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Modelos explicativos do processo saúde-doença 
Introdução à Saúde Coletiva 
 Prof. Eric Figueiredo 
21/03/2020 
Caro (a) Aluno (a) 
Com o apoio desta apostila elaborada especialmente para esta nova etapa do nosso processo ensino-
aprendizagem, iremos tratar dos modelos explicativos do processo saúde-doença. Serão apresentadas diferentes 
concepções que se complementam, buscando destacar seus avanços e limitações explicativas bem como as bases 
do saber que as referenciam. 
 A intenção é despertar você, discente, a complexidade destas concepções teóricas que nos permitem refletir 
mais profundamente acerca do processo saúde-doença. Ao longo desta apostila você será apresentado ao 
conteúdo referente às explicações dos modelos Biomédico; Processual; e de Determinação Social da Saúde-
Doença; além de aspectos relativos à promoção da saúde e sua importância para melhoria da saúde dos 
indivíduos e comunidade. 
Durante a descrição e exposição do conteúdo serão apresentadas Atividades de Estudo com o objetivo de auxiliá-
los no processo de reflexão e fixação da aprendizagem. As Atividades de Estudo também cumprirão um papel 
avaliativo dentro desta nova abordagem, semanalmente os alunos enviarão suas respostas através do e-mail: 
eric.renatoo@gmail.com e também através do PORTAL ACADÊMICO. 
O registro de frequência dos alunos será através da participação ativa nos fóruns de debate e através da 
resolução e entrega das atividades. 
O conteúdo desta apostila, bem como slides, textos complementares e demais materiais facilitadores do processo 
ensino-aprendizagem também serão úteis durante o processo de confecção de seus portfólios. E ao longo de 
todo este processo estarei atuando como facilitador, tirando dúvidas, indicando caminhos e sempre atento a suas 
necessidades de aprendizagem. 
Seguiremos juntos. Saúde e Bons Estudos! 
 
mailto:eric.renatoo@gmail.com
 
 
 
 Inicialmente vimos como a humanidade tem se debruçado acerca das 
questões relativas ao processo saúde-doença. O entendimento variou 
historicamente, passando por embates de ideias sempre influênciado por 
diferentes perspectivas culturais, econômicas, filosóficas, científicas e 
tecnológicas. 
 Na busca de definições observou-se que o processo saúde-doença é dinâmico 
e envolve desde considerações de ambito subjetivo, concepções que abrangem o 
imaginário popular coletivo e também as definições através do rigor científico que 
por sua vez influenciam as políticas públicas de saúde. 
 À medida que avançamos historicamente e com a evolução do conhecimento 
científico, foram sendo desenvolvidas construções teóricas mais bem delineadas 
para o entendimento do fenômeno do processo saúde-doença. Estas construções 
teóricas são definidas como Modelos Explicativos do Processo Saúde-
Doença, onde cada um destes agrega conhecimentos científicos de diferentes 
fases da história e diferentemente das Narrativas do Processo Saúde-Doença, 
não existem limites temporais para sua caracterização, mas sim uma série de 
sobreposições e embates de ideias e práticas infuenciados por estes modelos. 
 Dentre os principais modelos explicativos do processo saúde-doença, 
versaremos acerca destes: 
1 – Modelo Mágico-Religioso; 
2 – Modelo Biomédico; 
3 – Modelo Da História Natural das Doenças (Processual); e 
4 – Modelo de Determinação social da saúde-doença 
 
 
 
 
 
 
 
Modelos Explicativos do processo saúde-doença 
 
 
 
 Conforme vimos nas primeiras aulas, a concepção mágico-religiosa sobre o 
processo saúde-doença vigorou na antiguidade. Em um contexto de limitação 
tecnológica e científica a noção de adoecimento e cura era reduzida a vontade de 
deuses e demômios, em uma compreensão de cura-salvação e doença-pecado. 
Tornando-se a primeira base para concepção da saúde, da doença e do cuidado. 
 Mesmo não prevalecendo frente a outras concepções de saúde, doença e 
cuidado, a concepção mágico-religiosa permanece atualmente através de 
diversas culturas e é fortemente condicionada pelo sincretismo religioso. É 
comum no Brasil a atuação de benzedeiras, o “pagamento” de promessas, 
cerimônias de cura, dentre outros rituais relacionados à saúde. 
 
 
 
 Desta forma o Modelo Mágico-Religioso detém certa influência no contexto 
das práticas de saúde atuais, sendo objeto de estudo acerca de seus limites e 
possibilidades no plano terapêutico de cada indivíduo. Os possíveis efeitos, tanto 
positivos como negativos da religiosidade no processo saúde-doença, 
destacando sua influência no aspecto comportamental e emocional no processo 
saúde-doença. 
 Sendo assim é possível vislumbrar as implicações da prática profissional em 
saúde, em especial, dos psicólogos. Neste sentido, Sugere-se propiciar a escuta 
de conflitos psicológicos de origem religiosa, assim como se faz com demais 
aspectos da vida, de forma a possibilitar acolhimento, estando atendo às demais 
necessidades de saúde dos índivíduos, agregando também os aspectos 
espirituais no processo saúde-doença. 
 
 
Modelo Mágico-Religioso 
Da esquerda para direita: Ritual de Ayahuasca no Centro Ayahusqueiro Jiboia Sagrada, zona noroeste de São Paulo (SP). Fonte: 
National Geographic Brasil. Ato de benza costuma ser o remédio para males do corpo e da alma, como o quebranto (mau-olhado) 
e encosto. 
 
 
 
 
“O triunfo da morte”, pintado em 1562 pelo belga Peter Bruegel (1525 – 1569). 
 
 
 
 
 
 Utilizando uma perspectiva histórica podemos analisar o impacto desta 
concepção para a saúde-doença-cuidado das populações. A primitiva noção 
sobrenatural foi sendo substituída por uma compreensão altamente biológica. Na 
organização da sociedade conteporânea a concepção do Modelo Mágico-
Religiosa ainda é presente, convivendo com outras abordagens. No entanto suas 
influências estabelecem novos desafios para atuação dos profissionias de saúde, 
que deverão estar atentos tanto a limites e possibilidades referentes à sua prática 
profissional no contexto do modelo Mágico-Religioso. 
 
 
PARA REFLETIR: 
Na Idade Média, durante a peste bubônica, muitos acreditavam que eram vítimas de 
um castigo divino e andavam pela rua se chicoteando. As feridas expostas e a 
locomoção espalhavam a bactéria, mas naquela época se não sabia da existência de 
bactérias ou de vírus. 
 
 
 O modelo Biomédico é considerado o preponderante nas concepções atuais 
do processo saúde-doença. Ou seja, é este o modelo que orienta a prática 
profissional em relação ao adoecimento e cuidado. 
 Suas raízes históricas de fundamentação teórica são vinculadas ao período 
do Renascimento. Conforme exposto em nossa aula que dentre outros assuntos 
versou acerca das Narrativas do processo saúde-doença, esse período histórico 
representou uma revolução artístico-cultural. O filósofo e Matemático René 
Decartes (1596 – 1650) em seu famoso livro “Discurso do Método” formulou as 
regras que constituem até hoje importantes bases para o raciocínio médico. 
 O Renascimento trouxe um foco para traduzir as obras científicas árabe e 
grega para o latim e os europeus gradualmente se tornaram especialistas não 
apenas nos antigos escritos dos romanos e gregos, mas também nos escritos 
contemporâneos de cientistas islâmicos. Durante os últimos séculos da 
Renascença, que se sobrepuseram à revolução científica, a investigação 
experimental, particularmente no campo da dissecação e do exame corporal, 
avançou o conhecimento da anatomia, fisiologia e patologia humana. Outros 
desenvolvimentos do período também contribuíram para a modernização da 
pesquisa médica, incluindo livros impressos que permitiram uma distribuição mais 
ampla de idéias médicas e diagramas anatômicos, atitudes mais abertas do 
humanismo renascentista, e o impacto decrescente da Igreja sobre os 
ensinamentos da profissão médica, que passam a ganhar força nas 
universidades. 
 
É neste período quesurgem as primeiras escolas de formação Médica na Europa. 
 
 
 Modelo Biomédico 
 
 
 
 
 Outro período importante no embasamento do Modelo Biomédico foi a era 
Bacteriológica no século XIX. Através da descoberta dos micro-organismos como 
agentes causadores das doenças (que derrubou a Teoria Miasmática), também 
foi responsável pela concepção do processo saúde-doença apenas como um 
fenômeno biológico; os entes patogênicos se limitam apenas aos vírus e 
bactérias; o tratamento e cura através de abordagens medicamentosas. 
 Estas fundamentações teóricas são as principais representações acerca do 
modelo biomédico, que é caracterizado na prática dos profissionais de saúde por 
representar uma abordagem individual, curativista, centrado na figura do médico, 
fragmentado e hospitalocêntrico. Desta forma o modelo biomédico não se 
debruça acerca da prevenção da doença e não aceita práticas não tradicionais de 
cura. Ele prioriza o diagnóstico e a cura. Por conta disso alimenta a indústria de 
clínicas e laboratórios e as empresas farmacêuticas. A concepção biomédica se 
fundamenta numa visão reducionista e mecanicista, em que o médico é o 
especialista que tratará dos indivíduos. 
 
 
 
 
 
 As limitações acerca deste modelo detectam-se através de sua 
impossibilidade de oferecer respostas conclusivas ou satisfatórias para muitos 
problemas ou, sobretudo, para os componentes psicológicos ou subjetivos que 
acompanham, em grau maior ou menor, qualquer doença. Muitas doenças que 
afetam os países do primeiro mundo hoje em dia, tais como doenças cardíacas e 
diabetes tipo 2 são muito dependentes de ações de uma pessoa e suas crenças 
no que diz respeito ao tratamento e cura. 
 
 
 
 
 
PARA REFLETIR: 
A concepção biomédica é considerada hegemônica, ou seja, é a predominante na 
prática dos profissionais de saúde, sobretudo na classe médica. No entanto, este 
modelo não leva em conta fatores sociais ou de subjetividade individual. 
 
 
 
 O Modelo da História Natural das Doenças, também conhecido como Modelo 
Processual, reconhece as caracteríticas relacionadas a questões sociais e 
também em relação aos indivíduos (no aspecto subjetivo) nas suas chances de 
adoecer, na forma como adoece e também na repercussão da doença. Ou seja, 
este modelo busca prever e analisar os estímulos patológicos do meio ambiente e 
a série de relações que desencadearam uma resposta no organismo dos 
indivíduos, que poderá evoluir para cura, invalidez ou morte. 
 Leavell e Clark em 1976 desenvolveram um modelo que ilusta o conjunto de 
processos interativos que compreendem as inter-relações entre o agente 
causador, o indivíduo suscetível e do meio ambiente que afetam o processo da 
História Natural das Doenças. 
 
 
Esquema da História Natural da Doença de Leavell e Clark. 
 
 
 
 
 Modelo da História Natural das Doenças 
 
 
 
 Esse esquema geral é apenas uma aproximação da realidade, sem pretensão 
de funcionar como uma descrição própria. A história natural das doenças, sob 
esse ponto de vista, nada mais é do que um quadro esquemático que dá suporte 
à descrição das múltiplas e diferentes enfermidades. Sua utilidade maior é a de 
apontar os diferentes métodos de prevenção e controle, servindo de base para a 
compreensão de situações reais e específicas e tornando operacionais as 
medidas de prevenção. 
 O esquema desenvolve-se em dois períodos sequenciados: o período pré-
patogênico e o período patológico. No primeiro período, o interesse é dirigido 
para as relações suscetível-ambiente, no segundo, interessam as modificações 
que se passam no organismo vivo. 
 O período pré-patogênico, na relação indivíduo suscetível-ambiente estão 
envolvidos os determinantes ambientais e sociais que condicionam a instalação 
da doença. É no perído da pré-patogênese que podem ocorrer situações que vão 
de um mínimo risco até o máximo risco, dependendo dos fatores presentes e da 
maneira como esses fatores se estruturam. As pré-condições da produção da 
doença, seja em indivíduos, seja nas coletividades humanas, estão de certa 
forma interligadas. 
 Após a interação indivíduo suscetível-ambiente (pré-patogênse), o período 
patológico inicia-se com a implantação e evolução da doença no ser humano. É 
neste período que se inicia as primeiras ações que os agentes patogênicos 
exercem sobre o ser afetado. Seguem-se as perturbações bioquímicas em nível 
celular, continuam com as perturbações na forma e na função, evoluindo para, 
conforme a figura acima ao DESENLANCE (Invalidez ou Morte) ou para o 
PERÍODO DE CURA. 
 Conhecendo os múltiplos fatores relacionados ao agente causador, o indivíduo 
suscetível e o meio ambiente com a evuloção da doença, o esquema do Modelo 
da História Natural das Doenças favorece o domínio das ações preventivas 
necessárias. A prevenção neste caso, pode ser feita os períodos de pré-
patogênese (promoção da saúde e proteção específica) e patogênese 
(diagnóstico, tratamento precoce, limitação da invalidez e reabilitação). 
 
 
 
PARA REFLETIR: 
De acordo com o esquema da História Natural das Doenças, você seria capaz de 
reconhecer o conjunto de processos relativos ao COVID-19? 
 
 
 Este modelo, apesar de partir de uma base individual e biológica no porcesso 
saúde-doença reconhece que fatores políticos, socioeconômicos, culturais e 
ambientais estão relacionados sinergicamente com os agentes patogênicos. Um 
exemplo simplificado deste modelo aplicado a Dengue pode ser obervado na 
figura a seguir: 
 
 
 Apesar de agragar mais fatores se comparado ao modelo biomédico, e 
trazer diferentes possibilidades no que diz respeito a promoção da saúde, 
prevenção e interrupção da transmissão de doenças, há ainda um maior 
preocupação em relação ao maior detalhamento em relação a determinação 
social da saúde e da doença e as preucupações como bem-estar dos indivíduos e 
populações. 
 
 
 
 
 
 
 
 Como já exposto em sala de aula, a determinação social do processo saúde-
doença estabelece níveis de fatores sociais que vão de um contexto macro social 
ao nível individual. Sendo assim, características como estilo de vida, condutas de 
saúde, biologia humana, meio ambiente e políticas públicas seriam fatores 
determinantes para a saúde. 
 Desta forma, a compreensão deste modelo entende que as condições de 
saúde e doença de indivíduos e populações são sensíveis ao ambiente social e 
funcionam como um elemento de justiça social, ou seja, a prática de saúde 
através deste modelo deve ser orientada pelo princípio da equidade, funcionando 
como um reparador de injustiças sociais históricas e estruturantes em nossa 
sociedade que produzem a saúde e a doença. 
 Atualmente, o modelo de Dahlgren e Whitehead é o mais estudado no Brasil. 
Esse modelo, como mostra a figura a seguir estabelece os níveis dos 
determinantes envolvidos no processo saúde-doença. 
 
 
 
 
 
 Modelo de Determinação Social de Saúde-Doença 
 
 
 O primeiro nível deste esquema, os indivíduos estão no centro, com suas 
características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, 
exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde relacionadas 
aos fatores comportamentais e de estilos de vida indica que estes estão 
fortemente influenciados pelos Determinantes Sociais de Saúde, pois é muito 
difícil mudar comportamentos de risco sem mudar as normas culturais que os 
influenciam. Para atuar nesse nível são necessárias políticas de abrangência 
populacional que promovam mudanças de comportamento, através de programas 
educativos, comunicação social, acesso facilitado a alimentos saudáveis, criação 
de espaços públicos para a prática de exercícios físicos, etc. 
 A interseção deste nível para o seguinte é marcado pela influência das redescomunitárias e de apoio, cuja maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão 
social, que é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um 
todo. 
 No segundo nível estão representados os fatores relacionados a condições 
de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e a 
serviços essenciais, como saúde e educação, com indicação de que as pessoas 
em desvantagem social apresentam diferenciais de exposição e de 
vulnerabilidade aos riscos à saúde, como consequência de condições 
habitacionais inadequadas, exposição a condições mais perigosas ou 
estressantes de trabalho e menos acesso aos serviços. 
 No terceiro nível, estão situados os macro determinantes que exercem grande 
influência nas demais camadas e estão relacionados às condições econômicas, 
culturais e ambientais da sociedade, incluindo determinantes supranacionais, 
como o processo de globalização. 
 Diante das concepções teóricas, o conhecimento sobre a determinação social 
do adoecimento precisa ser revertido em ação de melhoria da situação de saúde 
nas populações. Ou seja, é necessário reduzir as iniquidades sociais, reduzir a 
exposição a fatores de risco, reduzir a vulnerabilidade biológica e social de deter-
minados grupos e, por meio da assistência, reduzir os danos ou 
consequências dos agentes determinantes. 
 
PARA REFLETIR: 
Como futuro psicólogo, de que forma você vislumbra reduzir as iniquidades em saúde?

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