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Vídeos 1 a 8 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Formas de Administração Pública (Patrimonialista, Burocrática E Gerencial) O Brasil passou por três tentativas de reformas administrativas, tais reformas caracterizam as chamadas formas de Administração. Pública, classificadas em: a) Patrimonialista: o termo patrimonialismo significa a incapacidade ou a relutância do príncipe em distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados (são interdependentes). O aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas ou sinecuras (empregos rendosos que exigem pouco ou nenhum trabalho de quem o exerce, e são distribuídos da forma mais adequada ao soberano). A res publica (“a coisa pública – os bens públicos) não é diferenciada da res principis (patrimônio do príncipe ou do soberano). Em consequência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado, tornando-se a administração. Patrimonialista abominável. b) Burocrática: surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Baseada nos princípios de administração do exército prussiano constituía-se numa alternativa muito superior à administração patrimonialista do Estado. Tal modelo foi adotado inicialmente nas empresas, principalmente em organizações industriais, em decorrência da necessidade de ordem e exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. A autoridade não mais tem origem no soberano e sim no cargo que a pessoa ocupa na organização e a obediência é devida às leis e aos regulamentos, formalmente definidos. Qualquer organização ou grupo que se baseie em leis racionais é uma burocracia. O tipo ideal de burocracia, segundo Weber, apresenta como características principais: - o caráter racional-legal das normas e regulamentos, caráter formal das comunicações, profissionalização, ideia de carreira, hierarquia funcional e disciplina, impessoalidade, o formalismo, divisão do trabalho, competência técnica e meritocracia, rotinas e procedimentos padronizados, separação da propriedade. Weber distinguiu três tipos de autoridade ou dominação: tradicional – transmitida por herança, conservadora; carismática – baseada na devoção afetiva e pessoal e no arrebatamento emocional dos seguidores em relação à pessoa do líder; racional legal ou burocrática – baseada em normas legais racionalmente definidas e impostas a todos. Para Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência e para conseguir essa eficiência, precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. Teve como pano de fundo o liberalismo econômico, que pregava que o Estado deveria se restringir a suas funções típicas (defesa nacional, aplicação da justiça, elaboração de leis, diplomacia, etc.). Todavia, não conseguiu eliminar completamente o Patrimonialismo, passando os dois modelos a subsistirem juntos. A autoridade burocrática não se confunde com a autoridade tradicional. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Por outro lado, o controle - a garantia do poder do Estado – transforma-se na própria razão de ser do funcionário. Em consequência, o Estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. A qualidade fundamental da administração burocrática é a efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a auto referência, o clientelismo e o fisiologismo. Esse modelo surgiu com o advento do Departamento Administrativo de Serviço Público – DASP, em 1938, com objetivos de centralização das atribuições de reforma e de reorganização do setor público e a racionalização de métodos e processos administrativos. Voltado cada vez mais para si mesmo, o modelo burocrático tradicional vinha caminhando para um sentido contrário aos anseios dos cidadãos. A incapacidade de responder às demandas destes, a baixa eficiência de suas estruturas, aliadas a captura do Estado por interesses privados e ao processo de globalização e de transformações tecnológicas, desencadearam a CRISE DO ESTADO, cujas manifestações mais evidentes foram: CRISE FISCAL: perda em maior grau de crédito público e incapacidade crescente do Estado de realizar uma poupança pública que lhe permitisse financiar políticas públicas, devido principalmente à grave crise econômica mundial dos anos 70 e 80. ESGOTAMENTO DAS FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO: crise do “Estado de Bem Estar Social” ou “Welfare State” no 1º mundo, o esgotamento da industrialização por substituição de importações nos países em desenvolvimento e o colapso do estatismo nos países comunistas. OBSOLESCÊNCIA NA FORMA BUROCRÁTICA DE ADMINISTRAR O ESTADO: serviços sociais prestados com baixa qualidade, ineficientes e com custos crescentes. Era preciso urgentemente aumentar a eficiência governamental. Este cenário impulsionou o surgimento de um novo modelo de administração pública, mais preocupado com os resultados e não com procedimentos e que levava em consideração sobretudo a eficiência: produzir mais aproveitando ao máximo os recursos disponíveis, com a maior produtividade possível. O Estado teria que inovar, ser criativo, e se aproximar mais dos princípios que regem a Administração de Empresas Privadas, reduzindo custos e maximizando resultados. Disfunções da Burocracia Perrow afirmava que o tipo ideal de Weber nunca é alcançado, porque as organizações são essencialmente sistemas sociais, feito de pessoas, e as pessoas não existem apenas para as organizações. Estas têm interesses independentes e levam para dentro das organizações em que trabalham toda a sua vida externa. Além disso, a organização burocrática que Weber idealizou parece servir melhor para lidar com tarefas estáveis e rotinizadas. Não trata as organizações dinâmicas, para as quais a mudança é constante, somente as organizações mecanicistas, orientadas basicamente para as atividades padronizadas e repetitivas. Perrow apontou quatro disfunções da burocracia: PARTICULARISMO: as pessoas levam para dentro das organizações os interesses do grupo de que participam fora dela. SATISFAÇÃO DE INTERESSES PESSOAIS: utilização da organização para fins pessoais do funcionário. EXCESSO DE REGRAS: as burocracias exageram na tentativa de regulamentar tudo o que for possível a respeito do comportamento humano, criando regras em excesso e muitos funcionários ficam encarregados de fiscalizar o cumprimento das mesmas. HIERARQUIA: para Perrow seria a negação da autonomia, liberdade, iniciativa, criatividade, dignidade e independência. Seria a maior responsável pela resistência às mudanças, as quais atrapalham o comodismo dos que estão no topo da hierarquia. Merton também critica o modelo weberiano que, em sua opinião, negligencia o peso do fator humano e não são racionais como ele retrata. Para ele, as principais disfunções da burocracia são: EXAGERADO APEGO AOS REGULAMENTOS E SUPERCONFORMIDADE ÀS ROTINAS E PROCEDIMENTOS: as regras passam a se transformar de meios em objetivos. O funcionário esquece que a flexibilidade é uma das principais características de qualquer atividade racional. Trabalha em função do regulamento e não em função dos objetivos organizacionais. EXCESSO DE FORMALISMO E PAPELÓRIO: devido à necessidade de se documentar por escrito todas as comunicações e procedimentos. RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS: o funcionário, por se tornar um mero executor de rotinas e procedimentos definidos, passa a dominar seu trabalho com segurança e tranquilidade. Qualquer possibilidade de mudança que surja no horizonte passa a ser interpretadacomo ameaça a sua posição e, portanto, altamente indesejável. Tal resistência pode ser manifestada de forma velada e discreta ou ativa e agressiva. DESPERSONALIZAÇÃO DO RELACIONAMENTO: o chefe não considera mais os funcionários como indivíduos, mas sim como ocupantes de cargos, sendo conhecidos pelo título do cargo e até mesmo pelo nº interno que a organização lhes fornece. CATEGORIZAÇÃO COMO BASE DO PROCESSO DECISORIAL: a burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade, ou seja, na burocracia quem toma as decisões são as pessoas que estão no mais alto nível da hierarquia, mesmo que não saibam nada do assunto, visto que são os únicos com real poder de decisão. UTILIZAÇÃO INTENSIVA DE SINAIS DE STATUS: identifica os que estão no topo da hierarquia, tais como broches, tamanho de sala ou de mesa, pode ser interpretada como excessiva, prejudicial, visto que os funcionários que não as dispõem podem se sentir desprestigiados, em situação inferior aos demais, perdendo motivação e diminuindo sua produtividade. c) Gerencial: emerge na segunda metade do século XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais dos Estados e, de outro ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial. No começo da década de 80, o modelo gerencial puro, denominado managerialism ou gerencialismo, sugeriu três providências básicas: CORTE DE GASTOS: inclusive de pessoal; AUMENTO DA EFICIÊNCIA: com a introdução da lógica da produtividade existente no setor privado; ATUAÇÃO MAIS FLEXÍVEL DO APARATO BUROCRÁTICO. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. A forma de controle deixa de basear-se nos processos (meios) para concentrar-se nos resultados (fins). A administração pública gerencial constitui um avanço e até certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental. O modelo gerencial busca a inserção e o aperfeiçoamento da máquina administrativa voltada para a gestão e a avaliação a posteriori de resultados em detrimento ao controle burocrático e a priori de processos. Enquanto a administração burocrática pressupõe uma racionalidade absoluta, a administração gerencial pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza. Seu marco inicial surgiu na década de 60 com a publicação do decreto-lei nº 200/67. Na administração pública gerencial a estratégia volta-se para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade, para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados, e para o controle ou cobrança a posteriori dos resultados. No plano da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, afirma-se que a administração pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins). A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Questão comentada (CESPE / CAPES / Assistente em Ciência e Tecnologia I) No que se refere à evolução da administração pública no Brasil, julgue os itens seguintes. A administração pública gerencial preserva o controle de procedimentos apregoado pela burocracia, incrementando-o com indicadores de desempenho. Errada. O principal controle da Administração Gerencial é o dos resultados, o posteriori. Os indicadores de desempenho servem para medir os resultados das ações do governo, como a eficiência, eficácia, efetividade, excelência, economicidade e execução. O Paradigma Pós-Burocrático O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, a recompensa pelo desempenho e a capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o ci- dadão-cliente; do controle por resultados, e da competição administrada. No presente momento, uma visão realista, da reconstrução do aparelho do Estado em bases gerências deve levar em conta a necessidade de equacionar as assimetrias de correntes da persistência de aspectos patrimonialistas na administração contemporânea, bem como dos excessos formais e anacronismos do modelo burocrático tradicional. Para isso, é fundamental ter clara a dinâmica da administração racional-legal ou burocrática. Não se trata simplesmente de descartá-la, mas sim de considerar os aspectos em que está superada e as características que ainda se mantêm válidas como formas de garantir efetividade à administração pública. O modelo gerencial tornou-se realidade no mundo desenvolvido quando, através da definição clara de objetivos para cada unidade da administração, da descentralização, da mudança de estruturas organizacionais e da adoção de valores e de comportamentos modernos no interior do Estado, se revelou mais capaz de promover o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços sociais oferecidos pelo setor público. Rumo à Administração Gerencial Tendo em vista as inadequações do modelo, a administração burocrática implantada a partir de 1930 sofreu sucessivas tentativas de reforma. Não obstante, as experiências se caracterizaram, em alguns casos, pela ênfase na extinção e criação de órgãos, e, em outros, pela constituição de estruturas paralelas visando a alterar a rigidez burocrá- tica. Na própria área da reforma administrativa, esta última prática foi adotada, por exemplo, no Governo JK, com a criação de comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos, objetivando a realização de estudos para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais, e a Comissão de Simplificação Burocrática, que visava à elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços. A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei no.200, entretanto, constitui um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, afim de obter-se maior dinamismo operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram-se como princípios de racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento, o descongestionamento das chefias executivas superiores (desconcentração/descentralização),a tentativa de reunir competência e informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle. O paradigma gerencial da época, compatível com o monopólio estatal na área produtiva de bens e serviços, orientou a expansão da administração indireta, numa tentativa de "flexibilizar a administração" com o objetivo de atribuir maior operacionalidade às atividades econômicas do Estado. Entretanto, as reformas operadas pelo Decreto-Lei no.200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central. O núcleo burocrático foi, na verdade, enfraquecido indevidamente através de uma, estratégia oportunista do regime militar, que não desenvolveu carreiras de administradores públicos de alto nível, preferindo, ao invés, contratar os escalões superiores da administração através das empresas estatais. Em meados dos anos 1970, uma nova iniciativa modernizadora da administração pública teve início, com a criação da SEMOR - Secretaria da Modernização. Reuniu-se em torno dela um grupo de jovens administradores públicos, muitos deles com formação em nível de pós- graduação no exterior, que buscou implantar novas técnicas de gestão, e particularmente de administração de recursos humanos, na administração pública federal. No início dos anos 1980, registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização - PRND, cujos objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos administrativos e a promoção da eficiência. As ações do PRND voltaram-se inicialmente para o combate à burocratização dos procedimentos. Posteriormente, foram dirigidas para o desenvolvimento do Programa Nacional de Desestatização, num esforço para conter os excessos da expansão da administração descentralizada, estimulada pelo Decreto-Lei ns 200/67. O Retrocesso de 1988 As ações rumo a uma administração pública gerencial, são, entretanto, paralisadas na transição democrática de 1985 que, embora representasse uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais surpreendentes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos dos partidos vitoriosos. Um novo populismo patrimonialista surgia no país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida em que favorecera seu crescimento excessivo. A conjunção desses dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente engessamerjto do aparelho estatal, ao estender para os serviços do Estado e para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado. A nova Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de regime jurídico único para os servidores civis da União, dos Estados-membros e dos Municípios, e retirou da administração indireta a sua flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta. Este retrocesso burocrático foi em parte uma reação ao clientelismo que dominou o país naqueles anos. Foi também uma consequência de uma atitude defensiva da alta burocracia que, sentindo-se injustamente acusada decidiu defender-se de forma irracional. O retrocesso burocrático não pode ser atribuído a um suposto fracasso da descentralização e da flexibilização da administração pública que o Decreto-Lei no 200 teria promovido. Embora alguns abusos tenham sido cometidos em seu nome, seja em termos de excessiva autonomia para as empresas estatais, seja em termos do uso patrimonialista das autarquias e fundações (onde não havia a exigência de processo seletivo público para a admissão de pessoal), não é correto afirmar que tais distorções possam ser imputadas como causas do mesmo. Na medida em que a transição democrática ocorreu no Brasil em meio à crise do Estado, essa última foi equivocadamente identifi- cada pelas forças democráticas como resultado, entre outros, do processo de descentralização que o regime militar procurara implantar. Por outro lado, a transição democrática foi acompanhada por uma ampla campanha contra a estatização, que levou os constituintes a aumentar os controles burocráticos sobre as empresas estatais e a estabelecer normas rígidas para a criação de novas empresas públicas e de subsidiárias das já existentes. Afinal, geraram-se dois resultados: de um lado, o abandono do caminho rumo a uma administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática clássica; de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios, que não se coadunam com a própria administração pública burocrática. Como exemplos temos a estabilidade rígida para todos os servidores civis, diretamente relacionada à generalização do regime estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias, a aposentadoria com proventos integrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a contribuição do servidor. Todos estes fatos contribuíram para o desprestígio da administração pública brasileira, não obstante o fato de que os administradores públicos brasileiros são majoritariamente competentes, honestos e dotados de espírito público. Estas qualidades, que eles demonstraram desde os anos 1930, quando a administração pública profissional foi implantada no Brasil, foram um fator decisivo para o papel, estratégico que o Estado jogou no desenvolvimento económico brasileiro. As distorções provocadas pela nova Constituição logo se fizeram sentir. No governo Collor, entretanto, a resposta a elas foi equivocada e apenas agravou os problemas existentes, na medida em que se preocupava em destruir ao invés de construir. O governo Itamar Franco buscou essencialmente recompor os salários dos servidores, que haviam sido violentamente reduzidos no governo anterior. O discurso de reforma administrativa assume uma nova dimensão a partir de 1994, quando a campanha presidencial introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural da administração pública no sentido de uma administração gerencial. Administração Gerencial, em sua fase inicial, implica em administrar a república de forma semelhante ao setor privado, de forma eficiente, com a utilização de ferramentas que consigam maximizar a riqueza do acionista, ou a satisfação do usuário (conside- rando-se a realidade do serviço público). Nesse sentido, buscar-se-á a adoção de uma postura mais empresarial, empreendedora, aberta a novas ideias e voltada para o incremento na geração de receitas e no maior controle dos gastos públicos. Esse modelo é melhor entendido considerando o cenário em que foi concebido: no plano económico, dada a crise do petróleo na década de 1970, esgotaram-se as condições que viabilizavam a manutenção do Welfare State (Estado de Bem-Estar Social), onde prevalecia o entendimento de que cabia ao Estadoproporcionar uma gama enorme de serviços à população, respondendo esse por saúde, educação, habitação etc. A partir daí, começa a ser difundida a ideia de devolução ao setor privado daqueles serviços que o Poder Público não tem condições de prestar com eficiência (privatizações), devendo o Estado desenvolver aquilo que cabe intrinsecamente a elefazer (Diplomacia, Segurança, Fiscalização etc.). O Estado Mínimo volta a ganhar força... Ou seja, o que propôs, na verdade, foi a quebra de um paradigma, a redefinição do que caberia efetivamente ao Estado fazer e o que deveria ser delegado ao setor privado. Como referência, é possível citar a obra de Osbome & Gaebler, Reinventando o Governo, onde são destacados princípios a serem observados na construção deste modelo, tais como: 1. formação de parcerias; 2. foco em resultados; 3. visão estratégica; 4. Estado catalisador, ao invés de remador; 5. visão compartilhada; e 6. busca da excelência. Assim, o modelo gerencial (puro, inicial), buscou responder com maior agilidade e eficiência os anseios da sociedade, insatisfeita com os serviços recebidos do setor público. A preocupação primeira do modelo gerencial, foi o incremento da eficiência, tendo em vista as disfunções do modelo burocrático. Nessa fase, o usuário do serviço público é visto tão somente como o financiador do sistema. No Consumerism,que foi uma corrente,há o incremento na busca pela qualidade, decorrente da mudança do modo de ver o usuário do serviço, de mero contribuinte para cliente consumidor de serviços públicos. Nesse momento, há uma alteração no foco da organlzação. a burocracia, que normalmente é auto-referenciada, ou seja, voltada para si mesma, passa a observar com maior cuidado a razão de sua existência: a satisfação de seu consumidor. Com isso, buscar-se-á conhecê-lo por meio, dentre outras coisas, de pesquisas de opinião e procurar-se-á proporcionar um atendimento diferenciado com vistas no atendimento de necessidades individualizadas. Na fase mais recente, o entendimento de que o usuário do serviço deve ser visto como cliente-consumidor perdeu força, principalmente porque a ideia de consumidor poderia levar a um atendimento melhor para alguns e pior para outros, num universo em que todos têm os mesmos direitos. É possível perceber isso quando levamos em consideração que clientes melhores organizados e estruturados teriam mais poder para pleitear mais ou melhores serviços, culminando em prejuízo para os menos estruturados. Por isso, nesta abordagem é preferível o uso de conceito de cidadão, queinvés de buscar a sua satisfação, estaria voltado para a consecução do bem comum. Com isso, o que se busca é a equidade, ou seja, o tratamento igual a todos os que se encontram em situações equivalentes. Os cidadãos teriam, além de direitos, obrigações perante a sociedade, tais como a fiscalização da reublica, vindo a cobrar, inclusive, que os maus gestores sejam responsabilizados (accountability) por atos praticados com inobservância da Legislação ou do interesse público. A fim de aprimorar seu aprendizado e você poder fechar a prova, a partir de agora, estaremos reproduzindo extratos do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Estado e sociedade formam, numa democracia; um todo indivisível: o Estado, cuja competência e limites de atuação estão definidos precipuamente na Constituição. Deriva seu poder de legislar e de tributar a população, da legitimidade que lhe outorga a cidadania, via processo eleitoral. A sociedade, por seu turno, manifesta seus anseios e demandas por canais formais ou informais de contacto com as autoridades constituídas. É pelo diálogo democrático entre o Estado e a sociedade que se definem as prioridades a que o Governo deve ater-se para a construção de um país mais próspero e justo. Nos últimos anos, assistimos em todo o mundo a um debate acalorado - ainda longe de concluído - sobre o papel que o Estado deve desempenhar na vida contemporânea e o grau de intervenção que deve ter na economia. No Brasil, o tema adquire relevância particular, tendo em vista que o Estado, em razão do modelo de desenvolvimento adotado, desviou-se de suas funções precípuas para atuar com grande ênfase na esfera produtiva. Essa maciça interferência do Estado no mercado acarretou distorções crescentes neste último, que passou a conviver com artificialismos que se tornaram insustentáveis na década de 1990. Sem dúvida, num sistema capitalista, Estado e mercado, direta ou indiretamente, são as duas instituições centrais que operam na coordenação dos sistemas econômicos. Dessa forma, se uma delas apresenta funcionamento irregular, é inevitável que nos depararemos com uma crise. Foi assim nos anos 1920 e 1930. em que claramente foi o mau funcionamento do mercado que trouxe em seu bojo uma crise económica de grandes proporções. Já nos anos 1980, é a crise do Estado que põe em cheque o modelo econômico em vigência. É importante ressaltar que a redefinição do papel do Estado é um tema de alcance universal nos anos 1990. No Brasil, esta questão adquiriu importância decisiva, tendo em vista o peso da presença do Estado na economia nacional. Tornou-se, consequentemente, inadiável equacionar a questão da reforma ou da reconstrução do Estado, que já não consegue atender com eficiência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas, sobretudo na área social. A reforma do Estado não é, assim, um tema abstrato: ao contrário, é algo cobrado pela cidadania, que vê frustrada suas demandas e expectativas. A crise do Estado teve início nos anos 1970, mas só nos anos 1980 se tornou evidente. Paralelamente ao descontrole fiscal, diversos países passaram a apresentar redução nas taxas de crescimento econômico, aumento do desemprego e elevados índices de inflação. Após várias tentativas de explicação, ficou claro, afinal, que a causa da desaceleração econômica nos países desenvolvidos e dos graves desequilíbrios na América Latina e no Leste Europeu era a crise do Estado, que não soubera processar de forma adequada a sobrecarga de demandas a ele dirigidas. A desordem econômica expressava agora a dificuldade do Estado em continuar a administrar as crescentes expectativas em relação à política de bem-estar aplicada com relativo sucesso no pós-guerra. A Primeira Grande Guerra Mundial e a Grande Depressão foram o marco da crise do mercado e do Estado liberal. Surge em seu lugar um novo formato de Estado, que assume um papel decisivo na promoção do desenvolvimento económico e social. A partir desse momento, o Estado passa a desempenhar um papel estratégico na coordenação da economia capitalista, promovendo poupança forçada alavancando o desenvolvimento económico, corrigindo as distorções do mercado e garantindo uma distribuição de renda mais igualitária. Não obstante, nos últimos 20 anos esse modelo mostrou-se superado, vítima de distorções decorrentes da tendência observada em grupos de empresários e de funcionários, que buscam utilizar o Estado em seu próprio benefício, e vitima também da aceleração do desenvolvimento tecnológico e da globalização da economia mundial, que tornaram a competição entre as nações muito mais aguda. A crise do Estado define-se então como uma crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do Estado e pela poupança pública que se torna negativa; como o esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado, a qual se reveste de várias formas: o Estado do bem-estar social nos países desenvolvidos, a estratégia de substituição de importações no terceiro mundo e o estatismo nos países comunistas; e como a superação da forma de administrar o Estado, isto é, a superação da administração pública burocrática. No Brasil, embora esteja presente desde os anos 1970, a crise do Estado somente se tornará clara a partir da segunda metade dos anos 1980. Suas manifestações mais evidentes são a própria crise fiscal e o esgotamento da estratégia de substituição de importações, que se inserem num contexto mais amplo de superação das formas de intervenção econômica e social do Estado. Adicionalmente, o aparelho do Estado concentra e centraliza funções, e se caracteriza pela rigidez dos procedimentos e pelo excesso de normas e regulamentos. A reação imediata àcrise - ainda nos anos 1980, logo após a transição democrática - foi ignorá-la. Uma segunda resposta igualmente inadequada foi a neoliberal, caracterizada pela ideologia do Estado mínimo. Ambas revelaram-se irrealistas: a primeira, porque subestimou tal desequilíbrio; a segunda, porque utópica. Só em meados dos anos 1990 surge uma resposta consistente com o desafio de superação da crise: a ideia da reforma ou reconstrução do Estado, de forma a resgatar sua autonomia financeira e sua capacidade de implementar políticas públicas. Neste sentido, são inadiáveis: o ajustamento fiscal duradouro; reformas econômicas orientadas para o mercado, que, acompanhadas de uma política industrial e tecnológica, garantam a concorrência interna e criem as condições para o enfrentamento da competição internacional; a reforma da previdência social; a inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo melhor qualidade para os serviços sociais; e a reforma do aparelho do Estado, com vistas a aumentar sua "governança", ou seja, sua capacidade de implementar de forma eficiente políticas públicas. Cabe aos ministérios da área económica, particularmente aos da Fazenda e do Planejamento, proporem alternativas com vistas à solução da crise fiscal. Aos ministérios setoriais, compete rever as políticas públicas, em consonância com os novos princípios do desenvolvimento econômico e social. A atribuição do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado é estabelecer as condições para que o governo possa aumentar sua governança. Para isso, sua missão específica é a de orientar e instrumentalizar a reforma do aparelho do Estado, nos termos definidos pela Presidência através desse Plano Diretor. O Aparelho do Estado e as Formas de Propriedade Para enfrentar os principais problemas que representam obstáculos à implementação de um aparelho do Estado moderno e eficiente, torna-se necessário definir um modelo conceituai, que distinga os segmentos fundamentais característicos da ação do Estado. A opção pela construção deste modelo tem como principal vantagem permitir a identificação de estratégias específicas para cada segmento de atuação do Estado, evitando à alternativa simplista de proposição de soluções genéricas a problemas que são peculiares dependendo do setor. Entretanto, tem a desvantagem da imperfeição intrínseca dos modelos, que sempre representam uma simplificação da realidade. Estas imperfeições, caracterizadas por eventuais omissões e dificuldades de estabelecimento de limites entre as fronteiras de cada segmento, serão aperfeiçoadas na medida do aprofundamento do debate. O Estado é a organização burocrática que possui o poder de legislar e tributar sobre a população de um determinado território. O Estado é, portanto, a única estrutura organizacional que possui o "poder extroverso", ou seja, o poder de constituir unilateralmente obrigações para terceiros, com extravasamento dos seus próprios limites. O aparelho do Estado ou administração pública lato senso, compreende um núcleo estratégico ou governo, constituído pela cúpula dos três poderes, um corpo de funcionários e uma força militar e policial. O aparelho do Estado é regido basicamente pelo direito constitucional e pelo direito administrativo, enquanto que o Estado é fonte ou sancionador e garantidor desses e de todos os demais direitos. Quando somamos ao aparelho do Estado todo o sistema institucional-legal, que regula não apenas o próprio aparelho do Estado, mas toda a sociedade, temos o Estado. Os Setores do Estado No aparelho do Estado, é possível distinguir quatro setores: Núcleo Estratégico Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas. Atividades Exclusivas É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos, temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes etc. Serviços Não-Exclusivos Corresponde ao setor onde Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas. As instuições desse setor não possuem o poder de Estado. Este, entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem "economias externas" relevantes, na medida que produzem ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da sociedade, não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos deste setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus. Produção de Bens e Serviços Para o Mercado Corresponde à área de atuação das quatro empresas. É caracterizado pelas atividades económicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como, por exemplo, as do setor de infra-estrutura. Estão no Estado, seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível, tornando-se necessário no caso de privatização, a regulamentação rígida. Setores do Estado e Tipos de Gestão Cada um destes quatro setores referidos apresenta características peculiares, tanto no que se refere às suas prioridades, quanto aos princípios administrativos adotados. No núcleo estratégico, o fundamental é que as decisões sejam as melhores, e, em seguida, que sejam efetivamente cumpridas. A efetividade é mais importante que a eficiência. O que importa saber é, primeiro, se as decisões que estão sendo tomadas pelo governo atendem eficazmente ao interesse nacional, se correspondem aos objetivos mais gerais aos quais a sociedade brasileira está voltada ou não. Segundo, se, uma vez tomadas as decisões, estas são de fato cumpridas. Já no campo das atividades exclusivas de Estado, o que importa é atender milhões de cidadãos com boa qualidade a um custo baixo. Como já vimos, existem ainda hoje duas formas de administração pública relevantes: a Administração Pública Burocrática e a Administração Pública Gerencial. A primeira, embora sofrendo do excesso de formalismo e da ênfase no controle dos processos, tem como vantagens a segurança e a efetividade das decisões. Já a administração pública gerencial caracteriza-se fundamentalmente pela eficiência dos serviços prestados a milhares, senão milhões, de cidadãos. Nestes termos, no núcleo estratégico, em que o essencial é a correção das decisões tomadas e o principio administrativo funda- mental é o da efetividade, entendido como a capacidade de ver obedecidas e implementadas com segurança as decisões tomadas, é mais adequado que haja um misto de administração pública burocrática e gerencial. No setor das atividades exclusivas e de serviços competitivos ou não-exclusivos, o importante é a qualidade e o custo dos serviços prestados aos cidadãos. O princípio correspondente é o da eficiência, ou seja, a busca de um arelação ótima entre qualidade e custo dos serviços colocados à disposição do público. Logo, a administração deve ser necessariamente gerencial. O mesmo se diga, obviamente, do setor das empresas, que, enquanto estiveremcom o Estado, deverão obedecer aos princípios gerenciais de administração. Experiências de Reformas Administrativas A Administração Pública Gerêncial no Brasil (O Governo FHC) Em termos de administração pública, o marco de referência da era FHC foi a implantação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995), fundamentado em princípios da administração pública gerencial. Com a finalidade de colaborar com o trabalho que a sociedade e o governo estão tentando fazer para mudar o Brasil, o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, determinou a elaboração do "Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado" definindo objetivos e estabelecendo diretrizes para a "futura" reforma da administração pública brasileira a ser aprovada pelo Poder Legislativo. A seguir, transcrevemos alguns trechos desse documento para análise dos candidatos, no que tange aos rumos da Administração Pública em nosso país. Este "Plano Diretor" procura criar condições para a construção pública em bases modernas e racionais. No passado, constituiu grande avanço à implementação de uma administração pública formal, baseada em princípios racional-burocrático, os quais se contrapunham ao patrimonialismo, ao clientelismo, ao nepotismo, vícios estes que ainda persistem e que precisam ser extirpados. Mas o sistema introduzido, ao limitar-se a padrões hierárquicos rígidos e ao concentrar-se no controle dos processos e não dos resultados, revelou- se lento e ineficiente para a magnitude e a complexidade dos desafios que o País passou a enfrentar diante da globalização econômica. A situação agravou-se a partir do início da década de 90, como resultado de reformas administrativas apressadas, as quais desorganizaram centros decisórios importantes, afetaram a "memória administrativa", a par de desmantelarem sistemas de produção de informações vitais para o processo decisório governamental. "Entende-se por aparelho do Estado a administração pública em sentido amplo, ou seja, a estrutura organizacional do Estado, em seus três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e três níveis (União, Estados-membros e Municípios). O aparelho do estado é constituído pelo governo, isto é, pela cúpula dirigente nos três Poderes, por um corpo de funcionários, e pela força militar. O Estado, por sua vez, é mais abrangente que o aparelho, porque compreende adicionalmente o sistema constitucional legal, que regula a população nos limites de um território. O Estado é a organização burocrática que tem o monopólio da violência legal, é o aparelho que tem o poder de legislar e tributar a população de um determinado território". Estes conceitos permitem distinguir a reforma do Estado da reforma do aparelho do Estado. A reforma do Estado é um projeto amplo que diz respeito às áreas do governo e, ainda, ao conjunto da Sociedade Brasileira, enquanto que a reforma do aparelho do Estado tem um escopo mais restrito: está orientada para tornar a administração pública mais eficiente e mais voltada para a cidadania. Este Plano Diretor focaliza sua atenção na administração. A reforma do aparelho do Estado tem um escopo mais público federal, mas muitas das suas diretrizes e propostas podem também ser aplicadas a nível estadual e municipal. "A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da definição do papel do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de promotor e regulador desse desenvolvimento". "Nesse sentido, são inadiáveis: o ajustamento fiscal duradouro; reformas económicas orientadas fpara o mercado, que, acompanhadas de uma política industrial e tecnológica, garantam a concorrência interna criem as condições para o enfrentamento da competição internacional; a reforma da previdência social; a inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo melhor qualidade para os serviços; e a reforma do aparelho do Estado, com vista a aumentar sua “governança”, ou seja, sua capacidade de implementar de forma eficiente políticas públicas,” Governabilidade / Governança / Accountability Governança e Governabilidade A reforma do Estado envolve múltiplos aspectos. O ajuste fiscal devolve ao Estado a capacidade de definir e implementar políticas públicas. Através da liberalização comercial, o Estado abandona a estratégia protecionista da substituição de importações. O programa de privatizações reflete a conscientização da gravidade da crise fiscal e da correlata limitação da capacidade do Estado de promover poupança forçada por meio das empresas estatais. Através desse programa, transfere-se para o setor privado a tarefa da produção que, em princípio, este realiza de forma mais eficiente. Finalmente, através de um programa de publicização, transfere-se para o setor público não- estatal a produção dos serviços competitivos ou não-exclusivos de Estado, estabelecendo-se um sistema de parceria entre Estado e sociedade para seu financiamento e controle. Desse modo, o Estado reduz seu papel de executor ou prestador direto de serviços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador e provedor ou promotor destes, principalmente dos serviços sociais, como educação e saúde, que são essenciais, para o desenvolvimento, na medida em que envolvem investimento em capital humano: para a democracia, na medida em que promovem cidadãos; e para uma distribuição de renda mais justa, na medida que o mercado é incapaz de garantir, dada a oferta muito superior à demanda de mão-de-obra não-especializada. Como promotor desses serviços, o Estado continuará a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participação da sociedade. Nesta nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das funções de regulação e de coordenação do Estado, particularmente no nível federal, e a progressiva descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal, das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais e de infra-estrutura. Considerando esta tendência, pretende-se reforçar a governança - a capacidade de governo do Estado - através da transição programada de um tipo de administração pública burocrática, rígida e ineficiente, voltada para si própria e para o controle interno, para uma administração pública gerencial, flexível e eficiente, voltada para o atendimento do cidadão. O governo brasileiro não carece de "governabilidade", ou seja, de poder para governar, dada sua legitimidade democrática e o apoio com que conta na sociedade civil. Enfrenta, entretanto, um problema de governança, na medida em que sua capacidade de implementar as políticas é limitada pela rigidez e ineficiência da máquina administrativa. Accountability É um termo abrangente que vai além da prestação de contas, pura e simples, pelos gestores da coisa pública. Accountability diz respeito à sensibilidade das autoridades públicas em relação ao que os cidadãos pensam, à existência de mecanismos institucionais efetivos, que permitam chamá-los à fala quando não cumprirem suas responsabilidades básicas. No âmbito da Secretaria Federal de Controle, o termo accountability é traduzido, por alguns, como “responsabilidade”. A busca da accountability passa também pela reforma da sociedade, ela precisa saber e querer cobrar, precisa interessar-se pela gestão pública, deve entender a relação da boa administração com a qualidade de vida; em suma, deve ser mais cidadã. É importante o papel do cidadão no processo, considerando que o verdadeiro controle do Governo, o controle efetivo, é consequência da cidadania organizada, já que a sociedade desmobilizada não será capaz de garantir a accountability. Qualidade do Governo O marco de referência para essa reestruturação de qualidade do Estado, de modo a torná-lo mais eficiente e transparente quanto ao usodos recursos públicos, e mais eficaz quanto aos resultados de suas ações em termos de prestação de serviços de interesse coletivo foi o lançamento do bestseller “Reinventando o Governo”, de autoria de David Osborne e Ted Gaebler nos EUA em 1994. Os autores propõem um receituário estratégico, organizado em torno de dez princípios básicos, voltado para a reinvenção do governo, ou seja, um novo paradigma de Estado. Vamos tentar resumir os dez princípios: governo catalisador: aquele que escolhe “navegar em vez de remar”; o que em outras palavras, significa um governo que é forte porque se limita a decidir e a dirigir, deixando a execução para outrem. participação da população no governo: mediante a transferência do poder decisório da burocracia para as comunidades, de tal maneira que elas possam ser co-responsáveis com o governo pelo controle dos serviços públicos. competição nos serviços públicos: a competição não deve ocorrer apenas entre os setores público e privado, mas também entre os próprios órgãos públicos, pois a competição sadia estimula a inovação e o aumento da eficiência. governo orientado por missões: em contraposição às organizações públicas rigidamente dirigidas por normas e regulamentos, as organizações orientadas por missões são mais racionais, eficazes, criativas, têm maior flexibilidade operativa e moral mais elevado. governo de resultados: no qual se privilegiam os resultados a atingir e não simplesmente os recursos. ênfase no cliente: consiste em aproximar os órgãos governamentais dos usuários de serviços públicos, de modo a identificar os seus anseios e incorporar as críticas, a fim de moldar a prestação de serviços conforme as suas reais necessidades. governo empreendedor: é aquele que gera receitas (extra- tributárias) ao invés de simplesmente incorrer em gastos. papel preventivo: preocupação com a prevenção de problemas evitáveis e com a previsão (antecipação) de dificuldades futuras. descentralização: para responder com maior rapidez a mudanças nas circunstâncias ou nas necessidades dê seus clientes; o governo descentralizado é mais eficiente, inovador, produtivo e mais comprometido com os resultados. governo orientado para o mercado: é uma forma de usar o poder de alavancagem do setor público para orientar as decisões dos agentes privados, de modo a alcançar mais eficientemente as metas coletivas. Uma primeira mudança de comportamento, produzida pela introdução da administração flexível, ocasionou uma transformação na visão de mundo da administração pública: a sociedade não é composta por súditos ou concorrentes, mas sim de clientes e cidadãos. O gestor público deverá dar uma atenção especial ao cliente, entendendo que: o público é o elemento mais importante em qualquer atividade governamental; o público é a razão da existência do governo; a autoridade, no setor público, deriva de um consentimento e fundamenta-se em uma delegação; o público não interrompe o trabalho do funcionalismo; ele é o propósito desse trabalho; o público é parte essencial da atividade do Estado; não é descartável; o público é quem paga o salário de todos, desde o dirigente ao do faxineiro dos órgãos governamentais; pesquisar a vontade pública e procurar entender as aspirações e queixas da sociedade é função de todo governo moderno e democrático; a cortesia não é apenas uma atitude pessoal, mas uma obrigação; o público não é apenas quem paga a conta, mas a razão das atividades do governo; a ideia de que o governo não tem concorrente, como as empresas, é falsa. O governo é uma opção livre pelo menos de eleição em eleição. Manter o público satisfeito para que se lembre do seu partido na próxima eleição é função dos dirigentes. Gestão de Resultados na Produção de Serviços Públicos Os empreendedores públicos sabem que enquanto as instituições forem financiadas da forma tradicional, poucas razões terão para se esforçarem na busca de desempenhos mais satisfatórios. Contudo, se forem financiadas segundo um critério de avaliação de resultados, num instante ficarão obcecados por maior performance. Por não mensurar os resultados, os governos burocratizados raramente logram grandes conquistas. Se uma organização não avalia os resultados e é incapaz de identificar o que dá certo no momento em que o fenômeno acontece não poderá aprender com a experiência. Sem o devido feedback em termos de resultados, qualquer iniciativa renovadora já nasce morta. Evolução da Administração Gerencial Dentro de um contexto de governos neoliberais da década de 80 do século passado, com Ronald Regan, nos Estados Unidos, e Margaret Thatcher, na Inglaterra, começam a ser implantados os ideários do gerencialismo. Embora o contexto inicial fosse neoliberal, logo se percebeu que o Estado Mínimo era inviável para o gerencialismo. As razões disso são as demandas cada vez maiores dos cidadãos por melhores e mais diversificados serviços, ou seja, as pessoas não querem um Estado que apenas cuida da educação e da saúde. Ao invés de um Estado Mínimo, a ideia passa a ser de um Estado Menor, reduzir ao efetivamente necessário, não ao mínimo. Nesse formato, grande parte dos investimentos em infraestrutura e das prestações de serviços é realizada por parte da iniciativa privada. Ao Estado cabe regular as atividades para garantir o bom funcionamento. Gerencialismo Puro Em um primeiro momento, o gerencialismo focou na eficiência, a qualquer preço, considerando o cidadão como um contribuinte (tax payer), ou seja, é aquele que banca o governo. A Emenda Constitucional 19/98 é a marca legal da introdução da Administração Gerencial no Brasil. O grande foco dessa fase era corrigir os problemas que vieram da burocracia, por meio da redução de gastos públicos e do aumento da produtividade do setor público, ou seja, buscava-se a eficiência governamental. Características do Gerencialismo Puro • aplicação de conhecimentos/teorias oriundas da iniciativa privada; • foco na administração voltada para a mudança de cultura no setor público; • corte de custos, redução salarial, demissões, racionalização de processos, etc. Vejamos os problemas/críticas da primeira fase do gerencialismo. Ausência de mensuração da efetividade (impacto) dos serviços prestados Preocupação excessiva com a relação custo e produção, na questão financeira O cidadão é visto como um mero contribuinte Consumerism No consumerism, a preocupação estende-se para a qualidade (efetividade). O usuário do serviço público agora é visto como um cliente/consumidor, em alusão aos termos utilizados nas empresas. A satisfação do cliente vira o foco e a qualidade do serviço a ferramenta principal. A ideia era fazer com que o setor público ficasse mais ágil e competitivo, descentralizando serviços, implantando inovações para o atendimento ao público, incentivando a competição entre os órgãos públicos. Sobre a descentralização, convém demonstrarmos como ela é realizada na Administração Pública brasileira. O controle no gerencialismo, como vimos, enfatiza os resultados, ao invés de destacar os gastos como fazia a burocracia weberiana implantada por Getúlio Vargas em meados de 1930. Passando o resultado a ser o centro das atenções, é preciso demonstrar meios para se trabalhar com resultados, modernizando o serviço público. Public Service Oriented – PSO O public service oriented é uma evolução do modelo gerencial: parte para a equidade/justiça, relacionada com a accountability (responsabilização). O usuário é visto como um cidadão. Essa mudança de cliente para cidadão é fundamental. O tratamento de um cliente é proporcional ao que ele gasta. Com o cidadão, isso não acontece. O cidadão tem, além de direitos, obrigações perante a sociedade, como a fiscalização da “coisa pública”, devendo cobrar os maus gestores (responsabilizando-os – accountability). A descentralização promovidapela PSO não visa somente à eficiência do serviço ou à qualidade do atendimento. Na public service oriented, a descentralização é uma forma de promover a participação política dos cidadãos. Aos poucos, foram-se delineando os contornos da nova Administração Pública: • descentralização do ponto de vista político, transferindo recursos e atribuições para os níveis políticos regionais e locais; • descentralização administrativa, através da delegação de autoridade para os administradores públicos transformados em gerentes crescentemente autônomos; • organizações com poucos níveis hierárquicos ao invés de piramidal; • pressuposto da confiança limitada e não da desconfiança total; • controle por resultados, a posteriori, ao invés do controle rígido, passo a passo, dos processos administrativos; e • administração voltada para o atendimento do cidadão, ao invés de autorreferida. Questão comentada A PSO (public service orientation) resolveu um dos dilemas pós- burocráticos, que era o conflito entre a lógica fiscal e a lógica gerencial, na medida em que aproximou a Administração Pública do sistema de gestão vigente na iniciativa privada. Errada. O modelo que iniciou a implementação da Administração Gerencial e veio para resolver um dos dilemas pós-burocráticos foi o gerencialismo puro (lógica fiscal) e o consumerism (lógica gerencial). Vídeos 9, 10, 11 1- (CESPE - 2016 - FUB - AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Com relação à administração pública, julgue o item que se segue. No modelo de administração pública patrimonial, os bens do Estado são administrados de forma pessoal, como se pertencessem ao próprio governante. 02. (CESPE - 2016 - FUB - AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Com relação à administração pública, julgue o item que se segue. As práticas patrimonialistas, que consistem em administrar bens públicos como se fossem bens próprios, fazem parte do modelo gerencialista, defendido pela Nova Administração Pública. 03. (CESPE - 2016 - TCE-PA - AUDITOR) Com relação às diferentes abordagens da administração e à evolução da administração pública no Brasil, julgue o item a seguir. Com a implantação da reforma da gestão pública em 1995, os elementos patrimonialistas e clientelistas foram extintos da cultura administrativa brasileira. 04. Julgue os itens a seguir, relativos a administração. Segundo a concepção burocrática de administração pública, o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do controle rígido dos processos e procedimentos. 05. Julgue os itens a seguir, relativos a administração. A reforma administrativa iniciada pelo Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) instituiu o Estado moderno no Brasil, com vistas ao combate ao patrimonialismo e à burocracia estatal. 06. Julgue os itens a seguir, relativos a administração. As grandes reformas administrativas do Estado brasileiro, ocorridas após 1930, foram do tipo patrimonialista, burocrática e gerencial. 07. Com referência à evolução da administração pública no Brasil após 1930, julgue os itens a seguir. O Decreto-lei n.º 200/1967 impôs novos rumos para a administração pública brasileira, tendo proporcionado a expansão da administração indireta por intermédio da criação de empresas estatais e da autonomia de gestão. 08. Com referência à evolução da administração pública no Brasil após 1930, julgue os itens a seguir. A estrutura administrativa implantada pelo governo de Getúlio Vargas previa uma administração desburocratizada. 09. Com referência à evolução da administração pública no Brasil após 1930, julgue os itens a seguir. O DASP, implantado em 1936 com o objetivo de suprir a administração patrimonialista até então existente, foi extinto no governo de Juscelino Kubitschek. 10. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A primeira reforma da administração pública do Brasil foi a reforma burocrática. 11. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A reforma em questão teve início com a publicação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE). 12. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) veio em resposta à crise generalizada do Estado brasileiro. 13. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O Brasil foi um dos últimos países em desenvolvimento a iniciar a sua reforma na gestão pública. 14. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O modelo da administração pública gerencial tem como um dos seus pressupostos a centralização das decisões e funções do Estado. 15. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi o primeiro movimento de reforma administrativa do país. 16. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. No que diz respeito à administração dos recursos humanos, a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) representou uma tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional. 17. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O modelo burocrático tradicional, priorizado pela CF e pelo direito administrativo brasileiro, baseia-se no formalismo, no excesso de normas e na flexibilidade de procedimentos. 18. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. Os princípios da administração burocrática clássica foram introduzidos na administração publica por meio do decreto-lei nº 200/1967, o que marca o fim da hegemonia do modelo patrimonialista. 19. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública brasileira ocorreu em 1936, com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). 20. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O governo autoritário de Vargas investiu na modernização da máquina administrativa do Estado por meio da difusão dos paradigmas burocráticos de Max Weber. 21. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A administração pública burocrática representou uma tentativa de substituição das práticas patrimonialistas, originárias das monarquias absolutistas, em que inexistia clara distinção entre a res pública e a res privada. 22. Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue os itens a seguir. Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações administrativas. 23. Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue os itens a seguir. Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de intervenção do Estado na vida econômica e social do país. 24. (CESPE - 2013 - FUB - ADMINISTRADOR) Em relação à evolução da administração pública no Brasil após 1930, às reformas administrativas e à nova gestão pública, julgue os itens que se seguem. A crise do nacional-desenvolvimentismo e as críticas ao patrimonialismo e ao autoritarismo do Estado brasileiro estimularam a emergência de um consenso político de caráter liberal que se embasouna articulação entre estratégia de desenvolvimento independente e associado, as estratégias neoliberais de estabilização econômica e as estratégias administrativas dominantes no cenário de reformas orientadas para o mercado. 25. (CESPE - 2012 - ANAC - ANALISTA) De acordo com o modelo patrimonialista, o gestor público deve ter autonomia para gerir os recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, a fim de que os objetivos contratados e a finalidade pública sejam atingidos. 26. (CESPE - 2012 - PRF - TAE) Os desafios da administração pública contemporânea relacionam-se diretamente à quebra de paradigmas e conceitos preestabelecidos sobre a gestão organizacional. A constante troca de conhecimento entre a esfera pública e privada é essencial para garantir a constante evolução dos sistemas organizacionais. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir. A erradicação do patrimonialismo no Brasil aconteceu com a reforma administrativa de 1930, que instituiu o modelo de administração burocrática na gestão governamental brasileira. 27. (CESPE - 2012 - TJ-RO - ADMINISTRADOR) As características da administração pública patrimonialista incluem a) gestão por resultados, poder racional-legal e tecnicismo. b) nepotismo, clientelismo e não separação entre público e privado. c) não separação entre público e privado, tecnicismo e paternalismo. d) poder racional-legal, hierarquia funcional e formalismo. e) paternalismo, patrimonialismo e formalismo. 28. A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão. 29. As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação em desenvolvimento. 30. Após a reforma ocorrida na década de 90 do século XX, o Estado brasileiro superou o paradigma burocrático, adotando, com êxito, o modelo gerencial. 31. O Decreto-lei n.º 200/1967 caracterizou-se como uma tentativa do governo federal de conferir maior efetividade à ação governamental por meio de intensa centralização do aparelho estatal. 32. A reforma da administração pública empreendida na década de trinta do século passado representou, em todos os seus aspectos, o fortalecimento da lógica patrimonialista de Estado. 33. Na administração pública burocrática, o combate à corrupção e ao nepotismo patrimonialista, por meio do controle administrativo, é sempre a priori, visto que consiste em um princípio norteador desse tipo de administração. 34. No patrimonialismo, a res pública diferencia-se completamente das res principis. 35. Apesar de a administração pública burocrática ser, de uma forma geral, ineficiente, os serviços que oferece aos cidadãos/clientes são referenciais de qualidade de prestação de serviço. 36. As medidas adotadas entre os anos de 1995 e 1998 introduziram uma cultura gerencial na administração pública brasileira e contribuíram para o fortalecimento de valores democráticos, tais como a transparência, a participação e o controle social. 37. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado não compreendeu entre seus princípios a necessidade de ênfase na qualidade, na produtividade e na satisfação do cidadão. 38. Uma instituição que segue modelo organizacional fundamentado na teoria da burocracia caracteriza-se por confusão, demora e falta de critérios objetivos para promoção e assunção de cargos de chefia. 39. Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata‐se (A) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado gerencial. (B) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano. (C) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado gerencial patrimonial. (D) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial. (E) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade. 40. NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, (A) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público. (B) estrutura hierárquica fortemente verticalizada, impessoalidade e formalismo. (C) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa. (D) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados. (E) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito. 41. Com relação à administração pública burocrática considere. I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a idéia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas. IV. O controle pode transformar‐se na própria razão de ser do funcionário; voltando‐se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, II, III e V. (C) II, III e IV. (D) II e V. (E) III, IV e V. 42. O modelo de Administração Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, caracteriza‐se (A) pela criação de uma estrutura própria e estável, imune à alternância dos governantes, submetida a rígidos controles de resultado e de qualidade, sendo comumente criticada pelo excesso de formalismo e falta de flexibilidade. (B) pela consolidação do patrimonialismo, fazendo com que o Aparelho do Estado atue como extensão do poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo clientelismo, nepotismo e ausência de controles efetivos. (C) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuar de forma paralela e imune ao poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo inchaço dos quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na correspondente atuação. (D) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo, sendo comumente criticada pela rigidez do controle dos processos, de forma auto‐referenciada e sem compromisso com os resultados para o cidadão. (E) como reação à Administração Pública patrimonialista, buscando instituir mecanismos de controle da atuação dos governantes, com ênfase nos resultados, sendo comumente criticada pela ausência de controles eficazes dos processos. 43. O enfoque gerencial da Administração Pública costuma ser associado à ideologia neoliberal, em função de (A) as técnicas de gerenciamento serem quase sempre introduzidas ao mesmo tempo em que se realiza um ajuste estrutural para combater o déficit fiscal. (B) ambas as abordagens defenderem o estado mínimo, com o governo atuando apenas no chamado núcleo estratégico, sendo que, para tanto, afigura‐se necessário definir processos e recompensar o mérito dos funcionários. (C) ter sido introduzido pela equipe do governo Thatcher, em 1979, como forma de diminuir o tamanho do Estado na economia e reverter o processo de decadência econômica da Inglaterra. (D) ambas as abordagensdefenderem a necessidade de servidores competentes, bem treinados e bem pagos, com o objetivo de servir o cidadão. (E) terem em comum a premissa de que o Estado deve intervir diretamente no setor econômico, em substituição à iniciativa privada, razão pela qual deve‐se aplicar aos servidores os métodos de gestão, orientados para a obtenção de resultados. 44. O modelo de Administração Pública Gerencial tem como principais características (A) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão‐cliente. (B) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles formais de processos e ênfase no cidadão‐cliente. (C) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis superiores e aumento dos inferiores, que passam a ser dotados de total autonomia decisória. (D) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra todo o poder decisório. (E) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais e supressão dos mecanismos de controle de processos. 45. Sobre as características da administração pública gerencial considere: I. No plano da estrutura organizacional tornam‐se essenciais a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos. II. Tem como princípios orientadores do seu desenvolvimento o poder racional‐legal. III. O cidadão é visto como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. IV. Sua estratégia volta‐se para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade. V. Os cargos são considerados prebendas. É correto o que consta APENAS em (A) I e V. (B) I e II. (C) II, III e IV. (D) I, III e IV. (E) II, III e V. 46. O indicador de desempenho que afere os impactos gerados pelos produtos e serviços, processos ou projetos de um determinado sistema (organização, programa, política pública, rede) no beneficiário final, é denominado indicador de (A) efetividade. (B) eficiência. (C) eficácia. (D) economicidade. (E) excelência. 47. O modelo de administração pública gerencial (A) prioriza o atendimento das demandas do cidadão. (B) identifica o interesse público com a afirmação do poder do Estado. (C) identifica o interesse da coletividade com o do Mercado. (D) baseia‐se na competência técnica dos servidores e na centralização da decisão. (E) enfatiza o controle dos processos formais, visando à punição exemplar dos incompetentes. 48. Em decorrência do processo de mudança para uma administração pública gerencial e da obtenção de padrões elevados de desempenho e de excelência na gestão de serviços públicos, um dos princípios que constitucionalmente deve nortear a atuação da administração pública é o da (A) desconcentração. (B) descentralização. (C) efetividade. (D) eficiência. (E) eficácia. GABARITO: 1- C 2 – E 3 – E 4 – C 5 – E 6 – E 7 – E 8 – E 9 – E 10 – C 11 – C 12 – 13 – E 14 – E 15 – C 16 – 17 – E 18 – E 19 – E 20 – C 21 – C 22 – C 23 – C 24 – E 25 – E 26 – E 27 – B 28 – C 29 – C 30 – E 31 – E 32 – E 33 – C 34 – E 35 – E 36 – C 37 – E 38 – E 39 – B 40 – E 41 – A 42 – D 43 – A 44 – A 45 – D 46 – A 47 – A 48 – D Vídeos 12, 13, 14 1 - (MSCONCURSOS - 2017 - PREF. DE PIRAÚBA-MG - AGENTE FISCAL) Com relação aos modelos de Administração Pública, assinale a alternativa correta. a) O alicerce da Administração Pública burocrática é o princípio da eficiência, o qual foi inserido no caput da Constituição Federal por meio da Emenda Constitucional n.º 19, de 1998. b) A Administração Pública gerencial, em face de seu formalismo exagerado e preocupação excessiva com controles, torna a administração pública rígida, engessada e pouco eficiente. c) Na Administração Pública patrimonialista, verifica-se que o aparelho do Estado é utilizado em benefício do próprio governante e de terceiros por ele favorecidos. Este modelo é caracterizado pela não distinção entre o que é patrimônio público e o que é patrimônio privado. Em outros termos, a res publica (coisa do povo) se confundia com a res principis (coisa do príncipe). d) O contrato de gestão é técnica típica da Administração Pública patrimonialista. Esse tipo de contrato pode ser firmado pela Administração Direta com entidades não pertencentes à administração pública, como, a exemplo, as fundações públicas. 2 - (IBFC - 2017 - EBSERH - ANALISTA ADMINISTRATIVO) Leia as afirmações abaixo sobre formas de Administração Pública e assinale a alternativa correta. I. Administração pública patrimonialista tem como princípios orientadores de seu desenvolvimento a profissionalização a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional legal. II. Administração pública burocrática funciona como uma extensão do poder soberano e seus auxiliares servidores possuem status de nobreza real. III. Administração pública gerencial tem como pontos essenciais a eficiência da administração pública, a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços. a) Nenhuma das afirmações está correta b) Todas as afirmações estão corretas c) Somente a afirmação I está correta d) Somente a afirmação III está correta e) Somente a afirmação II está correta 3 - (CESPE - 2016 - FUB - AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Com relação à administração pública, julgue o item que se segue. No modelo de administração pública patrimonial, os bens do Estado são administrados de forma pessoal, como se pertencessem ao próprio governante. 4 - (IBFC - 2016 - SES-PR - ADMINISTRADOR) Leia as afirmações abaixo sobre Modelo Patrimonial de Administração Pública e assinale a alternativa correta. I. A compreensão do modelo patrimonial de administração pública requer a retomada de um fundamento da dominação tradicional: a piedade pessoal. II. Na dominação tradicional, a reverência ao soberano garante a legitimidade das regras instituídas por ele. Prevalece entre os subjugados a noção de que tal autonomia não é limitada por forças concorrentes, o que possibilita o exercício pessoal e arbitrário do poder. a) Todas as afirmações estão corretas. b) Nenhuma das afirmações está correta. c) Somente a afirmação I está correta. d) Somente a afirmação II está correta. 5 - (ESAF - 2016 - ANAC - TÉCNICO) Assinale a opção que indica as formas de administração pública no Brasil, que se sucedem no tempo, sem que, no entanto, qualquer uma delas seja inteiramente abandonada. a) A Administração Pública Patrimonialista, a Burocrática e a Gerencial. b) A Administração Pública Patrimonialista, a Burocrática e a Contingencial. c) A Administração Pública Patrimonialista, a Burocrática e a Clássica. d) Administração Pública Patrimonialista, a Burocrática e a Pós- Burocrática. e) A Administração Pública Patrimonialista, a Burocrática e a Empreendedora. 6 - (COSEAC - 2016 - UFF - ASSISTENTE) Os modelos de gestão pública aplicados no Brasil conceituam-se em Patrimonialista, Burocrático e Gerencial. Sobre eles é INCORRETO afirmar que a) na Administração Pública Burocrática, são necessários controles rígidos dos processos, como por exemplo na admissão de pessoal. b) em 1995, foi lançado o Plano Diretor da Reforma do Estado, e o Ministério do Planejamento foi órgão responsável para executar a reforma. c) as Agências Reguladoras e Executivas foram criadas com o Plano Diretor da Reforma do Estado. d) um dos objetivos a médio prazo do Plano Diretor da Reforma do Estado foi tornar a administração pública mais eficiente e moderna, voltada ao atendimento dos cidadãos.7 - (CESPE - 2016 - TCE-PA - AUDITOR) Com relação às diferentes abordagens da administração e à evolução da administração pública no Brasil, julgue o item a seguir. Com a implantação da reforma da gestão pública em 1995, os elementos patrimonialistas e clientelistas foram extintos da cultura administrativa brasileira. Quando o aparelho do Estado é uma espécie do poder do soberano, havendo a confusão entre a coisa pública e privada, onde os interesses particulares ou de uma minoria estão acima dos interesses da sociedade, temos nesse caso, um Estado essencialmente: a)Burocrático b)Corrupto c) Patrimonialista d) Assistencialista 8 - Quando o aparelho do Estado é uma espécie do poder do soberano, havendo a confusão entre a coisa pública e privada, onde os interesses particulares ou de uma minoria estão acima dos interesses da sociedade, temos nesse caso, um Estado ssencialmente: a)Burocrático b)Corrupto c) Patrimonialista d) Assistencialista 9 - (FGV - 2015 - DPE-RO - ANALISTA) As reformas administrativas no Brasil, em grande medida, mostraram-se voltadas à eliminação do patrimonialismo. Em relação ao patrimonialismo, é correto afirmar que: a) o quadro administrativo é formado por pessoas com vínculo de fidelidade pessoal; b) os processos e controles são centrais ao funcionamento das organizações; c) a impessoalidade nas relações é uma característica fundamental; d) a periferia operacional é separada do núcleo estratégico; e) os serviços são moldados como quasi-mercados. 10 - (PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - ASSISTENTE) Ao tratar das diferentes reformas de Estado conduzidas no último século no Brasil, é frequente encontrar justificativas associadas à necessidade de eliminação do patrimonialismo. O patrimonialismo é característica de um Estado e de uma administração pública nos quais há: a) concentração nos processos, sendo autorreferente. b) orientação para o cidadão e para a obtenção de resultados. c) incorporação de procedimentos flexíveis e controle a posteriori. d) definição e controle de procedimentos nos diferentes processos e) adoção de casuísmo, formalismo e particularismo de procedimentos 11 - Segundo a concepção burocrática de administração pública, o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do controle rígido dos processos e procedimentos. 12 - A reforma administrativa iniciada pelo Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) instituiu o Estado moderno no Brasil, com vistas ao combate ao patrimonialismo e à burocracia estatal. 13 - O Decreto-lei n.º 200/1967 impôs novos rumos para a administração pública brasileira, tendo proporcionado a expansão da administração indireta por intermédio da criação de empresas estatais e da autonomia de gestão. 14 - A estrutura administrativa implantada pelo governo de Getúlio Vargas previa uma administração desburocratizada. 15 - O DASP, implantado em 1936 com o objetivo de suprir a administração patrimonialista até então existente, foi extinto no governo de Juscelino Kubitschek. 16 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A reforma em questão teve início com a publicação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE). 17 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) veio em resposta à crise generalizada do Estado brasileiro. 18 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O Brasil foi um dos últimos países em desenvolvimento a iniciar a sua reforma na gestão pública. 19 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O modelo da administração pública gerencial tem como um dos seus pressupostos a centralização das decisões e funções do Estado. 20 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi o primeiro movimento de reforma administrativa do país. 21 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. No que diz respeito à administração dos recursos humanos, a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) representou uma tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional. 22 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O modelo burocrático tradicional, priorizado pela CF e pelo direito administrativo brasileiro, baseia-se no formalismo, no excesso de normas e na flexibilidade de procedimentos. 23 - 18. Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. Os princípios da administração burocrática clássica foram introduzidos na administração pública brasileira por meio do Decreto-lei nª200/1967, o que marca o fim da hegemonia do modelo patrimonialista 24 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública brasileira ocorreu em 1936, com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). 25 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. O governo autoritário de Vargas investiu na modernização da máquina administrativa do Estado por meio da difusão dos paradigmas burocráticos de Max Weber. 26 - Com referência à Reforma da Gestão Pública do Brasil em 1995, julgue os itens que se seguem. A administração pública burocrática representou uma tentativa de substituição das práticas patrimonialistas, originárias das monarquias absolutistas, em que inexistia clara distinção entre a res pública e a res privada. 27 - Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue os itens a seguir. Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações administrativas. 28 - Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue os itens a seguir. Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de intervenção do Estado na vida econômica e social do país. 29 - (FCC - 2015 - DPE-SP - ADMINISTRADOR) Considerando os três modelos teóricos de Administração pública, patrimonialista, burocrático e gerencial, é correto afirmar: a) O gerencialismo inclui a interpermeabilidade entre os patrimônios públicos e privados. b) Uma das disfunções da burocracia refere-se à busca excessiva por resultados. c) Em relação à utilização de normas escritas e não escritas, não há uma diferença clara entre os três modelos. d) O patrimonialismo pode ser exercido por meio do nepotismo e da corrupção. e) A divisão do trabalho, na burocracia, é feita por meio de cargos e de pessoas. 30 - Na administração pública burocrática, o combate à corrupção e ao nepotismo patrimonialista, por meio do controle administrativo, é sempre a priori, visto que consiste em um princípio norteador desse tipo de administração. 31 - No patrimonialismo, a res pública diferencia-se completamente das res principis. 32 - Apesar de a administração pública burocrática ser, de uma forma geral, ineficiente, os serviços que oferece aos cidadãos/clientes são referenciais de qualidade de prestação de serviço. 33 - As medidas adotadas entre os anos de 1995 e 1998 introduziram uma cultura gerencialna administração pública brasileira e contribuíram para o fortalecimento de valores democráticos, tais como a transparência, a participação e o controle social. 34 - O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado não compreendeu entre seus princípios a necessidade de ênfase na qualidade, na produtividade e na satisfação do cidadão. 35 - Uma instituição que segue modelo organizacional fundamentado na teoria da burocracia caracteriza-se por confusão, demora e falta de critérios objetivos para promoção e assunção de cargos de chefia. 36 - Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata‐se (A) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado gerencial. (B) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano. (C) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado gerencial patrimonial. (D) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial. (E) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade. 37 - NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, (A) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público. (B) estrutura hierárquica fortemente verticalizada, impessoalidade e formalismo. (C) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa. (D) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados. (E) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito. 38 - (PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - ASSISTENTE) Os conceitos de administração direta e indireta foram criados no âmbito do Decreto Lei Federal N° 200/67. Segundo o ex-ministro Bresser Pereira, dado o conjunto de ações visando a sua implementação, surgiu naquele momento uma série de consequências indesejadas para a administração pública. Dentre elas, destaca-se: a) a ampliação da pré-existente rigidez excessiva da administração indireta e a obtenção de menor eficiência da administração direta. b) a facilitação do patrimonialismo na administração indireta por meio de contratações sem concurso público, ocasionando nepotismo. c) a manutenção de relações entre poderes, visando a facilitar a aprovação dos orçamentos submetidos pelo Executivo ao Congresso. d) a influência da expansão de órgãos da administração direta, concentrando nesta a maior parte dos investimentos do governo federal e) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, por meio do desenvolvimento de carreiras de altos administradores na administração indireta. 39 - (FCC - 2015 - DPE-RR - ADMINISTRADOR) Na Administração pública, a) o Gerencialismo Puro é um dos modelos gerenciais, que busca o aumento da participação social a partir da utilização de instrumentos de transparência. b) a burocracia é caracterizada pelo controle de procedimentos, que alinha os objetivos da organização aos resultados a serem alcançados. c) o Public Service Orientation é um dos modelos burocráticos, que busca o fortalecimento do controle de procedimentos e da meritocracia. d) o patrimonialismo é caracterizado pela interpermeabilidade entre os patrimônios público e privados de líderes carismáticos. e) o Consumerism é um dos modelos gerenciais, que busca a qualidade e a efetividade dos serviços públicos. 40 - 108. (CEPERJ - 2014 - FSC - TÉCNICO) O patrimonialismo se caracterizava por apresentar: a) foco na eficiência administrativa b) manifestação da dominação tradicional c) reação à ausência de profissionalismo d) privilégio à meritocracia e) formalismo exagerado 41 - 109. (FEPESE - 2014 - MPE-SC - ANALISTA) A administração pública gerencial tem como características conceituais: 1. eficiência e eficácia. 2. competitividade. 3. patrimonialismo. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) É correta apenas a afirmativa 1. b) É correta apenas a afirmativa 2. c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 42 - (CEPERJ - 2014 - RIOPREVIDENCIA - ESPECIALISTA PREVD. SOCIAL) Segundo alguns estudiosos que refletem sobre a administração pública brasileira, estaria havendo um processo de retorno ao patrimonialismo, no bojo do discurso antiburocrático. A dominação patrimonial é definida como apoiada: a) na existência de um quadro administrativo puramente pessoal, formado por companheiros ou súditos, recrutados por critério de afetividade, lealdade e confiança b) nas condições materiais dos dirigentes públicos, cujo patrimônio elevado e o apoio financeiro aos políticos nos processos eleitorais lhes concede o direito aos postos e cargos c) na crença de que algumas pessoas por sua qualificação e prestígio têm o direito de assumir os cargos públicos e conduzi-los de acordo com seu próprio entendimento acerca das questões que lhe são colocadas para apreciação e decisão d) em processos de escolha em que o soberano faz a indicação de pessoas para os cargos públicos do reino de acordo com critérios de conhecimento, sabedoria e grande discernimento, demonstrados no convívio da corte e) nos setores armados da sociedade feudal, em particular nos senhores feudais, que indicam os servos mais judiciosos para os cargos públicos, de acordo com processos abertos e convites do próprio soberano 43 - 111. (CEPERJ- 2013 - SEPLAG-RJ - ESPECIALISTA POLÍTICA PÚBLICA) O patrimonialismo é uma prática condenável porque significa a apropriação privada de recursos e/ou bens públicos, sob as mais variadas maneiras. É o tratamento da coisa pública como se ela fosse patrimônio privado do gestor. A iniciativa mais diretamente oposta ao patrimonialismo, adotada na administração pública, é: a) o gerencialismo b) o new public management c) o neoliberalismo d) a burocracia e) a organização social 44 - (TJ-PR - 2013 - TJ-PR - ADMINISTRADOR) Sobre a história da Administração Pública brasileira, considere as seguintes afirmativas: 1. A Administração Pública brasileira foi marcada, historicamente, por três grandes momentos: Administração Patrimonial, Burocrática e Gerencial. 2. O patrimonialismo desapareceu ao longo da história da Administração Pública brasileira. 3. Após as reformas burocrática e gerencial, as práticas de nepotismo continuaram a vigorar no Brasil. 4. O sistema patrimonialista buscou conferir maior impessoalidade e hierarquia à atividade estatal. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. d) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 45 - (TJ-PR - 2013 - TJ-PR - ADMINISTRADOR) Sobre a história da Administração Pública brasileira, considere as seguintes afirmativas: 1. A Administração Pública brasileira foi marcada, historicamente, por três grandes momentos: Administração Patrimonial, Burocrática e Gerencial. 2. O patrimonialismo desapareceu ao longo da história da Administração Pública brasileira. 3. Após as reformas burocrática e gerencial, as práticas de nepotismo continuaram a vigorar no Brasil. 4. O sistema patrimonialista buscou conferir maior impessoalidade e hierarquia à atividade estatal. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. d) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.46 -(CESPE - 2013 - FUB - ADMINISTRADOR) Em relação à evolução da administração pública no Brasil após 1930, às reformas administrativas e à nova gestão pública, julgue os itens que se seguem. A crise do nacional-desenvolvimentismo e as críticas ao patrimonialismo e ao autoritarismo do Estado brasileiro estimularam a emergência de um consenso político de caráter liberal que se embasou na articulação entre estratégia de desenvolvimento independente e associado, as estratégias neoliberais de estabilização econômica e as estratégias administrativas dominantes no cenário de reformas orientadas para o mercado. 47 - (CESPE - 2012 - ANAC - ANALISTA) De acordo com o modelo patrimonialista, o gestor público deve ter autonomia para gerir os recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, a fim de que os objetivos contratados e a finalidade pública sejam atingidos. 48 - (CEPERJ - 2012 - SEDUC-RJ - DIRETOR) Um Diretor quer colocar nos quadros administrativos da escola dois amigos de sua mulher e sua própria mulher. Do ponto de vista das análises que procuram interpretar características da formação cultural do Brasil, em face da democracia, cidadania e burocracia, este comportamento é conhecido como: a) patrimonialismo b) autoritarismo c) mandonismo d) personalismo e) individualismo 49 - (CESPE - 2012 - PRF - TAE) Os desafios da administração pública contemporânea relacionam-se diretamente à quebra de paradigmas e conceitos preestabelecidos sobre a gestão organizacional. A constante troca de conhecimento entre a esfera pública e privada é essencial para garantir a constante evolução dos sistemas organizacionais. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir. A erradicação do patrimonialismo no Brasil aconteceu com a reforma administrativa de 1930, que instituiu o modelo de administração burocrática na gestão governamental brasileira. 50 - (CESPE - 2012 - TJ-RO - ADMINISTRADOR) As características da administração pública patrimonialista incluem a) gestão por resultados, poder racional-legal e tecnicismo. b) nepotismo, clientelismo e não separação entre público e privado. c) não separação entre público e privado, tecnicismo e paternalismo. d) poder racional-legal, hierarquia funcional e formalismo. e) paternalismo, patrimonialismo e formalismo. 51 - (FUNCAB - 2016 - SEGEP-MA - AGENTE PENITENCIÁRIO) A assertiva “a Administração Pública deve atender os interesses do governante, que faz uso do poder que emana do povo em seu favor, é relacionada à(ao): a) Estado empreendedor. b) Administração Pública gerencial. c) patrimonialismo. d) burocracia. e) governança pública. 52 - (IBFC - 2016 - SES-PR - ADMINISTRADOR) Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna a seguir.____________________, lógica gerencial que dá forma à dominação racional-legal, apoia-se em competências oficiais, ordenadas por leis ou regulamentos administrativos que são instituídos por autoridades. a) Democracia. b) Autocracia. c) Burocracia. d) Livre Poder. GABARITO 1-C 2-D 3-C 4-A 5-A 6-B 7-E 8- 9-A 10-E 11-C 12-E 13-E 14-E 15-E 16-C 17- 18-E 19-E 20-C 21- 22-E 23-E 24-E 25-C 26-C 27-C 28-C 29-D 30-C 31-E 32-E 33-C 34-E 35-E 36-B 37-E 38-B 39-E 40-B 41-C 42-A 43-D 44-D 45-D 46-E 47-E 48-A 49-E 50-B 51-C 52-C Vídeos 15, 16, 17 1 - (IBFC - 2016 - EBSERH - ANALISTA) A Teoria da Burocracia de Max Weber traz para as organizações, e também para as públicas, o conceito de burocracia. Essa burocracia tem uns princípios básicos. Assinale a alternativa que não contém um desses princípios. a) Formalização – existem regras definidas que serão protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito b) Divisão do trabalho – cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências c) Propriedade e administração – os burocratas não se limitam a administrar os meios de produção, também os possuem d) Completa previsibilidade do funcionamento – todos os funcionários deverão se comportar de acordo com as normas e os regulamentos da organização, a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível e) Competência técnica e meritocracia – a escolha dos funcionários e cargos dependem, exclusivamente, de seus méritos e suas capacidades, o que leva à necessidade da existência de formas de avaliação objetivas 2 - (IBADE - 2016 - SEDUC-RO - ADMINISTRADOR) A instituição administrativa do Estado, que usa como método de combate à corrupção e ao nepotismo a adoção de princípios de um serviço público profissional e de um sistema administrativo, formal e racional, é denominado(a): a) burocracia. b) persecução jurisdicional. c) constitucionalismo. d) arcabouço jurídico. e) democracia. 3 - (ESAF - 2016 - FUNAI - TODOS OS CARGOS) No setor público, a gestão da mudança pelas reformas administrativas deriva de agendas explícitas de reorientação política e (re)estruturação institucional em governos e organizações públicas. Uma modernização do setor público baseado no paradigma da burocracia inclui, entre outros aspectos: a) uma gestão pública empreendedora, orientada por instrumentos de contratualização de resultados. b) um gerenciamento público de tipo ideal weberiano, marcado pela formalidade e pelo corporativismo. c) uma administração pública racional-legal, guiada pela impessoalidade e pela meritocracia. d) uma administração pública anti-patrimonialista, pautada pelo sistema de patronagem. e) uma gestão pública eficiente e tecnopolítica, organizada em aneis burocráticos e com foco relacional. 4 - (FCC - 2015 - TCE-CE - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) A redução dos trâmites necessários para exportações e importações entrou no rol das reformas que o Ministério da Fazenda está desenvolvendo para elevar a competitividade do Brasil e aumentar o crescimento da economia. Uma pesquisa mostra que o exportador precisa preencher o CNPJ em 17 documentos diferentes e a nomenclatura da mercadoria deve ser registrada em 13 papéis oficiais. Ao todo, há 27 órgãos que tratam de exportações e boa parte deles tem exigências semelhantes, o que faz com que o empresário tenha que repetir procedimentos para fazer uma única transação. Isso gera custo elevado para as companhias exportadoras. Estudo feito pelo professor Lucas Ferraz a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que, se o tempo necessário para apresentar documentos cair dos 13 dias atuais para 8 dias, a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) pode chegar a 1,19%, o que equivaleria a US$ 23,8 bilhões, em 2016. (BASILE, Juliano. Para estimular crescimento, Fazenda quer menos burocracia na exportação. Valor Econômico, 23/04/2015) 5 - Com base no fragmento de texto acima e na literatura sobre Administração burocrática, considere as afirmações a seguir: I. O fornecimento de informações precisas e detalhadas, inclusive para mais de um órgão, garante o controle dos procedimentos e o cumprimento das regras e legislações, gerando a segurança necessária para aumentar a competitividade dos exportadores e importadores brasileiros. II. O excesso de procedimentos constitui obstáculo à eficiência da economia brasileira. III. O excesso de trâmites, uma das disfunções do modelo burocrático, aumenta os custos, reduzindo a competitividade do setor de exportação brasileiro. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) I e II, apenas. d) III, apenas. e) I, II e III. 6 - (FCC - 2015 - TCE-CE - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) A Administração pública burocrática a) caracteriza-se pelo controle rígido, exercido prioritariamente por indicadores de gestão. b) baseia-se no princípiodo mérito profissional e enfatiza a definição de metas para a atuação dos servidores públicos e, consequentemente, a sua progressão na carreira. c) baseia-se no princípio do mérito profissional e enfatiza a importância do cumprimento de regras e procedimentos rígidos. d) baseia-se no princípio do mérito profissional e atribui grau limitado de confiança aos servidores e políticos, recomendando, para isso, o contrato de gestão. e) foi adotada em substituição à Administração patrimonial, que distinguia o patrimônio público do patrimônio privado. 7 - (CCV - 2015 - UFC - ASSISTENTE) A burocracia propicia às organizações públicas: a) O retrabalho. b) O acúmulo de papel e de assinaturas. c) A divisão do trabalho de forma inadequada. d) A profissionalização das atividades e das pessoas. e) A escolha de pessoas, não por mérito ou competência. 8 - (CCV - 2015 - UFC - ADMINISTRADOR) São características da burocracia, na Administração Pública: a) Acúmulo de papel e retrabalho. b) Contratação por concurso público. c) Falta de autonomia por parte dos colaboradores. d) Divisão racional do trabalho, meritocracia e impessoalidade. e) Falta de profissionalização e imprevisibilidade de atendimento. 9 - (CEPERJ - 2015 - PREFEITURA SAQUAREMA-RJ - GESTOR PÚBLICO) O órgão responsável pela reforma administrativa brasileira inspirada no modelo weberiano de burocracia foi: a) BNDES. b) DIP. c) DASP. d) DENOCS. e) DAP. 10 - ESAF - 2015 - ESAF - ANALISTA) Acerca do papel da Burocracia no processo de formulação e implementação de políticas públicas, bem como de sua relação com o universo político, é incorreto afirmar que: a) considerando a tendência de os formuladores políticos tomarem decisões muito genéricas, ambíguas ou até contraditórias, é natural que uma boa parte da decisão repouse no domínio da burocracia. b) embora detentores de interesses próprios e corporativos, os agentes burocráticos são neutros, incapazes de mobilizar recursos políticos e a atenção da sociedade organizada. c) como forma de enfrentar as dificuldades e desafios do processo de implementação de políticas públicas, é comum observar a burocracia modificar seu trabalho, ajustando os objetivos do programa aos recursos disponíveis. d) a burocracia é capaz de atuar no cenário político de forma autônoma e direta, dispensando o concurso dos políticos, seja para formular demandas, definir preferências, manejar recursos de poder, seja para mobilizar o apoio de diferentes atores em sustentação às suas iniciativas. e) a burocracia é capaz de controlar a implementação das decisões e de conquistar legitimidade por vários meios, entre os quais se destaca o argumento da competência técnica. 11 - (CS-UFG - 2015 - AL-GO - ASSISTENTE) A administração e a Administração Pública apropriaram-se dos conceitos da teoria weberiana de burocracia, adaptando-a aos pressupostos organizacionais administrativos. Faz parte das características da organização burocrática a a) especialização da administração, a meritocracia e a completa flexibilidade do funcionamento. b) hierarquia da autoridade, a subjetividade nas relações e o caráter formal das comunicações. c) impessoalidade nas relações, a hierarquia da autoridade, a competência técnica e a meritocracia. d) previsibilidade completa do funcionamento, o caráter informal das comunicações e a meritocracia. 12 - (CESPERJ - 2015 - PREF. SAQUAREMA-RJ - GESTOR PÚBLICO) A moderna administração pública, principalmente com o advento da República, trata com muito rigor o que é bem público e o que é bem privado. O servidor público não pode usar qualquer recurso público sob seu controle para atender sua necessidade privada. Isto tem relação direta com uma característica da burocracia, em especial: a) a imparcialidade no trato com as pessoas. b) a publicidade de tudo que constitui ato administrativo. c) a formalidade exigida no trato dos bens públicos. d) a hierarquia entre os dirigentes e os auxiliares. e) a separação entre a propriedade e a gestão. 13 - (AOCP - 2015 - TRE-AC - TÉCNICO) A estruturação da máquina administrativa no Brasil passou por reformas que provocaram mudanças e impactos nas estruturas administrativas do setor público. Dentre essas reformas, surgiu o Plano Diretor da Reforma do Estado para modificar a burocracia pública brasileira, dividindo as atividades estatais em dois segmentos. Quais são esses segmentos? a) Atividades de legislação pública e atividades de formulação de políticas públicas. b) Atividades de reformas estruturais do Estado e atividades de reformas da administração pública. c) Atividades exclusivas do Estado e atividades não exclusivas do Estado. d) Atividades de criação e expansão de burocracias públicas e atividades de racionalização. e) Atividades de gerencialismo na administração pública e atividades de descentralização. 14 - O modelo de Administração Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, caracteriza‐se (A) pela criação de uma estrutura própria e estável, imune à alternância dos governantes, submetida a rígidos controles de resultado e de qualidade, sendo comumente criticada pelo excesso de formalismo e falta de flexibilidade. (B) pela consolidação do patrimonialismo, fazendo com que o Aparelho do Estado atue como extensão do poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo clientelismo, nepotismo e ausência de controles efetivos. (C) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuar de forma paralela e imune ao poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo inchaço dos quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na correspondente atuação. (D) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo, sendo comumente criticada pela rigidez do controle dos processos, de forma auto‐referenciada e sem compromisso com os resultados para o cidadão. (E) como reação à Administração Pública patrimonialista, buscando instituir mecanismos de controle da atuação dos governantes, com ênfase nos resultados, sendo comumente criticada pela ausência de controles eficazes dos processos. 15 - (FUNRIO - 2015 - UFRB - TECNÓLOGO) Quando analisamos a evolução da história da Administração Pública brasileira e a história da administração, em geral, encontramos as fases do patrimonialismo, burocracia e gerencialismo. Administração Pública gerencial constitui um avanço, e, até certo ponto, um rompimento com a Administração Pública burocrática. Isso não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a Administração Pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva alguns de seus princípios fundamentais. Nesse sentido, a diferença fundamental da administração gerencial para a burocrática está a) na forma de controle, que agora passa a ter foco nos resultados de acordo com o planejamento institucional, que define metas, que o gestor seja um coordenador ou supervisor eficiente das atividades organizacionais, tenha liderança e espírito colaborativo e foco na eficiência. b) no foco gerencial, para que seja eficaz apenas na sua especialidade e na capacidade de comandar e coordenar tarefas. c) na realidade administrativa como algo racional, controlável ou imutável e passível de ser uniformizado. d) na compreensão que as organizações são diferentes no tempo e no espaço e estão inseridas em ambientes complexos e heterogêneos em ritmo de mudança acelerada, para isso requer foco na avaliação institucional, intermediado ao Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização. e) na supervisão de rotinas e lide com tecnologias específicas, ao mesmo tempo que adote ações de curto prazo na busca de recursos de desenvolvimento gerencial, tais como informação, gestão organizacional e processodecisório. 16 - As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação em desenvolvimento. 17 - Após a reforma ocorrida na década de 90 do século XX, o Estado brasileiro superou o paradigma burocrático, adotando, com êxito, o modelo gerencial. 18 - O Decreto-lei n.º 200/1967 caracterizou-se como uma tentativa do governo federal de conferir maior efetividade à ação governamental por meio de intensa centralização do aparelho estatal. 19 - A reforma da administração pública empreendida na década de trinta do século passado representou, em todos os seus aspectos, o fortalecimento da lógica patrimonialista de Estado. 20 - Com relação à administração pública burocrática considere. I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a idéia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas. IV. O controle pode transformar‐se na própria razão de ser do funcionário; voltando‐se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, II, III e V. (C) II, III e IV. (D) II e V. (E) III, IV e V. 21 - O modelo de Administração Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, caracteriza‐se (A) pela criação de uma estrutura própria e estável, imune à alternância dos governantes, submetida a rígidos controles de resultado e de qualidade, sendo comumente criticada pelo excesso de formalismo e falta de flexibilidade. (B) pela consolidação do patrimonialismo, fazendo com que o Aparelho do Estado atue como extensão do poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo clientelismo, nepotismo e ausência de controles efetivos. (C) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuar de forma paralela e imune ao poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo inchaço dos quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na correspondente atuação. (D) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo, sendo comumente criticada pela rigidez do controle dos processos, de forma auto‐referenciada e sem compromisso com os resultados para o cidadão. (E) como reação à Administração Pública patrimonialista, buscando instituir mecanismos de controle da atuação dos governantes, com ênfase nos resultados, sendo comumente criticada pela ausência de controles eficazes dos processos. 22 - O enfoque gerencial da Administração Pública costuma ser associado à ideologia neoliberal, em função de (A) as técnicas de gerenciamento serem quase sempre introduzidas ao mesmo tempo em que se realiza um ajuste estrutural para combater o déficit fiscal. (B) ambas as abordagens defenderem o estado mínimo, com o governo atuando apenas no chamado núcleo estratégico, sendo que, para tanto, afigura‐se necessário definir processos e recompensar o mérito dos funcionários. (C) ter sido introduzido pela equipe do governo Thatcher, em 1979, como forma de diminuir o tamanho do Estado na economia e reverter o processo de decadência econômica da Inglaterra. (D) ambas as abordagens defenderem a necessidade de servidores competentes, bem treinados e bem pagos, com o objetivo de servir o cidadão. (E) terem em comum a premissa de que o Estado deve intervir diretamente no setor econômico, em substituição à iniciativa privada, razão pela qual deve‐se aplicar aos servidores os métodos de gestão, orientados para a obtenção de resultados. 23 - O modelo de Administração Pública Gerencial tem como principais características (A) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão‐cliente. (B) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles formais de processos e ênfase no cidadão‐cliente. (C) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis superiores e aumento dos inferiores, que passam a ser dotados de total autonomia decisória. (D) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra todo o poder decisório. (E) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais e supressão dos mecanismos de controle de processos. 24 - Sobre as características da administração pública gerencial considere: I. No plano da estrutura organizacional tornam‐se essenciais a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos. II. Tem como princípios orientadores do seu desenvolvimento o poder racional‐legal. III. O cidadão é visto como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. IV. Sua estratégia volta‐se para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade. V. Os cargos são considerados prebendas. É correto o que consta APENAS em (A) I e V. (B) I e II. (C) II, III e IV. (D) I, III e IV. (E) II, III e V. 25 - O indicador de desempenho que afere os impactos gerados pelos produtos e serviços, processos ou projetos de um determinado sistema (organização, programa, política pública, rede) no beneficiário final, é denominado indicador de (A) efetividade. (B) eficiência. (C) eficácia. (D) economicidade. (E) excelência. 26 - O modelo de administração pública gerencial (A) prioriza o atendimento das demandas do cidadão. (B) identifica o interesse público com a afirmação do poder do Estado. (C) identifica o interesse da coletividade com o do Mercado. (D) baseia‐se na competência técnica dos servidores e na centralização da decisão. (E) enfatiza o controle dos processos formais, visando à punição exemplar dos incompetentes. 27 - Em decorrência do processo de mudança para uma administração pública gerencial e da obtenção de padrões elevados de desempenho e de excelência na gestão de serviços públicos, um dos princípios que constitucionalmente deve nortear a atuação da administração pública é o da (A) desconcentração. (B) descentralização. (C) efetividade. (D) eficiência. (E) eficácia. 28 - A partir da segunda metade do século XX, começa a verificar‐se a erosão do modelo de Administração Pública Burocrática, seja em função da expansão das funções econômicas e sociais do Estado, seja em face do desenvolvimento tecnológico e do fenômeno da globalização. Surge, então, o modelo da Administração Pública Gerencial, cujas características são: (A) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles de processos e ênfase no cidadão. (B) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão. (C) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis inferiores e aumento dos intermediários, dando a estes mais poder decisório, com ênfase no controle dos processos internos. (D) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra o poder decisório, ênfase nos controles interno e externo da atuação dos escalões inferiores. (E) descentralização dos processosdecisórios, horizontalização das estruturas organizacionais, substituição dos mecanismos de controle de processos por mecanismos de controle de resultados, com foco no cidadão. 29 - Do ponto de vista do servidor público, a Administração Gerencial prioriza (A) o fortalecimento das carreiras formalmente estabelecidas, com garantia de ascensão por tempo de serviço e manutenção de mecanismos de estabilidade. (B) o recrutamento por concurso público, para carreiras eminentemente técnicas, e por métodos de seleção diferenciados, para profissionais que ocupem funções de liderança, instituição de técnicas de motivação, treinamento e capacitação. (C) o recrutamento e a promoção por avaliação de desempenho, focada em sistema de controle de resultados aliado à autonomia dos servidores. (D) o abandono de modelos clássicos de carreira, estruturada em níveis e com promoção por mérito e antiguidade, por evolução funcional horizontal, com acréscimos salariais decorrentes de participação nos resultados e gratificações por funções. (E) a remuneração por desempenho, a constante capacitação, o sistema de promoção por mérito em carreiras estruturadas e a autonomia dos executores. 30 - São princípios da administração pública gerencial, segundo o Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado (1995): I. A definição precisa dos objetivos que o administrador público deve alcançar. II. O controle ou cobrança a priori dos resultados. III. O deslocamento da ênfase nos resultados (fins) para os procedimentos (meios). IV. A garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados. São verdadeiras APENAS as afirmativas (A) II e IV. (B) II e III. (C) I e III. (D) I e IV. (E) I e II. 31 - Na administração pública gerencial a estratégia fundamenta‐se I. na definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade. II. na garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados. III. no combate à corrupção e ao nepotismo patrimonialista tendo como princípios orientadores a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. IV. na estrutura de controles rígidos dos processos da efetividade no controle dos abusos na prestação de serviços ao cidadão. V. no argumento de que a administração pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins). É correto o que consta APENAS em (A) III e IV. (B) IV e V. (C) I ,II e III. (D) I, II e V. (E) II, III e IV. 32 - Do ponto de vista do servidor público, a Administração Gerencial prioriza (A) o abandono de modelos clássicos de carreira, estruturada em níveis, por evolução funcional horizontal, com acréscimos salariais decorrentes de participação nos resultados e gratificações por funções. (B) o recrutamento por concurso público para carreiras eminentemente técnicas e por métodos de seleção diferenciados para profissionais que ocupem funções de liderança. (C) o recrutamento e a promoção por avaliação de desempenho e o permanente controle de resultados aliado à autonomia dos servidores. (D) a remuneração por desempenho, a constante capacitação e o sistema de promoção por mérito. (E) o fortalecimento das carreiras formalmente estabelecidas, com garantia de ascensão preferencial dos servidores mais antigos. 33 - Vista como uma forma de organização que se baseia na racionalidade, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos como forma de se garantir a máxima eficiência possível, a Burocracia se caracteriza por encampar os seguintes atributos, exceto: a) impessoalidade nas relações. b) competência técnica e meritocracia. c) informalidade das normas e regulamentos. d) hierarquia da autoridade. e) completa previsibilidade do comportamento. 34 - Acerca do modelo de administração pública gerencial, é correto afirmar que: a) admite o nepotismo como forma alternativa de captação de recursos humanos. b) sua principal diferença em relação à administração burocrática reside na forma de controle, que deixa de se basear nos processos para se concentrar nos resultados. c) nega todos os princípios da administração pública patrimonialista e da administração pública burocrática. d) é orientada, predominantemente, pelo poder racional‐legal. e) caracteriza‐se pela profissionalização, idéia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo. 35 - Acerca dos modelos de gestão patrimonialista, burocrática e gerencial, no contexto brasileiro, é correto afirmar: a) cada um deles constituiu‐se, a seu tempo, em movimento administrativo autônomo, imune a injunções políticas, econômicas e culturais. b) com a burocracia, o patrimonialismo inicia sua derrocada, sendo finalmente extinto com a implantação do gerencialismo. c) o caráter neoliberal da burocracia é uma das principais causas de sua falência. d) fruto de nossa opção tardia pela forma republicana de governo, o patrimonialismo é um fenômeno administrativo sem paralelo em outros países. e) com o gerencialismo, a ordem administrativa se reestrutura, porém sem abolir o patrimonialismo e a burocracia que, a seu modo e com nova roupagem, continuam existindo. 36 - Durante a crise do Estado dos anos 1980 e 1990, palavras e expressões foram forjadas para possibilitar o entendimento de suas diferentes dimensões e propiciar a busca de soluções. Neste contexto, quando um governo está preocupado em legitimar decisões e ações se diz que ele está buscando maior . . ....... Complete a frase com a opção correta. a) governabilidade. b) efetividade. c) governança. d) accountability. e) eficiência. 37 -Julgue as frases a seguir verdadeiras (V) ou falsas (F). Os conceitos de governabilidade e governança estão intimamente relacionados entre si e com a reforma do Estado. 38 -Julgue as frases a seguir verdadeiras (V) ou falsas (F). Por governança se entende a capacidade de governar derivada da legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade civil. 39 - Julgue as frases a seguir verdadeiras (V) ou falsas (F). Por governança se entende a capacidade técnica, financeira e gerencial de implementar políticas públicas. 40 - Julgue as frases a seguir verdadeiras (V) ou falsas (F). Por accountability se entende a capacidade do Estado em formular e implementar políticas públicas e atingir metas. 41 -Julgue as frases a seguir verdadeiras (V) ou falsas (F). A governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes e o sistema de intermediação de interesses 42 - Julgue as frases a seguir verdadeiras (V) ou falsas (F). As demandas recorrentes por políticas públicas são aquelas não resolvidas ou mal resolvidas. Quando se acumulam sem uma solução satisfatória, dependendo de sua duração e gravidade, podem levar a crises de governabilidade que, no limite, chegam a provocar rupturas institucionais 43 - Levando em consideração o uso de controles e indicadores de produtividade em um programa de educação, o percentual de crianças matriculadas e a avaliação da qualidade por meio de exames nacionais são, respectivamente, exemplos de: (A) eficácia e eficiência. (B) eficiência e eficácia. (C) efetividade e eficiência. (D) efetividade e eficácia. (E) eficácia e efetividade. 44 - As seis categorias de indicadores de desempenhoestão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor (insumos, processos, produtos e impactos) e dividem‐se nas dimensões de (A) execução e excelência. (B) efetividade e esforço. (C) outputs e outcomes. (D) resultado e eficácia. (E) resultado e esforço. 45 - Com relação à passagem do modelo racional‐legal ao paradigma pós‐burocrático, considere as afirmativas abaixo. Apesar da forte tendência de flexibilização, não houve ruptura com o modelo burocrático, tendo em vista que a lógica de ação predominante nas organizações continua sendo voltada para o alcance de resultados, associado à racionalidade formal. 46 - Com relação à passagem do modelo racional‐legal ao paradigma pós‐burocrático, considere as afirmativas abaixo. As organizações ditas pós‐burocráticas ainda estão vinculadas à autoridade racionallegal, base do modelo criado por Max Weber. 47 - Com relação à passagem do modelo racional‐legal ao paradigma pós‐burocrático, considere as afirmativas abaixo. A organização pós‐moderna teria como principais características a centralização e a estruturação em redes hierarquizadas conectadas pelas tecnologias de informação. 48 - Com relação à passagem do modelo racional‐legal ao paradigma pós‐burocrático, considere as afirmativas abaixo. A liderança nas organizações pós‐burocráticas é facilitadora e solucionadora de conflitos e problemas, baseando‐se na abertura, participação, confiança e comprometimento. 49 - Com relação à passagem do modelo racional‐legal ao paradigma pós‐burocrático, considere as afirmativas abaixo. O tipo organizacional pós‐burocrático é representado por organizações simbolicamente intensivas, produtoras de consenso por meio da institucionalização do diálogo. 50 - Com relação às características próprias da administração pública gerencial, considere: I. As decisões tomadas pelo governo devem ser submetidas à aprovação dos beneficiários, por meio do voto popular, antes de serem implementadas. II. A gestão toma em consideração critérios de mérito e impessoalidade. III. Um dos objetivos principais da administração pública gerencial é a autonomia gerencial, sendo o contrato de gestão o instrumento de controle dos administradores públicos.4 IV. A administração gerencial é orientada para a satisfação das demandas dos cidadãos. V. A administração gerencial orienta‐se principalmente para a obtenção de resultados. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e III. (B) I, II, III, IV. (C) II, III e V. (D) II, III, IV e V. (E) IV e V. 51 - (FUNCAB - 2016 -SEGEP-MA - Agente Penitenciário) A Administração Pública gerencial compõe a(o): a) Estado empreendedor. b) governança pública. c) patrimonialismo. d) gerencialismo. e) burocracia. 52 - (FUNCAB - 2016 - SEGEP-MA - AGENTE PENITENCIÁRIO) A assertiva “a Administração Pública deve atender os interesses do governante, que faz uso do poder que emana do povo em seu favor, é relacionada à(ao): a) Estado empreendedor. b) Administração Pública gerencial. c) patrimonialismo. d) burocracia. e) governança pública. 53 - (FCC- 2012 - MPE-AP - Administrador) As chamadas organizações públicas enfrentam limites para a atuação empreendedora e pontos de resistência à ação inovadora que, na maioria das vezes, impõe-se de fora para dentro e por pessoas estranhas ao ambiente organizacional. Nesse sentido, o empreendedorismo, como meio de atuação do gestor público, depara-se com fatores que devem ser combatidos para alcançar patamares mais altos de qualidade na prestação de serviços públicos. Os fatores que devem ser combatidos são: a) hierarquia excessiva, paternalismo, burocracia e inflexibilidade. b) crescimento da área pública, terceirização em áreas meio, patrimonialismo e baixa adesão ao e-gov. c) hierarquia excessiva, gratificação por resultados, patrimonialismo e inflexibilidade. d) crescimento da área pública, descontinuidade, burocracia e flexibilidade. e) hierarquia excessiva, crescimento da área pública, patrimonialismo e baixa adesão ao e-gov. 54 - (CESPE - 2012 - TJ-RO - ADMINISTRADOR) As características da administração pública patrimonialista incluem a) gestão por resultados, poder racional-legal e tecnicismo. b) nepotismo, clientelismo e não separação entre público e privado. c) não separação entre público e privado, tecnicismo e paternalismo. d) poder racional-legal, hierarquia funcional e formalismo. e) paternalismo, patrimonialismo e formalismo. 55 - (CESPE- 2012 - TJ-AL - Técnico Judiciário) A respeito das reformas administrativas e da nova gestão pública, assinale a opção correta. a) A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial e gerencial de administração pública. b) A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada nos princípios burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas. c) A administração pública gerencial é multifuncional, define indicadores, mede e analisa resultados, foca no cidadão e procura flexibilizar as relações de trabalho. d) O modelo de administração pública burocrático é orientado para resultado, concentra-se no processo, controla procedimentos e possui alta especialização. e) A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o patrimonialismo como modelo de administração pública, que, apesar de superado, ainda revela grande importância no governo do país. 56 - (FMP-RS- 2012 - TCE-RS - Auditor) A respeito do termo patrimonialismo, assinale a alternativa INCORRETA. a) No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. b) O patrimonialismo surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo. c) O termo patrimonialismo é usado para se referir a formas de dominação política em que não existem divisões nítidas entre as esferas de atividade pública e privada. d) Uma diferença fundamental entre patrimonialismo e feudalismo é a maior concentração de poder discricionário combinado com maior instabilidade nos sistemas patrimoniais. e) A administração do Estado pré-capitalista era uma administração patrimonialista. 57 - (FUNIVERSA - 2011 - EMBRATUR - Administrador) Segundo o Prof. Renato Aldarvis, até 1936, a administração pública brasileira foi, por herança do Império, eminentemente patrimonialista. Entretanto, com a reforma promovida por Maurício Nabuco, foram substituídas as deletéreas práticas por uma burocracia pública. Entre os benefícios trazidos pela burocracia, pode-se apontar a) a profissionalização da administração. b) a eliminação do nepotismo. c) o foco dirigido para o usuário do serviço público. d) a transparência do processo de análise do desempenho funcional. e) o desenvolvimento de estratégias de longo prazo. 58 - (CEPERJ - 2011 - SEFAZ - Oficial da Fazenda) No Brasil, duas características importantes da burocracia, segundo o tipo ideal, são também princípios constitucionais da Administração Pública, quais sejam: a) Separação entre a propriedade e a gestão, e Formalidade b) Moralidade e Publicidade c) Legalidade e Impessoalidade d) Legalidade e Publicidade e) Formalidade e Hierarquia 59 - (FCC - 2011 - TRT - Analista) O modelo de administração gerencial no Brasil a) foi introduzido pelo Decreto-Lei no 200/1967, visando profissionalizar a administração federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero. b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. c) teve seu auge na segunda metadedos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na administração federal. d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal. e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os processos. GABARITO: 1-C 2-A 3-C 4- 5-B 6-C 7-D 8-D 9-C 10-B 11-C 12-E 13-C 14-D 15-A 16-C 17-E 18-E 19-E 20-A 21-D 22-A 23-A 24-D 25-A 26-A 27-D 28-B 29-E 30-D 31-D 32-C 33-C 34-B 35-E 36-A 37-V 38-F 39-V 40-F 41-V 42-V 43-E 44- 45-C 46-C 47-F 48-V 49-V 50-D 51-D 52-C 53-A 54-B 55-C 56-B 57-A 58-C 59-C Vídeos 18 e 19 1 - (FCC - 2011 - TRT - Analista) O modelo de administração gerencial no Brasil a) foi introduzido pelo Decreto-Lei no 200/1967, visando profissionalizar a administração federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero. b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na administração federal. d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal. e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os processos. 2 - (CCV - 2011 - UNILAB - Assistente Administrativo) Assinale a alternativa que indica corretamente as características de uma administração pública gerencial. a) A administração pública gerencial concentra-se fundamentalmente na rigorosa profissionalização da administração pública. b) A administração pública gerencial significa uma evolução da coisa pública, abalando decisivamente os pilares da burocracia. c) A administração pública gerencial adota a lógica privada na gestão da coisa pública, adotando a eficiência, eficácia e efetividade. d) A administração pública gerencial está presente durante os primeiros anos da república, e nela não há clara distinção entre propriedade pública e propriedade privada. e) A administração pública gerencial constitui um avanço e até certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática, pois deixa de concentrar-se nos processos para concentrar-se nos resultados. 3 - (CEPERJ - 2012 - SEPLAG-RJ - Analista) Nos termos da teoria burocrática weberiana, a burocracia é um sistema: a) produtivo b) de administração c) de organização d) empresarial e) de dominação 4 - (CEPERJ - 2012 - RIOPREVIDENCIA - Assistente Previdenciário) Os princípios constitucionais da administração pública que se assemelham a características da burocracia weberiana são: a) dois, legalidade e impessoalidade b) três, moralidade, publicidade e impessoalidade c) quatro, moralidade, eficiência, impessoalidade e publicidade d) cinco, legalidade, publicidade, moralidade, eficiência e eficácia e) seis, publicidade, moralidade, eficiência, eficácia, impessoalidade e igualdade 5 - (UNIRIO - 2012 - UNIRIO - Administrador) “A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado Liberal (...). Constituem princípios orientadores do seu desempenho a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal.” A Administração Pública burocrática surgiu com a filosofia de combate à : a) Corrupção e ao nepotismo patrimonialista b) Monarquia e ao movimento sindicalista. c) Revolução operária e ao feudalismo. d) Burocracia e ao nepotismo patrimonialista. e) Igreja e ao movimento sindicalista. 6 - (FUNIVERSA - 2012 - IFB - Administrador) Em relação às diferenças entre a administração pública burocrática e a gerencial, assinale a alternativa correta. a) A administração pública gerencial acredita em uma racionalidade absoluta, que a burocracia está encarregada de garantir. b) A administração pública burocrática assume que o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção é o controle rígido dos processos e dos procedimentos. c) A administração pública burocrática prega a descentralização, com delegação de poderes, atribuições e responsabilidades para os escalões inferiores. d) A administração pública burocrática pensa a sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza, no qual os cidadãos defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas. e) A administração pública gerencial é autorreferente e concentra-se no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida. 7 - (COPEVE-UFAL - 2012 - IFB - Administrador) O modelo de Administração Pública que teve por características principais o princípio da impessoalidade, a ideia de carreira pública, a profissionalização do servidor e a caracterização do Poder Público como um Poder Racional Legal é nominado. a) Burocrático. b) Gerencial. c) Inovador. d) Patrimonialista. e) Gestão Pública. 8 - (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico em Regulação) A propósito das principais abordagens teóricas acerca da administração, julgue os itens subsequentes. O conceito central da teoria da burocracia é a autoridade legal, racional ou burocrática. 9 - (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial) Com relação às abordagens clássica, burocrática e sistêmica da administração pública, tendo por base as reformas administrativas no Brasil após 1930, julgue os itens a seguir. Em seu sentido original, burocracia representa um sistema de execução da administração pública caracterizada pelo excesso de papéis e de regulamentos e pela demora dos atendimentos. ( ) Certo ( ) Errado 10 - (CEPERJ - 2013 - RIOPREVIDENCIA - Contador) A burocracia é também chamada por Weber de: a) sistema de dominação tradicional b) sistema administrativo racional c) organização racional do trabalho d) gestão impessoal e legal e) sistema racional-legal 11 - (CEPERJ - 2013 - RIOPREVIDENCIA - Contador) Quando se fala de administração pública gerencial, se está falando de uma administração pública cuja referência é: a) o gerenciamento misto, entre o burocrático e o privado b) o gerenciamento das organizações não governamentais c) a prática do gerenciamento de empresas privadas d) a supressão da burocracia e a adoção da gestão ad hoc, para elevar a eficiência do serviço público e) o tipo de administração a ser adotado nas empresas públicas, sociedades de economia mista e organizações não governamentais do Estado 12 - (FCC - 2013 - TRT-GO - Analista Administrativo) O modelo burocrático de Max Weber é um modelo organizacional disseminado nas administrações durante o século XX em todo o mundo. O modelo burocrático é atribuído a Max Weber porque o sociólogo alemão analisou e sintetizou suas principais características. NÃO corresponde a essas características o que está expresso em a) caráter racional e divisão do trabalho. b) hierarquia de autoridade. c) impessoalidade nas relações. d) relação de coesão ou de antagonismo. e) caráter formal das comunicações.13 - (CESPE - 2013 - TRT-DF - Técnico Judiciário) Com referência à administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós- burocrático, julgue os itens que se seguem. A burocracia nos moldes weberianos é definida como o tipo ideal de organização que aplica, em sua forma mais pura, a autoridade racional- legal. ( ) Certo ( ) Errado 14 -(FGV - 2014 - RIOPREVIDENCIA - Especialista em Previdência) Por meio do paradigma pós-burocrático foi possível identificar algumas vantagens da burocracia como: a) a meritocracia. b) a rigidez. c) a resistência a mudanças. d) o apego às regras. e) o formalismo. 15 - (FGV - 2014 - TJ-GO - Administrador) Após a crise fiscal do final da década de 70, governos de diversas partes do mundo buscaram elaborar mudanças que pudessem tornar a máquina pública menos custosa e mais eficiente. Esse conjunto de mudanças, disseminadas pelas administrações da maioria dos países ocidentais e formalizado mais tarde por Cristopher Hood, em 1991, ficou conhecido como: a) administração patrimonialista; b) nova governança pública; c) nova gestão pública; d) burocracia weberiana; e) teoria da escolha racional. 16 - (IADES - 2014 - CONAB - Administrador) De acordo com a teoria da administração pública gerencial, o Estado deve agir para obter os melhores resultados para a sociedade civil. Acerca desse assunto, é correto afirmar que tais resultados são considerados bons se a) os processos administrativos forem supercontrolados e os gastos, os menores possíveis. b) os processos administrativos forem seguros e os gastos mais elevados para garantir essa segurança. c) as necessidades do estado forem atendidas com os menores gastos. d) as necessidades do cliente-cidadão forem atendidas. e) crescente e o aumento da burocracia, independentemente das necessidades do cliente-cidadão. 17 - (CCV-UFC - 2015 - UFC - Assistente) A burocracia propicia às organizações públicas: a) O retrabalho. b) O acúmulo de papel e de assinaturas. c) A divisão do trabalho de forma inadequada. d) A profissionalização das atividades e das pessoas. e) A escolha de pessoas, não por mérito ou competência. 18- (FMC - 2016 - Pref. de Barbacena -MG - Agente Administrativo) Tendo em vista as noções de gestão pública, Chiavenato (2008) discute alguns fundamentos da administração pública e destaca as crises vivenciadas e as reformas no aparelho estatal, as quais resultaram nos seguintes modelos de gestão: a) reformista, burocrata e privatizado. b) gerencial, aristocrático e federativo. c) patrimonialista, burocrático e gerencial. d) fundamentalista, patrimonialista e governamental. 19 - (FCC - 2016 - COPERGÁS - Segurança do Trabalho) A questão refere-se ao conteúdo de Ética e Responsabilidade na Gestão Pública. A expressão Accountability, que passou a ser muito aplicada no âmbito da Administração pública ao influxo da implementação do modelo gerencial diz respeito a a) instrumentos de mensuração da vontade da sociedade. b) mecanismos de obtenção da participação popular. c) estratégias de redução de custos e melhoria do serviço público. d) medidas de controle de gastos e responsabilidade fiscal. e) prestação de contas e responsabilização dos agentes públicos. 20 - (IBFC - 2016 - SES-PR - Administrador) A proposta de Administração Pública Gerencial contempla o foco no cidadão e possui as características abaixo, exceto a que está na alternativa: a) Velocidade e agilidade de resposta do prestador de serviços. b) Utilização de sistemas rígidos de atendimento. c) Busca da excelência através de metas de qualidade. d) Manutenção de canais de comunicação com os usuários. 21 - (UFMT - 2016 - TJ-MT - Analista) Que estilo de governo surgiu para enfrentar a crise fiscal do Estado na segunda metade do século XX e traz como princípios a racionalidade administrativa, o planejamento, o orçamento, a descentralização e o controle de resultados, sendo imbuído de servir o cidadão? a) Administração Pública como Ciência b) Administração Pública Gerencial c) Administração Pública Patrimonialista d) Administração Pública Burocrática 22 - (Pref. de Fortaleza - 2016 - Pref. de Fortaleza - Psicólogo) Na contemporaneidade as políticas públicas passam a sofrer influências de medidas neoliberais. No campo da avaliação e monitoramento de políticas públicas, estão presentes muitas particularidades. Assim, assinale a alternativa correta quanto à tendência presente do modelo de gestão. a) Modelo centralizado e participativo. b) Modelos de gestão descentralizados e participativos. c) Modelo gerencial. d) Modelo patrimonialista e participativo. 23 - (QUADRIX - 2016 - CRF-PR - Assistente) A administração pública gerencial surgiu em decorrência dos avanços tecnológicos e da necessidade do Estado em competir a níveis de igualdade econômica e social com outros países (sobretudo devido à globalização, que gerou uma nova organização política e econômica mundial). Acerca das características desse tipo de administração, julgue as afirmativas como C (corretas) ou E (erradas). (...) É mais focada na centralização política e administrativa quanto à tomada de decisões. (...) Possui boa flexibilidade organizacional. (...) Procura adequar as organizações públicas ao seu objetivo primário, que é a excelência nos resultados. (...) Ao voltar-se para o atendimento ao cidadão, rompeu por completo os princípios do modelo anterior, a Administração Burocrática. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a) C – C – E – E b) E – C – C – E c) E – C – E – C d) C – E – C – C e) C – C – C – E 24 - (CESPE - 2016 - TCE-PA - Auditor) A respeito da evolução da administração pública no Brasil, julgue o item subsequente. Os princípios da administração pública gerencial, surgida no fim do século XX, incluem o combate ao nepotismo e à corrupção, por meio do controle rígido dos processos organizacionais e dos procedimentos operacionais, modo mais seguro de combatê-los. ( ) Certo ( ) Errado 25 - (CESGRANRIO - 2014 - CEFET-RJ - Administrador) Ao longo do tempo, 3 formas de administração pública se sucederam. Uma dessas formas emerge na segunda metade do século XX como resposta à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial. Focada no aumento da eficiência da Administração Pública, a forma acima descrita é denominada Administração Pública Parte superior do formulário a) liberal b) gerencial c) burocrática d) patrimonialista e)desenvolvimentista 26- (CEPERJ - 2013 - SEPLAG-RJ - ESPECIALISTA POLÍTICAS PÚBLICAS) A burocracia weberiana tem duas características que se encontram entre os princípios constitucionais da administração; são elas: a) moralidade e racionalidade b) publicidade e estabilidade c) impessoalidade e formalidade d) legalidade e impessoalidade e) legalidade e racionalidade 27 - (CEPERJ - 2013 - MI - ANALISTA) Fruto da evolução do estamento burocrático patrimonialista, a moderna burocracia manteve o caráter aristocrático e estava circunscrita ao Estado. 28 - (CESPE - 2013 - MI - ANALISTA) Julgue os itens subsecutivos, referentes a empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público. O governo empreendedor visa atender aos interesses da sociedade e da burocracia, controlando a economia e se orientando por missões e objetivos. 29 - (CESPE - 2013 - TRT-DF-TO - TÉCNICO) Com referência à administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós- burocrático, julgue os itens que se seguem. A burocracia nos moldes weberianos é definida como o tipo ideal de organização que aplica, em sua forma mais pura, a autoridade racional- legal. 30 - (CESPE- 2013 - TRT-DF-TO - TÉCNICO) Preservando a ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional, a administração pública gerencial proporcionou um sistema de gestão e controle centrado em resultados. 31 - (CESPE - 2013 - TRT-DF-TO - TÉCNICO) Julgue os itens subsecutivos, referentes ao empreendedorismo governamental e às novas lideranças no setor público. A gestão pública empreendedora implica a busca por resultados, visando atender às necessidades dos cidadãos e não aos interesses da burocracia mediante o estímulo da sua parceria com sociedade. 32 - (CESPE - 2013 - MI - ANALISTA) Considerando o desenvolvimento da administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós- burocrático, julgue os itens subsequentes. Contrapondo-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional, o paradigma gerencial fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão exige formas flexíveis de gestão. 33 - (CESPE - 2013 - MJ - ANALISTA) No que se refere à evolução da administração pública no Brasil após 1930, julgue os itens seguintes. O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), cujo objetivo principal era a modernização administrativa do país, inspirou- se no modelo weberiano para estruturar a burocracia. 34 -(CESPE - 2013 - TRT - TÉCNICO) Dentro de uma perspectiva histórico-evolutiva, é possível distinguir diferentes modelos de Administração pública, sendo que o modelo. a) patrimonialista é uma deturpação do modelo burocrático, decorrente do excesso de estruturas com a apropriação do poder pelos burocratas. b) patrimonialista é precursor do modelo gerencial e dele se diferencia pela valorização da burocracia. c) gerencial sucede o burocrático e, entre outras diferenças, pode-se destacar a alteração da forma de controle, que passa a ser finalístico. d) burocrático, diversamente do modelo gerencial, privilegia o clientelismo e não valoriza a meritocracia. e) gerencial sucede o burocrático e dele se diferencia por estabelecer uma nítida separação entre propriedade e gestão pública. 35 - (CESPE - 2013 - BACEN - ANALISTA) Com relação às teorias das organizações, à administração pública e à gestão de pessoas, julgue os itens subsecutivos. Uma organização que se baseia nos pressupostos da administração pública burocrática orienta-se para a prestação de serviços ao cidadão, sendo, contudo, tolerante aos abusos contra o patrimônio público. 36 - (CESPE - 2013 - BACEN - ANALISTA) Com relação à administração pública, julgue os itens subsecutivos. A implementação de uma administração pública burocrática visa o controle dos abusos contra o patrimônio público. 37 - (CESPE - 2013 - TELEBRAS - TÉCNICO) Acerca das abordagens da administração geral e pública, julgue os itens que se seguem. Na administração pública, conforme a teoria burocrática, as decisões devem ser formalizadas com base em documentos escritos. 38 - (CESPE - 2012 - TRT-PE - ANALISTA) O tipo de cultura organizacional que predomina na administração pública burocrática é a cultura a) do poder. b) da tarefa. c) dos papéis. d) da pessoa. e) do resultado. 39 - (CESPE - 2012 - ANAC - TÉCNICO) A propósito das principais abordagens teóricas acerca da administração, julgue os itens subsequentes. O conceito central da teoria da burocracia é a autoridade legal, racional ou burocrática. 40 - (COPEVE-UFAL - 2012 - IFB - Administrador) O modelo de Administração Pública que teve por características principais o princípio da impessoalidade, a ideia de carreira pública, a profissionalização do servidor e a caracterização do Poder Público como um Poder Racional Legal é nominado. a) Burocrático. b) Gerencial. c) Inovador. d) Patrimonialista. e) Gestão Pública. 41 - (CESPE - 2012 - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE) Julgue os itens seguintes, referentes a administração e processo administrativo. Se adotar a abordagem burocrática, o gestor, com o objetivo de definir as futuras promoções na organização, avaliará seus subordinados considerando aspectos relacionados ao mérito. 42 - (FUNCAB - 2012 - MPE-RO - ANALISTA) Levando-se em conta as trajetórias de conceitos e práticas relativas ao servidor público no Brasil, é possível afirmar que a burocracia pública: a) criou a sociedade no Brasil. b) é o aparelho ou a organização do Estado. c) reflete a autonomia do Estado perante a sociedade. d) a despeito de não integrar o aparelho estatal, pressiona o Estado. e) é setor responsável pela administração do aparelho do Estado. 43 -(CESPE - 2014 - CADE - ANALISTA) Julgue os itens seguintes, com relação ao modelo racional-legal e ao paradigma pós-burocrático na administração pública. Uma das metas do Estado gerencial consiste em adequar as organizações públicas aos seus objetivos prioritários — os resultados —, eliminando-se, por conseguinte, os princípios burocráticos. 44 - (FUNCAB - 2014 - IF-AM - ADMINISTRADOR) Os princípios constitucionais da impessoalidade, da eficiência e da legalidade estão, respectivamente, mais diretamente associados à(ao): a) burocracia, à governança e ao gerencialismo. b) gerencialismo, à governança e à burocracia. c) burocracia, ao gerencialismo e à governança. d) governança, à burocracia e ao gerencialismo. e) gerencialismo, à burocracia e à governança. 45 - (IADES - 2014 - TRE-PA - ANALISTA) De acordo com a disciplina do gerencialismo na Administração Pública, existem, na visão de Abrucio (1997), três teorias principais que explicariam o modelo gerencial. Assinale a alternativa que apresenta a teoria cuja introdução da perspectiva da qualidade surgiu, paralelamente, ao momento em que a Administração Pública voltava as próprias atenções aos clientes/consumidores. a) Gerencialismo puro. b) Gerencialismo integrado. c) Consumerism. d) Public service orientation. e) Clientelismo. 46 - (FGV - 2013 - AL-MT - TÉCNICO LEGISLATIVO) A fase que marcou a evolução do modelo gerencial de Administração, denominada “gerencialismo puro”, está diretamente relacionada com a) o atendimento e a qualidade. b) a cidadania e a equidade. c) a eficiência e a redução de custos. d) a gestão da qualidade e os processos. e) a transparência e a descentralização. 47 - (CESPE - 2013 - CNJ - ANALISTA) A nova gestão pública ou a administração pública gerencial refere-se a um tipo de gestão que emprega o modelo de mercado, aVideia de gestão voltada ao consumidor e a adoção de tecnologias para o aumento da produtividade. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir. O gerencialismo caracteriza-se por manobras administrativas, como competição, incentivos de mercado, mensuração de desempenho, foco na produtividade e desregulamentação. 48 - (CESPE - 2013 - IBAMA - ANALISTA) Considerando as abordagens da administração, a evolução da administração pública no Brasil e a nova gestão pública, julgue os itens a seguir. De modo geral, a nova administração pública tem caráter descentralizador, pois, por meio do gerencialismo, equilibraram-se as questões relativas à complexidade da gestão, como, por exemplo, a integração entre os aspectos técnicos e políticos. 49 - (CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO) A administração pública brasileira evoluiu muito no último século.Abandonou o patrimonialismo,embora ainda persistam alguns traços desse modelo, e cada vez mais o país se aproxima do gerencialismo. No que se refere à administração pública, julgue os itens subsecutivos. A última reforma administrativa amplamente divulgada pelo governo, em meados da década de 90 do século passado, recebeu de todos os setores da sociedade críticas que podem ser explicadas por dois principais motivos: a resistência ao novo e o fato de o Estado não ser visto, historicamenteno Brasil, como um órgão que se coloca ao lado da sociedade, mas acima dela. 50 - (CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO) A administração pública brasileira evoluiu muito no último século.Abandonou o patrimonialismo,embora ainda persistam alguns traços desse modelo, e cada vez mais o país se aproxima do gerencialismo. No que se refere à administração pública, julgue os itens subsecutivos. De acordo com Bresser Pereira, boa parte do treinamento administrativo e de consultoria dos anos 50 do século passado foi influenciada pelo racionalismo em busca de eficiência e eficácia e pela clara distinção entre política e administração. 51 -(CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO) A administração pública brasileira evoluiu muito no último século. Abandonou o patrimonialismo,embora ainda persistam alguns traços desse modelo, e cada vez mais o país se aproxima do gerencialismo. No que se refere à administração pública, julgue os itens subsecutivos. Apesar de ainda estar vigente no Estado brasileiro, a administração pública burocrática é um modelo já ultrapassado e, portanto, deve ser suplantado por completo pelo modelo de administração pública gerencial, que tem por objetivo principal a efetividade das ações governamentais e das políticas públicas. GABARITO: 1-C 2-E 3-E 4-A 5-A 6-B 7-A 8-C 9-E 10-E 11-C 12-D 13-C 14-A 15-C 16-D 17-D 18-C 19-E 20-B 21-B 22-C 23-B 24-E 25-B 26-D 27-E 28-E 29-E 30-E 31-C 32-C 33-C 34-C 35-E 36-C 37-C 38-C 39-C 40-A 41-C 42-E 43-E 44-C 45-C 46-C 47-C 48-E 49-C 50-C 51-E