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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUIZ REID FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE MACAÉ - FAFIMA COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA BETINA VIANA RANGEL O ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA Macaé/RJ 07/2019 BETINA VIANA RANGEL O ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA Monografia apresentada à FAFIMA como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciatura Plena em Pedagogia. ORIENTADORA: Professora Especialista Eliane Salgado Costa Dos Santos Macaé 07/2019 Dedico este trabalho a minha Mãe e aos meus Padrinhos, pelo apoio recebido. AGRADECIMENTOS A Deus por ter me permitido chegar até aqui, minha Profª e Orientadora Eliane Salgado pela paciência e apoio recebido e a minha amiga Devidiane Silva pela força e companheirismo durante todo o curso de Pedagogia. “Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você” Richard Bach RESUMO Seguindo a trajetória da educação da Matemática, verifica-se que no passado, o ensino tradicional da Matemática voltava -se para a formação de uma pequena elite dirigente, uma disciplina de resultados precisos e procedimentos infalíveis, cujos elementos fundamentais são relevantes para uma aprendizagem significativa. O Presente trabalho de Conclusão de Curso, foi desenvolvido para destacar o quanto a disciplina de matemática é importante e o quanto as pessoas usa a matemática em seu cotidiano, sem perceber. Partindo do pressuposto de que a disciplina de Matemática é efetivamente central na formação dos indivíduos e sua inserção social, o insucesso nesta disciplina, não implicara apenas no fracasso escolar, mas para toda vida do cidadão. A história da Matemática tem mostrado que aquilo que parece pura abstração, mais tarde se revela como um verdadeiro celeiro de aplicações práticas. Na verdade, aprender a disciplina de matemática não é uma tarefa fácil, mas é necessário. Conclui-se que a motivação é primordial para o desenvolvimento do educando sendo assim a disciplina de Matemática precisa ser ensinada usando diversos estímulos tais como a capacidade de investigação lógica do aluno, fazendo- o raciocinar. Consequentemente a tarefa básica do professor está ligada ao desenvolvimento do raciocínio lógico, do pensamento crítico e da criatividade apoiados, não só na reflexão sobre os conhecimentos adquiridos pela Ciência em questão, mas também sobre suas aplicações a tecnologia e ao progresso social. Palavra Chaves: Dificuldades; Ensino; Aprendizagem Matemática. Abstract Following the trajectory of mathematics education, it appears that in the past, traditional mathematics education focused on the formation of a small ruling elite, a discipline of accurate results and unfailing procedures, the fundamental elements of which are relevant to meaningful learning. . This Course Conclusion paper is designed to highlight how important math discipline is and how much people use math in their daily lives without realizing it. Assuming that the discipline of Mathematics is effectively central to the formation of individuals and their social insertion, failure in this discipline did not only imply school failure, but for the entire life of the citizen. The history of mathematics has shown that what seems like pure abstraction later turns out to be a true granary of practical applications. In fact, learning math is not an easy task, but it is necessary. It is concluded that motivation is paramount for the development of the student and thus the discipline of mathematics needs to be taught using various stimuli such as the student's ability to logical research, making him reason. Consequently, the teacher's basic task is linked to the development of logical reasoning, critical thinking and creativity supported not only by reflecting on the knowledge acquired by the science in question, but also on its applications to technology and social progress. Key Words: Difficulties; Teaching; Learnings. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………………9 1 O ENSINO ATUAL DA MATEMÁTICA .............................................................11 1.1 A RELEVÂNCIA DO TRABALHO ....................................................................13 1.2 OBJETIVO GERAL/ESPECÍFICO.....................................................................17 1.3 METODOLOGIA ..................................................... ..........................................17 1.4 O ENSINO DA MATEMÁTICA EMBASADO NAS TEORIAS ...........................18 2 COMO É VISTA A MATEMÁTICA PELOS ALUNOS........................................21 2.1 DIFICULDADES EM MATEMÁTICA ................................................................ 21 2.2 COMO MOTIVAR OS ALUNOS APRENDER MATEMÁTICA ......................... 24 2.3 METODOS DE ENSINO ....................................................................................25 2.4 COMO PODEM SER OS RECURSOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA...27 2.5 COMO É A VISÃO DOS PAIS AO ENSINAR MATEMÁTICA PARA OS ALUNOS....................................................................................................................29 3 O PROFESSOR NAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVA: PAPEL IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO ALUNO .........................................................................................30 3.1 RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO: OS ESTILOS DE RELAÇÃO......................32 3.2 O PROFESSOR NAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS: PAPEL E IMPORTÂNCIA DO ALUNO .............................................................................................................. 34 3.3 O ALUNO DA ESCOLA QUEM É E QUAL A SUA POSIÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................................................ 37 3.4 AS ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................................................................40 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................43 5 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 45 9 INTRODUÇÃO A matemática está presente em todas as coisas. De fato, ela é necessária para que o sujeito possa exercer a cidadania. É de suma importância aprender a matemática para que o mesmo consiga se posicionar na sociedade. A linguagem matemática está em todo o momento da vida do ser humano, portanto, o homem precisa dominar a matemática para que consiga sobreviver, compreender as questões da sociedade e conseguir se posicionar como cidadão. Para que o sujeito consiga exercer plenamente a sua cidadania o mesmo precisa de competência matemática, de raciocino lógico. A escola é uma instituição que possuí esta função, assim como ela alfabetiza o ser humano na linguagem materna ela precisa também trabalhar a competências e habilidades em que o homem entenda a matemática e consiga se posicionar. Sendo assim, o professor é o mediador do conhecimento, como educador precisa compreender a importância da matemática, precisa entender a matemática, precisa pesquisar matemática para que consiga mediar o processo de ensino e aprendizagem do aluno no que se refere a apropriação de competências referentes a esta área deconhecimento. Desse modo, o interesse pelo tema desta pesquisa nasce a partir das experiências vividas como professora dos anos iniciais. No período de regência em sala de aula, é notório ver a dificuldade dos alunos ao aprender está disciplina e o bloqueio quando se fala da mesma. Sem ao menos tentar os alunos já rotulam a disciplina de Matemática como a mais difícil ou utilizam a frase “eu não sei” ou “não vou conseguir”. O que chamou, mas atenção foi o índice de alunos de 3º ano reprovado em uma instituição de rede privada aonde a aluna responsável por esta pesquisa atuou. O primeiro capítulo trata-se da história da matemática a importância de aprender no contexto escolar. A importância em aprender a matemática, os recursos para ensinar esta disciplina, a visão dos pais ao ensinar e como os pais encaram a mesma. O segundo capítulo leva – se a compreensão de como é vista a matemática pelos alunos, as dificuldades em matemática no primeiro segmento do ensino 10 fundamental, como motivar os alunos a prendem matemática como pode ocorrer o uso do lúdico. O terceiro capítulo aborda sobre os professores, sobre a relação de professor x alunos e seus estilos de relação, o professor nas instituições educativas: papel e importância na formação do aluno. Ensinar a disciplina de matemática não é simplesmente transmitir conhecimento e sim é criar possibilidades e estratégias para que encoraje o aluno a buscar, pesquisar e ampliar os seus conhecimentos e os conteúdos aplicados no decorrer das aulas. Sendo assim, ensinar não pode ser visto como se a criança fosse um deposito de saberes, mas como um construtor de conhecimentos. Aprender matemática é simplesmente um processo contínuo, deve -se considerar a evolução dos conhecimentos na busca de cada vez mais aprimorar o saber humano. Desse modo o presente trabalho objetivou a importância da matemática na vida prática do aluno, também visando verificar a opinião dos pais, alunos e professores sobre quais como é a prática e a realidade desta disciplina na vida dos mesmos. A matemática precisa ser um aprendizado satisfatório nos anos iniciais, porém para que isto aconteça depende de vários fatores, tais como o espaço da sala de aula, a estrutura familiar, os materiais disponíveis e a preparação do professor em trabalhar com diferentes metodologias, além do fundamental, o domínio sobre o conteúdo trabalhado. 11 CAPÍTULO 1: O ENSINO ATUAL DA MATEMÁTICA A vontade de pesquisar sobre o ensino da matemática nos anos iniciais surgiu devido a um trabalho realizado em uma das disciplinas do curso de Formação de Professores. Após o início do trabalho pode-se perceber o quanto o trabalho com a matemática, desde os primeiros anos escolares, é importante na vida do educando. Saber a importância da matemática no ensino é fundamental, pois é o educador que irá auxiliar o educando a formar esse novo hábito, que será tão prazeroso e importante na vida do educando quando for prazeroso o ensino desse componente curricular. A matemática nesta fase da vida é essencial, já que é constituída pelas crianças a partir dos ensaios oportunizados pela vivência em seu ambiente natural e do diálogo com diferentes pessoas, nos quais os conhecimentos podem ser reinventados e reelaborados. Justifica-se, dessa maneira, a indispensabilidade da matemática na história do aluno desde a infância, para que o mesmo se torne um ser crítico, com capacidade de discutir e argumentar sobre decisões sociais e financeiras que dizem respeito a toda a sociedade. Ao se pensar no ensino da matemática na atualidade faz - se necessário refletir no seguinte argumento. O ensino atual da matemática, ou “Matemática da Escola”, trabalha o formalismo das regras, das fórmulas e dos algoritmos, bem como a complexidade dos cálculos com seu caráter rígido e disciplinador, levando a exatidão e precisão dos resultados (RODRIGUES, 2005). Na fala do autor supramencionando observa-se que todo o rigor citado acima torna o ensino e aprendizagem da matemática desestimulante e cansativo para o aluno. Em algumas escolas do Primeiro Segmento do Ensino Fundamental, infelizmente ainda se baseiam no modelo de aula tradicional, aula aquela que o educador transmite no quadro aquilo que acha importante para o aluno e suficiente para que ocorra o ensino de aprendizagem. Nesse modelo de aula, o aluno faz cópias do quadro, responde questões até mesmo páginas de livros didáticos que acaba não passando de uma cópia de tudo aquilo que o professor já tinha resolvido no quadro no momento da explicação. 12 Essa prática tradicional do ensino segundo D’Ambrosio (1989) revela a concepção de que é possível aprender matemática por meio de um processo de transmissão de conhecimento. A partir do pensamento do autor, observa-se que a matemática ainda está direcionada a questão da decoreba, porém para que os alunos consigam desenvolver com autonomia as resoluções de seus problemas precisam que os mesmos sejam estimulados através de seus raciocínios - lógicos. Determinadas decorrências dessa prática educacional tem sido objeto de estudo de educadores matemáticos. Para D’Ambrosio (1989, p.16). (...) primeiro, os alunos passam a acreditar que a aprendizagem da matemática se dá através de um acúmulo de fórmulas e algoritmos. Aliás, nossos alunos hoje acreditam que fazer matemática é seguir e aplicar regras. Regras essas que foram transmitidas pelo professor. Segundo os alunos que a matemática é um corpo de conceitos verdadeiros e estáticos, dos quais não se dúvida ou questiona, e nem mesmo se preocupam em compreender porque funciona. Em geral, acreditam também, que esses conceitos foram descobertos ou criados por gênios”. Portanto, o aluno supervaloriza o poder da matemática ele perde a autoconfiança, fazendo com que diminua a cada dia os seus conhecimentos e estimulo através do raciocínio – logico, não conseguindo fazer associação do problema matemático com a situação problema real. Através dos erros dos educandos que o professor deve rever seu método de ensino e buscar novos caminhos para que os mesmos possam alcançar seu objetivo na aprendizagem, porém muitas vezes o aluno dificulta esta observação do professor, pois nem tenta resolver a atividade proposta com medo de cometer erros, no qual vendo por outro lado ajudará para que o profissional possa ver o seu nível de dificuldade do seu aluno e como orientá-lo. As recomendações sobre a necessidade de mudança no modelo de ensino abraçado na atualidade já fazem parte dos documentos oficiais, contudo até sair algo da teoria para o papel pode levar anos, todavia este tipo de documento não é um processo fácil como se pensa, vai muito além de exigências e cobranças aos professores, precisa primeiramente ocorrer diversas mudanças nas situações em que esse ensino acontece, com salas de aulas superlotadas, conteúdos excessivos para serem trabalhados no número de aulas destinadas à disciplina de matemática. 13 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs para a área de Matemática no ensino fundamental, é percebível a preocupação e logo a relação em trabalhar a matemática e aplicá-la ao cotidiano, de maneira que o aluno possa fazer o uso do conhecimento matemático por meio diversas atividades fazendo o uso do mesmo para o crescimento e construção da sua cidadania. Ao observar uma sala de aula compreende que os textos dos PCNs não se enquadram com a realidade escolar, onde é notório perceber que a vida do educando e a matemática não estão caminhando juntos. Portanto, essa situação precisa ser repensada, de modo a associar a teoria com a prática, pois isso promove ao aluno uma aprendizagem mais significativa. 1.1 A RELEVÂNCIA DO TRABALHO A Matemática surgiu nas culturas da Antiguidade Mediterrânea e foi crescendo ao longo daIdade Média, e através do estudo da história da matemática que conseguimos perceber isso. “Ensinar a Matemática recorrendo a sua história é tratá-la como uma manifestação cultural”. (CREPALDI, 2005, p. 37). Portanto o autor leva a pensar que ensinar matemática buscando a sua essência e sempre recorrendo a conceitos primitivos que a faz ser uma ciência de descoberta, raciocínio e beleza. A História da Matemática torna-se importante para a Educação Matemática, desse modo as mesmas trabalham juntas sendo exploradas como um campo produtivo de investigação, destacando as diversas tendências positivas para a Educação Matemática. A matemática é considerada como a ciência do raciocínio lógico. Os estudos da mesma, tiveram um grande progresso na Mesopotâmia, na Grécia, no Egito, na Índia, no Oriente Médio. Ao decorrer do tempo os conhecimentos sobre a matemática foram se intensificando e tendo um grande desenvolvimento na Europa, onde até hoje os estudos científico realizam esses estudos sobre o avanço da matemática. Houve diversas buscas sobre o significado do que é a matemática, mais nada ao certo foi encontrado, então a partir do século XX, os matemáticos decidiram nomeá-la utilizando a seguinte definição: matemática é a ciência das regularidades. 14 Sendo assim pode se considerar essa definição em um trabalho matemático que consiste em examinar padrões abstratos, tanto reais como imaginários, visuais ou mentais. Para Rosa Neto (1998, p. 8), “o início da História da Matemática se deu na época do paleolítico inferior, onde o homem vivia da caça, coleta, competição com animais e utilizava-se de paus, pedras e fogo, ou seja, vivia de tudo aquilo que pudesse retirar da natureza”. A Matemática com a finalidade de aprendizado iniciou com o objetivo de ajudar o homem a contar suas ovelhas nivelando com as pedras. Pode se dizer que para cada animal ele acrescentava uma pedra, sendo assim ele conseguia ter o controle do seu rebanho, pois cada pedra representava uma ovelha. Essa técnica eles utilizavam em diversas outras contagens como para fazer a contagem de seus alimentos e de algumas outras ferramentas. Com o passar do tempo eles começaram a procurar outras técnicas pois essa a contagem de pedrinhas já não estava correspondendo tão bem, então eles resolveram mudar substituindo as pedrinhas por pedaços de ossos e de árvores. Por meio do povoado grego que a matemática obteve grandes avanços mentais tais como abstração. Avanços esse que perpetua no ensinamento até os dias de hoje. Ao utilizar a história da matemática, há uma outra possibilidade de ver e entender essa disciplina, tornando-a mais contextualizada, mais integrada com as outras disciplinas, mais agradável. (GASPERI e PACHECO, 2007). Segundo Gasperi e Pacheco o uso da história da matemática auxilia melhor na aprendizagem dos educandos fazendo uma correlação com outras disciplinas tendo, tornando mais agradável, pois é possível fazer a união de uma disciplina que o aluno gosta com a matemática e assim desenvolver uma aprendizagem satisfatória a partir da união de ambas. Sendo assim, observa-se que a matemática ela tem o seu papel fundamental na educação, trabalhando a sua história no processo de Ensino e Aprendizagem fazendo com que o educando desperte um interesse maior no processo de aprendizagem desta disciplina tornado - a mais fácil e mais prazerosa. Lecionar a matemática nas escolas é de suma importância, pois a mesma se faz presente no dia a dia da sociedade, sendo assim ela se torna necessária para 15 a vida do aluno. Vale ressaltar que as maiores profissões hoje exigem um bom matemático, sendo assim, o educando que almeja o um bom status social na sociedade proporcionado por essas profissões no qual se faz necessário o uso da matemática, precisa ser competente nas habilidades matemáticas para ser um grande profissional no mercado de trabalho. Com o progressivo avanço científico e tecnológico, o processo de aprendizagem exige cada vez mais novas formas de construir os conhecimentos e se transforma numa exigência da sociedade, sendo indispensável para o crescimento pessoal, profissional e, consequentemente o econômico das pessoas (HOFFMANN VELHO; MACHADO de LARA, 2011). Os autores acreditam que com os grandes avanços cientifico e tecnológico o processo de aprendizagem precisa estar em constante aprimoramento construindo novas fórmulas para aprendizagem, formulas essas que precisa estar dentro do contexto escolar, realizando aulas lúdicas e dinâmicas. De fato, esse é um bom estímulo para que os estudantes, comecem ver a aprendizagem da matemática de outros olhos, e possa se desempenhar mais em seu caminho estudantil, os alunos precisam entender a importância e a utilidade da mesma, para se conquistar uma profissão de sucesso e como fonte de renda para a vida adulta. A ciência do estudo da matemática não fica isenta dos efeitos de todo o desenvolvimento. Atualmente, para Hoffmann Velho e Machado de Lara (2011) a matemática pode ser aceita tanto como ciência formal e extremamente rigorosa, bem como, um conjunto de habilidades práticas necessárias à sobrevivência. Os alunos devem e precisam entender e acreditar, que a matemática é importante para a vida e que sem a mesma o seu convívio na sociedade pode se dificultar as possibilidades ao mercado de trabalho será mínima uma vida de ascensão social também. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, específicos para a Matemática mostram os primeiros argumentos para a necessidade de se aprender matemática. Segundo Schmidt (2007) a matemática é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas. 16 De acordo com o pensamento do autor acima a matemática se faz bastante presente no cotidiano da sociedade, por exemplo, em uma ida ao supermercado, pode – se perceber a aplicabilidade dessa ciência. Segundo Schmidt (2007) de acordo com as recomendações dos PCNEM está disciplina colabora para o aumento do desenvolvimento de procedimentos no processo de alcançar atitudes e pensamento, obtendo um bom rendimento a fins de ultrapassar a própria matemática, podendo estimular o aluno a capacidade de resolver problemas, incentivando hábitos de investigação, proporcionando confiança para analisar e enfrentar situações. De acordo ainda com o referido autor, construindo a percepção da beleza e harmonia, propiciando a visão ampla e cientifica, estimulando o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. Diante do exposto avalia -se que a importância e a responsabilidade do ensino e aprendizagem da matemática é ainda maior, quando se observa e avalia as recomendações contidas nos PCNEM. Constata-se que a cada dia existe mais, sugestões, metas a serem cumpridas, porém tudo isso fica em um papel e raramente acontece de fato. Segundo Schmidt (2007) é preciso muito mais do que informar, repetir e aplicar os conceitos em atividades para dar vida e subjetividade à aprendizagem de matemática, de modo que o aluno efetue uma aprendizagem significativa, é necessário deixar de lado o formalismo, a linguagem rigorosa, as regras rígidas e permitir que as crianças se sintam desafiadas a terem as suas próprias criações para resolução dos problemas do cotidiano. Uma maneira de propor desafios para os alunos é organizando atividades desafiadoras extraclasse, como por exemplo um passeio no bairro em que fica a escola, aos supermercados ou em outros lugares em que a matemática possa ser inserida, isto já torna a aprendizagem de maneira lúdica, mais atrativa para os alunos, tendo como objetivo conquistar atenção do educandos e fazendo com se envolvam mais com essa disciplina. Fazer com que esse processo de ensino e aprendizagem aconteça de fato é preciso da mobilização interna,ou seja, para uma aprendizagem qualitativa e significativa o educando precisa primeiramente apresentar-se motivado à querer aprender de forma espontânea, pois em especial, a disciplina de matemática ainda é 17 vista como uma grande vilã, principalmente no seu processo de aprendizagem por ser considerada a disciplina de maior índice de reprovação escolar. Porém, quando a matemática é trabalhada de forma lúdica ou envolvendo o seu cotidiano o educando consegue tornar a aprendizagem muito mais satisfatória para o aluno e é nesse sentido que o educador deve trabalhar sua prática metodológica mostrando aos alunos a importância dos conteúdos matemáticos na sala de aula. 1.2 OBJETIVO GERAL • Investigar o ensino da matemática nos anos iniciais do primeiro segmento do ensino fundamental, e sua relação com o cotidiano discente. OBJETIVO ESPECÍFICO • Analisar como a matemática está inserida em tudo e como é importante para a vida do aluno; • Coletar estratégias e discutir sua funcionalidade no processo de ensino e aprendizagem. • Conhecer propostas para que as crianças gostem de aprender matemática; • Compreender o papel do professor e dos pais na importância da aprendizagem dos alunos nos anos iniciais; 1.3 METODOLOGIA Ao decidir por um método de pesquisa, é fundamental que o pesquisador conheça a potencialidade e a limitação do método que utilizará em sua investigação, para assim ter mais consciência das implicações e contribuições que o seu trabalho poderá explicitar. Sobre essa questão, Gamboa (2008, p.42), destaca: 18 [...] É importante ter consciência dos métodos utilizados na investigação educativa para superar a forma espontânea e acrítica como estes, muitas vezes, são utilizados desconhecendo suas implicações e pressupostos. A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e outros. Busca também, conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado tema (MARTINS, 2001). Este tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto (MARCONI e LAKATOS, 2007). Segundo os autores acima, a pesquisa bibliográfica não é apenas uma mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre determinado assunto, mas sim, adapta o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras sobre o que busca. Desse modo, o tipo de relação de pesquisa que será utilizada é a bibliográfica utilizando como forma de coletar dados fontes como livros, revistas e analise documental. 1.4 O ENSINO DA MATEMÁTICA EMBASADO NAS TEORIAS Na antiguidade surgiu o conhecimento matemático devido a necessidades da mesma na vida diária do homem, como contar, medir, calcular, organizar, “[...] em sua origem, a matemática constitui-se a partir de uma coleção de regras isoladas, decorrentes da experiência e diretamente conectadas com a vida diária” (BRASIL, 2001, p.27). A partir das décadas de 60 e 70 o ensino de matemática, segundo os PCN “[...] foi influenciado por um movimento que ficou conhecido como matemática moderna” (BRASIL, 2001, p.21). Esse movimento não conseguiu atender a realidade dos alunos, o ensino estava mais voltado para a teoria do que a prática, o que tornou- se uma dificuldade para o rendimento escolar, pois os alunos não conseguiam entender, relacionar os assuntos estudados com as experiências fora da sala de aula (BRASIL, 2001). 19 Para resolver ou minimizar as dificuldades do rendimento escolar do ensino da matemática, no período de 1980 a 1995, no Brasil e em diversos países foram realizadas diversas propostas de ensino. Observa-se, que muitos educadores que atuam em sala de aula ainda desenvolvem em suas aulas o método antigo – ensino tradicional, com o qual os alunos ainda se sentem incapazes de desenvolver seu aprendizado, possuindo dificuldade de resolver alguns tipos de problemas, por serem trabalhados de forma repetitiva, tais como a cópia de quadro. De fato este, ensino não leva em consideração a participação do aluno, o que acaba dificultando a construção do conhecimento do mesmo e a sua organização de processos que possibilitem a sua real aprendizagem. Segundo D’ Ambrosio (1986, p. 14). [...] a ênfase do conteúdo e da quantidade de seus conhecimentos que a criança adquira, para uma ênfase na metodologia que desenvolva atitude, que desenvolva capacidade de matematizar situações reais, que desenvolva capacidade de criar teorias adequadas para as situações mais diversas, e na metodologia que permita o recolhimento de informações onde ela esteja, metodologia que permita identificar o tipo de informação adequada para uma certa situação e condições para que sejam encontrados, em qualquer nível, os conteúdos e métodos adequados. É de suma importância que o educador atenda as perspectivas dos educandos em relação ao ensino da matemática, e que o aluno consiga atingir seu principal objetivo Foco que é a sua aprendizagem capacitando-o a sua leitura e escrita da linguagem matemática levando sempre em consideração a sua realidade e a sua participação no processo de ensino e aprendizagem. O papel da matemática, no Ensino Fundamental segundo o PCN (BRASIL, 2001, p. 29) é: [...] desenvolver capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho. Além de apoiar a construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Sendo assim, a matemática proporciona aos alunos mais autonomia, pensamentos reflexivos, críticos e argumentativos sendo assim permite que o aluno pense, e use a sua capacidade de aprender cada dia mais, participando com a sua opinião e relatos do cotidiano, propondo novos caminhos, novas soluções para aquilo 20 que lhe é proposto, trocando ideias não só com os educadores e sim com os colegas também. Portanto, o professor deve ter bem claro que para chamar a atenção dos educandos, precisa-se encontrar diferentes maneiras e formas de ensinar os conteúdos. Segundo D’Ambrosio,(1986, p.46): O professor terá que considerar novas estratégias, metodologias adequadas, recursos pedagógicos, atividades lúdicas, linguagem matemática, para que o ensino de matemática seja mais prazeroso e eficaz, atendendo os interesses dos alunos e que possibilite o desenvolvimento do pensamento matemático considerando os diferentes blocos de conteúdo. O professor precisa considerar e criar novas estratégias, utilizar metodologias adequadas, recursos pedagógicos, atividades lúdicas, linguagem matemática, para que o ensino de matemática seja mais prazeroso e eficaz, atendendo os interesses dos alunos e que possibilite o desenvolvimento do pensamento matemático considerando os diferentes blocos de conteúdo. CAPÍTULO 2: COMO É VISTA A MATEMÁTICA PELOS ALUNOS De fato, a matemática é uma disciplina essencial para o crescimento do educando, pois ela contribui com suas aplicações para os mais diversos setores, como o principal o mercado de trabalho. Todavia o ensino da Matemática acomoda diversas dificuldades na vida do educando, desse modo acaba sendo criticada pelo educando, pois os alunos consideram a matemática como a pior disciplina a ser estudada em sua vida estudantil. Silveira (2002), relata que em seus estudos sobre a disciplina de matemática, os professores possuem opiniões onde utilizam expressões de sentidos, ou seja, os alunos pronunciam falas nas quais já foram utilizadas pelos professores ou até mesmo pela sociedade que os educandos estão inseridos. Sendo assim, os aspectos dos alunos sobre a Matemática nos anos iniciais manifestam-se, de forma implícita, alteração desentidos entusiasmados por outros discursos sobre o 21 conhecimento matemático. Deste modo, determinadas dificuldades do aluno surgi a partir das leituras interpretativas que o mesmo faz. De acordo com Baraldi (1999) para que o aluno possua um bom desenvolvimento, parte das visões de como o mesmo aprende esta disciplina e como manuseia os objetos matemáticos. De fato, o autor acredita que é de suma importância o uso os objetos e o seu manuseio de forma eficaz para que o educando consiga um bom desenvolvimento na sua aprendizagem, todavia a variedade de compreensões deve ser vista como um mecanismo de grande importância para o desenvolvimento e superação no processo de ensino e aprendizagem dos educandos. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997), alguns problemas relacionados ao ensino da disciplina de matemática, se deve devido a carência de boas qualificações profissionais, á essências de algumas concepções pedagógicas impróprias, as condições e aos recursos ligados ao trabalho, fazendo com que os educadores percam o estímulo. Portanto, entende-se que a matemática ainda é uma disciplina que gera medo, pois muitos educandos ainda relacionam essa disciplina como um Bicho de sete cabeça. No que se refere às dificuldades do professor, a pesquisa de Carneiro (1998) constatou o desestímulo docente, em virtude das condições de trabalho, problemas pessoais e baixa remuneração. Segundo a autora os educadores compreendem a disciplina de Matemática como um corpo de conhecimentos onde deve ser transmitido para o educando em cumprimento a determinado fins, gerando diversas dificuldades sucessivas no ensino do aluno. Para enfrentar tais dificuldades, Mendes e Gonçalves (2004) aconselham que os cursos de formação por sua vez devem investir na potencialização de professores investigadores, reflexivos, críticos e capazes de avaliar e traçar metas para o desenvolvimento da escola. 2.1 DIFICULDADES EM MATEMÁTICA O ensino da Matemática é primordial nas séries iniciais do primeiro segmento do Ensino Fundamental, mas é recheado de barreiras pelo caminho. Esse é um dos motivos que leva a mediações a respeito. 22 A aprendizagem em Matemática submerge desde os conhecimentos vividos pelos alunos até a formação do currículo pela escola, mas está situada fundamentalmente no cognitivo da criança que está aliada as circunstancias de aprendizagem. Portanto, o primeiro passo seria conhecer o aluno, conhecer seu ambiente familiar, suas experiências, sua história, além de identificar os conhecimentos prévios que o mesmo já carrega em sua bagagem. O conhecimento prévio é caracterizado por possibilitar a relação do aluno com o que será ensinado, trazendo o seu cotidiano para o seu aprendizado, isto deve ser aproveitado pelo educador, no seu processo de aprendizagem. O educador quando inicia o conteúdo relacionado com a realidade do aluno pode se de fato ter certeza que isso terá para o mesmo uma importância maior e sendo, pode-se classificar com uma teoria significativa. Quando um aluno entra em um ambiente escolar, ele já traz consigo os seus conhecimentos prévios, com o avanço das tecnologias e a cada dia fica mais acessível, desde os celulares a caixa eletrônicas os alunos estão ser tornando seres mais autônomos. Deve -se pensar, como se colocar próximo ao aluno? Avaliando os limites em que o mesmo consegue e pode alcançar com ajuda ou não. O estágio cognitivo deve ser respeitado, pois caso contrário não terá possibilidade de responder as condições dos objetivos que o professor deseja atingir. Então, surgem as dificuldades de construção do conhecimento lógico-matemático e o professor logo constata: este aluno não consegue se desenvolver, não aprende, não realiza operações de divisão ou multiplicação, não consegue compreender o objetivo da atividade ou que está sendo pedindo. Muitos alunos possuem dificuldades de compreender determinados conteúdos, tendo em vista que a estrutura da disciplina é formal, lógica e dedutiva, sendo incompatível com o raciocino de muitas crianças neste nível. De acordo com Rangel (1992, p.17): O ensino de matemática nas séries iniciais não leva em conta suas experiências diárias, nas quais estabelece relações de semelhanças e diferenças entre objetos e fatos, classificando-os, ordenando-os e quantificando-os. Assim, o ensino torna-se distante da realidade, a criança é induzida a aceitar uma situação artificial, sem significado para ela. 23 Devido a diversas realidades escolares, transmitidas pelas televisões, redes sociais ou até mesmo em jornais, observa-se em alguns lugares as salas de aulas superlotadas, fazendo com que isso dificulte o trabalho do educador e aprendizagem do educando e, os procedimentos de ensino que estão externos ao aluno, os quais ele não compreende. Outro fator é a falta de acesso, nas escolas, aos materiais concretos, acaba dificultando o trabalho do professor e fazendo com que os alunos não consigam entender os processos, como, por exemplo, em segmentos específicos de Matemática: comprimento, largura, altura, área e volume. Existem crianças que conseguem ver a hora em aparelho celular ou em relógios digitais, mas tem a dificuldade em compreender as horas no relógio analógico, isto acontece porque a criança não entende que a hora é dividida em partes sendo considerado um ciclo continuo, apenas sabem decodificar os números. Portanto, observa-se que faltam experiências com os relógios para que a criança consiga adquirir o significado numérico das horas. Diferentes problemas surgem neste caminho por devidos fatores como a distância do assunto com a realidade do aluno, o não uso do material correto, lidar com o material como algo obrigatório e não como um material que ajudara na evolução do crescimento do raciocino logico matemático, das diferentes formas de cada criança resolver um problema, dificuldades no processo de alfabetização que impedem a decodificação da leitura do texto do problema, estágio cognitivo que a criança se encontra. Sabe -se que existem alunos que, só conseguem realizar determinados tipos de problemas de acordo com o modelo que lhe foi ensinando. Sendo assim, se mudar a estruturação ou oferecer outros caminhos, o educando não consegue realizar. Outro determinante fator é o sócio -econômico. As crianças de qualquer classe social são capazes de aprender, porém aquelas que se encontram nas classes menos favorecidas, podem apresentar dificuldades, ou ao mesmo tempo são ricas de experiências com os números, devido ao seu cotidiano de vida, sendo lhe 24 direcionadas tarefas próprias de adultos ou até mesmo o trabalho infantil. Conforme Rangel (1992, p.91): São crianças que interagem com adultos que não tem o hábito da leitura e escrita por serem semianalfabetos, restringido o acesso a materiais gráficos; e em muitos municípios os professores que trabalham com essa clientela são menos valorizados socialmente e até em condições salariais inferiores. Vale ressaltar, que as crianças de uma situação sócio – econômica elevada podem apresentar déficit de experiências concretas. Pois viver em um cotidiano familiar com muito excesso de cuidados, em muitas das vezes presas, sem possibilidade de interagir com a outro ou até mesmo com a natureza. Conhecem apenas realidades apresentadas na televisão, realidades na qual a família deixa assistir, mas, não vivenciam outras brincadeiras que não sejam os aparelhos eletrônicos. Segundo Kamii (1999, p.55) alguns fatores que justificam efeitos nocivos pelo uso do algoritmo é: “Os algoritmos forçam o aluno a desistir de seu raciocínio numérico; eles desensinam o valor posicional e obstruem o desenvolvimento do senso numérico, tornam a acriança dependente do arranjo espacial dos dígitos (lápis e papel) e de outras pessoas” . Quando a criança seencontra em uma situação problema, como por exemplo no ônibus, em um supermercado, ou até mesmo em momentos de lazeres que faz a mesma pensar ela não pode recorrer sempre ao papel e um lápis. As situações imediatas que aparecem na vida de uma criança no dia a dia pedem cálculo mental e a criança não pode ser refém do cálculo escrito. Sendo assim, este é um desafio a ser transporto no trabalho do cotidiano escolar. 2.2 COMO MOTIVAR OS ALUNOS APRENDEREM MATEMÁTICA? A escola juntamente com os educadores vem tentando vencer um desafio no qual procuram tornar a aprendizagem da matemática mais prazerosa por meio de metodologias de ensino que estimule o sujeito a refletir. 25 Compreende-se que alguns alunos não conseguem desenvolver raciocínio em matemática, isto acaba ocorrendo diversas vezes o fracasso escolar. Os professores também passam por essa dificuldade. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (BRASIL,1997), guiam os professores a utilizarem os jogos como recursos metodológicos para o ensino da matemática, e também como um caminho de estratégia para avaliar o domínio que o educando adquiriu sobre os conteúdos trabalhados. Portanto, por meio dos jogos, as crianças estimulam o seu raciocínio lógico matemático e ampliam os seus conhecimentos numéricos, das operações, aprimoram suas capacidades. O professor precisa explorar o potencial do aluno mostrando para o mesmo que é capaz e fazendo com que ele tome conhecimento das propriedades numéricas, operações geometria, situações problemas entre outros. Por meio desses procedimentos o aluno terá a capacidade de seu pensamento, ouvir, ler ideias matemáticas, escrever, interpreta. Os PCNs (BRASIL, 1997) indicam que se favoreça ao aluno: Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País (BRASIL, 1997). Segundo o PCN, o aprendizado através dos jogos é essencial para o desenvolvimento do aluno no ensino de matemática no Ensino Fundamental do primeiro segmento, abordando os objetivos pedagógicos de cada etapa escolar e tendo por desígnio contextualizar os conteúdos com a realidade. De fato, através das atividades lúdicas, os alunos conseguem compreender a matemática melhor e se desenvolvem no processo de ensino e aprendizagem, tornado -se favorável à sua interação com o mundo social, e futuramente conseguirá lidar com as situações mais complexas. 2.3 METODO DE ENSINO 26 Atualmente, discute-se muito sobre a necessidade de revisão sobre os métodos de ensino adquiridos pelos professores em sala de aula, pois há muita diferença entre a real aprendizagem do aluno e o que é lhe ensinado, que fica muito abaixo das perspectivas iniciais. Observa-se que o ensino de matemática desenvolvido no ambiente escolar, que aprender matemática é sinônimo de fobia, aversão a escola repulsa ao aprendizado. Portanto, diversas vezes o que foi proposto no currículo como assunto para promover o contato com a lógica, com o processo de raciocínio e, com o desenvolvimento do pensamento ocasionando problemas associados ao ensino e aprendizagem. Segundo D’ Ambrosio (2010) ainda nos dias atuais as aulas tradicionais de matemática ocorrem por meio unicamente de exposição teórica do conteúdo, repetições de exercícios e cópia de quadro, o que dificulta um processo de ensino e aprendizagem significativo do aluno. Logo, questiona – se também o atual modo de como se aprender matemática e a necessidade de revisão dos métodos trabalhados pelos professores. Uma alternativa que poderia ser adotada para a melhoria do processinho de ensino e aprendizagem do educando seria a realização de atividade práticas abordando os conteúdos matemáticos de um modo lúdico e capaz de conseguir alcançar atenção do aluno proporcionando uma aprendizagem muito mais significativa para o aluno. Perante a necessidade eminente de reestruturação da disciplina de matemática, foram desenvolvidos pelos órgãos educacionais competentes as Diretrizes Curriculares de cada disciplina. No caso da matemática o documento cria e orienta seu ensino de acordo com cinco propostas de trabalho, afins de propostas construtiva, nas quais valorizam a participação do educando na construção do seu próprio conhecimento e muitas vezes, os alunos surpreendem seus educadores com erros inesperados, desse modo é a partir dos estudos dos erros cometidos pelos educandos que compreende-se as interpretações pelos mesmos e assim reavaliar as práticas pedagógicas de ensino. 2.4 COMO PODEM SER OS RECURSOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA? Os jogos ajudam a desenvolver habilidades e raciocínio logico para o ensino da Matemática, desenvolvendo a organização de ideias e tornando a disciplina mais agradável e diminuindo a execução da reprodução de exercícios. 27 Esta afirmação encontra no Parâmetro Curricular no (PCN) como destaque a seguir: A insatisfação revela que há problemas a serem enfrentados, tais como a necessidade de reverter um ensino centrado em procedimentos mecânicos, desprovidos de significados para o aluno. Há urgência em reformular objetivos, rever conteúdos e buscar metodologias compatíveis com a formação que hoje a sociedade reclama. (Brasil, 1997, p. 15) Portanto, isto não significa que ao repensar a forma pedagógica de conduzir o processo de ensino da Matemática, não se possa fazer o uso de materiais já conhecidos pelos docentes. Existem elementos, no ensino desta disciplina que são de extrema importância, mesmo com toda a evolução da tecnologia atualmente, considerados materiais estruturados no ensino da matemática são esses: Os blocos lógicos, criados na década de 50, é um recurso bastante eficiente para estimular a lógica e aprimorar o raciocínio abstrato. Este recurso é uma caixa de composta de 48 sólidos que apresenta a geométrica que são elas: triângulo, quadrado, círculo e retângulo que variam em três cores: azul, vermelho, amarelo e verde; em dois tamanhos: pequeno e grande; e em duas espessuras; fina e grossa. Nas séries inicias ele tem por objetivo facilitar a vida dos alunos nos futuros encontros com os números, operações, equações e outros conceitos abordados na Disciplina de Matemática. Seu objetivo é dar aos alunos as primeiras ideias de operações lógicas como correspondência e classificação. Portanto, os blocos lógicos exigem das crianças percepção a manipulação, a construção e a representação de objetos estruturados, estes materiais auxiliam no desenvolvimento de habilidades de discriminação de memória visual, constância de forma e tamanho, sequência e simbolização. Outro recurso a ser utilizado em sala de aula, auxiliando desde o 1º ano ao 5º ano do Ensino Fundamental do Primeiro Segmento é o material dourado, criado em 1870 – 1952 por Maria Montessori, com o objetivo de proporcionar o estabelecimento de relações numéricas abstratas que passam a ter uma imagem concreta, facilita a compreensão do que o sujeito está pensando. Destina-se ao ensino e aprendizagem das trocas no sistema de numeração decimal e das principais operações. É um material composto da seguinte forma, 1 cubinho representa 1 28 unidade, 1 barra equivale a 10 cubinhos (1 dezena ou 10 unidades); 1 placa equivale a 10 barras ou 100 cubinhos ( 1 centena, 10 dezenas ou 100 unidades), 1 cubo equivale a 10 placas ou 100 barras ou 1000 cubinhos (1 unidade de milhar, 10 centenas, 100 dezenas ou 1000 unidades). O ábaco é considerado, a primeira máquina de calcular, é um recurso que facilita as operações. Este material é de origem oriental etem como referência as contagens dos povos antigos. Existem diversos tipos de ábacos, como por exemplo, de pinos, feito geralmente de madeira, e o ábaco horizontal. Nas séries iniciais, o ábaco de pino é mais apropriado, pois facilita a movimentação das peças, que podem ser retiras e não só “passadas” de um lado para outro como no ábaco horizontal. Nas atividades de subtração esta estratégia facilita o manuseio para o aluno, que necessita retirar e reagrupar peças em diferentes posições. No ábaco cada pino equivale a uma posição do sistema de numeração decimal, sendo que o primeiro da direita para a esquerda representa a unidade e os posteriores representam dezena, centena, unidade de milhar e assim por diante. Cada vez que se agrupam dez peças em um pino, deve-se retirá-las e trocá-las por uma peça que deverá ser colocada no pino à esquerda representando uma unidade da ordem subsequente. Vale ressaltar que o ábaco pode ser criado pelos alunos com material reciclável ou da melhor maneira que preferir, tendo por objetivo fazer com que os alunos compreendam de forma lúdica a utilização desse material. Por meio de situações problemas ou assuntos do cotidiano pode ser discutido, com os alunos, informações ligadas ao meio de comunicação na forma compõem de listas e gráficos, resoluções de problemas que envolva todos eixos da matemática são dependentes domínio da língua maternal para o seu entendimento e introdução. Para fazer o uso da leitura destes, é importante compreender a leitura e interpretação de diferentes textos. Desse modo é possível observar a importância dos sujeitos desde de cedo compreende as informações que fazem parte do seu cotidiano para melhor ser a sua leitura e desenvolvimento. O uso de recursos como o computador e a calculadora servem para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem da Matemática, ressaltando que os 29 mesmos não prejudiquem o desenvolvimento do educando e a relação de trocas entre o professor e o aluno. Aprender a Matemática utilizando diversos instrumentos faz com que os alunos, olhem a disciplina de forma prazerosa e consiga encarar os seus desafios, pois a Matemática é um processo contínuo de abstração em que as crianças atribuem significados e estabelecem relações com base em observações, experiências do cotidiano. 2.5 COMO É A VISÃO DOS PAIS AO ENSINAR MATEMÁTICA PARA OS FILHOS? Desde o nascimento até a vida adulta do ser humano o mesmo está em constante desenvolvimento. Portanto este desenvolvimento depende, de cuidados fisiológicos e precisa também de bastante estímulo para que o mesmo possa se desenvolver intelectualmente e socialmente. Portanto o lugar de uma criança junto aos pais, familiares para que seu desenvolvimento possa ocorrer de forma positiva e que possa se sentir amada e protegida. A família é a principal ferramenta para a formação do aluno, sendo a base da educação, contribuindo para a formação de caráter e personalidade das crianças, portanto é nela que a criança precisa para se recolher do mundo perturbado que encontrara lá fora, é a base para receber e dar apoio necessário. É na família que se oferece cuidado e proteção para as crianças, assegurando sua sobrevivência e condições dignas de vida. Também ela contribui para a socialização dos filhos em relação aos valores socialmente aceitos... É verdade que cada vez existem mais agentes socializadores: a escola, os amigos, as instituições formais e informais, os meios de comunicação. Mesmo assim a família constitui o agente socializador direto por excelência e funciona como filtro consciente ou inconscientemente de todos os agentes socializadores (TORNARIA, 2001, p. 61) Entende-se que a função de educar é de suma importância partindo do papel do desempenho pelos pais ou responsáveis. Quando a tarefa é educar e orientar os filhos são delegados a outros profissionais, profissionais nos quais os pais rotulam que se encontra no ambiente escolar, sendo assim isto acaba causando um grande distanciamento entre pais e filhos. 30 A Matemática ainda é vista pela sociedade como algo difícil e complexo, ou seja, a disciplina não muito compreendida por muitos, esse mito em torno da disciplina faz com que os pais, transfiram para os medos causando uma influência negativa sobre a mesma. A disciplina de matemática ainda é vista pelos pais como uma disciplina para pouco, visando que apenas os ditos “mais inteligentes” são capazes de aprender e desfrutar desse conhecimento, conceito este, adquirido no meio social e na vivência diária. Portanto, observa-se que a família não exerce interferência direta na aprendizagem matemática das crianças, apenas, como afirma Maturana (2001) “provoca uma perturbação”, que pode ou não, interferir na aprendizagem. A partir da ideia da autora acredita-se que a família pode contribuir ainda mais para o desestímulo do educando, tornando mais difícil o papel da escola fazer com que a criança acredite no seu potencial. CAPÍTULO 3: O PROFESOR NAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS: PAPEL E IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO ALUNO De fato, a matemática está presente na vida das pessoas e em seu dia a dia, apresentando desafios nos quais desenvolvem os seus raciocínios lógicos, a sua criatividade e estimulando o seu potencial de solucionar problemas. Nos últimos tempos, tem sido presente a discursão sobre a importância de se desenvolver estratégias e ferramentas para que o ensino da matemática consiga obter maior aceitação e na aprendizagem da disciplina pelos discentes. Para a grande maioria das pessoas, sem dúvida, a Matemática é considerada uma disciplina de suma importância, tendo em vista a necessidade de sua utilização no seu cotidiano. Sem dúvidas existem muitos relatos de estudantes ou até mesmo de outros profissionais de outras áreas, que a Matemática, em sala de aula, não é ou foi das melhores, não sendo atraente e nem prazerosa. Compreende- se que esse pensamento ganha reforço quando se entende-se que a Matemática ensinada/aprendida na escola, diversas vezes não se aproxima da Matemática vivida no dia a dia das pessoas, ou seja, nem tudo que se aprende na sala de aula é vivida 31 pelas mesmas, enquanto componentes de uma sociedade, onde se faz necessário o domínio de tecnologias ligadas a essa disciplina. Sobre essa questão, acrescenta – se, os profissionais que trabalham com essa disciplina precisam desenvolver competências que lhes proporcionem o domínio dos conteúdos, afim de poderem exercer suas funções com segurança. Sabe-se que muitas são as dificuldades que acarretam a aprendizagem da Matemática na vida dos alunos, portanto tais dificuldades podem se originar de diversas fontes, podendo estar relacionadas aos alunos e suas experiências, ao grau de complexidade que envolve os conteúdos matemáticos que serão abordados e até mesmo à metodologia que será aplicada pelo professor no ato de ensinar. Diante a essas questões, cabe refletir sobre alguns aspectos de suma importância, como o professor de Matemática, enquanto mediador do processo ensino aprendizado, tem atuado? Qual tem sido sua prática no ensino da disciplina? Em que sentido sua prática dessa disciplina está relacionada à sua formação? Portanto essas questões que devem ser discutidas e refletidas, no sentindo de encontrar uma compreensão de todo esse processo. O que se pode perceber, que na prática diária, é que a maioria das escolas ainda desenvolve o trabalho com base em metodologias ultrapassadas de ensino aprendizagem. Portanto pode se considerar que a maneira como as escolas tem desenvolvido suas metodologias, não proporciona ao estudante uma aprendizagem efetiva. Tais dificuldades, podem estar relacionadas a diversos fatores, como por exemplo: a não formação especifica do professor, às metodologias aprendizagens insuficientes e inadequadas, às dificuldadesdos professores em motivar os seus alunos e estimular o prazer pela disciplina e, ainda, às divergências entre professor e auno dentre tantas outras possiblidades. Segundo o professor, Demo (2005) afirma que a este profissional não compete apenas dar aulas, mas, sobretudo, garantir a aprendizagem do seu aluno. A partir do pensamento do autor supracitado, entende -se que a aprendizagem do aluno não está condicionada apenas, ao seu interesse, assim não é responsabilidade do mesmo, mas também do educador, pois o mesmo é o mediador do processo, ainda que não tenha condições que favoreçam o processo ensino aprendizagem. Claro que a instituição escolar e órgão que a mentem devem oferecer boas condições para que 32 o professor consiga desempenhar sua profissão com qualidade e eficiência. Em contra partida é de suma importância que os professores tenham o domínio sobre os saberes a serem ministrados, devem ser capazes de dar aulas, devem estar em estudo constante, para que possam conduzir a sua sala e de, finalmente, de avaliar o processo. Todavia, o trabalho docente consiste também em conduzir as aprendizagens progressivamente, portanto, o educador deve criar estratégias que envolvam seus alunos em suas aprendizagens, no sentido de construírem seus conhecimentos prévios, garantindo seu desenvolvimento. Polya (1981), coloca que os professores precisam ensinar os seus alunos a pensar. Segundo o pensamento da autora isso significa que os professore não devem trazer para a sala de aula conhecimentos prontos, mas devem estimular os alunos a construírem seus conhecimentos a partir daquilo que é abordado em sala de aula, trabalhando de forma concreta, desenvolvendo e estimulando capacidades nos alunos para usarem a informação transmitida. É importante compreender que nesse processo todos conseguem aprender de uma mesma forma, de certo que nem todos possuem os mesmos interesses e habilidades, exigindo do educador uma atenção maior de modo que ele consiga agregar todos no processo de aprendizagem. Fazendo com que ao reconhecer as dificuldades de cada aluno e suas potencialidades, conseguira adotar procedimentos pedagógicos alternativos, adquirindo subsídios importantes que lhe proporcionará condições de trabalhar as capacidades individuais dos alunos, sejam elas de ordem cognitiva, física e afetiva. Fica evidente diante do exposto, que as dificuldades encontradas pelos alunos e pelos professores em relação ao ensino de matemática podem ser atribuídas aos mais diversos fatores, estimulando a investigação dessas dificuldades, sendo necessária a investigação dessas dificuldades, no sentido de contribuir para uma melhor qualidade do ensino da disciplina e, levando a uma reflexão mais apurada por meio de todos os envolvidos no processo de ensino – aprendizagem. 3.1 RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO: OS ESTILOS DE RELAÇÕES 33 De fato, a relação professor/aluno em sala de aula é um processo bastante difícil, pois existem nesse contexto diversos aspectos a serem avaliados, tendo em vista que, para um bom relacionamento entre ambos há necessidade de ir além de um simples relacionamento afetivo. Dentro de uma sala de aula, para que haja um bom relacionamento tanto o professor, quanto o aluno deve estar aberto para que haja a interação, pois, a empatia como em todo relacionamento é a ferramenta principal para que haja aproximação entre ambos. Desse modo, a relação professor/aluno pode proporcionar diversos estilos, construindo diversos tipos de interação. As duas principais relações comuns entre professor/aluno na sala de aula: relação de comunicação mais pessoal e relação de orientação própria ao estudo. Considera-se que a relação de comunicação mais pessoal é conhecer os êxitos, estimular autoconfiança do aluno, manter constantemente uma atitude de cordialidade e principalmente de respeito; sempre construindo e mantendo uma relação de afetividade, porém isso não quer dizer que para ser um bom professor precisa ir para sala de aula para ser humorista para que o aluno se sinta bem. Portanto, o que precisa haver é uma relação didática e eficaz pois caso contrário essa interação professor/aluno consequentemente prejudicará o aprendizado. Desse modo, compreende-se que a relação de orientação própria para o estudo entra no mérito do papel exercido pelo professor em sala de aula, tendo em vista que, o principal objetivo é de criar uma estrutura que facilite o aprendido. Compreende que numa relação professor/aluno em sala de aula, a efetividade não pode ser eficaz se não houver de fato a competência da tarefa didática, pois a qualidade de ensino consequentemente será prejudicada. Vale ressaltar que os dois aspectos referentes à educação devem ser abordados, são eles: necessidades psicológicas e educativas. Necessidades psicológicas percebe - se que são aquelas que os alunos fazem a interiorizam e que por muitas vezes são de certa forma impostas pelos padrões sociais, como o desejo de ascensão social, o qual determina para que isso seja possível, a apropriação dos moldes pré-estabelecidos como: tirar boas notas, passar de ano, ser o primeiro colocado nos processos seletivos, etc, os quais estão automaticamente presentes 34 nas necessidades educativas. Sendo que, o aluno ao ver suas necessidades psicológicas e educativas atendidas se automotiva. Por sua vez o professor precisa descobrir qual a melhor forma de trabalhar essas necessidades sem fazer prejuízo ao aprendizado do aluno. Sendo assim, as três principais áreas de atuação do professor são: relações interpessoais, apoio da autonomia e do desenvolvimento integral do aluno e estrutura de aprendizado. Segundo Morales (1999), as relações interpessoais são manifestadas de diversas formas, das quais: a dedicação de tempo à comunicação com os alunos, a manifestação de afeto e interesse pelos alunos, o elogio sincero, o interagir com os alunos com prazer, entre outros; o oposto se trata de rejeição. Portanto, os alunos precisam sentir que o professor se interessa por eles, ou seja, os educandos devem se sentir livres para errar e aprender com os seus próprios erros. O sentir -se livre demonstra ausência de medo. Contudo, aprender com os próprios erros é de suma importância para o crescimento pessoal, seja social, cognitivo ou até mesmo emocional. A autonomia dos educandos está relacionada com a liberdade concedida no momento da aprendizagem, sendo assim os professores não devem utilizar pressões ou garantia de prêmios para àqueles que conseguirem realizar suas atividades com afinco. Portanto, cabe ao professor, a dura tarefa de motivar as suas aulas transformando em um campo motivado pelo prazer e pela paz. Tendo em vista que isso pode trazer mais lucros ao bom relacionamento não só do professor – aluno, e sim entre os próprios alunos uns com os outros, no sentindo em que os mesmos possam consequentemente aprender o trabalho de colaboração, se respeitarem no dia a dia nos trabalhos de grupos em até mesmo em projetos cooperativos; podendo até mesmo aprender a apreciarem outras culturas, a se desenvolverem bem na sociedade. 3.2 O PROFESOR NAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS: PAPEL E IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO ALUNO De fato, a matemática está presente na vida das pessoas e em seu dia a dia, apresentando desafios nos quais desenvolvem os seus raciocínios lógicos, a sua 35 criatividade e estimulando o seu potencial de solucionar problemas. Nos últimos tempos, tem sido presente a discursão sobre a importância de se desenvolver estratégias e ferramentas para que o ensino da matemática consiga obter maior aceitação e na aprendizagem da disciplina pelos discentes. Para a grande maioria das pessoas, sem dúvida, a Matemática é considerada uma disciplina de suma importância, tendo em vista a necessidade de sua utilização no seu cotidiano. Semdúvidas existem muitos relatos de estudantes ou até mesmo de outros profissionais de outras áreas, que a Matemática, em sala de aula, não é ou foi das melhores, não sendo atraente e nem prazerosa. Compreende- se que esse pensamento ganha reforço quando se entende -se que a Matemática ensinada/aprendida na escola, diversas vezes não se aproxima da Matemática vivida no dia a dia das pessoas, ou seja, nem tudo que se aprende na sala de aula é vivida pelas mesmas, enquanto componentes de uma sociedade, onde se faz necessário o domínio de tecnologias ligadas a essa disciplina. Sobre essa questão, acrescenta – se, os profissionais que trabalham com essa disciplina precisam desenvolver competências que lhes proporcionem o domínio dos conteúdos, afim de poderem exercer suas funções com segurança. Sabe-se que muitas são as dificuldades que acarretam a aprendizagem da Matemática na vida dos alunos, portanto tais dificuldades podem se originar de diversas fontes, podendo estar relacionadas aos alunos e suas experiências, ao grau de complexidade que envolve os conteúdos matemáticos que serão abordados e até mesmo à metodologia que será aplicada pelo professor no ato de ensinar. Diante a essas questões, cabe refletir sobre alguns aspectos de suma importância, como o professor de Matemática, enquanto mediador do processo ensino aprendizado, tem atuado? Qual tem sido sua prática no ensino da disciplina? Em que sentido sua prática dessa disciplina está relacionada à sua formação? Portanto essas questões que devem ser discutidas e refletidas, no sentindo de encontrar uma compreensão de todo esse processo. O que se pode perceber, que na prática diária, é que a maioria das escolas ainda desenvolve o trabalho com base em metodologias ultrapassadas de ensino aprendizagem. Portanto pode se considerar que a maneira como as escolas tem desenvolvido suas metodologias, não proporciona ao estudante uma 36 aprendizagem efetiva. Tais dificuldades, podem estar relacionadas a diversos fatores, como por exemplo: a não formação especifica do professor, às metodologias aprendizagens insuficientes e inadequadas, ás dificuldades dos professores em motivar os seus alunos e estimular o prazer pela disciplina e, ainda, às divergências entre professor e auno dentre tantas outras possiblidades. Segundo o professor, Demo (2005) afirma que a este profissional não compete apenas dar aulas, mas, sobretudo, garantir a aprendizagem do seu aluno. A partir do pensamento do autor supracitado, entende -se que a aprendizagem do aluno não está condicionada apenas, ao seu interesse, assim não é responsabilidade do mesmo, mas também do educador, pois o mesmo é o mediador do processo, ainda que não tenha condições que favoreçam o processo ensino aprendizagem. Claro que a instituição escolar e órgão que a mentem devem oferecer boas condições para que o professor consiga desempenhar sua profissão com qualidade e eficiência. Em contra partida é de suma importância que os professores tenham o domínio sobre os saberes a serem ministrados, devem ser capazes de dar aulas, devem estar em estudo constante, para que possam conduzir a sua sala e de, finalmente, de avaliar o processo. Todavia, o trabalho docente consiste também em conduzir as aprendizagens progressivamente, portanto, o educador deve criar estratégias que envolvam seus alunos em suas aprendizagens, no sentido de construírem seus conhecimentos prévios, garantido seu desenvolvimento. Partindo desse ponto, o professor precisa criar e gerir situações problemas onde consiga se adequar as condições e possibilidades dos alunos. Polya (1981), coloca que os professores precisam ensinar os seus alunos a pensar. Segundo o pensamento da autora isso significa que os professore não devem trazer para a sala de aula conhecimentos prontos, mas devem estimular os alunos a construírem seus conhecimentos a partir daquilo que é abordado em sala de aula, trabalhando de forma concreta, desenvolvendo e estimulando capacidades nos alunos para usarem a informação transmitida. É importante entender nesse processo todos conseguem aprender de uma mesma forma, uma vez que nem todos possuem os mesmos interesses e habilidades, exigindo do educador uma atenção maior de modo que ele consiga agregar todos no processo de aprendizagem. Fazendo com que ao reconhecer as dificuldades de cada 37 aluno e suas potencialidades, conseguira adotar procedimentos pedagógicos alternativos, adquirindo subsídios importantes que lhe proporcionará condições de trabalhar as capacidades individuais dos alunos, sejam elas de ordem cognitiva, física e afetiva. Fica evidente diante do exposto, que as dificuldades encontradas pelos alunos e pelos professores em relação ao ensino de matemática podem ser atribuídas aos mais diversos fatores, estimulando a investigação dessas dificuldades, sendo necessária a investigação dessas dificuldades, no sentido de se contribuir para uma melhor qualidade do ensino da disciplina e, levando a uma reflexão mais apurada por meio de todos os envolvidos no processo de ensino – aprendizagem. 3.3 O ALUNO DA ESCOLA: QUEM É E QUAL SUA POSIÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM. Sabe que a Matemática de fato é a grande vilã entre as disciplinas escolares, pois a grandes maiorias dos estudantes apresentam dificuldades em aprender essa disciplina. Isso ocorre por diversos motivos, dentre ele eles pode se destacar: o mal preparo dos profissionais nesse segmento, recursos didáticos pedagógicos inadequados ou insuficientes, escolas com poucos recursos principalmente quando se fala de escolas da rede públicas e até mesmo alunos com falta de interesse próprio. O processo de ensinar/aprender, em qualquer área de aprendizagem deve-se desenvolver de modo em que o aluno sinta a necessidade de aprender algo. Este aprendizado, por sua vez, teve estar direcionado ao seu dia-a-dia, deve estar interligado com suas vivências, de modo que consiga compreender que este aprendizado terá importância para sua vida prática. Embora já haja grandes avanços no ensino da matemática, em algumas escolas essas disciplinas ainda são aplicadas de forma tradicional, por meio de metodologias pouco interessantes e ineficientes as quais agregam a disciplina um grande grau de complexidade teórica, desconsiderando a realidade do aluno e fazendo com que o mesmo perca o interesse. Como, na verdade, deveria estar ligada a pratica diária dos educando, de modo que este estimulasse a importância da 38 presença matemática em seu meio, nas situações vivenciadas diariamente, tendo em vista que, quando uma aprendizagem acontece dentro da realidade dos alunos facilita a sua compreensão, porque esse educando conseguira realizar uma avaliação crítica da utilização construída na escola. O aluno precisa compreender que a aprendizagem escolar pode mudar sua vida na sociedade da qual faz parte. Por meio deste, o aluno consegue perceber na matemática um elemento que poderá modificar o seu conhecimento construindo suas relações no meio social. Por meio, desse novo entendimento sobre a disciplina e de todos os conhecimentos oferecidos no contexto escolar, é possível fazer com que o aluno desperte o interesse pela disciplina como um elemento norteador entre a ação e a realidade, ou seja, poderá dar significado a aquilo que aprende no seu ambiente escolar, conseguirá perceber que a matemática aprendida/ensinada na escola está presente em casa, nas ruas e nas relações sociais. Sem dúvida, esta percepção, irá melhorar o raciocínio lógico aluno, será de grande valia para que o mesmo possa ter uma boa apreensão e um bom desenvolvimento no que diz respeito ao conteúdo matemático. “A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suasrelações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.” (PCNs matemática, 2001 págs. 19 – 20). Conforme a citação acima, essa nova forma de se pensar sobre a educação faz com que o aluno se envolva no seu aprendizado, ou seja, fazendo com que participe de todos os processos de construção de conhecimento, de forma ativa, construindo problemas para os quais ele mesmo buscará soluções. Desse modo, esta forma de se trabalhar educação está ligada a uma relação entre aluno e professor onde o último tem a liberdade de participar da aula, de expressar-se perante aos amigos e ao professor de forma que seu raciocínio possa ser ouvindo, analisado e considerado. 39 Considerando esses aspectos, alguns estudos se destacaram em relação ao ensino da matemática, dentre eles a Etnomatemática. Dentre os trabalhos que ganharam expressão nesta última década, destaca- se o Programa Etnomatemática, com suas propostas alternativas para a ação pedagógica. Tal programa contrapõe-se às orientações que desconsideram qualquer relacionamento mais íntimo da Matemática com aspectos socioculturais e políticos – o que a mantém intocável por fatores outros a não ser sua própria dinâmica interna. Do ponto de vista educacional, procura entender os processos de pensamento, os modos de explicar, de entender e de atuar na realidade, dentro do contexto cultural do próprio indivíduo. A Etnomatemática procura partir da realidade e chegar à pedagógica de maneira natural, mediante um enfoque cognitivo com forte fundamentação cultural. (PCNs – Brasil - Matemática, 2001. Pág. 23). A partir da citação acima, observa-se que a Etnomatemática trabalha de modo a considerar as diferenças existentes em uma sociedade, diagnosticando as deficiências e as necessidades de cada grupo pertencente a essa sociedade, relacionando-os com o aprendizado. Portanto, ao tentar aproximar-se os conteúdos matemáticos à realidade dos alunos a aprendizagem terá maior ênfase tendo em vista que serão destacados os pontos que são de maior importância para a sua vida prática diária. Esse modo de trabalhar tornará a matemática mais lúdica e mais prática, pois o aluno conseguirá estabelecer uma relação entre o concreto e o abstrato, o que será de grande importância, pois a matemática não se limita a apenas efetuar contas, resolver expressões numéricas até mesmo trabalhar os sólidos geométricos, mas sim uma trabalhar uma nova forma de se perceber o mundo em que se vive. O educando também possui grande influência por parte da vida onde está inserido, levando em conta que a criança é um indivíduo em formação constante, tanto fisicamente quanto intelectualmente e nesse processo de formação, a família exerce grande influência. Para que o aluno possua um desenvolvimento satisfatório, precisa fornecer todos os recursos necessários em cada fase de sua vida. De fato, os pais são referências dos filhos, portanto, tudo que a criança aprende em casa influencia em sua vida escolar, o ritmo de vida, os seus horários reservados para estudo, a sua organização, o respeito com o outro , são atitudes aprendidas e moldadas no seu meio familiar e que irão refletir em suas vidas em outros ambientes sociais. Nesse sentido Libâneo (1994, p. 17) com relação à aprendizagem, afirma que: 40 O processo de ensino aprendizagem não pode ser tratado como algo isolado e único o espaço da sala de aula. Faz-se necessário que o trabalho educacional transcenda os muros da escola como praticas educativas que enlace o contexto social do aprendiz, proporcionando-lhe condições que possibilite o desenvolvimento da capacidade de "criar um conjunto, tendo em vista o conjunto social que está inserido. Sabe – se que o processo de aprendizagem em qualquer disciplina, as principalmente em matemática pode ajudar ao aluno se ele já trouxer de casa para a escola uma mentalidade melhor desenvolvida, tendo em vista que a educação não é apenas uma responsabilidade da escola, mas sim de todos os envolvidos, inclusive os pais. Portanto, pode -se observar que para o educador, desenvolver o raciocínio lógico e crítico dos alunos torna -se uma tarefa bastante complicada, por isso se espera poder contar com a ajuda dos responsáveis dos alunos em casa, para que o trabalho do professor possa se tornar mais eficaz e eficiente. Com o passar do tempo, o educando, progressivamente irá melhorar sua capacidade de compreender e resolver seus problemas, seu raciocínio lógico estará cada vez mais desenvolvido, o que contribuirá positivamente na construção dos conhecimentos matemáticos. Através dessa dinâmica o aluno terá autonomia para começar a resolver aqueles problemas considerados, por ele, mais complexos, isso acontecerá porque o educando conseguirá desenvolver uma maturidade na qual possibilitará a resolução de tais problemas. No que se refere aos conhecimentos matemáticos, este amadurecimento é de suma importância para a aprendizagem de novos conteúdos. Desse modo, acredita -se que o educando conseguirá se envolver mais na construção de conhecimentos pois conseguirá desenvolver melhor pra que possa acompanhar as explicações e o raciocínio da professora, possibilitando o seu rendimento melhor nas aulas, pelo fato de compreender o que está sendo expostos em sala de aula. Logo, todos ganham, uma vez que seus alunos mais preparados, tornam – se cidadãos mais preparados, constituindo uma sociedade mais preparada, com profissionais mais preparados e capazes de engajarem no desenvolvimento social. 3.4 AS ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL 41 A educação nos últimos anos tem procurado promover um ensino de qualidade passando assim por diversas transformações. Portanto, sabe -se que apesar dessas grandes mudanças já implementadas, ainda há muitos caminhos a se percorrer principalmente no ensino da Matemática. Tendo em vista que se percebe - se, no contexto escolar, um grande quantitativo de alunos que apresentam dificuldades com essa disciplina. No contexto escolar, com o passar dos anos foi – se preocupando em criar novas estratégias para que o ensino se tornasse de qualidade e significativo para o aluno. Desse modo, muitas foram as ações desenvolvidas para que conseguisse esse fim, tais como: os professores buscaram se profissionalizar e a adoção de metodologias diversificadas e dinâmicas que pudessem atrair a atenção e o interesse dos alunos. Por meio das transformações que vem acontecendo nos últimos tempos, o ensino da disciplina de Matemática é visto como uma linguagem capaz de traduzir a realidade vivenciada pelos educandos, além de permitir a criação de condições onde possibilita estabelecer as diferenças entre outras realidades. De modo que o ambiente escolar possa oferecer atividades que eduquem os alunos no sentido de conviver em sociedade, por meio das quais ela possa construir sua aprendizagem de forma gratificante e significativa, lembrando que o conhecimento matemático se manifesta como uma estratégia para a realização das intermediações entre o ser humano a natureza e a sociedade. De fato, o ensino de qualidade tem o intuito primeiramente de formar cidadãos críticos, capazes de intervir de forma positiva na sociedade. Portanto, a escola tem por objetivo criar condições necessárias para que o ensino possa promover o desenvolvimento das capacidades cognitivas e sociais do educando. Para Piletti (1985, p. 42), A motivação é fator fundamental da aprendizagem. Sem motivação não há aprendizagem.Pode ocorrer aprendizagem sem professor, sem livro, sem escola e sem uma porção de outros recursos. Mas mesmo que existam todos esses recursos favoráveis, se não houver motivação, não haverá aprendizagem. Nesse sentido, é fundamental o intermédio do educador durando o processo de ensino e aprendizagem se fazendo necessário, pois é ele que capacita o 42 aluno, estimulando neste o desejo de aprender e a compreensão da importância do ensino recebido na escola para suas vidas. Portanto, sua função primordial se define em levar os alunos ao pensar, o aprender e o desenvolver-se. De fato, quando a escola e o professor possuem o mesmo objetivo, tal como formar cidadãos participativos e críticos, busca inovar através de novas metodologias, dentro dela destaca a ludicidade, as aulas expositivas onde o aluno pode entrar em contato diversos materiais como o material concreto onde irá estimular a capacidade de levar o aluno a pensar; dentre outras opções que o professor pode utilizar, tão importantes e eficazes para aprendizagem quanto as que foram citadas. A motivação é primordial para o desenvolvimento pedagógico do educando. Portanto, apesar da grande importância desse elemento para a aprendizagem, nem sempre é atribuído a esse elemento a devida atenção do professor, uma vez que apenas transmitir o conhecimento pronto e acabado e mais tarde cobrar nas provas é muito mais fácil do que provocar nos educandos à vontade de questionar e atuar sobre essa ação de aprender. De fato, ensinar/ aprender matemática não é trabalho muito fácil, por isso se faz necessário a utilização de diversos instrumentos em que possa funcionar como mediadores entre professor, aluno e o conhecimento. O uso de tais instrumentos deve ser pensado detalhadamente, deve ser bem planejado e bem aplicado, tornando – se recursos pedagógicos para a construção do conhecimento matemático estimulando o raciocínio logico dos alunos. 43 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho só vem acrescentar falando da importância da Matemática no dia-a-dia do professor, dos alunos e na sala de aula. Pois quando o educador tem o propósito de ensinar objetivando o desenvolvimento do raciocínio matemático, certamente terá um aluno disposto a trabalhar o mesmo caminho. É importante e imprescindível saber como o aluno pensa ao realizar uma atividade de matemática, ou seja, de que maneira resolveu, que argumentos usou, ou até mesmo que caminho seguiu. O resultado final não deve se sobressair diante da maneira pela qual o aluno desenvolveu sua atividade. Cabe ao professor direcionar suas aulas através de situações que proporcionem a prática de refletir, testar, levantar hipóteses para que ocorra a aprendizagem com significado, para isso o educador precisa usar estratégias que aproximem os conteúdos da matemática com a realidade. Portanto o professor precisa utilizar a Etnomatemática, pois a mesma possuí o papel de conectar um conhecimento matemático desenvolvido localmente com o saber científico para unificar a prática e a teoria e o saber com o fazer, procurando desenvolver o dinamismo cultural em sala de aula. Nesse sentido, Gelsa Knijnik (1996) denomina Etnomatemática como: Uma proposta para o ensino da Matemática que procura resgatar a intencionalidade do sujeito manifesta em seu fazer matemático, ao se preocupar com que a motivação para o aprendizado seja gerada por uma situação-problema por ele selecionada, com a valorização e o encorajamento às manifestações das ideias e opiniões de todos e com o questionamento de uma visão um tanto maniqueísta do certo/errado da Matemática. Desse modo observa que a autora acima defende que um dos papeis da Etnomatemática nas práticas de sala de aula é permitir a identificação de um saber que os alunos já possuem na interação com os novos conhecimentos de construção, propostos pelas escolas. Usa os conhecimentos prévios como ponto de partida para abordar os mais variados assuntos permitindo o envolvimento dos alunos nesse processo de ensino e aprendizagem. Partindo desse ponto de vista o professor é papel principal na formação do aluno nos anos iniciais do Primeiro Segmento do Ensino Fundamental, o educador 44 precisa ser um professor – pesquisador para que possa atuar de forma eficaz e atendendo a demanda da necessidade de seus alunos. Nesta linha de pensamento Freire, (2008, p.29.): Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses quefazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. Seguindo o raciocínio de Freire, o professor é pesquisador e que a pesquisa faz parte do professor, para que possa construir uma boa formação. Concluindo, a Matemática não pode ser trabalhada apenas de forma convencional, mas sim na busca de soluções para os problemas práticos do dia a dia, para que possa despertar melhor interesse nos alunos tornando as aulas mais dinâmicas, aproximando do seu cotidiano e obtendo a participação dos alunos no processo de construção do conhecimento. 45 5. REFERÊNCIAS BARALDI, I. M. Refletindo sobre as concepções matemáticas e suas implicações para o ensino diante do ponto de vista dos alunos. Bauru, 1999. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. 3. ed. Brasília: A Secretaria, 2001. CARNEIRO, V. C. G. 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