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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS E GANHOS DE SELEÇÃO EM UM TESTE DE PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis Dehn MARIANA DE MOURA QUEIROZ CUIABÁ-MT 2017 MARIANA DE MOURA QUEIROZ ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS E GANHOS DE SELEÇÃO EM UM TESTE DE PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis Dehn Orientadora: Profª. Drª. Daniele A. A. Arriel Monografia apresentada à Disciplina de Trabalho de Curso do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Engenharia Florestal – Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências para aprovação na disciplina. CUIABÁ-MT 2017 AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente a Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse ao longo da minha vida, е não somente nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode conhecer. À Universidade Federal de Mato Grosso e à Faculdade de Engenharia Florestal juntamente com os professores que contribuíram direta ou indiretamente para a obtenção dessa conquista. A minha professora orientadora, Dr. Daniele A. A. Arriel, pelo apoio, confiança e pelo empenho dedicado para realização deste trabalho. Agradeço também a todos os professores por me proporcionar о conhecimento, em especial aos professores Antonio de Arruda Tsukamoto Filho e Reginaldo Brito Costa, por cederem os dados para elaboração desse trabalho, a professora Dr. Dagma Kratz pelo primeiro incentivo a pesquisa dentro da graduação e aos membros da banca professor Dr. Diego Tyszka Martinez e professor Dr. Antonio de Arruda Tsukamoto. Ao Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT (campus São Vicente), pela disponibilidade para realização das visitas ao experimento. À minha querida família que é minha base e estrutura e formam a parte essencial no meu ser, direcionando os meus caminhos com afeto e dedicação, e ao meu namorado, Rhauan Romagnolli Dias, pela paciência, companheirismo, apoio e amor nessa reta final. Aos meus queridos amigos que me acompanharam e torceram pela minha vitória e acreditaram no meu potencial, em especial Luanny Silva Ovando do Nascimento e Thamires Silva Martins. Aos amigos que a graduação me presenteou que caminharam junto comigo e muito colaboraram para a conclusão dessa etapa, Jéssika Cristina Nascente, Rheysprincys Rio Mariano, Yasnay Maria de Moraes Massoli, Daiane de Souza Borges, Raiza Valadares Dias Fuzinato e Jonathan Sander. SUMÁRIO Página RESUMO ............................................................................................................ vi 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1 2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 3 2.1. O gênero Eucalyptus e E. camaldulensis Dehn ......................................... 3 2.2. Melhoramento genético ............................................................................. 6 2.3. Teste de progênies .................................................................................... 8 3. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 10 3.1. Caracterização do experimento e coleta de dados .................................. 10 3.2. Análise dos dados ................................................................................... 12 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 15 5. CONCLUSÃO................................................................................................ 21 6 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 22 ANEXOS ........................................................................................................... 27 vi RESUMO QUEIROZ, Mariana de Moura. Estimativas de parâmetros genéticos e ganhos de seleção em um teste de progênies de Eucalyptus camaldulensis Dehn. 2017. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Orientadora: Profa. Dra. Daniele A. A. Arriel. O presente trabalho objetivou estimar parâmetros genéticos e avaliar potenciais ganhos de seleção em um teste de progênies de E. camaldulensis aos 6 anos. O teste de progênie foi instalado sob delineamento de blocos ao acaso com 132 progênies, cinco repetições e três plantas por parcela em linhas simples, no espaçamento 3 x 2 m, em Santo Antônio do Leverger, MT. Aos seis anos de idade, 92 progênies foram avaliadas quanto aos caracteres: altura total (HT), diâmetro a altura do peito (DAP) e sobrevivência (SOB). Houve significância para o efeito de progênie apenas para o DAP pela análise de deviance. Esse caractere obteve alta magnitude para acurácia (0,75) e herdabilidade média de progênie (0,57), e herdabilidades individual (0,38) e aditiva (0,35) de média magnitude. As herdabilidades para HT foram de média e baixa magnitude, herdabilidade individual (0,12), aditiva dentro de parcela (0,13) e a herdabilidade média de progênie (0,22). Verificou-se baixas herdabilidades individual (0,033), aditiva (0,031) e média de progênie (0,085) para a SOB. A correlação genética predita para DAP e HT foi alta e positiva (0,80), e assim, a seleção indireta promoveu ganho de 3,19 % para altura através da seleção dos melhores indivíduos pelo DAP. A seleção entre e dentro de progênies para DAP e a seleção individual promoveram boas perspectivas de ganho com valores de 55,89 % e 26,62 %, respectivamente, o que indica a viabilidade de seleção tanto para a formação de um pomar de sementes por mudas, quanto a utilização de indivíduos em teste clonal. Palavras Chave: DAP, Herdabilidade, Ganho genético. 1 1. INTRODUÇÃO O eucalipto (Eucalyptus spp.) é o gênero de espécie florestal mais plantado no Brasil. Características como rápido crescimento, produção de madeira para diferentes fins, adaptabilidade a diferentes condições edafoclimáticas, associadas a intensos programas de melhoramento e otimização das práticas silviculturais, possibilitaram a expansão da cultura para todo o país (GONÇALVES et al., 2013), de forma que, atualmente, cerca de 5,6 milhões de hectares estão plantados com suas espécies (IBA, 2016). Embora os plantios de eucalipto no Brasil sejam predominantemente realizados com espécies de E. grandis, E. urophylla e seus híbridos (PIRES et al., 2011), outras espécies também apresentam potencial de gerar plantios produtivos, dentre as quais destaca-se a espécie Eucalyptus camaldulensis Dehn. O E. camaldulensis é uma espécie que apresenta uma madeira que, devido a sua alta densidade, é empregada na construção civil, na fabricação de papel, celulose, painéis a base de madeira, trabalhos de marcenaria e carpintaria, postes de transmissão, lenha, carvão e dormentes (SANTOS, 2008). Esta espécie possui ainda a capacidade de desenvolver-se em zonas críticas, como em solos moderadamente pobres, e é resistente a longos períodos de seca e chuva concentrada, características similares as encontradas em muitas regiões do estado de Mato Grosso (AZEVEDO et al., 2015). Costa et al. (2012) afirmam que no estado de Mato Grosso existe deficiência de experimentos para identificação de germoplasmas de eucaliptos mais apropriados para a região. Assim, devido à necessidade de estudos de materiais genéticos mais adaptados ao estado e da aptidão de E. camaldulensis para as condições edafoclimáticas do mesmo, o estabelecimento de programas de melhoramento com estaespécie em Mato Grosso apresenta grande potencial. Os testes de progênies são primordiais em programas de melhoramento de uma determinada espécie, pois a partir desses testes é 2 possível avaliar a variabilidade genética do material genético testado, o conhecimento dos componentes de variância e a estimativa de parâmetros genéticos importantes (COSTA et al., 2000). Assim, as seleções com base em testes de progênies apresentam maior eficiência quando comparada àquelas realizadas com base apenas no valor fenotípico das plantas individuais (PAIVA et al., 2002). Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estimar parâmetros genéticos e avaliar potenciais ganhos de seleção em um teste de progênies de E. camaldulensis aos seis anos de idade, instalado na cidade de Santo Antônio do Leverger, Mato Grosso. 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. O gênero Eucalyptus e E. camaldulensis Dehn O gênero Eucalyptus pertence à família Myrtaceae, tem sua origem na Austrália e ilhas próximas e apresenta aproximadamente 730 espécies que são reconhecidas botanicamente. No entanto, somente cerca de 20 delas são utilizadas atualmente para fins comerciais (SANTAROSA, 2014). No Brasil, o gênero foi introduzido comercialmente pelo Edmundo Navarro de Andrade no início do século XX, o qual tinha como objetivo produzir lenha e dormentes para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Assim, Navarro de Andrade implantou uma coleção de espécies do gênero em um plantio experimental em Rio Claro, São Paulo (MARTINI, 2004). Tal experimento o deixou conhecido como “pai da silvicultura brasileira” (REIS, 2009). As florestas plantadas com o gênero Eucalyptus destacam-se no setor florestal brasileiro, pois alcançaram alto nível de desenvolvimento tecnológico na área de silvicultura no decorrer dos anos (CAIXETA et al., 2003). O crescimento da área plantada com espécies do gênero está em torno de 2,8% ao ano, com um aumento médio de 0,7% na taxa de produtividade, sendo os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul os maiores produtores no país (IBA, 2016). Dentre as espécies do gênero, o E. camaldulensis (Figura 1) é uma das principais espécies recomendadas para plantios comerciais por apresentar boas características, como rápido crescimento. Seu DAP pode chegar a 1 m, com forma reta e alcançando altura de 25 a 30 m (SILVA, 2010). 4 FIGURA 1 - TESTE DE PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis NO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER - MT. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. Nas áreas de ocorrência natural (Figura 2), esta espécie é encontrada predominante em margem de rios, em altitudes que variam de 20 a 700 m e em solos arenosos aluviais. A precipitação pluviométrica característica é de 250 a 625 mm, com temperatura média máxima variando entre 26 e 40 ºC e mínima de 3 a 15 ºC, o que favorece a adaptação da espécie a condições climáticas adversas (FOSENCA et al, 2010). No que se refere a produção de mudas, E. camaldulensis apresenta boa germinação e o crescimento das plântulas é rápido, chegando a 40 a 50 cm num período de 16 a 18 semanas (NIETO E RODRIGUEZ, 2003). 5 FIGURA 2 - DISTRIBUIÇÃO DE Eucalyptus camaldulensis EM SUA ÁREA DE OCORRÊNCIA NATURAL. FONTE: FONSECA et al.(2010). E. camaldulensis produz uma madeira mais dura, pesada e escura quando comparada às de outras espécies como, E. grandis ou E. globulus (MARTINS, 2002). Sturion et al. (1987) verificou que a densidade básica da espécie é de 0,68 g/ cm³, característica que torna seu uso adequado para a construção civil, fabricação de papel, celulose, painéis a base de madeira, trabalhos de marcenaria e carpintaria, postes de transmissão, lenha, carvão e dormentes (SANTOS, 2008). A espécie também pode ser plantada como, quebra-ventos, com o objetivo de sombreamento e também possui produção de mel de boa qualidade (LIMA, 1984; RESENDE, 1999; NIETO; RODRIGUEZ, 2003). O E. camaldulensis destaca-se devido a sua capacidade de desenvolver-se em zonas críticas, como em solos moderadamente pobres, possuindo resistência a longos períodos de seca e tolerância a períodos chuvosos (DEL QUIQUI et al, 2001). A sua adaptabilidade a diferentes ambientes, caracteriza-a como uma espécie de grande plasticidade ambiental (COSTA et al., 2012) e grande ocorrência nos plantios de espécies exóticas, devido a sua superioridade em produção 6 de madeira em relação a outras espécies em condições adversas (SILVA, 2010). Devido a sua ampla distribuição natural na Austrália, a espécie apresenta um grande número de procedências disponíveis, sendo possível encontrar solos apropriados ao objetivo do florestamento com rapidez de crescimento, que, juntamente com a vigorosa brotação de cepa, proporciona benefícios em curto prazo (MORAES et al., 1997). Assim, existe o crescente interesse pela utilização do E. camaldulensis, com o objetivo de melhoramento genético para introduzir características relevantes da espécie em seus híbridos e em seguida nos seus clones (SILVA, 2010). 2.2. Melhoramento genético O melhoramento genético é a realização de técnicas de seleção e recombinação, com objetivo de aumentar a frequência dos alelos favoráveis das características desejáveis, em uma dada população (PIRES et al, 2011). No Brasil, a partir da década de 1960, houve um impulso no melhoramento das espécies florestais, sobretudo de eucalipto através da lei dos incentivos fiscais (PIRES et al., 2011). Neste período, ocorreu o início de diversos plantios em todo o país. Esse grande volume de plantios serviu de estímulo à adoção de tecnologias mais modernas e entre elas o melhoramento genético do eucalipto (SILVA; BARRICHELLO, 2006). Os programas de melhoramento consistiam inicialmente na avaliação de espécies e procedências promissoras e, posteriormente, formação de pomares de sementes melhoradas, a partir da seleção massal de indivíduos superiores em famílias de meios-irmãos (REZENDE, 2001 apud AGUIAR, 2007). Só a partir da década de 80, a técnica de clonagem passou a ser dominada e utilizada pelas instituições e empresas no país (CAMPINHOS; IKEMORI, 1983 apud ASSIS et al.,1996). Atualmente, nos programas de melhoramento é comum a pratica da hibridação de espécies distintas e posterior seleção de 7 potencias clones a partir destes indivíduos híbridos (ASSIS, 1986 apud MARCOLINO, 2010). Os programas de melhoramento estão associados ao aumento da produtividade através do incremento do volume de madeira e celulose, adaptação a ambientes estressantes e melhor qualidade da madeira (ASSIS et al., 1996). No Brasil, estes são uma das principais razões para o aumento da produtividade média de plantios de eucalipto, os quais passaram de 10 m3/ha/ano na década de 1960, para, atualmente, cerca de 40 m³ /ha/ano (Figura 3) (Gonçalves et al., 2013). FIGURA 3 - INCREMENTO MÉDIO ANUAL DOS GÊNEROS Eucalyptus E Pinus NO BRASIL. FONTE: GONÇALVES et al. (2013). Golle et al. (2009), relatam que as estratégias básicas de melhoramento genético são resumidas em seleção de procedências, com posterior testes de progênies, utilizando-se a variabilidade natural dentro das populações e entre os indivíduos das famílias. Assim, as estruturas das populações de melhoramento genético são geralmente realizadas em famílias formadas através de polinização controlada ou aberta (FREITAS et al., 2009). 8 No estabelecimento de um programa de melhoramento, deve- se ter atenção especial ao material genético que será utilizado (SILVA, 2010). Também se deve conhecer a variabilidade das características de interesse e o grau de controle genético das mesmas (PIRES et al.,2011). A ocorrência de alta variabilidade genética é essencial para viabilizar a existência de sucessivos ciclos demelhoramento. No estado de Mato Grosso, programas de melhoramento de espécies florestais são ainda inexpressivos e existe a necessidade de pesquisas de melhoramento genético das espécies, a fim de elevar à frequência de alelos favoráveis e, consequentemente, o aumento da produção. Logo, os programas de melhoramento com a espécie E. camaldulensis ganham destaque devido ao seu bom crescimento em condições ambientais semelhantes às encontradas no estado (SILVA, 2014). 2.3. Teste de progênies O principal objetivo de um teste de progênies é realizar a avaliação da superioridade fenotípica dos genitores baseada na performance dos seus descendentes e, consequentemente, avaliar se superioridade dos mesmos é ocasionada pelo ambiente ou genótipo (WHITE et al, 2017; PIRES et al., 2011). Em programas de melhoramento florestal, os testes de progênies são muito utilizados (SILVA, 2010), pois são baseados em estratégias para realizar a seleção e a recombinação genética, visando o avanço das gerações (PIRES et al., 2011). A maioria dos testes de progênies são instalados em delineamentos de blocos ao acaso (DBC) com progênies de meios-irmãos, uma vez que este tipo de experimentação é mais prático em termos de instalação e manutenção do teste (KAGEYAMA, 1980). A avaliação de progênies é uma das etapas mais onerosas dentro do melhoramento genético florestal (FURTINI, 2011). Sendo assim, para se realizar uma adequada avaliação é necessário um planejamento adequado envolvendo alguns aspectos, como: um delineamento experimental, escolha da área, da família, número de repetições, dados a 9 serem coletados e análise que será executada para garantir a acurácia (RAMALHO; FERREIRA; OLIVEIRA, 2015 apud FURTINI, 2011). As progênies permitem o estudo e o conhecimento dos componentes de variância dos caracteres desejados para o programa de melhoramento (COSTA et al., 2000). Além disso, permitem estimar parâmetros genéticos entre e dentro de famílias e estimar ganhos genéticos mediante seleção (AZEVEDO et al., 2015). Conforme Silva (2010), os testes de progênies também asseguram conservação de amostras que são representativas das populações e estimam a estrutura genética. Através das estimativas destes parâmetros nos testes de progênies é possível elaborar as estratégias de melhoramento mais adequadas, pois originam informações sobre o potencial genético individual, de famílias, coeficientes de variação genética, acurácia, entre outros, a serem selecionados (FERNANDES et al., 2004). Logo, as seleções com base em testes de progênies apresentam maior eficiência quando comparada com aquelas realizadas com base apenas no valor fenotípico das plantas individuais (PAIVA et al., 2002). 10 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Caracterização do experimento e coleta de dados O teste de progênies está instalado no campo experimental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – IFMT/Campus São Vicente em Santo Antônio do Leverger (Figura 4). A área está localizada nas coordenadas 15°49’21’’ S e 55°25’06 W, com altitude média de 750 m. FIGURA 4 - LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO. FONTE: GOOGLE EARTH. O clima é caracterizado como tropical (Aw), segundo a classificação de Köppen e apresenta duas estações bem definidas: uma quente e úmida e outra mais fria e seca com déficit hídrico. A temperatura anual média está em torno de 20 ºC e a precipitação média anual é de 2.000 mm (MIRANDA e AMORIM, 2000). Para a instalação do experimento, as sementes de E. camaldulensis foram coletadas de árvores matrizes de polinização aberta, procedência Katherine River, Estado de Queensland, Austrália. As mudas foram produzidas no Campus da Faculdade de Engenharia - UNESP/ Ilha Solteira e por meio de uma parceria com a Embrapa Florestas, cedidas para a UFMT e levadas para o IFMT/Campus São Vicente em Santo Antônio do Leverger, onde foram plantadas. 11 O teste de progênies foi instalado entre o fim de 2008 e início de 2009, sob delineamento de blocos ao acaso com 132 tratamentos (progênies), cinco repetições e três plantas por parcela em linhas simples, no espaçamento 3 x 2 m (Figura 5). FIGURA 5 - EXPERIMENTO DE Eucalyptus camaldulensis EM SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER- MT. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. Aos seis anos de idade (2015), as progênies foram avaliadas quanto aos seguintes caracteres: a) Diâmetro à altura do peito (DAP), em cm, medida com fita graduada à 1,30 m acima do nível do solo; b) Altura total (HT), em metros, medida através do hipsômetro; c) Sobrevivência (SOB). Devido a problemas relacionados à identificação e mortalidade de algumas progênies no campo, a medição aos seis anos e, consequentemente, a análise dos dados foi realizada apenas para 92 progênies. 12 3.2. Análise dos dados As estimativas de componentes de variância e parâmetros genéticos foram obtidas pelo método da máxima verossimilhança restrita e melhor predição linear não viciada (REML/BLUP), a partir de dados desbalanceados, empregando-se o software genético-estatístico SELEGEN REML/BLUP, desenvolvido por Resende (2002 a). O modelo utilizado foi o modelo 1, o qual é adequado para testes de progênies de meios-irmãos sob delineamento de blocos ao acaso, com várias plantas por parcela, um só local e uma única população. O referido modelo é dado por: y = Xb + Za + Wc + e, em que: y= vetor de dados; b = vetor dos efeitos de blocos (fixos); a = vetor dos efeitos genéticos aditivos (aleatórios); c = vetor dos efeitos de parcela (aleatórios); e = vetor dos erros aleatórios; X, Z e W = matrizes de incidência para b, a e c, respectivamente. Os efeitos dos genótipos e das parcelas foram testados via análise de deviance pelo teste de qui-quadrado a 1 e 5 % de probabilidade, comparando-se os valores de deviance com e sem o respectivo efeito. Os parâmetros genéticos estimados foram: -Herdabilidade individual no sentido restrito no bloco; - Herdabilidade aditiva dentro de parcela; -Herdabilidade média de progênies no sentido restrito no bloco; 13 - Coeficiente de variação genética individual; CVgi (%) = . . 100 - Coeficiente de variação experimental. CVge (%) = . 100 - Acurácia seletiva ( gg) = obtida através da raiz quadrada da herdabilidade média de progênie. - Correlação genética rg xy = Em que: = variância genética aditiva; = variância entre parcelas e = variância residual dentro da parcela (ambiental + aditiva); = média geral da característica; x e y = variáveis. A fim de estabelecimento de um teste clonal, foi realizada a seleção dos 58 melhores indivíduos do experimento (intensidade de seleção = 5,69%). Já com o propósito de transformar o experimento em um pomar de sementes por mudas, foi realizada a seleção entre e dentro das progênies de acordo com o proposto por Cruz (2005). Para a seleção entre e dentro foram selecionadas as 13 melhores famílias (intensidade de seleção = 14,13 %) e um indivíduo por parcela (intensidade de seleção de 33%). Seleção entre: GSe(%) = sendo GSe= h²mp.DS Seleção dentro: 14 GSd(%) = sendo GSd= h²ad.DS Seleção entre e dentro: GSed (%) = GSe + GSd Em que: X0: média da população original; h 2 a: herdabilidade inidividual no sentido restritode bloco; h2mp: herdabilidade da média de progênie; h2ad: herdabilidade aditiva dentro de progênie; DS: diferencial de seleção; GSe: ganho de seleção entre progênies; GSd: ganho de seleção dentro de progênies e GSed: ganho de seleção entre e dentro de progênie. 15 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Por meio da análise de deviance (Tabela 1), verificou-se que o efeito de progênie foi significativo apenas para a variável DAP, o que demonstra a existência de variabilidade genética e, consequentemente, possibilidade de ganhos com a seleção. Já as variáveis sobrevivência (SOB) e altura total (HT) não apresentaram significância pelo teste de Qui-quadrado, o que indica baixa variação genética para estes caracteres e menores perspectivas de ganhos. TABELA 1 - ANÁLISE DE DEVIANCE (ANADEV) PARA OS CARACTERES SOBREVIVÊNCIA (SOB), ALTURA (HT) E DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO (DAP) EM PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis AOS SEIS ANOS DE IDADE. --SOB-- --HT-- --DAP-- Dev. LRT( X²) Dev. LRT(X²) Dev. LRT(X²) Efeito Progênie 1175,3 0,27 ns 2766,06 1,75 ns 3987,83 20,09** Parcela 1147,58 27,99** 2821,69 57,38** 3973,33 5,59* Modelo completo 1175,57 2764,31 3967,74 Legenda: LRT: teste de razão de verossimilhança; x² tabelado: 3,84 e 6,63, para níveis de significância de 5% e 1%, respectivamente (*) e (**), “não significativo (ns) a 5% de probabilidade”. As acurácias estimadas (Tabela 2) foram de moderada magnitude para altura (0,47), baixa para a sobrevivência (0,29) e de alta magnitude para o DAP (0,75), de acordo com a classificação de Resende; Duarte (2007). Consequentemente, verifica-se que os maiores valores de herdabilidade média de progênies no teste foram para variável DAP (Tabela 2), devido a relação dessa com a acurácia, a qual é obtida através da raiz quadrada da herdabilidade média de progênie. A herdabilidade individual no sentido restrito no bloco (h²a) ou herdabilidade dos efeitos aditivos, para todas as variáveis analisadas foi inferiores a 0,40 (Tabela 2). Valores de magnitude semelhantes foram encontrados por Rocha et al. (2006) ao avaliar um teste de progênies de 16 E. grandis aos 5 anos. Já os valores de herdabilidade aditiva dentro de progênie (h²ad) foram de 0,031 para sobrevivência, 0,13 para a altura total e 0,35 para DAP. Estes valores foram superiores aos verificados por Henriques et al. (2017) para o DAP em E. urophylla aos 7 anos. TABELA 2 - ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS PARA OS CARACTERES DE CRESCIMENTO EM PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis AOS SEIS ANOS DE IDADE NO ESTADO DE MATO GROSSO. Estimativas Sobrevivência HT (m) DAP (cm) h²a 0,03361 ± 0,0296 0,11986 ± 0,0613 0,384791 ± 0,109 h²ad 0,031038 0,132259 0,352895 h²mp 0,08534 0,224713 0,572879 Acprog 0,29213 0,474039 0,756887 CVgi% 8,454793 8,067808 21,52230 CVe% 30,94653 16,75434 20,77725 CVg/Cve% 0,273207 0,481535 1,033586 rg ( HT x DAP) 0,8028 Média Geral 0,816901 10,42689 12,463066 Legenda: h 2 a: herdabilidade individual no sentido restrito no bloco, ou seja, dos efeitos aditivos; h 2 ad: herdabilidade aditiva dentro de parcela; h 2 mp: herdabilidade da média de progênie (com sementes remanescentes); Acprog: acurácia da seleção de progênies (com sementes remanescentes); rg: correlação genotípica; CVgi%: coeficiente de variação de progênies; CVe%: coeficiente de variação experimental e CVg/Cve%= coeficiente de variação relativa. DAP: diâmetro altura do peito e HT: altura total. As estimativas de herdabilidade para altura total foram de baixa e média magnitude conforme a classificação de Resende (2002 b). Outros trabalhos mostram valores de maiores magnitudes para altura como em Zanata et al. (2010) e Rocha et al. (2007) em progênies de E. pellita (0,16 a 0,84) aos 23 anos de idade e E. urophylla (0,36 a 0,92) aos 58 meses, respectivamente. Uma das possíveis explicações para os valores inferiores de herdabilidade para a variável altura e para a não significância da mesma na análise de deviance pode ser a alta variação ambiental do experimento, a qual pode ter sido intensificada devido à falta de bordadura e ausência de tratamentos silviculturais constantes. Com o 17 aumento da variância ambiental ocorre um aumento da variância fenotípica e consequentemente diminuição da herdabilidade. Para todas as variáveis avaliadas, observou-se que houve um aumento dos valores de herdabilidades em relação aos resultados obtidos de Azevedo et al. (2015) e Silva (2014) (Tabela 3) ao avaliarem este mesmo experimento aos três e quatro anos respectivamente. As estimativas de herdabilidade para DAP chegaram a ser cerca de 50 % maiores. Deste modo, verifica-se que as herdabilidades foram crescentes com a idade, o que corrobora a afirmativa de Borges et al. (1980), de que medida que as árvores se tornam adultas, o genótipo exerce maior influência na expressão do fenótipo. TABELA 3 – HERDABILIDADES ESTIMADAS PARA O EXPERIMENTO AOS 3 (SILVA, 2014) E 4 (AZEVEDO ET AL.,2015) ANOS DE IDADE. 3 anos 4 anos h²a 0,15 0,17 DAP (cm) h²ad 0,19 --- h²mp 0,25 0,28 HT (m) h²a 0,1 0,11 h²ad 0,14 --- h²mp 0,16 0,13 Legenda: h 2 a: herdabilidade individual no sentido restrito no bloco, ou seja, dos efeitos aditivos; h 2 ad: herdabilidade aditiva dentro de parcela; h 2 mp: herdabilidade da média de progênie O experimento apresentou alta sobrevivência (81,69%), a qual foi comum para todas as progênies. Por consequência, a variabilidade genética foi reduzida, resultando na não significância dessa variável pela análise de deviance (Tabela 1) e obtendo-se valores de baixa magnitude para as herdabilidades analisadas (Tabela 2). Os coeficientes de variação genotípica individual (CVgi%) encontrados variaram entre 8,06 % para altura total e 21,52% para DAP (Tabela 2). Esse é um parâmetro de suma importância que expressa a quantidade de variabilidade genética existente para cada caráter analisado. Assim, a variável que obteve maior destaque foi o DAP, pois 18 altos valores de CVgi (%) facilitam a seleção de melhores indivíduos que irão promover maiores ganhos de seleção (SILVA, 2014) .Já o coeficiente de variação experimental (CVe%) variou entre 16,75 % (altura total) e 30,95% (sobrevivência) (Tabela 2). Dessa forma, constata-se que existe grande heterogeneidade ambiental no experimento. Altos valores de CVe (%) também foram encontrados por Moraes et al. (2007) com E. camaldulensis aos 19 anos. A variável DAP apresentou também valor maior que um na relação CVg/Cve (%), o que indica boa perspectiva de ganho com a seleção (VENCOVSKY; BARRIGA , 1992). Assim, apesar da alta influência ambiental houve variabilidade genética suficiente para praticar a seleção. Observou-se no teste de progênie correlações genéticas altas e positivas (0,80) (Tabela 2) entre os caracteres HT e DAP. Dessa forma, quando se praticar a seleção em uma delas, espera-se uma alta resposta correlacionada na outra. Tal fato constitui em uma vantagem, pois, o sentido da seleção é o mesmo para tais características. Logo, valores altos de correlação genética indicam uma possível seleção indireta para os caracteres. Esses resultados são semelhantes aos trabalhos de Miranda et al. (2015) e Silva (2016) com E. grandis e E. camaldulensis, respectivamente. Devido à alta correlação genética entre DAP e altura (0,80) é possível estabelecer a seleção indireta, selecionando o caráter DAP, com a possibilidade de obter ganhos genéticos significativos com o caráter altura, mesmo esse apresentando valores de herdabilidade inferiores. Sendo assim, a seleção dos 58 melhores indivíduos através do caráter DAP promove o ganho genético indireto de 3,19173%para altura total. Ao se realizar a seleção dos 58 melhores indivíduos (Anexo 1) para DAP (intensidade de seleção de 5,69%) obteve-se um ganho de 26,62% (Tabela 4). Devido à superioridade destes indivíduos em relação aos demais, eles poderiam ser utilizados em um possível teste clonal visando à seleção de clones adaptados a região de cerrado matogrossense, uma vez que são incipientes os trabalhos visando a seleção de materiais clonais específicos para o estado. Já para a variável 19 altura total a seleção dos 58 melhores indivíduos (Anexo 2) proporcionou uma estimativa de ganho genético de 5,91%, elevando a média de 10,42 m para 11,04 m. Com o objetivo de transformar este experimento em um pomar de sementes por mudas (PSM) realizou-se a estimativa do ganho entre (intensidade de seleção de 14,13%) das 13 melhores famílias e dentro de progênies (intensidade de seleção de 33 %), o que gerou um ganho de 15,1991 % para altura e 55,89% para DAP (Tabela 4). Nessa situação pode-se combinar a seleção entre e dentro para obter um maior ganho genético total, pois a seleção possibilita a seleção de melhores famílias e melhores indivíduos. Além disso, segundo Santos et al. (2008), a seleção entre e dentro possibilita um maior controle do parentesco entre os indivíduos selecionados permitindo uma menor diminuição da variação genética em relação a seleção massal. TABELA 4 – ESTIMATIVAS DE GANHOS GENÉTICOS INDIVIDUAL DOS 58 MELHORES INDIVÍDUOS E ENTRE E DENTRO DAS 13 MELHORES FAMÍLIAS DO TESTE DE PROGÊNIE DE Eucalyptus camaldulensis. DAP HT GS (%) 26,62454 % 5,913652 % Gs entre 5,8461 1,3677 Gse (%) 46,9077% 13,1171% GS dentro 1,5215 0,2966 GSd (%) 8,9908 % 2,0820 % GS ed (%) 55,8985 % 15,1991 % Legenda; GS: ganho de seleção individual;Gse: porcentagem do ganho de seleção entre; GSd: porcentagem do ganho de seleção dentro; GS dentro: ganho de seleção dentro de famílias, GS entre: ganho de seleção entre famílias e Ged: ganho de seleção entre e dentro.. Observa-se que os ganhos da seleção entre e dentro foram superiores aos ganhos de seleção individual para as duas variáveis de crescimento estudadas. Este resultado era esperado, uma vez que a herdabilidade média de famílias foi superior a herdabilidade aditiva. 20 Situação semelhante foi encontra em outros estudos como em Rosado et al. (2009) com E. urophylla e Paula et al. (2002) com E. camaldulensis. Portanto, verificou-se nesse trabalho que é possível realizar a seleção genética com ganhos significativos principalmente para a variável DAP, pois essa apresentou significância pelo teste de Qui-quadrado, alto valor de acurácia (0,75), maiores herdabilidades em relação aos demais caráteres avaliados e maiores valores de CVgi (%), consequentemente existe maior variabilidade genética. Para a variável altura total obteve-se ganhos mediante a seleção, no entanto, estes foram menores. Tanto a seleção entre e dentro de progênies como a seleção individual para DAP promoveram boas perspectivas de ganho com valores de 55, 89% e 26,62%, respectivamente, o que indica a viabilidade de seleção tanto para a formação de um pomar de sementes por mudas, quanto a utilização de alguns indivíduos em um potencial teste clonal. 21 5. CONCLUSÕES As estimativas de parâmetros genéticos demonstram a existência de variabilidade genética nas progênies de Eucalyptus camaldulensis, com destaque para o DAP. A estimativa de correlação genética entre DAP e altura total foi positiva. Logo, a seleção indireta para estes caracteres é viável dentro dessa população. Os maiores ganhos genéticos são obtidos a partir da seleção entre e dentro famílias, o que indica a viabilidade de transformar o experimento em um pomar de sementes por mudas, quando comparado à seleção individual. A seleção dos melhores clones também apresentou perspectiva de ganhos, de modo que alguns indivíduos podem ser utilizados em teste clonais visando à seleção de materiais adaptados a região do cerrado matogrossense. 22 6 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, M. S. D. Potencial de híbridos entre clones elite de eucalipto por meio de marcadores microssatélites e capacidades de combinação. 2007.116f. 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Ordem Bloco Família Árvore Ganho Nova Média 1 B2 133 1 4,8565 17,3196 2 B2 130 1 4,8211 17,2842 3 B4 46 3 4,806 17,2691 4 B5 133 3 4,7061 17,1692 5 B5 115 3 4,6163 17,0793 6 B1 83 3 4,5172 16,9802 7 B1 50 1 4,4231 16,8862 8 B3 115 1 4,346 16,809 9 B5 132 2 4,2761 16,7392 10 B2 25 2 4,2176 16,6806 11 B5 46 1 4,1689 16,632 12 B2 37 3 4,1283 16,5913 13 B2 31 1 4,0849 16,548 14 B3 125 3 4,0475 16,5105 15 B1 23 1 4,0149 16,478 16 B3 106 1 3,9844 16,4475 17 B2 125 1 3,9547 16,4178 18 B2 106 1 3,9262 16,3892 19 B2 31 2 3,9 16,3631 20 B5 52 2 3,8765 16,3395 21 B5 121 3 3,8532 16,3163 22 B4 125 3 3,829 16,2921 23 B3 46 3 3,8052 16,2683 24 B2 125 3 3,7832 16,2463 25 B5 50 3 3,7629 16,2259 26 B5 82 3 3,744 16,2071 27 B2 52 3 3,7264 16,1894 28 B2 115 2 3,7097 16,1728 29 B3 50 1 3,6926 16,1556 30 B4 133 1 3,6745 16,1376 31 B1 125 2 3,6575 16,1205 32 B2 52 1 3,6414 16,104533 B5 37 3 3,6259 16,0889 34 B2 85 2 3,6107 16,0738 35 B2 19 1 3,5964 16,0594 28 36 B3 82 3 3,5827 16,0458 37 B1 109 3 3,5697 16,0327 38 B2 98 3 3,5571 16,0202 39 B5 35 3 3,5435 16,0066 40 B3 10 2 3,5305 15,9936 41 B1 88 2 3,5175 15,9806 42 B3 102 3 3,5044 15,9675 43 B4 98 1 3,4913 15,9543 44 B4 41 2 3,4784 15,9415 45 B3 50 2 3,466 15,9291 46 B5 21 3 3,4538 15,9168 47 B1 26 2 3,4418 15,9049 48 B1 130 3 3,4299 15,8929 49 B4 115 3 3,4181 15,8812 50 B1 85 3 3,4062 15,8693 51 B4 118 1 3,3946 15,8577 52 B4 44 3 3,383 15,8461 53 B1 124 3 3,3718 15,8349 54 B1 88 3 3,3608 15,8239 55 B2 52 3 3,3500 15,8131 56 B2 125 1 3,3395 15,8025 57 B5 21 3 3,3289 15,792 58 B5 65 2 3,3182 15,7813 Média geral: 12,463066 29 ANEXO 2 - GANHOS GENÉTICOS PREDITOS E NOVA MÉDIA DA POPULAÇÃO SELECIONADA DOS 58 MELHORES INDIVÍDUOS SELECIONADOS DE Eucalyptus camaldulensis PARA VARIÁVEL ALTURA (M). Ordem Bloco Família Árvore Ganho Nova Média 1 B1 26 2 0,8812 11,3081 2 B2 25 2 0,879 11,3059 3 B2 33 1 0,877 11,3039 4 B4 17 1 0,8598 11,2867 5 B3 50 2 0,8461 11,273 6 B1 65 2 0,826 11,2528 7 B1 17 2 0,8091 11,236 8 B1 50 1 0,7954 11,2222 9 B3 16 2 0,7843 11,2112 10 B5 23 3 0,7747 11,2016 11 B3 91 2 0,7667 11,1936 12 B1 23 1 0,7587 11,1856 13 B4 52 2 0,7509 11,1778 14 B2 37 3 0,7438 11,1707 15 B3 17 2 0,7371 11,164 16 B3 10 3 0,731 11,1578 17 B5 65 2 0,7253 11,1522 18 B3 125 3 0,7196 11,1465 19 B2 4 1 0,7145 11,1414 20 B2 10 3 0,7097 11,1366 21 B4 125 3 0,7051 11,1319 22 B4 125 1 0,7009 11,1277 23 B1 125 2 0,697 11,1239 24 B4 39 2 0,6934 11,1203 25 B3 102 2 0,6901 11,1169 26 B2 52 3 0,6869 11,1138 27 B3 20 1 0,6839 11,1108 28 B2 31 2 0,6811 11,108 29 B2 16 1 0,6784 11,1053 30 B1 119 1 0,6758 11,1027 31 B2 89 2 0,6733 11,1002 32 B4 89 3 0,671 11,0979 33 B2 109 1 0,6688 11,0957 34 B1 83 3 0,6667 11,0935 35 B1 130 3 0,6645 11,0914 36 B2 125 1 0,6624 11,0893 37 B4 46 2 0,6602 11,0871 38 B4 41 2 0,6579 11,0848 39 B2 82 3 0,6557 11,0826 40 B2 52 1 0,6535 11,0804 41 B2 41 1 0,6514 11,0783 30 42 B4 23 3 0,6493 11,0762 43 B4 125 2 0,6469 11,0738 44 B2 130 3 0,6447 11,0715 45 B4 46 3 0,6424 11,0693 46 B2 106 2 0,6401 11,067 47 B3 106 1 0,638 11,0649 48 B2 31 1 0,6359 11,0628 49 B5 10 3 0,6339 11,0607 50 B5 17 2 0,6319 11,0588 51 B3 125 3 0,6319 11,0588 52 B2 41 1 0,63 11,0568 53 B5 4 3 0,628 11,0549 54 B4 33 3 0,626 11,0529 55 B5 21 1 0,6241 11,051 56 B3 16 2 0,6222 11,0491 57 B5 23 3 0,6203 11,0472 58 B1 23 1 0,6185 11,0453 Média geral: 10,42689
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