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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 1 PROFas.- ANA LÚCIA SANTANA E GLADIS TENENBOJM Referencial teórico: Wanda Aguiar Horta Necessidades Humanas Básicas • Estar com saúde é estar em equilíbrio dinâmico no tempo e espaço. • As necessidades não-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto, podendo causar doenças. Necessidades Psicobiológicas: TERAPÊUTICA 2 Conceitos básicos • Medicamento: toda substância (produto farmacêutico tecnicamente elaborado) capaz de promover ação profilática (vacinas e soros), terapêutica (cura e alívio dos sintomas:antibióticos, antiinflamatórios, anti- hipertensivos etc) e auxiliar (contraste radiológico) • Pode ter ação: local (pele ou mucosa) ou sistêmica (corrente sanguínea). TRALDI, MC. Fundamentos de enfermagem na assistência primária de saúde. Campinas, SP: Editora Alínea, 2004. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS • É um dos procedimentos mais importantes; • Atuação segura; • A terapêutica gera o efeito desejado. 4 09 CERTOS • Paciente certo, • Medicamento certo, • Dose certa, • Via certa, • Hora certa, • Registro certo (documentação certa), • Ação certa, • Forma certa e • Resposta certa 5 Vide pg 31- 40 Anexo 03: PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PRINCÍPIOS GERAIS • Conhecer a droga • Saber via e apresentação das drogas • Evitar distrações enquanto prepara as drogas • Observar prazo e validade das drogas 6 QUEBRA DE DEVER • Atrasar a administração de medicamentos • Não familiaridade com a droga • Via de administração não esclarecida • Negligência na orientação do paciente ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO • REGRAS GERAIS - TODO MEDICAMENTO DEVE SER PRESCRITO PELO MÉDICO - PRESCRIÇÃO MÉDICA É VÁLIDA POR 24 HORAS E DEVE SER DATADA E ASSINADA - A PRESCRIÇÃO MÉDICA DEVE TER: NOME DA MEDICAÇÃO, VIA E FREQUÊNCIA COM QUE DEVERÁ SER ADMINISTRADA - LAVAR AS MÃOS E LIMPAR O LOCAL AONDE SERÁ PREPARADA A MEDICAÇÃO - CONCENTRAR-SE NO TRABALHO - NÃO FALAR DURANTE O PREPARO - LER TODOS ITENS DA PRESCRIÇÃO - PREPARAR MEDICAÇÃO NO HORÁRIO CORRETO PARA GARANTIR ADEQUADA RESPOSTA TERAPÊUTICA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO - CONFERIR ATENTAMENTE A DOSE PRESCRITA - DOSES PRESCRITAS COM ZERO, VÍRGULA E PONTO DEVEM RECEBER ATENÇÃO REDOBRADA - JAMAIS PREPARAR MEDICAÇÃO SE ESTIVER COM DÚVIDAS - CONHECER INDICAÇÕES E EFEITOS COLATERAIS DA MEDICAÇÃO - REALIZAR DUPLA CHECAGEM DA MEDICAÇÃO - CERTIFICAR-SE DE ALERGIAS DO PACIENTE - IDENTIFICAR ATRAVÉS DE RÓTULO : SERINGAS, COPINHOS - LER PELO MENOS 3 VEZES O RÓTULO DO MEDICAMENTO ANTES DO PREPARO: - AO RETIRAR DO LOCAL AONDE ESTÁ ARMAZENADO - ANTES DE PREPARAR - ANTES DE JOGAR AMPOLA OU GUARDAR FRASCO DE MEDICAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO - FAZER RÓTULO E PREPARAR MEDICAÇÃO DE UM PACIENTE DE CADA VEZ - NÃO ADMINISTRAR MEDICAMENTO SE APRESENTAR ALTERAÇÃO NA COR, ODOR OU CONSISTÊNCIA - NÃO ADMINISTRAR MEDICAÇÃO SEM RÓTULO, IDENTIFICAÇÃO OU VENCIDA - NÃO ADMINISTRAR MEDICAÇÃO PREPARADA POR OUTRA PESSOA - CHECAR PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO ANTES DE ADMINISTRAR MEDICAÇÃO - ORIENTAR PACIENTE SOBRE NOME E INDICAÇÃO DA MEDICAÇÃO - NÃO DEIXAR BANDEJA DE MEDICAÇÃO NA UNIDADE DO PACIENTE, CASO NECESSITE DEIXAR O LOCAL - CHECAR E COLOCAR NOME NA PRESCRIÇÃO MÉDICA IMEDIATAMENTE APÓS ADMINISTRAÇÃO DA MEDICAÇÃO - FAZER UM CÍRCULO AO REDOR DO HORÁRIO DO MEDICAMENTO PRESCRITO, SE O MESMO NÃO FOR ADMINISTRADO ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO - JUSTIFICAR NO RELATÓRIO DE ENFERMAGEM O MOTIVO DO MEDICAMENTO NÃO TER SIDO ADMINISTRADO - REGISTRAR INTERCORRÊNCIAS E PARÂMETROS DE MONITORIZAÇÃO ADEQUADOS ( SINAIS VITAIS, GLICEMIA CAPILAR) - RÓTULO DE IDENTIFICAÇÃO DA MEDICAÇÃO - NOME PACIENTE - LEITO - MEDICAMENTO - DOSAGEM - VIA CIRCULADA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIAS: • Oral • Sublingual • Respiratória (instilação, inalação, endotraqueal) • Retal • Vaginal • Auricular • Ocular • Nasal • Cutânea ou tópica 12 VIA ORAL • Absorção através do trato gastrintestinal, e imediatamente metabolizadas no fígado antes de atingir a circulação sistêmica; • Diminui efeitos adversos. 13 http://2.bp.blogspot.com/_14Pp__7LJh0/SmB1YsXZKII/AAAAAAAAAMw/XmNENc8fNwY/s1600-h/comprimido.jpg http://2.bp.blogspot.com/_14Pp__7LJh0/SmB1YsXZKII/AAAAAAAAAMw/XmNENc8fNwY/s1600-h/comprimido.jpg VIA ORAL • Contra-indicação em pacientes: • Inconscientes, • Com náuseas e vômitos, • Com incapacidade de deglutição. 14 Via oral • São absorvidos na boca, estômago e principalmente no intestino. Apresentam-se das seguintes formas: - comprimidos - drágea - cápsulas - suspensão oral - gotas - spray Material: Frasco ou embalagem do medicamento Copos graduados Copos sem graduação Seringa Conta gotas Triturador •São disponíveis em várias formas: comprimido, comprimido de cobertura entérica, cápsula, xarope, elixir, óleo, líquido, suspensão, pós e grânulos, etc. Via sublingual Via respiratória • Instilação • Inalação • Endotraqueal Via nasal • Gotas nasais • Spray nasal Via Auricular/Otológica • Gotas • Puxar o pavilhão auricular para cima e para trás, de modo a endireitar o canal auditivo e permitir que as gotas aplicadas cheguem à zona mais interna. 19 Via ocular • Colírios • Pomadas 20 Via cutânea ou tópica • Creme, pomada, gel, solução ou pó. • Os produtos mais utilizados são as pomadas, de consistência mole e untuosa, baseadas numa mistura de princípios ativos com substâncias oleosas que preservam a umidade da pele e são utilizadas, sobretudo, no tratamento de lesões secas. • A via transdérmica é uma via de administração, caracterizada pela aplicação na pele, para ser absorvida pela circulação. 21 Via vaginal • Creme vaginal • Óvulo vaginal 22 Via retal • Supositório VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Via parenteral: • Intradérmica (ID) • Subcutânea (SC) • Intramuscular (IM) • Endovenosa (IV ou EV) • intra-arterial, intraperitonial, intrapleural, intrapulmonar, intrapericárdica, intracardíaca, intra-óssea, epidural e intratecal (espaço subaracnóide ou ventrículos do cérebro) . 24 ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL: • Provém do grego “para” (ao lado) e “enteros”(tubo digestivo); • Significa a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato gastrointestinal. 25 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_vnwl0E9Vxug/S7j1UvfPn_I/AAAAAAAAAW8/0UtRZ-j5_Po/s1600/vacina-2.jpg&imgrefurl=http://ujs-camacari.blogspot.com/&usg=__vV8xlVykk9ZkuY7TiND4VPvTcLs=&h=400&w=365&sz=28&hl=pt-br&start=36&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=qUQ7yAfulmsCCM:&tbnh=124&tbnw=113&prev=/images%3Fq%3Ddesenho%2Bvacina%26start%3D20%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26ndsp%3D20%26tbs%3Disch:1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_vnwl0E9Vxug/S7j1UvfPn_I/AAAAAAAAAW8/0UtRZ-j5_Po/s1600/vacina-2.jpg&imgrefurl=http://ujs-camacari.blogspot.com/&usg=__vV8xlVykk9ZkuY7TiND4VPvTcLs=&h=400&w=365&sz=28&hl=pt-br&start=36&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=qUQ7yAfulmsCCM:&tbnh=124&tbnw=113&prev=/images%3Fq%3Ddesenho%2Bvacina%26start%3D20%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26ndsp%3D20%26tbs%3Disch:1 INDICAÇÕES • Pacientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e impossibilitados de engolir. • Quando se espera uma ação mais rápida da droga, na administração de medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco digestivo . 26 ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Vantagens • Absorção mais rápida e completa. • Maior precisão em determinar a dose desejada. • Obtenção de resultados mais seguros. • Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos 27 ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Desvantagens • Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga. • Em casos de engano pode provocar lesão considerável. • Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção. • Uma vez administrada adroga, impossível retirá-la. 28 COMPLICAÇÕES • Infecções locais ou gerais. • Abscesso. • Inflamação pirogênica, com infiltração e propagação para os tecidos. 29 COMPLICAÇÕES • Alergia ao produto usado para anti-sepsia ou às drogas injetadas. • Embolias. 30 CANHÃO BISEL HASTE ou CÂNULA CILINDRO ou CORPO ÊMBOLO 40 X 12 CALIBRE COMPRIMENTO MATERIAL SERINGA AGULHA Tamanho X Calibre (da agulha): 31 BICO MEDICAÇÃO VIA INTRADÉRMICA • Consiste na introdução de pequena quantidade de medicamento entre a pele e o tecido subcutâneo. • A angulação da agulha deve ser mínima com relação ao tecido. 32 Agulha paralela a pele Intradérmica Aplicação 33 MEDICAÇÃO VIA INTRADÉRMICA Áreas de aplicação: • Face interna do antebraço ou região escapular. • A vacina BCG intradérmíca é aplicada na área de inserção inferior do deltóide direito. Volume suportado • Até 0,5ml • Agulhas: 13x4,5 34 MEDICAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA • É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme • Terapêutica lenta, contínua e segura pela tela subcutânea. • A angulação da agulha deve ser de 45º ou 90º com relação ao tecido dependendo do tamanho da mesma. 35 LOCAIS DE APLICAÇÃO 36 MEDICAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA • Certas vacinas, como a anti-rábica, drogas como a insulina, a adrenalina e outros hormônios, têm indicação específica por esta via. Volume suportado • Até 1,0 ml • Agulhas:13x4,5 → 90º 37 Intradérmica (ID) Subcutânea (SC) Intramuscular (IM) Endovenosa (EV) 38 VIAS PARENTERAIS INDICAÇÕES PARA VIA IM • Pacientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e disfagia; • Quando se espera uma ação e absorção mais rápida da droga; • Possibilidade de administrar determinadas drogas que são inativadas pelo suco gástrico; • Maior precisão em determinar a dose desejada. 39 DESVANTAGENS DA VIA IM Dor; Infecção; Uma vez administrada a droga é impossível retirá-la; Em caso de evento adverso pode provocar dano significativo. 40 ERRO DE MEDICAÇÃO 41 “... qualquer evento evitável que pode ser causado ou surgir do uso inconveniente ou da falta de uma medicação, causando dano ao paciente, enquanto a medicação está sob o controle dos profissionais de saúde...” National Coordinating Council for Medications Errors Reporting and Prevention. NCC MERP taxonomy of medication errors. Rockville: NCC MERP 1998. [online] disponível em URL: http://www.nccmerp.org/taxo0514.pdf http://www.nccmerp.org/taxo0514.pdf COMPLICAÇÕES DA VIA IM Infecções locais ou gerais, Abscesso e lesões fibróticas, Infiltração para os tecidos, Reações alérgicas, Embolias. 42 COMPLICAÇÃO DA VIA IM Fasceíte necrotizante por Streptococcus pyogenes. 43 Fonte da imagem: ALVAREZ et al., 2012 VIA INTRAMUSCULAR (IM) Administração do medicamento diretamente no músculo, garantindo uma absorção a longo prazo; O músculo escolhido deve ser bem desenvolvido, de fácil acesso e não conter grandes vasos e nervos superficiais; Soluções - aquosas ou oleosas. 44Fonte da imagem: POTTER, 2009. Região deltoideana; Região dorsoglútea; Região da face ântero-lateral da coxa; Região ventroglútea. 45 LOCAIS DE APLICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR Quadro para seleção de agulhas nas regiões deltoideana, dorsoglútea, vasto lateral da coxa e ventroglútea. 46 FAIXA ETÁRIA ESPESSURA SUBCUTÂNEA SOLUÇÃO AQUOSA SOLUÇÃO OLEOSA OU SUSPENSÃO Adulto Magro Eutrófico Obeso 25x7 30x7 40x7 25X8 30X8 40X8 CANHÃO BISEL HASTE ou CÂNULA CILINDRO ou CORPO ÊMBOLO 40 X 12 CALIBRE COMPRIMENTO SERINGA AGULHA Tamanho X Calibre (da agulha): 47 BICO Acrômio Localização Palpar a extremidade inferior do acrômio e traçar uma linha imaginária na axila. Administrar a medicação na região localizada entre estes dois pontos (3-5cm abaixo do acrômio). REGIÃO DELTOIDEANA Fonte da imagem: Anatomia Topográfica, 2019 REGIÃO DELTOIDEANA Angulação da agulha: 90° bisel para cima/lateralizado. Volume máximo: 1-2 ml (pela pouca massa muscular). Complicações: risco de lesão do nervo radial e artéria umeral. 49 Dor no local; Pequeno volume de massa muscular; Grandes volumes de solução; Substâncias irritantes. 50 CONTRA-INDICAÇÕES REGIÃO DELTOIDEANA Nervo Ciático Traçar uma linha horizontal a partir do início da prega interglútea até a crista ilíaca e, uma linha perpendicular a esta dividindo o glúteo em 4 quadrantes. Aplicar no quadrante superior externo. Quadrante superior externo REGIÃO DORSOGLÚTEA (DG) Fonte da imagem: DepositPhotos, 2019. REGIÃO DORSOGLÚTEA (DG) É uma região de grande massa muscular (Músculo Glúteo máximo, médio e mínimo) Posicionamento: em decúbito ventral com rotação dos pés para dentro; em decúbito lateral, adotar a posição de Sims. Angulação da agulha: 90 com relação ao músculo, bisel lateralizado. Volume máximo: 4ml. Complicação: risco de lesão do nervo ciático (plegia temporária ou permanente do membro). 52 REGIÃO VENTROGLÚTEA (Hochstetter) 53 Colocar a mão esquerda espalmada no quadril direito sobre o trocânter maior do fêmur do paciente e posicionar o dedo indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca. Formará assim um V; no baricentro deste triângulo deverá ser introduzida a agulha. Fonte da imagem: POTTER, 2009. REGIÃO VENTROGLÚTEA (Hochstetter) É uma região de grande massa muscular Posicionamento: decúbito lateral. Angulação da agulha : 90°. Volume máximo: 4 ml. 54 A mais segura, livre de nervos e vasos importantes REGIÃO DA FACE ANTEROLATERAL DA COXA 55 1. Colocar uma mão acima do joelho e a outra logo abaixo do trocânter do fêmur na parte superior da coxa. 2. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com membros inferiores em extensão com a perna fletida. 3. Traçar um retângulo delimitado pela linha média anterior e linha média lateral da coxa e aplicar no terço médio. 1 2 3 Fonte da imagem: TIMBY, 2014. REGIÃO DA FACE ANTERO LATERAL DA COXA (músculo vasto lateral) Angulação da agulha: 90° ou 45. Volume indicado: até 4ml. Complicações: lesão do nervo e/ou artéria femural. 56 • Higienizar as mãos; • Identificar o paciente e orientá-lo sobre o procedimento; 57 TÉCNICA DE APLICAÇÃO PASSOS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DO PACIENTE • Observar as condições da pele (lesões, cicatrizes, tatuagens) e da musculatura do local de aplicação; • Calçar as luvas de procedimento; • Realizar a antissepsia do local de aplicação em movimentos circulares; • Segurar o algodão com o dedo mínimo da mão não dominante; • Retirar a tampa protetora da agulha; 58 TÉCNICA DE APLICAÇÃO • Segurar o músculo com a mão não dominante; • Introduzir a agulha com movimento firme, de acordo com a angulação recomendada; • Soltar o músculo e aspirar para verificar a presença de sangue (lesão de vaso sanguíneo); • Injetar lentamente o medicamento; • Retirar a agulha e pressionar o local com algodão; • Checar a medicação na prescrição médica. 59 TÉCNICA DE APLICAÇÃO Nervo Ciático REGIÃO DORSOGLÚTEA (DG) Fonte da imagem: DepositPhotos, 2019. REGIÃO VENTROGLÚTEA (Hochstetter) 61Fonte da imagem: POTTER, 2009. SUMARIZANDO.... Locais de administração de medicação IM: Região deltoideana Região ventroglútea Região dorsoglútea Região da face anterolateral da coxa Indicações, delimitação do local da administração da medicação, ângulo, volume e complicações. 62 PUNÇÃO VENOSA Colocação de cateter em vaso periférico para acesso a corrente sanguínea veias de maior calibre Finalidades: • Administração de soluções e hemoderivados • Coleta de sangue venoso pra exames 63 Indicação: • Para acessar a rede venosa para administrar fluidos, fármacos e hemoderivados Contraindicações: Membroplégico, parético, com edema acentuado, om fístula arteriovenosa, Membro do lado operado- em pós-operatório recente ou nos quais houve esvaziamento ganglionar, mastectomia 64 PUNÇÃO VENOSA PUNÇÃO VENOSA Veias mais utilizadas: - Dorso da mão - Antebraço - Braço - Região epicraniana – menor 2 anos (veia temporal superficial, frontal, occipital e auricular posterior 65 Cateteres • Agulhados (Scalp ou Butterfly) Constituídos por agulha rígida, com tubo transparente e conector acoplados Recomendação: coleta de exames ou infusão de medicação em dose única e curto espaço de tempo CI-Idosos, crianças ou se tiver fragilidade capilar • Cateteres sobre agulha (Jelco, Saf T Intima, etc) Cateteres flexíveis dispostos sobre uma agulha, a qual é retirada após a punção 66 Cateteres Numeração • É feita de acordo com o calibre em Gauge (G) • Quanto maior a numeração menor o diâmetro do calibre 67 Gauge= fração da libra 1/24 libras = 24 Gauge A escolha depende do tamanho do vaso Cateteres mais calibrosos para situações de emergência Infundir maior quantidade mais rápido Técnica Material Necessário: • - 01 Par de luvas de procedimento, 02 álcool Swab, micropore (20cm), 01 tesoura, 01 garrote, 01 cateter venoso periférico, -- 01 conexão de 2 vias e 01 bandeja. • Pré - Execução: - Observar prescrição médica; - Preparar o material; - Lavar as mãos. 68 Técnica Execução: - Identificar-se; - Checar o nome e o leito do cliente; - Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; - Observar rede venosa periférica, selecionando o melhor acesso; - Escolher cateter venoso mais adequado e cortar o micropore; - Calçar as luvas; 69 Técnica Execução: - Colocar o garrote; - Proceder a antissepsia do local à ser puncionado em um único sentido; - Segurar o membro à ser puncionado com a mão não dominante, mantendo tração da pele (figura 1); - Com a mão dominante, proceder a introdução do cateter venoso, com bisel da agulha para cima, numa angulação de 15 a 30 graus, de 1 a 2cm abaixo do ponto onde a agulha penetra a veia(figura 1); 70 Técnica Execução: - Mantendo a pele tracionada, introduzir a agulha na veia lentamente; - Após a introdução completa do cateter, retirar o garrote, retirar o fio guia (ser for um cateter de caráter flexível- figura 2),conectar a extensão (polifix ou torneirinha), testar com uma seringa com agua destilada ou soro fisiológico, para depois administrar o que estiver prescrito (figura 3); 71 Técnica Execução: - Fixar o cateter com micropore ou adesivo próprio para a técnica e datá-lo (figura 4); - Limpar o local da punção, se necessário; - Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance; - Deixar o ambiente em ordem. 72 Técnica Pós - Execução: - Desprezar o material utilizado no expurgo; - Lavar as mãos; - Realizar as anotações necessárias. 73 Técnica Avaliação: - Avaliar integridade da pele; - Avaliar o posicionamento adequado do cateter; - Avaliar permeabilidade da veia; - Avaliar se há hiperemia, dor e edema; - Avaliar a fixação adequada. 74 Figura 1 75 76 FIGURA 2 77 FIGURA 3 FIGURA 4-Fixação 78 VIA ENDOVENOSA COMPLICAÇÕES • Choque anafilático • Embolia gasosa • Flebite 79 • Tromboflebite • Esclerose da veia • Hematomas • Infiltrações • Abscesso FLEBITE • Classificação dos tipos: • Mecânica: ocorre quando o movimento da cânula no interior da veia causa fricção e uma subsequente inflamação da mesma, ocorrendo também quando o tamanho da cânula é muito grande para a veia selecionada; • Química: causada pelo tipo de droga ou fluido infundido através do cateter, e fatores como pH e osmolaridade das substâncias têm um efeito significativo na incidência de flebite; • Bacteriana: ocorre pela entrada de bactéria no interior da veia, começando como uma resposta inflamatória pela inserção do cateter, com posterior colonização por bactérias no local; a flebite bacteriana pode gerar significativas complicações para o paciente devido ao seu potencial de desenvolvimento de sepse sistêmica(7). • Pós-infusão: manifesta-se em 48 a 96 horas após a retirada do cateter. A sua ocorrência está relacionada especialmente, ao material do dispositivo e ao tempo de permanência do mesmo(8). • Estudos de incidência de flebite publicados trazem resultados com uma grande amplitude de variação, de 61,2% a 1,3%. • A taxa aceitável em uma dada população de pacientes deve ser de, no máximo, 5%. Classificação dos graus • Grau O: sem sintomas • Grau 1: eritema ao redor do sítio de punção com ou sem dor local; • Grau 2: dor no sítio de punção com eritema e/ou edema e endurecimento; • Grau 3: dor no sítio de punção com eritema, endurecimento e formação de cordão venoso palpável; • Grau 4: dor no sítio de punção com eritema, endurecimento e formação de cordão venoso palpável > 1 cm com drenagem purulenta. CONDUTAS QUE CONTRIBUEM PARA REDUZIR A FLEBITE • Higienização das mãos do profissional • Higienização da pele do pacientes • Antissepsia da pele do paciente • Local de escolha • Calibre do cateter • Cobertura de filme transparente para visualizar sítio de punção e a área ao redor • Antissepsia do conector • Diluição adequada dos medicamentos • Não ferir os princípios da técnica asséptica REFERÊNCIAS • Cruz, A. P. CURSO DIDÁTICO DE ENFERMAGEM 2º Edição Vol. 01 Yendis Editora 2006 . • Figueiredo.N.M.A; Viana.D.L; Machado.W.A.C. TRATADO PRATICO DE ENFERMAGEM 2°Edição Vol 02 Yendes 2008. • Práxis. SEMIOLOGIA BASES PARA A PRATICA ASSISTENCIAL 4°Edição. LAB 85 REFERÊNCIAS • Bergamasco EC et al. Habilidades Clínicas em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.p.278-295. • Forbes. D.F; Jackson.W.F. CLINICA MEDICA 2°Edição. Manole LTDA • NETTINA S.M. PRÁTICA DE ENFERMAGEM - 8ª 86 REFERÊNCIAS Cruz, A. P. Curso didático de enfermagem. 2 ed. v.1. São Caetano do Sul: Yendis, 2006. Figueiredo, N. M. A.; Viana, .D.L; Machado, W.A.C. Tratado prático de enfermagem. 2 ed. São Caetano do Sul: Yendis, 2008. Horta, W. A. Processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. p.28-39. 87 Potter, P.A.; Perry, A.G. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p.750-3. Silva, M. T.; Silva, S. R. L. P. T. Cálculo e administração de medicamentos. 3 ed. São Paulo: Martinari, 2011. p. 81-6. Timby, B. K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. p. 770-4. 88 REFERÊNCIAS Chagas C.A.A., Leite T.F.O ;Peres L.A.S. Post-injection embolia cutis medicamentosa – Nicolau Syndrome: case report and literature review. J Vasc Bras. 2016; 15 (1): 70-73. Diponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677- 54492016000100070. Acesso em: 17 de abr. 2019. Alvarez, G. S.; Siqueira, E. J.; Oliveira, M. P.; Martins, P. D. E. Fasceíte necrotizante após aplicação de injeção intramuscular. Rev Bras Cir Plást. 2012; 27(4):651-4. Disponível em: http://www.rbcp.org.br/details/1251/fasceite-necrotizante- apos-aplicacao-de-injecao-intramuscular. Acesso em: 17 de abr. 2019. 89 LEITURA COMPLEMENTAR
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