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DIREITO PENAL II
Aula 7 - DA PENA PRIVATIVA DA LIBERDADE
CONCEITO E ESPÉCIES
RECLUSÃO E DETENÇÃO
 TÍTULO V
DAS PENAS
CAPÍTULO I
DAS ESPÉCIES DE PENA
      
  Art. 32 - As penas são: 
        I - privativas de liberdade;
        II - restritivas de direitos;
        III - de multa.
SEÇÃO I
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
        Reclusão e detenção
        Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
        § 1º - Considera-se:
        a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
        b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
        c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
        § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
        a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
        b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
        c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
        § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.
        § 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
ESPÉCIES
RECLUSÃO
REGIME FECHADO – Execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média.
SEMI-ABERTO – Execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
ABERTO – Execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
DETENÇÃO
REGIME SEMI-ABERTO OU ABERTO, SALVO NECESSIDADE DE TRANSFERÊNCIA A REGIME FECHADO.
ARTIGO 33, CAPUT CP
LEITURA
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
        § 1º - Considera-se:
        a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
        b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
        c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
REGIMES
PARA CUMPRIMENTO DE PENA
O regime inicial de cumprimento de pena deverá ser estipulado na sentença condenatória, conforme o Artigo 110, da Lei de Execução Penal (LEP). O juiz deverá se atentar, também, às determinações contidas no artigo 33 do Código Penal, o qual estabelece a distinção entre a pena de reclusão e a pena de detenção.
REGIME INICIAL DA PPL DE RECLUSÃO:
Para estabelecer o regime inicial o Juiz deverá observar os seguintes critérios:
1º) Se a pena imposta for superior a 8 anos – o regime inicial de cumprimento é o FECHADO.
2º) Se a pena imposta for superior a 4 anos, mas não exceder a 8 anos – o regime inicial de cumprimento será o SEMIABERTO.
3º) Se a pena imposta for igual ou inferior a 4 anos – o regime inicial de cumprimento da pena será o ABERTO.
Deve-se observar que, se o condenado for REINCIDENTE, SEMPRE INICIA NO FECHADO, exceto quando a condenação anterior foi por pena de multa, quando poderá, segundo o STF, iniciar o cumprimento no regime aberto, desde que a pena seja igual ou inferior a 4 anos, ou se o réu tem a seu favor a análise das circunstâncias judiciais e pena inferior a quatro anos de prisão, mesmo tratando-se de reincidência, é possível a determinação do regime semi-aberto desde o início do cumprimento, segundo sumula 269 do STJ.
A análise das circunstâncias é fundamental para adequação da pena-base, a exemplo da súmula 718 do STF, a o opinião do julgador sobre a gravidade do crime não constitui motivação idônea para imposição de regime mais severo.
Quando as circunstâncias do ARTIGO 59 do CP forem DESFAVORÁVEIS, INICIA NO REGIME FECHADO, em se tratando de pena superior a 8 anos, a imposição de regime inicial fechado depende de fundamentação adequada em face do que dispõe os artigos 33 e 59 do CP.
REGIME INICIAL DA PPL DE DETENÇÃO:
Há somente dois critérios essenciais:
1º) Se a pena for superior a 4 anos – inicia no SEMIABERTO
2º) Se a pena for igual ou inferior a 4 anos – inicia no ABERTO
REGIME INICIAL DA PPL DE DETENÇÃO:
Há somente dois critérios essenciais:
1º) Se a pena for superior a 4 anos – inicia no SEMIABERTO
2º) Se a pena for igual ou inferior a 4 anos – inicia no ABERTO
REGIME INICIAL NA PENA DE PRISÃO SIMPLES:
Nos termos do artigo 6º, da Lei de Contravenções Penais, em se tratando de prisão simples, a pena deverá ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, sem rigor penitenciário.
É preciso distinguir a prisão simples em relação à detenção, a primeira não admite o regime fechado sequer em caso de regressão, que ocorre, somente, do aberto para o semiaberto.
GRAVIDADE DO DELITO E REGIME PENITENCIÁRIO
Para a imposição do regime inicial fechado é necessário a observância dos critérios previstos no Artigo 59, do CP, pois a gravidade do delito por si só, não é condição suficiente. Supondo que um réu primário foi condenado a uma pena de 6 anos de reclusão e as circunstâncias judiciais foram favoráveis, o juiz não pode fixar o regime inicial fechado, somente se a circunstancias forem desfavoráveis, vide súmula 440 do STJ e 719 do STF.
A lei n. 8.072/90 que trata de forma especial sobre Crimes Hediondos, prevê em seu art. 2º, § 1º que a pena por crime hediondo ou equiparado deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.
 ***Indicação das elementares do delito: não configuração de fundamentação idônea
Conforme relatado, a defesa pretende, nesta impetração, a alteração do regime inicial de cumprimento de pena, tendo em vista as circunstâncias judiciais favoráveis ao paciente e a fixação da pena-base no mínimo legal. Com efeito, o art. 33, § 2°, do Código Penal dispõe que constitui faculdade do magistrado, sujeita ao seu prudente arbítrio, e não obrigação, fixar um regime mais brando para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade, sopesadas as peculiaridades de cada caso. Além disso, o art. 33, § 3°, do mesmo diploma, determina ao juiz sentenciante que, assim como no procedimento de fixação da pena, observe os critérios estabelecidos no art. 59 do Código Penal no momento da determinação do regime inicial de cumprimento da reprimenda. (...) Observo na espécie que, aparentemente, a fundamentação adotada pelos julgadores, além de indicarem as elementares do delito, revelam a opinião do julgador sobre a gravidade do crime. Por isso, no presente caso, a fixação do regime fechado para o início do cumprimento da pena, ao que tudo indica, está em desconformidade com a Súmula 719 desta Corte, que estabelece que a imposição de regime mais gravoso do que a pena permite, deve vir acompanhada da devida fundamentação. Ademais, o quantum da pena permite a imposição de regime inicial mais brando. Além disso, o paciente seria primário e a pena-base foi fixada no mínimo legal. Como se sabe, ao proferir a sentença, o Juiz deve avaliar as circunstâncias indicadas pelo art. 59 do CP para fixar a pena do condenado. (...) No ponto, ressalvada a minha posição, consignada no julgamento do RHC 135.298/SP, Redator para o acórdão Ministro Teori Zavascki, ressalto que a jurisprudência desta Corte sinaliza que, caso sejam favoráveis todas as circunstâncias judiciais, de modo que a pena-base do condenado seja fixada no mínimo legal, não caberia a imposiçãode regime inicial mais gravoso. Assim, esta Corte vem repelindo imposição do regime inicial fechado quando a pena-base for imposta no mínimo legal. Assim, fixada a pena definitiva em 5 anos de reclusão, sendo primário e avaliadas positivamente todas as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP, entendo o paciente estaria sofrendo constrangimento ilegal com a fixação do regime inicial mais severo para o cumprimento de sua pena. Portanto, vislumbro, no caso sob exame, a existência de manifesto constrangimento ilegal que autoriza a concessão da ordem.
[HC 138.334, rel. min. Ricardo Lewandowski, 2ª T, j. 6-6-2017, DJE 139 de 26-6-2017.]
PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME 
HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA
A progressão, ao contrário da regressão, é a transferência do condenado de regime mais rigoroso a outro menos rigoroso, quando demonstra condições de adaptação ao mais suave. A progressão soma um tempo mínimo de cumprimento da pena com o mérito do condenado.
Há a regressão de regime que é a transferência para qualquer um dos regimes mais rigorosos, quando o apenado: praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; sofrer condenação por crime anterior, cuja pena somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime. 
Porém, para que este fenômeno aconteça, são necessários alguns requisitos que estão descritos no art. 112 da LEP (Lei de Execução Penal – 7.210/84), quais sejam:
 “A pena privativa de liberdade será executada de forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinado pelo juiz, quando o preso estiver cumprido ao menos 16% da pena e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão”
Primeiro é necessário o cumprimento de um requisito objetivo que, como regra geral, exige o cumprimento de ao menos 16% da pena imposta ao sentenciado no regime inicialmente fixado. No entanto, tratando-se de crime hediondo ou equiparado, o condenado primário deve cumprir 40% da pena, enquanto que o reincidente (condenado por crime hediondo) deverá cumprir 60% da pena imposta para ter direito à progressão.
O segundo critério, por sua vez, é subjetivo, pois se refere ao bom comportamento carcerário do apenado, o qual deve ser comprovado por atestado emitido pelo diretor do estabelecimento prisional em que se encontre.
De forma excepcional, na hipótese de ausência de vagas no estabelecimento prisional adequado ao regime ao qual o condenado teria direito de ser implantado por força da progressão, os Tribunais admitem que ele aguarde a liberação da vaga em regime mais brando. Ou seja: se o sujeito pode progredir do fechado ao semiaberto, mas, no Estado em que está preso não há estabelecimento prisional adequado a esse regime ou as vagas estão todas ocupadas, ele pode aguardar em regime aberto até que a situação se resolva.
HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA
PROGRESSÃO ANTES DO PACOTE ANTICRIME
*1/6 da pena nos crimes em geral;
*2/5 nos crimes hediondos e afins cometidos a partir de 28 de março de 2007, quando o apenado é primário;
*3/5 nos crimes hediondos e afins cometidos a partir de 28 de março de 2007 quando o apenado é reincidente.
VIDE ART. 112 e 114 DA LEP
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário;    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA
REGRESSÃO
I- Praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II – Sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (art. 111);
§ 1º O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido, previamente, o condenado”.
DIREITOS E DEVERES
DO CONDENADO E DO PRESO PROVISÓRIO
DIREITOS E DEVERES
DO PRESO PROVISÓRIO
SEM SENTENÇA/Prisão Preventiva
DO PRESO CONDENADO
DIREITOS DO PRESO
 Direitos do preso
        Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral. 
        Trabalho do preso
        Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social.
        Legislação especial
        Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos arts. 38 e 39 deste Código, bem como especificará os deveres e direitos do preso, os critérios para revogação e transferência dos regimes e estabelecerá as infrações disciplinares e correspondentes sanções. 
        Superveniência de doença mental
        Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. 
        Detração
        Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. 
DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
Trata-se de um tipo de punição que não acarreta o estigma do associado ao encarceramento, assegurando a continuação de uma vida ‘normal’ aos olhos do empregador e junto da família”. O sistema de monitoramento eletrônico é feito através de um sinalizador GPS. No entanto, em determinadas infrações penais, que não possuam gravidade extrema, seus autores podem ficar limitados espacialmente a um local predeterminado pela Justiça Penal, sem impor-lhes a privação de liberdade dentro do sistema carcerário.
Da mesma forma, poderá o monitoramento eletrônico ser utilizado, também em determinadas hipóteses, em substituição às prisões cautelares. O sistema de monitoramento permite que os encarregados da fiscalização do cumprimento da pena do condenado/monitorado tomem conhecimento, exatamente, a respeito dos seus passos, uma vez que o sistema permite saber, com precisão, se a área delimitada está sendoobedecida.
Em caso de desobediência, isto é, se o condenado demonstrar que o sistema de monitoramento não está surtindo os efeitos esperados pela Justiça Penal, que a ele confiou essa alternativa, a solução será o seu confinamento no interior do sistema prisional.
Da Monitoração Eletrônica 
Art. 146-B.  O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando:              
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto;                   
IV - determinar a prisão domiciliar;                          
Art. 146-C.  O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o equipamento eletrônico e dos seguintes deveres:                     
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas orientações;                  
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça;                
Parágrafo único.  A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa:               
I - a regressão do regime;              
II - a revogação da autorização de saída temporária;                 
VI - a revogação da prisão domiciliar;              
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo.              
Art. 146-D.  A monitoração eletrônica poderá ser revogada:               
I - quando se tornar desnecessária ou inadequada;                 
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta grave.               
LEITURA OBRIGATÓRIA
ARTIGOS 32 AO 42 DO CÓDIGO PENAL E ARTIGO 5º, INCISOS XXXIX, XLV, XLVI, XLVII, XLIX DA CRFB/88.
O DIREITO PENAL QUE QUEREMOS
Por Evinis Talon - @evinistalon
“Os últimos anos foram estranhos para nós, Criminalistas. Vimos violações sistemáticas das prerrogativas da advocacia, ofensas a direitos e garantias fundamentais, tentativas de retrocessos legislativos, midiatização do processo penal e muitas outras vertentes punitivistas.
Espera-se que a doutrina não seja submissa à jurisprudência. Que o Direito – não somente o Penal e o Processo Penal – não seja apenas o que os Tribunais dizem que é, mas sim o que a tradição, como conciliação entre as fontes do Direito (lei, doutrina, jurisprudência etc.), diga que é.
Postula-se que o Direito Penal respeite a diferença dogmática entre dolo eventual e culpa consciente. Que, havendo dúvida, não se escolha o dolo eventual, deixando, portanto, de fazer opções totalmente equivocadas com o mero desiderato de levar um julgamento a júri ou satisfazer o clamor público...
O DIREITO PENAL QUE QUEREMOS
Por Evinis Talon - @evinistalon
“Que ocorram absolvições e, sem problema nenhum, condenações, desde que, em ambos os casos, sejam respeitadas as regras do jogo, não importando quem seja o réu. Nesse sentido, espera-se que as regras sejam aquelas instituídas antes da prática do crime, previstas abstratamente, sem que se construa, a cada fato, um novo conjunto de regras decorrente dos “Códigos Penais e Processuais Penais Municipais”.
Sonha-se que as prisões preventivas não sejam confundidas com a execução antecipada da pena, ou seja, que aquelas não sejam aplicadas como simples decorrência da suposta prática de uma infração penal, mas sim como verdadeiras cautelares utilizadas em casos realmente necessários.
Espera-se que as acusações sejam formalizadas apenas no papel, como dita a lei. Que não sejam utilizados meios pirotécnicos para dizer simplesmente que alguém está sendo acusado, seja quem for essa pessoa, e que parem de vez com as coletivas de imprensa, pagas com os sofridos recursos públicos, tão utilizadas com o único escopo de levantar o ego ou – quem sabe? – fazer autopromoção, política ou advocatícia, de quem deseja deixar o cargo público para buscar novos rumos futuramente.
Os recursos públicos não podem ser utilizados assim, para fins privados, tampouco para finalidades que a lei não determina, como a realização de “denúncias públicas”.
É desejo de todos que seja reduzida a distância entre o modelo legal e a realidade da execução penal. Não se exige nada pitoresco ou luxuoso. Somente o cumprimento da Lei de Execução Penal”.
LEITURA OBRIGATÓRIA PARA A TURMA DE DIREITO PENAL II

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