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poluição Atmosférica

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Prévia do material em texto

Poluição Atmosférica
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.a Dr.a Simone Miraglia
Revisão Técnica:
Prof.ª Me. Nilza Maria Coradi de Araújo
Revisão Textual:
Prof.a Esp. Kelciane da Rocha Campos
Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
• Chuva Ácida
• Redução da Camada de Ozônio e Efeito Estufa
• Diminuição da Camada de Ozônio
• Efeito Estufa e Aquecimento Global
• Protocolo de Kyoto
 · O aluno deve ser capaz de conceituar os efeitos globais da poluição 
atmosférica, caracterizar os movimentos para conter as mudanças 
climáticas e os principais acordos internacionais relativos à poluição 
do ar.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Contextualização
Você já pensou por que o interior do carro com os vidros fechados se aquece 
tão rapidamente? Um dos assuntos mais discutidos atualmente é o aquecimento 
global e as mudanças climáticas. Modelos matemáticos climáticos projetam que as 
temperaturas globais de superfície provavelmente aumentarão no intervalo entre 
1,1 e 6,4°C, e o nível médio das águas do mar subirá entre 9 a 88 cm entre 
1990 e 2100 (IPCC, 2007). Essas mudanças trarão impactos sociais, econômicos 
e à saúde do meio ambiente como um todo. No entanto, você já pensou se não 
existisse o efeito estufa?
Devido ao efeito estufa, a superfície terrestre recebe quase o dobro de energia 
da atmosfera em comparação com a energia recebida do Sol, resultando em um 
aquecimento da superfície terrestre em torno de 30°C. Isso permite a vida na 
Terra. Se, por um lado, o efeito estufa pode provocar o aumento preocupante da 
temperatura na Terra, por outro lado, trata-se de um fenômeno natural e essencial 
à vida, como a conhecemos. Além do homem, há diversas ações da natureza que 
exacerbam o efeito estufa, como erupções vulcânicas, que liberam diversos gases 
relacionados ao efeito estufa. Como então denominar esse efeito, tão essencial à 
vida, mas também capaz de modificá-la totalmente, como fazer para equilibrar o 
aquecimento global e a vida na Terra? Será que todos os seres serão prejudicados 
pelo aumento dos gases do efeito estufa?
Reflita criticamente sobre essas colocações antes de iniciar a unidade.
IPCC. Intergovernmental Panel on Climate Change. eds. 2007. Climate change 2007: The 
physical science basis. Contribution of working group I to the fourth assessment report of 
the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge: Cambridge Univ. Press. 996p. 
In SILVA, R. W. C.; PAULA, B. L. de. 2009. Causa do aquecimento global: antropogênica versus 
natural. Terræ Didatica, 5(1):42-49.
https://goo.gl/QxKfQs
Ex
pl
or
8
9
Chuva Ácida
O que é Chuva Ácida?
O pH da água pura em condições normais é neutro 
(7,0), mas quando o dióxido de carbono (CO2) presente 
na atmosfera se dissolve na água, ocorre a formação do 
ácido carbônico (H2CO3) e, portanto, o pH da água em 
equilíbrio com o CO2 atmosférico é de 5,6 (ácido). Veja 
a figura ao lado, que mostra a formação e dissociação 
do H2CO3 em íon H
+ e íon bicarbonato (HCO3
-):
A água da chuva, em contato com o CO2, já possui 
caráter ácido, no entanto só dizemos que a chuva tem 
um excesso de acidez quando seu pH for menor que 5,6. 
O aumento da acidez na chuva ocorre principalmente 
quando há um aumento na concentração de óxidos 
de enxofre e nitrogênio na atmosfera. Esses óxidos e 
o óxido de carbono são chamados de óxidos ácidos, 
porque em contato com a água (nesse caso água da 
chuva) formam ácidos.
H2O
CO2
CO2
CO2
CO2 CO2
CO2
CO2
CO2
 H2CO3 
 H2CO3 
 H+ 
 HCO3
- 
Figura 1
Fonte: Adaptado de Istock/getty images
O que é pH
MANUAL DA QUÍMICA. Conceito de PH.
https://goo.gl/VbpwLF
Óxidos ácidos
BRASIL ESCOLA. Óxidos ácidos.
https://goo.gl/R18JRR
Ex
pl
or
Como é Formada a Chuva Ácida?
O nitrogênio gasoso (N2) e o oxigênio molecular (O2) da atmosfera podem 
reagir, formando o monóxido de nitrogênio (NO). No entanto, essa reação não 
é espontânea nas condições ambientes e demanda uma grande quantidade de 
energia para ocorrer. Em situações em que há altas temperaturas - por exemplo, 
dentro do motor do automóvel ou em fornos industriais, há o fornecimento da 
energia necessária para que ocorra a formação do monóxido de nitrogênio (NO) 
de forma eficiente.
N2 (g) + O2(g) → 2 NO(g) (em altas temperaturas)
O oxigênio presente na atmosfera é capaz de oxidar o monóxido de nitrogênio, 
produzindo o dióxido de nitrogênio (NO2), que apresenta uma coloração 
amarronzada. Em cidades urbanizadas e com grande tráfego de veículos, como 
9
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
a cidade de São Paulo, o céu pode apresentar um tom amarronzado devido à 
formação do NO2, agravado pela grande emissão de material particulado (incluindo 
a fuligem), que também escurece a atmosfera. O dióxido de nitrogênio pode sofrer 
novas reações e formar o ácido nítrico (HNO3), que contribui para aumentar a 
acidez da água da chuva.
Os automóveis antigos são uma das maiores fontes de gases NO. Um carro 
produzido em 1995 produz até 10 vezes mais NO que um carro produzido hoje. 
Atualmente, os carros modernos são obrigados por lei a possuir um conversor 
catalítico (catalisador), que reduz muito a formação desse gás. O catalisador 
converte grande parte dos gases prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como 
NO e CO, em gases inertes, como N2 e CO2. Devemos lembrar que o CO2 é um 
gás que não prejudica diretamente a saúde humana, mas colabora para aumentar 
o efeito estufa. As reações abaixo representam as reações que ocorrem no interior 
do catalisador.
2CO(g) + 2NO(g) 2CO2(g) + N2(g)
2CO(g) + O2(g) 2CO2(g)
2NO(g) N2(g) + O2(g)
O catalisador tem um papel importantíssimo, mas atua de forma a minimizar 
apenas as emissões de CO e NO, ou seja, o veículo continua emitindo um grande 
volume de CO2 para a atmosfera.
Defeito no catalisador afeta meio ambiente e seu bolso
ECONOMIA. Defeito no catalisador afeta meio ambiente e seu bolso.
https://goo.gl/HLwPx9
Como funcionam os catalisadores dos automóveis?
SUPER INTERESSANTE. Como funcionam os catalisadores dos automóveis.
https://goo.gl/z50frR
Ex
pl
or
O dióxido de enxofre(SO2) é o gás responsável pelo maior aumento na acidez 
da chuva. Esse gás é produzido diretamente como subproduto da queima de 
combustíveis fósseis, como a gasolina, carvão e óleo diesel. O óleo diesel e o 
carvão geralmente possuem alto grau de impurezas e contêm grandes quantidades 
de enxofre em sua composição, sendo responsáveis por uma grande parcela da 
emissão de SO2 para a atmosfera. Atualmente, no Brasil, a empresa Petrobrás tem 
investido muito na purificação do diesel a fim de diminuir drasticamente a presença 
de enxofre no combustível.
Óleo diesel
BR. Óleo diesel.
https://goo.gl/u5WQie
Ex
pl
or
10
11
De forma equivalente a outros óxidos, o SO2 reage com a água, formando o 
ácido sulfuroso (H2SO3):
SO2(g) + H2O(l) → H2SO3(aq)
H2SO3(aq) → H
+
(aq) + HSO3
-
(aq)
Outro produto da oxidação do dióxido de enxofre na atmosfera é o trióxido de 
enxofre (SO3), que, por sua vez, em contato com a água da chuva, irá formar o 
ácido sulfúrico (H2SO4), que é um ácido forte. Veja essa transformação, conforme 
reações abaixo:
SO2(g) + ½ O2(g) → SO3(g)
SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(aq)
Impactos Ambientais da Chuva Ácida
A variação de pH de um lago em condições naturais é próxima de 6,5 a 
7,0, podendo sustentar uma grande variedade de espécies de peixes, plantas e 
insetos, além de manter outros animais que vivem no seu entorno e se alimentam 
no lago. O excesso de acidez na chuva pode provocar a acidificação de lagos, 
principalmente aqueles de pequeno porte. Se o pH do lago diminuir para em torno 
de 5,5, já é possível ser prejudicial à sobrevivência de larvas, pequenas algas e 
insetos, prejudicando também os animais que dependem desses organismos para 
se alimentar. No caso de o pH da água chegar a níveis ainda mais baixos, como 
4,0 a 4,5, já é possível verificar a intoxicação da maioria das espécies de peixes, o 
que poderá levá-los à morte.
Figura 2 – Aquário de peixes e de vida aquática possui um pH ótimo, que permite a sobrevivência das espécies
Fonte: iStock/Getty images
O solo também pode ser impactado pela chuva ácida, porém alguns tipos de solo 
são capazes de neutralizar, pelo menos parcialmente, a acidez da chuva devido à 
presença de calcário e cal (CaCO3 e CaO) natural. Os solos em que esses compostos 
estão ausentes são mais suscetíveis à acidificação. O processo de lixiviação permite 
neutralização natural da água de chuva pelo solo, minimiza o impacto da água que 
atinge os lagos pelas suas encostas. A chuva ácida provoca um maior arraste de 
metais pesados do solo para lagos e rios, podendo intoxicar a vida aquática.
11
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Interessantemente, estudos recentes também mostram a possibilidade de a chuva 
ácida alcalinizar rios e lagos. A razão da mudança é o fato de a chuva ácida corroer 
rochas e pavimentos, ricos em minerais alcalinos, que são levados pela própria 
chuva aos rios. Entretanto, a modificação do equilíbrio das águas dos rios e lagos, 
tanto para maior acidez ou maior basicidade, é capaz de causar danos a cultivos de 
rega, assim como afetar peixes e outras espécies de água doce.
Chuva ácida faz com que rios da costa leste dos EUA fiquem alcalinos
https://goo.gl/SIsFeoEx
pl
or
Como a acidez da chuva poderia danificar o meio ambiente urbano? O que aconteceria às 
edificações, pontes e monumentos?Ex
pl
or
Efeitos do SO2 à Saúde
Outro fator muito importante sobre a emissão de SO2 é a formação de ácidos 
no corpo humano, por meio da respiração. No nosso organismo, esse ácido pode 
provocar problemas como coriza, irritação na garganta e olhos e até afetar a 
fisiologia do pulmão. No ano de 1952, na cidade de Londres, aproximadamente 
4.000 pessoas morreram em poucos dias como consequência da alta emissão de 
SO2 na atmosfera, proveniente da queima do carvão nas casas e nas indústrias na 
região. Esse episódio ficou conhecido como “O Grande Nevoeiro”. Normalmente 
esses gases eram dispersos para camadas mais elevadas na atmosfera, mas na 
época houve um fenômeno meteorológico, a inversão térmica, que causou um 
resfriamento súbito da atmosfera impedindo a dispersão dos gases.
Figura 3 – O Grande Nevoeiro de Londres, em 1952, chamado também de Big Smoke, que deixou a 
cidade em uma grande escuridão, em plena luz do dia, devido à grande concentração de partículas e 
gases poluentes em um dia de inversão térmica, que dificultou a dispersão dos poluentes atmosféricos
Fonte: Acervo do Conteudista
12
13
A acidez da água da chuva, além de afetar os seres vivos, também pode dani-
ficar a superfície de monumentos históricos, principalmente feitos de mármore 
(CaCO3), acelerar a corrosão de edifícios e pontes, entre outros, devido à reação 
com o ácido. Podemos representar esse ácido de forma genérica (H+), por meio 
das reações abaixo.
CaCO3(s) + 2H
+
(aq) → Ca
2+
(aq) + H2O(l) + CO2(g)
H2SO4(aq) → 2H
+
(aq) + SO4
2-
(aq)
Redução da Camada de Ozônio 
e Efeito Estufa
O que é a Camada de Ozônio?
Na estratosfera, há uma frágil camada de gás chamada de camada de ozônio 
(O3). Sua importância está no fato de ser o único gás que filtra a radiação ultravioleta 
do tipo B (UV-B), nociva aos seres vivos, sendo responsável pela absorção de cerca 
de 90% desse tipo de radiação.
Troposfera
10 km
50 km
85 km
690 km
10 000 km
Estratosfera
Mesosfera
Termosfera
Exosfera
Figura 4 – Camadas da atmosfera terrestre
Fonte: Adaptado de Istock/getty images
A radiação ultravioleta desencadeia na atmosfera um processo natural que resulta 
na contínua formação e fragmentação do ozônio, como ilustrado na figura abaixo:
13
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Raios Ultravioleta
Ozônio
O3
Molécula
de Oxigênio
Átomo
de Oxigênio
Ozônio
+
+
Figura 5 – Formação continuada do Ozônio, em presença de raios ultravioletas
Fonte: Adaptado de Istock/getty images
Diminuição da Camada de Ozônio
Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão 
destruindo a camada de ozônio. Foi na década de 70 que cientistas britânicos 
detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio 
sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada 
está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões 
próximas do Polo Sul e, recentemente, do Polo Norte.
As substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDOs) são substâncias 
químicas capazes de reagir com o ozônio na estratosfera, que possuem em sua 
composição cloro, flúor ou hidrocarbonetos à base de bromo.
Manual de ajuda para o controle das substâncias que destroem a camada de ozônio – SDOs
BRASIL. IBAMA, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.
https://goo.gl/Jovwna
Ex
pl
or
Essas substâncias também têm potencial de contribuir para o aquecimento 
do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à 
camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos provenientes da emissão de 
exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, 
como o carvão e o petróleo. Contudo, as substâncias que apresentam maior 
potencial de degradação da camada de ozônio são aquelas pertencentes aos gases 
clorofluorcarbonos (CFCs).
Ação dos CFCs na Camada de Ozônio
Os CFCs são componentes utilizados como propelentes em aerossóis, como 
isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos. 
Quando emitidos podem chegar à estratosfera, onde são atingidos por radiação 
ultravioleta e consequentemente são desintegrados, liberando átomos de cloro. Por 
14
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meio de um processo catalítico, o cloro reage com o ozônio, convertendo-o em 
oxigênio (O2). Essa reação ocorre milhares de vezes sucessivamente e é caracterizada 
como uma reação em cadeia, em que uma única molécula de CFC pode destruir 100 
mil moléculas de ozônio. As moléculas de oxigênio que não possuem capacidade 
de proteção, como as moléculas de ozônio na estratosfera, acabam por deixar os 
seres vivos mais expostos às radiações ultravioletas devido à redução da camadaprotetora de ozônio. O O2 não possui a mesma função protetora que o ozônio 
na estratosfera, diminuindo a camada de filtro aos seres vivos. Para agravar ainda 
mais a situação, os CFCs são bastante inertes, o que significa que o tempo de 
permanência médio deles na atmosfera é grande, variando de 75 até 380 anos.
A figura abaixo apresenta o ciclo de reações envolvidas na destruição da camada 
de ozônio pelos CFCs:
Figura 6 – Ciclo de reações envolvendo a quebra do CFC por luz ultravioleta 
e a reação do átomo de cloro com o ozônio estratosférico
Fonte: Acervo do Conteudista
A saúde dos seres humanos é atingida pelo aumento dos raios ultravioletas, 
tendo efeitos, como, por exemplo, aumento do câncer de pele e diminuição 
da eficiência do sistema imunológico. No entanto, a radiação ultravioleta não é 
nociva somente aos seres humanos. Todos as formas de vida, inclusive plantas, 
podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação são capazes de 
diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha 
também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais 
microscópicos) que vive na superfície do mar. Por fazerem parte da base da cadeia 
alimentar marinha, a alteração na população desses organismos pode afetar todo o 
ecossistema envolvido. Além disso, o plâncton é responsável pela absorção de mais 
de 50% das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.
15
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
O Chamado “Buraco” na Camada de Ozônio 
Existem vários fatores climáticos que fazem da estratosfera sobre a Antártida 
uma região especialmente suscetível à destruição do ozônio. Toda primavera, no 
Hemisfério Sul, aparece um buraco na camada de ozônio sobre o continente. 
Cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que seus efeitos têm se tornado 
mais evidentes. Regiões próximas ao continente antártico têm apresentado uma 
ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão.
Apesar de os efeitos da degradação da camada de ozônio serem mais 
proeminentes no Hemisfério Norte, os Estados Unidos, a maior parte da Europa, 
o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. O Programa 
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estima que cada 1% de perda 
da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos 
casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo.
Ao nível do solo, na troposfera, o ozônio perde a sua função de protetor e se 
transforma em um gás poluente, responsável pelo aumento da temperatura da 
superfície, junto com o monóxido de carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2), o 
metano (CH4) e o óxido nitroso.
Destruição do Ozônio
Em 1928, quando se desenvolveram os CFCs, o pesquisador Thomas Midgley 
acreditava que tais substâncias seriam inofensivas na atmosfera terrestre por serem 
quimicamente inertes, além das vantagens de serem fáceis de estocar, de produção 
barata, estáveis e bastante versáteis.
Em 1974, Molina e Rowland propuseram que o ozônio estratosférico estava 
sendo destruído em escala maior do que ocorria naturalmente e que a diminuição 
da concentração do ozônio era devida à presença de substâncias químicas 
halogenadas contendo átomos de cloro (Cl), flúor (F) ou bromo (Br), emitidas pela 
atividade humana.
Os gases que continham esses átomos na sua composição contendo esses 
átomos permanecem na atmosfera por vários anos e, ao atingirem a estratosfera, 
sofrem a ação da radiação ultravioleta, liberando radicais livres que destroem de 
forma catalítica as moléculas de ozônio.
A diminuição da concentração de ozônio persiste devido à contínua emissão 
de substâncias halogenadas e sua longa vida na atmosfera, a exemplo dos 
clorofluorcarbonos (CFCs), que podem permanecer ativos de 80 a 100 anos.
Buraco da Camada de Ozônio
O “buraco da camada de ozônio” é o fenômeno de queda acentuada na 
concentração do ozônio sobre a região da Antártica, conforme figura abaixo. 
16
17
A escala de cores indica o nível de concentração de ozônio, a cor azul tendendo 
para o violeta indica a baixa concentração de ozônio. O processo de diminuição 
da concentração de ozônio vem sendo acompanhado desde o início da década de 
1980, em vários pontos do mundo, inclusive no Brasil.
Figura 7 – Concentração de ozônio na camada de ozônio, sobre a Antártica
Fonte: NASA. Setembro de 1980 (esquerda), Setembro de 2013 (direita)
Evolução do “buraco” da camada de ozônio
https://goo.gl/G9988jEx
pl
or
“Camada de Ozônio está ‘se recompondo’ na Antártida, 
dizem Cientistas
Apesar das frequentes más notícias sobre o aquecimento global, pesquisadores 
afirmam ter encontrado evidências de que a camada de ozônio na Antártida está 
começando a se recuperar.
Os cientistas disseram que, em setembro de 2015, o buraco na camada estava 
4 milhões de quilômetros quadrados menor do que no ano de 2000 - uma redução 
de tamanho semelhante ao do território da Índia.
Os ganhos foram atribuídos à eliminação progressiva de longo prazo dos 
produtos químicos que destroem a camada de ozônio - e a consequência disso é que 
se aumenta a chance de câncer de pele, catarata e outras doenças em humanos, 
animais e plantas.
A produção natural e a destruição do ozônio na estratosfera se equilibram ao 
longo do tempo, o que significa que historicamente existe um nível constante para 
proteger a Terra, bloqueando a radiação ultravioleta prejudicial do sol.
17
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Desodorantes e Ar-Condicionado
A primeira vez que cientistas notaram uma dramática diminuição da camada de 
ozônio foi em meados dos anos 1980 - quando britânicos identificaram um buraco 
de 10 quilômetros.
Em 1986, a pesquisadora Susan Solomon mostrou que o ozônio estava sendo 
destruído pela presença de moléculas contendo cloro e bromo que vinham de 
clorofluorcarbonetos (CFCs). Esses gases eram encontrados em tudo, de sprays 
para cabelos e desodorantes até geladeiras e aparelhos de ar-condicionado.
Os motivos pelos quais a diminuição estava em curso na Antártida eram o frio 
extremo e as grandes quantidades de luz. Isso ajudava a produzir o que foi chamado 
de “nuvens polares da estratosfera”.
Nessas nuvens, acontecia a reação química do cloro que destrói o ozônio.
Graças à proibição do uso de CFCs no Protocolo de Montreal, em 1987, a 
situação na Antártida tem melhorado lentamente.
Diversos estudos vêm mostrando a diminuição da influência dos CFCs. Além 
disso, de acordo com os autores, esse novo estudo mostra “os primeiros sinais de 
recuperação” e dá indícios de que a camada de ozônio está crescendo novamente.
Solomon e outros colegas, incluindo pesquisadores da Universidade de Leeds, no 
Reino Unido, fizeram medições detalhadas da quantidade de ozônio na estratosfera 
entre 2000 e 2015.
Usando informações de balões meteorológicos, satélites e simulações de modelo, 
eles conseguiram mostrar que o buraco da camada de ozônio diminuiu cerca de 4 
milhões de quilômetros quadrados nesse período. Segundo eles, mais da metade 
dessa redução aconteceu por causa da diminuição do cloro na atmosfera.
Normalmente, as medidas da camada de ozônio são tiradas em outubro, quando 
o buraco costuma ser maior. Mas a equipe de pesquisadores acreditava que teria 
uma melhor ideia do cenário investigando a situação em setembro, quando as 
temperaturas ainda estão baixas, mas outros fatores influenciadores da quantidade 
de ozônio prevalecem - e o clima se torna algo menos determinante.
“Ainda que tenhamos diminuído a produção de CFCs em todos os países, 
incluindo Índia e China, até o ano 2000, ainda há muito cloro presente na 
atmosfera”, observou Solomon em entrevista à BBC.
“O cloro pode durar cerca de 50 ou 100 anos na atmosfera. (Sua 
quantidade) está decaindo lentamente, e o ozônio começará a se recompor. 
Não esperamos a recuperação completa antes de 2050 ou 2060, mas 
vimos que, em setembro, o buraco da camada de ozônio já não era tão 
grande quanto costumavaser.”
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19
Uma descoberta que deixou os cientistas intrigados aparece em estudo de outubro 
de 2015, mostrando o maior buraco da camada de ozônio já visto na Antártida.
Os pesquisadores acreditam que um elemento-chave que contribuiu para isso foi 
a atividade vulcânica.
“Depois de uma erupção, o enxofre vulcânico forma pequenas partículas, 
que são o início das nuvens polares estratosféricas”, explicou Solomon. 
“Surgem mais dessas nuvens quando há uma erupção vulcânica grande 
recente, e isso gera mais perda de ozônio.”
“Essa é a primeira prova convincente de que a recuperação do buraco da camada 
de ozônio na Antártida começou”, disse Markus Rex, do Instituto Alfred Wegener 
para Pesquisa Marinha e Polar na Alemanha.
“O estado da camada de ozônio ainda é muito ruim, mas acho 
muito importante saber que o Protocolo de Montreal está realmente 
funcionando e tem um efeito direto no tamanho do buraco. Esse é um 
grande passo para nós.”
Visões Diferentes
Alguns pesquisadores, no entanto, não estão convencidos de que essa diminuição 
do buraco da camada de ozônio mostrada no estudo tenha a ver com a redução da 
quantidade de cloro na estratosfera.
“As informações claramente mostram variações consideráveis ano a ano, que 
são muito maiores do que as tendências apontadas no estudo”, disse Paul Newman, 
cientista da Nasa, a agência espacial americana. “Se o estudo (de Solomon e seus 
colegas) tivesse incluído o ano passado que teve um buraco na camada de ozônio 
muito mais significativo, a tendência geral teria sido muito menor.”
Sem considerar essas questões, os cientistas envolvidos no estudo acreditam 
que a descoberta sobre o ozônio é um grande exemplo de como agir diante de 
problemas ambientais.
“É algo marcante. Foi uma era em que a cooperação internacional funcionou 
bem em algumas questões. Eu fui inspirada pela forma como países desenvolvidos 
e subdesenvolvidos conseguiram se unir para lidar com essa questão da camada de 
ozônio”, afirmou Solomon.”
Camada de ozônio está ‘se recompondo’ na Antártida, dizem cientistas
McGrath, M. BBC. 2016.
https://goo.gl/zavJC0
Ex
pl
or
19
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Efeito Estufa e Aquecimento Global
O efeito estufa é um fenômeno natural que proporciona condições para a 
existência de vida humana na Terra. Parte da energia solar que chega ao planeta é 
refletida diretamente de volta ao espaço, ao atingir o topo da atmosfera terrestre, 
enquanto outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre, 
promovendo o seu aquecimento. Uma parcela da energia que é irradiada de volta 
ao espaço é bloqueada pela presença de gases de efeito estufa que, apesar de 
bloquearem parte da energia vinda do sol (emitida em comprimentos de onda 
menores), são opacos à radiação terrestre, emitida em maiores comprimentos 
de onda. Essa diferença nos comprimentos de onda se deve às diferenças nas 
temperaturas do sol e da superfície da Terra.
É a presença desses gases na atmosfera o que torna a Terra um planeta com 
capacidade de abrigar vida, pois, caso não existissem naturalmente, a temperatura 
média do planeta seria muito baixa, da ordem de 18°C negativos. A troca de energia 
entre a superfície e a atmosfera mantém as atuais condições, que proporcionam 
uma temperatura média global, próxima à superfície, de 14°C.
Quando existe um balanço entre a energia solar incidente e a energia refletida na 
forma de calor pela superfície terrestre, o clima se mantém praticamente constante. 
Contudo, o balanço de energia pode ser alterado de diversas formas:
a) mudança na quantidade de energia que atinge a superfície terrestre;
b) mudança na órbita da Terra ou do próprio sol;
c) mudança na quantidade de energia que chega à superfície terrestre e é 
refletida de volta ao espaço, devida à presença de nuvens ou de aerossóis, 
que são partículas resultantes de queimadas, por exemplo;
d) alteração na quantidade de energia de maiores comprimentos de onda 
refletida de volta ao espaço, devida a mudanças na concentração de gases 
de efeito estufa na atmosfera.
As emissões antrópicas de gases de efeito estufa têm aumentado de modo 
insustentável, levando à alteração das concentrações desses gases na atmosfera.
As emissões de gases de efeito estufa estão presentes em praticamente todas as 
atividades humanas e setores da economia: na agricultura, por meio da preparação 
da terra para plantio e aplicação de fertilizantes; na pecuária, por meio do 
tratamento de dejetos animais e pela fermentação entérica do gado; no transporte, 
pelo queima de combustíveis fósseis, como gasolina e gás natural; no tratamento 
dos resíduos sólidos, pela forma como o lixo é tratado e disposto; nas florestas, 
pelo desmatamento e degradação de florestas; e nas indústrias, pelos processos de 
produção, como cimento, alumínio, ferro e aço, por exemplo. Observe o esquema 
abaixo a respeito do efeito estufa.
20
21
Atmosfera
Superfície
Aproximadamente metade da energia solar 
absorvida na super�cie evapora água, 
adicionando o gás estufa mais importante à 
atmosfera. Quando esta água condensa na 
atmosfera, ela libera a energia que alimenta 
tempestades e produz chuvas e neves
Apenas uma pequena porção da energia 
térmica emitida pela super�cie passa 
através da atmosfera direto para o espaço. A 
maioria é absorvida por moléculas de gás 
estufa e contribuem para a energia irradiada 
voltar a aquecer a super�cie e baixar a 
atmosfera, aumentando as concentrações de 
gases estufa que aumentam o aquecimento 
da super�cie e diminuem a perda de energia 
para o espaço
A super�cie resfria irradiando energia térmica para cima. Quanto 
mais quente a super�cie, maior a quantidade de energia térmica 
que é irradiado para cima
Aproximadamente 30% da 
energia solar que chega é 
re�etida pela super�cie e 
pela atmosfera.
N2O
CH4
O3 CO2
H2O
Figura 8 – Esquema do efeito estufa na Terra
Gases de Efeito Estufa
Há quatro principais gases de efeito estufa (GEE), além de duas famílias de 
gases, regulados pelo Protocolo de Kyoto:
• o dióxido de carbono (CO2): é o principal GEE e também o mais abundante 
resultado da emissão de inúmeras atividades humanas, como, por exemplo, 
por meio do uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) e 
também com a mudança no uso da terra. A quantidade de dióxido de carbono 
na atmosfera aumentou 35% desde a era industrial, e esse aumento deve-se 
a atividades antrópicas, principalmente pela queima de combustíveis fósseis 
e remoção de florestas. O CO2 é utilizado como referência para classificar o 
poder de aquecimento global dos demais gases de efeito estufa;
• o gás metano (CH4): é produzido pela decomposição da matéria orgânica, 
sendo encontrado geralmente em aterros sanitários, lixões e reservatórios de 
hidrelétricas (em maior ou menor grau, dependendo do uso da terra anterior à 
construção do reservatório) e também pela criação de gado e cultivo de arroz. 
Com poder de aquecimento global 21 vezes maior que o dióxido de carbono;
• o óxido nitroso (N2O), cujas emissões são provenientes, entre outros, do 
tratamento de dejetos animais, do uso de fertilizantes, da queima de combustíveis 
fósseis e de alguns processos industriais, possui um poder de aquecimento 
global 310 vezes maior que o CO2;
21
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
• o hexafluoreto de enxofre (SF6): é utilizado principalmente como isolante 
térmico e condutor de calor. É o gás com o maior poder de aquecimento, é 
23.900 vezes mais ativo no efeito estufa do que o CO2;
• o hidrofluorcarbonos (HFCs): utilizados como substitutos dos clorofluor-
carbonos (CFCs) em aerossóis e refrigeradores; não agridem a camada de 
ozônio, mas têm, em geral, alto potencial de aquecimento global (variando 
entre 140 e 11.700);
• os perfluorcarbonos (PFCs): são utilizados como gases refrigerantes, 
solventes, propulsores, espuma e aerossóis e têm potencial de aquecimento 
global variando de 6.500 a 9.200.
Os hidrofluorcarbonos e os perfluorcarbonospertencem à família dos halocar-
bonos, todos eles produzidos, principalmente, por atividades antrópicas.
Aquecimento Global
Ainda que o clima tenha apresentado mudanças ao longo da história da Terra, 
em todas as escalas de tempo, é possível perceber que a mudança atual apresenta 
alguns aspectos distintos. Por exemplo, a concentração de dióxido de carbono na 
atmosfera observada em 2005 excedeu, e muito, a variação natural dos últimos 
650 mil anos, atingindo o valor recorde de 379 partes por milhão em volume 
(ppmv) - isto é, um aumento de quase 100 ppmv desde a era pré-industrial. Na 
figura 9, encontra-se um gráfico com as medições de CO2 do Observatório de 
Mauna Loa no Havaí.
1960 1970 1980 1990 2000
310
320
330
340
350
360
370
380
390
Ciclo Anual
Jan Abr Jul Out Jan
Dióxido de Carbono Atmosférico
Medido em Mauna Loa, Havaí
Co
nc
en
tra
çã
o d
e D
ióx
id
o d
e C
ar
bo
no
 (p
pm
v)
 
Figura 9 – Variação na concentração de CO2 na atmosfera medida no 
Observatório de Mauna Loa no Havaí localizado a 3.500 m de altitude
Outro aspecto distinto da mudança atual do clima é a sua origem: ao passo que 
as mudanças do clima no passado decorreram de fenômenos naturais, a maior 
parte da atual mudança do clima, particularmente nos últimos 50 anos, é atribuída 
às atividades humanas.
22
23
A principal evidência dessa mudança atual do clima é o aquecimento global, que 
foi detectado no aumento da temperatura média global do ar e dos oceanos, no 
derretimento generalizado da neve e do gelo, e na elevação do nível do mar, não 
podendo mais ser negada.
(a) Temperatura média global
(b) Média global do nível do mar
(c) Cobertura de neve do Hemisfério Norte
14,5
14,0
13,5
40
36
32
0,5
0,0
-0,5
50
0
-50
-100
-150
4
0
-4
1850 1900 1950 2000
Figura 10 – Mudanças observadas na (a) temperatura média global da superfície, 
(b) média global da elevação do nível do mar a partir de dados de marégrafo (azul) 
e satélite (vermelho) e (c) cobertura de neve do Hemisfério Norte para março-abril
Com base no levantamento de dados de 2,5 anos por meio de satélites com 
sensores gravimétricos, cientistas detectaram que as geleiras da Groenlândia, a 
segunda maior fonte de água doce do planeta, estão derretendo aproximadamente 
de 1,8 mm por ano. Está três vezes mais rápido do que foi observado nos últimos 
5 anos. As projeções de aquecimento médio global indicam que até o ano de 
2100 grande parte do gelo da Groenlândia terá derretido, resultando em uma 
elevação do nível do mar, possivelmente, de 3 a 4 metros. Desde sua origem, 
há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, o planeta Terra está em constante 
desenvolvimento, tendo passado por inúmeras alterações climáticas. Algumas 
dessas mudanças foram tão drásticas que foram responsáveis pela extinção de 
diversos organismos vivos que não foram capazes de se adaptar, como mostram os 
abundantes registros fósseis.
Atualmente, as temperaturas médias globais de superfície são as maiores dos 
últimos cinco séculos, pelo menos. A temperatura média global de superfície 
aumentou cerca de 0,74°C nos últimos 100 anos. É esperado, caso não se atue 
23
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
nesse aquecimento de forma significativa, ainda neste século, um clima bastante 
incomum, podendo apresentar, por exemplo, um acréscimo médio da temperatura 
global de 2°C a 5,8°C, segundo o 4° Relatório do Painel Intergovernamental sobre 
Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007.
Por Que a Preocupação com o Efeito Estufa?
Se o aquecimento da Terra pelos gases estufa é um processo natural que 
permite que o nosso clima seja mais ameno, então por que nos preocupar com 
o efeito estufa? O grande problema é que o efeito estufa está aumentando muito 
rapidamente neste último século, pois está havendo uma alta emissão de gases 
como gás carbônico, metano e óxido nitroso para a atmosfera. As principais fontes 
de emissão de CO2 são a queima de combustíveis fósseis (carvão, gasolina, diesel) 
e as queimadas das florestas. Nesses últimos 140 anos, a temperatura do nosso 
planeta aumentou em média 0,76°C. Pode parecer pouco, mas esse aumento já 
foi suficiente para abalar o clima do planeta.
Pesquisadores do Reino Unido observaram que o aumento da temperatura 
naquele país fez com que a atividade microbiana do solo aumentasse, resultando 
no aumento da emissão de CO2 que estava retido no solo.
O chamado IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas 
(Intergovernamental Panel on Climate Change), conta com a participação de cerca 
de 2500 cientistas e técnicos que têm como objetivo avaliar e relatar as variações 
climáticas e impactos ambientais de forma objetiva e compreensível. As avaliações 
do IPCC são utilizadas mundialmente por líderes políticos e cientistas. As projeções 
do órgão dependem das ações tomadas pelos indivíduos e por cada país para 
minimizar as emissões de gás carbônico. Portanto, as projeções são variáveis, e 
o aumento de temperatura para o final do século XXI pode ser em média de 1,8 
(na melhor das hipóteses) a 4,0°C (no pior cenário). Estima-se que o nível do mar 
pode subir de 18 a 59 cm. Além do aumento da temperatura global, também 
foi registrado que o nível do mar subiu em média 17 cm no século XX, levando 
a grandes inundações em todo o mundo. Uma população inteira de uma Ilha do 
Pacífico teve que ser evacuada, fazendo com que seus habitantes perdessem seus 
lares e suas identidades culturais.
Como o CO2 pode ser Naturalmente Retirado da Atmosfera?
Os oceanos são responsáveis pela absorção da maior parte do gás carbônico 
da atmosfera por dois motivos: um porque o gás se dissolve na água (lembre-
se que 2/3 do planeta é coberto por água) e outro porque as pequenas algas 
marinhas consomem CO2 durante o processo de fotossíntese. Os oceanos podem 
ser considerados como o grande “consumidor” do CO2 atmosférico. Porém, o 
dióxido de carbono é melhor dissolvido em água em temperaturas mais baixas. Se 
a temperatura das águas dos oceanos aumentarem, como consequência do efeito 
estufa, sua capacidade de absorver o CO2 da atmosfera irá diminuir.
24
25
As florestas também têm um papel muito importante na captação do CO2, 
principalmente quando estão crescendo, pois estas também transformam o CO2 
atmosférico em matéria orgânica sólida por meio da fotossíntese. Entretanto, 
durante a queima de florestas, o gás carbônico armazenado durante anos e anos 
na estrutura das plantas é emitido de volta para a atmosfera.
Importante!
AQUECIMENTO GLOBAL: UMA VISÃO CRÍTICA
Para cada ponto há um contraponto. Visto isso, alguns autores criticam que a 
temperatura da Terra esteja aumentando, quando se analisa um período de tempo 
maior. O pesquisador Luiz Carlos Baldicero Molion escreveu um artigo discutindo que 
“(...) existem evidências que o clima, entre cerca de 800 a 1200 DC, era mais quente do 
que o de hoje. Naquela época, os Nórdicos (Vikings) colonizaram as regiões do Norte do 
Canadá e uma ilha que foi chamada de Groelândia (Terra Verde) e que hoje é coberta 
de gelo (!?). Entre 1350 e 1850, o clima se resfriou, chegando a temperaturas de até 
cerca de 2°C inferiores às de hoje, particularmente na Europa Ocidental. Esse período 
é descrito na Literatura como “Pequena Era Glacial”. Após 1850, o clima começou a se 
aquecer lentamente e as temperaturas se elevaram. Portanto, não há dúvidas de que 
ocorreu um aquecimento global nos últimos 150 anos. A questão que se coloca é se o 
aquecimento observado é natural ou antropogênico?”
Adicionalmente, o autor discute um aspecto muito importante sobre os períodos 
de tempo pesquisados: “[...] as séries de 150 anos são curtas para capturar a 
variabilidade de prazo mais longo do clima. O período do fi nal do Século XIX até as 
primeiras décadas do Século XX foi o fi nal da “Pequena Era Glacial”, um período frio, 
bem documentado, que perdurou por cinco séculos. E esse período coincide com a 
época em que os termômetros começaram a ser instalados mundialmente. Portanto,o início das séries instrumentais de 150 anos, utilizadas no Relatório do IPCC, ocorreu 
num período relativamente mais frio que o atual e leva, aparentemente, à conclusão 
errônea de que as temperaturas atuais sejam muito altas ou “anormais” para o 
Planeta.”, analisa o pesquisador. Leia o estudo completo no link abaixo.
Referência: MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Aquecimento global: uma visão crítica. 
Revista Brasileira de Climatologia, 3.4 (2008): 7-24.
https://goo.gl/slPKsh
Trocando ideias...
Reflita a respeito dos diferentes pontos de vista que esse tema abrange atual-
mente. Pesquise, leia diferentes opiniões e exerça sua reflexão crítica.
Rio-92 e Rio+20
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(Cnumad), realizada em junho de 1992 no Rio de Janeiro, marcou a forma como 
a humanidade encara sua relação com o planeta. Foi naquele momento que a 
comunidade política internacional admitiu claramente que era preciso conciliar o 
desenvolvimento socioeconômico com a utilização dos recursos da natureza.
25
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Na reunião — que ficou conhecida como Rio-92, Eco-92 ou Cúpula da Terra 
—, que aconteceu 20 anos depois da primeira conferência do tipo em Estocolmo, 
Suécia, os países reconheceram o conceito de desenvolvimento sustentável e 
começaram a moldar ações com o objetivo de proteger o meio ambiente. Desde 
então, estão sendo discutidas propostas para que o progresso se dê em harmonia 
com a natureza, garantindo a qualidade de vida tanto para a geração atual quanto 
para as futuras no planeta.
Após 20 anos dessa reunião, aconteceu a Rio+20, realizada de 13 a 22 de junho 
de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, que marcou os vinte anos de realização da 
Cnumad (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável 
para as próximas décadas.
Protocolo de Kyoto
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), 
adotada durante a Conferência Rio-92, foi um passo importante dado pela 
comunidade internacional para atingir o objetivo de alcançar a estabilização das 
concentrações de GEEs na atmosfera em nível que impeça uma interferência 
antrópica perigosa no sistema climático. Ainda que essa convenção não tenha 
determinado como atingir esse objetivo, ela estabeleceu mecanismos que possibilitem 
negociações em torno dos instrumentos necessários para que ele seja alcançado.
Em dezembro de 1997, foi adotado o Protocolo de Kyoto, que tem como objetivo 
estabelecer metas de redução de emissão de gases de efeito estufa e mecanismos 
adicionais de implementação para que essas metas sejam atingidas. O Protocolo de 
Kyoto é um acordo internacional assinado por 141 países, que visa à redução das 
emissões de gás carbônico para a atmosfera. As metas de redução são diferenciadas 
entre as Partes, em consonância com o “princípio das responsabilidades comuns, 
porém diferenciadas”. Um dos mecanismos propostos é o Mecanismo de 
Desenvolvimento Limpo (MDL), o único que permite a participação de países em 
desenvolvimento em cooperação com países desenvolvidos. O objetivo final da 
redução das emissões pode ser atingido, assim, por meio da implementação de 
atividades de projetos nos países em desenvolvimento que resultem na redução das 
emissões de GEEs ou no aumento da remoção de CO2, mediante investimentos em 
tecnologias mais eficientes, substituição de fontes de energia fósseis por renováveis, 
racionalização do uso da energia, florestamento e reflorestamento, entre outros.
Assim, o Protocolo de Kyoto surge como uma grande oportunidade, não 
somente visando a ações efetivas globais em prol do meio ambiente, mas 
também como um meio para que os países em desenvolvimento busquem o 
desenvolvimento sustentável, estimulando a produção de energia limpa para a 
redução das emissões de GEEs e, com base na cooperação internacional com 
países desenvolvidos, beneficiem-se com a transferência de tecnologia e com o 
comércio de carbono. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo pode ser muito 
26
27
interessante para o Brasil, já que aproveita um grande potencial brasileiro para a 
produção de energia limpa e possibilita que o país desempenhe papel importante 
no contexto ambiental internacional.
O protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005, diz que os 
países desenvolvidos se comprometeriam a reduzir até 2012 a emissão de gases 
de efeito estufa em pelo menos 5%, de acordo com os níveis de 1990. Em outras 
palavras, cada país avaliaria o quanto emitia de gases de efeito estufa no ano 
de 1990 e deveria passar a emitir 5% a menos, dentro do prazo estipulado. Os 
Estados Unidos, que são os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo 
(respondendo por 36 % do total mundial) não ratificaram (não transformaram em 
lei) o acordo. Juntos, EUA, Rússia, Alemanha, Grã Bretanha e Japão respondem 
por 70% das emissões acumuladas de gases de efeito estufa.
É importante enfatizar que esse protocolo foi apenas o início de um esforço 
mundial para minimizar as emissões de gases de efeito estufa. Hoje se falam em 
acordos mundiais ‘pós Kyoto”, pois já há muitas evidências sobre a necessidade de 
se diminuir drasticamente tais emissões.
Em 2015 foi firmado o Acordo de Paris. O documento foi previamente aprovado, 
em 2015, por 197 países que participaram da Conferência do Clima de Paris (COP 
21). O compromisso dos países signatários é manter o aumento da temperatura 
média global em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, e fazer um esforço 
para ir além: limitar essa elevação da temperatura a 1,5°C.
Cada um dos países que participaram da COP 21 precisa transformar o pacto 
firmado no encontro em lei nacional dentro dos seus territórios. Esse processo é 
chamado de ratificação. Na prática, para alcançar esses objetivos, os governos 
definiram os próprios compromissos de redução de emissões de poluentes, chamados 
de Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC, na sigla em inglês).
Com a ratificação em 2016, o Brasil assumiu como objetivo cortar as emissões 
de gases de efeito estufa em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% 
até 2030 – ambos em comparação aos níveis de 2005.
Você sabe o que é crédito de carbono?
Assista ao vídeo disponível no link abaixo:
TV BRASIL. CHERUBINI, LUCIANO. Crédito de carbono no mundo.
https://youtu.be/9IcdOdArTn4
TV CULTURA DIGITAL. Especialistas avaliam o Protocolo de Kyoto que será substituído por 
novo tratado na Cop-15.
https://youtu.be/JYcy-Y65GQA
Ex
pl
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Delegados de quase 200 países reunidos em Doha, no Catar, concordaram em 
estender o Protocolo de Kyoto até 2020, evitando um grande retrocesso na luta 
contra as mudanças climáticas.
27
UNIDADE Efeitos Globais da Poluição Atmosférica
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Entrevista com Luiz Carlos Molion
https://youtu.be/TQsdKqXbthw
Camada de Ozônio se recupera, mas Permanece Ameaçada
https://youtu.be/qRVlx1OK6tw
Crédito de Carbono no Mundo
https://youtu.be/9IcdOdArTn4
Entra em Vigor o Protocolo de Kyoto
https://youtu.be/S8MMJjDqYk4
Especialistas avaliam o Protocolo de Kyoto que será Substituído por Novo Tratado na Cop-15
https://youtu.be/JYcy-Y65GQA
Debate sobre Aquecimento Global com o Climatologista Carlos Nobre
https://youtu.be/CcHZD8YY3cs
 Leitura
Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental
Eibel, Eliana; PINHEIRO, Rosa Beatriz Madruga. Crédito de carbono. 4.2 (2015): 
588-601.
https://goo.gl/AP5GPN
Protocolo de Quioto
MMA, Ministério do Meio Ambiente.
https://goo.gl/tn4Rja
Guia para Iniciantes MCTI
MCTI, Ministério da Ciência, tecnologia e Inovação.
https://goo.gl/nifGf7
Revista Brasileira de Climatologia
MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Aquecimento global: uma visão crítica. 3.4 (2008): 7-24.
https://goo.gl/ezZcKA
Efeito Estufa
SANTOS, Alcir dos et al.
https://goo.gl/WYLY15
Terræ Didatica
SILVA, R. W. C.; PAULA, B. L. de. 2009. Causa do aquecimento global: antropogênica 
versus natural.5(1):42-49.
https://goo.gl/p0jV3t
28
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Referências
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Outros materiais