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OS DELITOS DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, MILÍCIA PRIVADA E SUA APLICAÇÃO NOS DELITOS PREVISTOS NO CÓDIGO PENAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
Resenha Crítica de Caso 
Aluno (a):
 Trabalho da disciplina: Direito Penal Constitucional Crimes em Espécie
 Tutor: Prof. Milay Adria Ferreira Francisco
Belo Horizonte
2019
OS DELITOS DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, MILÍCIA PRIVADA E SUA APLICAÇÃO NOS DELITOS PREVISTOS NO CÓDIGO PENAL
Referências: 
· http://www.jb.com.br/rio/noticias/2014/11/09/envolvimento-entre-seguranca-publica-e-empresa-privada-e-temerario/
· https://vicentemaggio.jusbrasil.com.br/artigos/433046609/associacao-criminosa-artigo-288-do-codigo-penal 
· https://eduardocabette.jusbrasil.com.br/artigos/121938026/organizacao-criminosa-milicia-privada-e-associacao-criminosa-prisao-temporaria 
· https://cezarbitencourt.jusbrasil.com.br/artigos/121935991/constituicao-de-milicia-privada 
Trata-se de uma matéria jornalística publicada no site do Jornal do Brasil, que discorre sobre o confronto entre segurança pública e privada e a atuação dos policiais militares, ocorrida no estado do Rio de Janeiro. 
Como é possível observar na matéria supracitada, policiais militares estão se rendendo à prestação de serviços para empresas de segurança privada, haja vista a baixa remuneração que recebem enquanto servidores públicos que arriscam suas vidas para salvaguardarem a vida coletiva.
Embora esteja a garantia da segurança da população dentre as atribuições conferidas aos policiais militares, eles não a realizam como deveriam, em razão da desmotivação que lhes assolam, gerando a necessidade de se contratar uma segurança privada.
É notória a preferência das empresas de segurança particular em contratar policiais militares, tendo em vista o preparo e conhecimento ímpar que possuem, além das garantias que lhes são inerentes, como exemplo o porte de arma, eis que nem sempre é permitido ao segurança privado portar arma.
Ademais, ao se deparar com uma situação de risco, o policial militar tem um apoio mais rápido e efetivo de seus companheiros, o que não acontece com um segurança comum.
Na matéria, fez-se menção ao termo milícia para referir-se a grupos formados por agentes públicos de segurança. Assim, passa-se a discorrer sobre o referido delito.
O crime de milícia privada, previsto no artigo 288-A do Código Penal, que consiste no fato de "constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código" com pena de quatro a oito anos de reclusão, pode ser praticado por qualquer pessoa (civil e/ou militar), vez que se trata de crime comum, ou seja, não é necessário que o sujeito ativo tenha qualidade especial. 
Apesar de haver diversos núcleos no tipo penal - constituir (dar existência), organizar (dispor, pôr em ordem), integrar (tornar-se parte de um conjunto, incluir, incorporar), manter (sustentar, prover, conservar) e custear (financiar) - independente da quantidade de núcleos que o agente realize, responderá por crime único. 
O tipo penal é elencado pelas elementares: organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão. Entende-se por organização paramilitar um grupo de pessoas armadas ilegalmente que se reúnem com finalidades políticas, religiosas ou ideológicas.
A milícia particular é composta por militares, paramilitares e civis armados que inicialmente se reúnem a fim de fornecer segurança e, posteriormente, busca-se a obtenção vantagens.
Grupo ou esquadrão referem-se aos grupos de extermínio, ou seja, grupo de matadores que atuam na ausência ou lentidão do poder público.
Por fim, salienta-se que na milícia privada busca-se a prática de delitos previstos tão somente no Código Penal.
A milícia privada desenvolve atividades semelhantes com outros grupos criminosos, no entanto, possui características específicas em relação às demais. Desta forma, é necessário distinguir milícia privada (art. 288-A, do CP) associação criminosa (art. 288, caput, do CP), organização criminosa (Lei 12.850/13) e associação criminosa para o tráfico (art. 35 da Lei 11.343/06).
Em relação à quantidade de integrantes para a configuração dos delitos, embora não haja previsão legal, entende-se que na milícia privada é necessário no mínimo três agentes, sendo a mesma quantidade necessária na associação criminosa. Já na organização criminosa, é necessário o mínimo de quatro pessoas e na associação criminosa para o tráfico, necessita-se apenas duas.
No que tange à estruturação da organização, bem como à divisão de tarefas entre os integrantes, ressalta-se que se faz necessária somente na organização criminosa, sendo irrelevante na malícia privada, na associação criminosa e na associação criminosa para o tráfico.
Quanto à finalidade dos delitos, verifica-se que a milícia privada consiste na prática de qualquer dos crimes previstos no Código Penal. O intuito da associação criminosa para o tráfico é o cometimento, reiteradamente ou não, dos crimes previstos nos artigos 33, caput e §1º e artigo 34, ambos da Lei 11.343/06. Já na associação criminosa e na organização criminosa, o objetivo é a prática de infrações, abrangendo a legislação especial.
Finalmente, a pena aplicada à milícia privada é de quatro a oito anos, enquanto a pena de associação criminosa é de um a três anos (com previsão de aumento de pena). Já a pena imposta à organização criminosa é de três a oito anos e multa e a pena para o crime de associação para o tráfico consiste em três a dez anos e multa, todas as penas são de reclusão.

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