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Sistema reprodutor feminino MONITORIA DE FISIOLOGIA VETERINÁRIA II LYDIA LETICIA 2 Ovários 2 Tubas uterinas Útero Vagina Genitália Externa - vulva, clitóris e lábios vaginais As funções reprodutivas da fêmea incluem a produção de ovócitos, o fornecimento de um ambiente apropriado ao crescimento e à nutrição do feto que se desenvolve depois da fecundação de um ovócito maduro por um espermatozoide, a realização do parto e nascimento no tempo certo e a manutenção da função nutricional durante a lactação. COMPOSIÇÃO DIFERENÇAS ENTRE AS ESPÉCIES Os ovários são glândulas duplas que possibilitam o desenvolvimento dos ovócitos e a produção de hormônios. Apresentam diferentes formas nas espécies: forma de amêndoa em vacas, gatas e cadelas, cacho de uva em porcas e forma de feijão na égua. São revestidos pela túnica albugínea e abaixo dela está o córtex, onde há folículos em vários estágios de desenvolvimento. Anatomia Ovários OVULOGêNESE folicuLOGêNESE As células da teca e da granulosa que continuam no ovário, aumentam de tamanho e em metabolismo, dando origem ao Corpo Lúteo, sob ação do LH, ou seja, sofre luteinização. Essa estrutura produz progesterona para manter a gestação, mas se não houver fecundação, prostaglandinas degradam o corpo lúteo. Por causa do aumento de progesterona, os níveis de FSH e LH caem. Alguns dos folículos primordiais sofrem regressão, ou seja, atresia. Alguns dos folículos que começam a crescer e maturar a cada ciclo nunca são ovulados. Por esse motivo, a quantidade de folículos primordiais que chegam ao estágio do folículo de De Graaf e avançam até a ovulação representa uma fração muito pequena do número de folículos presentes ao nascer. Na ovulação, o ovócito é liberado com a coroa radiata. Esse processo é espontâneo em todas as espécies, exceto nas gatas, que só ovulam com o estímulo do coito. As tubas uterinas também são conhecidas como ovidutos, são dois tubos contorcidos, que conduzem os ovócitos dos ovários para o respectivo corno uterino. Nas espécies domésticas, as tubas uterinas atuam como local de fecundação. O segmento de cada tuba adjacente ao seu respectivo ovário expande-se para formar o infundíbulo e as fímbrias que se projetam de sua borda livre. As fímbrias ajudam a direcionar o ovócito para dentro do infundíbulo por ocasião da ovulação. Os lumens das tubas uterinas estão revestidos por células secretórias e células ciliadas. Essas células asseguram um ambiente propício aos ovócitos e o transporte dos espermatozoides. ANATOMIA TUBA UTERINA O útero fornece um local para o desenvolvimento do feto quando há fecundação. O útero consiste em um corpo, uma cérvice (colo) e dois cornos. O endométrio é glandular e fornece nutrientes ao embrião antes que ocorra a placentação. O miométrio é a parte muscular do útero, que é formada por células musculares lisas. Hipertrofia durante a gestação. A função principal do miométrio é facilitar a expulsão do feto durante o parto. A cérvice fica fechada para impedir a entrada de bactérias da vagina para o útero, mas abre no cio e no parto. ANATOMIA ÚTERO ANATOMIA VAGINA E GENITÁLIA EXTERNA A vagina é a parte do canal do parto localizada dentro da pelve, entre o útero e a vulva. A vagina funciona como uma bainha para o pênis masculino durante a copulação. Não possui glândulas. A vulva se estende desde a vagina até o exterior e também é chamada de Vestíbulo Vaginal. A parte externa da vulva corresponde aos lábios vaginais. O clitóris está oculto e contém tecido erétil e terminações de nervos sensoriais. Estimulação da proliferação das glândulas endometriais Estimulação da proliferação dos ductos da glândula mamária Aumento da atividade secretória dos ductos uterinos Iniciação da receptividade sexual Regulação da secreção de LH e FSH pela hipófise anterior Produzido pelos ovários, glândulas adrenais e outros tecidos. O estradiol e a estrona são os estrogênios que predominam nos animais domésticos que não estão gestantes e nos animais gestantes, respectivamente. Algumas funções são: HORMÔnioS Estrógenios Promover a proliferação das glândulas endometriais Estimular a atividade secretória do oviduto e das glândulas endometriais para fornecer nutrientes ao embrião em desenvolvimento, antes da implantação Estimular a proliferação lobuloalveolar da glândula mamária Impedir a contração do útero durante a gestação Regular a secreção das gonadotrofinas. As funções da progesterona são: HORMÔNIOS PROGESTERONA A progesterona é um hormônio sexual esteroide produzido pelo corpo lúteo, pela placenta e pelo córtex adrenal. HORMÔNIOS GONADOTROFINAS - LH e FSH Na fêmea, a função principal do FSH é estimular o crescimento dos folículos. O LH é importante para o processo ovulatório e a luteinização da granulosa – um elemento essencial à formação do Corpo Lúteo. A concentração crescente de estrogênio aumenta a sensibilidade da hipófise anterior ao GnRH e amplia a secreção das gonadotrofinas. A progesterona reduz a sensibilidade da hipófise anterior ao GnRH e as concentrações de LH e FSH diminuem. HORMÔNIOS GONADOTROFINAS - LH e FSH A teca interna possui receptores pra LH e as células da granulosa possui receptores para FSH. Sob influência do LH, a teca interna produz andrógenos que são convertidos em estrogênio pelas células da granulosa sob ação do FSH. O estrogênio estimula as células da granulosa a produzirem secreções que formam o antro, preenchido pelo líquido folicular. CICLO ESTRAL É um fenômeno cíclico observado em todos os animais, que envolve períodos regulares – embora limitados – de receptividade sexual. Proestro: Vai desde a regressão do CL até o início do estro. Nessa fase ocorre o desenvolvimento dos folículos. Há edema de vulva e descarga sanguínea. Não é receptiva ao macho. Estro: Receptividade sexual. Em cadelas por exemplo, há lateralidade da cauda e edema vulvar. Monoestrais Poliestrais Poliestrais Sazonais CICLO ESTRAL Metaestro: É rápido e ocorre logo após a ovulação onde começa a formação do CL. O FSH e LH caem devido a progesterona. Diestro: Atividade do CL até a sua regressão. Anestro: Ocorre na cadela e se caracteriza por uma fase de descanso, inatividade sexual, sem desenvolvimento folicular. Entre os animais domésticos, considera-se que os procriadores sazonais são gatas, coelhas, ovelhas e éguas. Esses animais tornam-se sexualmente inativos durante certas épocas do ano. O fotoperíodo está associado com a procriação sazonal. Éguas e gatas entram em anestro (sem ciclo estral) no fim do outono até o fim do inverno, e o ciclo volta no início da primavera, quando a luminosidade é maior. Com as ovelhas e coelhas, ocorre o oposto. Essa influência da quantidade de luz ocorre devido a produção de melatonina pela pineal e existe receptores para esse hormônio nas células do hipotálamo e nas gonadotróficas da hipófise, regulando assim a liberação de GnRH, aumentando-o ou diminuindo-o, dependendo da espécie Fotoperíodo CADELA GATA VACA ÉGUA PORCA 6O a 65 6O a 65 274 a 291 323 a 341 11O a 116 GESTAÇÃO OU PRENHES As fímbrias direcionam o ovócito até a tuba uterina e de lá é transportado para o útero por meio dos cílios e pela atividade da tuba. Já os espermatozoides ejaculados são transportados até as tubas uterinas pela motilidade acentuada dentro do útero, promovida pela secreção de ocitocina por ocasião do coito e pela presença de prostaglandinas no sêmen. Os espermatozoides destinados a fecundação, vão para os reservatórios de esperma, onde sofrem as alterações necessárias para a à penetração subsequente da zona pelúcida e à fecundação do ovócito. Essas alterações são chamadas de Capacitação. TRANSPORTE Fecundação é a fusão dos gametas masculino e feminino para formar uma única célula, ou zigoto. É necessário a motilidade e as enzimas hialuronidase e acrosina. Poliespermia: penetração de maisde um espermatozoide no ovócito e é deletéria a formação do zigoto. É impedida pela reação zonal. O espermatozoide penetra na membrana do ovócito e ocorre então a fusão dos pró-núcleos. Os zigotos permanecem na tuba uterina por 3 a 4 dias, antes que sejam transferidos para o útero. fecundação Com a formação do corpo lúteo, há a produção de prostaglandina. fecundação Tem ação imobilizante no útero. Promove o desenvolvimento do endométrio glandular que secreta o leite uterino. A fase embrionária começa quando o blastocisto se fixa no endométrio. ermina quando o blastocisto se fixa ao endométrio. O período embrionário caracteriza-se por crescimento rápido; os tecidos, órgãos e sistemas principais desenvolvem-se e os elementos principais do corpo exterior tornam-se reconhecíveis. O período fetal estende-se desse estágio até o nascimento. IMPLANTAÇÃO E PLACENTAÇÃO A implantação do embrião ocorre quando ele está fixo em sua posição e estabelece contato físico e funcional com o útero. A placentação acontece quando o embrião continua a crescer de tal forma que a difusão dos nutrientes da parede do útero para ele não é suficiente, então ocorre o desenvolvimento das membranas junto a um sistema circulatório que assegura o recebimento dos nutrientes da mãe. O cório é a membrana mais externa e a que está em contato mais direto com o endométrio. Alantóide externo está em contato com o cório. Alantóide interno está em contato com âmnio. A cavidade alantóide está em continuidade com a extremidade proximal da bexiga urinária por meio do úraco, que passa através do cordão umbilical. Líquido alantóide e é formado pela urina fetal e pela atividade secretória da membrana alantoide, também armazena as excretas fetais. O âmnio circunda o feto e contém líquido amniótico na cavidade amniótica. O líquido amniótico protege o feto contra choques externos, contra aderências e também lubrifica a cérvice no parto e é originado da urina fetal, secreções do trato respiratório, da cavidade oral e da circulação materna. Saco vitelínico está ligado ao intestino fetal e nutre-o nos estágios iniciais do desenvolvimento. ESTRUTURAS DA PLACENTA Tipos de placenta parto O feto produz cortisol. Há queda na progesterona e aumento de estrogênio. A prostaglandina 2 alfa é produzida e degrada o corpo lúteo. Isso leva a motilidade uterina. Alguns sinais do parto são: edema de vulva, saída de muco pela vagina e eliminação de um material leitoso pela mama. Alguns indícios comportamentais são típicos, inclusive inquietude, deitar-se e levantar-se frequentemente e urinar repetidamente. Momentos antes do parto: A placenta e os ovários produzem relaxina, que relaxa os ligamentos pélvicos, separando a pelve. A prostaglandina 2 alfa aumenta a contratilidade uterina e esses aumentos iniciais da contratilidade são importantes para posicionar o feto para o nascimento (apresentação) no canal pélvico. A partir dessa apresentação, a hipófise produz ocitocina, que promove maior contratilidade uterina e também promove a contração reflexa dos músculos abdominais. As contrações dos músculos abdominais e uterinos mais o relaxamento dos ligamentos pélvicos, a separação da sínfise pélvica e a dilatação da pelve, asseguram a expulsão do feto. parto O processo por meio do qual o útero volta às suas dimensões fisiológicas depois do parto é conhecido como involução uterina. Os pontos de inserção da placenta fetal ao endométrio desprendem e o endométrio exposto cicatriza, formando epitélio novo. Além da proliferação do epitélio novo, o miométrio contrai e as células encurtam. puerpério Lóquio É um corrimento uterino composto por muco, sangue, restos de membranas fluídos fetais e tecidos maternos.
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