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Direito das Sucessoes

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AULA 01
Aula 1: Introdugao ao direito sucessorio
Apresentagao
Nesta aula, faremos uma introdugao ao Direito Sucessorio, abordando de forma teorica e pratica sua abrangencia, seus
princi'pios e suas caracteristicas mais relevantes. Apresentaremos os principals questionamentos sobre a sucessao
patrimonial post mortem, tais como o local da abertura da sucessao e a lei aplicavel a sucessao em uma eventual situagao
de conflito aparente de normas.
Nesse contexto, a analise da jurisprudence e da doutrina especializada sobre o tema colaborara para uma adequada
compreensao e aplicagao do Direito pelo seu operador.
Objetivos
•Entender as principais caracteristicas do Direito Sucessorio;
•Compreender a base principiologica do Direito Sucessorio e sua aplicabilidade pratica;
•Assimilar as principais questoes polemicas sobre a parte geral do Direito das Sucessoes.
Conceito de Direito Sucessorio
0 evento morte marca ofim da personalidade juridica da
pessoa natural. Devemos lembrar, contudo, que os direitos
da personalidade (tais como o respeito a honra e a imagem
da pessoa humana) podem ser projetados para alem da
vida fi'sica do indivi'duo - em razao do efeito post mortem
dos direitos da personalidade. Entretanto, em relagao aos
bens de titularidade do indivi'duo, apos a sua morte, o seu
patrimonio e transferido de imediato para os seus
sucessores, independentemente de qualquer formalidade,
como a abertura do testamento ou a instauragao do
procedimento de inventario. Tal ficgao juridica ocorre pelo
denominado Droit de Saisine, que sera estudado ainda nesta
aula.
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Qronte: Por Twin Design / Shutterstock.
Quintella e Donizetti (2019) assim explicam a sucessao post mortem:
Quintella e Donizetti (2019) assim explicam a sucessao post
mortem:
Pois bem, no momento da abertura da sucessao, inumeros questionamentos surgem:
(
Qual seria o local para a instauragao do processo ou
procedimento administrativo de inventario?
Quais seriam os bens sujeitos a partilha e como seriam
partilhados?
i
A companheira herda assim como a esposa, em igualdade
detratamento?
Algumas dessas perplexidades serao tratadas nesta aula e outras no decorrer da disciplina.
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.)
No que consiste o Direito Sucessorio?
Sobre o tema, vejamos a precisa explicagao de Gagliano e Pamplona Filho (2019):
Sobre o tema, vejamos a precisa explicagao de Gagliano e
Pamplona Filho (2019):
0 Direito Sucessorio, portanto, esta diretamente ligado ao direito de propriedade, possuindo o direto a sucessao aberta, status
de norma constitucional fundamental, previsto no Art. 5°, XXX e XXXI, da Constituigao Federal de 1988 (CF/88):
Art. 5°. Todos sao iguais perante a lei, sem distingao de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito a
vida, a liberdade, a igualdade, a seguranga e a propriedade,
nos termos seguintes: [...]
XXX - e garantido o direito de heranga;
XXXI - a sucessao de bens de estrangeiros situados no Pais
sera regulada pela lei brasileira em benefi'cio do conjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que nao Ihes seja mais
favoravel a lei pessoal do "decujus". (CF, 1988.)
,ATA
/T1'
Quem, entao, e o autor da heranga? E o falecido (ou de cujus). Os tres
termos sao sindnimos no Direito Sucessorio.
Classificagoes de Sucessao Hereditaria
A sucessao hereditaria pode ser:
>
••M
Legrtima ou legal
Prevista nos Arts. 1.829 a 1.856 do Codigo Civil (CC), de
2002.
A propria lei traz as regras referentes a transmissao do
patrimonio do de cujus, estando as principais delas
descritas no Art. 1.829 do CC/2002.
G
Testamentaria
Prevista nos Arts. 1.857 a 1.990 do CC, de 2002.
Tem origem no testamento, uma especie de ato juri'dico
negocial. Trata-se de clara expressao do Principio da
Autonomia Privada. Contudo, a liberdade para testar nao e
plena; a lei estabelece limites e alguns parametros que
devem ser seguidos pelo testador.
Vejamos, agora, uma importante classificagao sobre a sucessao hereditaria, que se refere ao conjunto de bens deixados pelo
autor da heranga. Assim, a sucessao hereditaria tambem pode ser dividida em:
1/2 1
Sucessao hereditaria universal Sucessao hereditaria singular
Quando o herdeiro recebe uma fragao, ou seja, uma quota- Quando o legatario (sucessor a titulo singular) recebe um
parte da heranga ou mesmo quando recebe toda a heranga. bem ou direito determinado.
Exemplo
Se Joao, ja viuvo e pai de um ou mais filhos, falece, deixando patrimonio, essa propriedade imediatamente e transferida para
seu(s) filho(s), pelo direito de Saisine. No caso de Joao ter mais de um filho, estes herdarao, cada qual, a sua quota-parte. Se
tiver apenas um filho, este herdara todo o patrimonio. Em ambos os casos, havera a sucessao universal. Todavia, se Joao tiver
deixado um de seus bens (uma casa, por exemplo) para Felipe, seu sobrinho, este sera legatario do referido bem, ou seja,
havera a sucessao a titulo singular. Com isso, percebe-se que ha dois tipos de sucessores: os herdeiros universais (que
sucedem a titulo universal) e os legatarios (que sucedem a titulo singular).
 
Clique no botão acima.
Inclusao de bens digitais na heranga
Sobre esse cativante tema, vejamos o seguinte artigo escrito por Cesar (2018):
E indiscutfvel a necessidade de incluir os bens digitais na heranca
*
Com 22% da populagao mundial utilizando mfdias sociais e 1,86 bilhao de usuarios ativos, falar sobre planejamento
sucessorio e heranga digital se tornou a ordem do dia.
Isso porque hoje, alem da preocupagao ordinaria acerca da possibilidade de disposigao do patrimonio em vida (forma
mais economica, pratica e menos conflituosa de partilha entre eventuais herdeiros), ha uma preocupagao quanto ao
patrimonio virtual, seja ele suscetivel de valoragao economica, tal como as moedas virtuais, ou nao economicamente
valoravel, se observado o patrimonio sentimental acumulado, tais como fotografias e filmagens armazenadas na
nuvem, posts e mensagens trocadas nas redes sociais,e-books colecionados, games, filmes etc.
E a despeito de o direito a heranga ter sido algado como direito fundamental pela Constituigao Federal, empresas de
tecnologia, provedores de conexao, de conteudo, hospedagem,dentre outros, nao sabem lidar - ao menos de forma
clara e transparente para com o usuario e terceiros - com o destino de ativos digitais de pessoas falecidas ou
incapacitadas.
No caminho de uma evolugao, redes sociais como o Facebookja disponibilizam ferramentas de gerenciamento de
conta que permitem a indicagao em vida de herdeiros, bem como a enumeragao expressa da permissao ou nao para
que estes tenham acesso a dados e procedam a exclusao da conta.
Alem disso, ja se tern disponivel pelo Facebook urn aplicativo chamado If I Die, que permite aos usuarios deixar uma
mensagem postuma a ser publicada em sua pagina.
No entanto,muito se tern questionado se a protegao do interesse e a vontade do usuario na rede deve prevalecer apos
sua morte.Seria esse acervo virtual urn patrimonio a ser transmitido aos herdeiros ou preservado segundo a vontade
do falecido?
Fazer valer a vontade do falecido, seja atraves das ferramentas tipicas da era da informagao (testamento virtual) ou
atraves do legado "rear,que enfrenta urn longo processo de abertura de inventario,e urn desafio e merece reflexao.
As cortes de Justiga brasileiras ja foram instadas a decidir em casos concretos se permitiam ou nao o acesso a perfis,
contas de e-mails etc.Por vezes, a solicitagao era para que determinado perfil e/ou conta fosse exclui'da, e inumeras
outras vezes,para que a sua manutengao fosse determinada, com liberagao do acesso pelos herdeiros nao
identificados e/ou ja designados virtualmente,havendo uma certa consonancia no entendimento, a despeito das
poucas decisoes, de que os bens analogicos e digitais devem sertratados da mesma forma que os reais,
materialmente tangiveis.
A Justiga de Mato Grosso do Sul, por exemplo, determinou que o Facebooktirasse do ar a pagina da jornalista Juliana
Ribeiro Campos,24 anos,que morreu em maio de 2012 por complieagoes apos uma endoscopia. A decisao
estabeleceu prazo de 48 horas, a partir da notificagao, para cumprimento da ordem e atendeu a uma agao aberta pela
mae da jovem,a professora Dolores Pereira Ribeiro, 50 anos.
Em outros paises, as cortes de Justiga divergem, tendo por exemplo a corte alema rejeitado pedido de uma mae para
ter acesso a conta de Facebook de sua filha,morta em 2012. Na segunda instancia, a corte de Berlim reformou a
decisao anterior,pronunciando que o direito de privacidade nas telecomunicagoes se estende ao mundo digital e que a
privacidade da menina nao deveria ser violada. Nesse caso,declarou-se que o direito a privacidade se sobrepunha ao
direito de heranga.
Na pratica, nao ha lei clara sobre o tema, mas existem dois projetos de lei em tramitagao na Camara dos Deputados
que buscam regular tais fatos da vida virtual que em muito causam transtornos na vida real: o Projeto de Lei
8.562/2017,que esta aguardando votagao na Camara dos Deputados,e o Projeto de Lei 4.099/2012, que ja foi
aprovado na Camara dos Deputados e encaminhado ao Senado para apreciagao.
a) Na sucessão universal, o direito de propriedade imobiliária transmite-se quando do registro dos formais de partilha no Ofício do
Registro de Imóveis.
b) Conforme regra expressa do Código Civil, são herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes, os cônjuges e os companheiros.
c) O testador não pode, mesmo justificando, estabelecer cláusula de impenhorabilidade sobre os bens da legítima.
d) O direito de representação, no Direito Sucessório, dá-se apenas na linha reta descendente e ascendente.
e) O prazo de decadência para anular disposição testamentária inquinada de coação é de quatro anos, contados de quando o interessado
tiver conhecimento do vício.
(TARTUCE, 2019.)
Atividade
1. (DPE/RS 2011 - FCC - DEFENSOR PUBLICO DE CLASSE INICIAL) Assinale a alternativa que contem a afirmagao correta em
relagao ao assunto indicado: Direito das Sucessoes:
Principios setoriais ou especificos de Direito Sucessorio
Veja a seguiros principios setoriais ou principios especificos de Direito Sucessorio.
Principio da Saisine ou Droit de Saisine
Vejamos o conceito e a origem deste principio, segundo os ensinamentos de Tartuce (2019):
“Nas duas formas da sucessao, o regramento fundamental
consta do Art. 1.784 do CC, pelo qual aberta a sucessao - o
que ocorre com a morte da pessoa - a heranqa transmite-se,
desde logo, aos herdeiros legitimos e testamentarios. Trata-
se da consagraqao da maxima droit de saisine. A expressao,
segundo Jones Figueiredo Alves e Mario Luiz Delgado, tern
origem na expressao gaulesa le mort saisit le vif, pela qual
com a morte, a heranqa transmite-se imediatamente aos
sucessores, independentemente de qualquer ato dos
herdeiros. 0 ato de aceitaqao da heranqa, conforme veremos
posteriormente, tern natureza confirmatoria.”
User
Destacar
 
Clique no botão acima.
Portanto, a base legal deste instituto esta no Art. 1.784 do CC/2002, que assim inaugura o Livro V do Codigo Civil de 2002, o
qual trata do Direito Sucessorio: "Aberta a sucessao, a heranga transmite-se, desde logo, aos herdeiros legitimos e
testamentarios” .
Aplicagao do Droit de Saisine pelo STJ
E imperioso analisarmos a aplicagao pratica do referido princi'pio, por meio do trabalho jurisprudencial do Superior Tribunal de
Justiga (STJ), que merece uma atenciosa leitura, decisao extrai'da do Informativo n° 431 STJ de 2010.
PRINCI'PIO SAISINE. REINTEGRACAO. COMPOSSE.
Cinge-se a questao em saber se o compossuidor que recebe a posse em razao do princi'pio saisine tern direito a
protegao possessoria contra outro compossuidor. Inicialmente, esclareceu o Min. Relator que,entre os modos de
aquisigao de posse, encontra-se o ex lege, visto que, nao obstante a caracterizagao da posse como poder feitico sobre
a coisa, o ordenamento juridico reconhece, tambem, a obtengao desse direito pela ocorrencia de fato juridico - a
morte do autor da heranga -, em virtude do princi'pio da saisine, que confere a transmissao da posse, ainda que
indireta,aos herdeiros independentemente de qualquer outra circunstancia. Desse modo, pelo mencionado princi'pio,
verifica-se a transmissao da posse (seja ela direta ou indireta) aos autores e aos reus da demanda, caracterizando,
assim,a titularidade do direito possessorio a ambas as partes. No caso, ha composse do bem em litigio, motivo pelo
qual a posse de qualquer urn deles pode ser defendida todas as vezes em que for molestada por estranhos a relagao
possessoria ou, ainda,contra ataques advindos de outros compossuidores. In casu, a posse transmitida e a civil (Art.
1.572 do CC/1916),e nao a posse natural (Art. 485 do CC/1916). Existindo composse sobre o bem litigioso em razao
do droit de saisine e direito do compossuidor esbulhado o manejo de agao de reintegragao de posse, uma vez que a
protegao a posse molestada nao exige o efetivo exercicio do poder fatico - requisito exigido pelo tribunal de origem. 0
exercicio fatico da posse nao encontra amparo no ordenamento juridico, pois e indubitavel que o herdeiro tern posse
(mesmo que indireta) dos bens da heranga, independentemente da pratica de qualquer outro ato, visto que a
transmissao da posse da-se ope legis, motivo pelo qual Ihe assiste o direito a protegao possessoria contra eventuais
atos de turbagao ou esbulho. Isso posto, a Turma deu provimento ao recurso para julgar procedente a agao de
reintegragao de posse, a fim de restituir aos autores da agao a composse da area recebida por heranga. Precedente
citado:REsp 136.922-TO, DJ 16/3/1998. REsp 537.363-RS, Rel. Min. Vasco Della Giustina (Desembargador
convocado do TJ-RS), julgado em 20/4/2010
Fonte: Por Faber14 / Shutterstock.
Fonte: Por Studio_G/ Shutterstock.
As obrigagoes propter rem (tambem conhecidas como
obrigagoes ambulatorias, ob rem ou, ainda, in rem scriptae)
acompanham a coisa. Ou seja, para saber quern e o devedor
da obrigagao, basta saber quem e o titular do direito de
propriedade do bem. Como exemplos classicos desse tipo
de obrigagao, temos debitos de IPTU e IPVA, contribuigoes
condominiais de imoveis etc. Nesse caso, como pelo
Princi'pio da Saisine o domrnio do patrimonio deixado pelo
autor da heranga, apos a sua morte, e imediatamente
transferido para os sucessores, as obrigagoes propter rem
tambem o serao.
1 . .
a® c
I
0
Principio da Territorialidade
Pelo Principio da Territorialidade, e nos exatos termos do
Art. 1.785 do CC/2002, "a sucessao abre-se no lugar do
ultimo domici'lio do falecido”. Tal principio possui extrema
relevancia, principalmente no campo do Direito Processual,
pois, em razao desse principio, por exemplo, pode-se saber
qual sera o foro competente para a distribuigao da agao de
inventario e partilha, de arrolamento de bens ou, ainda, do
pedido de alvara judicial, medidas que serao analisadas
ainda no modulo de Direito Sucessorio.
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Norma que tambem guarda relevancia com o Principio da Territorialidade se encontra no Art. 10 do Decreto-lei n° 4.657 (Lei de
Introdugao as Normas de Direito Brasileiro), de 1942:
Art. 10. A sucessao por morte ou por ausencia obedece a
lei do pais em que domiciliado o defunto ou o desaparecido,
qualquer que seja a natureza e a situagao dos bens.
§ 1° A sucessao de bens de estrangeiros, situados no Pais,
sera regulada pela lei brasileira em benefi'cio do conjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quern os represente, sempre
que nao Ihes seja mais favoravel a lei pessoal do de cujus.
§ 2° A lei do domicilio do herdeiro ou legatario regula a
capacidade para suceder. (BRASIL, 1942.)
0
,ATA1~
Pelo § 10 do dispositivo, bem como pelo ja visto inciso XXXI do Art. 5° da CRFB, ha uma regra que deve ser considerada em
eventual conflito aparente de normas:
Sempre que a lei do pafs do autor da heranga estiver em conflito com a
legislagao brasileira, sera aplicada a legislagao mais favoravel aos
sucessores brasileiros.Principio Non ultra vires hereditatis
Sera que os sucessores do autor da heranga (de cujus) responderao pelas dividas deixadas pelo falecido?
Este principio estabelece que o herdeiro nao responded por debitos que ultrapassem o patrimonio da heranga. Ou seja, o
sucessor, nao aceitando a heranga por ter percebido que o patrimonio deixado e superado pelas dividas do monte, nao sera
economicamente penalizado, conforme disposto no Art. 1.792 do CC/2002:
Fonte: Por Volonoff / Shutterstock.
Art. 1.792. 0 herdeiro nao responde porencargos
superiores as forgas da heranga; incumbe-lhe, porem, a
prova do excesso, salvo se houver inventario que a escuse,
demonstrando o valor dos bens herdados. (CC, 2002.)
4?
,AT7\
Antes de a codificagao civilista surgir no Brasil, bem como no direito romano, o herdeiro poderia ser responsabilizado pelas
di'vidas deixadas pelo autor da heranga. Tal heranga era denominada de "heranga danosa" ou, ainda, de “heranga maldita"
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019) .
Em eventual conflito aparente de normas, qual sera a lei aplicada na sucessao do patrimonio para os herdeiros: a lei vigente
na epoca da abertura da sucessao (que ocorre com o falecimento do autor da heranga) ou a lei vigente na instauragao do
processo de inventario? 0 proximo princi'pio responde esse questionamento.
Principio da Temporariedade
Podemos extrair o Principio da Temporariedade da Sucessao com base na analise do Art. 1.787 do CC/2002, que
assim dispoe: "Regula a sucessao e a legitimagao para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela”.
Portanto, a lei apliCcivel d sucessao sera a vigente no momento da abertura da sucessao, ou seja, no momento da
morte do autor da heranga (Droit de Saisine).
o
Principio do Respeito a Vontade Manifestada
Gagliano e Pamplona Filho (2019) trazem ainda o respeito a vontade manifestada como mais urn principio especifico do Direito
Sucessorio. Vejamos:
 
Clique no botão acima.
“Porfim, colacionamos, como ultimo elemento da
principiologia propria do Direito das Sucessoes, principio do
respeito a vontade manifestada do falecido, conhecido como
favor testamenti. Trata-se de urn dos mais importantes
principios neste campo. Com efeito, o sentido de admitir a
produgao de efeitos post mortem em relagao a determinado
patrimonio esta justamente no respeito a manifestagao da
declaragao de vontade do seu titular originario. Percebe-se
que a propria logica da disciplina do Direito Sucessorio e, em
sede de testamento, a regulagao de efeitos para quando o
titular dos direitos nao estiver mais presente. Tal principio
deve prevalecer, inclusive, no caso de simples irregularidades
testamentarias formais ou de modificagoes supervenientes
de situagao de fato, se for possivel verificar, inequivocamente,
qual era a intengao do testador.”
Pelo referido principio, a vontade do titular originario do patrimonio (de cujus) devera ser respeitada sempre que tiver sido
manifestada, desde que dentro dos limites impostos pela lei.
Terminaremos nossa primeira aula com a seguinte reflexao dojurista Paulo Lobo (em entrevista ao Instituto Brasileiro de
Direito da Familia - IBDFAM) sobre as novas perspectivas para o Direito das Sucessoes:
*
Reflexao do jurista Paulo Lobo
a) Poderá dispor da totalidade da herança, tendo em vista que os filhos são maiores de idade e possuem renda suficiente para o sustento,
não havendo que se falar em mínimo obrigatório resguardado.
b) Não poderá dispor do próprio patrimônio, pois, com a existência de herdeiros necessários, é defeso que seja feito testamento.
c) Só poderá dispor de metade da herança, haja vista que existem herdeiros necessários.
d) Só poderá dispor de 2/3 da herança, haja vista que existem herdeiros necessários.
e) Só poderá dispor de 1/3 da herança, considerando que existem herdeiros necessários.
Minha fala vai na contramao da doutrina dominante sobre o tema”.0 jurista Paulo Lobo, diretor nacional do IBDFAM,
inicia sua palestra: "Direito Constitucional a heranga, Saisine e liberdade detestar" no IX Congresso Brasileiro de Direito
de Familia, chamando a atengao para o fato de que a grande transformagao do Direito das Sucessoes e a mudanga do
foco milenar no autor da heranga para o herdeiro. Paulo Lobo explica que as transformagoes sao o reflexo das
mudangas havidas nas relagoes de familias. "Somente em 1907 a mulher foi considerada herdeira e na terceira
posigao. Hoje, o conjuge,alem de herdeiro, foi algado a herdeiro necessario e foi algado tambem a outro tipo de
heranga que e a concorrente", relata.
0 jurista explica que o unico dispositivo da Constituigao que trata da Sucessao estabelece uma regra simples que
garante o direito a heranga. A regra da igualdade dos herdeiros se orienta a partir de dois fatores que ligam seus fins
sociais: a proibigao de suprimir esses direitos e a garantia ao herdeiro. “0 Principio da Dignidade da Pessoa humana, a
regra da igualdade de todos os filhos independente da origem. Nao ha consistency para o Codigo Civil de 2002 que
distingue filhos unilaterais e bilaterais. Essa regra £ incoerente ao principio Constitucional. So podemos interpretar o
Direito Sucessorio tendo presente sua fungao social".
Para Paulo Lobo, a saisine brasileira nao tem paralelo no mundo, ja que com a transmissao automatica dos bens para
os seus herdeiros quase nunca a vacancia. “Sempre ha um herdeiro e no final da linha esta a Fazenda publica. Alguns
autores dizem, inclusive, que a Fazenda tambem e herdeira. 0 autor nao e mais senhor do texto dos herdeiros. A
ampliagao dos herdeiros necessarios limita a liberdade dotestador. Eu entendo que a sucessao testamentary nao
devena ter necessidade de se submeter ao inventario judicial se todos sao capazes. Ainda ha muitos desafios como
desvincular a sucessao concorrente e uniformizar o tratamento sucessorio entre conjuge e companheiro. Nao faz
sentido essa distingao discriminatory, residuo do preconceito com o concubinato no passado", afirma. (LOBO, 2013)
Atividade
2. (IADES - 2018 - IGEPREV-PA - Tecnico Previdenciario A) Suponha que Miriam e viuva e que tem dois filhos, Amanda e Wiliam,
maiores de 18 anos de idade, plenamente capazes, com renda propria da qual tiram o respectivo sustento. Considerando essa
situagao, e correto afirmar que, caso Miriam faga um testamento:
User
Destacar
a) A sucessão abre-se no lugar do falecimento do autor da herança.
b) Havendo herdeiros, de qualquer natureza, o testador só poderá dispor de metade da herança.
c) O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver
inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.
d) Aberta a sucessão, a herança transmite-se com a propositura do pedido de arrolamento ou de inventário, tanto dos herdeiros legítimos
como dos testamentários.
e) Legitimam-se a suceder somente as pessoas já nascidas no momento da abertura da sucessão, pela inexistência de direito adquirido às
que tenham sido apenas concebidas na ocasião.
a) Convencional e uma universalidade de fato.
b) Convencional e uma universalidade de direito.
c) Legal e uma universalidade de direito.
d) Legal e uma universalidade de fato.
e) Natural e uma universalidade de direito.
a) Na comarca em que se realizar o inventário, deferindo-se a herança como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros, por
isso, cada um deles é legitimado isoladamente para reclamar a restituição de bens da herança que se encontrem na posse de terceiros.
b) No lugar em que ocorrer o óbito, deferindo-se a herança como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros, e, nesse caso, a
ação de petição de herança pode ser intentada por um só deles.
c) No lugar em que ocorrer o óbito, deferindo-se a herança como bem divisível em tantos quantos forem os herdeiros, cada qual sendo
legitimado para intentar ação de petição de herança de sua cota-parte.
d) No lugar do último domicílio do falecido, deferindo-se a herança como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros,e, nesse
caso, a ação de petição de herança pode ser intentada por um só deles.
e) Na comarca em que se realizar o inventário, deferindo-se a herança como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros, mas,
nesse caso, a ação de petição de herança só pode ser intentada por todos em conjunto.
3. (FCC - 2018 - DPE - AM - Defensor Publico) Em relagao ao Direito Sucessorio:
4. (CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto) Conforme classificagao doutrinaria, a heranga, antes da formalizagao da partilha,
pode ser considerada um bem de indivisibilidade:
5. (PGE - Procurador do Estado - AP 2018) A sucessao hereditaria abre-se:
k!£fj\f?ncias
BRASIL. Constituigao da Republica Federativa do Brasil de 1988. Disponfvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03
/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 10 jun. 2019.
BRASIL. Decreto-lei n° 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de Introdugao as Normas do Direito Brasileiro. Disponfvel em:
http://www.planalto.aov.br/ccivil 03/decreto-lei/del4657compilado.htm. Acesso em: 10 jun. 2019.
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Destacar
User
Destacar
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: contratos. Volume 4. 9. ed. Salvador: JusPodivm,
2019.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: contratos. Volume 4. Tomos I e II. 2. ed. Sao
Paulo: Saraiva, 2019.
GONQALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: direito das sucessoes Volume 7. 13. ed. Sao Paulo: Saraiva, 2019.
LOBO, Paulo Novas perspectivas para o Direito das Sucessoes: entrevista [21 nov. 2013] Minas Gerais: IBDFAM. Entrevista
concedida a Assessoria de Comunicagao.
QUINTELLA, Felipe; DONIZETTI, Elpidio. Curso Didatico de Direito Civil. 8. ed. Sao Paulo: Atlas, 2019.
TARTUCE, Flavio. Manual de Direito Civil. Volume Unico. 9. ed. Sao Paulo: Metodo, 2019.
Proxima aula
• Regras inerentes a administragao da heranga e seus principals personagens: o administrador provisorio e o inventariante.
• Institutos da renuncia e da aceitagao da heranga.
• Caracteristicas e requisitos dos institutos da renuncia e da aceitagao da heranga.
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• Indenizacao por danos morais e transmissi'vel pela heranca, decide TJ-GO .
•Jurisprudence STJ - Direito Civil - Sucessao Testamentaria - Conflito De Normas - Primazia Da Vontade Do Testador.
(Leitura de acordao do STJ que envolve conflito aparente de normas no Direito Sucessorio) .
•0 Direito Internacional Privado das Sucessdes no Brasil .
Da Extrajudicializagao do Direito de Famflia e das Sucessoes. Primeira parte. Da mediagao
AULA 02
Aula 2: Administragao, aceitagao e renuncia da Heranga
Apresentagao
Nesta aula, serao trabalhados os conceitos de administragao da heranga, oportunidade na qual serao abordadas a
administrador provisorio e do inventariante. Tambem sera explicitada a ordem legal para assungao dessas posigoes de adr
Por fim, veremos o conceito de aceitagao e de renuncia da heranga, sua forma, seus efeitos, requisitos de validade 6
polemicas, como o tratamento conferido a denominada renuncia fraudulenta, ou seja, quando a renuncia e utilizada como ir
para fraudar credorer
Objetivos
•Descrever o conceito de heranga e sua forma de administrr
•Esclarecer a ordem legal para a assungao da posigao de administrador provisorio e de invent
• Identificar as especies de aceitagao e de renuncia da heranga, bem como seus rec
Da Heranga e sua administragao
Por heranga, podemos entender que se trata do conjunto de bens deixados pelo de cujus no momento de seu falecimento.
consideragoes de Tartuce (2019) em relagao ao tc
(TARTUCE, 2019.)
Fonte: Por eelnosiva / Shutterstock.
"A heranga e o conjunto de bens formado com o falecimento do de cujus (air
heranga). Conforme o entendimento majoritario da doutrina, a heranga forma o e:
que constitui urn ente despersonalizado ou despersonificado e nao de uma
juridica, havendo uma universalidade juridica, criada por ficgao legal. A noi
processual reconhece legitimidade ativa ao espolio, devidamente representac
inventariante (art. 75, VII, do CPC/2015, correspondente ao art. 12, V, do CPC/19
Nao se pode esquecer que o direito a sucessao aberta e o direito a heranga con
bens imoveis por determinagao legal, conforme consta do art. 80, II, do CC/2002
ocorre mesmo se a heranga for composta apenas por bens moveis, caso de di
veiculos. Alem de sua imobilidade, a heranga e um bem indivisivel antes da partilha
termos do art. 1.791 do Codigo Civil, a heranga defere-se como um todo unitario,
que varios sejam os herdeiros. Pelo mesmo comando legal, ate a partilha, o direi
coerdeiros, quanto a propriedade e posse da heranga, sera indivisivel, e regular-se-Z
normas relativas ao condominio. Forma-se, entao, um condominio eventual pro in'
em relagao aos bens que integram a heranga, ate o momento da partilha e
herdeiros."
Heranga como direito fundamental
Conforme abordado na Aula 1, a protegao a heranga pcefatusde direito fundamental,previsto no Art. 5°, XXX, da CRFB:"e
garantido o direito de heranga". Portanto, sendo um direito fundamental, o magistrado poder^ - em processo de in'
partilha, petigao de heranga (tema da Aula 3) ou em qualquer demanda judicial envolvendo violagao a ha-econhecer a
sua protegao de ofici ou seja, mesmo sem alegagao da parte. Nesse sentido,Tartuce (2019) traz importante acordao
bem exemplificativo.
G
Do Tribunal de Justiga do Rio de Janeiro pode ser destacado acordao que expressa que, pelo fato de o direito a heranga ser
fundamental, pode o juiz reconhecer a sua protegao de oficio, independentemente de alegagao <
"Direito Processual Civil. Embargos de declaragao. Por
omisso. Alegagao de intempestividade da apelagao. Rejeiga
direito a heranga esta previsto no Art. 5.°, XXX, da Constituig
da Republica, no rol dos direitos fundamentais, sendo, porta
materia de ordem publica, cognosci'vel pelo magistrado de of
independente, ate mesmo, de qualquer alegagao das p;
Assim, seja como for, diante da remessa dos autos a
instancia superior, a cassagao da sentenga se impSe, a fim
garantir a correta partilha dos bens a inventariar. Rejeigao
embargos" (TJRJ, Embargos de Declaragao na Apelagao C
2009.001.53173, 6.a Camara Ci'vel, Rel. Des. Gilberto Rego,
27.01.2010, DORJ 12.02.2010, p. 188;
,AT7\
/T *’
Por fim, em relagao as concregSes praticas do direito fundamental a heranga, o Tribunal de Justiga de Sao Paulo, com razao, d<
ha um entendimento consolidado segundo o qual, em havendo exito em processo judicial proposto portrabalhadorfalecido, c
deveria ser-lhe pago faz parte da heranga, devendo ser rateada entre os seus sucessores (TJSR Agravo de Instrumento 7(
Acordao 3318551, Sao Jose dos Campos, 17.a Camara de Direito Publico, Rel. Des. Antonio Jose Martins Moliterno, j. 21.1
DJESP 04.12.2008). (TARTUCE, 2019.)
Atengac
A heranga, por forga de lei, e considerada um bem imovel, independentemente da natureza dos bens deixados pelo falecido. Vic
II, do CC/2002.
Pois bem, pelo que vimos ate aqui, podemos concluir principalmente que, a respeito da hr
1. Ela forma o espolio, que e um err
despersonalizado (nao possui personalid
juridica propria).
2. 0 espolio, mesmo sendo um er
despersonalizado, possui capacidade proces
(pode demandar e ser demandado em jui'zo,
termos do Art. 75 do CPC de 2015
3. 0 administrador do espolio e o inventarian-
4. 0 direito a heranga e a sucessao abe
constitui-se em bens imoveis, por expres
determinagao legal (Art. 80, II, do CC/2002'
5. A heranga tambem e considerada um b
indivisivel (ate o momento da partilha
6. Por ser considerado um bem indivisivel,
houver mais de um sucessor a tftulo univer:
serao estes condominos do acervo de b<
Atengac
Em razao de a heranga ser consideradabem imovej a cessao dos direitos de cada sucessor somente podera ser feita por e
publica ou mediante termo nos autos de um processo judicial ou de procedimento administrativo de inventario e partilha. Alem
ser considerado urbem indivisivej tambem nao pode o sucessor universal ceder seus direitos sobre um bem individur
considerado,mas apenas um percentual do acervo de bens (espolio) que corresponda a proporgao do referido bem, como sera \
especifica sobre cessao de direitos hereditar
a) A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento particular ou termo judicial.
b) São revogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
c) São testamentos ordinários somente o público e o particular.
d) Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem
compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar ou for julgado nulo.
Art. 80 - Consideram-se imoveis para os efeitos legr
I - os direitos reais sobre imoveis e as agoes que os asseg
II - o direito a sucessao aber
Art. 88 - Os bens naturalmente divisiveis podem tornar
indivisi'veis por determinagao da lei ou por vontade das par
Art. 1.791 -A heranga defere-se como um todo unitario, air
que varios sejam os herdeiro
Paragrafo unicoAte a partilha, o direito dos coerdeiros
quanto a propriedade e posse da heranga, sera indivisf; e
regular-se-a pelas normas relativas ao condomi'nio. (BRAS
2002 - grifo nosso.
,AT7\AT I ~
Atividade
1. (Nivel Superior - OAB - 2007) Assinale a alternativa correi
Pacto sucessorio
Nas palavras de Quintella e Donizetti (2019), chama-se pacto sucessorio o "contrato que tem por objeto heranga de pessoa vivr
expressamente proibido peArt. 426 do CC/20(K Isso pelo simples fato de que, enquanto a pessoa esta viva, nao ha heranga. Sot
tema, vejamos o pronunciamento do ministro do Superior Tribunal de Justiga Ricardo Villas Boas Cueva, nos autos do recursr
numero 1.493.125 - SP (2014/0131352-
 
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Por outro lado, em virtude da vedagao do pacta corvina, va
registrar que, enquanto o recorrido estiver vivo e desfrutandi
plena capacidade mental, podera administrar seu patrim
como bem entender, ressalvando-se a possibilidade da recor
buscar a protegao de seus direitos sucessorios quando da
do seu genitor (arts. 544, 2.002 e 2.003 do Codigo Civil) p
meio da devida colagao dos bens doados antecipadamr
outros herdeiros necessarios. Portanto, o mero fato de <
adquirir bens moveis e imoveis em nome de outros filhos
caracteriza o alegado abandono afetivo e material, cc
acertadamente assentaram as instances ordinarias. (STJ, /
icy
-m
K
i
0!icardo Villas Bdas Cueva.| Fonte:U!Bs;/Al|4«aiHikimfiStog/
Algumas duvidas em relagao a administragao dos bens podem surgir. Entao, vamos respo
Administracao do conjunto de be
A quem cabe administrar o conjunto de bens formados pela heranga?
Ta! fungao, a principio,cabe ao administrador provisorio. Sera assim ate o inventariante assumir o compror
inventarianga. Vejamos a ordem de preferencia estabelecicArt.1.797 do CC/200; para se determinar quem sera
administrador provisorio
Art. 1.797 -Ate o compromisso do inventariante,a administragao da heranga cabera, sucessiv
I- ao conjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da su
II - ao herdeiro que estiver na posse e administragao dos bens, e, se houver mais de urn nessas condigoe
velho;
III - aotestamentein
IV - a pessoa de confianga dojuiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou quando 1
ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz. (BRASIL, 2C
Outro questionamento surge em segu
Quem, dentre os sucessores, sera o inventariante? Ou seja, dentre os
sucessores, ha prioridade de um em detrimento de outros para ser o
inventariante?
0 Art. 617 do Codigo de Processo Civil (CPC) de 2015 nos esclarece sobre esse ponto, trazendo a sordem legal de
preferencia na escolha do inventarian:
Art. 617 -0 juiz nomeara inventariante na seguinte ordc
I- o conjuge ou companheiro sobrevivente,desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da me
II - o herdeiro que se achar na posse e na administragao do espolio, se nao houver conjuge ou com
sobrevivente ou se estes nao puderem ser nome
III - qualquer herdeiro,quando nenhum deles estiver na posse e na administragao do <
IV - o herdeiro menor,por seu representante le>
V - o testamenteiro, se Ihe tiver sido confiada a administragao do espolio ou se toda a heranga estiver distril
legados
VI - o cessionario do herdeiro ou do legatai
VII - o inventariante judicial, se houve
VIII - pessoa estranha idonea,quando nao houver inventariante juc
Paragrafo unico.O inventariante, intimado da nomeagao, prestara,dentro de 5 (cinco) dias,o compromi
bem e fielmente desempenhar a fungao. (BRASIL, 201
QuestSo interessante se refere aos danos causados pelo administrador provisorio e pelo inventariante. Serao eles re
pelos danos causados? Vejamos a sec
Responsabilidade do Administrador Provisorio e do Inventariante
Como visto, a administragao da heranga cabera ao administrador provisorio, ate que se estabelega o inventariante.
ambos tern a incumbSncia de administrar o espolio dos bens deixados pelo de cujus, sob pena de responsabilidac
eventuais danos que a ma gestao vier a cai
A responsabilidade aqui tratada tera origem na Teoria Geral da Responsabilidade Civil, uma vez que, praticando o admir
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.)
Aceitagao da Heranga
A aceitagao da heranga e tratada a partiiArt. 1.804 do CC/200; que expoe:
Art. 1.804,Aceita a heranga, torna-se definitiva a si
transmissao ao herdeiro, desde a abertura da suce
Paragrafo unico.A transmissao tem-se por nao verifica
quando o herdeiro renuncia a heranga. (BRASIL, 200t
Assim, de acordo com a doutrina, vejamos qual e a natureza juridica da aceitagao da heranga segundo Gagliano e Pamplona Fil
“A aceitagao ou adigao da heranga (aditio) e o ato juridico p
qual o herdeiro manifesta, de forma expressa, tacita ou presur
a sua intengao de receber a heranga que Ihe e transm
Manifesta-se aqui o principio da autonomia privada, na medid;
que a ninguem pode ser imposta a obrigagao de receber
heranga.”
Interessante questao recai sobre a confusao que se faz entre os institutos da aceitagao da heranga e da delagao da heranga
autores esclarecem a diferenga entre esses instit
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.)
Clique nos botões para ver as informações.
“Parece-nos relevante distinguir a aceitagao da heranga da f
conhecida como delagao da heranga. Com efeito, nao se de
confundir os institutos. De fato, a denominada delagao da her
e expressao que caracteriza a situagao em que, apos a me
heranga e colocada a disposigao dos herdeiros, que, assim, po<
aceita-la ou nao. Com efeito, a confusao e injustificavel. U
situagao traduz a oportunidade para a manifestagao de vonte
delagao da heranga — , outra e a propria manifestagao — aceit
ou, em sentido contrario, como se vera mais a frente, renunci
heranga.”
Formas de aceitagao
A aceitagao da heranga pode acorrer de tres formas distintas, a
V
Realizada por declaragao escrita, nos termos da 1a parte do Art. 1.805 do CC,
Aceitacao tacit v
Constata-se pela pratica de atos proprios da qualidade de herdeiro e se encontra prevista na 2a parte do mesmo dispo;
1.805. A aceitagao da heranga, quando expressa, faz-se por declaragao escrita; quando tacita, ha de resultar tao some
proprios da qualidade de herdeiro”. (BRASIL, 2002.
Aceitacao presumic v
Deriva de uma presungao legal, tendo em vista a omissao de um dos herdeiros e esta prevista no Art. 1.807 do CC/2002, i
dispoe: "O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou nao, a heranga, podera, vinte dias apos aberta a sucessao, r
juiz prazo razoavel, nao maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a heranga pc
(BRASIL, 2002.)
a) Mútuo.
b) De compra e venda. A
c) Doação.
d) De aceitação ou de renúncia da herança.
Fonte: Por hvostik / Shutterstock.
Uma ultima questao em relagao a aceitagao ou mesmo a renuncia
da heranga precisa ser explicada: Nao se pode aceitar nem
renunciar a heranga em parte, sob condigao ou a termo, como esta
disposto no Art. 1.808 do CC/2002.
Exemplo
Um sucessor nao pode renunciar a sua parte na heranga "se verificar que ao final do inventarioo valor total dos bens nao f
determinada quantia" ou mesmo, aceitar, mas com a suspensao da eficacia do ato ate um evento futui
Atividade
2. (Nivel Superior - OAB - VUNESP - 2007). Nao comporta condigao o £
Renuncia da Heranga
Assim como ocorre com a aceitagao, a renuncia da heranga 6 um ato juridico unilateral e voluntSrio, puro e simpk
estabelece o Art. 1.808 do CC/2002.Ou seja, nosso ordenamento tambem n§o admite a renuncia parcial, a termo ou cc
Ademais, por se tratar de ato expresso, solene,nos termos do Art.1.806 do mesmo diploma, deve ser realizado por
publica ou termos nos autos (QUINTELLA; DONIZETTI, 2019).
Is
Cabe, ainda, ressaltar que a renuncia da heranga e ato irrevogavel, nos terrr
do Art. 1.812 do CC/2002: "Sao irrevogaveis os atos de aceitagao ou de renu
da heranga".
Trata-se de questao paci'flca a aplicagao da regra que impoe a irretratabilidade/irrevogabilidade da renuncia a heranga. F
irretratavel a renuncia, desde que o ato juridico seja valido (ou seja, o agente deve ser capaz, nao estar com a vontade mat
qualquer vi'cio do consentimento, e a forma prescrita deve ser observ
Exemplo
Sobre esse assunto, vejamos a posigao da jurisprude
0000529-82.2008.8.19.0212 - APELAQAO - 1 a Ementa DES. SEBASTIAO BOLELLI - Julgamento: 13/06/2012 - TERCEIR/
CAMARA CI'VEL ARROLAMENTO DE BENS RENUNCIA A HERANCA RETRATAQAO DA RENUNCIA IMPOSSIBILIDADE
ATO JURIDICO VALIDADE APELAQAO CIVEL. Arrolamento. Renuncia por termo nos autos em favor da meeira. Retrata<?ao <
renuncia. Impossibilidade. Art. 1812 do CC/02. Ato Juridico valido com objeto Ifcito, agentes capazes e forma prescrita
Ausencia de defeito do negocio juridico a ensejar sua anulagao. Renuncia translativa, o que equivale a uma aceitagao com
transmissao direcionada a pessoa certa e determinada. Quanto aos demais bens nao relacionados no processo, os mesmo
objeto de sobrepartilha. DESPROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, 2012.)
Efeitos da renuncia em relagao aos demais herdeiros
Quando um sucessor renuncia ao seu quinhao, esta sua parte integrara o patrimonio a ser repartido entre os demaique se
encontram na mesma clast
Vejamos o seguinte exempl
O pai de Rogerio, Joana e Gustavo Ihes deixou uma heranga em dinheiro. Mas, Rogerio decidiu abrir mao da parte que If
Neste caso, a parte de Rogerio foi dividida entre Joana e Gustavo. Isto acontece porque eles fazem parte da mesma classe
Se um herdeiro que possui filhos e tambem colaterais (irmaos) renunciar, seu quinhao sera destinado aos seus irmaos (pois se
na mesma classe que o renunciante) e nao aos seus filhos. Confira o que di:
Art. 1.810.Na sucessao legitima, a parte do renunciante acn
a dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o i
desta, devolve-se aos da subsequer
4?
,AT7\
O filho de Rogerio nao tera direito a heranga?
Nao, pois os filhos do herdeiro renunciante somente receberao o quinhao renunciado, se nao houver qualquer herdeiro na mesm
renunciante
Vamos exemplificai
Se Rogerio fosse filho unico, ao renunciar a heranga, o direito passaria para a proxima classe. Dessa forma, o filho de Roger
unico herdeiro.
Entao, a esposa de Rogerio nao teria direito a heranga?
Nao, pois nao existe direito de representagao do herdeiro renunciante como nos esclaret
 
Clique no botão acima.
Art. 1.811 Ninguem pode suceder, representando herd?
renunciante. Se, porem, ele for o unico legi'timo da sua classe
se todos os outros da mesma classe renunciarem a hei
poderao os filhos vir a sucessao, por direito proprio, e por cab
(BRASIL, 2002.)
4?
,AT7\
A seguir veremos as formas do ato com exemplos da jurisprudence do Tribunal de Justiga do Estado do Rio de
Formas do ato (renunci.
*
Sendo a sucessao aberta um direito considerado imovel por determmagao legal, qualquer ato de disposigao (como a n
cessao, por exemplo) somente tera validade se for feito de acordo com a observancia da forma legal
Assim,apenas tera validade a renuncia se for feita por termo (nos autos do processo) ou por escritura publica, como v
importante ligao extraida do julgado a segi
0043303-79.2011.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTS - 1a Ementa DES. CLEBER GHELFENSTEIN - Julgamento:
11/10/2011 - DECIMA QUARTA CAMARA CfVEL INVENTARIO RENUNCIA A HERANCA FALTA DE FORMALIDADE
ESSENCIALIMPOSTO SOBRE TRANSMISSAO POR DOAQAO - ITD NAO RECOLHIMENTO DECISAO
MONOCRATICA AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTARIO. RENLJNCIA A HERANQA. FORMA LEGAL.
REQUISITO SUBSTANCIAL AO ATO. INTELIGENCIA DO ARTIGO 1.806 do CODIGO CIVIL ATUAL. A sucessao aberta
e bem imovel por determinagao da lei, sendo a renuncia a heranga ato de disposigao patrimonial revestido de forme
Exige a lei que a renuncia seja realizada por termo nos autos ou escritura publica, tratando-se de requisite da subst
do ato, imprescindivel a sua existencia e valida Conhecimento e parcial provimento do recurso nos termos do § 10 -
Art. 557 do CPC, para cassar a decisao atacada e determinar o prosseguimento do feito, sem o recolhimento do ITD. Er
01/2012 - N. 13 -12/01/2012 Precedentes Citados: STJ RESP 431695/SP, Rel.Min. Ari Pargendler, julgado em 21/0!
TJRJAI 0061688-46.2009.8.19.0000, Rel. Des. Claudio Brandao, julgado em 30/03/2010 e AC 0000421-55.2008.8.19.006
Des. Carlos Eduardo Passos, julgado em 04/03/2011. (TJRJ, 2(
Vejamos, por fim,outra elucidativa decisao sobre a necessaria observancia da forma especifica na r
0065270-83.2011.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 18 Ementa DES. SEBASTlAO BOLELLI - Julgamento:
14/12/2011 - TERCEIRA CAMARA CfVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTARIO. TERMO DE RENUNCIA
FIRMADO POR HERDEIRO ATRAVES DE INTRUMENTO PARTICULAR, COM FIRMA RECONHECIDA. ATO
INVALIDO. A RENUNCIA DE HERANQA E ATO SOLENE E FORMAL E SOMENTE PODE SER FORMALIZADA
ATRAVES DE INSTRUMENTO PUBLICO OU TERMO JUDICIAL. INTELIGENCIA DO ARTIGO 1.806 DO
CODIGO CIVIL . PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIQA E DESTE TRIBUNAL. DECISAO
REFORMADA. RECURSO PROVIDO EM PARTE. (TJRJ, 2011.)
Poderia a renuncia ser anulada por vicio da vontade?
Como qualquer outro ato que depende da vontade livre para a sua validade, a renuncia tambem podera ser anulada |
manifestagao da vontade do renunciante maculada por vicio do consentir
Assim,se o renunciante incorrer em erro, por exemplo, uma vez comprovado que se trata de erro substancial, podera
anulado. Lembrando que o erro e uma falsa percepgao da realidade em relagao a uma pessoa, a um objeto, ao negoc
mesmo (em determinados casos) em relagao a um direito. Sobre a possibilidade de anulagao da renuncia pc
consentimento, vejamos um elucidativo julgai
0089698-73.2004.8.19.0001- APELAQAO - 18 Ementa DES. CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA - Julgamento: 31/08/2010
NONA CAMARA CfVEL ESCRITURA PClBLICA RENONCIA A FIERANCA ERRO ESSENCIAL VfCIO DE
CONSENTIMENTO CONFIGURAQAO ANULAQAO DO ATO AQAO ANULAT6RIA DE ATO JURfDICO. ESCRITURA
DE RENUNCIA DE HERANQA. VfCIO DO CONSENTIMENTO. ERRO. FALSO MOTIVO DETERMINANTE PARA A
DECLARAQAO DE VONTADE SENTENQA DE IMPROCED£NCIA DO PEDIDO. REFORMA.1- Escritura publica de
renuncia de heranga. Alegagao autoral de que fora firmado acordo com outra herdeira para que cada uma abrisse n
benefi'cio: a autora da heranga,a 3a re da pensao. Elementos dos autos que comprovam cabalmente a realizagao
Indeferimento da pensao pelo Ministerio da Defesa. Autora que restou sem heranga, benefi'cio previdenciario e moradia.
do consentimento: erro.Declarante que se trata de pessoa de baixa instrugao. Ausencia de esclarecimentos <
consequencias juridicas do ato. Art. 139, inciso III, do Codigo Civil. Erro essencial. Concepgao equivocada da realida
constituiu causa determinante oara declaracao da vontade.Dosto aue o acordo firmado oara recebimento da Densao
a) A herança deve se destinar aos herdeiros de segunda classe.
b) A herança deve ser destinada aos descendentes de terceiro grau.
c) A herança deve ser destinada aos ascendentes e não aos descendentes.
d) Deve ser declarada jacente, abrindo-se procedimento para a vacância.
a) A aceitação da herança pode ser expressa ou tácita.
b) A renúncia da herança pode ser expressaou tácita.
c) Não se pode aceitar ou renunciar a herança parcialmente.
d) Não se pode aceitar herança sob condição.
e) O herdeiro pode aceitar legado e renunciar herança e vice-versa.
a) Diante da renúncia de Aurora, a herança de Márcia deve ser dividida entre Hugo e Fiona, cabendo a cada um metade da herança.
b) Diante da renúncia de Aurora, a herança de Márcia deve ser dividida entre Hugo, Fiona, Rui e Júlia, em partes iguais, cabendo a cada
um 1/4 da herança.
c) Diante da renúncia de Aurora, a herança de Márcia deve ser dividida entre Hugo, Fiona, Rui e Júlia, cabendo a Hugo e Fiona 1/3 da
herança, e a Rui e Júlia 1/6 da herança para cada um.
d) Aurora não pode renunciar à herança de sua mãe, uma vez que tal faculdade não é admitida quando se tem descendentes de primeiro
grau.
Saiba mai:
Por fim, vejamos o tratamento renuncia a heranca cataloaada no banco de conhecimento/iurisprudencia do Tribunal de JL
ESTADO do Rio de Janeii
Atividade
3. (FCC - 2018 - SEFAZ adaptada) Olavo, divorciado, faleceu deixando dois filhos, Alessandro e Breno, cada qual deles contan
um filho. Durante o processo de inventario, Alessandro e Breno renunciaram a heranga. Ness>
4. (MPE - PR - 2017 - promotor substituto) Assinale a alternativa incor
5. (OAB/FGV - 2015 3a EDIQAO) Marcia era viuva e tinha tres filhos: Hugo, Aurora e Fiona. Aurora, divorciada, vivia sozinha e til
dois filhos, Rui e Julia. Marcia faleceu e Aurora renunciou a heranga da mae. Sobre a divisao da heranga de Marcia, assinale a a
correta.
Notas
Referenda;
BRASIL Lei n° 13.105, de 16 de marqo de 20 Codigo de Processo Civil. Dispom'vel ei7http://www.planalto.gov.br/ccivil C
/ ato2015-2018/2015/lei/ll3105T Acesso em: 04 abr. 201?
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: contratos Volume 4. 9. ed. Salvador: JusPodivm, 201
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: contratos Volume 4. Tomos I e II. 2. ed. Sa<
Paulo: Saraiva, 2019.
GONQALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: direito das sucessot Volume 7.13. ed. Sao Paulo: Saraiva, 201
QUINTELLA, Felipe; DONIZETTI, Elpidio. Curso Didatico de Direito Civil 8. ed. Sao Paulo: Atlas, 2019
TARTUCE, Flavio. Manual de Direito Civil. Volume Unico. 9. ed. Sao Paulo: Metodo, 201
Proxima auk
• As especies de cessao de direitos hereditarios, seus requisitos e caractei
• A ausencia da venia conjugal e de outros requisitos, capaz de macular a validade da cessao de direitos hen
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•Uso exclusivo do imovel obriaa inventariante a paaar IPTU e condominio. decide Terceira TL
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STJ ne v
Recurso especial n° 1.252.353 - SP (2011/0062484
Direito civil VI
Aula 3: Cessao de Direitos Hereditarios
Apresentagao
Nesta aula, estudaremos os requisitos necessarios a cessao de direitos hereditarios, suas especies e caracteristicas. Ab
tema da autorizagao conjugal como requisite de validade para a cessao de direitos sucessorios e, ainda, veremos os efeito:
da denominada "renuncia translativa", que, ao contrario da renuncia abdicativa, nada mais e do que uma cessao d
hereditarios.
Objetivos
• Analisar o conceito de cessao de direitos hereditar
•Compreender as especies de cessao de direitos hereditarios e suas caracte
• Identificar os requisitos necessarios a cessao de direitos hereditarios, bem como analisar o tratamento jurisprudenc
tema.
Da Cessao de Direitos Hereditarios
No que consiste a cessao de direitos hereditarios?
Podemos conceitua-la como sendo um negocio juridico por meio do qual um sucessor, denominado cedente, transfere para outi
ou as vantagens recebidas pela sucessao causa nr
Vejamos as consideragoes de Gongalves (2019) sobre o
Fonte: Gonçalves, 2019.
"0 direito a sucessao aberta, portanto, como qualquer direito patrimonial de con
economico, pode ser transferido mediante cessao. A cessao de direitos heredii
negocio juridico translativo inter vivos pois so pode ser celebrado depois da abert
sucessao. 0 nosso direito nao admite essa modalidade de avenga estandc
hereditando. Antes da abertura da sucessao, a cessao configuraria pacto sue
contrato que tem por objeto a heranga de pessoa viva, e nossa lei proibe e conside
de pleno direito (CC, artigos Arts. 426 e 166, II e VII).'
Resumidamente, sao requisites dessa especie de cessao de d
E
Ser feita de forma escrita, que devera ser publica (eserf
publics) ou portermos nos autc
1-2-3-
Por ser a heranga um bem indivisfvel, deve ser respeitac
direito de preference dos demais sucesso
i
Tambem por se tratar de um bem indivisfvel, nao podera
realizada a cessao de qualquer bem da heranga consid*
singularmente
••If
Devera ser prestada a venia conjugal, sob pena de nulid
relativa do negocio juridico
d
0 patrimonio que se pretende ceder nao pode estar gravado
clausula de inalienabilidade
Abordaremos, entao, os dispositivos legais e o tratamento doutrinario sobre a cessao de direitos her«
Importa ressaltarmos a regra disposta no capiArt.1.793 do CC/200; que estipula ser a escritura publica essencial a validade dc
de cessao. Vejamo:
Art. 1.793.0 direito a sucessao aberta, bem como o quinha<
que disponha o coerdeiro, pode ser objeto de cessao por esc
publica.
§ 1c0s direitos, conferidos ao herdeiro em consequencir
substituigao ou de direito de acrescer, presumem-se
abrangidos pela cessao feita anteriormei
§ 2CE ineficaz a cessao, pelo coerdeiro, de seu direito heredit;
sobre qualquer bem da heranga considerado singularm
§ 3clneficaz e a disposigao, sem previa autorizagao do juiz
sucessao, por qualquer herdeiro, de bem componente do at
hereditario, pendente a indivisibilidade. (BRASIL, 2002.
4?
„ATA
I
Sobre o dispositivo anterior, algumas consideragfies precisam ser
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Sobre o dispositivo anterior, algumas consideracoes precisam ser f v
Primeiramente, notamos que a cessao de direitos hereditarios nao admite a forma particular. Ou seja, nao sendo res
escritura publica, o ato sera nulo, nos termos dos Arts. 104, III, c/c 166, IV e 169, todos do CC/2002. Vej
Art. 104.A validade do negocio juri'dico reque
[•••]
III - forma prescrita ou nao defesa em
Art. 166.E nulo o negocio juri'dico quand<
[•••]
IV - nao revestir a forma prescrita em If
Art. 169.0 negocio juri'dico nulo nao e suscetivel de confirmagao, nem convalesce pelo decurso do tempo. (BRASIL,
Sobre o tema da validade do negocio juridico, assunto ja estudado na parte geral de Direito Civil, bem explica Tartuce
Esses elementos de validade constam expressamente do art. 104 do CC, cuja redagao segue: "A validade do negocio juridic
I - agente capaz; II - objeto licito, possivel, determinado ou determinavel; III - forma prescrita ou nao defesa em lei". Nao f
do dispositivo mengao a respeito da vontade livre, mas e certo que tal elemento esta inserido seja dentro da capacidade
seja na licitude do objeto do negocio. Pois bem, o negocio juridico que nao se enquadra nesses elementos de validade e,
nulo de pleno direito, ou seja, havera nulidade absoluta ou nulidade. Eventualmente, o negocio pode sertambem anulavel (
relativa ou anulabilidade), como no caso daquele celebrado por relativamente incapaz ou acometido por vicio do consentir
hipoteses gerais de nulidade do negocio juri'dico estao previstas nos arts. 166 e 167 do CC/2002. As hipoteses gerais de am
constam do art. 171 da atual codificagao material. (TARTUCE, 20'
A transmissao de bem singularmente considerado e ine v
Precisamos relembrar que sera ineficaz a transmissao de qualquer bem da heranga que seja singularmente considerad
sucessor nao podera ceder determinado bem (como, por exemplo, a casa de praia X ou, ainda, o carro de modelo Y), m.
podera ceder um percentual do quinhao recebido. Portanto, devera o sucessor avaliar qual e a representagao percentual d;
que pretende ceder em relagao ao todo da heranga; dessa forma, cedera esse percentual. Isso se da tambem em razao c
aberta ser considerada cbem indivisivelVeja um exemplo:
Joao Mendes, autor da heranga (de cujus) falece, deixando apenas dois filhos e, de patrimonio, quatro apartamentos em i
predio, todos do mesmo valor, para seus dois filhos. Assim, cada filho recebera dois imoveis. Nessa situagao hipotetica, £
filhos quiser ceder os direitos sobre um dos imoveis, nao podera constar da escritura publica (ou do termo nos au
inventario/arrolamento de bens) que sera, naquele ato, cedido o apartamento X. Constara, na referida escritura, que o suces
25% do valor do acervo de bens que constitui o monte/heranga, que corresponde a 50% da su,
O herdeiro cedente deve respeitar o direito de preferencia do seu coer v
Deve o herdeiro cedente respeitar o direito de preferencia do seu coerdeiro. Ou seja, antes de ceder a estranhos a su
heranga, deve o cedente oferecer aos demais herdeiros os direitos que pretende ceder, nos tArt. 1.794 do CC/2002
Fonte: Gonçalves, 2019.
Fonte: Por Andrii Yalanskyi / Shutterstock.
Sobre o momenta da realizagao da cessao, vejamos a ligao de Gongalves (
“Todavia, aberta a sucessao, mostra-se licita a cessao de dir
hereditarios, ainda que o inventario nao tenha sido aberto. Sc
foi imposta aos bens deixados pelo de cujus nenhuma clausi
inalienabilidade, desde a abertura da sucessaoja pode o her
promover a transference de seus direitos ou quinhao, atravi
aludida cessao. Nao podera mais faze-lo, no entanto, depc
julgada a partilha, uma vez que a indivisao estara extinta e
herdeiro e dono dos bens que couberem no seu quint
Portanto, antes de aberta a sucessao, a cessao de direitos here© nula por se tratar de pacto sucessorio (tema visto na Auk
Tambenmao podera ser realizada a referida cessao apos o encerramento da partilha de|pelo simples fato de que devera
sucessor (atual proprietario dos bens) ceder o patrimonio recebido pela heranga e ja partilhado, por meio dos contratos de com
ou de doagao
a) É eficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre bem da herança singularmente considerado.
b) Considera-se imóvel o direito à sucessão aberta, exigindo-se escritura pública para sua cessão, não se admitindo que a renúncia da
herança conste de termo judicial.
c) É intransferível ao cessionário de direitos hereditários o direito de preferência inerente à qualidade de herdeiro.
d)A morte do responsável cambiário é modalidade de transferência anômala da obrigação, repassável aos herdeiros, salvo se o óbito tiver
ocorrido antes do vencimento do título.
a)O ajuizamento da demanda ultrapassou o prazo legal para o reconhecimento do direito de preferência.
b)O ajuizamento da demanda não ultrapassou o prazo legal para o reconhecimento do direito de preferência.
c)O ajuizamento da demanda ultrapassou o prazo legal para o reconhecimento do direito de preferência, mas ainda poderá o prejudicado
requerer o imóvel, eis que possui um direito real.
d)Nenhuma das opções está correta.
a)Até a partilha, o direito dos herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível. 
b)O herdeiro não pode ceder sua cota hereditária a pessoa estranha à sucessão se outro herdeiro quiser exercer seu direito de
preferência. 
c)A cessão de direitos hereditários é ineficaz se tiver por objeto bem da herança considerado singularmente.
d)A cessão de direitos hereditários pode ser realizada mediante instrumento particular. 
Atividade
1. (Tribunal de Justiga - SP (TJSP/SP) 2015 Cargo: Juiz Substituto) Acerca do Direito das Sucessoes, assinale a alternativa
2. (MPE - RS - 2017 - Promotor Substituto - Adaptada) Em relagao ao Direito das Sucessoes, considere que um coerdeiro tom
da cessao de direito hereditario efetuado por outro coerdeiro quando foi apresentada nos autos do processo de inventaric
27/03/2015. Intentou agao declarators de nulidade de atojuridico em 10/12/2015 e efetuou o deposito necessario. Com base n
CORRETO afirmar que:
3. (Juiz Substituto - TJSP - 2011) Leia as afirmagoes e assinale a alternativa inc<
Tributagao da Cessao de Direitos Hereditarios
A cessao de direitos hereditarios, no que se refere ao conteudo patrimonial, pode ser negocio ji
Fonte: Por IvanMichailovich / Shutterstock.
 
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Gratuito
Equipara-se a doagai
Onerosc
Equiparar-se, a compra e venc
Destarte, sendo onerosa a aludida cessao, incidimposto de transmissao de bens imoveis (ITIsobre o valor dc
patrimonio cedido; isso porque a sucessao aberta e, porforga de lei, considerada um bem imdvel, nos termos do Art.
CC/2002.Entretanto, se for gratuita, incidiimposto de transmissao causnort/se doagac ITCMD , tambem denominad
ITD )
Sobre esse tema, vejamos qual e a posigao jurispruder
Jurisprudenci
Processo: 0015634-17.2012.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 2a
Ementa DES. RICARDO RODRIGUES CARDOZO - Julgamento: 26/06/2012 -
DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL IMPOSTO SOBRE TRANSMISSAO POR
DOAQAO - ITD RENUNCIA TRANSLATIVA FATO GERADOR
RECOLHIMENTO DO IMPOSTO OBRIGATORIEDADE INVENTARIO.
RENUNCIA TRANSLATIVA. ITD. FATO GERADOR.
Agravo de instrumento assestado contra a decisao que reconheceu a natureza abdicativa das renuncias manifestadae
inventario, indeferindo, assim,o pleito de recolhimento do ITD, formulado pelo agravante. Como ressaltado pelo recorn
dois herdeiros,antes de manifestarem a intengao de renunciar, praticaram atos inequivocos de aceitagao da heranga. Ir
nos autos, atraves do patrocinio da Defensoria Publica, concordando com as declaragoes prestadas pela inventariante (
pelo prosseguimento do feito, com a ultimag§o da partilha. Fosse intengao sua renunciar em favor do monte, deveriam
naquela oportunidade. Poderiam, inclusive, enquanto vigente o Codigo Civil de 1916, ter externado a vontade de re
aceitagao, de acordo com o permissivo contido no art.1590 daquele compendio. No entanto, continuaram na busca c
hereditario. Nessa ordem,a renuncia, manifestada em novembro de 2009, nao pode ser considerada pura ou abdicativ;
translativa. Ante a ocorrencia do fato gerador, o recolhimento do tributo e devido. Recurso provido, nos termos de:
Ementario: 43/2012 - N. 12 - 08/11/20(TJRJ, 2012.)
 
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Fonte: Por Kaikoro / Shutterstock.
a) Representa renúncia translativa da herança, pelo que Marcos, em substituição a Carlos, deve se habilitar no inventário.
b) Tem efeito de cessão de direitos hereditários, mas Marcos poderá receber, contudo, qualquer um dos bens.
c) Os demais herdeiros poderão se opor à alienação, mediante o exercício do direito de preferência.
d) É ineficaz, e, portanto, Marcos não fará jus ao apartamento 101.
e) Trata-se de renúncia abdicativa, pelo que os demais herdeiros deverão pagar o preço do imóvel a Marcos.
a) A renúncia translativa, também denominada de “renúncia in favorem”, ocorre quando o renunciante abdica da sua parte da sucessão
em favor de outro herdeiro.
b) A renúncia translativa ocorre quando o renunciante abdica da sua parte da sucessão em favor do monte.
c) A renúncia abdicativa pode ser realizada por instrumento particular, desde que não exista incapaz favorecido pela herança.
d) A cessão de direitos hereditários apenas será válida e eficaz se feita com autorização judicial.
GAGLIANO, PAMPLONA FILHO, 2019.
GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.
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GAGLIANO, PAMPLONA FILHO, 2019.
Fonte: Por New Africa / Shutterstock.
a) A reabilitação, em testamento ou em outro ato autêntico, é ato personalíssimo do ofendido.
b) O rol das causas enumeradas na lei civil para exclusão da herança por indignidade é exemplificativo de numerus apertus.
c) O ato infracional equiparado ao homicídio doloso praticado por menor de dezoito anos de idade contra ascendente não é causa de
indignidade hábil à exclusão da herança.
d) Como os efeitos da sentença que decreta a indignidade são pessoais, o excluído terá direito ao usufruto e à administração dos bens
que couberem a seus filhos.
e) O direito de demandar a exclusão do herdeiro extingue-se em quatro anos, contados a partir dadata em que ocorrer o fato objeto da
indignidade.
a)A deserdação é forma de afastar do processo sucessório o herdeiro legítimo.
b)A exclusão por indignidade pode ocorrer a partir da necessidade de que o herdeiro tenha agido sempre com dolo e por uma conduta
comissiva.
c)A deserdação é forma de afastar do processo sucessório tanto o herdeiro legítimo quanto o legatário.
d)Os efeitos da indignidade não retroagem à data da abertura da sucessão, tendo, portanto, efeito ex nunc.
a) Consoante a Teoria da Responsabilidade Subjetiva, em não havendo culpa do agente, não é o autor do ato responsabilizado pelo dano
indenizável.
b) O esbulhador do alheio deve indenizar o dono da coisa pelo valor das deteriorações e o devido a título de lucros cessantes, se houver.
c) Absolvido de crime praticado contra seu pai, com sentença transitada em julgado, não produzirá efeito a disposição testamentária
deserdando o ofensor.
d) O herdeiro que tentou matar seu pai, citado em ação própria, seis anos após a abertura da sucessão, não recebe a herança, face ao
despacho citatório do juiz.
a) A partilha sempre é judicial, independentemente da quantidade ou do valor dos bens.
b) A venda de bens pelo falecido a algum de seus herdeiros obriga a conferência dos respectivos valores pela colação.
c) A pessoa jurídica pode ser herdeira.
d) O direito à sucessão aberta pode ser objeto de cessão por escrito público ou particular, com direito de preferência aos demais
herdeiros.
a) O indigno pode ser admitido a suceder se o ofendido expressamente o tiver reabilitado.
b) O indigno jamais poderá ser suceder, ainda que o ofendido expressamente o tenha reabilitado.
c) A deserdação importa na exclusão do herdeiro em razão de uma declaração de última vontade, não precisando ser confirmada por
sentença.
d) Os herdeiros necessários jamais poderão ser deserdados.
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GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.
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GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.
TARTUCE, 2019.
TARTUCE, 2019.
a) Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais, os Municípios, o Distrito Federal e a União ficarão excluídos da sucessão.
b) Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança ficarão sob a guarda e
administração do Município em que se localizarem.
c) Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um
ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.
d) Decorridos cinco anos da abertura da sucessão provisória, os bens arrecadados passarão ao domínio do Estado em que se localizarem
ou serão incorporados ao domínio da União quando situados no Distrito Federal.
e) Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, esta será, desde logo, declarada vacante e entregue ao patrimônio e à
administração da União.
a) Jacente.
b) Vacante.
c) Jacente e vacante, nessa ordem.
d) Vacante e jacente, nessa ordem.
a) dez anos da declaração de vacância.
b) cinco anos da declaração de vacância.
d) três anos da declaração de vacância.
e) cinco anos da abertura da sucessão.
e) ALTERNATIVA
a) A petição de herança é ação real, e o termo inicial da prescrição é a abertura da sucessão.
b) O regime de bens pode ser modificado mediante pedido fundamentado de ambos os cônjuges por meio de autorização judicial que
acolha a procedência das razões invocadas, ressalvados os direitos de terceiros.
c) Os atos emulativos praticados pelo proprietário caracterizam os direitos de usar (ius utendi), gozar (jus fruendi) e dispor (ius abutendi),
salvo quando ofensivos à função socioambiental da propriedade.
d) A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento.
a) Possui o prazo prescricional de 10 anos, por força da regra geral do Art. 205 do Código Civil.
b) Possui o prazo prescricional de 5 anos.
c) Trata-se de ação imprescritível, eis que versa sobre o estado da pessoa natural.
d) Possui o prazo prescricional de 3 anos.
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"Faltando descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro e isoladamente
ao cônjuge sobrevivente, que está na terceira classe de herdeiros (arts. 1.829, III, e 1.838 do
CC). Como se pode notar, tal direito é reconhecido ao cônjuge independentemente do
regime de bens adotado no casamento com o falecido. Com as recentes decisões do STF,
publicadas no seu Informativo n. 864, deve-se incluir o convivente em todas essas regras,
inclusive se houver uma relação homoafetiva."
- TARTUCE, 2019.
"Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte
do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois
anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do
sobrevivente"
- BRASIL, 2002.
a) Por ter sido o imóvel adquirido onerosamente na constância do casamento, o filho de Joaquim não concorre na sucessão legítima,
sendo Sônia a única herdeira do imóvel.
b) Sônia concorre na sucessão legítima com o filho de Joaquim, mas não terá direito à sua cota-parte do imóvel decorrente do regime de
bens do casamento.
c) Tendo sido a casa adquirida na constância do casamento, Sônia concorre na sucessão legítima com o filho de Joaquim, inclusive com o
direito de habitação.
d) Sônia não concorre na sucessão legítima com o filho de Joaquim, mas tem o direito real de habitação.
e) Conforme jurisprudência do STJ, Sônia somente tem o direito real de habitação se proceder ao registro no cartório de imóveis.
a) à metade dos bens de herança que pertence aos herdeiros necessários.
b) ao direito, atribuível apenas aos filhos, de reivindicar metade da herança.
c) exclusivamente à parcela da herança devida ao cônjuge ou companheiro em união estável, de acordo com o regime de bens aplicável.
d) exclusivamente à parcela da herança devida ao cônjuge ou companheiro em união estável, de acordo com o regime de bens aplicável.
e) ao direito de o Estado arrecadar parcela da herança para quitar dívidas trabalhistas e previdenciárias deixadas pelo de cujus.
a) Aberta a sucessão, a herança não se transmite, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
b) A sucessão dar-se-á por lei ou por disposição de última vontade.
c) A sucessão abre-se no local de nascimento do falecido.
d) Havendo herdeiros necessários, o testador somente poderá dispor de um terço da herança.
e) Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da formalização da partilha.
a) os descendentes, os ascendentes e os colaterais até o terceiro grau.
b) apenas os descendentes e os ascendentes.
c) os descendentes e os colaterais até o quarto grau.
d) apenas o cônjuge sobrevivente, se o regime de casamento for o da comunhão universal de bens.
e) os descendentes, os ascendentes e o cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens do casamento.
a) reconheceu a inconstitucionalidade do Art. 1790 do Código Civil, determinando a aplicação das regras sucessórias do casamento à
união estável, mas reconheceu expressamente que o companheiro não deve ser considerado herdeiro necessário.
b) reconheceu a constitucionalidade do Art. 1790 do Código Civil, admitindo a aplicação de regime sucessório diverso para o casamento e
a união estável, além da distinção das espécies para a configuração de herdeiro necessário.
c) reconheceu a inconstitucionalidade do Art. 1790 do Código Civil, determinando a aplicação das regras sucessórias do casamento à
união estável e reconheceu expressamente que o companheiro deve ser considerado herdeiro necessário.
d) reconheceu a inconstitucionalidade do Art. 1790 do Código Civil, determinando a aplicação das regras sucessórias do casamento à
união estável, mas não se manifestou se o companheiro deve ou não ser considerado herdeiro necessário.
e) reconheceua parcial inconstitucionalidade do Art. 1790 do Código Civil, determinando a aplicação das regras sucessórias do casamento
à união estável apenas quando mais favoráveis do que aquelas previstas para a união estável, mas reconheceu expressamente que o
companheiro não deve ser considerado herdeiro necessário.
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(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.)
(BRASIL,2002.)
(BRASIL,2002.)
(TARTUCE,2019.)
Fonte: Por fizkes / Shutterstock.
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019.)
(BRASIL,2002.)
(BRASIL,2002.)
(BRASIL,2002.)
(BRASIL,2002.)
a) O testamento é inválido, pois, como Mário é cego, deveria estar regularmente assistido para celebrar o testamento validamente.
b) A cláusula de incomunicabilidade é inválida, pois Mário não declarou a justa causa no testamento, como exigido pela legislação
civil.
c) A cláusula que confere a Júlio toda a parte disponível é inválida, pois Mário não pode tratar seus filhos de forma diferente.
d) O testamento é inválido, pois, como Mário é cego, a legislação apenas lhe permite celebrar testamento cerrado.
a) O testamento deixado por Raimundo não tem validade em virtude da ausência das formalidades legais para o ato de última
vontade, em especial a presença de testemunhas.
b) O testamento deixado por Raimundo tem validade, mas suas disposições terão de ser reduzidas em 50%, pelo fato de Otávio ser
herdeiro de Raimundo.
c) O testamento deixado por Raimundo poderá ser confirmado, a critério do juiz, uma vez que a lei admite o testamento particular
sem a presença de testemunhas quando o testador estiver em circunstâncias excepcionais.
d) O testamento deixado por Raimundo não tem validade porque a lei só admite o testamento público, lavrado na presença de um
tabelião.
a) Caso algum herdeiro necessário não beneficiado pelo testamento decida impugnar a validade do testamento de Pedro, o prazo é
de quatro anos, contado o prazo da data do seu registro.
b) Se Pedro decidir fazer o testamento particular, ele deve ser escrito de próprio punho. Se for público, pode ser de próprio punho
ou por processo mecânico.
c) Serão nulas as disposições de Pedro se ele favorecer as testemunhas do testamento.
d) Pedro pode fazer o testamento conjuntivo com seu irmão para beneficiar seus pais.
e) Por ser relativamente incapaz, Pedro não pode testar, exceto se assistido por seus pais ou representantes legais.
a) A sucessão testamentária só poderá ser realizada mediante testamento público.
b) Roberto só poderá dispor, no testamento, de até vinte e cinco por cento de seus bens.
c) A sucessão testamentária depende da anuência dos filhos capazes e do representante legal do incapaz.
d) A idade de Roberto não é fato impeditivo para firmar testamento.
e)A existência de filho incapaz impede a sucessão testamentária.
a) Testamento cerrado;
b) Testamento público;
c) Arrolamento de bens;
d) Codicilo.
 
 
 
 
- TARTUCE, 2019
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a) O direito real de habitação tem por finalidade impedir que os herdeiros deixem o companheiro sobrevivente sem moradia e ao
desamparo, visto que este não tem qualquer participação na herança do de cujus.
b) Será correta a sentença que, em ação de inventário, homologue a partilha sem manifestação acerca do direito real de habitação da
viúva meeira em relação ao imóvel em que o casal tenha residido, porquanto, para tanto, exige-se o ajuizamento de ação própria.
c) Ao cônjuge sobrevivente assegura-se o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que
seja o único daquela natureza a inventariar e o regime de bens do casamento tenha sido o da comunhão universal.
d) O objetivo do legislador, ao criar o instituto do direito real de habitação, foi o de promover a proteção ao cônjuge supérstite que,
desfavorecido de fortuna, corresse o risco de cair em situação de penúria ou grande inferioridade em comparação àquela de que
desfrutava quando vivo o consorte, de modo que, mesmo havendo dois imóveis a serem inventariados, pode-se garantir ao cônjuge
supérstite o direito real de habitação por sua utilidade, como fonte de sobrevivência.
e) O direito real de habitação não pode ser estendido ao companheiro.
a) I, II, III e IV.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
a) A ordem de vocação hereditária, após a vigência do Código Civil de 2002, por ele fica regida, independentemente do tempo do
falecimento, excetuando-se a falta de colaterais.
b) As cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima, não exigem formalização de
justa causa, se o testamento é anterior à vigência do Código Civil de 2002, independentemente da data da abertura da sucessão.
c) Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, o testador deve dispor expressamente sua manifestação de última vontade, caso
contrário, aberta a sucessão, seguirá a linha sucessória.
d) O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, perderá o direito à legitima, exceto se o
testador outra situação deixar formalizada.
e) A dispensa de colação, ou seja, o modo de igualar as legítimas dos descendentes e do cônjuge, pode ser outorgada pelo doador em
testamento, ou no próprio título de liberalidade.
a) posso recolher o legado e aceitar a herança apenas em pequena parte, de modo que eu e minha irmã recebamos bens de igual valor.
b) se eu rejeitar o legado, estarei também repudiando, automaticamente, a herança.
c) posso repudiar o legado e aceitar a herança em igualdade de condições à minha irmã.
d) o legado e a herança têm a mesma natureza e, portanto, o mesmo destino: aceitação ou renúncia.
e) a aceitação da herança é um direito do herdeiro, mas o legado não é repudiável.
a) Apenas ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na
herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a
inventariar, não contemplando o(a) companheiro(a).
b) ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança,
o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a
inventariar, contemplando o(a) companheiro(a).
c) O direito real de habitação apenas se aplica ao companheiro, eis que o cônjuge já está assistido pela meação.
d) Não há previsão legislativa para o direito real de habitação no direito brasileiro.
QUINTELLA; DONIZETTI, 2019
GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019
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Fonte: Shutterstock
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1
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a) comarca de São Paulo, onde residem os herdeiros do falecido.
b) comarca do Rio de Janeiro, último local onde o falecido esteve no Brasil.
c) comarca de Salvador, onde estão situados os bens imóveis do falecido.
d) cidade de Salamanca, na Espanha, onde ocorreu o óbito.
e) comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, onde está situado o domicílio do autor da herança.
a) O inventário somente poderá ser judicial dado que, quando da abertura da sucessão, um dos filhos era incapaz, sendo competente o
Juízo de onde se encontra o bem mais substancial, alcançando os bens havidos apenas em território nacional, desconsiderando-se
qualquer eventual bem no exterior.
b) O inventário somente poderá ser judicial dado que, quando da abertura da sucessão, um dos filhos era incapaz, sendo competente o
Juízo do Rio de Janeiro por ser o último domicílio dele no Brasil, alcançando os bens havidos apenas em território nacional, sem
desconsiderar o valor dos bens no exterior para equalização de quotas patrimoniais.
c) O inventário consensual poderá ser judicial ou extrajudicial, recaindo a fixação do Tabelião de Notas pela localidade do bem mais
substancial, e alcançando apenas os bens em território

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