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LIVRO ANATOMIA PALPATÓRIA

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Prévia do material em texto

Alisson Felix de Souza 
Denilson de Queiroz Cerdeira 
Vasco Pinheiro Diógenes Bastos 
 (Organizadores) 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia palpatória: 
atlas topográfico do corpo humano 
 
 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza – Ceará 
 
2017
Copyright 2017. Alisson Felix de Souza, Denilson de Queiroz 
Cerdeira, Vasco Pinheiro Diógenes Bastos (Organizadores). 
 
Revisão Ortográfica 
Rosiléia Alves de Sousa 
 
Normalização e Padronização 
Luiza Helena de Jesus Barbosa - CRB-3/830 
 
Capa 
Janete Pereira do Amaral 
 
Programação Visual e Diagramação 
Janete Pereira do Amaral 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte 
 
 
A535 Anatomia palpatória: atlas topográfico do corpo humano/ 
 Organizadores Alisson Felix de Souza, Denilson de Queiroz 
 Cerdeira, Vasco Pinheiro Diógenes Bastos. Fortaleza: Centro 
 Universitário Estácio do Ceará, 2017. 
188p.; 30cm. 
 
 
 ISBN: 978-85-69235-16-3 
 
1. Palpação 2. Membros superiores, Anatomia 3. Membros 
inferiores, Anatomia 4. Atlas I. Souza, Alisson Felix de. II. 
Cerdeira, Denílson de Queiroz III. Bastos, Vasco Pinheiro 
Diógenes. IV. Centro Universitário Estácio do Ceará 
 
 CDD 611.96 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ 
Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão 
Núcleo de Publicações Acadêmico-Científicas 
 
 
CONSELHO EDITORIAL 
 
 
 
Dra. Ana Cristina Pelosi Silva de Macedo – Universidade Federal do Ceará 
MsC. Ana Flávia Alcântara Rocha Chaves – Centro Universitário Estácio do 
Ceará 
Dra. Andrine Oliveira Nunes - Centro Universitário Estácio do Ceará 
MsC. Janete Pereira do Amaral - Centro Universitário Estácio do Ceará 
Ms. Joana Mary Soares Nobre - Centro Universitário Estácio do Ceará 
Dra. Kariane Gomes Cezario - Centro Universitário Estácio do Ceará 
Dra. Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos – Centro Universitário Estácio 
do Ceará, Universidade Estadual do Ceará, Universidade Federal do Ceará 
Dra. Marcela Magalhães de Paula - Embaixada do Brasil na Itália 
Dra. Maria Elias Soares – Universidade Federal do Ceará e Universidade 
Estadual do Ceará 
Dra. Maria da Graça de Oliveira Carlos – Centro Universitário Estácio do 
Ceará 
Dra. Margarete Fernandes de Sousa – Universidade Federal do Ceará 
Dra. Rosiléia Alves de Sousa – Centro Universitário Estácio do Ceará 
Dra. Suelene Silva Oliveira Nascimento - Universidade Estadual do Ceará 
Dr. Vasco Pinheiro Diógenes Bastos - Centro Universitário Estácio do Ceará 
 
 
 
 
_____________________________________________________ 
Núcleo de Publicações Acadêmico-Científicas 
Rua Vicente Linhares, 308 - Aldeota 
CEP: 60.135-270 - Fortaleza – CE - Fone: (85) 3456-4100 
www.publica-estaciofic.com.br 
 
- 2 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 3 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida e 
a capacidade para realização deste sonho. Aos Professores por 
permitirem nosso aprendizado, aos alunos e funcionários do Centro 
Universitário Estácio do Ceará que são nossos incentivadores. 
 
- 4 - 
- 5 - 
LISTA DE AUTORES 
 
 
 
Alisson Felix de Souza 
Graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário Estácio do Ceará 
no ano de 2016. Experiência em Fisioterapia Traumato – ortopédica, 
Neurofuncional, Pneumofuncional. 
Benicio Alves Lima Junior 
Técnico em Massoterapia pelo Programa Nacional de Acesso ao 
Ensino Técnico – PRONATEC no ano de 2016. 
Denilson de Queiroz Cerdeira 
Graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza no ano de 
2003. Especialização em Fisioterapia em Traumato-ortopedia, 
Reumatologia e Medicina do Esporte pela Faculdade Integrada do 
Ceará no ano de 2006. Rpgista – RPG Shoucard no ano de 2013. 
Mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Tecnológica 
Intercontinental em parceria com Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul no ano de 2010. Experiência em Fisioterapia Traumato – 
ortopedia, Fisioterapia Desportiva, Fisioterapia Bucomaxilofacial, 
Síndrome de Burnout e suas dimensões, Saúde do Professor no âmbito 
institucional. Docente dos cursos de Fisioterapia, Enfermagem, 
Nutrição e Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará e 
Fisioterapia da Faculdade Vale do Jaguaribe. 
Juliana Pinto Queiroz 
Graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário Estácio do Ceará 
no ano de 2016. Experiência em Fisioterapia Traumato – ortopédica, 
Dermatofuncional, Neurofuncional e Pilates. 
Vasco Pinheiro Diógenes Bastos 
Graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza no ano de 
1985, Mestrado em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará 
no ano de 2001 e Doutorado em Farmacologia pela Universidade 
Federal do Ceará no ano de 2009. Atualmente atua como Docente do 
Centro Universitário Estácio do Ceará. 
 
- 6 - 
- 7 - 
PREFÁCIO 
 
 
A anatomia palpatória reveste-se de uma importância crucial 
para todos os profissionais ligados à área de saúde. Acredito que através 
do seu conhecimento pode-se sustentar melhor um processo de 
avaliação clínica e estabelecer com mais facilidade um plano de 
tratamento adequado, pois através do conhecimento das estruturas a 
serem examinadas e suas limitações e posições pode-se identificar 
assimetrias, alterações na textura e elasticidade tecidual, alterações nos 
contornos ósseos e musculares, temperatura, dor e edema, além de ser 
essencial para terapeutas que fazem técnicas manipulativas sejam quais 
forem. 
Assim, neste livro encontram-se aspectos relativos à avaliação 
de estruturas musculoesqueléticas da coluna vertebral, membros 
superiores e inferiores, por meio de técnicas palpatórias. Destaca-se as 
condutas para análise e interpretação de achados referentes a todos os 
músculos palpáveis, profundos, intermédios e superficiais, assim como 
comentários sobre sua inserção proximal, inserção distal, ação e 
inervação. 
Além disto, podem-se encontrar aspectos relevantes sobre a 
palpação dos principais nervos do corpo com seus respectivos pontos 
de compressão e todas as estruturas ósseas palpáveis, sempre 
colocando a importância para o tratamento clínico. 
O livro traz uma leitura clara, ilustrada e didática sendo 
excelente para compreensão. Portanto, um livro de “cabeceira” para 
acadêmicos e profissionais de saúde. 
 
 
Profª Ms. Giselle Notini Arcanjo 
Docente da graduação e pós-graduação do curso de Fisioterapia do 
Centro Universitário Estácio do Ceará 
- 8 - 
- 9 - 
 SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO ....................................................... 17 
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
ANATOMIA PALPATÓRIA ....................................... 19 
1.1 EFEITOS DAS MÃOS NO PACIENTE 
(PALPAÇÃO) .............................................................. 20 
1.2 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO.................................. 22 
1.3 APRIMORAMENTO DA ARTE DA PALPAÇÃO . 24 
1.4 CUIDADOS COM AS MÃOS ............................... 25 
1.5 PALPAÇÃO DE TECIDOS DISTINTOS ............ 25 
CAPÍTULO 2 - ANATOMIA PALPATÓRIA - 
MEMBROS SUPERIORES .........................................29 
2.1 CLAVÍCULA ........................................................ 29 
❖ CLAVÍCULA .............................................................................30 
2.2 ESCÁPULA ............................................................ 31 
❖ BORDA VERTEBRAL (MEDIAL).......................................33 
❖ BORDA AXILAR (LATERAL)..............................................34 
❖ ÂNGULO INFERIOR ............................................................35 
❖ ESPINHA DA ESCÁPULA ....................................................35 
❖ ACRÔMIO .................................................................................36 
❖ PROCESSO CORACÓIDE ....................................................37 
2.3 OMBRO .................................................................39 
2.3.1. OSTEOLOGIA ........................................................................... 39 
❖ CABEÇA UMERAL COM TUBÉRULO MAIOR E 
MENOR (Abordagem anterior)...............................................39 
❖ ROTAÇÃO LATERAL: tubérculo menor ............................40 
❖ ROTAÇÃO MEDIAL: tubérculo maior ................................40 
❖ POSIÇÃO NEUTRA: Sulco intertubercular .........................41 
❖ ABORDAGEM INFERIOR OU AXILAR..........................41 
- 10 - 
2.3.2. MIOLOGIA.................................................................................. 43 
❖ TRAPÉZIOS (fibras superiores, médias e inferiores) ..........43 
❖ TRAPÉZIO SUPERIOR - TRAPÉZIO MÉDIO ..............44 
❖ TRAPÉZIO INFERIOR..........................................................45 
❖ GRANDE DORSAL ................................................................45 
❖ ROMBÓIDES (MAIOR E MENOR) ...................................46 
❖ ELEVADOR DA ESCÁPULA...............................................47 
❖ PEITORAL MAIOR ................................................................48 
❖ TENDÃO DO PEITORAL MAIOR - PORÇÃO 
ESTERNAL ...............................................................................49 
❖ TENDÃO DO PEITORAL MAIOR PORÇÃO 
CLAVICULAR...........................................................................50 
❖ PEITORAL MENOR...............................................................50 
❖ SERRÁTIL ANTERIOR .........................................................52 
❖ DELTÓIDES (porção anterior, média e posterior)..............53 
❖ SUBESCAPULAR (PORÇÃO INDIRETA) ........................55 
❖ SUPRA-ESPINHOSO..............................................................56 
❖ INFRA-ESPINHOSO ..............................................................57 
❖ REDONDO MENOR .............................................................58 
❖ REDONDO MAIOR ...............................................................60 
❖ BÍCEPS BRAQUIAL................................................................61 
❖ TRÍCEPS BRAQUIAL .............................................................62 
2.3.3. ARTROLOGIA ........................................................................... 63 
❖ LIGAMENTO INTERCLAVICULAR.................................63 
❖ LIGAMENTO ACRÔMIO-CLAVICULAR........................63 
2.3.4. NERVOS E VASOS .................................................................. 64 
❖ LINFÁTICOS AXILARES......................................................64 
❖ NERVO ULNAR ......................................................................64 
2.4 COTOVELO .......................................................... 66 
2.4.1. OSTEOLOGIA ........................................................................... 66 
❖ EPICÔNDILO MEDIAL, LATERAL E OLÉCRANO....66 
- 11 - 
❖ CABEÇA DO RÁDIO .............................................................68 
❖ SULCO DO NERVO ULNAR...............................................68 
2.5 ANTEBRAÇO ....................................................... 69 
2.5.1. OSTEOLOGIA ........................................................................... 69 
❖ ULNA (DIÁFISE-BORDA DORSAL) .................................69 
❖ RÁDIO (CORPO DO RÁDIO) .............................................71 
2.5.2. MIOLOGIA.................................................................................. 72 
❖ MÚSCULOS ANTEBRAQUIAIS PALMARES..................72 
❖ PRONADOR REDONDO.....................................................72 
❖ FLEXOR RADIAL DO CARPO ...........................................74 
❖ PALMAR LONGO...................................................................75 
❖ FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS.............................76 
❖ FLEXOR ULNAR DO CARPO ............................................77 
❖ MÚSCULOS ANTEBRAQUIAIS DORSAIS ......................78 
❖ EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO ...................79 
❖ EXTENSOR ULNAR DO CARPO ......................................80 
2.6 PUNHO ................................................................. 81 
2.6.1. OSTEOLOGIA ........................................................................... 81 
❖ ULNA – CABEÇA DA ULNA E PROCESSO 
ESTILÓIDE...............................................................................81 
❖ RÁDIO – PROCESSO ESTILÓIDE ....................................82 
❖ OSSOS DO CARPO.................................................................83 
❖ ESCAFÓIDE .............................................................................84 
❖ PISIFORME...............................................................................85 
2.6.2. MIOLOGIA.................................................................................. 86 
❖ ABDUTOR LONGO DO POLEGAR.................................88 
2.6.3. NERVOS ....................................................................................... 89 
2.7 MÃO ...................................................................... 92 
2.7.1. OSTEOLOGIA ........................................................................... 92 
❖ METACARPOS.........................................................................92 
2.7.2. MIOLOGIA.................................................................................. 93 
- 12 - 
❖ ABDUTOR CURTO DO POLEGAR ..................................93 
❖ ABDUTOR DO 5º DEDO .....................................................94 
CAPÍTULO 3 - ANATOMIA PALPATÓRIA - 
MEMBROS INFERIORES .........................................95 
3.1 CINTURA PÉLVICA E COXA .............................. 95 
3.1.1. OSTEOLOGIA ........................................................................... 95 
❖ OSSO ILÍACO ..........................................................................99 
❖ ESPINHA ILÍACA ÂNTERO SUPERIOR (EIAS) .........100 
❖ ESPINHA ILÍACA POSTÊRO SUPERIOR (EIPS) ........100 
❖ TUBÉRCULO ISQUIÁTICO...............................................101 
❖ TUBÉRCULO PÚBICO ........................................................102 
❖ EXTREMIDADE PROXIMAL ...........................................103 
❖ TROCÂNTER MAIOR .........................................................103 
3.1.2. ARTROLOGIA ......................................................................... 104 
❖ ARTICULAÇÃO SACROILÍACA.......................................104 
❖ LIGAMENTO ÍLIO-LOMBAR...........................................104 
3.1.3. MIOLOGIA................................................................................ 105 
❖ TRÍGONO FEMURAL .........................................................105 
❖ ÍLIO-PSOAS (PROXIMAL) .................................................106 
❖ RETO ABDOMINAL............................................................107 
❖ QUADRADO LOMBAR.......................................................108 
❖ GLÚTEO MÁXIMO..............................................................108 
❖ PIRIFORME ............................................................................109 
❖ ÍSQUIOS TIBIAIS ..................................................................110 
❖ MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO OU PERÍNEO
 ....................................................................................................110 
3.1.4. NERVOS E VASOS ................................................................ 111 
❖ NERVO ISQUIÁTICO .........................................................111 
❖ LINFÁTICOS INGUINAIS .................................................112 
3.2 JOELHO .............................................................. 113 
3.2.1. OSTEOLOGIA ......................................................................... 115 
- 13 - 
❖ (EPI) CÔNDILO LATERAL ...............................................115 
❖ (EPI) CÔNDILO LATERAL ...............................................115 
❖ TUBEROSIDADE DA TÍBIA .............................................116 
❖ TUBÉRCULO DE GERDY .................................................117❖ CABEÇA DA FÍBULA ..........................................................118 
❖ PATELA ...................................................................................119 
3.2.2. ARTROLOGIA ......................................................................... 120 
❖ COLATERAL FIBULAR (LATERAL) ...............................120 
❖ COLATERAL TIBIAL (MEDIAL) .....................................120 
❖ TENDÃO PATELAR OU QUADRICIPTAL ..................121 
❖ RETINÁCULO DA PATELA..............................................122 
❖ MENISCO MEDIAL .............................................................123 
❖ MENISCO LATERAL ...........................................................124 
3.2.3. MIOLOGIA................................................................................ 125 
❖ VASTO LATERAL.................................................................125 
❖ VASTO MEDIAL OBLÍQUO .............................................125 
❖ RETO DA COXA OU FEMURAL .....................................126 
❖ TENDÕES DA PATA DE GANSO ..................................127 
❖ SEMITENDINOSO ...............................................................127 
❖ BÍCEPS DA COXA OU CRURAL......................................128 
3.2.4. NERVOS ..................................................................................... 129 
❖ NERVO FIBULAR COMUM ..............................................129 
3.3 PERNA .................................................................130 
3.3.1. MIOLOGIA................................................................................ 130 
❖ TIBIAL ANTERIOR..............................................................130 
❖ EXTENSOR LONGO DO HÁLUX ..................................131 
❖ EXTENSOR LONGO DOS DEDOS................................131 
❖ FIBULAR LONGO ................................................................132 
❖ FIBULAR CURTO .................................................................133 
❖ GASTROCNÊMIO ................................................................133 
❖ SÓLEO .....................................................................................134 
- 14 - 
❖ TENDÃO CALCÂNEO, AQUILEU OU TENDÃO DE 
AQUILES .................................................................................135 
3.4 TORNOZELO E PÉ ............................................137 
3.4.1. CONSIDERAÇÕES ................................................................ 137 
3.4.2. OSTEOLOGIA ......................................................................... 138 
❖ MALÉOLO MEDIAL............................................................138 
❖ MALÉOLO LATERAL .........................................................139 
3.4.3. MIOLOGIA DO TORNOZELO ...................................... 141 
❖ TIBIAL POSTERIOR ............................................................141 
❖ TÁLUS ......................................................................................141 
❖ FACE POSTERIOR DO PÉ ................................................145 
❖ FACE PLANTAR DO PÉ – CABEÇA DOS 5º 
METATARSIAIS ....................................................................146 
3.4.4. ARTROLOGIA ......................................................................... 147 
❖ ARTICULAÇÃO TALOCRURAL OU DO TORNOZELO 
PROPRIAMENTE DITA .....................................................147 
❖ LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL OU DELTÓIDE
 ....................................................................................................149 
❖ LIGAMENTO COLATERAL LATERAL .........................150 
3.4.5. MIOLOGIA DO PÉ ............................................................... 150 
❖ FLEXOR LONGO DOS DEDOS ......................................150 
❖ FLEXOR LONGO DO HÁLUX ........................................151 
3.4.6. NERVOS E VASOS ................................................................ 152 
❖ ARTÉRIA TIBIAL POSTERIOR ........................................152 
❖ NERVO TIBIAL .....................................................................153 
❖ ARTÉRIA DORSAL DO PÉ................................................153 
CAPÍTULO 4 - TRONCO ......................................... 155 
4.1 COLUNA CERVICAL...........................................156 
4.1.1 OSTEOLOGIA CEVICAL .................................................... 157 
❖ PROCESSO TRANSVERSO DO ATLAS .........................159 
❖ PROCESSO ESPINHOSO (C2) ..........................................161 
❖ PROCESSO ESPINHOSO (C3 A C7) ................................164 
- 15 - 
❖ PROCESSO TRANSVERSOS (C3 A C7)...........................165 
❖ PROCESSO ARTICULARES...............................................165 
❖ OSSO TEMPORAL - PROCESSO MASTÓIDE .............166 
❖ OSSO OCCIPITAL ................................................................167 
❖ MANDÍBULA - CÔNDILOS ..............................................167 
4.1.2 MIOLOGIA ................................................................................. 168 
❖ ECOM – ESTERNO CLEIDO OCCIPITO MASTÓIDEO
 ....................................................................................................168 
❖ ESCALENO ANTERIOR ....................................................169 
❖ EXTENSORES DA CABEÇA E DO PESCOÇO ...........170 
4.2 COLUNA TORÁCICA .......................................... 171 
4.2.1. OSTEOLOGIA ......................................................................... 171 
❖ PROCESSOS TRANSVERSOS ...........................................173 
❖ ESTERNO ...............................................................................174 
❖ MANÚBRIO ............................................................................174 
❖ CORPO DO ESTERNO .......................................................175 
❖ PROCESSO XIFÓIDE..........................................................175 
❖ COSTELA ................................................................................176 
4.3 COLUNA LOMBAR .............................................177 
4.3.1. OSTEOLOGIA ......................................................................... 178 
❖ PROCESSOS ESPINHOSOS ...............................................179 
❖ MANOBRA DIFERENCIAL ENTRE OS PROCESSOS 
ESPINHOSOS DE L5 E S1 ..................................................180 
❖ PROCESSOS TRANSVERSOS ...........................................181 
4.3.2. MIOLOGIA................................................................................ 181 
❖ ÍLIOCOSTAL LOMBAR ......................................................181 
❖ OBLIQUO EXTERNO .........................................................182 
 
- 16 - 
 
- 17 - 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Durante muitos anos o professor e pesquisador Denilson de 
Queiroz Cerdeira, em parceria com o Centro Universitário Estácio do 
Ceará, começou a pensar sobre a prática docente e o aprendizado sobre 
o corpo humano e a sua aplicabilidade no âmbito dos cursos de saúde 
da instituição, que culminou no desenvolvimento desta obra. Este livro 
não busca provar aquilo que já existe e sim trazer ao público, de forma 
clara e científica, a topografia corporal diagnóstica. 
As discussões sobre a topografia corporal e a sua relação com a 
Anatomia Palpatória são necessárias para que se possa desvelar sobre a 
docência e o processo de ensino e aprendizagem dos alunos no âmbito 
da saúde. Essa é uma obra que fornecerá mais instrumentos, 
conhecimentos e informações para fomentar tais discussões, e ainda, 
tornar público os anos de trabalho realizados pelo Centro Universitário 
Estácio do Ceará. As informações presentes neste livro são resultados 
de projetos de iniciação científica. Portanto, a participação e o 
empenho dos alunos foram decisivos na concretização deste livro. 
Este livro dispõe sobre algumas questões sobre a Anatomia 
Palpatória e a sua aplicabilidade no processo de ensino e aprendizagem 
do discente dos cursos de graduação em saúde.Denilson de Queiroz Cerdeira 
 
 
 
 
 
 
 
- 18 - 
 
 
- 19 - 
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO AO 
ESTUDO DA ANATOMIA PALPATÓRIA 
 
 
Alisson Felix de Souza 
Denilson de Queiroz Cerdeira 
Vasco Pinheiro Diógenes Bastos 
 
 
AS MÃOS 
 
Na Idade Média operou-se uma distinção, uma clivagem entre 
duas utilizações diferentes de mão. A partir da palavra Kheir, que 
significa mão em grego, formou-se a palavra cirurgião. Keirourgon: 
aquele que tem a mão armada de um instrumento, aquele que opera. A 
palavra manus, que significa mão em latim, ficou restringida aos 
trabalhos manuais em que a mão está apenas armada de palavras que a 
acompanham em sua atividade terapêutica. A massagem é, acima de 
tudo, a arte da mão; Freud, aliás, punha a mão durante muito tempo na 
fronte de seus pacientes, no decurso das sessões. 
Em Fisioterapia, a mão do terapeuta é enviada pela consciência 
com a missão preestabelecida de apoderar-se desta ou daquela 
informação, que a consciência lhe impõe, numa espécie de antecipação. 
Ela vai manifestar toda a sua excelência, como um radar, no contato do 
corpo palpado ou já tratado do paciente. 
Maquiavel dizia que toda a gente sabe ver, mas pouca gente sabe 
tocar. Toda a pele, que recobre e limita o organismo informa-nos, 
imediatamente, do contato que se estabelece entre nós e os objetivos 
exteriores, mas somente a mão deve ser considerada como o verdadeiro 
órgão do tato. 
Broca dizia que a mão tem uma imensidade de utilizações, que 
pode atingir todos os pontos da superfície do corpo e constitui o 
instrumento de tato por excelência. Tocar todos os pontos do corpo é 
um ato tranquilizador, pois permite, eventualmente, confirmar a 
integridade desse mesmo corpo, quando o indivíduo, no seu 
inconsciente, receia que ele esteja fragmentado. 
- 20 - 
Somente a mão pode tocar e é tocada. Jean Brun diz que a mão 
constitui um microrganismo carregado dos nossos desejos, temores, 
esperanças, emoções, que parte a aventura para sondar a distância que 
nos separa daquilo que não somos. Acrescenta que o tocar implica a 
vontade e o desejo de seguir uma superfície de desposar uma forma. O toque 
ausculta, por assim dizer, o corpo estranho. Eis porque a mão toca; é uma mão que 
explora um contorno, tateia uma consciência, encerra um volume, sente o calor. 
 É importante a consciência que, através da mão e nunca sem 
ela, vai tocar. O paciente deseja ser tocado para sair deste impasse em 
que a doença o colocou. Mas ao mesmo tempo teme as mãos que o 
tocam. Esta ambiguidade deve ser bem compreendida mesmo antes do 
primeiro contato, cuja complexidade é muito particular. O tocar 
provoca a desconfiança, compromete a integridade corporal. O 
paciente pede e ao mesmo tempo teme o socorro desejado. O que é que 
vai fazer? Não vai fazer mal? Mesmo quando não diz estas palavras, ele 
pensa nelas. 
Se as palavras podem ser tocantes, é porque os gestos da mão 
podem ser eloquentes. Que os corpos falam já sabemos há muito 
tempo. Klossowski diz que o corpo faz gestos que significam o 
contrário daquilo que indicam. A mão, aliás, faz medo: está presente no 
inconsciente do paciente, mas ele não pode exprimir por palavras e, 
muitas vezes, então, exprime-o por mímica. 
 
1.1 EFEITOS DAS MÃOS NO PACIENTE (PALPAÇÃO) 
 
Muitos pacientes ainda relutam em consultar um profissional 
para abordar problemas pessoais, particularmente os associados a seu 
próprio corpo. Ambas as partes podem levantar barreiras, mas ambas 
devem contribuir para derrubá-las para que se possa atingir uma 
cooperação mais proveitosa. 
Normalmente o paciente apresenta-se com uma combinação 
normal de dúvidas, problemas e informações, sem uma ordem 
específica de prioridade, exceto, talvez, a presença prevalente de dor. 
Grande parte dessa informação é bastante irrelevante, mas é uma parte 
essencial da investigação e deve ser totalmente avaliada antes de ser 
descartada. 
O investigador precisa ser receptivo a todas as formas de 
informações, tentando analisar os fatos e produzindo uma avaliação 
completa da situação. Ocasionalmente utiliza-se um plano 
- 21 - 
predeterminado para facilitar a compilação dos fatos em uma ordem 
específica. Isso ajuda o investigador a chegar a uma conclusão ou 
diagnóstico. É preciso ter cuidado, porém, para que esse plano não 
interfira com as informações dadas pelo paciente nem contamine o 
quadro final. 
A investigação inicial deve ser realizada com grande cautela e 
sensibilidade, por que pode influenciar ambas as partes no exame que 
virá a seguir. O exame físico requer o mesmo grau de delicadeza e 
diplomacia, com cuidado, precisão e suavidade. A inadequação física ou 
verbal nesse estágio pode levar ao bloqueio total e à relutância em 
cooperar da parte do paciente. 
A palpação começa no primeiro contato com o paciente e é 
possível adquirir informações com relação a outros exames com 
eficiência. Todas as indicações da reação do paciente ao contato devem 
ser conquistadas de imediato, e o ato de dar a mão ou de ajudar o 
paciente a sentar-se ou levantar-se pode proporcionar ao investigador 
uma grande quantidade de informações relativas à necessidade de 
assistência ou à relutância em aceitar ajuda. 
Obviamente, esse contato com o paciente é apenas um dos 
muitos exames e técnicas de avaliação realizada na ocasião. Observar, 
ouvir e até sentir as dores são fontes úteis de informação relativa ao 
paciente. 
Durante o período de questionamento é bom fazer um contato 
cuidadoso com a área de dor, o que incentiva ambas as partes a 
centrarem a atenção no motivo da consulta. Os movimentos devem ser 
testados com grande cuidado, palpando e observando continuamente, 
monitorando qualquer relutância para mover-se, tensão, espasmo 
muscular, anomalias articulares e dor. Provocar uma dor aguda no 
paciente sem querer é um dos caminhos mais diretos de perder sua 
confiança, assim como as informações essenciais. 
O paciente gradualmente adquire confiança. Muito do medo do 
desconhecido passa no primeiro contato. Ao examinar o movimento, já 
é preciso existir de certo sentimento de confiança, e se a manipulação 
for cuidadosa ainda que firme, muito da tensão pode ser reduzida. Um 
sentimento de cooperação e confiança supera a relutância inicial com 
relação ao atendimento médico. 
A palpação continua durante todo o exame e o tratamento 
subsequente. Se for realizada com atenção e sensibilidade, fornece 
dados sobre os problemas físicos do paciente e também pode 
- 22 - 
“desvendar” problemas psicológicos, os quais, até que esta relação seja 
estabelecida são ocultados de propósito ou não são reconhecidos como 
relevantes para o aspecto físico. 
Muitos profissionais deparam-se com pacientes que usam um 
problema físico insignificante para entrar em contato com um 
fisioterapeuta, e depois, durante o exame ou tratamento acaba por 
declarar o problema subjacente. Todos os profissionais devem estar em 
alerta para essa possibilidade e devem anotar qualquer comentário 
estranho que venha a desembocar na conversação. O contato físico 
com o paciente parece ser o elo necessário para esse processo, mas a 
habilidade de reconhecer o sinal depende da capacidade, do 
treinamento e da sensibilidade do observador. 
O paciente precisa confiar no profissional, que deve fornecer 
informações verbais e não-verbais. Outros dados referentes à condição 
do paciente devem ser continuamente recebidos durante o tratamento. 
Mesmo o tratamento mais simples deve alimentar a sensação de estar 
sendo cuidado, de confiança e de compreensão. O paciente que em 
geral contribui com o tratamento, à medida que recebe cuidados, desde 
que seja incentivado e se busquem as informações com afinco. 
 
1.2 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO 
 
Não é suficiente colocar as mãos sobre o corpo do paciente, na 
esperança de receber as informações necessárias, é preciso ter atitudes 
efetivas para pesquisar os dados. A palpação é uma busca de 
informações e deve ser abordado de modo racional e planejado.Muito 
pouco se percebe ao contatar uma superfície com as mãos 
permanecendo estacionário. 
O movimento das mãos é necessário para que as estruturas 
passem sob os dedos de maneira controlada, para determinar e anotar 
as alterações de superfície, pressão e temperatura, por exemplo. A 
velocidade de movimento pode ser ajustada de modo que se leia o 
máximo de informações. Se os dedos passam sobre uma escrita em 
Braille com muita rapidez, os pontos são sentidos, mas não fornecem 
informações, ao passo que na velocidade correta para o indivíduo, a 
massa de pontos passa a ser um texto inteligível. 
Às vezes a palpação precisa ser profunda e lenta, outras, leve e 
rápida. Por exemplo, a palpação dos processos transversos da região 
- 23 - 
lombar ou o hámulo do osso hamato requer aplicação cuidadosa de 
pressão profunda, combinada com movimento lento, e sensibilidade às 
reações do paciente. 
A palpação dos processos espinhosos das vértebras torácicas, 
particularmente quando se faz a contagem decrescente, é muito mais 
fácil se as pontas dos dedos se moverem suavemente para cima e para 
baixo, em uma distância de três ou quatro centímetros por vez, 
marcando-se cada processo espinhoso com o dedo da outra mão e 
mantendo-o assim até que a posição do próximo processo espinhoso 
seja confirmada. Esse tipo de palpação funciona de modo similar a um 
scanner que utiliza um feixe de raios para construir uma imagem mais 
nítida. A técnica pode ser usada para obter um filme mais nítido do 
arcabouço ósseo do tórax, particularmente na região posterior. 
Usando uma ou duas palmas da mão e os dedos obtém-se mais 
informações referente ao movimento abaixo da superfície e sobre a 
reação do paciente ao contato. A aplicação só da ponta dos dedos, por 
exemplo, é usada para palpar o pulso. Em geral, se as estruturas abaixo 
da superfície são estacionárias, as mãos precisam ser usadas em um 
movimento controlado, enquanto se as estruturas forem móveis, as 
mãos devem ficar estacionárias. Quanto mais delicado for o 
movimento abaixo da superfície, mais delicada será a palpação – isso é 
demonstrado claramente ao se procurar o pulso fraco. 
Ao manipular as articulações para examinar a qualidade de 
movimento e avaliar os fatores limitantes, as mãos devem mover-se o 
menos possível, para evitar qualquer feedback dos tecidos do 
profissional, que pode obscurecer os dados advindos dos tecidos do 
paciente. 
Na verdade, com esse tipo de palpação, é necessário o mínimo 
de todos os outros movimentos, com exceção da articulação 
examinada. Isso implica adotar uma posição que evite o movimento 
dos pés, aplicando uma preensão que permita a ocorrência de toda a 
amplitude de movimento sem mudanças, e reduzindo todo o 
deslizamento de pele com um contato firme. Finalmente, o profissional 
deve estar absolutamente certo de que a posição do paciente é estável e 
que o movimento testado se situa na articulação examinada e no plano 
que circunda o eixo desejado. Não é raro, ao testar os movimentos dos 
membros inferiores e superiores, verificar um “clique” ou crepitação e 
nenhum dos dois, pacientes e examinador, são capazes de localizar a 
sua fonte. Ao contrário, se a unha do polegar do examinador tocar o 
paciente enquanto se aplica a pressão na região posterior da massa 
- 24 - 
lateral do atlas (C1), o paciente pode, erroneamente, relatar um som 
localizado na articulação atlanto-occipital. 
Ao examinar a amplitude terminal de uma articulação, todas as 
variações devem ser conhecidas com antecedência de modo que o 
movimento, normal e acessório, seja testado corretamente, observando 
a amplitude disponível e os fatores limitantes. Essa forma de palpação é 
altamente especializada e exige muita prática em articulações normais 
para aperfeiçoar a técnica e considerável experiência com articulações 
anormais, para reconhecer as variações, e um conhecimento 
especializado das várias afecções, para avaliar até que ponto testar. 
Sugere-se que essa forma de palpação seja realizada apenas por 
especialistas, pois do contrário, pode ser prematura e baseada na 
palpação da anatomia normal. Gradualmente, quando se toma cuidado 
e se estabelecem limites, é possível adquirir considerável habilidade. 
Infelizmente, muitos profissionais sentem pouco e tentam 
compensar o déficit com a observação, ou sentem bastante, mas não 
interpretam o que sentem. Alguns ainda podem sentir o que acreditam 
que deveriam sentir. É fácil se deixar convencer por um paciente 
ansioso, ou pelo conhecimento adquirido ou por influência de um 
observador mais experiente, de que se sentem alterações que na 
realidade não existem. 
 
1.3 APRIMORAMENTO DA ARTE DA PALPAÇÃO 
 
O aprimoramento das técnicas de palpação só pode ser obtido 
com a prática. O desejo de aprender é de suma importância. Depende 
da necessidade de saber o que se encontrar abaixo da superfície e do 
desejo de encontrar algum meio de oferecer ajuda. 
O envolvimento das mãos em todas as formas de observação, em 
geral é ampliado pela redução da entrada das informações de outros 
sentidos, e o maior uso do tato pode ser melhorado fechando-se os 
olhos e usando as mãos para reconhecer diferentes texturas, pesos, 
superfícies, líquidos, moedas, etc. 
A continuação e ampliação do estudo formal de anatomia é 
essencial, porque os benefícios são poucos se o profissional não tiver 
consciência do que deve ser palpado. 
 
- 25 - 
1.4 CUIDADOS COM AS MÃOS 
 
Em todas as atividades nas quais se utiliza as mãos para realizar 
movimentos precisos com fina sensibilidade tátil, é preciso tomar 
providências para manter sua mobilidade, sensibilidade e destreza. A 
limpeza é essencial e contribui muito para a sensação do tato. 
Os resíduos de gordura, creme, sujeira, pó, etc., estabelece uma 
camada separadora entre os órgãos receptores sensoriais e terminações 
nervosas e os objetos e os indivíduos que estão sendo palpados. 
Lavar as mãos com sabonete suave, secá-las completamente e 
evitar cremes a menos absolutamente necessário, deve ser uma rotina. 
Além disso, as unhas devem estar sempre curtas e limpas, para eliminar 
os riscos de lesão ou infecção, e para que elas possam ser usadas como 
instrumentos. A qualidade da palpação depende, em grande parte, da 
textura e da flexibilidade das mãos, que devem ter boa aparência e estar 
realmente bem, para promover a confiança do paciente. As mãos que 
não recebem o devido cuidado, são sujas, rígidas e cobertas por pele 
áspera só gerem relutância ao toque. 
As articulações das mãos devem ser mantidas em condições de 
flexibilidade, com a musculatura firme e forte. É preciso fazer 
exercícios regulares para manter a mobilidade e aumentar a força. 
 
1.5 PALPAÇÃO DE TECIDOS DISTINTOS 
 
A palpação normal por um leigo ou mesmo por muitos 
profissionais às vezes é grosseira e inútil. Pode-se notar a diferença 
entre osso, músculo ou tendões etc., mas dificilmente vai além disso. O 
profissional habilidoso é capaz de distinguir diferentes partes dos ossos, 
diferenciar formas e textura do músculo, suas conexões com os 
tendões, e ser capaz de rastreá-los até sua origem ou inserção. 
 Esses profissionais também são capazes de contar as vértebras, 
palpar os processos transversos da região lombar e outras estruturas 
ósseas profundas, localizar certos ligamentos, palpar pulsos ambíguos e 
determinar anormalidades, como tipos diferentes de tumefação, mal 
alinhamento e ruptura. 
O profissional com grande habilidade deve ir além desse 
conceito de palpação, devendo completar o quadro que está no interior 
- 26 - 
do corpo. Os pontos de referências ósseos devem ser estudados e 
correlacionados para que se obtenha uma imagem clara do sistema 
esquelético, incluindo ângulos das costelas, processos transversos e 
espinhosos de todas as vértebras, inclusive suas características 
diferenciadoras; por exemplo, os processos espinhosos bífidos na 
região cervical, em contraste com as protuberâncias pontudas dos 
processosespinhosos torácicos e com a forma retangular de T12 e da 
região lombar. 
O alinhamento de um osso com o outro é mais fácil de 
examinar nos membros superiores e inferiores, sendo bem mais difícil 
na coluna vertebral. Os defeitos no contorno de um osso podem ser 
localizados, reconhecendo-se possíveis avulsões. 
As variações na textura dos músculos devem ser reconhecidas, 
anotando-se as diferenças que ocorrem no músculo normal, o que 
possibilita que o examinador reconheça as variações não normais. 
O tecido fibroso entre as fibras musculares pode produzir uma 
sensação de flexibilidade, enquanto as regiões de espasmo são duras, 
mas têm forma regular. O primeiro tende a ficar na mesma posição 
independente do que se faça; as últimas normalmente desaparecem ao 
se aplicar calor ou massagem. 
A palpação cuidadosa revela onde cada músculo une-se a seu 
tendão, e onde e como o tendão se insere. A palpação também pode 
determinar o grau de fixação do músculo pela fáscia e se o tendão se 
mantém em sua posição por um retináculo. A extensão dos retináculos 
pode ser examinada, fazendo-se um estudo das estruturas que passam 
abaixo ou acima deles. 
As tumefações nos músculos em geral são causadas por 
contusões (hematoma) e sangramento entre as fibras musculares. São 
contidas no interior de uma área localizada e tornam-se duras e 
dolorosas, com frequência quente ao toque e possivelmente produzem 
vermelhidão sobre a área. Quase sempre há história de trauma na 
região. No entanto, é preciso ter cuidado ao palpar qualquer área de 
tumefação, porque pode ser causada por afecções mais graves. 
Ao palpar as articulações, é preciso fazer outras considerações. 
A localização precisa do eixo da articulação é essencial e se baseia na 
identificação acurada dos pontos de referência óssea e das medidas, 
considerando o tamanho e a forma gerais de outros ossos e a postura 
nesse momento. O conhecimento profundo da estrutura e da extensão 
das faces articulares adjacentes, assim como onde os ligamentos podem 
- 27 - 
ocultar o espaço articular, é imprescindível. A apresentação de espaços 
preenchidos por tecido em diferentes circunstâncias, por exemplo, se 
há líquido dentro da cápsula ou da bolsa articular, juntamente com o 
conhecimento detalhado dos tendões circundantes, também é 
importante ao examinar as articulações. 
O exame do modo como os ossos de uma articulação move-se 
uns sobre os outros, a amplitude e a suavidade do movimento, se o 
eixo varia de acordo com sua posição e como o movimento é limitado 
são características que devem ser consideradas. Com bastante cuidado e 
habilidade, o movimento das articulações pode ser examinado 
indiretamente por meio dos ossos de cada lado da articulação. 
A maioria das articulações tem movimentos adicionais, de 
pequena amplitude e alheios ao controle voluntário, que são essenciais 
para o funcionamento eficiente da articulação. São conhecidos como 
movimentos acessórios. 
Os movimentos acessórios são mais evidentes nas articulações 
humanas dentro de certa amplitude de movimento articular; isto é, 
quando os ligamentos permitem que as faces articulares fiquem 
separadas ou quando as faces não são congruentes. Isso é denominado 
posição de “pouca compactação”. Quando os ligamentos de uma 
articulação ficam tensos e suas faces são congruentes, não há mais 
movimento, seja normal ou acessório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 28 - 
- 29 - 
CAPÍTULO 2 - ANATOMIA PALPATÓRIA 
- MEMBROS SUPERIORES 
 
Alisson Felix de Souza 
Benicio Alves Lima Junior 
Denilson de Queiroz Cerdeira 
Juliana Pinto Queiroz 
 
Do ponto de vista da anatomia descritiva, o ombro, ou cintura 
escapular, compreende somente dois ossos: a clavícula e a escápula. 
A nossa abordagem será mais global, isto é, incluiremos a 
articulação escápulo-umeral ou articulação do ombro – constituída pela 
epífise proximal do úmero e pela cavidade glenóide da escápula – ao 
conceito descritivo do ombro, porque irá facilitar o estudo palpatório. 
 
2.1 CLAVÍCULA 
 
A palpação do corpo e das extremidades da clavícula não 
apresenta grande dificuldade e traz algumas informações que podem ser 
aproveitadas pelo terapeuta. 
Ao se palpar o corpo da clavícula, em sua borda ventral, 
consegue-se identificar, com mais clareza, as suas duas curvaturas – 
seus dois terços mediais são convexos, e seu terço lateral, côncavo. Por 
meio dessa palpação, pode-se verificar a posição da clavícula, ter uma 
ideia de seu comprimento e se apresenta alguma variação ou 
anormalidade anatômica. 
Abaixo da clavícula, no ponto de união de suas curvaturas, ou 
seja, quando deixa de ser convexa para se tornar côncava, passa o plexo 
braquial; a palpação, superior ou inferiormente ao osso, nesse nível, é 
sempre dolorosa, devendo ser feita com cautela. 
Já na palpação de suas extremidades – esternal e acromial, as 
relações articulares podem ser avaliadas: se os espaços anatômicos estão 
mantidos e se a função está preservada testando-se os seus 
movimentos. 
É interessante observar que a extremidade esternal tem um 
formato prismático e arredondado. 
- 30 - 
A face cranial do terço lateral da clavícula é plana e, próximo à 
extremidade acromial, alarga-se consideravelmente, estendendo-se 
dorsalmente; a palpação dessa região, frequentemente esquecida, é 
bastante enriquecedora, não somente por se identificar a largura da 
clavícula nesse local, mas, principalmente, por ser rotineira a presença 
de dor pontual, devido à tensão das fibras superiores do trapézio que se 
inserem na borda posterior do terço lateral do osso. 
O conhecimento das relações musculares de determinado osso é 
de extrema valia para obter conclusões diagnósticas e adotar o 
subsequente processo terapêutico; no caso da clavícula, em particular, 
isso é ainda mais relevante, já que participar da formação de um 
cíngulo, fazendo com que os elementos musculares a ela relacionados 
contribuam para a mobilidade concomitante de vários segmentos do 
corpo humano. 
Os músculos: peitoral maior, esternocleidomastóideo (ECOM), 
subclávio, deltoide, trapézio e esterno-hióide se inserem na clavícula; 
são fundamentais para o bom funcionamento da cintura escapular, da 
coluna cervical, da articulação do ombro e do tórax. 
 O ligamento esterno-clavicular anterior é mais difícil de ser 
identificado e palpado quando comparado à palpação do ligamento 
acrômio-clavicular; o direcionamento das fibras, a posição e a forma 
quadrilátera deste último facilitam a sua palpação. 
 
❖ CLAVÍCULA 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Sentado com antebraço apoiado na 
coxa ou na mesa 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
• 5º dedo na extremidade esternal 
• 1º dedo na extremidade acromial 
• 3º dedo cairá sobre o corpo (terço médio da clavícula). 
 
OBSERVAR: INCLINAÇÃO, MOBILIDADE, SENSIBILIDADE À 
PALPAÇÃO. 
• Palpar a Articulação Esternoclavicular (extremidade esternal) 
• Palpar a Articulação Acromioclavicular (extremidade acromial) 
 
TUBÉRCULO DELTÓIDE – 1/3 lateral da clavícula (Inserção da 
porção anterior do músculo deltóide). 
 
- 31 - 
 
 
 
 
2.2 ESCÁPULA 
 
Grande parte da escápula pode ser palpada. O acrômio, a espinha, 
o processo coracóide, a borda vertebral e o ângulo inferior, são os 
elementos que não oferecem muita dificuldade às suas palpações; 
quando muito, apenas necessitam da adoção de algumas posições que 
objetivam deixá-los mais salientes. 
Por sua vez, a borda axilar, por ser local de origem ou de 
passagem de vários músculos, alguns músculos de formato 
arredondado, já não é facilmente palpável; ou melhor, sua palpação 
pode ser equivocada, isto é, palpam-se os músculos redondo maior e 
menor acreditando-se estar palpando o osso. 
- 32 - 
Já o ângulo superior e a borda superior são mais difíceis de palpar, 
devido à volumosa massa muscular situada superficialmente a eles. 
Em relação à região do ângulo lateral, o colo do osso pode ser 
palpado, mesmo assim, em alguns indivíduos; sua palpação é que 
apresenta maior grau de dificuldade,comparada a todas as outras 
mencionadas anteriormente. 
Em alguns indivíduos, consegue-se palpar o tubérculo 
infraglenoidal, local de inserção do tendão da porção longa do tríceps 
braquial. 
A palpação do ângulo acromial – ângulo formado pela junção da 
espinha com o acrômio – é um ponto de referência à palpação na 
profundidade dos tendões dos músculos rotadores externo do ombro 
que se inserem no tubérculo maior do úmero: supra-espinhoso, infra-
espinhoso e redondo menor. 
A diferenciação palpatória entre a base, a porção horizontal e o 
ápice do processo coracóide é fundamental para as localizações e/ou 
palpações dos ligamentos coracoclaviculares (conóide e trapezóide), 
dos tendões do peitoral menor, córaco-braquial e do bíceps braquial 
(porção curta). 
Dos músculos palpáveis relacionados à escápula, o que apresenta 
maior dificuldade à palpação é o subescapular; sua abordagem é feita ou 
pela borda axilar da escápula, ou pela axila, porém somente uma 
pequena borda do músculo permite ser palpada; na região axilar, muitas 
vezes palpa-se o grande dorsal em vez do subescapular. Se o músculo 
(subescapular) for encontrado muito rapidamente, ou se está muito 
superficial, provavelmente a palpação está equivocada. 
A delimitação da inserção do músculo rombóide maior na borda 
vertebral da escápula é bastante simples, sendo suficiente localizar a 
região triangular da espinha da escápula e o ângulo inferior do mesmo 
osso. Suas fibras, ao passarem sob as fibras inferiores do trapézio, 
próximo ao ângulo inferior da escápula, formam uma depressão de 
formato triangular, com ápice cranial bastante visível no corpo 
humano, sobretudo quando se posiciona o braço em rotação medial, 
com o antebraço apoiado no dorso. Esse é um ponto de referência 
topográfica à palpação da porção superficial do rombóide maior. 
 
- 33 - 
❖ BORDA VERTEBRAL (MEDIAL) 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito Ventral com o braço 
homolateral à escápula a ser palpada atrás de suas costas, com a mão 
apoiada. 
OBS.: Se a mão não estiver apoiada nas costas, ou seja, estiver 
afastada, haverá contração do músculo rombóide maior, agindo como 
adutor da escápula, dificultando a palpação. O fisioterapeuta se 
posicionará em pé, atrás ou ao lado do paciente. 
DICA PALPATÓRIA 
Palpar a borda vertebral da região superior até o ângulo inferior da 
escápula. 
 
 
 
- 34 - 
❖ BORDA AXILAR (LATERAL) 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito ventral como o braço 
homolateral à escápula a ser palpada pendente para fora da maca. 
OBS.: O fisioterapeuta inicia a palpação pelo ângulo inferior da 
escápula, os dedos serão deslocados lateralmente e no sentido cranial, 
até alcançarem a borda axilar. 
DICA PALPATÓRIA 
Palpar a borda axilar da região inferior até a região axilar. Triângulos 
dos Redondos (Redondo Maior, Redondo Menor e Tríceps). 
 
 
 
 
- 35 - 
❖ ÂNGULO INFERIOR 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito ventral, com o braço 
homolateral à escápula a ser palpada atrás de suas costas. 
DICA PALPATÓRIA 
OBS.: O ângulo inferior normalmente corresponde ao sétimo espaço 
intercostal, ou em alguns indivíduos a oitava costela – espaço 
interespinhoso entre T7 e T8. Acompanha-se a borda vertebral 
superiormente aproximadamente 2 dedos acima da raiz da espinha da 
escápula. 
 
 
 
 
❖ ESPINHA DA ESCÁPULA 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito ventral com o braço ao 
longo do corpo. 
A palpação poderá ser feita através de sua visualização ou após a 
palpação do acrômio, que será mostrada a seguir. 
Obs.: a raiz da espinha da escápula (borda vertebral) corresponde ao 
espaço interespinhal de T3 – T4. 
DICA PALPATÓRIA 
Palpar a Espinha da Escápula a partir da borda vertebral em direção 
ao acrômio. 
Acima da Espinha da Escápula – Supraespinhoso (Abdução). 
Abaixo da Espinha da Escápula – Infraespinhoso (Rotação Externa). 
- 36 - 
 
 
❖ ACRÔMIO 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Sentado, braço em posição 
anatômica, com o antebraço apoiado na própria coxa. 
DICA PALPATÓRIA 
Inicia-se a palpação a partir da espinha da escápula, no sentido lateral, 
acompanhando-a até encontrar uma borda mais saliente que 
corresponde à borda lateral do acrômio. 
Em alguns indivíduos pode-se perceber uma expansão óssea, tanto na 
extremidade acromial da clavícula, quanto no acrômio, em suas regiões 
superiores; o espaço entre os dois ossos é preenchido pelo ligamento 
acrômio-clavicular. 
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Obs.: A união entra a espinha da escápula e o acrômio 
correspondente ao ângulo acromial, referência anatômica importante 
para a anatomia palpatória (a borda lateral do acrômio apresenta 
alguns tubérculos, dos quais se origina os tendões do músculo 
deltoide. 
 
 
 
 
❖ PROCESSO CORACÓIDE 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Sentado com o braço pendente ao 
longo do corpo. 
DICA PALPATÓRIA 
Palpado após identificar o sulco delto-peitoral, daí se deslocam os 
dedos lateralmente até encontrar uma resistência óssea (processo 
coracóide). Também podemos palpá-lo após identificar a cabeça 
umeral e nos dirigimos medialmente até encontrar a primeira 
proeminência óssea. 
 
 
 
- 38 - 
 
 
 
- 39 - 
2.3 OMBRO 
 
2.3.1. OSTEOLOGIA 
 
ÚMERO 
 
Uma pequena porção da cabeça do úmero pode ser palpada, 
conseguindo-se, inclusive, perceber seu formato arredondado e sua 
movimentação, quando se mobiliza o úmero. 
O tubérculo menor, apesar de ser menor do que o tubérculo 
maior, não é mais difícil de palpar, pelo simples motivo de estar 
projetado à frente, tonando-se suficientemente saliente, permitindo sua 
palpação quando o membro superior está em posição anatômica ou em 
rotação lateral. 
As referências palpatórias à palpação do sulco intertubercular 
são os tubérculos maior e menor; essa palpação é feita em projeção, 
devido à presença do tendão da porção longa do bíceps braquial, que 
desliza sobre esse sulco. 
 
❖ CABEÇA UMERAL COM TUBÉRULO MAIOR E 
MENOR (Abordagem anterior) 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado com braço colado ao corpo 
com cotovelo a 90º. 
DICA PALPATÓRIA 
Com uma das mãos o terapeuta realiza rotação lateral e medial do 
úmero. Com os dedos apoiados na cabeça umeral, percebe-se em 
rotação medial o tubérculo maior, em rotação lateral, o tubérculo 
menor e em posição neutra, o sulco intertubercular, por onde passa o 
tendão da porção longa do bíceps braquial. 
 
- 40 - 
❖ ROTAÇÃO LATERAL: tubérculo menor 
 
 
❖ ROTAÇÃO MEDIAL: tubérculo maior 
 
 
 
- 41 - 
❖ POSIÇÃO NEUTRA: Sulco intertubercular 
 
 
 
❖ ABORDAGEM INFERIOR OU AXILAR 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito Dorsal - braço abduzido. 
DICA PALPATÓRIA 
O fisioterapeuta resiste à abdução do braço, posicionando uma de suas 
mãos próximas ao cotovelo do paciente. Com o indicador e médio de 
sua mão oposta, palpa a região axilar, dorsalmente ao peitoral maior e 
ventralmente ao grande dorsal, onde sentirá a cabeça do úmero 
(porção inferior). 
 
- 42 - 
 
 
- 43 - 
2.3.2. MIOLOGIA 
 
A – Músculos que ligam o Membro Superior, Cintura Escapular à 
Coluna Vertebral 
Nome Origem Inserção Ação 
Trapézio Linha nucal sup. 
Protuberância. occipital 
externa, Ligamento 
Nucal e processos 
espinhosos de todas 
cervicais 
1/3 lateral da 
clavícula, acrômio 
e espinha da 
escápula 
Eleva (fibra superior), 
abaixa(fibra inferior), 
retração(fibra média), 
Abduz o braço 
produzindo rotação 
da escápula 
 
Nome Origem Inserção Ação 
Elevador 
da Escápula 
Tubérculo posterior do 
processo transverso das 
4 primeiras vértebras 
cervicais 
Borda medial da 
escápula, da 
espinha até o 
ângulo superior 
Eleva a escápula 
Rombóide 
maior e 
menor 
Processos Espinhosos 
da 7ª vértebra cervical e 
5 primeiras vértebras 
torácicas 
Borda medial da 
escápula, da 
espinha até o 
ângulo inferior 
Elevam e retraem a 
escápula 
Grande 
dorsal 
Processos Espinhosos 
da 6 ultimas Vértebras 
Torácicas, crista ilíaca e 
fáscia toracolombar 
Crista do tubérculo 
menor e assoalho 
do sulco 
intertubercular 
Extensão, adução e 
rotação medial do 
braço 
 
 
❖ TRAPÉZIOS(fibras superiores, médias e inferiores) 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Em pé. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Ombro 
· Trapézio superior: região superior do ombro 
· Trapézio médio: região infraescapular 
· Trapézio inferior: abaixo da escápula 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Solicitar o movimento. 
ELEVAÇÃO DO OMBRO OU FLEXÃO CERVICAL: 
Trapézio Superior 
ADUÇÃO ESCAPULAR: Trapézio Médio 
DEPRESSÃO ESCAPULAR: Trapézio Inferior 
- 44 - 
 
❖ TRAPÉZIO SUPERIOR - TRAPÉZIO MÉDIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 45 - 
❖ TRAPÉZIO INFERIOR 
 
SUGESTÃO DE PALPAÇÃO 
PALPAÇÃO GLOBAL DO TRAPÉZIO (FIBRAS 
SUPERIORES, MÉDIAS E INFERIORES) 
Pede-se ao paciente para elevar os braços simultaneamente, atingindo 
aproximadamente 100º de abdução da articulação do ombro e de forma 
concomitante deve realizar um esforço de adução escapular, os 
cotovelos deverão estar flexionados. 
 
❖ GRANDE DORSAL 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Em pé, braço homolateral apoiado no 
ombro do terapeuta. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃOS DO TERAPEUTA – Região lateral do tórax. 
PALPAÇÃO DINÂMICA - O paciente abaixará seu braço contra o 
ombro do terapeuta. O grande dorsal se tornará proeminente e 
facilmente palpável. 
 
- 46 - 
 
 
❖ ROMBÓIDES (MAIOR E MENOR) 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Em pé 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃOS DO TERAPEUTA – Região entre as escápulas. 
PALPAÇÃO DINÂMICA - O paciente realizará uma adução 
escapular. Os rombóides se tornarão proeminentes e facilmente 
palpáveis. 
OBS.: Se a palpação for feita próxima ao ângulo inferior da escápula, 
será direta porque nesta região o rombóide maior é superficial. 
 
 
 
- 47 - 
❖ ELEVADOR DA ESCÁPULA 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado com o antebraço apoiado na 
coxa, de costas para o fisioterapeuta. 
DICA PALPATÓRIA 
O fisioterapeuta localiza a borda vertebral da escápula, ao nível da raiz 
da espinha da escápula, 2 a 3 dedos acima deste ponto (inserção 
escapular). 
 
 
 
 
B – Músculos que ligam o Membro Superior, Cintura escapular 
às paredes torácicas anterior e lateral: 
 
Nome Origem Inserção Ação 
Peitoral Menor Da 2ª a 5ª costela, 
próximo à união da 
cartilagem costal com 
a costela 
Borda medial do 
processo coracóide 
Abaixa a 
escápula 
Peitoral Maior Metade medial da 
clavícula esterno e 6 
primeiras cartilagens 
costais e aponeurose 
do oblíquo esterno 
As fibras musculares 
convergem p/ o 
tendão único que se 
fixa na crista do 
tubérculo maior 
Adutor do 
braço. Porção 
clavicular flexão 
Serrátil Anterior Digitação na face 
externa das 8 costelas 
Superiores 
Face costal do 
Ângulo superior, 
corda medial e ângulo 
inferior da escápula 
Protação da 
escápula 
- 48 - 
 
 
❖ PEITORAL MAIOR 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Em pé. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Ombro 
• TENDÃO DO PEITORAL MAIOR: Região interna do 
ombro 
• PORÇÃO ESTERNAL: do lado do esterno 
• PORÇÃO CLAVICULAR: Abaixo da clavícula 
DINÂMICA PALPATÓRIA 
Solicita-se o movimento. 
• ADUÇÃO HORIZONTAL DO OMBRO: Tendão do 
Peitoral Maior 
• ADUÇÃO SUPERO - INFERIOR: Porção Esternal 
• ADUÇÃO ÍNFERO - SUPERIOR: Porção Clavicular 
 
- 49 - 
❖ TENDÃO DO PEITORAL MAIOR - PORÇÃO 
ESTERNAL 
 
 
- 50 - 
❖ TENDÃO DO PEITORAL MAIOR PORÇÃO 
CLAVICULAR 
 
 
 
 
 
❖ PEITORAL MENOR 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado com o antebraço apoiado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Sobre o processo coracóide e os outros 
nas costelas de 2 a 5 no sentido das fibras do peitoral. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Solicita-se o movimento de 
depressão da escápula. 
 
- 51 - 
 
 
 
 
 
- 52 - 
❖ SERRÁTIL ANTERIOR 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Em pé com o braço acima de 90º de 
flexão de ombro. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Lateral do tórax 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Solicita-se o movimento de adução 
da escápula. 
O terapeuta posicionará a polpa de seus dedos próxima às costelas, 
imediatamente lateral e posteriormente ao bordo ínfero-lateral do 
peitoral maior. 
SUGESTÃO DE PALPAÇÃO - Pedirá ao paciente para posicionar 
o cotovelo um pouco para frente e para cima. Esse movimento 
mantém a escápula contra o tórax sob a ação do serrátil anterior e o 
fisioterapeuta poderá sentir sua tensão. 
OBS.: A porção inferior é facilmente visualizada e palpável, as 
porções média e superior são encobertas pelo peitoral maior. 
 
 
 
 
 
 
- 53 - 
C – Músculos do Ombro: 
Nome Origem Inserção Ação 
Deltóide Espinha da 
escápula, 
acrômio e terço 
lat. Da clavícula 
Tuberosidade 
deltóidea do úmero 
Abdutor (3 porções 
juntas), Porção clavicular 
(flexão) Porção acromial 
(abduz), Porção escapular 
– (extensão). 
Subescapular Face costal da 
escápula 
Tubérculo menor 
do úmero 
Mais importante rotador 
medial do braço 
Supraespinhal Fossa 
supraespinhal 
da escápula 
Tubérculo maior do 
úmero 
Abdução do braço 
Infraespinhal Fossa 
infraespinhal da 
escápula 
Tubérculo maior do 
úmero 
Rot. Lateral do braço 
Redondo 
menor 
Borda lat. da 
escápula (2/3 
superior) 
Tubérculo maior do 
úmero 
Rot. Lateral do braço 
Redondo 
maior 
Borda lat. Da 
escápula (1/3 
inferior) 
Crista do tubérculo 
menor do úmero 
Rot. Medial do braço 
 
 
❖ DELTÓIDES (porção anterior, média e posterior) 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Em pé. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Região do Ombro 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Solicita-se o movimento. 
• FLEXÃO DO OMBRO: Deltóide Anterior 
• ABDUÇÃO DO OMBRO: Deltóide Médio 
• EXTENSÃO DO OMBRO: Deltóide Posterior 
OBS.: As manobras evidenciam a contração do músculo tomando-o 
visível, facilitando a palpação. 
 
 
- 54 - 
DELTÓIDE ANTERIOR DELTÓIDE MÉDIO 
 
 
 DELTÓIDE POSTERIOR 
 
 
 
- 55 - 
❖ SUBESCAPULAR (PORÇÃO INDIRETA) 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito dorsal, com o braço em 
flexão e ligeira abdução pelo fisioterapeuta. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Dedos na região axilar, à frente do 
músculo grande dorsal, na direção da superfície costal da escápula, e 
dorsalmente ao peitoral maior. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O paciente fará um movimento de 
rotação medial do braço, o que evidenciará a tensão do subescapular 
que será percebida pelos dedos do terapeuta. 
OBS.: Para se diferenciar da palpação do grande dorsal, pede-se 
inicialmente para aduzir o braço resistindo o movimento. O músculo 
grande dorsal ficará evidenciado na região; após a identificação os 
dedos deverão ser colocados em sentido ventral. 
 
 
 
 
 
 
 
- 56 - 
❖ SUPRA-ESPINHOSO 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito ventral 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Acima da espinha da escápula 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Solicita-se o movimento de abdução 
do ombro. 
O fisioterapeuta pedirá ao paciente para abduzir o braço a 20º 
aproximadamente, impondo resistência a esse movimento. A mão 
sensitiva estará posicionada na fossa supraespinhal em sua porção 
medial. 
 
 
 
- 57 - 
❖ INFRA-ESPINHOSO 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito ventral 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Abaixo da espinha da escápula 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Solicita-se o movimento de rotação 
externa do ombro. 
O terapeuta colocará os dedos na fossa infraespinhal, próximo à borda 
axilar da escápula. Com a outra mão posicionada na face lateral do 
terço distal do braço do paciente, irá resistir à rotação lateral do braço. 
 
 
 
- 58 - 
❖ REDONDO MENOR 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito ventral, com o braço 
abduzido a 90º, cotovelo a 90º, braço e antebraço apoiados na maca. 
OBS.: Neste posicionamento deve-se tentar visualizar um espaço 
triangular que é formado pelo músculo redondo maior embaixo e 
lateralmente, pelo músculo infraespinhoso medialmente, pelo músculo 
deltóide superiormente; neste espaço situa-se o músculo redondo 
menor. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Espaço entre o Redondo Maior, 
Infraespinhoso e Deltóide posterior. 
 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Resiste ao movimento de rotação 
lateral do braço. 
 
 
 
 
- 59 - 
 
 
 
- 60 - 
❖ REDONDO MAIOR 
POSIÇÃO DO PACIENTE- em pé com o antebraço apoiado no 
ombro do terapeuta. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Dois dedos transversos da região inferior 
da escápula. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Paciente realiza o movimento de 
adução do braço, empurrando o ombro do terapeuta para baixo. 
 
 
 
 
- 61 - 
D – MÚSCULOS DO BRAÇO 
Nome Origem Inserção Ação 
Bíceps 
do braço 
Porção longa - tubérculo 
supraglenoidal 
Porção curta - processo 
coracóide 
Tuberosidade do 
rádio, através da 
aponeurose do 
bíceps na fáscia 
do antebraço 
Poderoso flexor 
do antebraço e 
auxilia na 
supinação 
Tríceps 
do braço 
Porção longa - tuberosidade 
infraglenoidal 
Porção lateral - face posterior do 
úmero acima do sulco p/o nervo 
radial 
Face posterior 
do olécrano da 
ulna 
Extensor do 
antebraço 
 
❖ BÍCEPS BRAQUIAL 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Sentado, cotovelo fletido, antebraço 
apoiado na mão do terapeuta, em posição neutra. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Palpar o ventre muscular de suas duas 
porções 
 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Solicita movimentos simultâneos de 
supinação e de flexão do cotovelo. 
 
 
 
 
- 62 - 
❖ TRÍCEPS BRAQUIAL 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Sentado com o cotovelo fletido 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA - palpar o ventre muscular de suas três 
porções 
DINÂMICA PALPATÓRIA - Solicita a extensão do cotovelo. 
A porção lateral torna-se bem saliente na região póstero-lateral do 
braço, abaixo do sulco do deltóide posterior. A porção longa evidencia-
se na região póstero-medial do braço. Pode-se também visualizar uma 
depressão vertical que separa a porção lateral longa. Esta depressão 
corresponde ao tendão de inserção do tríceps braquial (dirige-se ao 
olecrano). A porção média se localiza um pouco inferior e medialmente 
à borda inferior da porção longa. 
 
 
 
 
- 63 - 
2.3.3. ARTROLOGIA 
OBS.: Os ligamentos: externo-clavicular anterior, conóide, trapezóide, 
córaco-acromial, córaco-umeral e gleno-umeral não podem ser 
palpados diretamente, pois nesta região há muita interposição de 
tecidos. 
 
❖ LIGAMENTO INTERCLAVICULAR 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado ou em pé. 
O fisioterapeuta irá posicionar um de seus dedos sobre a borda 
cranial do esterno, estará sobre o ligamento. 
 
 
❖ LIGAMENTO ACRÔMIO-CLAVICULAR 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado com o antebraço apoiado na 
coxa. O fisioterapeuta irá posicionar a polpa de seus dedos na 
extremidade acromial da clavícula, em sua superfície cranial. Deslocará 
seus dedos em sentido lateral e encontrará uma depressão que 
representa a acrômio-clavicular e que é preenchida pelo ligamento 
acrômio-clavicular. 
 
- 64 - 
2.3.4. NERVOS E VASOS 
❖ LINFÁTICOS AXILARES 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Decúbito dorsal com o braço 
abduzido passivamente pelo fisioterapeuta. 
DICA PALPATÓRIA 
O fisioterapeuta irá palpar a região axilar do paciente, delimitada por: 
cabeça do úmero superiormente, peitoral maior anteriormente e grande 
dorsal posteriormente. 
 
 
❖ NERVO ULNAR 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Sentado com o braço abduzido 
passivamente pelo fisioterapeuta. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA - Palpa a região medial do braço. 
DINÂMICA PALPATÓRIA - Percorre o sulco existente entre bíceps 
e o tríceps. 
OBS.: Esta palpação tem que ser extremamente suave, pois a mínima 
compressão sobre o nervo o deforma impedindo a sensação tátil de 
reconhecimento desta estrutura. 
 
- 65 - 
 
 
 
 
- 66 - 
2.4 COTOVELO 
 
O epicôndilo medial, por ser mais proeminente e maior do que o 
epicôndilo lateral, é mais fácil de palpar. 
Os epicôndilos servem como referência palpatória a vários 
elementos anatômicos; a partir do epicôndilo medial, pode-se palpar, 
por exemplo, o ligamento colateral ulnar da articulação do cotovelo, o 
músculo pronador redondo, o tendão comum dos músculos flexores 
do antebraço e o nervo ulnar; tendo como referência o epicôndilo 
lateral, pode-se palpar, exemplificando, o ligamento colateral radial da 
articulação do cotovelo, o tendão comum do supinador e dos músculos 
extensores do antebraço, o capítulo do úmero e a cabeça do rádio. 
A palpação do olecrano é uma das mais fáceis do corpo humano, 
servindo suas bordas – medial e lateral – como ponto de referência às 
palpações dos ligamentos da articulação do cotovelo. 
Frequentemente, a palpação da cabeça do rádio é confundida com 
a do epicôndilo lateral, bastando, para diferenciá-las, a movimentação 
do antebraço em prono-supinação, permitindo, dessa maneira, que a 
cabeça do rádio se movimente. 
 
2.4.1. OSTEOLOGIA 
 
❖ EPICÔNDILO MEDIAL, LATERAL E OLÉCRANO 
POSIÇÃO DO PACIENTE – Sentado, com o braço direcionado 
para a posição posterior. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
EPICÔNDILO MEDIAL: 2º dedo 
EPICÔNDILO LATERAL: 4º dedo 
OLÉCRANO: 3º dedo 
Palpa-se a fossa olecraniana na extremidade distal do úmero com o 
cotovelo em flexão. Realiza a extensão do cotovelo e a fossa 
olecraniana desaparece. 
- 67 - 
 
 
 
- 68 - 
❖ CABEÇA DO RÁDIO 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, com o braço a 90º, cotovelo 
em flexão, antebraço supinado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
Inicia-se a palpação colocando-se a polpa do 2º dedo no epicôndilo 
lateral do paciente. O 3º dedo será posicionado imediatamente ao lado 
do 2º dedo no sentido distal, no mesmo alinhamento. O 4º dedo cairá 
sobre a cabeça do rádio, imediatamente ao lado do 3º dedo, no sentido 
distal. 
Palpação em forma de pinça na cabeça do rádio. 
Observar a mobilidade da cabeça do rádio para os movimentos de 
prono-supino e flexo-extensão. 
 
 
❖ SULCO DO NERVO ULNAR 
Este sulco situa-se entre a porção medial do olecrano e o epicôndilo 
medial. 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado com o cotovelo flexionado a 
aproximadamente a 90º, antebraço supinado e apoiado na mão do 
terapeuta. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Cotovelo 
DINÂMICA PALPATÓRIA – 2º dedo no olecrano, 4º dedo no 
epicôndilo medial, 3º dedo cairá sobre o sulco de nervo ulnar. 
 OBS.: Pode-se perceber o nervo ulnar sob o 3º dedo; fazem-se 
movimentos suaves de deslizamento para melhor evidenciar a 
palpação. Esta palpação deverá ser suave para não provocar dor. 
 
 
- 69 - 
 
 
 
2.5 ANTEBRAÇO 
2.5.1. OSTEOLOGIA 
 
❖ ULNA (DIÁFISE-BORDA DORSAL) 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado ou em pé, cotovelo 
flexionado a 90º, antebraço levemente supinado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Antebraço 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O paciente irá enfatizar a supinação 
ou executar um movimento de flexão do punho. 
OBS.: Um sulco ficará proeminente na região dorsal do antebraço. A 
borda dorsal da ulna é subcutânea e poderá ser palpada. 
 
- 70 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 71 - 
❖ RÁDIO (CORPO DO RÁDIO) 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo flexionado, 
antebraço em posição neutra, apoiada na mesa. 
DICA PALPATÓRIA 
O corpo do rádio pode ser palpado principalmente em sua metade 
distal; basta palpa-la em forma de pinça. 
 
 
 
- 72 - 
2.5.2. MIOLOGIA 
❖ MÚSCULOS ANTEBRAQUIAIS PALMARES 
 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
Ao apoiarmos a região tênar de uma de nossas mãos sobre o epicôndilo 
medial do úmero e deixarmos apontados os dedos em direção ao 
punho, teremos de radial para ulnar: 
POLEGAR pronador redondo 
INDICADOR flexor radial do carpo 
TERCEIRO DEDO palmar longo 
QUARTO DEDO o flexor superficial dos dedos 
QUINTO DEDO o flexor ulnar do carpo 
OBS.: Todos esses músculos têm origem no epicôndilo medial do 
úmero, por intermédio de um tendão comum. 
 
❖ PRONADOR REDONDO 
 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo fletido a 90º e 
apoiado na maca, antebraço supinado. 
OBS.: O pronador redondo delimita a margem medial da fossa cubital. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Margem medial da fossa cubital. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Paciente realiza movimento de 
pronação levemente resistido. Perceberá sob seus dedos um aumento 
de tensão muscular. 
 
- 73 - 
 
 
- 74 - 
❖ FLEXOR RADIAL DO CARPO 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo fletido a 90º e 
apoiado na maca, antebraço supinado.ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Margem medial da fossa cubital. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – Paciente executa os movimentos 
simultâneos de flexão do punho e desvio radial, que serão resistidos 
pelo fisioterapeuta. 
OBS.: O tendão do flexor radial do carpo ficará proeminente próximo 
ao punho, lateralmente ao palmar longo. 
 
 
 
- 75 - 
❖ PALMAR LONGO 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo fletido a 90º e 
apoiado na maca, antebraço supinado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Margem medial da fossa cubital. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O paciente fará um movimento de 
flexão do punho sobre o antebraço, que será resistido pelo 
fisioterapeuta na região palmar, ao nível dos metacarpos. 
OBS.: O proeminente tendão será visualizado no 1/3 distal do 
antebraço, medialmente ao flexor radial do carpo. 
 
 
 
- 76 - 
❖ FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo fletido a 90º e 
apoiado na maca, antebraço supinado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Região interfalangeana. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O fisioterapeuta irá resistir à flexão 
das interfalangeanas próximas, mantendo as distais estendidas. 
OBS.: A tensão dos flexores superficiais poderá ser sentida pela polpa 
dos 2º e 3º dedos do terapeuta, que estarão localizados lateralmente ao 
palmar longo. 
 
- 77 - 
❖ FLEXOR ULNAR DO CARPO 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo fletido a 90º e 
apoiado na maca, antebraço supinado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Punho. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O paciente fará um movimento de 
flexão do punho com desvio ulnar, que será resistido pelo 
fisioterapeuta. 
OBS.: O tendão do flexor ulnar do carpo poderá ser palpado 
medialmente ao flexor superficial dos dedos. É o mais medial de todos 
os flexores. 
 
 
- 78 - 
❖ MÚSCULOS ANTEBRAQUIAIS DORSAIS 
BRAQUIORRADIAL 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo flexionado e 
apoiado na maca, antebraço em posição neutra. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Punho. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O fisioterapeuta irá resistir à flexão do 
cotovelo 
OBS.: O músculo braquiorradial ficará bem pronunciado, o que muito 
facilitará sua palpação. 
 
 
 
- 79 - 
❖ EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo flexionado, 
antebraço levemente pronado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Punho, englobando ao mesmo tempo a 
região dorsal da mão e o 1/3 distal do antebraço. 
DINÂMICA PALPATÓRIA - O fisioterapeuta irá resistir à flexão do 
cotovelo para evidenciar o braquiorradial. Os dedos do terapeuta serão 
então posicionados no dorso da mão do paciente e irão resistir ao 
movimento de extensão do punho. Os 2º e 3º dedos palparão o 
Extensor Longo Radial do Carpo, imediatamente lateral ao 
braquiorradial. 
 
 
 
- 80 - 
❖ EXTENSOR ULNAR DO CARPO 
POSIÇÃO DO PACIENTE - sentado, cotovelo fletido e apoiado na 
maca, antebraço pronado. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – Borda ulnar da mão do paciente. 
DINÂMICA PALPATÓRIA - O fisioterapeuta resistirá 
simultaneamente aos movimentos de extensão e de desvio ulnar 
realizados pelo paciente. 
 
 
 
- 81 - 
2.6 PUNHO 
 
A palpação do esqueleto e dos tecidos moles da mão permanece 
sendo considerada, por um grande número de indivíduos, enfadonha 
ou difícil, devido ao tamanho diminuto de algumas estruturas, 
principalmente ósseas, e pela falta de intimidade ou estudo da região. 
Os processos estilóides do rádio e da ulna não oferecem 
dificuldades às suas palpações. É interessante observar que o processo 
estiloide do rádio situa-se mais distalmente em relação ao da ulna, 
permitindo que o movimento de desvio ulnar tenha maior amplitude 
do que o radial. 
Um erro bastante frequente é o de palpar a cabeça da ulna 
acreditando-se palpar o seu processo estilóide; isso ocorre, na maioria 
das vezes, quando o antebraço está pronado, fazendo com que a cabeça 
na ulna se torne bem visível; e, muitas vezes, pelo desconhecimento, 
daquele que palpa, do tamanho e formato dessas duas estruturas. 
 
2.6.1. OSTEOLOGIA 
 
❖ ULNA – CABEÇA DA ULNA E PROCESSO ESTILÓIDE 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, antebraço pronado e apoiado 
na mão do terapeuta. A saliência arredondada na borda medial da ulna 
é a cabeça da ulna. 
Para a palpação do processo estilóide, o terapeuta está de frente para a 
borda ulnar do antebraço do paciente. Com uma das mãos apóia seu 
terceiro dedo na cabeça da ulna e seu segundo dedo no processo 
estilóide. Quando o antebraço é supinado, o processo estilóide fica 
mais pronunciado, já quando o antebraço é pronado, a cabeça da ulna 
fica mais pronunciada. 
- 82 - 
 
 
❖ RÁDIO – PROCESSO ESTILÓIDE 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo flexionado, 
antebraço em posição neutra. 
MÃO DO TERAPEUTA - de frente para o paciente. O fisioterapeuta 
acompanha o bordo radial do antebraço até alcançar a saliência que 
corresponde ao processo estilóide do rádio. 
 
 
 
- 83 - 
❖ OSSOS DO CARPO 
 
Em relação aos ossos que compõem a primeira e segunda fileira do 
carpo, os mais fáceis de identificar e palpar são, primeiramente, o 
escafóide, o piramidal e o pisiforme; segundamente, o trapézio, o 
trapezóide, o capitato e o processo do hamato. 
O osso semilunar dificilmente poderá ser palpado, devido à sua 
localização e por estar parcialmente encoberto pela extremidade distal 
do rádio, em sua região dorsal. O que se consegue fazer é delimitar a 
sua localização; somente em algumas pessoas é possível palpá-lo, por 
uma abordagem dorsal da mão, estando a articulação do pulso em 
flexão completa. 
As estruturas ósseas servem como ponto de referência à palpação 
de outros tecidos, como é o caso da palpação do processo denominado 
hámulo, do osso hamato, que serve como referência à palpação do 
músculo flexor curto do 5º dedo da mão. Em número de 8, que se 
distribuem em duas fileiras. 
 
FILEIRA PROXIMAL (radial para ulnar) 
• Escafóide 
• Semilunar 
• Piramidal 
• Pisiforme 
 
FILEIRA DISTAL (radial para ulnar) 
• Trapézio 
• Trapezóide 
• Capitato 
• Hamato 
 
 
 
 
 
- 84 - 
❖ ESCAFÓIDE 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo fletido, antebraço 
em posição neutra, borda ulnar da mão e antebraço apoiados na mesa. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – processo estilóide, ao nível da tabaqueira 
anatômica. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O fisioterapeuta palpa em pinça na 
região proximal da mão, na sua borda radial. 
 
 
 
 
- 85 - 
❖ PISIFORME 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, com o antebraço apoiado, em 
supinação. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
O fisioterapeuta palpará sobre a prega de flexão do punho no seu lado 
mais ulnar e deslocará o dedo distalmente até encontrar o pisiforme. 
 
 
 
 
- 86 - 
2.6.2. MIOLOGIA 
Nome Origem Inserção Ação 
Ext. longo do 
polegar 
1/3 distal da face 
posterior da ulna e 
membrana interóssea. 
Falange distal 
do polegar 
Extensão do 
polegar 
Ext. curto do 
polegar 
No rádio, distalmente ao 
músculo abdutor longo 
do polegar e membrana 
interóssea. 
Falange 
proximal do 
polegar 
Extensão do 
polegar 
Abdutor longo 
do polegar 
Faces posteriores da ulna 
e do rádio e membrana 
interóssea. 
Face lateral da 
base do 1º 
metacarpo 
Abdução 
de 
polegar 
 
 
EXTENSOR LONGO DO POLEGAR 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo flexionado, 
antebraço em posição neutra e apoiado na mesa. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – falange distal do polegar do paciente. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O fisioterapeuta oferecerá resistência 
ao movimento de extensão do polegar. 
OBS.: A polpa do 2º dedo de sua mão sensitiva palpará o tendão do 
extensor longo do polegar, que estará bem proeminente ao nível da 
tabaqueira anatômica. 
 
- 87 - 
 
 
EXTENSOR CURTO DO POLEGAR 
POSIÇÃO DO PACIENTE - Sentado, cotovelo flexionado, 
antebraço em posição neutra e apoiado na mesa. 
ANÁLISE PALPATÓRIA 
MÃO DO TERAPEUTA – falange proximal do polegar do paciente. 
DINÂMICA PALPATÓRIA – O fisioterapeuta oferecerá resistência 
ao movimento

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