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Pancreatite: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Enfª. Antonia Regiane Pereira Duarte
MSc. em Ciências da Saúde
COREN – PÁ 163568
 
PANCREATITE
 Pancreatite Aguda
A Pancreatite é um distúrbio grave que inclui desde doença leve e autolimitada até uma doença grave e rapidamente fatal, que não responde a nenhum tratamento;
A pancreatite aguda é comumente descrita como a autodigestão do pâncreas pelas próprias enzimas exócrinas que ele produz, principalmente a tripsina;
Oitenta por cento dos clientes com pancreatite aguda têm a doença em consequência de colelitíase ou etilismo de longa duração; 
Outras causas menos comuns de pancreatite incluem infecções bacterianas ou virais, com desenvolvimento ocasional de pancreatite;
Muitos processos patológicos e condições foram associados a uma incidência aumentada de pancreatite, incluindo cirurgia no pâncreas ou próxima a ele, medicamentos, hipercalcemia e hiperlipidemia.
 Pancreatite Crônica
É um distúrbio inflamatório caracterizado pela inflamação progressiva do pâncreas. As células são substituídas por tecido fibroso com crises repetidas de pancreatite;
O resultado consiste em obstrução do ducto pancreático, ducto colédoco e duodeno;
Além disso, ocorrem atrofia do epitélio dos ductos, inflamação e destruição das células secretoras do pâncreas;
O consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas é responsável por aproximadamente 70 a 80% de todos os casos de pancreatite crônica;
A incidência de pancreatite entre alcoólicos é 50 vezes maior que a taxa de incidência na população que não consome bebidas alcoólicas;
O tabagismo constitui outro fator no desenvolvimento da pancreatite crônica.
 Pancreatite 
 Epidemiologia
A taxa de mortalidade apresenta-se elevada em razão da ocorrência de:
 choque,
anoxia, 
hipotensão arterial,
desequilíbrios hidreletrolíticos. 
As crises de pancreatite aguda podem resultar em recuperação completa, sofrer recidiva sem lesão permanente ou evoluir para pancreatite crônica.
 Manifestações Clínicas
A dor abdominal (mesoepigástrio) intensa constitui o principal sintoma, pode ser acompanhada de distensão abdominal, massa abdominal palpável e pouco definida, diminuição da peristalse e vômitos, que não aliviam a dor nem as náuseas;
A dor é frequentemente aguda no início (24 a 48 h após uma refeição copiosa ou após o consumo de bebidas alcoólicas); pode ser mais intensa depois das refeições e não é aliviada pelo uso de antiácidos;
Ocorre defesa abdominal; o abdome pode tornar-se rígido ou em tábua (em geral, trata-se de um sinal de alerta, indicando peritonite);
A equimose no flanco ou ao redor da cicatriz umbilical (sinal de Grey Turner e Cullen) pode ser observada e pode indicar pancreatite hemorrágica grave
 Achados no Exame Físico
Sinal de Cullen
Sinal de Grey Turner
 Outras Manifestações Clínicas
Vômitos, febre, icterícia, confusão mental e agitação;
Pode ocorrer hipotensão arterial relacionada com a hipovolemia e o choque (taquicardia, cianose e pele fria e pegajosa);
É comum a ocorrência de insuficiência renal aguda;
O cliente pode desenvolver infiltrados pulmonares, dispneia, taquipneia e valores anormais da gasometria
 Avaliação e Achados Diagnósticos
História clínica
Exame físico
Exames complementares:
Hemograma
Amilase
Lipase 
Líquido peritoneal (enzimas pancreáticas – Pepsina)
USG,TC, RM,
 Manejo Clínico
Direcionado para o alívio dos sintomas e a prevenção ou tratamento das complicações.
A ingestão oral é suspensa para inibir a estimulação do pâncreas e a secreção de enzimas pancreáticas;
A nutrição parenteral (NP) é administrada ao cliente debilitado e a indivíduos com íleo paralítico prolongado (mais de 48 a 72 h);
Utiliza-se a aspiração nasogástrica para aliviar a náuseas e os vômitos e para diminuir a distensão abdominal dolorosa e o íleo paralítico;
É necessário proceder à correção da perda de líquidos e de sangue e dos baixos níveis de albumina para manter o volume de líquidos e evitar a insuficiência renal
 Tratamento 
MEDICAMENTOSO
Agentes opiódes (morfina), para alívio da dor;
Agentes antieméticos podem ser prescritos para prevenção dos vômitos;
São administrados antibióticos, se houver infecção;
A insulina é necessária quando ocorre hiperglicemia significativa.
CIRURGICO 
A intervenção cirúrgica pode ser realizada para diagnóstico, drenagem, ressecção ou desbridamento do pâncreas necrótico e infectado.
 Assistência de Enfermagem
Alívio da dor e desconfortos;
Melhora do padrão respiratório;
Melhora do estado nutricional;
Monitoramento das complicações potenciais:
Distúrbios hidroeletrolíticos; 
Choque e Síndrome da disfunção múltiplas dos órgãos;
Promoções dos cuidados domiciliar e comunitário

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