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Por que um excesso de acomodação causa alteração nos reflexos pupilares

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Por que um excesso de acomodação causa alteração nos reflexos pupilares?
Vamos entender a função da pupila e do cristalino na Acomodação:
1) - A pupila é a abertura central da íris através da qual a luz atinge a retina. O diâmetro pupilar, controlado pelo sistema nervoso autónomo (parassimpático e simpático), varia consoante as condições de luminosidade diminuindo em condições fotópicas, enquanto aumenta em condições escotópica de modo a permitir a entrada da maior quantidade de luz possível no olho, melhorando a acuidade visual. A pupila regula a entrada de luminosidade, como o diafragma de uma câmera. Em lugares mais claros, ela se fecha, evitando uma “overdose” de luz. Já no escuro, ela se dilata. A variação vai de 2 a 8 mm de diâmetro – o que equivale a ampliar em até 30 vezes a quantidade de luz atingindo a vista.
2) A Acomodação - para que a imagem fique nítida na retina, temos que dispor de um mecanismo que faz o aumento ou a diminuição do poder dióptrico do cristalino, este mecanismo acionado pelo musculo ciliar se chama acomodação. Ela se desenvolve no primeiro mês de vida e se estabiliza entre os dois e três meses, aos seis meses já se encontra madura quando consegue estabilizar a relação AC ∕ A. Pode ser medida através da amplitude de acomodação, da flexibilidade de acomodação e das acomodações relativas positivas e negativas. Podemos também determinar através da relação entre a retinoscopia estática e dinâmica, onde deve-se manter uma diferença de +0,75 positiva na dinâmica, que é o LAG de acomodação. Esta relação permite definir se existe um excesso ou uma insuficiência de acomodação. Seu caminho pelas vias visuais, acontece a partir de uma imagem borrosa na fóvea que é conduzida ao nervo óptico até a área de Brodmann 19, no núcleo de Edindger Westphal. O corpo ciliar é inervado pelo terceiro par (motor comum) que se contrai para relaxar as zonulas de Zinn produzindo assim um abaulamento do cristalino, fazendo com que a imagem chegue nítida a fóvea.
O reflexo de acomodação é modulado comumente como um sistema de feedback que opera de maneira a aumentar ou otimizar o contraste luminoso da imagem retiniana. Quando a fixação muda de um alvo longe para perto, cada olho acomoda e ambos convergem no interesse de manter a visão binocular. O músculo ciliar, que faz a pupila contrair ou relaxar, também é responsável pela acomodação do cristalino, outra lente com alto poder de refração e focalização, através da qual os raios luminosos convergem sobre a retina. A associação desse músculo com a pupila e o cristalino torna possível focalizar um objeto próximo e, depois, outro distante numa fração de milésimos de segundos. A propósito, é o músculo ciliar que, apesar de intensamente estimulado, vai ficando cansado com o passar do tempo. Como exemplo, com um objeto iluminado com luz brilhante o tamanho da pupila diminui e a profundidade de foco aumenta. A miose ativa e a acomodação se efetuam através da via parassimpática, enquanto a midríase ativa o faz através da via simpática.
 
Nos reflexos Pupilares:
a) pupila se contrai
b) os olhos convergem
c) ocorre resposta acomodativa.
* Uma pupila pequena proporciona uma profundidade de foco relativamente grande. 
* Uma pupila grande dá lugar a uma profundidade de foco menor. 
* Enquanto que uma pupila iluminada se torna pequena ou miótica.
* Já uma iluminação menor, torna a pupila midriática ou dilatada:
No Excesso de acomodação acontece ao contrário, o sistema visual consegue focar em visão de perto, porém não relaxa o suficiente para focar longe. Isto ocorre porque o cristalino está produzindo muito poder de acomodação, ou seja, miopizando fazendo a refração dinâmica ficar mais negativa. Pessoas com esse problema podem ter visão borrada para longe após atividades de perto, inclusive, o uso excessivo da visão de perto, assim como em computadores e celulares, pode provocar o aumento da miopia ou até mesmo induzir uma miopia inexistente (pseudomiopia).
Controlando o diâmetro pupilar, o olho consegue regular a quantidade de luz que entra no olho em até 30 vezes. Este diâmetro é controlado pela ação de dois músculos antagónicos: o músculo esfíncter da pupila de forma circular, localizado na margem da íris e inervado pelo parassimpático promovendo a constrição da pupila; e o músculo dilatador da íris que corre radialmente à íris até ao bordo periférico do esfíncter da pupila e que tem inervação simpática da qual resulta a dilatação da pupila. O reflexo fotomotor, corresponde à contração pupilar em resposta à luz, tendo como função ajudar o olho a adaptar-se de forma muito rápida às mudanças das condições de luminosidade. A via aferente deste arco reflexo inicia-se quando os raios luminosos atingem a retina, prosseguindo pelo nervo ótico (1º neurónio) passando pelo quiasma e fita ótica até um pouco antes do corpo geniculado lateral, onde cerca de 10% das fibras nervosas se desviam e seguem até aos núcleos pré-tectais (cada núcleo recebe informação de ambos os olhos devido ao cruzamento das fibras nasais no quiasma ótico). De cada um dos núcleos surgem axónios (2º neurónio) que se dirigem ipsilateral e contralateralmente para ambos os núcleos de Edinger Westphal. Esta conexão bilateral é a razão pela qual ambas as pupilas têm geralmente o mesmo tamanho e constitui a base teórica para o reflexo fotomotor consensual, que corresponde à contração da pupila após a iluminação do olho contralateral. Dos núcleos Edinger-Westphal parte a via eferente parassimpática, mediada pela acetilcolina. Destes surgem fibras pré-ganglionares (3º neurónio) que compõem a porção visceral do nervo motor ocular comum e sinapsam no gânglio ciliar homolateral, situado posteriormente ao globo ocular. Do gânglio surgem fibras pós-ganglionares que, através do nervo ciliar (4º neurónio), vão inervar o músculo esfíncter da pupila levando à sua constrição. Caso a pessoa se encontre na escuridão este reflexo é inibido. O nervo ciliar inerva também o músculo ciliar, responsável por controlar o foco do cristalino, sendo por isso, importante também no reflexo da proximidade, constituído pela tríade: acomodação do cristalino, convergência dos globos oculares e constrição pupilar. No entanto, a origem deste reflexo advém dos centros corticais diretamente para os núcleos de Edinger Westphal, não passando pelos núcleos pré-tectais, o que pode ajudar a diferenciar o local de determinadas lesões.
Concluo que pelo sistema nervoso autónomo, a miose ativa e a acomodação se efetuam através da via parassimpática, enquanto a midríase ativa através da via simpática. A inervação dos músculos ciliares que atuam na pupila, fazendo com a mesma efetue midríase e miose, também realizam a contração e o relaxamento do cristalino na acomodação. Se há um excesso da acomodação a pupila não fará sua função que é provocar a miose controlando o fluxo de luz e por sua vez altera o teste dos reflexos pupilares. Esse mecanismo ocorre nas vias aferentes e eferentes, que são vias de duplo sentindo, ou seja, que vai e volta, onde a pupila estimula a acomodação e por sua vez a acomodação estimula a pupila, então em excesso de acomodação, por definição, a pupila estaria em excesso também, o que faria com o que seu reflexo se demonstrasse lento ou com menor amplitude.

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