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AULA 3_Despesas Públicas

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Disciplina: Contabilidade Pública
Aula 3: Despesas Públicas
Apresentação
Nesta aula, serão abordadas as despesas públicas sob o enfoque orçamentário, seus conceitos e as diversas classificações existentes no setor público.
Veremos que o conhecimento sobre a aplicação e destino das receitas orçamentárias, adquirido no conteúdo anterior, completa-se com a abordagem sobre as despesas públicas e seus estágios obrigatórios, dando condições para entender o conceito de toda a execução orçamentária na administração pública, sendo esta uma especificidade da contabilidade governamental.
O conceito
Define-se como Despesa Pública o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos. Neste sentido, a despesa é parte do orçamento, ou seja, aquela parte em que se encontram classificadas todas as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais.
A despesa pública forma o complexo da distribuição e emprego das receitas para custeio de diferentes setores da administração e consiste na aplicação de recursos financeiros de forma direta, na aquisição de meios que possibilitem a manutenção, o funcionamento e a expansão dos serviços públicos, ou de forma indireta, quando da realização de transferências a terceiros, implicando na assunção de compromissos.
“Despesa constitui-se de toda saída de recursos ou de todo o pagamento efetuado, a qualquer título, pelos agentes pagadores para saldar gastos fixados na Lei do Orçamento ou em lei especial e destinados à execução dos serviços públicos, entre eles custeios e investimentos, além dos aumentos patrimoniais, pagamentos de dívidas, devolução de importâncias recebidas a títulos de caução, depósitos e consignações.”
(ANDRADE, 2008, p.68)
Divisão e classificações das despesas
(Vídeo)
Anotações do vídeo assistido
Despesas Qualitativa = 4 classificações
Classificação Esfera Orçamentaria
-Tipos de Orçamentos: Orçamento Fiscal, Orçamento de Seguridade Social e Orçamento de Investimento das empresas Estatais
Classificação Institucional – Qual a Instituição que está executando esta despesa.
Classificação Funcional – Ela diz respeito a que grande área do governo esta despesa vai ser feita, e ela adotada obrigatoriamente por todos os entes da Federação: União, Estados, Municípios e Distrito Federal, adotam a mesma classificação funcional, onde no total são 28 funções de governo. 
Exemplo: Educação, Esporte e Laser, Defesa Nacional, Segurança Publica, Saúde, etc
Classificação Programática – Programas de Governo – 
Exemplos: Programa de Vacinação, programas de Transportes, etc.
Despesas Quantitativa = 6 classificações
Meta Física – Quanto você vai fazer. Exemplo: Em uma rodovia, quantos km você irá pavimentar? Então para Meta Física, sempre deverá ter a quantidade e Unidade de medida.
Natureza da Despesa – Detalhamento da Despesa, vai identificar o que é que está sendo comprado e o que é que está sendo contratado com aquele recurso.
Identificador de Uso – Ele comtempla as informações da aplicação dos recursos
Fonte de Recurso – De onde vem o recurso. Exmplo: Ele vem do IR, ele vem do IPI
IDOC/ Doação – Identifica as Doações das Entidades Internacionais ou de operações de créditos que contratadas e alocadas nas ações orçamentárias.
Divisão e classificações das despesas
Identificador de Resultado Primário – que visa em dizer se aquela despesa contribui para o cálculo da Meta Fiscal ou Superávit Primário ou não.
Podemos afirmar primeiramente que a despesa pública divide-se em:
Extraorçamentária (dispêndios)
Os dispêndios extraorçamentários não pertencem ao orçamento do órgão público analisado. Geralmente são as devoluções de dinheiro de terceiros que foram retidas em outra ocasião e classificadas nas suas entradas como um ingresso extraorçamentário.
Orçamentária
As despesas orçamentárias, foco desta aula, pertencem ao orçamento público, ou seja, foram fixadas na Lei do Orçamento Anual (LOA) para determinado órgão público e para ser executada em determinado exercício financeiro.
Atenção
A evolução do orçamento clássico para o orçamento-programa foi acompanhada por um processo de aperfeiçoamento do sistema de classificação orçamentária. Pode-se afirmar, inclusive, que a primeira exigência para a implantação do orçamento-programa é a existência de um sistema de classificação orçamentária funcional.
Nos próximos subtítulos estudaremos a classificação da despesa orçamentária utilizada no Brasil, tanto para a União quanto para os Estados, Distrito Federal e Municípios.
Classificação institucional ou por órgãos
O objetivo desta classificação é demonstrar quanto cada órgão ou unidade organizacional está autorizado a gastar em um determinado exercício.
A classificação institucional ou organizacional apresenta a vantagem de permitir uma comparação imediata, em termos de dotações recebidas, entre os diversos órgãos.
Entende-se por unidade orçamentária a repartição pública da Administração Direta ou Indireta a que o orçamento consigna, especificamente, dotações para execução de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição.
Exemplo
Pode-se citar uma Prefeitura Municipal que, em seu orçamento, é identificada ainda com suas unidades administrativas, conforme a tabela a seguir:
	Códigos
	Tipo
	Nomenclatura
	01.00.00
	Órgão
	Câmara Municipal
	01.01.00
	Unidade Administrativa
	Gabinete da Câmara
	02.00.00
	Órgão
	Prefeitura Municipal
	02.01.00
	Unidade Administrativa
	Gabinete do Prefeito
	02.02.00
	Unidade Administrativa
	Secretaria de Administração
	02.03.00
	Unidade Administrativa
	Secretaria de Finanças
	02.04.00
	Unidade Administrativa
	Secretaria de Saúde
	03.00.00
	Órgão
	Autarquia Y
	04.00.00
	Órgão
	Fundação X
Classificação Funcional
A própria nomenclatura deste tipo de classificação da despesa orçamentária já revela que aqui a despesa orçamentária é identificada de acordo com as suas funções que serão realizadas.
Essa classificação funcional, composta por um rol de funções e subfunções prefixadas, servirá como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental, nas três esferas.
Trata-se de uma classificação independente dos programas.
Veja os conceitos:
Função
Consiste no agrupamento das grandes ações do governo em funções, que representam o maior nível de agregação, por meio das quais procura-se alcançar os objetivos nacionais desdobrando-se em subfunções.
Subfunção
Representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjunto de despesas do setor público. Nesta classificação, a subfunção identifica a natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções.
Leia mais... Leitura II
Classificação programática (por programas)
A partir da Portaria n° 42, de 14/04/1999, os programas deixaram de ter o caráter de classificador e cada nível de governo passou a ter a sua estrutura própria, adequada à solução dos seus problemas, e originária do processo de planejamento desenvolvido durante a formulação do Plano Plurianual.
Os programas são compostos por atividades, projetos e uma nova categoria de programação denominada operações especiais.
A seguir, veja os respectivos conceitos:
Programas
Os programas efetivam a integração entre os planos e os orçamentos e representam os meios e instrumentos de ação organicamente articulados para alcançar os objetivos pretendidos.
Articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual, visando à solução de um problema ou ao atendimento de uma necessidade ou demanda da sociedade.
Ações
As ações de governo possuem três naturezas diferentes que podem ser classificadas como categorias de programação orçamentária:
1. Atividade: Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, concorrendo para a manutenção da ação do governo, com resultados que geralmente podem ser medidos quantitativa ou qualitativamente.2. Projetos: Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam em um período limitado de tempo, das quais resultam produtos quantificáveis física e financeiramente, que concorrem para a expansão ou para o aperfeiçoamento da ação governamental.
3. Operação especial: Ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
São despesas passíveis de enquadramento nesta ação:
· Amortizações e encargos;
· Aquisição de títulos;
· Pagamento de sentenças judiciais;
· Transferências a qualquer título;
· Pagamento de inativos;
· Participações acionárias.
As atividades, os projetos e as operações especiais são desdobradas para especificar a localização geográfica integral ou parcial das respectivas ações.
A localização do gasto é o menor nível de detalhamento na lei. Na fase da elaboração, é onde o órgão setorial apropria o valor financeiro da sua proposta orçamentária.
Classificação segundo a natureza da despesa
(Vídeo)
Na classificação da despesa, quanto a sua natureza, deve ser analisada a categoria econômica, o grupo a que pertence sua modalidade de aplicação, isto é, se vai ser realizada, diretamente ou por meio de transferência a outro organismo ou entidade, e o elemento de despesa, caracterizando o objeto final do gasto.
Para a identificação da despesa quanto a sua natureza, é utilizado um conjunto de seis dígitos, na sequência indicada a seguir:
	1º Dígito
	Categoria Econômica
	2º Dígito
	Grupo da Despesa
	3º e 4º Dígitos
	Modalidade de Aplicação
	5º e 6º Dígitos
	Elemento da despesa (objeto do gasto)
Veja os conceitos de cada dígito citado e suas representações numerais de classificação:
1° Dígito – Categorias Econômicas
Nas despesas correntes, representadas pelo número 3, classificam-se todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, tais como:
· Pessoal e Encargos Sociais;
· Juros e Encargos da Dívida Interna e Externa;
· Outras Despesas Correntes.
Nas Despesas de Capital, representadas pelo número 4, classificam-se aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, tais como:
· Investimentos; Ex compra de um imóvel novo
· Inversões Financeiras; Ex Aquisição de um imóvel já usado
· Amortização da Dívida Interna e Externa.
2º Dígito – Grupo de Despesa
Os Grupos da Despesa são representados pelos números abaixo:
1- Pessoal e encargos sociais;
2- Juros e encargos da dívida;
3- Outras despesas correntes;
4- Investimentos;
5- Inversões financeiras;
6- Amortização da dívida.
Figura: Classificação segundo a Natureza e Grupo da despesa orçamentária.
3º e 4º Dígitos – Modalidade de Aplicação 
As Modalidades de Aplicação são representadas por números. Veja os exemplos a seguir:
	MODALIDADE DE APLICAÇÃO
	20
	TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
	30
	TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
	31
	TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E DF – FUNDO A FUNDO
	32
	EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADOS E DF
	40
	TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
	41
	TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS – FUNDO A FUNDO
	42
	EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS
	50
	TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
	60
	TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS
	70
	TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
	71
	TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
	72
	EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS
	80
	TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
	90
	APLICAÇÕES DIRETAS
	91
	APLICAÇÃO DIRETA INTRAORÇAMENTÁRIA (OFSS)
5º e 6º Dígitos – Elementos da Despesa (objeto do gasto) (o que será comprado ou contratado)
Os Elementos da Despesa são representados pelos números abaixo:
	01 - Aposentadorias e Reformas
	25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita
	03 - Pensões
	26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária
	04 - Outros Benefícios Previdenciários
	27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares
	06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
	28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos
	07 – Contribuições a Entidades Fechadas de Previdência
	30 - Material de consumo
	08 - Outros Benefícios Assistenciais
	31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras
	09 - Salário-Família
	32 - Material de Distribuição Gratuita
	10 - Outros Benefícios de Natureza Social
	33 - Passagens e despesas com locomoção
	11 - Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil
	35 - Serviços de Consultoria
	12 - Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Militar
	36 - Outros serviços de terceiros PF
	13 - Obrigações Patronais
	37 - Locação de mão de obra
	14 - Diárias - Pessoal Civil
	39 - Outros serviços de terceiros PJ
	15 - Diárias – Pessoal Militar
	41 – Contribuições
	16 - Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil
	42 – Auxílios
	17 - Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar
	43 – Subvenções Sociais
	18 - Auxílio Financeiro a Estudantes
	47 – Obrigações tributárias e contribuições
	19 - Auxílio-Fardamento
	51 - Obras e Instalações
	20 - Auxilio Financeiro a Pesquisadores
	52 - Equipamentos e materiais permanentes
	21 - Juros sobre a Dívida por Contrato
	61 - Aquisição de Imóveis
	22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
	92 - Despesas de Exercícios Anteriores
	23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
	93 - Indenização e restituições
	24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
	99 – A Classificar
Atividade
1. Suponha, que houve uma aquisição de material de escritório, como canetas, lápis, folhas A-4, para uso imediato nos setores administrativos. Como será a classificação desta despesa orçamentária, segundo a sua natureza?
3 - Despesa Corrente
3 - Outras Despesas Correntes
90 - Aplicações Diretas
30 - Material de Consumo
 
2. Agora como será classificada a despesa da folha de pagamento dos servidores?
3 - Despesa Corrente
1 – Pessoal e encargos sociais
90 - Aplicações Diretas
11 - Vencimentos e Vantagens Pessoal Civil
Exemplo
Agora veja exemplos de outras classificações:
3.1.90.14.00 = Despesa de Diárias Pessoal Civil;
3.3.90.39.00 = Outras Despesas Correntes, Serviços de Terceiros - PJ;
4.4.90.52.00 = Equipamentos e Material Permanente.
Estágios obrigatórios da despesa orçamentária
(VIDEO)
Os estágios da despesa orçamentária compreendem uma sequência de atividades desenvolvidas pelos órgãos públicos que inicia com a fixação da despesa indo até o seu pagamento, extinguindo assim a obrigação.
1º Estágio - Fixação
Fixar a despesa é considerado o primeiro estágio obrigatório para a realização de uma despesa orçamentária.
Este estágio é sinônimo de “planejar” a despesa na Lei do Orçamento Anual (LOA).
2º Estágio - Empenho
O empenho é o segundo estágio da despesa e pode ser conceituado conforme prescreve o Art. 58 da Lei nº 4.320/64:
O empenho da despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Os empenhos ainda são classificados em:
1. Estimativo - destinado a atender despesa de valor não quantificável durante o exercício;
2. Global - destinado a atender a despesa quantificada e de base liquidável, geralmente em cada mês, durante a fluência do exercício;
3. Ordinário - destinado a atender a despesa quantificada e liquidável de uma só vez.
3º Estágio - Liquidação
Esse é o terceiro estágio da despesa e consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito (Art. 63 da Lei n° 4.320/64).
Vale dizer que é a comprovação de que o credor cumpriu todas as obrigações constantes do contrato e/ou Nota de Empenho.
A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:
· A origem e o objeto do que se deve pagar;
· A importância exata a pagar;
· A quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
O estágio da liquidação da despesa envolve, portanto, todos os atos de verificaçãoe conferência, desde a entrada do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa.
Ressalta-se que na liquidação de despesa, por ocasião do recebimento do material, da execução da obra ou da prestação do serviço, certos cuidados especiais deverão ser observados, tais como:
· Verificação do cumprimento das normas sobre licitação ou documento formalizando a sua dispensa, ou comprovando a sua inexigibilidade;
· Verificação da conformidade com o contrato, convênio, acordo ou ajuste, se houver;
· Exame da nota de empenho;
· Comprovantes da entrega do material ou da prestação efetiva dos serviços, isto é, conferência da nota fiscal ou documento equivalente.
4º Estágio - Pagamento
O Art. 62 da Lei n° 4.320/64 estabelece que:
· O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Já o Art. 64 da citada lei define que:
· A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.
O pagamento é a última fase da despesa. Este estágio consiste na entrega de recursos equivalentes à dívida líquida, ao credor, mediante emissão de ordem bancária assinada pelo Ordenador de Despesas e pelo responsável pelo setor financeiro.
Atenção
Todos os estágios da despesa podem ser verificados e evidenciados no Balancete Analítico da Despesa, que geralmente são muito utilizados pelos gestores dos entes públicos, como ferramenta de acompanhamento da execução orçamentária. Estes balancetes poderão ser emitidos em qualquer periodicidade: diário, mensal e anual.
Restos a Pagar
Os restos a pagar constituem compromissos financeiros exigíveis que compõem a dívida flutuante e podem ser caracterizados como as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro de cada exercício financeiro.
Portanto, as despesas empenhadas, não pagas até o dia 31 de dezembro, não canceladas pelo processo de análise e depuração e, que atendam os requisitos previstos em legislação específica, devem ser inscritas em Restos a Pagar, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercício.
De acordo com o Art. 36 da Lei nº 4.320
De 17 de março de 1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, consideram-se Restos a Pagar as despesas, nos seguintes termos:
“Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.”
No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas serão inscritas em restos a pagar e constituirão a dívida flutuante. Pode-se distinguir dois tipos de restos a pagar:
	Processados
	Não Processados
	Decorrentes das despesas liquidadas. São aqueles em que a despesa orçamentária percorreu os estágios de empenho e liquidação, restando pendente, apenas, o estágio do pagamento
	Decorrentes das despesas não-liquidadas ou aquelas que dependem da prestação de serviço ou fornecimento do material.
.
Atividade
3. A última fase da despesa orçamentária, que consiste na entrega de recursos equivalentes à dívida líquida, ao credor, mediante emissão de ordem bancária assinada pelo ordenador de despesas e pelo responsável pelo setor financeiro, é denominado:
a) Empenho da despesa.
b) Fixação da despesa.
c) Pagamento da despesa.
d) Liquidação da despesa.
e) Previsão da despesa.
4. Como são classificadas as despesas orçamentárias segundo a sua natureza?
5. O que significa a nomenclatura “Restos a Pagar” na administração pública?

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