Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1) Considere que o Estado fixou um adicional sobre o IPVA (Imposto sobre a 
Propriedade de Veículos Automotores) de sua população e, para intui-lo, usou o 
critério que seria aplicável a todos os veículos que estivessem sem os itens 
obrigatórios de segurança. Tício recebeu a notificação da cobrança adicional por 
meio de auto de infração, mas não apresentou defesa, junto ao órgão administrativo. 
Passados cinco meses, recebeu o mandado de citação de uma Execução Fiscal em 
razão do não pagamento do tributo adicional. 
Analise o enunciado e responda: 
 
RESPOSTAS: 
 
 
 
a) O adicional pode ser instituído pelo Estado? 
 
O Estado não pode instituir adicional, pois é incompatível com o artigo 3º do 
CTN. O artigo expressa de maneira clara que tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória que não constitui sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
Somente a União tem competência conforme o artigo 154, I da Constituição Federal/88, 
para estabelecer um novo tributo e não como apresenta o caso. 
 
 
 
b) Tício possui alguma defesa cabível nessa Execução? 
 
Sim, sendo cabível a defesa por meio de execução de pré-executividade que 
está prevista na súmula 393 do STJ que diz que: “a exceção de pré-executividade é 
admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não 
demandem dilação probatória”. Não há necessidade de dilação probatória, devido Tício 
ter documentos necessários para que seu direito seja reconhecido de ofício, conforme a 
súmula 393 do STJ. 
 
 
 
 
 
 
 
2) Mévio viajou com sua família para o exterior em 2018 e, no retorno, decidiu 
importar peças para seu veículo, pois como seu automóvel era de procedência 
daquele país, entendeu que ficaria mais barato para possíveis reparos ou 
substituições. Nesse sentido, entenda que Mévio irá utilizar as peças em seu veículo, 
ou seja, é consumidor final dos produtos. 
Atenção: observe o posicionamento dos Tribunais. 
 
RESPOSTAS: 
 
 
a) Qual imposto será cobrado para a importação? 
 
Será cobrado o imposto de IPI na importação de pessoa física pois é 
irrelevante o destino final, para indicar a existência do tributo. 
O artigo 51, inciso I do CTN, o contribuinte do IPI é o importador de produto 
industrializado devido a importação. Desse modo fundamentado pelo STF, com 
repercussão geral (RE 723.651), que decidiu existência da cobrança do IPI, na 
importação, tendo o destino o consumidor final. O STF, entende que o IPI na importação 
de produto industrializado, com destino a uso próprio de consumidor final, pessoa física 
ou jurídica, mesmo que não desempenhe atividade empresarial. 
 
 
 
b) Há algum outro imposto que seja devido? 
 
Sim. Nos termos do artigo 149, §2º, II, e §4º da Constituição Federal/88 e os 
artigos 19 a 22 do CTN é devido o imposto de importação. É da competência da União, 
presumir o imposto sobre a importação, visto que tem como fato gerador a entrada de 
produtos no território nacional. Também será devido o imposto de ICMS, conforme artigo 
155, §2º, IX, a, CF/88, pois incide ICMS, devido entrada de mercadoria importada do 
exterior por pessoa física, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto. Destaca-
se que existe referência do STF com repercussão geral (RE 439.796) e súmula vinculante 
48, que já decidiu pela existência da cobrança do ICMS, nas ações de importações 
realizadas por pessoas que não são comerciantes.

Mais conteúdos dessa disciplina