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AULA 05 SISTEMA DE APLICAÇÃO DA PENA ARTS. 59 A 68 DO CÓDIGO PENAL 1- INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA Art. 5º, inciso XLVI, da Constituição da República Federativa do Brasil, garante aos indivíduos no momento de uma condenação em um processo penal, que a sua pena seja individualizada, isto é, levando em conta as peculiaridades aplicadas para cada caso em concreto. 2- PRINCÍPIOS NORTEADORES HUMANIDADES DAS PENAS – Art. 5º, XLVII e XLIX da CRFB/88. LEGALIDADE – Art. 5º, XXXIX da CRFB/88. PERSONALIDADE - Art. 5º, XLV da CRFB/88. PROPORCIONALIDADE - Art. 5º, XLVI da CRFB/88. INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA - Art. 5º, XLVI da CRFB/88. 3- VEDAÇÃO DA DUPLA VALORAÇÃO DE UMA MESMA CIRCUNSTÂNCIA – BIS IN IDEM “Havendo registros criminais já considerados na primeira e na segunda fase da fixação da pena (maus antecedentes e reincidência), essas mesmas condenações não podem ser valoradas para concluir que o agente possui personalidade voltada à criminalidade. A adoção de entendimento contrário caracteriza o indevido bis in idem”. Precedentes citados: HC 235.496-SP, DJe 24/8/2012, e HC 184.027-MS, DJe 26/6/2012. HC 165.089-DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 16/10/2012. 4 – SISTEMA TRIFÁSICO DE APLICAÇÃO DA PENA A dosimetria da pena, de acordo com o artigo 68 do Código Penal, segue o critério trifásico: Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código (primeira fase); em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes (segunda fase); por último, as causas de diminuição e de aumento (terceira fase). Assim, o juiz para fixar a pena observa três fases distintas: A fixação da pena base (art. 59, CP). A pena intermediária (art. 67, CP) (agravantes e atenuantes). A pena definitiva quando são aplicadas as causas de aumento e/ou diminuição da pena. 1) O encontro da pena base, que deverá seguir o que dispõe o artigo 59 do CP, faz com que o juiz fixe, num primeiro momento, a pena no mínimo legal . Assim, por exemplo, no caso de um furto, cuja pena varia de um a quatro anos, a depender da culpabilidade, dos antecedentes, da conduta social, da personalidade do agente, dentre outras circunstâncias judiciais previstas no mencionado dispositivo legal, o juiz pode iniciar o cálculo da pena aplicando o mínimo legal (um ano) ou não. 2) Estabelecida a pena base, o julgador passa à pena intermediária, momento em que deverão ser consideradas as agravantes e/ou atenuantes genéricas. Continuando no exemplo do furto, é a oportunidade em que o juiz levará em conta, se o agente era menor de vinte e um anos na data do fato (circunstância que atenua a pena – art. 65, I, CP) ou se ele é reincidente (circunstância que agrava a pena – art. 61, I, CP). 3) E, por fim, na terceira fase temos a análise de causas de aumento ou diminuição (terceira fase). As causas de aumento ou diminuição a serem aferidas na terceira fase da aplicação da pena, estão previstas no crime. Ainda no nosso exemplo do furto, o artigo 155 prevê, no seu parágrafo primeiro, o seguinte: A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. PENA BASE – TEORIA DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS Leva-se em consideração as circunstâncias ditas judiciais vistas no artigo 59 do CP. PENA PROVISÓRIA – TEORIA DAS CISRCUNSTÂNCIAS LEGAIS Pena Provisória – Leva-se em consideração as atenuantes e agravantes, vistas nos artigos 61 até o 67 do CP; PENA DEFINITIVA Toma por fim, as causas de aumento e diminuição de pena. Elas localizam-se tanto na parte geral como na parte especial do Código. Fixação da Pena-Base. Teoria das Circunstâncias Judiciais. Culpabilidade Antecedentes Conduta social Personalidade do agente Motivos do crime Circunstâncias do crime Conseqüências do crime Comportamento da vítima 4 - Prevenção geral e especial: necessidade, utilidade e proporcionalidade das penas. Principio da Humanidade – A pena não é uma vingança sádica em favor da vítima. Deve haver um equilíbrio na aplicação de uma pena, levando em conta a dignidade da pessoa humana, evitando situações sádicas e degradantes. a) Teoria absoluta ou da retribuição: A pena é vista como a retribuição do mal injusto causado pelo agente quando da prática de uma infração penal. Assim, a pena terá a finalidade de punir o autor do cometimento de uma infração penal. b) Teoria relativa, finalista, utilitária ou da prevenção: A pena tem um fim prático e imediato de prevenção geral ou especial do crime. A prevenção especial diz respeito ao entendimento de que a pena tratará da readaptação social e segregação social do criminoso, impedindo-o de voltar a delinquir. Já, a prevenção geral é representada pela intimidação dirigida ao ambiente social, ou seja, as pessoas não delinqüem, pois têm medo de receber a punição. c) Teoria mista, eclética, intermediária ou conciliatória: A pena terá o fim de punir o criminoso e ainda, prevenir a prática de novo crime, isso tudo através da reeducação, além da intimidação coletiva. Indicação Bibliográfica: Leia os Arts. 59 a 68, do Código Penal. Leia os Verbetes de Súmula n. 241, 440 e 444, do Superior Tribunal de Justiça, disponíveis em http://www.stj.jus.br. CASO CONCRETO PARTICIPAÇÃO NO CHAT DE TODA TURMA! OBRIGADA E BOA SEMANA! Prof.ª Ana Paula pimenta
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