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Estruturas Psicanalíticas: Psicose, Neurose e Perversão

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Psicose, Neurose e Perversão: Estruturas Psicanalíticas 
Posted on 25/05/2017 Equipe Psicanálise ClínicaPosted in Formação em Psicanálise, Psicanálise 
No último texto que publiquei nesse blog, tratamos da questão 
da personalidade para a psicanálise. Como vimos, a compreensão 
desse conceito é indispensável para prosseguir no caminho da 
psicanálise, seja profissionalmente ou apenas como interesse pessoal. 
Ainda no texto passado vimos que a personalidade de todos os 
indivíduos pode ser compreendida por meio de três estruturas 
mentais. São elas: Psicose, Neurose e Perversão. 
psicose, neurose e 
perversão 
Vimos também que uma vez definida a personalidade dentro de uma 
das estruturas, ela nunca mudará, podendo apenas variar o grau de 
intensidade dos sintomas específicos de cada uma. Isso quer dizer, 
ainda, que uma estrutura exclui a outra: um indivíduo neurótico jamais 
apresentará nenhum sintoma ligado a psicose, por exemplo. 
Analisaremos agora cada uma delas de forma mais detalhada, 
incluindo suas subdivisões. Vamos lá. 
Um dos pontos essenciais quando se trata de compreender essas 
estruturas mentais supracitadas é o seu funcionamento. Cada uma 
delas possui, segundo Freud, uma mecanismo de defesa específico. 
Esse mecanismo de defesa nada mais é do que uma forma 
inconsciente que a mente do indivíduo encontra para lidar com o 
sofrimento que advém do Complexo de Édipo. 
https://www.psicanaliseclinica.com/psicose-neurose-e-perversao/
https://www.psicanaliseclinica.com/author/instituto/
https://www.psicanaliseclinica.com/categoria/formacao-em-psicanalise/
https://www.psicanaliseclinica.com/categoria/psicanalise/
https://psicanaliseclinica.com/personalidade-para-a-psicanalise/
PSICOSE 
Na estrutura denominada Psicose, encontramos ainda três 
subdivisões: paranoia, autismo e esquizofrenia. O mecanismo de 
defesa dessa estrutura é conhecido como Foraclusão ou Forclusão, 
termo desenvolvido por Lacan. 
O psicótico encontraria fora de si tudo que exclui de dentro. Nesse 
sentido, ele incluiria para fora os elementos que poderiam ser internos. 
O problema para o psicótico está sempre no outro, no externo, mas 
nunca em si. 
 
 
 
 
Na Paranoia, ou, Transtorno de Personalidade Paranoide, trata-se do 
outro que o persegue. O sujeito sente-se perseguido, vigiado e até 
mesmo atacado pelo outro. No Autismo, trata-se do outro que quase 
não existe. Isola-se do outro e foge-se da convivência e comunicação 
com o outro. Já na esquizofrenia, o outro pode aparecer de inúmeras 
formas. O outro é o surto, um estranho, um monstro ou qualquer outra 
coisa. No caso da esquizofrenia, o que fica mais evidente é a 
dissociação psíquica. 
Outra característica da Psicose é que, diferente do que acontece com 
indivíduos com outras estruturas mentais, a própria pessoa acaba 
revelando, ainda que de forma distorcida, os seus sintomas e 
distúrbios. 
ALGUNS SINTOMAS DA PSICOSE 
Os sintomas podem variar de acordo com o paciente mas, no geral, 
são sintomas voltados a mudanças no comportamento do individuo, 
alguns são: 
 Alterações de humor 
https://www.psicanaliseclinica.com/
 Confusão nos pensamentos 
 Alucinações 
 Mudanças repentinas nos sentimentos 
NEUROSE 
Já a Neurose, por sua vez, divide-se em histeria e neurose obsessiva. 
Seu mecanismo de defesa é o recalque ou repressão. 
Então, enquanto o psicótico encontra sempre fora de si o problema, e 
acaba por revelar seus distúrbios, ainda que de forma distorcida, o 
neurótico age da forma oposta. 
O conteúdo problemático é mantido em segredo. E não só para os 
outros, mas para o próprio indivíduo que sente. O neurótico guarda 
dentro de si o problema externo. É disso que se trata o recalque ou 
repressão. 
Portanto, para que alguns conteúdos fiquem recalcados ou reprimidos, 
a neurose provoca no indivíduo uma cisão da psique. Tudo o que é 
doloroso é recaldado e permanece obscuro, causando sofrimentos 
que o indivíduo mal pode identificar – apenas sentir. Por não poder 
identificá-los a pessoa passa a reclamar de outras coisas, de sintomas 
que sente (e não da causa). 
No caso da histeria, o indivíduo permanece dando voltas em torno de 
um mesmo problema insolúvel. É como se a pessoa nunca 
conseguisse encontrar a verdadeira causa de sua frustração, por isso 
as constantes reclamações. É possível identifica ainda uma busca 
constante por um objeto ou uma relação idealizada, na qual o 
indivíduo deposita aquela frustração recalcada. Isso, logicamente, leva 
a mais frustrações. 
Na Neurose Obsessiva o indivíduo permanece também dando voltas 
em torno dos mesmos problemas. Nesse caso, no entanto, existe uma 
forte tendência em organizar tudo ao seu redor. Essa necessidade de 
organização externa seria um mecanismo para evitar pensar nos 
problemas reais recalcados em seu interior. 
PERVERSÃO 
https://www.psicanaliseclinica.com/neurose-e-psicose/
O mecanismo de defesa específico da perversão é a denegação. Ele 
poder ser compreendido através do fetichismo. 
Freud coloca que muitos indivíduos que faziam análise com ele 
apresentavam fetiches como algo que os traria apenas prazer, algo 
até mesmo louvável. Esses indivíduos nunca o procuravam para falar 
desse fetichismo, ele aprecia apenas como uma descoberta 
subsidiária. Assim se dá a denegação: a recusa em reconhecer um 
fato, um problema, um sintoma, uma dor. 
PSICOSE, NEUROSE E 
PERVERSÃO – Uma outra 
perspectiva 
Outra forma de compreender e analisar a psicose, neurose e 
perversão psíquicas apresentadas (Psicose, Neurose e Perversão) é a 
partir do tipo de angústia específico de cada uma delas. Nessa 
perspectiva incluímos ainda a Depressão, que se relaciona com a 
Psicose. Haveria, por exemplo, a Psicose Maníaco-depressiva – que é 
atualmente chamada de Transtorno Bipolar. 
desta forma podemos dizer à respeito da psicose, neurose e 
perversão: 
 No caso da Psicose, a angústia é a angústia da entrega. Sua 
dor resultaria sempre do outro, de sua entrega ao outro 
(foraclusão). Essa forma de pensar é o que impede que muitos 
psicóticos procurem análise ou terapia. 
 Na Depressão, a angústia é a da realização. O indivíduo não 
consegue se sentir bom o bastante para as próprias 
expectativas. A melhora pessoal nunca é suficiente. Podemos 
dizer, para sermos mais específicos, que a angústia da 
depressão é a da autorrealização. Resultaria de uma ferida 
narcísica o sentimento de diminuição pessoal. 
 Na Histeria encontramos a angústia da permanência. O desejo 
do indivíduo nunca permanece – há uma mudança constante no 
objeto em que ele deposita sua vontade. Por isso, a angústia é a 
angústia de permanecer fixo em um lugar ou desejo único. 
 Na Neurose Obsessiva identifica-se o oposto do que ocorre na 
histeria: o desejo parece morto. A angústia seria justamente a 
angústia de mudar, já que o indivíduo deseja a permanência. 
 A Perversão não aparece nesse quadro assim como dificilmente 
aparece na análise psicanalítica. Isso porque o perverso não 
enxerga a angústia, ou, pelo menos, não a enxergar como 
advinda da perversão. Poderíamos dizer, por isso, que ele 
denega sua angústia.

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