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Atividade Urinálise hemato

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Aluna: Rúbia Marcon
Enfermagem - 3ª fase - Noturno
Elabore um texto corrido contendo as principais características do seguinte exame diagnóstico: Urinálise e Hematológico
Abordar TODOS os seguintes temas: definição de nomenclatura (o que é exame), amostras utilizadas, cuidados do enfermeiro nas fases pré-teste, intra-teste e pós-teste, as indicações para as quais o exame diagnóstico é solicitado, explicar o princípio básico do teste diagnóstico (não como a amostra é coletada e sim o que é analisado e de maneira é feira a análise) e relacionar ao menos duas doenças que podem ser diagnosticadas pelos testes diagnósticos selecionados acima.
1. URINÁLISE
1.1 CONCEITO 
A urinálise é um teste laboratorial simples, com baixo custo e não invasivo, que possui capacidade de fornecer diversas informações sobre o do trato urinário e demais sistemas corporais. A avaliação urinária completa (que inclui análise de tiras reagentes, densidade específica e exame do sedimento urinário) deve ser realizada, mesmo que um dos componentes não mostre anormalidades. O resultado da avaliação de sedimento pode indicar importantes problemas quando o paciente ainda se encontra assintomático. Além disso, a detecção de algumas doenças pode conduzir a uma melhor sobrevida se realizada em fase inicial. A urinálise combinada com a avaliação bioquímica, histórico e exame físico do paciente, pode diagnosticar ou excluir diversas patologias (DALMOLIN, 2011). 
	No exame de urinálise, a urina deve ser analisada rapidamente após a coleta, preferencialmente até 30 minutos após a coleta. Se isto não for possível, deve ser mantida refrigerada (a 4°C) e armazenada por no máximo 12 horas. Antes da análise, urinas refrigeradas devem ser levadas à temperatura ambiente e completamente homogeneizadas. Não deve se conglar a amostra. Durante o armazenamento, cilindros e células podem se desintegrar e o pH urinário ser altrado. Tais alterações ocorrem com mais frequencia em demasiado tempo de armazenamento e em temperaturas altas. Ademais, microorganismos podem continuar se replicando, mesmo contaminantes ou agentes infecciosos (DALMOLIN, 2011).
1.2 EXAMES
A urinálise pode ser dividida em três partes: exame físico, exame químico e avaliação do sedimento urinário (DALMOLIN, 2011).
1.2.1 Exame Físico
Cor
A urina normal é tipicamente transparente e amarela à inspeção visual. Amostras de urina concentrada podem apresentar uma coloração âmbar, ao paso que amostras diluídas mostram-se amarelo claras. No entanto, a coloração da urina nunca deve ser utilizada para a determinação da gravidade específica.
 
Turbidez
Da mesma forma que a cor, a turbidez da urina pode ser influenciada pela concentração urinária. Uma amostra concentrada está mais propensa à turbidez do que uma amostra diluída. Leucócitos, eritrócitos, cristais, bactérias, muco, lipídeos e materiais contaminantes podem aumentar a turbidez da amostra.
Densidade urinária 
A gravidade específica da urina ou densidade é um indicador muito útil da habilidade de concentração urinária renal. É definida como a relação entre a massa de um volume líquido e a massa de um mesmo volume de água destilada. A densidade em pacientes saudáveis irá variar conforme a hidratação corporal e o consumo de fluidos. A densidade deve ser analisada juntamente com tiras de análise. Quando há um aumento marcante na glicose ou proteína na urina, a densidade pode estar aumentada, e isto pode conduzir a uma interpretação de que o paciente possui uma habilidade de concentração urinária melhor do que realmente tem. A densidade é um teste muito útil para a avaliação da capacidade de diluição e concentração renal, pois a perda da habilidade de concentração costuma ser o primeiro sinal de doença tubular renal.
1.2.2 Exame Quiímico
 
O exame químico consiste na utilização de tiras reagentes, um método qualitativo e semiquantitativo de monitorar vários aspectos bioquímicos da urina. Estas tiras foram desenvolvidas para monitorar constituintes da urina humana, no entanto alguns dos testes não são aplicáveis para uso em animais, como o nitrito, a atividade de esterase leucocitária, a densidade e o urobilinogênio.
pH urinário 
O pH urinário não reflete necessariamente o pH sanguíneo, e pode ser influenciado pela dieta, alimentação recente, infecção bacteriana e tempo de armazenamento/retenção. Estudos demonstram que as tiras reagentes para detecção do pH não são acuradas em comparação aos pHmetros.
Glicose 
A glicosúria é detectada por uma reação enzimática específica para glicose. Amostras de urina refrigeradas devem ser aquecidas à temperatura ambiente para evitar falsos negativos, pois baixas temperatura inibem a reação. A glicosúria pode ser causada por hiperglicemia ou lesão de túbulo proximal renal. Normalmente, os túbulos proximais reabsorvem a glicose filtrada, mas quando a concentração sanguínea e a do ultrafiltrado excedem a capacidade de reabsorção, a gicose aparece na urina. Glicosúria na ausência de hiperglicemia reflete um defeito de reabsorção tubular em que o rim falha em reabsorver a glicose do filtrado glomerular.
Cetonas 
As tiras de urina possuem nitroprussiato de sódio que reage com ácido acético e acetona, mas não detectam β-hidroxibutirato. A urina fisiológica é livre de corpos cetônicos. A cetonúria ocorre quando estes compostos aumentam no plasma (cetonemia) em decorrência de distúrbios no metabolismo de ácidos graxos e carboidratos. Algumas condições que levam à cetonúria: cetose em vacas, jejum prolongado, anorexia, lipidose hepática, cetoacidose diabética, toxemia da gestação e hepatopatias.
Proteínas 
As tiras reagentes produzem resultados semiquantitativos de proteinúria, e detectam principalmente albumina, sendo insensíveis para globulinas e proteínas de Bense Jones (fragmentos de cadeia curta de globulinas que podem estar presentes em urina de animais com mieloma múltiplo). Uma pequena quantidade de proteína pode ser considerada normal na urina, mas o resultado da tira reagente deve ser interpretado juntamente com a densidade urinária, pois está relacionado com a concentração da urina. A proteinúria pode ser decorrente de glomerulonefropatia, defeitos de transporte tubular, ou inflamação ou infecção do trato urinário. A hematúria deve ser macroscopicamente visível para produzir proteinúria significativa. A proteinúria pode ser pré-renal, renal ou pós-renal. Proteinúria pré-renal pode ser decorrente de febre, convulsões, exercício muscular intenso, hipertensão glomerular, hiperproteinemia e extremos de frio ou calor. A proteinúria renal ocorre em doenças glomerulares e tubulares. A proteinuria pós-renal é observada em infecções ou inflamações do trato urinário inferior.
Bilirrubina 
Quando a hemoglobina é degradada, a porção heme é convertida em bilirrubina, que por sua vez é conjugada no fígado e excretada na bile. Uma parcela da bilirrubina conjugada escapa para a circulação e é filtrada pelo glomérulo, aparecendo na urina. Há um pequeno limiar renal para a bilirrubina, e mesmo um leve aumento na bilirrubina plasmática pode conduzir à bilirrubinúria. A bilirrubinúria pode ser encontrada em distúrbios hepático e hemolíticos ou em obstrução das vias biliares com colestase intra e extra-hepática.
Sangue, hemoglobina e mioglobina 
As tiras reagentes detectam a porção heme da hemoglobina e da mioglobina. A hematúria é encontrada em doenças do trato urinário inferior ou genital, incluindo infecção, neoplasia, doença inflamatória ou idiopática, e do trato urinário superior. A hemoglobinúria pode ocorrer quando eritrócitos intactos lisam em urina extremamente diluída (densidade <1,008) ou quando há níveis elevados de hemoglobina no sangue decorrente de hemólise intravascular. A mioglobinúria ocorre após rabdomiólise, seja por injúria isquêmica, traumática, tóxica ou necrose.
1.3 AVALIAÇÃO DO SEDIMENTO URINÁRIO
A terceira etapa da urinálise consiste na avaliação microscópica do sedimento urinário.
Cilindros
Os cilindros formam-se nos túbulos renais a partir de mucoproteínas secretadas pelascélulas epitéliais tublares. Uma urina normal pode conter poucos cilindro hialinos e granulosos, mas uma quantidade maior destas estruturas reflete uma patologia renal, mais precisamente uma doença tubular aguda. Inflamação ou hemorragia renal podem levar à formação de cilindros leucocitários ou eritrocitários, respectivamente. Os cilindros podem ser depositados na bexiga intermitente, podendo se desintegrar rapidamente em urinas velhas ou alcalinas. Então, a ausência de cilindros não exclui uma doença tubular renal.
Células 
Baixas quantidades de eritrócitos e leucócitos podem ser encontrados em urinas normais. Também deve ser encontrado um pequeno número de células epiteliais transicionais, porém em casos de irritação/inflamação da bexiga pode ser observado um aumento na quantidade destas células. A urina também pode conter células epiteliais escamosas da uretra ou vagina. Células epiteliais ureterais e renais são observadas em número bastante reduzido em urinas de pacientes normais.
Cristais 
A presença de cristalúria é influenciada pelo pH urinário, densidade urinária, saturção de precursores na urina e presença de promotores ou inibidores de cristais. Pacientes com amostras de urina muito concentradas, com altas concentrações de substâncias cristalogênicas ou com reduzida taxa de fluxo renal estão predispostos à formação de cristais. A presença de cristais na 11 urina pode não ser clinicamente significativa em animais saudáveis, mas em pacientes com histórico de urolitíase ou sinais clínicos relevantes, pode ser significativa.
Outros achados
Bacteriúria pode refletir contaminação ou inflamação, sendo que resposta inflamatória associada dá suporte à inflamação, mas nem sempre está presente. Outros organismos, como nematódeos (ou seus ovos), leveduras e hifas podem ser identificados ocasionalmente. Muco e espermatozóides também podem ser observados (DALMOLIN, 2011).
1.4 PATOLOGIAS DIAGNOSTICADAS POR URINÁLISE
	Doença
	Sinais
	Achados químicos
	Achados microscópicos
	Glomerulonefrite aguda
	Hematúria macroscópica, urina turva, “esfumaçada”
	Proteína < 1,0 g/dí’ positiva para sangue
	Aumento da contagem de hemácias, leucócitos, células epiteliais tubulares renaisCilindros: hemáticos, granulares, céreos, largos
	Glomerulonefrite crônica
	Hematúria
	Proteína > 2,5 g/dí’Sangue, pequeno volume Densidade urinária baixa e fixa
	Aumento da contagem de hemácias, leucócitos, células epiteliais renais Cilindros: granulares, céreos, largos
	Síndrome nefrótica
	Turva
	Proteína > 3,5 g/dℓ Sangue, pequeno volume
	Aumento da contagem de hemácias, corpúsculos de gordura ovais, gordura livre, células epiteliais renais Cilindros: graxos, céreos, renais
	Necrose tubular aguda
	Discretamente turva
	Proteína < 1,0 g/dℓ Positivo para sangue Densidade urinária baixa
	Aumento da contagem de hemácias, leucócitos, células epiteliais renais Cilindros: renais, granulares, céreos, largos
	Cistite
(vias urinárias inferiores)
Uretrite
(uretra em homens)
	Urina turva, fétida
	Proteína < 0,5 g/dℓ
Sangue, pequeno volume Nitrito positivo (geralmente) Esterase leucocitária positiva (geralmente)
	Aumento da contagem de leucócitos bactérias, hemácias, células epiteliais de transição
	Pielonefrite aguda (vias urinárias superiores)
	Urina turva, fétida
	Proteína < 1,0 g/dℓ Positivo para sangue Nitrito positivo (geralmente) Esterase leucocitária positiva (geralmente)
	Aumento da contagem de leucócitos (grumos), bactérias, células epiteliais renais
Cilindros: leucocitários, granulares, ocasionalmente céreos
	Pielonefrite crônica
	Turva
	Proteína < 2,5 g/dℓ Nitrito positivo (geralmente) Esterase leucocitária: positiva (geralmente)Densidade urinária baixa
	Aumento da contagem de leucócitos Cilindros: granulares, céreos, largos
	Nefrite intersticial aguda
	Turva
	Proteína < 1 g/dℓ Positivo para sangue Esterase leucocitária positiva (geralmente)
	Aumento da contagem de leucócitos, hemácias, eosinófilos, células epiteliais Cilindros aumentados: granulares, hialinos renais
1.5 AMOSTRAS UTILIZADAS
	Tipo de amostra
	Características
	Primeira amostra da manhã
	Mais concentrada
	Sem influências da dieta
	Retida na bexiga
	Os elementos formados podem se desintegrar se o pH for alto e/ou se a densidade urinária for baixa
	Melhor para nitrito, proteína, exames de gravidez; exame microscópico; rastreamento de rotina
	
	Amostra aleatória
	Mais conveniente
	Mais comum
	Coletada em qualquer momento
Boa para exame toxicológico, rastreamento de rotina, exame microscópico
	
	Coleta limpa (jato médio)
	Usada para coleta aleatória e cultura bacteriana
	Minimiza o número de bactérias
	Segunda amostra (micção dupla)
	A primeira amostra da manhã é desprezada; a segunda amostra é coletada e testada
	Acompanhamento de diabetes melito
Reflete a glicose sanguínea/geralmente de jejum; urina menos
concentradaOs elementos formados permanecem intactos. Reflete os componentes com precisão
	Pós-prandial
	Usada para determinação da glicose, acompanhamento de diabetes melito
	Coletada 2 horas após uma refeição
	Em tempo determinado
	Exige coleta em determinado tempo
	Deve ser coletada toda a amostra
	Volume em 2 horas
	Usada para determinação do urobilinogênio
	Toda a urina armazenada durante período de 2 horas
	Volume em 24 horas
	Necessário para resultados quantitativos precisos
	Toda a urina armazenada durante período de 24 horas
	Provas químicas
	
	Amostra de cateter
	Pinçar o cateter por 15 a 30 minutos antes da coleta
	Cultura bacteriana
	Limpar com álcool a abertura de coleta da amostra
Introduzir a agulha na abertura de coleta; depois de aspirar a amostra, transferi-la para o recipiente
ALERTA: liberar o cateter
	
	Aspiração suprapúbica
	Urina vesical estéril
	Cultura bacteriana, exame citológico
Fonte: FISCHBACH; DUNNING, 2016.
2. HEMATOLÓGICO
2.1 CONCEITO
Os exames do sangue e da medula óssea são o principal meio de determinar alguns distúrbios do sangue (anemias, leucemia e porfirias, anormalidades do sangramento e da coagulação), inflamação, infecção e distúrbios hereditários de hemácias, leucócitos e plaquetas (FISCHBACH; DUNNING, 2016)
2.2 AMOSTRAS UTILIZADAS
As amostras são obtidas por meio de punções capilares percutâneas (dedo da mão, dedo do pé, calcanhar), amostras de sangue secas, coleta de sangue arterial ou venoso, ou aspiração da medula óssea. A análise das amostras pode ser feita por equipamentos de hematologia automatizados ou manuais, seguida por avaliação dos resultados (FISCHBACH; DUNNING, 2016).
· Punção Capilar: O sangue capilar é preferido no esfregaço do sangue periférico e também pode ser usado para outros exames hematológicos. Amostras de sangue capilar do adulto exigem punção percutânea, em geral na ponta do dedo. Em crianças, também se costuma usar a polpa digital. No caso de lactentes (menos de 1 ano de vida) e recém-nascidos, é melhor coletar as amostras no hálux ou na parte lateral do calcanhar.
· Punção Venosa: A punção venosa permite obter maiores volumes de sangue para exame. Deve-se ter cuidado para evitar a hemólise ou a hemoconcentração da amostra e para evitar hematoma, lesão venosa, infecção e desconforto. Em geral, as veias antecubitais são as preferidas devido à facilidade de acesso. Os valores sanguíneos permanecem constantes, não importando o local escolhido para punção venosa, desde que seja sangue venoso, e não arterial. Às vezes, é preciso usar a área do punho, o antebraço ou o dorso da mão ou do pé. Os níveis sanguíneos são iguais em todos esses locais de punção venosa.
· Punção Arterial: Amostras de sangue arterial são necessárias para gasometria arterial ou quando não é possível coletar uma amostra de sangue venoso. As “punções arteriais” geralmente são realizadas pelo médico ou por uma enfermeira ou um técnico treinado devido aos riscos inerentes ao procedimento. As amostras costumam ser colhidas diretamente das artérias radiais, braquiais ou femorais. Se o cliente já tiver um acesso arterial (mais frequentemente a artéria radial), pode-se usá-la para coletar asamostras. Registrar o volume de sangue coletado, porque podem ser retirados volumes substanciais se forem necessárias amostras frequentes.
· Aspiração da Medula óssea: É obtida uma amostra da medula óssea por aspiração, biopsia ou por aspiração com agulha. O exame da medula óssea é importante na avaliação de vários distúrbios hematológicos e doenças infecciosas. A presença ou suspeita de um distúrbio sanguíneo nem sempre é indicação de exame da medula óssea. A decisão de empregar esse procedimento é individual (FISCHBACH; DUNNING, 2016).
2.2 TIPOS DE EXAMES SEGUNDO FISCHBACH; DUNNING, 2016
Procedimentos para coleta de amostra de sangue
- punção capilar (punção percutânea)
- punção venosa
- punção arterial
- aspiração da medula óssea
Exames de sangue de rotina
- hemograma
- hemograma completo
Exames dos leucócitos
- leucograma (contagem de leucócitos; série branca)
- leucograma diferencial (contagem diferencial de leucócitos)
- neutrófilos segmentados (neutrófilos polimorfonucleares, pmn)
- eosinófilos
- basófilos
- monócitos (monócitos monomorfonucleares)
- linfócitos (linfócitos monomorfonucleares); contagem de cd4, cd8; plasmócitos
- imunofenotipagem de linfócitos (células t e b)
Colorações para leucemia
- coloração por sudão preto b (spb)
- coloração por ácido periódico de schiff (pas)
- coloração por desoxinucleotidil transferase terminal (dtt)
- coloração por fosfatase alcalina leucocitária (fal)
- coloração por fosfatase ácida resistente ao tartarato (fart)
Exames das hemácias
- eritrograma (contagem de hemácias; série vermelha)
- hematócrito (ht); volume corpuscular (vc)
- hemoglobina (hb)
- índices hematológicos
- volume corpuscular médio (vcm)
- concentração de hemoglobina corpuscular média (chcm)
- hemoglobina corpuscular média (hcm)
- amplitude de distribuição das hemácias (índice de anisocitose, rdw)
- exame de hemácias coradas (esfregaço; exame de eritrócitos corados)
- contagem de reticulócitos
- velocidade de hemossedimentação (vhs)
Exames para porfiria
- porfirinas eritropoéticas; protoporfirina eritrocitária livre (pel)
- porfirinas; fracionamento de eritrócitos e do plasma
Outros exames para anemia hemolítica
- piruvatoquinase
- fragilidade dos eritrócitos (fragilidade osmótica e auto-hemólise)
- glicose-6-fosfato desidrogenase (g6pd)
- corpúsculos de heinz; coloração de heinz; instabilidade da glutationa
- 2,3-difosfoglicerato (2,3-dpg)
Ferro
- ferro (fe), capacidade total de ligação do ferro (ctlf) e transferrina
- ferritina
- coloração para ferro (ferro corável na medula óssea; coloração pelo azul da prússia)
Pesquisa de distúrbios da hemoglobina
- eletroforese da hemoglobina
- hemoglobina fetal (hemoglobina f; hemoglobina alcalirresistente)
- hemoglobina a2 (hb a2)
- hemoglobina s (pesquisa de anemia falciforme; teste de afoiçamento)
- metemoglobina (hemoglobina m)
- sulfemoglobina
- carboxi-hemoglobina; monóxido de carbono (co)
- mioglobina (mb)
- haptoglobina
- hemoglobina de bart
- exame de hemoglobinúria paroxística noturna (hpn); exame de hemólise ácida; exame de ham
Outros exames de sangue para pesquisa de anemia
- vitamina b12
- ácido fólico (folato)
- eritropoetina
Exames de hemostasia e coagulação
Estados de hipercoagulabilidade
Distúrbios da hemostasia
Pesquisa de coagulação intravascular disseminada (cid)
- tempo de sangramento (método de ivy; tempo de sangramento padrão)
- contagem de plaquetas; volume plaquetário médio (vpm)
- agregação plaquetária
- tempo de trombina (tt); tempo de coagulação da trombina (tct)
- tempo de tromboplastina parcial (ttp); tempo de tromboplastina parcial ativado (ttpa)
- tempo de coagulação ativada (act)
- tempo de protrombina (tp)
- fatores da coagulação
- plasminogênio (plasmina; fibrinolisina)
- fibrinólise (tempo de lise da euglobulina; lise do coágulo de sangue total diluído)
- produtos da clivagem da fibrina (pcf); produtos de degradação da fibrina (pdf)
- dímero-d
- fibrinopeptídio a (fpa)
- fragmento da protrombina (f1 1 2)
- monômeros da fibrina (exame do sulfato de protamina; produtos de clivagem da fibrina)
- fibrinogênio
- proteína c (antígeno pc)
- proteína s
- antitrombina iii (at-iii; atividade do cofator de heparina)
2.4 PATOLOGIAS
ANEMIA NORMOCÍTICA E NORMOCRÔMICA:
A anemia normocítica e normocrômica ocorre em muitas situações que envolvem desde doenças malignas, doenças específicas de órgãos, hemorragias e processos hemolíticos. A contagem de reticulócitos na anemia normocítica e normocrômica geralmente fornece a resposta para avaliar o grau de atividade eritropoiética. Na presença de anemia normocítica e normocrômica, com reticulócitos normais ou diminuídos, sugere-se o exame citológico da medula óssea, que pode apresentar um quadro normal nas doenças crônicas, renal, hepática e endocrinológicas, bem como no início da deficiência de ferro. Quando a medula óssea se mostra hipoplástica, com baixa celularidade e infiltrada por células patológicas, suspeita-se principalmente de leucemia, mielofibrose, mieloma múltiplo e metástase na medula (NAOUM, 2008). 
	Anormalidades e doenças dos leucócitos.
	Anormalidade
	Descrição
	Doenças associadas
	Granulação tóxica
	Grânulos citoplasmáticos grosseiros, pretos ou roxos
	Infecções ou doenças inflamatórias; estado reativo agudo
	Corpúsculos de Döhle
	Inclusões citoplasmáticas pequenas (1 a 2 μm) e azuis nos neutrófilos
	Infecções ou doenças inflamatórias, queimaduras
	Anomalias de Pelger-Hüet
	Neutrófilo com núcleo bilobulado ou sem segmentação do núcleo; a cromatina é grosseira, e o citoplasma, rosa com granulação normal
	Leucemia mielógena hereditária (congênita)
	Anomalia de May-Hegglin
	Inclusões citoplasmáticas basófilas dos leucócitos; semelhante aos corpúsculos de Döhle
	Síndrome de May-Hegglin (hereditária), inclui trombocitopenia e plaquetas gigantes
Fonte: (FISCHBACH; DUNNING, 2016).
3. CUIDADO DO ENFERMEIRO, segundo FISCHBACH; DUNNING, 2016.
· Intervenções antes da realização do exame
1.Informações básicas sobre o exame.
2.Valores de referência (normais).
3.Explicação do exame.
4.Indicações para o exame.
5.Sinais, sintomas e história da doença.
· Intervenções durante a realização do exame
1.Descrição real dos procedimentos.
2.Coleta e transporte adequados da amostra.
3.Reunião e uso de equipamento correto.
4.Implicações clínicas dos resultados anormais.
5.Fatores interferentes que o profissional de saúde ou o cliente podem ou não controlar (p. ex., idade, sexo) e evitar (p. ex., medicamentos).
· Intervenções após a realização do exame
1.Monitoramento do cliente.
2.Alertas clínicos e de procedimentos.
3.Cuidados especiais.
4.Interpretação dos resultados dos exames.
5.Acompanhamento clínico, cirúrgico e do tratamento.
Referências
DALMOLIN, Magnus L. A urinálise no diagnóstico de doenças renais. 2011. Disponível em: www.ufrgs.br. Acesso 26 mar 2020.
FISCHBACH, Frances Talaska; DUNNING Marshall Barnett. Exames laboratoriais e diagnósticos em enfermagem; revisão técnica Maria de Fátima Azevedo. – 9. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
NAOUM, Paulo César; NAOUM Flávio Augusto. HEMATOLOGIA LABORATORIAL ERITRÓCITOS. 2ª Edição. São Paulo. 2008. Disponível em: <http://www.ciencianews.com.br/> acesso 26 mar 2020.

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