hoje em dia o maior uso e o maior desenvolvimento das técnicas, está nos ensaios de campo. 16 a) Investigação preliminar: Determinação das principais características do subsolo– sondagens a trado e percussão; b) Investigação complementar ou de projeto: esclarecer feições e caracterizar propriedades relevantes dos solos para o comportamento da fundação – mais sond. ➔ atingir o numero de norma e coleta de amostras indeformadas para ensaios de laboratório. Ensaios de campo adicionais (CPT, etc.), podem ser solicitados. c) Investigação na fase de execução Visa confirmar condições de projeto em áreas críticas da obra (pilares de pontes), devido a responsabilidade das fundações ou pela grande variação de solos na obra ou até pela dificuldade de execução das fundações previstas. 17 ➢ Planta do terreno (levantamento planialtimétrico); ➢ Dados sobre a estrutura a ser construída e sobre vizinhos. ➢ Informações geológico-geotécnicas disponíveis sobre a área. ➢ Normas e códigos de obras locais (Ex.: NBR-8036/83) 18 19 a) Métodos de investigação indiretos ▪ Não fornecem os tipos de solos prospectados, ▪ Correlações entre as resistividades elétricas e velocidades de propagação de ondas sonoras. ▪ Sísmica de reflexão e de refração, resistividade elétrica b) Métodos de investigação Diretos ▪ possibilidade de coletar amostra ▪ classificar as camadas do solo ▪ Manuais: Poços, trincheiras, sondagem á trado) ▪ Mecânicos: Sondagem à Percussão, Sondagem Rotativa e Sondagem Mista) Poços Sondagem a trado; Sondagem a percussão com SPT; Sondagem rotativa; Sondagem Mista; Ensaio de penetração de cone estático com medidas de pressões neutras “CPTU”; Dilatômetro de Marchetti “DMT” Ensaio de palheta “Vane – Test” “VST” Pressiômetro de Ménard “PMT " 20 Os poços de escavação manual são perfurações feitas com pás e picaretas, em solos coesivos, acima do nível d’água, permitindo o exame visual das paredes da escavação, com obtenção de amostras deformadas e indeformadas. A NBR 9604/86 especifica os procedimentos para a execução de poços e trincheiras de inspeção em solos 21 22 POÇOS 1. Realizar a escavação com seção transversal de, no mínimo, 1,0 m de lado (seção quadrada) ou 1,2 m (seção circular), até a profundidade que se deseja obter a amostra. 2. A partir desta profundidade deve ser realizada a talhagem lateral do bloco na dimensão prevista (em geral um cubo de 20 a 30 cm de lado). 23 3. Aplicar uma camada de parafina, para evitar a perda de umidade por evaporação, caso a amostra deva ser ensaiada em laboratório. 4. Procede-se o condicionamento da amostra parafinada dentro de uma caixa de madeira, cujas dimensões devem ser maiores que a dimensão do bloco, sendo este espaço preenchido geralmente com serragem de madeira. 5. Limitação deste método de reconhecimento é a limitação da profundidade escavada, em função das características dos materiais e da posição do lençol freático 24 25 Analisar o solo das paredes e do fundo da escavação e retirar amostras indeformadas (bloco ou aneis); Uma amostra indeformada é um bloco de solo que se corta, retira-se e acondiciona-se com as menores alterações possíveis - Utilizado para verificar em laboratório a densidade (peso unitário) e a resistência do solo indeformado, seja pelo ensaio CBR ou pelo ensaio de compressão não-confinada. 26 Na maior parte dos solos usada acima do lençol freático permite aprofundar os furos até 4 ou 6 m, sem a necessidade de revestimento para sustentar as paredes do furo e evitar o seu desmoronamento; Reconhecimento rápido e econômico das condições geológicas superficiais e no levantamento de jazidas, com amostras indeformadas Composto por uma haste de aço, uma cruzeta e o trado. 27 FILMES – SANTOS E TRANFERENCIA DE CARGA 28 29 Ferramenta de investigação geotécnica mais popular, rotineira e econômica. Definição da estratigrafia, e para definição de projetos de fundações superficiais e profundas no Brasil. As vantagens deste ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo custo e a obtenção de um valor numérico que pode ser relacionado com metodologias empíricas de projeto. SPT O teste de sondagem de simples reconhecimento (SPT) foi desenvolvido por volta de 1927 e ainda é um dos ensaios mais populares em campo. Estima-se que 85 a 90% das obrasde fundação na América do Sul e do Norte aplicaram o SPT na fase de investigação. Em 1958, o método foi padronizado pela ASTM D 1586 e, em 1980 pela ABNT, na publicação da NBR 6484 (2001). A sigla SPT é uma abreviação do inglês Standard Penetration Method, e é o ensaio pelo qual se determina o índice de resistência à Penetração (N). A grande vantagem desse ensaio é que ele permite identificar características de cada camada do solo, como cor, consistência (no caso de argilas), compacidade (no caso de areias), se há aquíferos e em qual profundidade, a resposta do solo ao receber carregamento e a resistência de cada camada de solo. 30 No Brasil, este ensaio normalizado pela NBR 6484/2001. O procedimento de ensaio consiste na cravação do amostrador- padrão no fundo da escavação (revestida ou não) realizada, por meio de quedas sucessivas do martelo de 65 kg, caindo de uma altura de 75 cm, São coletadas amostras de solo, conforme a NBR 6484, pelo amostrador-padrão, a cada metro de perfuração, a partir do primeiro metro de profundidade, ou quando houver mudança de material. É contado a quantidade de golpes necessário para fazer o amostrador penetrar 30 cm, após uma cravação inicial de 15 cm, este numero é chamado de índice de resistência à penetração(NSPT) 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 A norma NBR 8036/83 (Programação de sondagens de simples reconhecimento do solos para fundações de edifícios – Procedimento) estabelece um número mínimo de sondagem para fundações de edifícios. O número e a locação dos furos de sondagem é definido pelo projetista. 47 Apresentar os resultados das sondagens em desenhos contendo o perfil individual de cada sondagem ou seções do subsolo, a) nome da executora das sondagens, o nome do contratante, local da obra, engenheiro civil ou geólogo, responsável; b) diâmetro do tubo de revestimento e do amostrador empregados na execução das sondagens; /c) número(s) da(s) sondagem(s); d) cota(s) da(s) boca(s) dos furo(s) de sondagem, e) linhas horizontais cotadas a cada 5 m em relação à referência de nível; f) posição das amostras colhidas, devendo ser indicadas as amostras não recuperadas e os detritos colhidos na circulação de água; g) as profundidades, em relação à boca do furo, das transições das camadas e do final da(s) sondagem(s); 48 h) índice de resistência à penetração N ou relações do número de golpes pela penetração (centímetros) do amostrador; i) identificação dos solos amostrados e • Descrição gráfica dos solos que compões as diferentes camadas do subsolo, conforme recomendação da NBR 6502/1995 - Rochas e solos - Simbologia; j) a posição dos níveis d’água encontrado(s) com as data de observação, se houve pressão ou perda de água durante a perfuração; k) indicação da não ocorrência de nível de água, quando não encontrado; l) datas de início e término de cada sondagem; m) indicação dos processos de perfuração empregados (TH trado helicoidal, CA - circulação de água) n) Indicação dos processos de perfuração empregados (TH – trado helicoidal, CA – circulação d’água) e dos respectivos trechos, bem como as posições sucessivas do tubo de revestimento. o) resultado dos ensaios de avanço de perfuração por circulação d’água As sondagens devem ser representadas na escala de 1:100, a não ser para sondagens muito profundas, quando se pode utilizar escala menor. O perfil geotécnico obtido na sondagem é parte integrante do relatório de sondagem, acompanhado também pela locação dos furos de sondagem na área investigada. 49 50 51 52 53 ALGUMAS APLICAÇÕES DO ENSAIO SPT 1. Determinação do perfil do subsolo, como já exemplificado anteriormente, por meio da comparação das amostras obtidas no amostrador padrão com as medidas de resistência à penetração 2. previsão da tensão admissível de fundações diretas em solos granulares, 3. Correlações com outras propriedades geotécnicas. O sistema de é recomendado pela NBR 7250/1982, é baseado em medidas de resistência à penetração. 54 Tabela dos estados de compacidade e de consistência (NBR6484) 55 56 • Peso específico de solos arenosos (Godoy, 1972 apud Cintra et al, 2003): Tabela 2.5 – Peso específico de solos arenosos N Peso específico Consistência (kN/m³) (golpes) Seca Ùmida Saturada ≤ 5 Fofa 16 18 19 5 - 8 Pouco compacta 16 18 19 9 - 18 Medianamente compacta 17 19 20 19 - 40 Compacta 18 20 21 > 40 Muito Compacta 18 20 21 • Coesão de argilas (Alonso, 1983): Tabela 2.6 – Coesão de argilas N Consistência Coesão (golpes) (kPa) < 2 Muito mole < 10 2 – 4 Mole 10 – 25 4 – 8 Média 25 – 50 8 – 15 Rija 50 – 100 15 – 30 Muito Rija 100 – 200 >30 Dura > 200 Método complementar à sondagem percussão Define as profundidades e espessuras das camadas/tipos de solo. Define o torque necessário para superar a aderência do amostrador-padrão, quando cravado, com o solo que o envolve, a cada metro perfurado. Este índice pode ser convertido em valores de atritos laterais (máximos e residuais) peculiares ao solo. Assim, ao final de cada metro perfurado pelo ensaio tradicional SPT, é realizada a medição do torque, fornecendo além do número Nspt, uma medida de torque em Kgf.m. 57 Após o procedimento de ensaio SPT, ainda com o amostrador dentro do solo, retira-se a cabeça de bater e a luva (Fig 1). Em seguida coloca-se o disco centralizador e a luva (Fig 2). O disco centralizador tem a utilidade de impedir que a haste se movimente, fato que pode alterar o valor da resistência medida pelo torquímetro. Coloca-se o pino adaptador (Figura 3). O torquímetro é conectado no pino adaptador. A sequência na haste é disco centralizador, luva, cabeça de bater, pino adaptador e torquímetro (Figura 4). A relação entre o valor medido pelo torquímetro em Kgf.m e o valor do Nspt é definido como Índice de Torque (T/N). 58 59 60 61 62 Método mais utilizado no Brasil para dimensionamento de fundações, contenções de terra e barragens; Determina a natureza/origem do solo. Define as profundidades e espessuras das camadas/tipos de solo. Define a resistência do solo, a cada metro, medido através do ensaio de penetração dinâmica padronizado (SPT). Determina a ocorrência de água, profundidade do lençol freático; 63 R E S U M O Método de Investigação realizados em materiais rochosos (blocos ou afloramentos rochosos) para a obtenção de testemunhos, isto é, amostras de rochas, identificação das descontinuidades do maciço rochoso e a realização de ensaios no local Consiste na perfuração com máquina motorizada (sonda), que simultaneamente rotaciona e aplica pressão ao barrilete e uma broca diamantada; O conjunto de perfuração, formado por hastes + barrilete + coroa diamantada, é refrigerado a água; A sondagem rotativa retira testemunhos da rocha perfurada, que são acomodados em caixas plásticas ou de madeira, de acordo com a escolha do cliente; 64 Quanto maior o diâmetro de perfuração, melhor a qualidade dos testemunhos. A sondagem puramente rotativa só se justifica quando a rocha aflora ou quando não há a necessidade de classificação das camadas de solo que recobrem o maciço. A sondagem mista é a conjugação do processo à percussão associado ao processo rotativo (não importando a ordem dessa associação). 65 O equipamento padrão conta de tripé, sonda rotativa, bomba d'água, guincho, ferramentas, revestimentos, hastes, coroas widia e diamante e barriletes nos diâmetros especificados e demais materiais necessários à execução de sondagens rotativas, além do equipamento exigido para sondagens à percussão. 66 67 68 69 72 73 75 76 77 78 79 80 81 82 Aqualidade do testemunho depende do sondador especializado, a qualidade da sonda, com seus acessórios e ferramentas na execução da sondagem rotativa é muito importante, pois desta forma se consegue grande recuperação das amostras de rocha, por mais frágeis que sejam os materiais perfurados. 83 Método complementar à sondagem tipo SPT e/ou SPT-T, quando estas se tornam inexeqüíveis devido ao tipo de solo ocorrente (rochas; matacões; alterações de rocha de elevada resistência). Método utilizado na prospecção de rochas, no qual se utiliza brocas rotativas diamantadas. Define as variações das camadas de solo e rochas. Define as profundidades e espessuras das camadas/tipos de solo e rochas. Determina a natureza/origem do solo. → Define o tipo de rocha encontrado no subsolo. Determina o grau de alteração da rocha. Determina a ocorrência de água subterrânea e define sua profundidade. 85 R E S U M O Consiste na cravação vertical a pressão de um cone no solo a uma velocidade constante de 20 mm/seg por equipamento hidráulico. Norma brasileira - NBR 12069:1991 - Solo - Ensaio de penetração de cone in situ (CPT) - Metodo de ensaio 86 87 88 89 90 91 92 93 • Foi desenvolvido na Suécia, em 1919, por John Olsson; • Em 1949 o ensaio foi introduzido no Brasil pelo IPT; • Foi normalizado pela ABNT - NBR 10905/89 • O ensaio de palheta tem por objetivo determinar a resistência não- drenada do solo in situ, Su. 94 Procedimento 1. Utiliza-se uma palheta de seção cruciforme; 2. Visa eliminar qualquer atrito da haste da palheta de teste com o solo; 3. Submete-se o torque necessário para cisalhar o solo por rotação, com velocidade de 0,1 a 0,2 graus/segundo; 4. Necessidade de conhecimento prévio da natureza do solo onde será realizado o ensaio. 5. O torque máximo permite a obtenção do valor de resistência ao cisalhamento não drenada do terreno, nas condições de solo natural indeformado. 6. Posteriormente, gira-se a palheta rapidamente por 10 voltas consecutivas, obtendo-se a resistência não drenada do terreno nas condições de solo “amolgado”; 7. Por fim, pode-se obter a sensibilidade da estrutura de formação natural do depósito argiloso 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 Ensaio com o pressiômetro de Ménard (PMT) – sem NBR 113 Pressiômetro de Ménard (PMT) 114 Pressiômetro de Ménard (PMT) 115 116 117 118 119
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