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ARTIODACTYLA Caio Leonardo R. da Silva Jaqueline Tais Rohr Joelma Rodrigues Diversidade de Cordados 1 2 3 7 8 9 12 13 14 15 16 20 24 28 29 Índice Origem e evolução ................................................................... Cetartiodactyla ......................................................................... Principais características morfológicas ................................... Diferenças entre Ungulados .................................................... Artiodactyla ou Perissodactyla? .............................................. Riqueza de espécies ................................................................. Distribuição geográfica .......................................................... Ecologia geral ........................................................................ Ruminantes e não ruminantes ................................................ 3 espécies que ocorrem no Rio Grande do Sul ...................... Cervo-do-pantanal ................................................................. Queixada ................................................................................ Veado-campeiro ..................................................................... Ameaças e conservação ......................................................... Referências ............................................................................. Origem e evolução Baleias (Cetacea) e ungulados uniformes (Artiodactyla) compõem um agrupamento de 24 famílias dentro da Ordem de mamíferos chamada de Cetartiodactyla. Análises filogenéticas recentes de dados moleculares e morfológicos suportam de maneira robusta a maioria das relações interfamiliares, incluindo uma posição alinhada de baleias na Ordem. 1 Cetartiodactyla Relação evolutiva entre Artiodactyla e Cetacea Paleontologia: Presença de estrágalo (osso tálus) de dupla polia nas baleias primitivas (Archeoceti). Biologia molecular: Estudos de DNA apontam afinidades entre cetáceos e hippopotamidae. Biologia evolutiva: Evidencias apontam que os grupos possuem um ancestral em comum. Diacodexis Pakicetus Ambulocetus Dorudon Baleia 2 Principais características morfológicas São animais ungulados com número par de dígitos. O 1° dígito sempre está ausente. Peso recai sobre o 3° e o 4° dígito. O 2° e o 5° dígitos, quando presentes, são reduzidos. Hipopótamo Cervo Artiodactyla 3 Comuns a todos os Ungulados O casco de um Artiodactyla é na realidade uma unha modificada na bainha (1 - face superior) e na sola (2 - face inferior) dos seus pés. A bainha geralmente se estende um pouco além da sola e forma uma aresta de corte dura que aparece claramente no piso (3). Principais características morfológicas 1 2 3 4 Comuns a todos os Ungulados O crânio tem uma secção pré-orbital larga e um processo pós-orbital sempre presente Muitas áreas glandulares relacionadas a vida sexual. Dentição altamente especializada, variando entre 30 e 40 dente com tendência a redução dos incisivos. Pré-molares simples não-molariformes (exceto Perissodactyla). Principais características morfológicas 5 Tipos de chifres e cornos Chifres Estruturas ósseas cobertas por tegumento (veludo ou velame); Troca anual; Podem ser simples ou ramificadas; Presente em machos (exceto em renas e caribus); Cervídeos. Cornos Osso dérmico coberto por camada espessa de queratina. Permanente, não ramificado. Presente em machos e fêmeas. Bovídeos. Ossícones Cornos recobertos por pele (Girafa). Girafa Bovídeo Cervídeo Bovídeo Principais características morfológicas 6 Diferenças entre Ungulados Artiodactyla Número de dedos pares Apoio entre o 3° e 4° dígitos Grupos ruminantes Perissodactyla Numero de dedos impares Apoio do 3° dígito Não possui grupos de ruminantes 7 Artiodactyla ou Perissodactyla? 8 Riqueza de espécies 10 famílias recentes 81 gêneros ~ 240 espécies 9 Riqueza de espécies FAMÍLIA Suidae FAMÍLIA Tayassuidae FAMÍLIA Hippopoamidae FAMÍLIA Camelidae FAMÍLIA Tragulidae FAMÍLIA Moschidae FAMÍLIA Cervidae FAMÍLIA Antilocapridae FAMÍLIA Giraffidae FAMÍLIA Bovidae 10 Riqueza de espécies Suiformes Suidae Tayassuidae Hippopotamidae Tylopoda Camelidae Ruminantia Cervidae Antilocapridae Giraffidae Bovidae Moschidae 11 Distribuição geográfica Ampla distribuição (Ausentes na Antártida) Introduzidos: Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné, Ilhas Oceânicas, Oeste da Índia. América do Sul: Camelidae, Cervidae, Tayassuidae. Brasil: Somente Tayassuidae e Cervidae 12 Ecologia geral Hábito herbívoro (ruminantes) e onívoro (não ruminantes) Grande diversidade de adaptações São terrestres ou semi-aquáticos Ciclo de vida longos, amadurecimento tardio e longa gestação. Locomoção ambulatorial ou cursorial Amplamente distribuídos por diversos habitats 13 Ruminantes Molares mais complexos adequados a sua alimentação Estômago dividido em câmaras com microrganismos simbiontes decompositores de celulose. Ruminantes e não ruminantes Não ruminantes Molares mais simples, caninos muitas vezes transformados em presas. Geralmente onívoros com estômagos simples (exceção dos hipopótamos, pincipalmente herbívoros). 14 3 espécies que ocorrem no Rio Grande do Sul Blastocerus dichotomus Illiger, 1815 CERVO-DO-PANTANAL QUEIXADA Tayassu pecari (Link, 1795) Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758 VEADO-CAMPEIRO 15 Cervo-do-pantanal Blastocerus dichotomus Illiger, 1815 Etimologia: Blasto: brotar Keras: chifres Taxonomia: Ordem: Cetartiodactyla Família: Cervidae Gênero: Blastocerus 16 Cervo-do-pantanal Blastocerus dichotomus Illiger, 1815 Ecologia: 100 ~ 150 kg – Maior cervídeo da América Latina Pelagem avermelhada com extremidades mais escuras Chifres ramificados com substituição periódica Alimentação a base de brotos, gramíneas e plantas aquáticas – hábito ruminante Solitários ou encontrados em pequenos grupos de até 3 indivíduos. 17 Cervo-do-pantanal Blastocerus dichotomus Illiger, 1815 Distribuição Centro-leste e nordeste a Argentina; centro-oeste e sul do Brasil; Sudeste do Peru; leste da Bolívia Tendência populacional Diminuindo Habitat Várzeas de planícies de inundação, áreas pantanosas Ameaça IUCN (2016) VU (vulnerável) Lista vermelha do RS (2013) CR (Criticamente em perigo) 18 Cervo-do-pantanal Blastocerus dichotomus Illiger, 1815 Ameaças: Agricultura, pecuária, hidrelétricas, poluição. Conversão de pântanos em áreas de plantio de espécies exóticas Caça, competição com o gado e doenças bovinas Mudança climática Redução populacional estimada em 30% nos últimos 15 anos 19 Etimologia: Tupi = tai wa’su: dente grande pe caa ri: “que dá muitos passos pela mata” Taxonomia: Ordem: Cetartiodactyla Família: Tayassuidae Gênero: Tayassu Queixada Tayassu pecari (Link, 1795) 20 Ecologia: 25 ~ 40 kg - Maior porte do que o cateto (P. tajacu) Pelagem preta uniforme com mancha branca envolvendo a mandíbula Caninos modificados presas voltadas para baixo Frugívoros com hábito onívoro, comendo raízes, invertebrados e pequenos vertebrados. Bandos de até 300 indivíduos, podendo se dividir em subgrupos conforme disponibilidade de alimento Queixada Tayassu pecari (Link, 1795) 21 Queixada Tayassu pecari (Link, 1795) Distribuição Sul do México ao norte da Argentina; sul do Brasil. Tendência populacional Diminuindo Habitat Florestas tropicais úmidas, secas, savanas, pastagens e regiões mais áridas. Ameaça IUCN (2014) VU (vulnerável) Lista vermelha do RS (2013) CR (Criticamente em perigo) 22 Queixada Tayassu pecari (Link, 1795) Ameaças: Perda de habitat para a agricultura e pecuária. Retaliação por perdas de lavouras Competição com o gado e epidemias bovinas Pressão de caça Redução populacional estimada em 30% nos últimos 18 anos 23Etimologia: Ozotos: ramificado Keras: chifres Taxonomia: Ordem: Cetartiodactyla Família: Cavidae Gênero: Ozotocerus Veado-Campeiro Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758 24 Veado-Campeiro Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758 Ecologia: Média de 30 kg Pelagem amarronzada com causa e focinho escuros e ventre claro Chifres ramificados com substituição anual Alimentam-se principalmente itens suculentos, como flores, folhas novas e arbustos. Habito ruminante. Filhotes possuem pelagem característica com machas brancas. 25 Distribuição Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Urguai Tendência populacional Diminuindo Habitat Áreas de pastagens, matagais do Cerrado e Salinas costeiras da Argentina Ameaça IUCN (2015) NT (quase ameaçada) Lista vermelha do RS (2013) CR (Criticamente em perigo) Veado-Campeiro Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758 26 Ameaças: Perda de habitat para a agricultura e pecuária. Pressão de caça Competição com ovelhas Doenças de Ungulados domésticos População severamente fragmentada Redução populacional estimada em 30% nos últimos 15 anos Veado-Campeiro Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758 27 Ameaças e conservação Conservação: Conhecimento especifico e técnico sobre as espécies aplicado para a criação e manejo de áreas protegidas Criação de alternativas econômicas compensatórias Participação das comunidades locais para momentos de negociação e tomada de decisões Educação ambiental 28 Ameaças: Perda e fragmentação de habitats Agricultura e pecuária Introdução de espécies exóticas Disseminação de doenças Cultura da caça Referências FERREIRA,Filipe. Fauna digital do Rio Grande do Sul. 2020. UFRGS. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/>. Acesso em: 4 de abril de 2020. ICMBio. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Volume II – Mamíferos / - 1. ed. - Brasília, DF : ICMBio/MMA, 2018. Disponível em: <https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol2.pdf>. Acesso em: 4 de abril de 2020. IUCN. Red List of Threatened Species. Disponível em: <https://www.iucnredlist.org/>. Acesso em: 4 de abril de 2020. MOUCHARD, Alejandro. Etimología de los nombres científicos de los mamíferos de Argentina : su significado y origen- 1a ed. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires : Fundación de Historia Natural Félix de Azara, 2019. Disponível em: <http://www.fundacionazara.org.ar/img/libros/etimologia-de-mamiferos.pdf>. Acesso em: 3 de abril de 2020. REIS, N. R. et al. Mamíferos do Brasil. Londrina, 2006. Disponível em: <http://www.uel.br/pos/biologicas/pages/arquivos/pdf/Livro-completo-Mamiferos-do-Brasil.pdf>. Acesso em: 4 de abril de 2020. ROMAN, C. et al. Mamíferos do Rio Grande do Sul. 1a ed.Editora UFSM, 2013. TREE OF LIFE. Artiodactyla. Disponível em:<http://tolweb.org/tree/>. Acesso em: 3 de abril de 2020. VISLOBOKOVA, I. On the origin of Cetartiodactyla: comparison of data on evolutionary morphology and molecular biology.Paleontological Journal - ed. 47. p. 321-334. 2013. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/257217759_On_the_Origin_of_Cetartiodactyla_Comparison_of_Data_on_Evolutionary_Morphology_and_Molecular_Biology>. Acesso em: 4 de abril de 2020. 29 MUITO OBRIGADO! 30 caioleonardor@outlook.com jaquelinetais@outlook.com joelmarodriguespj@gmail.com Lavf58.39.101 Lavf58.39.101 Lavf58.39.101 Lavf58.39.101 Lavf58.39.101 Lavf58.39.101 Lavf58.39.101 Lavf58.39.101
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