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Diretrizes para Projeto Estrutural

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25/08/2019
1
Disciplina - Teoria das Estruturas
Aula 03 – DIRETRIZES PARA 
ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 
ESTRUTURAL
Faculdade ÁREA1
5TEES – Disciplina Teoria das Estruturas 
Prof. Silvana Foá
1
Solução estrutural - conjunto de estruturas de suporte da 
construção, seja ela uma residência, um edifício alto, ou 
uma contenção, que necessita de projeto, planejamento e 
execução particulares.
Sistemas estruturais - disposições racionais e adequadas de 
diversos elementos estruturais.
Elementos estruturais:
• corpos sólidos;
• elásticos- deformáveis;
• capacidade de receber e de transmitir ações.
2
ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Superestrutura:
• lajes
• vigas
• pilares 
• conjuntos destes elementos (como as escadas e os 
reservatórios)
Fundação:
• rasas (radier, sapatas, blocos)
• Profundas (estacas, tubulões)
3
A CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO À 
GEOMETRIA, apesar de correta, não 
associa cada elemento com seu 
comportamento estrutural, e essa 
associação é de fundamental 
importância para um projeto estrutural.
4
1 2
3 4
25/08/2019
2
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O 
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
Para se imaginar um arranjo estrutural eficiente, é necessário
se conhecer o comportamento de cada elemento da estrutura
a ser projetada, ou seja, a forma com que as ações são
recebidas e transmitidas.
Torna-se conveniente relacionar as características de
funcionamento dos elementos com suas características
geométricas, a fim de se escolher corretamente a teoria que
regerá o cálculo dos esforços.
5
a) Elementos lineares
Os elementos lineares, divididos
Podem ser submetidos a solicitações normais ou tangenciais.
Solicitações normais: momento fletor e/ou esforço normal -
barras submetidas a compressão uniforme, flexão 
composta (normal ou oblíqua), flexão simples ou tração 
simples.
Solicitações tangenciais: esforços cortantes - se limitam a 
barras submetidas a flexão simples.
de seção delgada 
de seção não delgada 
6
Pilares
Os pilares são barras submetidas a ação de compressão 
simples, ou flexão composta ou obliqua. Essa variação do 
tipo de solicitação é em função da posição de cada um 
deles na planta do edifício.
7 8
5 6
7 8
25/08/2019
3
Situações de projeto 
• PILAR INTERMEDIÁRIO
considera-se a compressão centrada na situação de projeto,
pois como as lajes e vigas são contínuas sobre o pilar, pode-se 
admitir que os momentos fletores transmitidos ao pilar sejam 
pequenos e desprezíveis. Não existem os momentos fletores 
MA e MB
9
• PILAR DE EXTREMIDADE
Os pilares de extremidade encontram-se posicionados nas bordas 
das edificações sendo também chamados pilares laterais ou de 
borda. O pilar será extremo para uma viga, aquela que não tem 
continuidade sobre o pilar. Na situação de projeto ocorre a flexão 
composta normal, decorrente da não continuidade da viga, ou 
seja, há excentricidade inicial em APENAS UMA direção. Existem 
os momentos fletores MA e MB de 1a ordem em uma direção do 
pilar. 
10
11
• PILAR DE CANTO
Os pilares de canto encontram-se posicionados nos cantos dos 
edifícios, vindo daí o nome. Na situação de projeto ocorre a flexão 
composta oblíqua, decorrente da não continuidade das vigas 
apoiadas no pilar. Existem, portanto, os momentos fletores MA e 
MB de 1ª ordem, NAS SUAS DUAS DIREÇÕES DO PILAR, ou seja, e1x 
e e1y . Esses momentos podem ser calculados da mesma forma 
como nos pilares de extremidade. 12
Os pilares de concreto 
podem apresentar diversas 
formas de eixos e seção 
transversal. O mais usual é a 
seção retangular ou circular. 
Chama-se pilar-parede
quando um dos lados da 
seção é muito maior que o 
outro (bw ≥ 5h)
9 10
11 12
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4
Vigas
As vigas são barras submetidas a flexão simples. Geralmente 
encontram-se na horizontal, servindo de apoio para as 
lajes.
Tirantes
Os tirantes são barras submetidas a tração simples. São 
usualmente feitos com materiais metálicos, pois o concreto 
apresenta uma resistência à tração muito baixa. 13 14
Puente del Tercer Milenio - Zaragoza – Espanha 
Ponte em arco estaiada, com um arco de 216 metros, com 5,5 m de largura e 
2 m de comprimento peso de 5000 toneladas.
15
b) Elementos bidimensionais
Os elementos bidimensionais são elementos de superfície 
nos quais, como já foi visto, duas das dimensões, medidas 
ao longo da superfície média, têm ordem de grandeza 
maior que a espessura.
Quando a curvatura na superfície média for diferente de 
zero, estes elementos são chamados de cascas; caso 
contrário, ou seja, quando a curvatura for nula, são 
chamados ou de placas ou de chapas.
16
13 14
15 16
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5
Exemplos de elementos bidimensionais:
• Lajes
As lajes são placas de concreto armado, normalmente 
dispostas horizontalmente, podendo apresentar-se 
segundo alguns diferentes tipos, como: 
• moldadas no local
• pré-fabricadas
• maciças 
• nervuradas
• lajes-cogumelo ou lajes planas
17 18
Laje com EPS
19
Laje Alveolar As lajes maciças são aquelas em que, ao longo de toda sua superfície, a espessura é mantida constante ou sofre 
pequena variação.
As lajes nervuradas, por sua vez, podem ser entendidas como 
um conjunto de pequenas vigas (nervuras), em uma ou nas 
duas direções, solidarizadas a uma mesa de espessura 
constante (laje maciça).
20
17 18
19 20
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6
LAJE NERVURADA
21 22
• Paredes
As paredes estruturais são chapas de concreto armado, 
Exemplo:
paredes de reservatórios enterrados ou apoiados 
diretamente sobre o solo ou paredes de edifícios
23
Conjuntos de elementos estruturais
Os conjuntos de elementos estruturais são aqueles formados 
por elementos estruturais diversos, de geometria e 
comportamentos não necessariamente iguais, que juntos 
conseguem desempenhar uma determinada função 
específica diferente de suas funções individuais.
Muitos dos sistemas estruturais dos edifícios são compostos 
por conjuntos de elementos estruturais. Podem ser citados:
Reservatórios
Os reservatórios são compostos por elementos de placa que 
apresentam comportamentos estruturais diferentes. 
Reservatórios elevados: paredes desempenham tanto a função 
de lajes verticais, submetidas a ação da água, como as de 
vigas parede, submetidas a ação das reações de apoio das 
lajes de tampa e de fundo.
24
21 22
23 24
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7
25
Reservatório Elevado de Água Tratada –
Município de Pocinhos (Paraíba)
(Reservatório elevado de água - VARGINHA 
COPASA) 
26
Escadas
As escadas são compostas por lajes, que formam os 
patamares e os degraus, apoiadas em vigas, posicionadas 
ou transversalmente ou longitudinalmente.
Muros de Arrimo
Os muros de arrimo também podem ser considerados como 
conjuntos de elementos estruturais quando são formados 
por uma parede, em contato direto com o terreno a ser 
contido, e por uma sapata corrida, em sua base. 
Enquanto a parede se comporta como uma laje submetida a 
uma ação linearmente variável (empuxo de terra), a sapata 
também se comporta como uma placa cuja finalidade seria 
equilibrar o momento de tombamento gerado pela parede.
27
SISTEMAS ESTRUTURAIS
O funcionamento conjunto dos elementos estruturais é 
conseguido através da transmissão das ações, verticais e 
horizontais.
Num edifício de vários pavimentos, de estrutura 
convencional, as lajes (elementos de placa horizontais) 
recebem as ações verticais distribuídas em sua superfície e 
as transmitem para seus apoios: as vigas (elementos 
lineares horizontais). Estas, por sua vez, distribuem suas 
ações (reações das lajes e cargas de parede) para os pilares 
(elementos lineares verticais), lance a lance, de forma que a 
carga final na fundação corresponde à carga total incidente 
na edificação, mais seu peso próprio. 28
25 26
27 28
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8
Com relação às ações horizontais, o sistema resistente é 
constituído basicamente pelo conjunto de pilares e vigas, 
denominado PÓRTICO. Se houver necessidade de se 
aumentar a capacidade desse sistema, pode-se introduzir 
chapas verticais rígidas, chamadas de pilares-parede, que 
podem atuar isolados ou em pórticos.
a) SubsistemasHorizontais
Os subsistemas horizontais são formados por combinações 
de elementos de placa (lajes) e barra (vigas) dispostos 
horizontalmente. O exemplo mais simples seria formado 
apenas por painéis de laje, sem vigas (laje cogumelo).
29
Finalidades principais: coletar e transmitir as ações 
gravitacionais (verticais) para os diversos subsistemas 
verticais, em função da rigidez e disposição de cada um 
deles; e coletar e transmitir as ações horizontais para os 
subsistemas verticais que compõem os painéis resistentes 
às ações laterais.
Quanto às horizontais, as lajes, por apresentarem rigidez 
“infinita” no plano horizontal (comportamento de 
diafragma rígido), distribuem essas ações de acordo com a 
rigidez dos elementos que as suportam (subsistemas 
verticais); as vigas, neste caso, funcionam como 
enrijecedores do subsistema horizontal e auxiliam na 
transmissão das ações para os pilares.
30
b) Subsistemas Verticais
Os subsistemas verticais são formados por elementos de 
barra ou de chapa, dos quais pode-se destacar os pilares, 
os pórticos, os pilares-parede, e as caixas de elevadores e 
escadas (arranjos tridimensionais de chapas que 
geralmente envolvem as regiões de fluxo humano vertical 
nos edifícios).
Finalidades principais: suportar os subsistemas horizontais; 
compor com os subsistemas horizontais os painéis 
resistentes às ações laterais; e transmitir as ações 
gravitacionais e horizontais que recebe para os elementos 
de fundação.
31
ESCOLHA DA FORMA DA ESTRUTURA
Para que se possa determinar o arranjo estrutural de uma 
edificação, ela deve estar perfeitamente delimitada 
através de um projeto arquitetônico. E é importante que a 
posição dos elementos estruturais não crie interferências 
neste projeto (apesar dele usualmente criar imposições 
estruturais) nem nos demais (instalações hidráulicas, 
sanitárias, elétricas, ar condicionado, incêndio, telefone, 
etc).
A forma de uma estrutura em concreto armado é definida a 
partir da posição dos pilares, e depois das vigas. Com a 
disposição destas, os painéis das lajes ficam definidos.
32
29 30
31 32
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9
LOCAÇÃO DOS PILARES
Procura-se manter um certo alinhamento entre estes 
elementos, com a finalidade de gerar pórticos capazes de 
resistir às ações horizontais. Também é conveniente 
posicioná-los coincidindo com as paredes previstas pela 
arquitetura.
Não se pode deixar de ter em mente que afastamentos 
exagerados entre pilares exigirão vigas com alturas 
significativas, em decorrência do grande vão livre. Como 
muitas vezes essas alturas são limitadas pelas esquadrias, 
o melhor é se controlar as distâncias entre apoios.
33
Quanto às dimensões, elas são adotadas em função dos 
esforços solicitantes, respeitando-se os limites mínimos 
estabelecidos por norma.
POSICIONAMENTO DAS VIGAS
As vigas podem se apoiar diretamente nos pilares, ou em 
outras vigas. É conveniente posicioná-las coincidindo com 
as paredes previstas pela arquitetura. Entretanto, não é 
necessário se prever uma viga coincidindo com cada 
parede do pavimento, uma vez que as lajes são capazes de 
absorver suas cargas linearmente distribuídas.
34
Também não se pode deixar de ter em mente que 
afastamentos exagerados entre vigas exigem lajes com 
espessuras elevadas, em decorrência do grande vão livre. 
Como isso acarreta um grande consumo de concreto, o 
melhor é se controlar as distâncias entre apoios.
As larguras das vigas são adotadas em função da 
necessidade de compatibilizá-las com as espessuras da 
parede acabada de alvenaria, respeitando-se os limites 
mínimos estabelecidos por norma; as alturas, por sua vez, 
são definidas a partir dos esforços solicitantes e da 
arquitetura.
35
POSICIONAMENTO DAS LAJES
Uma vez definida as posições dos pilares e das vigas, as lajes 
ficam automaticamente determinadas.
PAVIMENTO DE TRANSIÇÃO
Se os pilares lançados para o pavimento-tipo estiverem em 
posições que interferem áreas destinadas a garagem ou 
em algum ambiente social do playground, eles não 
poderão descer até o nível da fundação. O pavimento 
onde esses pilares nascerão é o chamado de pavimento de 
transição.
Os pavimentos de transição caracterizam-se por vigas de 
grandes dimensões (vigas de transição), uma vez que elas 
são carregadas pelas reações dos pilares, cuja ordem de 
grandeza é bastante superior ao das vigas do pavimento-
tipo. Por isso, este tipo de solução deve, sempre que 
possível, ser evitado. 36
33 34
35 36
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10
37 38
RECOMENDAÇÕES
De uma maneira geral, quando do lançamento de uma 
estrutura, deve-se procurar:
• Atender ao projeto arquitetônico;
• Posicionar os pilares de modo a se obter distâncias entre 
seus eixos da ordem de 4 a 7 m, preferencialmente 
alinhando-os para formar pórticos;
• Definir as lajes em conjunto com as vigas, de modo a se 
ter o menor vão da ordem de 4 a 6 m;
• Verificar sempre a interferência com os outros projetos 
complementares.
39
DIMENSÕES MÍNIMAS DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS
LAJES
Tipo de laje Dim. mínima
Cobertura não em balanço 7cm
Piso não em balanço 8cm
Em balanço 10cm
Suportam veículos de peso total menor ou igual a 30kN 10cm
Suportam veículos de peso total maior que 30kN 12cm
Lisas 16cm
Cogumelo 14cm 40
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LAJES NERVURADAS
• A espessura da mesa não deve ser inferior a 4 cm, nem a 1/15 
da distância livre entre as faces das nervuras, quando não 
existirem tubulações horizontais.
• A espessura da mesa não deve ser inferior a 5cm, quando 
existirem tubulações horizontais ;
• A espessura das nervuras não deve ser inferior a 5cm;
• O critério de dimensionamento da mesa e das nervuras 
depende da distância entre as nervuras (item 13.2.4.2 da NBR 
6118). Essa distância não é limitada.
41
VIGAS
A seção transversal das vigas não pode apresentar largura menor 
do que 12cm e das vigas-paredes menor do que 15cm. Esse 
valor pode ser reduzido para 10cm em casos excepcionais, 
sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições:
a) Posicionamento das armaduras e suas interferências com as 
armaduras de outros elementos estruturais, respeitando os 
espaçamentos e cobrimentos estabelecidos pela Norma;
b) Lançamento e vibração do concreto de acordo com a ABNT 
NBR 14931.
42
PILARES
A dimensão mínima de um pilar é de 19cm, porém a Norma limita 
este valor como 14cm com a seguinte ressalva:
Área míni
Área minima = 360cm2
b (cm) ≥ 19 18 17 16 15 14
gn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
onde gn = 1,95 – 0,05b;
“b” é a menor dimensão da seção transversal, expressa em centímetro (cm)
O coeficiente gn deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo quando de seu 
dimensionamento.
43
Disciplina - Teoria das Estruturas
AÇÕES ATUANTES NAS ESTRUTURAS
Faculdade ÁREA1
5TEES – Disciplina Teoria das Estruturas 
Prof. Silvana Foá
44
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AÇÕES ATUANTES NAS ESTRUTURAS
• Também chamadas ações solicitantes externas / cargas externas / 
carregamentos
• São normalizadas pela ABNT
NBR 6120 (1980) – Cargas para o cálculo de estruturas de Edificações;
NBR 6123 (1988) – Forças devido ao vento em edificações.
• As cargas podem ser classificadas
1) Quanto a posição : 
FIXAS – cargas que não mudam de posição – peso próprio;
MOVEIS – Mudam de posição ao longo do tempo – ações de veículos 
nas pontes e viadutos;
2) Quanto a duração : 
PERMANENTES – quando agem sempre na estrutura– peso próprio;
ACIDENTAIS – podem agir ou não na estrutura – peso das pessoas / 
moveis / ação do vento;
45
AÇÕES ATUANTES NAS ESTRUTURAS
3) Quanto forma de aplicação: 
CONCENTRADAS – quando se admite a transmissão de uma força de 
um corpo a outro através de um ponto. Ela não existe , sendo uma 
simplificação de calculo;
DISTRIBUÍDAS – quando se admite a transmissão de uma força de 
um corpo a outro através de forma distribuída, ao longo de um 
comprimento (viga) ou de uma superfície (laje);
4) Quanto a variação com o tempo : 
ESTÁTICAS – não variam ao longo do tempo – peso próprio;
DINÂMICAS – quando a variaçãoao longo do tempo deve ser 
considerada: ações do vento/ correntes marítimas / explosões / 
terremotos
PSEUDO-ESTÁTICAS - algumas ações dinâmicas podem ser 
consideradas estáticas como ocorre com a ação do vento, 
permitindo um calculo simplificado desta ação;
46
NBR 6120 (1980) – Cargas para o cálculo de estruturas de 
edificações as cargas são classificadas como 
a) PERMANENTES (g) – quando agem sempre na estrutura –
peso próprio da estrutura e pelos pesos de todas os 
elementos construtivos fixos e instalações permanentes –
considerada distribuída;
b) ACIDENTAIS (q) – as ações variáveis que atuam nas 
construções em função do seu uso (pessoas, mobiliário, veículos, 
materiais diversos, etc.) são chamadas de cargas acidentais. Na 
literatura encontram-se, também, os termos cargas de utilização 
e sobrecargas.
47
4
8
• São as forças efetivamente aplicadas à estrutura ao longo do 
tempo, seja pela aplicação direta da carga (forças ativas), ou 
pelas reações de apoio das peças (forças reativas). 
• As ações diretas podem ser classificadas de acordo com a 
sua atuação ao longo do tempo. Exemplos:
 Peso próprio da estrutura e pelos pesos de todas os 
elementos construtivos fixos e instalações permanentes;
 Empuxos devido ao pesos próprio de terras não removíveis 
e o de agua em reservatórios e piscinas;
AÇÕES PERMANENTES DIRETAS
53
45 46
47 48
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13
49 50
Peso específico (g) de alguns materiais mais utilizados:
 concreto armado: 25 kN/m3
 madeira: varia de 5 kN/m3 (pinho) até 10 kN/m3 (ipê) 
 aço: 78 kN/m 
51
São aquelas que resultam em deformações impostas à estrutura. 
Tais ações só introduzirão esforços solicitantes no caso de 
estruturas hiperestáticas, uma vez que nas estruturas isostáticas 
não existem restrições às deformações. 
As ações indiretas podem ser: 
a) Próprias: dependem do material, como a fluência e a 
retração; 
b) Impostas: quando são induzidas por fatores externos, como 
variação de temperatura e recalque diferencial de apoios. 
AÇÕES PERMANENTES INDIRETAS
52
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51 52
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14
AÇÕES PERMANENTES INDIRETAS
• Em relação à sua duração, elas também podem ser: 
• a) Permanentes (g): a protensão, os recalques de apoio e 
a retração dos materiais; 
• b) Acidentais (q): variação de temperatura. 53
Os projetista da estrutura devem ter o conhecimento de 
todos os materiais de acabamento especificados e seus 
respectivos pesos próprios para não haver erros na 
determinação das ações.
Por exemplo, aplicação de um piso em uma sala:
a) Usando a madeira ipê róseo com 2 cm de espessura 
tem peso por unidade de área de 0,20 kN/m2;
b) Usando piso de mármore com 2 cm de espessura tem 
peso por unidade de área de 0,56 kN/m2
AUMENTO DE 180% NO CARREGAMENTO 54
 Nas situações gerais e na falta de determinação 
experimental dos pesos específicos aparente dos matérias 
de construção a NBR 6120 fornece uma Tabela com os 
valores aproximados;
 Para situações especificas, podem ser consultados os 
catálogos dos fabricantes, a fim do peso especifico correto 
do material.
 Na falta de dados normalizados ou catálogos há 
necessidade de se determinar experimentalmente o pesos 
especifico do material.
55 56
53 54
55 56
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15
Peso por unidade de m2 para os principais materiais
57
PESO DA ALVENARIA (ALV) (peso/m2 da alvenaria)
O peso das paredes de alvenaria de uma obra devem ser
consideradas sobre os elementos estruturais em que elas se apoiam.
Estes elementos podem ser vigas, caso mais comum ou lajes. O peso
da alvenaria varia de acordo com sua espessura.
Os valores de peso/m2 da alvenaria acima foram calculados para tijolo
de barro furado com argamassa de 1,5 cm entre tijolos, e 1 cm de reboco.
58
sobre uma laje: 
peso de uma parede de alvenaria. 
 
sobre uma viga: 
peso de uma parede de alvenaria. 
 
59 60
57 58
59 60
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16
C. Revestimento (rev): 
O peso dos revestimentos de uma obra deve ser considerado sobre aquelas lajes em que eles 
se apoiam. Um valor básico é ut ilizado como peso de revestimento: 
rev = 0,50 kN/m2 (carregamento distribuído/m2) 
Observação: O valor acima é considerado somente para revestimentos mais comumente 
utilizados, como por exemplo: taco, tapete, borracha, paviflex, etc. 
 
Para outros tipos de revestimento devem ser consultadas tabelas especiais ou devem ser feitas 
consultas ao próprio fabricante. 
D. Cobertura (cob): 
O peso da cobertura deve ser considerado naquelas lajes em que se apoiam algum tipo de 
cobertura, entendo-se por cobertura toda a estrutura que suporta as telhas mais o peso das 
próprias telhas. O peso da cobertura é função do peso/m2 do telhado. 
cob = 0,60 kN/m2 à 1,00 kN/m2 (carregam ento distribuído/m2) 
- 0,60 kN/m2 para telha de fibrocimento e 1,00 kN/m2 para telha de barro. 
 
61 62
ACIDENTAIS OU VARIÁVEIS (q) – podem agir ou não na 
estrutura em função do seu uso – peso das pessoas / moveis 
/ ação do vento / veículos - distribuída;
AÇÕES ACIDENTAIS NORMAIS ou VARIÁVEIS NORMAIS
São ações que a probabilidade de ocorrência é suficiente 
grande para que sejam obrigatoriamente consideradas no 
projeto estrutural. São as cargas nas lajes devido a presença 
de pessoas / moveis / utensílios e veículos - distribuída;
AÇÕES ACIDENTAIS ESPECIAIS ou VARIÁVEIS ESPECIAIS
São ações que ocorrem durante um curto período da vida útil 
da estrutura. São as cargas devido a abalos sísmicos. 63 64
61 62
63 64
25/08/2019
17
Edifício Residencial – Sala - 1,50 kN/m2 – cozinha – 2 kN/m2 65 66
Sala Escritório - 2,00 kN/m2
Biblioteca – Sala - 2,50 kN/m2 67
• AS AÇÕES VARIÁVEIS NORMAIS são verticais distribuídas e 
atuando numa superfície horizontal plana com mínimos 
descritos na NBR 6120/80
68
65 66
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69
• São ações que tem duração extremamente curta
e muito baixa probabilidade de ocorrência
durante a vida útil da estrutura, mas devem ser
consideradas no projeto de determinadas
estruturas. São decorrentes de causas como
explosões, incêndios, sismos excepcionais,
enchentes, furacões, choques de veículos, etc.
70
Na engenharia as cargas repetitivas, cargas variáveis e cargas
rapidamente aplicadas são mais comuns do que as cargas
estáticas. Além disso, alguns projetos de engenharia envolvem
peças de máquinas que estão sujeitas a cargas variáveis ou
cíclicas.
Os elementos mecânicos são carregados de tal forma, que as
tensões nos elementos podem variar, entre um valor máximo e
um valor mínimo, durante o número infinito de ciclos.
Um amortecedor de um carro é um exemplo disso em que as
molas são carregadas ciclicamente. As molas são repetidamente
carregadas por forças que são num momento um valor máximo
e no outro momento um valor mínimo. 71
O mesmo ocorre em um eixo de rotação que passa por 
momentos de flexão. O efeito disso é que ao mesmo tempo 
algumas fibras sofrerão tensão de compressão e em outras vezes 
tensão de tração. Esta variação entre tensões de compressão e de 
tração pode ser repetida várias vezes dentro de um minuto, 
dependendo da velocidade de rotação.
Tensões desta natureza são conhecidas como tensões 
flutuantes e resultam em ruptura tipo fadiga.
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A ruptura por fadiga é muito perigoso, porque a tensão 
necessária para fazer com que falhe, é normalmente 
inferior a resistência à tração e a resistência à deformação 
do material.
Uma pequena fenda ou trinca é desenvolvidas em 
uma lâmina podendo causar uma ruptura grave. Isto 
porque uma pequena trinca pode se propagar facilmente 
sob tensões flutuantes e pode muito facilmente levar a 
uma ruptura total.
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• Calcular o peso próprio de alvenaria de tijolo furado (9 cm x 19 cm x 
19 cm) revestido com argamassa mista (cimento, areia e cal) de 
2 cm de espessura
peso especifico aparente dos tijolos furados g = 13 kN/m3
peso especifico aparente da argamassa g = 19 kN/m3
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1 m2 parede = 5 tijolos x 10 tijolos = 50 tijolos
Peso próprio = 50 x (0,19 x 0,19 x 0,09) x 13 kN/m3 = 
2,11kN
Peso próprio da argamassa = volume de argamassa x 
peso especifico = (0,19 x (9 x 0,01 + 2 x 0,005) x 0,95) 
x 19 kN/m3 + (0,19 x (4 x 0,01 + 2 x 0,005) x 1 m) x 19 
kN/m3 = 0,52 kN
Em ambas as faces da alvenaria 
2 x (0,02 x 1 x 1) x 19 kN =0,76 kN
O peso próprio total de 1m2 de alvenaria é 
2,11 + 0,52 + 0,76 = 3,39 kN para 1 m2
ou seja 3,39 kN/m2
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EXERCÍCIO P/ CASA
• Calcular o peso próprio de uma parede de 
alvenaria de tijolo furado (9 cm x 14 cm x 17 cm) 
revestido com argamassa mista (cimento, areia e 
cal) de 2 cm de espessura
• peso especifico aparente dos tijolos furados 
• g = 13 kN/m3
peso especifico aparente da argamassa 
• g = 19 kN/m3
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17cm
14cm
9cm
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2
Obrigada!!!!!!!!!
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