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PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO CICLO MENSTRUAL, DESENVOLVIMENTO FETAL E ANEXOS GESTACIONAIS. PALMAS 2019 CICLO MENSTRUAL O ciclo menstrual obedece às interações de hormônios produzidos na hipófise (FSH e LH) com hormônios ovarianos (estrógeno e progesterona). Os primeiros ciclos menstruais iniciam-se por volta dos 11-15 anos de idade; a primeira menstruação é chamada de menarca . Sob ação do hormônio FSH, um folículo ovariano (conjunto de células com um ovócito primário em seu interior) inicia seu desenvolvimento. O ovócito I (que se encontra em prófase I no folículo) dá continuidade à meiose e, em poucos dias, o folículo ovariano encontra-se cheio de um líquido (folículo de Graaf). Durante o desenvolvimento folicular, as células foliculares secretam estrógeno, hormônio responsável pela determinação e manutenção das características sexuais secundárias femininas (aumento da vagina e do útero; alargamento dos quadris; desenvolvimento das mamas; desenvolvimento de pêlos nas axilas e púbis). Uma outra importante função do estrógeno é provocar a proliferação das células do endométrio (camada mais interna do útero). O estrógeno ainda vai estimular a liberação do hormônio LH pela hipófise. Em menos de 24 horas aumenta-se acentuadamente a concentração de LH, que provoca a ruptura do folículo maduro (ovulação). O óvulo, capturado pelas fímbrias da tuba uterina, permanece viável por aproximadamente 30 horas (período fértil da mulher). Após o rompimento do folículo, as células foliculares dão origem ao corpo lúteo (sob ação do LH), o qual passa a produzir doses crescentes do hormônio progesterona, cuja ação acentua o espessamento do endométrio, promovendo a sua vascularização; dessa forma, cerca de 6 dias após a fecundação, o endométrio encontra-se apto a receber o embrião. A progesterona, produzida pelo corpo lúteo, passa a inibir a produção de FSH e LH pela hipófise. Com a queda do hormônio LH, o corpo lúteo regride (transforma-se em corpo albicans), que é inativo. Como conseqüência, há redução da taxa de progesterona e estrógeno; sem esses hormônios, o endométrio não se mantém e sua camada mais superficial se descama: é a menstruação (que se caracteriza por um sangramento cuja duração varia, normalmente, de três a sete dias). Com a redução da taxa de estrógeno e de progesterona, a hipófise passa a secretar mais FSH, e um novo folículo entra em desenvolvimento, recomeçando novo ciclo menstrual. O ciclo menstrual os 28 dias do ciclo estão divididos em fases com base nos eventos que ocorrem no útero e no ovário. Durante a fase lútea a temperatura basal da mulher,medida imediatamente na hora de acordar e antes de sair da cama, aumenta para 36,4° a 36,7° e se mantém elevada até a menstruação. A figura abaixo mostra a evolução do ciclo menstrual no ovário. FASES DO CICLO MENSTRUAL Fase menstrual: corresponde aos dias do ciclo em que está ocorrendo sangramento. Fase proliferativa (estrogênica): período de secreção de estrógeno pelo folículo ovariano, que se encontra em desenvolvimento. Fase secretora (lútea; progesterônica): Inicia-se após a ovulação e se caracteriza pela ação da progesterona. Nessa fase, o útero está pronto para receber o embrião (é a nidação). Fase pré-menstrual (isquêmica): período que antecede a próxima menstruação, caracterizando-se pela redução das taxas de estrógeno e progesterona, onde o endométrio deixa de receber seu suprimento sangüíneo. No final da gestação a placenta diminui a produção de progesterona e a hipófise passa a produzir doses maiores de ocitocina, hormônio que aumenta a frequência das contrações uterinas; é o momento do parto. Entre os 45 e 55 anos, o ovário perde a sensibilidade ao FSH e ao LH. Como conseqüência, os ciclos menstruais deixam de ocorrer e a mulher pode apresentar algumas sintomas desagradáveis como ondas de calor, vertigens, desconforto e dor nas relações sexuais. Essa fase de término da atividade reprodutiva recebe o nome de menopausa. GRAVIDEZ Se a mulher durante o período de ovulação tiver uma relação sexual, poderá engravidar. Através do ato sexual há o encontro do espermatozóide e do óvulo ocorrendo então a fecundação. • No momento da ejaculação, milhões de espermatozóides, adentram a vagina indo em direção as tubas uterinas. Movimento de um espermatozóide. Apenas 1 espermatozóide fecundará o óvulo liberado, tendo início já neste momento, o desenvolvimento embrionário. A célula fecundada, agora denominada célula ovo ou zigoto, vai em direção ao endométrio.Neste percurso, o zigoto sofre suas primeiras divisões celulares. Após 6 dias, o embrião se fixa no endométrio, em um processo chamado de nidação e a partir deste momento, o embrião se desenvolverá durante 40 semanas até o nascimento. GRAVIDEZ É importante saber que uma gravidez só acontece quando um óvulo recebe um espermatozóide. Vários espermatozóides no mesmo óvulo não formam bebês, formariam um ser anômalo, triplóide, que não desenvolve. Quando acontece o gêmeo é o que a gente chama de poliembrionia, não poliespermia. Poliembrionia é quando eu tenho mais de um embrião, a partir de um zigoto. O gêmeo monozigótico chamamos de poliembrionia. GRAVIDEZ Trompa de falópio Endométrio 5º dia 4º dia 3º dia Fecundação 1º dia Implantação 2º dia Massa celular interna Camada superficial de células Trofoblasto Cavidade uterina Cavidade do blastocisto Parede uterina Botão embrionário Estádio de Blastocisto Desenvolvimento do Feto A nidação marca o início da gravidez. Parede uterina Cavidade uterina PRIMEIROS SINAIS DA GRAVIDEZ Ocorre a interrupção da menstruação. Sintomas como enjôos e sensação de fadiga. Aumento dos seios e escurecimento dos mamilos. Alterações hormonais: presença do hormônio Gonadotrofina coriônica humana ou hormônio da gravidez (presente na urina e no sangue). Fecundação RESUMINDO... 12 horas 1célula 24 horas 2 células 45 horas 4 células 72 horas 16 células Formação dos anexos embrionários Parede uterina Cordão umbilical Cavidade amniótica Garantem o normal desenvolvimento da criança Placenta Âmnios Córion Cavidade uterina Placenta: tem origem no 2º mês de gestação. -Formada de tecidos do útero e do embrião. envolve a criança fazendo a comunicação entre ela e o organismo materno, sendo responsável pelas trocas entre o sangue da mãe e o sangue do filho. O feto está ligado a placenta pelo cordão umbilical, que apresentam duas artérias e uma veia. As artérias levam o sangue venoso ( rico em CO2 em excretas) do corpo do feto para a placenta, onde serão eliminados. Na placenta ocorrerá a captura do gás oxigênio e de nutrientes do sangue da mãe retornando para o feto pela veia umbilical. Formação dos anexos embrionários Sangue materno Veia fetal Artérias fetais Cordão umbilical Funções da Placenta Artéria materna Veia materna Formação dos anexos embrionários A formação dos anexos gestacionais garante o desenvolvimento normal do feto e são derivados do zigoto. Os anexos gestacionais derivam da endoderme, mesoderme e ectoderme. Os anexos são: o âmnio, o saco vitelínico, o alantoide e a placenta ou córion. O âmnio surge na segunda semana de gestação. Externamente é recoberto pela mesoderme extraembrionária que forma um pedúnculo que une a bolsa amniótica ao córion. Futuramente será o cordão umbilical. Depois o âmnio irá recobrir todo o embrião e fundir‑se ao córion. No interior da cavidade amniótica, haverá o líquido amniótico que é responsável pela lubrificação do embrião, capaz de amortecer choques e armazenar as excretas fetais. O saco vitelínico origina‑se da endoderme e forma o revestimento epitelial do tubo digestivo primitivo. O alantoide surge da evaginação do teto do saco vitelínico e contribui paraa formação do úraco e da bexiga, filamento fibroso que serve de ligação entre a bexiga e a região umbilical. Período embrionário & Período fetal Período embrionário 5 semanas 7 semanas 6 semanas 8 semanas Período fetal 9 semanas 13 semanas 17 semanas 21 semanas 36 semanas 30 semanas 25 semanas Período fetal
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