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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
REALIBITAÇÃO
art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. 
· É a declaração judicial de que estão cumpridas ou extintas as penas impostas ao sentenciado. Objetivo e restaurar a dignidade pessoal e facilitar a reiteração do condenado a comunidade, que já deu mostras de sua aptidão para exercer livremente sua cidadania. 
· Qualquer pena aplicada em sentença definitiva. 
· Não é automático, é uma declaração judicial. 
Requisitos necessários para a reabilitação. (artigo 94)
· Domicilio no país durante o prazo de carência 
2 anos. Fere o direito de ir e vir. É inconstitucional, pois limita os direitos já que o condenado já terminou de cumprir a pena. 
· Demonstração de bom comportamento público e privado. 
È relativo. 
· Ressarcimento do dano ou comprovação de sua impossibilidade. 
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: 
 I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;  
 II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado
 III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.  
 Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários.
Efeitos da Reabilitação 
· Sigilo sobre os registros criminais do processo e da condenação o que impede tao somente sua divulgação. 
Art 202 LEP: Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei.
· Suspenção condicional de alguns efeitos da condenação: Confisco dos produtos do crime. Nem todos os efeitos da condenação são atingidos pela reabilitação. Ex: Não será atingida a obrigação de indenizar. Além de conferir o sigilo a reabilitação só exclui os efeitos específicos previstos no art 92, vedada a reintegração nos casos do inciso I, II do artigo 92. 
Revogação da Reabilitação
Requisitos: 
· Condenação transitada em julgado posterior deve ser a pena privativa de liberdade.
· A condenação deve se dar com reconhecimento de que o reabilitado é reincidente. (período de 5anos)
MEDIDAS DE SEGURANÇA (artigo 96)
Diferença entre pena e medida de segurança 
· As penas tem caráter retributivo ( punir o delito preventivo: evita que tenha outros delitos) preventivo. As medidas de segurança tem natureza eminentemente preventiva. Só previne não pune.
· O fundamento da aplicação da pena é a culpabilidade, a medida de segurança fundamenta-se exclusivamente na periculosidade. 
· As penas são determinadas, as medidas de segurança são por tempo indeterminados. So findam quando cessar a periculosidade do agente. ( é relativo. A pessoa age de acordo com o meio que é inserido.
· A pena olha “para o passado” punindo o agente, já a medida de segurança olha para o futuro, prevenindo. 
Medida de segurança: espécie de sanção penal. É a resposta dada pelo estado ao agente não imputável infrator da norma penal incriminadora. 
Espécies: 
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.
· Detentiva: internação 
· Restritiva: tratamento 
· Finalidade essencialmente preventiva, volta-se para o futuro e não para o passado. Se ajusta ao grau de periculosidade do agente do qual o crime é apenas um sintoma. 
A medida de segurança, deve atender a 2 interesses:
1 - Segurança social
2 - Interesse da obtenção da cura ou possibilidade de tratamento que minimize os efeitos da doença. 
È possível a internação provisória?
· Extinta a punibilidade do agente não se impõe medida de segurança. 
· Art 309 VI do CPP(olha cm a professora)
È possível prescrição? 
· STJ: sim, incidindo sobre o máximo da pena abstratamente cominada ao delito. 
· Se a pena for ate 01 ano ocorre à prescrição. 
Pretensão executória: 2 correntes
· 527 do STJ: não pode ultrapassar o tempo da pena. (O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.)
· 30 anos (HC 10.777/RS) após 30 anos. 
- divergência entre as duas 
Sanção penal é gênero, com duas modalidades: 
· Pena X medida de segurança. 
Não imputável: inimputável. 
È possível prisão provisória?
Art 319 VII CPP - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
· De acordo com a lei 12403/11 , era pedido a prisão preventiva, mas como é inimputável não pode cumprir pena ( art 26).Hoje o art 319 preve a internação provisória (medida de segurança). Ou seja internação provisória é diferente de prisão provisória. 
Duração da medida de segurança
· Em regra: internação do inimputável (detenção> tratamento). Reclusão. 
· Resolução 113 CNJ 
Observação: 
1° A medida será por tempo indeterminado (perdura enquanto não atestada a cessação da periculosidade do agente)
STF: prazo indeterminado é inconstitucional, resultando em uma espécie de pena de caráter perpetuo ( limite art 75 CP - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos)
2° O prazo mínimo deve ser de 01 a 03 anos
Art 97 § 2º pericia medica
 § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
Art 97 § 3º : Desinteração ou liberação
- A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
Art 97 § 4º: determinação da interação 
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
· O agente imputável na época dos fatos deve cumprir pena; o inimputável de segurança; já é se tratando de semi-imputavel pena ( diminuída) OU medida de segurança. 
· Sistema vicariante (ou unitário) ou é aplicada pena ou med de segutança; não há possibilidade de aplicação sucessiva (sistema duplo binário ou de dois trilhos) 
Obs.: sistema duplo binário não pode mais ser aplicado, pois o agente cumpria a pena duas vezes. 
· Assim afastada a necessidade de tratamento psiquiátrico ao agente que tem diminuída a sua capacidade de entendimento e determinação não há que se falar em substituição da pena privativa por med de segurança. Art 26 P.U. 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
        Redução de pena
        Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato oude determinar-se de acordo com esse entendimento.
( titulo do código) Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável
        Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º
        Direitos do internado
        Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será submetido a tratamento.
Exposição de motivos parte geral nota 87-88 ( antes do art 1º CP)
AÇÃO PENAL 
AÇÃO PENAL PUBLICA
Principio da obrigatoriedade: dever do MP de oferecer a denuncia 
Principio da Indisponibilidade: o membro do MP não pode desistir da causa ate o juiz dar a sentença. Durante o tramite. 
Principio da divisibilidade: o MP não pode escolher a quem vai fazer a denuncia no caso de mais de um acusado. 
È o direito que tem o acusador (publico ou privado) de mediante a devido processo legal provocar o estado a dizer o direito no caso concreto, solucionando desse modo o conflito de interesse surgindo no meio social. 
A ação penal pode ser: 
1.Publica: promovida pelo MP através da denuncia. 
1.1 Incondicionada: não depende de nenhuma condição. Ajuizada pelo MP . não esta sujeita a manifestação de vontade de terceiros. 
1.2 Condicionada a representação da vitima ou requisição do Ministerio da Justiça. Sob condições (art 225): titularidade ao MP. Mas depende de previa manifestação de vontade do ofendido. Evita o escândalo. 
Representação: pedido/autorização para que haja a investigação de determinado crime e instauração do processo. 
Se morrer antes de representar: pode ser pelo descendente, ascendente, cônjuge e irmão.
É possível se retratar da representação: Sim, desde que a denuncia ainda não tenha sido oferecida. 
2-Ações penais Privada: promovida pela vitima ou seu representante legal, por meia da queixa-crime (instrumento). 
È aquela que o titular do direito de punir continua sendo o Estado, mas a legitimidade para propor a ação penal pertence ao ofendido ou seu representante legal, sendo representados por Advogado. 
Legitimidade ativa, no prazo de 06 meses contados no conhecimento do autor do crime. 
Ex: calunia difamação, dano, injuria, fraude execução... 
Queixa crime: quem entra= querelante, reu= querelado(agressor) quem cometeu o crime. 
Principio oportunidade: faculdade de propor ou não a ação. Conveniência da vitima. / divergente do principio da obrigatoriedade que o MP DEVE oferecer a denuncia 
Principio da disponibilidade: pode prosseguir ou não na ação penal privada. Divergente com o princ.. indisponibilidade onde o MP não pode desistir no meio do processo. 
Principio da indivisibilidade: a queixa crime tem que ser oferecida a todos os autores do crime, ou processa todos ou nenhum. 
Pode ser:
2.1 Exclusivamente privada: admite sucessão. 
Art. 24. CPP Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
        § 1o  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
 Art. 31.  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
· Cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão. CCADI
2.2 Personalíssima: não admite sucessão.
 Art. 236 CP - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
        Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Legitimidade exclusiva do ofendido, não se estende aos familiares. Extingue a punição no caso de morte da vitima. 
Exemplo: crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento. 
2.3 Subsidiaria da publica: inercia do MP no prazo legal em crime perseguido da ação publica. 
· Se o ministério publico não age. Ex: coronelismo.
· Artigo 5º inciso 59. 
· É cabível nos crimes de ação penal pública, quando o MP não oferece a denúncia no prazo legal.
 COMO SABER SE É PUBLICA OU PRIVADA? 
Art 100 CP. A lei define. A regra é publica, se não fala nada é publica.
 Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.  
        § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.  
        § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
        § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.  
        § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.  
Ação penal: provocar o estado para sair da inercia (principio)
CP Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público
Crime complexo representa a simbiose dos dois tipos legais, nem sempre perseguido pela mesma espécie de ação penal. 
Art 101 se 1 dos crimes fundidos for perseguido mediante ação penal publica o crime complexo também será
13/03
· A retratação da representação e permitida ate o oferecimento da denuncia. 
Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
È possível voltar atrás?
Quer, não quer, quer> até 06 meses prazo decadencial. Contado a partir do dia em que tem ciência de quem é o autor do crime ou do dia que esgota o prazo para o oferecimento da denuncia. 
Decadência
· Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
· A decadência é a perda de direito de ação pela consumação do termo prefixado em lei para oferecimento da queixa (nas ações penais publicas ou representação nas ações penais publicas condicionadas a representação) demonstrando claramente a inercia do seu titular. 
· Extinto o direito de ação, perde o estado por consequência o direito de punir , extinguindo-se a punibilidade. 
· O ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não exercer no prazo de 06 meses ( salvo disposição em contrario), contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime ou na hipótese de ação penal privada subsidiaria da publica do dia em que se esgota o prazo para o oferecimento da denuncia. 
Como fica o direito de queixa ou de representação do menor de 18 anos?
Sumula 594 STF: Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal.
Após o ofendido fazer 18 anos começa o prazo de 06 meses quando ainda for menor não conta. 
 Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. 
        Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenizaçãodo dano causado pelo crime. 
· Ato unilateral do ofendido, abdicando do direito de promover a Ação penal privada, extinguindo-se por consequência o direito de punir do Estado. ( causa a extinção da punibilidade) Excepcionalmente cabe também renuncia na ação publica condicionada a representação, desde que a infração seja de menor potencial ofensivo. 
Renuncia 
· Em se tratando de infração de menor potencial ofensivo, a composição civil gera a renuncia (tácita) do direito de agir. 
· A renuncia é sempre pre-processual (ocorre antes do oferecimento da queixa). Renunciando expressa ou tacitamente, o direito de queixa não pode ser exercido. 
· ART 50 CPP Art. 50.  A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.
· Renuncia Tacita: pratica de ato incompatível com a vontade exercer o direito de queixa. 
Principio da indivisibilidade da ação penal privada, no caso de concurso de agentes a renuncia ao direito de queixa em relação a um dos autores do crime a todos se estendera (abdicação tácita). 
Já na hipótese de 2 vitimas a renuncia não prejudicará a outra, pois cada qual possui direitos autônomos. 
Caso de morte da vitima a renuncia do direito de queixa por parte de um não impede a propositura de ação penal pelas demais, respeitando o prazo legal. 
Art. 31. CPP No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
· Ação penal publica é divisível. 
· Ação penal privada é indivisível. 
Renuncia: é a manifestação de desinteresse de exercer o direito de queixa, que só pode ocorrer em crimes de ação penal exclusiva iniciativa privada e antes desta data ser iniciada. Após iniciada a ação penal privada, que se caracteriza pelo recebimento da queixa, é impossível renunciar o direito de queixa, que alias já foi exercido, admitindo-se somente o perdão do ofendido (art.105) que é outro instituto. A renuncia pode ser expressa, tácita ou presumida. A expressa constara de declaração assinada pelo ofendido, seu representante legal ou procurador com poderes especiais (art.50 do CPP). A tácita caracteriza-se pela pratica de ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa, não configurando o recebimento da indenização do dano causado pelo crime (art.104, paragrafo único, CPP). A presumida ocorre na nova hipótese criada pelo art.75, paragrafo único, da Lei n.9.099/95. Havendo a omissão de algum dos concorrentes de intimação do querelante para, no prazo legal, aditar a queixa-crime, acrescentando os querelados omitidos, sob pena do seu não recebimento. Promoção nesse sentido representará o zelo do ministério publico pela indivisibilidade da ação penal privada. Ocorrendo concurso de pessoas, a renuncia em relação a um dos autores do crime estende-se aos demais (art.14, do CPP), como consequência do principio da indivisibilidade da ação penal privada, porem havendo mais de um ofendido, a renuncia de um deles não prejudica o direito dos demais.
Perdão 
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.
 Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito:  
        I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;  
        II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;  
        III - se o querelado o recusa, não produz efeito. 
        § 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação.      
     § 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória.  
· Perdão do ofendido: é o ato pelo qual o ofendido desiste de prosseguir com o andamento do processo já em curso, “ desculpando” o ofensor pela prática do crime. 
· Recebe-se cabível somente a ação penal privada. 
Principio da disponibilidade: o querelante pode dispor do processo em andamento. 
Pode ser processual (concedido no bojo dos autos) ou extraprocessual ( em cartório) expresso ou tácito. 
Trata-se de ato bilateral, ou seja, é indispensável que o perdao seja aceito expressa ou tacitamente. Não é admissível o perdao depois que passa em julgado. 
Sentença condenatória ( art 106 paragrafo 2º do CP) pois nesse momento entra na fase de execução e não se tolera mais nenhuma intervenção do ofendido, ainda que a ação seja exclusivamente privada. 
Perdão do ofendido: Consiste na desistência do querelante de prosseguir na ação penal, de exclusiva iniciativa privada, que iniciou através de “queixa-crime”, Não se confunde com perdão judicial.
Ação privada subsidiaria da publica não admite o perdão e qualquer omissão ou negligencia do querelante permitira ao M.P retomar o prosseguimento da ação, que continua publica, pois o que há na verdade, é uma inercia do M.P.
O perdão do ofendido não exige formalidade especial e poderá ser processual ou extraprocessual e não exige requisitos especiais. É suficiente a declaração inequívoca da vontade de perdoar, revestida apenas das formalidades a lhe dar autenticidade. O perdão poderá ser ainda expresso ou tácito. Será expresso quando for concedido através de documento escrito, que poderá ser por declaração, ou termo nos autos, formado pelo ofendido ou por quem tenha qualidade para representa-lo e tácito quando resultar de pratica incompatível com a vontade de prosseguir na ação criminal proposta. O perdão tácito, assim como a renuncia tácita, admitirão sua demonstração através de qualquer meio de prova (art.57 CPP).
Se houver mais de um querelante, o perdão dado por um deles não prejudica o direito dos outros de prosseguir com a ação, mantida a indivisibilidade, se houver mais de um querelado. O perdão é um ato bilateral, de realização complexa: só se completa com sua aceitação pelo querelado. Assim, havendo mais de um querelado, pode um deles não aceitar o perdão. Nesse caso, a ação prosseguira somente contra este. Essa é a única hipótese, excepcional, em que o principio da indivisibilidade da ação penal pode ser quebrado. Tanto o perdão quanto a aceitação são incondicionais.
O perdão só ocorrera depois de exercido o direito de queixa, ou seja, depois de iniciada a ação penal. O PERDÃO É UM ATO DA FASE PROCESSOAL E A RENUNCIA PERTENCE A fase pré-processual.
A renuncia e o perdão não se condem e aqui estão algumas distinções: 
A) a renuncia ao direito de queixa só pode ocorrer antes do oferecimento desta; ao contrario, somente após o inicio da ação penal, isto é, depois de oferecida a queixa crime.
B) A renuncia é um ato unilateral; o perdão é bilateral; isto é, depende da aceitação do querelado;
C) A renuncia tem por objeto imediato o direito de querela, enquanto o perdão visa a revogação de ato já praticado.
Irretratabilidade da Representação (Artigo 102) - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
Decadência do Direito de Queixa ou de Representação (Artigo 103) - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de seis meses, contados do dia em que veio a saber da autoria do crime.
Renúncia Expressa ou Tácita do Direito de Queixa (Artigo 104) – Implica renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.  
Perdão do Ofendido (Artigo 105) - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, impede o prosseguimento da ação.
Tipos de ação penal 
Crime: ação penal publica, condicionada ou incondicionada, ou ação penal privada.
Contravenção penal: Ação penal publica incondicionada. Art 17LCP.
Punibilidade
É o direito que tem o Estado de aplicar pena contra quem praticou a conduta descrita no tipo incriminador . A punibilidade não é requisito do crime mas sua consequênciajurídica. 
O direito de punir não e absoluto, ilimitado, incondicional, pode ser extinto. 
Causa extintivas da punibilidade
- Morte do agente: Em decorrência do principio a morte tudo apaga e do principio constitucional da pessoalidade da pena. Art 5° XLV. Em razão da morte extingue-se todos os efeitos penais da sentença condenatória permanecendo os efeitos extrapenais. Causa personalíssima não se estende aos coautores/participes. 
Comprovação através de certidão de óbito.

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