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Hipertensão @ENFEMEIRANARA ELEBORADO POR: NARAYANA GAMA Arterial Sistêmica Hipertensão arterial @ENFEMEIRANARA Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito (DM).1 e para o interior da bexiga. Hipertensão Arterial Pressão arterial: Medica de tensão exercicda pelo sangue nos vasos durante a sístole e diástole ventricular. Fatores de risco para HAS: IDADE EXCESSO DE PESO E OBESIDADE INGESTÃO DE SAL SEXO E ETNIA INGESTÃO DE ÁLCOOL SEDENTARISMO FATORES SOCIOECONÔMICOS GENÉTICA Importante!!! Não há evidencias de que a cessão do tabagismo traga benefícios para controle da PA,. Porém, é prevenção primaria pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Nos negros, a prevalência e a gravidade da HAS são elevadas, podem estar relacionada a fatores étnicos e ou socioecômicos. Conceito Débito cardíaco (DC) é a quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto. Os fatores que influenciam o débito cardíaco são a frequência cardíaca (FC) e o volume sistólico (VS). Quanto maior for qualquer uma dessas variáveis, maior será o DC. Volume sistólico é a quantidade de sangue que será bombeado pelo coração em uma contração. De acordo com a SBH, quando o volume de sangue a ser ejetado aumenta, os rins não funcionam normalmente, o coração se contrai insuficientemente, a frequência cardíaca aumenta, isto é, o coração bate mais vezes por minuto, para ejetar determinado volume de sangue ou quando a resistência das artérias para a passagem do sangue estiver aumentada, a pressão arterial se eleva. Hipertensão arterial @ENFEMEIRANARA Conforme o caderno de atenção básica (CAB) N° 37 sobre a HAS, o diagnostico dessa patologia é caracterizada pela média aritmética da PA ≥ 140 e/ou 90 mmHg., verificada em, pelo menos, 3 dias diferentes, com intervalo minimo de uma semana. A 7° Diretriz Brasileira de HAS a define como a elevação sustentada da PA ≥ 140 e/ou 90 mmHg (SBC,2016). Vale ressaltar, entretanto, que a diretriz de prevenção, detecção, avaliação e gestão de hipertensão arterial em adultos redefiniu o conceito de HAS para o valor a partir de 130 e/ ou 80 mmHg (AHA,2017) Diagnóstico e Classificação Rastreamento da HAS Classificação da PA - Maior de 18 anos (SBC,2016) Classificação da PA - até 18 anos (SBC,2016) Normal Pré - hipertenso (PH) Hipertensão estágio 1 Hipertensão estágio 2 Percentil para PAS e PAD Frequência de medida da pressão arterial Pa < percentil 90 reavaliar na próxima consulta médica agendada PH quando a PAS/ PAD ≥ p 90, < p 95 e PA ≥ 120/80 mmHg; e p< 95 em adolescentes Percentil 95 e 99 mais 5 mmHg paciente assintomático: reavaliar em 1 a 2 semanas - se hipertensão confirmada, encaminhar paciente sintomático para avaliação diagnostica. PA > percentil 99 mais 5 mmHg considerar encaminhamento à atenção especializada Classificação Hipertensão arterial @ENFEMEIRANARA Mesmo assim, para ter certeza de que ela está se crescendo dentro do esperado, é necessário comparar o peso e a altura dela com tabelas baseadas em amostras populacionais. Tanto o peso quanto a altura, em geral, são calculados em percentil – isto é, uma escala que varia de 0 a 100. Se uma menina tem o peso no percentil 60, por exemplo, isso significa que 60% de todas as meninas da mesma idade pesam menos do que ela, enquanto 40% pesam mais. Ou seja, o percentil 60 não é melhor que o 40, nem o 90 é melhor que o 10. Todos são apenas estatísticas – que, vale lembrar, variam de acordo com a idade e o sexo da criança. Diagnóstico e Classificação O que é percentil?? Classificação da PA - maior de 18 anos (AHA,2017) Normal Elevada Hipertensão estágio 1 Hipertensão estágio 2 PAS (mmHg) PAD (mmHg) < 120 < 80e 120- 129 e < 80 130 - 139 e / ou ≥ 140 80 - 89 ≥ 90e / ou Comparação das duas classificações - SBC - AHA Normal Pré - hipertenso / Elevada Hipertensão estágio 1 Hipertensão estágio 2 7° Diretriz Brasileira de HAS Diretriz de prevenção, detecção, avaliação e gestao de HAS PA ≤ 120 e 80 mmHg Pa > 120 e 80 mmHg PA entre 121 - 139 e 81 - 89 mmHg PA entre 140- 159 e 90- 99 mmHg PA ≥ 180 e/ ou 110 mmHg PA entre 120 - 129 e < 80 mmHg PA entre 130 - 139 e 80 - 89 mmHg Não existe Classificação Classificação Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA Seguimento da HAS Seguimento da HAS O Ministério da Saúde (CAB nº 37 - HAS) menciona outra classificação de rastreamento e diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica na Atenção Básica, conforme o esquema ao lado: Rastreamento da PA - caderno de atenção básica 37 a cada 2 anos a cada ano em mais dois momentos em um intervalo de uma a duas semanas se a PA < 120/80 mmHg se a PA entre 120- 139/80-89 mmHg nas pessoas sem outros fatores de risco para doença cardiovascular (DCV) se a PA ≥ A 140/90 mmHg ou entre 120-139/80- 89 mmHg na presença de outros fatores de risco para DCV. a cada 2 anos Rastreamento da PA - AHA para adultos com PA ≤ 120/80 mmHg Rastreamento da PA -SBC (7ª Diretriz de HAS; SBC, 2016) anualmente para aqueles com a PA > 120/80 e < 140/90 mmHg Fonte imagem:Romulo Passos.2018 Hipertensão arterial @ENFEMEIRANARA A avaliação inicial de um paciente com hipertensão arterial sistêmica (HAS) inclui a confirmação do diagnóstico, a suspeição e a identificação de causa secundária, além da avaliação do risco CV. As lesões de órgão-alvo (LOA) e doenças associadas também devem ser investigadas. Fazem parte dessa avaliação a medição da PA no consultório e/ou fora dele, utilizando-se técnica adequada e equipamentos validados, história médica (pessoal e familiar), exame físico e investigação clínica e laboratorial. Diagnóstico Diagnóstico e Classificação No consultório A PA deve ser medida em toda avaliação por médicos de qualquer especialidade e demais profissionais da saúde devidamente capacitados. Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a cada dois anos para os adultos com PA ≤ 120/80 mmHg, e anualmente para aqueles com PA > 120/80 mmHg e < 140/90 mmHg.1 Preparo do paciente: 1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. 2. Certificar-se de que o paciente NÃO: - Está com a bexiga cheia; - Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; - Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; - Fumou nos 30 minutos anteriores. Preparo do paciente: 3. Posicionamento: - O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; - O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. 4. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada. Aferição da PA Aferição da PA Hipertensão arterial @ENFEMEIRANARA Etapas para a realização da medição 1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano; 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço (ver Quadro 3); 3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial*; Diagnóstico e Classificação Aferição da PA 6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva*; 7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação*; 8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo)*; 9. Determinara PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação*; 10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff)*; 11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa*; 12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero*; 13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas; 14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência; 15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e 16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. Aferição da PA Hipertensão arterial @ENFEMEIRANARA A PA fora do consultório pode ser obtida através da medição residencial da pressão arterial (MRPA), com protocolo específico, ou da MAPA de 24 horas. As medições da PA fora do consultório devem ser estimuladas, podendo ser realizadas por equipamento semi-automático do próprio paciente ou dos serviços de saúde. As principais vantagens da medição da PA fora do consultório são: • Maior número de medidas obtidas. • Refletem as atividades usuais dos examinandos. • Abolição ou sensível redução do efeito de avental branco (EAB). • Maior engajamento dos pacientes com o diagnóstico e o seguimento Diagnóstico e Classificação Medição da PA fora do consultório A MAPA e a MRPA são os métodos habitualmente utilizados para realizar as medições fora do consultório. Ambas fornecem informações semelhantes da PA, porém só a MAPA avalia a PA durante o sono. Ambas, entretanto, estimam o risco CV, devendo ser consideradas aplicáveis para a avaliação da PA fora do consultório, respeitando-se as suas indicações e limitações. Valores de referência para a definição de HAS utilizando-se as medidas de consultório, MAPA e MRPA, Por serem métodos diferentes de avaliação, valores particularizados serão considerados para a definição de anormalidade. As indicações para medidas fora do consultório, utilizando-se MAPA e MRPA Monitorização da pressão arterial sistêmica Automedida da PA ( AMPA) realizada por pacientes ou familiares, não profissionais de saúde, fora do consultorio, geralmente no domicílio. Monitorização residencial da PA ( MRPA) obtêm-se 3 medidas pela manhã e 3 à noite por 5 dias, ou 2 medidas em cada sessão, durante 7 dias; Monitorização ambulatorial da PA de 24 horas (MAPA) permite o registro indireto e intermitente da PA em 24 horas ou mais, durante os periodos de vigilia e sono. A realização da MRPA e/ ou MAPA é útil para confirmar a HAS, especialmente na suspeita de Efeito Avental Branco (EAB), Hipertensão do Avental Branco (HAB) e Hipertensão Mascarada. (HM). EAB= É a diferença da pressão entre as medidas obtidas no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD. HBA- é a situação clinica caracterizada por valores anormais da PA no consultório, porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA. HM= é caracterizada por valores normais da PA no consultório, porém com PA elevada pelo MAPA ou medidas residenciais. Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) A MRPA é o registro da PA, que pode ser realizado obtendo-se três medidas pela manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar, durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão, durante sete dias, realizada pelo paciente ou por outra pessoa capacitada, durante a vigília, no domicílio ou no trabalho, com equipamentos validados. Sua maior utilização pode superar muitas limitações da tradicional medida da PA no consultório, é mais barata e mais fácil de executar do que a MAPA, embora com limitações, como, por exemplo, a não avaliação da PA durante o período de sono. Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é o método por meio do qual se registra, indireta e intermitentemente, a pressão arterial durante 24 horas ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais durante os períodos de vigília e de sono. A MAPA deve fazer parte do fluxograma para diagnóstico da hipertensão arterial. Uma de suas características mais específicas é a possibilidade de identificar as alterações do ciclo circadiano da PA, sobretudo as alterações durante o sono, que têm implicações prognósticas consideráveis De acordo com a SBC, devem ser prestadas as seguintes orientações aos pacientes, durante a utilização da MAPA: • Explicar detalhadamente como será o exame e recomendar que as atividades habituais sejam feitas durante o período em que ele estará sendo realizado; • Recomendar o seguimento da orientação médica quanto ao uso das medicações; • Orientar para que não sejam realizados exercícios físicos durante a execução do exame • Vestir camisa de manga larga para não limitar o movimento dos braços; as mulheres devem evitar o uso de vestido; • Seguir a orientação do médico-assistente sobre a(s) medicação(ões) de uso crônico; • Evitar a execução de exercício físico nas 24 horas que precedem o exame em pacientes que não o pratiquem regularmente; • Tomar banho antes do exame, pois não será permitido fazê-lo durante o procedimento; • Informar que o monitor será fixado na cintura por meio de um cinto. Portanto, durante a realização da MAPA, o paciente monitorado não deve fazer exercícios físicos, mas as caminhadas do cotidiano. Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA A maioria dos indivíduos com hipertensão tem uma elevação persistente da pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária tem causa definida, que é potencialmente tratável e/ou curável e acomete menos de 3% dos hipertensos. A avaliação correta desses pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti- hipertensivos. Por conseguinte, a hipertensão arterial secundária é aquela com causa bem definida, como a endócrina acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, hiperaldosteronismo primário, síndrome de Cushing, hiperplasia adrenal, feocromocitoma e uso de hormônios exógenos). hipertensão essencial - sem causa definida , provocada pela desregulação do mecanismo de controle homeostásico da pressão Hipertenção secundária - provocada por causa bem definida, a exemplo da doença feocromocitoma. Crise hipertensiva Urgência hipertensiva há elevação critica da PA com quadro clínico grave, progressiva lesão de órgão alvo e risco de morte; Exige imediata redução da PA com agentes aplicados por via parenteral. O medicamento utilizado é o Nitroprussiato de sódio (Nipride). Segundo AHA, a emergencia hipertensiva é a elevação da PA > 180/120 mmHg, associada a lesão de orgão alvo. PAD ≥ 120 mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento de orgão alvo; Tratada com medicamentos por via oral para redução da PA em 24 a 18 horas. Medicamento utilizado é o capitopril ( VIA ORAL). Emergência hipertensiva EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA- O "E"VEM PRIMEIRO ENTÃO É O QUE NECESSITA DE CUIDADO PRIMEIRO. A PA ELEVADA, COM LESÃO DE ÓRGÃO ALVO, MEDICAMENTO PARENTERAL, REQUER REDUÇÃO IMEDIATA URGÊNCIA HIPERTENSIVA- PA ELEVADA, SEM LESÃO DE ÓRGÃO ALVO, MEDICAÇÃO ORAL, NECESSITA DE REDUÇÃO EM 24 A 48H . DICAS QUE SALVA !!!! Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA O escore de Framinghan mede o risco de uma pessoa apresentar angina, infarto do miocárdio ou morrer de doença cardíaca em dez anos. O risco é considerado baixo quando o escore é inferior a 10%;intermediário, entre 10 e 20%; e alto; quando é superior a 20%. Nesse escore, são avaliados os fatores: idade, colesterol total e HDL, pressão arterial, diabetes e tabagismo Estratificação de risco para Doença cardiovascular (DCV) na primeira, são coletadas informações sobre os fatores de risco prévios; na segunda, avaliam-se a idade, os exames de LDLc, HDLc, a PA e o tabagismo; e na terceira, é estabelecida uma pontuação, a partir da qual se obtém o risco percentual de evento cardiovascular de dez anos para homens e mulheres. Em síntese, o processo de estratificação passa por três etapas: Conforme o caderno de atenção básica n° 37 - Fatores de risco para DCV TABAGISMO HIPERTENSÃO OBESIDADE SEDENTARISMO SEXO MASCULINO HISTÓRICO FAMILIAR DE EVENTOS CARDIOVASCULAR PREMATURO (Homens < 55 anos e mulheres > 65 anos) idade > 65 anos Baixo risco/ intermediário Baixo risco/ intermediário ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ( AVE) PRÉVIO; INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ( IAM) PRÉVIO LESÃO PERIFÉRICA - LESÃO DE ÓRGÃO ALVO - (LOA) ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO (AIT) HIPERTROFIA DE VENTRÍCULO ESQUERDO (HVE) NEFROPATIA RETINOPATIA ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL ESTENOSE DE CARÓTIDA SINTOMÁTICA DIABETES MELITOS Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA O escore de Framinghan é uma ferramenta útil e fácil de ser aplicada no cotidiano. Ele classifica os indivíduos por meio da pontuação, nos seguintes graus de risco cardiovascular, e auxilia a definir conduta.. BAIXO,INTERMEDIÁRIO E ALTO. Escore de Framinghan Baixo risco Baixo risco – quando houver menos de 10% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser anual, depois que eles forem orientados sobre estilo de vida saudável; Risco intermediário Risco intermediário – quando houver 10% – 20% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser semestral, depois que eles receberem orientações sobre estilo de vida saudável. Se houver disponibilidade na UBS ou comunidade e o interesse da pessoa, pode ser encaminhada para ações coletivas de educação em saúde; Alto risco Alto risco – quando houver mais de 20% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em dez anos ou a presença de lesão de órgão-alvo, como IAM, AVC/AIT, hipertrofia ventricular esquerda, retinopatia e nefropatia. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe de alto risco poderá ser trimestral, depois que eles recebem orientações sobre estilo de vida saudável. Se houver disponibilidade na UBS ou comunidade e o interesse da pessoa, pode ser encaminhada para ações coletivas de educação em saúde. Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA Fonte :Romulo Passos.2018 Escore de Framinghan - esquema Na consulta de enfermagem, para a estratificação de risco cardiovascular, recomenda-se a utilização do escore de Framingham. O objetivo da estratificação é de estimar o risco de cada indivíduo sofrer uma doença arterial coronariana nos próximos dez anos. Essa estimativa se baseia na presença de múltiplos fatores de risco, como sexo, idade, níveis pressóricos, tabagismo, níveis de HDLc e LDLc. A partir da estratificação de risco, selecionam-se indivíduos com mais probabilidade de ter complicações e que se beneficiarão de intervenções mais intensas. Depois de identificar os fatores de risco, se o usuário só apresentar um fator de risco baixo/intermediário, não será preciso calcular o escore, pois ele é considerado como baixo RCV. Se apresentar, ao menos, um fator de alto RCV, também não é necessário calcular o escore, pois esse paciente já é considerado como de alto RCV. O cálculo será realizado quando o usuário apresentar mais de um fator de risco baixo/intermediário. Classificação Baixo risco Risco intermediário Alto risco Risco de evento cardiovascular maior < 10% 10 - 20 % > 20 % Seguimento dos indivíduos PA limítrofe Anual após orienta-los sobre estilo de vida saudável Semestral após orientações sobre estilo de vida saudável Trimestral após orientações sobre estilo de vida saudável Fonte :Romulo Passos.2018 Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA Rotina complementar mínima para pessoa com HAS O atendimento inicial e o acompanhamento da pessoa com diagnóstico de HAS requerem um apoio diagnóstico mínimo. Sugere- se que esses exames sejam feitos anualmente, no entanto, o profissional deverá estar atento ao acompanhamento individual de cada paciente, considerando sempre o risco cardiovascular, as metas de cuidado e as complicações existentes. A periodicidade dos seguintes exames é anualmente. ELETROCARDIOGRAMA DOSAGEM DE GLICOSE DOSAGEM DE COLESTEROL TOTAL DOSAGEM DE COLESTEROL HDL DOSAGEM DE TRIGLICERÍDIOS CALCULO DE LDL - COLESTEROL TOTAL - HDL- COLESTEROL- (TRIGLICERÍDEOS/5) DOSAGEM DE CREATININA ANALISE DE CARACTERES FÍSICOS, ELEMENTOS E SEDIMENTO NA URINA (URINA TIPO 1) DOSAGEM DE POTÁSSIO FUNDOSCOPIA. Tratamento medicamentoso da HAS Estágio 1 + RCV baixo e moderado TERAPIA MEDICAMENTOSA ( DIURÉTICOS, INIBIDORES DE ECA, BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO) SE NÃO ATINGIU METAS OU EFEITOS COLATERAIS INTOLERÁVEIS: INDICAR O AUMENTO DA DOSE ASSOCIAR A 2 °- TROCAR A MEDICAÇÃO. AINDA NÃO ATINGIU A META: ACRESCENTAR OUTROS ANTI- HIPERTENSIVOS MONOTERAPIA: BLOQUEADORES RECEPTORES AT1 DA ANGIOTENSINA 2, BLOQUEADORES ADRENÉRGICOS + Estágio 1 + RCV Alto estágio 2 e 3 TERAPIA MEDICAMENTOSA ( DIURÉTICOS, INIBIDORES DE ECA, BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO) SE NÃO ATINGIU METAS OU EFEITOS COLATERAIS INTOLERÁVEIS: - INDICAR O AUMENTO DA DOSE- ASSOCIAR A 3 °- TROCAR A COMBINAÇÃO AINDA NÃO ATINGIU A META: - ACRESCENTAR OUTROS ANTI- HIPERTENSIVOS COMBINAÇÕES - DOIS FÁRMACOS DE CLASSES DIFERENTES EM DOSES BAIXAS + Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA Metas a serem atingidas em conformidade com as caracteristicas individuais Categoria Metas recomendada Hipertensos estágio 1 e 2, risco RCV baixo e moderado e HAS estágio 3 Hipertensos estágio 1 e 2, risco RCV alto < 140/90 mmHg < 130/80 mmHg PARA PACIENTES COM DOENÇAS CORONARIANAS, PA NÃO DEVE FICAR < 120/70 mmHg, PARTICULARMENTE COM A DIASTÓLICA MENOR QUE 60 mmHg PELO RISCO DE HIPOPERFUSÃO CORONARIANA, LESÃO MIOCÁRDICA E EVENTOS CARDIOVASCULARES. Anti- hipertensivos disponiveis: DIU - DIURÉTICO - GRAU DE RECOMENDAÇÃO - PREFERENCIA AOS DIU TIAZÍDICOS OU SIMILARES ( CLORTALIDONA, HIDROCLOROTIAZIDA E INDAPRAMIDA) EM DOSES BAIXAS, POIS SÃO MAIS SUÁVEIS E COM BAIXO TEMPO DE AÇÃO; DIU DE ALÇA ( FUROISEMIDA E BUMETANIDA) AOS CASOS DE INSUFICIÊNCIA RENAL -IR ( CREATININA > 20 mg/dl OU RITMO DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR - RFG CALCULADO < 30ml/min/1.73 m2) E SITUAÇÕES DE EDEMA ( INSUFICIÊNCIA CARDÍACA- IC OU IR) POUPADORES DE POTÁSSIO ( ESPIROLACTONA E AMILORIDA) SÃO HABITUALMENTE UTILIZADOS EM ASSOCIAÇÃO COM OS TIAZIDICOS OU DIU DE ALÇA. Diuréticos OS EFEITOS BEM DEFINIDOS DESSA CLASSE SÃO: DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE SIMPÁTICA E DO REFLEXO DOS BARORRECEPTORES, O QUE CONTRIBUI PARA A BRADICARDIA RELATIVA E A HIPOTENSÃO NOTADA EM ORTOSTATISMO; DISCRETA REDUÇÃO NA RVP E NO DECÚBITO CARDÍACO; REDUÇÃO NOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE RENINA E RETENSÃO DE FLUIDOS. SÃO REPRESENTANTES DESSE GRUPO: METILDOPA, CLONIDINA, GUANABENZO E OS INIBIDORES DOS RECEPTORES IMIDAZOÓLICOS (MOXONIDINA E RILMENIDINA). Ação central - agonistas alfa -2 adrenérgicos centrais Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA Anti- hipertensivos disponiveis: Vasodilatadores diretos OS MEDICAMENTOS QUE REPRESENTAM ESSA CLASSE SÃO HIDRALAZINA E MINOXIDIL. ATUAM DIRETAMENTE, RELAXAM A MUSCULATURA LISA ARTERIAL E DIMINUEM A RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA. Inibidores adrenérgicos Bloqueadores de canais de cálcio (BCC) OS BCC AGEM PRIMORDIALMENTE PROPORCIONANDO BAIXA DA RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA COM CONSEQUÊNCIAS DA REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE CÁLCIO NO INTERIOR DAS CÉLULAS MUSCULARES LISA DAS ARTERÍOLAS. OS BCC DI- IODROPIRIDÍNICOS ( ANLOPINO, NIFIDIPINO, FELODIPINO, NITRENDIPINO, ETC.) APRESENTAM EFEITO VASODILATADOR PRIMORDIALMENTE, COM REDUÇÃODA INTERFERÊNCIA NA FC E NA FUNÇÃO SISTÓLICA. OS NÃO DI- IDROPIRIDÍNICOS, COMO AS FENILALQUILÂMINAS (VERAPAMIL) E AS BENZOTIAZEPINAS (DILTIAZEM) TÊM MENOR EFEITO VASODILATADOR E PODEM SER BRADICARDIZANTES E ANTIARRÍTMICOS, OQUE RESTRINGE SEU USO A ALGUNS CASOS ESPECÍFICOS. Bloqueadores Beta- adrenérgicos (BB) DIMINUEM INICIALMENTE A DC E A SECREÇÃO DA RENINA. OS BARORRECEPTORES SÃO READAPTADOS, E AS CATECOLAMINAS NAS SINAPSES NERVOSAS DIMINUEM. OS FÁRMACOS DE 3° GERAÇÃO( CARVEDILOL, NEBIVOLOL) ALÉM DAS AÇÕES ANTETIORES- APRESENTAM EFEITO VASODILATADOR. Alfabloqueadores - bloqueadores - afa-1 adrenérgicos AGEM COMO ANTAGONISTA COMPETITIVO DA ALFA-1-RECEPTORES PÓS- SIMPÁTICOS E REDUZEM A RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA SEM MUITAS MUDANÇAS NO DC. SÃO REPRESENTANTES DESSA CLASSE A DOXAZOSINA, A PRAZOSINA E A TERAZOSINA. O EFEITO HIPOTENSOR EÉ DISCRETO COMO MONOTERAPIA, E A PREFERENCIA É PELO USO ASSOCIADO. Inibidorres da Enzima conversora de angiotensiona (IECA) SÃO ANTI-HIPERTENSIVOS EFICAZES, QUE TEM COMO AÇÃO PRINCIPAL A INIBIÇÃO DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA 1, QUE IMPEDE A TRANSFORMAÇÃO DA ANGIOTENSINA 1 EM ANGIOTENSINA 2. O PRINCIPAL EFEITO ADVERSO É A TOSSE SECA. Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina 2 (BRA) OS BRA ANTAGONIZAM A AÇÃO DA ANGIOTENSINA 2 POR MEIO DO BLOQUEIO ESPECIFICO DOS RECEPTORES ANT1, RESPONSÁVEIS PELAS AÇÕES VASOCONSTRITORAS, PROLIFERATIVAS E ESTIMULADORAS DA LIBERAÇÃO DA ALDOSTERONA, PRÓPRIAS DA ANGIOTENSINA 2.EX: LOSARTANA POTÁSSICA. Inibidor direto da renina O ALISQUIRENO, ÚNICO REPRESENTANTE DA CLASSE DISPONÍVEL PARA USO CLINICO, PROMOVE A INIBIÇÃO DIRETA DA RENINA COM CONSEQUENTE REDUÇÃO DA FORMAÇÃO DE ANGIOTENSINA 2. Hipertensão arterial@ENFEMEIRANARA Principios gerais no tratamento medicamentoso TER DEMONSTRADO A CAPACIDADE DE REDUZIR A MORBIMORTALIDADE CV SER EFICAZ POR VIA ORAL SER BEM TOLERADO PODER SER USADO EM MENOR NÚMERO DE TOMADAS POR DIA SER INICIADO COM AS MELHORES DOSES EFETIVAS PODER SER USADO EM ASSOCIAÇÃO SER UTILIZADO POR UM PERÍODO MÍNIMO DE QUATRO SEMANAS, ANTES DE MODIFICAÇÕES, SALVO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS TER CONTROLE DE QUALIDADE EM SUA PRODUÇÃO. Modificações de estilo de vida para manejo de HAS CONTROLE DE PESO- 20-30% REDUÇÃO DA PA PARA CADA 5% DE PERDA PONDERAL -MANTER IMC > 25 KG/M2 ATÉ 65 ANOS PADRÃO ALIMENTAR - REDUÇÃO DE 6.7/3.5 mmHg - ADOTAR A DIETA RESTRIÇÃO DO CONSUMO DE SÓDIO - REDUÇÃO DE 2 A 7 mmHGg NAS PAS E DE 1 A 3 mmHG NA PAD COM REDUÇÃO PROGRESSIVA DE 2.4 A 1.,5 g SÓDIO/DIA. - RESTRINGIR O CONSUMO DE ÓDIO DIÁRIO PARA 2.0g, ou SEJA,5 g DE CLORETO DE SÓDIO. MODERAÇÃO NO CONSUMO DE ÁLCOOL- REDUÇÃO DE 3.31/2.04 mmHg com redução de 3-6 de 1-2 dose /dia - limitar o consumo diario de alcool a uma dose. Referências bibliográficas: P. S. RÔMULO, et al. Livro: Manual de enfermagem para concursos e residencias: Atenção hospitalar. João Pessoa, PB: Editora Brasileiro & Passos, 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. HINKLE, J.L; CHEEVER, K.H. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. MALACHIAS, M. V. B. et al. 7ª Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Arq Bras Cardiol, v. 107, n. 3, p. 1-103, 2016. Disponível em: WHELTON, P. K. et al. Guideline for the Prevention, Detection, Evaluation, and Management of High Blood Pressure in Adults: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Journal of the American College of Cardiology, 2017. <http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf>. Acesso em: 10 set. 2017 Resumo ilustrado hipertensão arterial É PROIBIDA A VENDA OU REPASSE DESTE PRODUTO. Segundo a Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, a Lei de Direitos Autorais. PRODUTO ELABORADO POR: NARAYANA GAMA. @enfermeiranara
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