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1.Quais partes da gengiva são compostas por tecido epitelial queratinizado? R: Porção vestibular da gengiva marginal e toda a extensão da gengiva inserida CORRETO Queratina está presente apenas nas áreas da gengiva que estão voltadas para a cavidade bucal 2. Qual a composição do periodonto de proteção ? R: composto pela gengiva, corresponde parte da mucosa mastigatória que recobre processo alveolares dos maxilares e circunda a porção cervical dos dentes. 3. Qual a composição do periodonto de sustentação? R: E Periodonto de Sustentação/Inserção composto por, osso alveolar, cemento, ligamento periodontal 4. Gengiva marginal ou gengiva livre. Explique. R: localizada próxima a linha amelocementária, ou junção esmalte-cemento e recobre parte da cervical dos dentes. 5. Sulco Gengival. R: formado pela superfície dental e parte da gengiva marginal, é um espaço encontrado ao redor dos dentes. Em condições de saúde o sulco deve medir 3,0mm. 6. O que se encontra no espaço do sulco gengival? R: um fluido sulcular ou crevicular. Contém células de defesa(neutrófilos) e citosinas, contra agente infecciosos como bactérias, e células descamadas. Em um processo inflamatório esse fluído está aumentado. (lavagem mecanica) 7. Gengiva Inserida. R: tecido que recobre o processo alveolar. Tem textura de pontilhado de casca de laranja é rósea pálida, tem textura firme e está aderida ao cemento adjacente e periósteo. Geralmente maior na região dos incisivos e mais estreita nos dentes posteriores. 8. Gengiva Interdental ou Papilar. R: Localizadas nos espaços interproximais dos dentes, geralmente com formato piramidal a região anterior e trapezoidal na região posterior. na presença de DIASTEMAS pode se apresentar arredondada. 9. Gengiva. R: Epitélio escamoso ou pavimentoso estratificado (várias camadas de células). denominado epitélio gengival e tecido conjuntivo rico em fibras colágenas (*tecido conjuntivo tem como função sustentação e preencher os espaços entre os tecidos). 10.Epitélio Gengival. (todo periodonto de proteção) R: A principal função do epitélio gengival é atuar como uma barreira contra microorganismos e traumas. Apresenta várias camadas. A principal célula que compõe é o QUERATINÓCITO ( síntese de queratina), células de Langerhans, de Merkel, Melanócitos e células inflamatórias. 11. Quais são as camadas do Epitélio Gengival? ❖ Camada BASAL: a proliferação das células acontecem por MITOSE, sofrem um processo de diferenciação caracterizado pelo achatamento das células, síntese de grânulos de queratina e redução ou desaparecimento de núcleo. Contém MELANÓCITOS. ❖ Camada ESPINHOSA: Contém Melanócitos (síntese do pigmento melanina) ❖ Camada GERMINATIVA: ❖ Camada CÓRNEA: Epitélio queratinizado, que garantem proteção e impermeabilização ao tecido. 12. Divisão do Epitélio gengival. R: EPITÉLIO ORAL OU EXTERNO: apresenta descamação constante caracterizada pela maturação de queratinócitos da camada córnea e divisão mitótica de células da camada basal. EPITÉLIO SULCULAR: pavimentoso estratificado não queratinizado portanto não apresenta as camadas CÓRNEA E GRANULOSA. EPITÉLIO JUNCIONAL: aderido a superfície dental, através de hemidesmossomos na região da linha amelocementária formando o fundo do sulco gengival. renovação celular de 1-6 dias. 13. TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL. R: inervado e ricamente vascularizado, é responsável pela nutrição e manutenção do epitélio gengival. principal característica são as fibras colágenas. ❖ FIBRAS DENTOGENGIVAIS: inseridas no cemento radicular, e se protegem em direção a gengiva marginal. 14.BIOFILME DENTAL. R:Comunidade microbiana diversificada, incorporada à uma matriz de polissacarídeos extracelulares (carboidratos e açúcares) e aderida à uma superfície dura. 15. Para a formação e desenvolvimento do biofilme dental é importante que haja alteração do meio, que passa a ser anaeróbio, permitindo a adesão de novas espécies bacterianas. (CORRETO) R: A ausência de oxigênio no meio permite a adesão e multiplicação de bactérias Gram negativas anaeróbias, presentes nos complexos laranja e vermelho. 16.A resposta inflamatória presente nas doenças periodontais tem caráter crônico. O aumento de mediadores químicos pró-inflamatórios também contribui para a perda de estruturas periodontais, já que proporcionam alteração no comportamento de células como osteoclastos, osteoblastos e fibroblastos. CORRETO R: A resposta inflamatória é importante no controle da agressão bacteriana. Porém, o aumento de mediadores inflamatórios, quando próximos às estruturas de suporte, alteram o comportamento das células aí encontradas contribuindo para a perda de inserção. 17. ETIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS. R: Na Gengivite, a lesão inflamatória encontra-se apenas na gengiva. Já nas Periodontites, há comprometimento do ligamento periodontal e osso alveolar, resultando em perda clínica de inserção. A placa bacteriana é o principal fator etiológico da doença periodontal 18.FATORES DE RISCO PARA DOENÇA PERIODONTAL R: A presença dessas bactérias são fatores de risco para doença periodontal, Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia. Outros tipos bacterianos: Fusobacterium nucleatum, Prevotella intermedia, Treponema denticola, Campylobacter rectus também estão relacionadas às doenças periodontais. 19. DOENÇA PERIODONTAL FATORES DE RISCO - TABAGISMO R: Diversos estudos demonstram que a profundidade de bolsa e a perda de inserção são mais prevalentes em fumantes quando comparados aos não fumantes. Apesar de não modificar a taxa de acúmulo de biofilme, nos fumantes, a colonização de bolsas periodontais por patógenos periodontais está aumentada e os neutrófilos apresentam alterações funcionais na quimiotaxia e fagocitose. 20.DOENÇA PERIODONTAL FATORES DE RISCO - DIABETES R: Evidências científicas indicam que o diabetes altera a resposta dos tecidos periodontais frente às agressões locais, acelera a reabsorção óssea e retarda a cicatrização dos tecidos periodontais pós terapia. Cabe ressaltar, que o controle glicêmico do diabetes é um fator importante para tal relação. 21.CORRETO R: O início e desenvolvimento das doenças periodontais depende da presença de bactérias e da resposta imunológica e inflamatória do indivíduo. Portanto, a doença periodontal irá progredir caso a resposta imune não seja adequada para a agressão bacteriana. 22. FURCA R: A doença periodontal também pode comprometer esta área ao desencadear a perda óssea entre as raízes. Esta condição, denominada lesão ou envolvimento de furca, é diagnosticada pela sondagem (sonda Nabers) LESÃO DE FURCA: a presença de lesão ou envolvimento de furca não indica, obrigatoriamente, a exodontia do elemento dental TRONCO RADICULAR:. Na presença de lesão de furca, esta distância é importante para a escolha da terapêutica periodontal e prognóstico do dente. 23. PROJEÇÃO CERVICAL DO ESMALTE R: é o prolongamento do esmalte em direção à raiz dental. Se estende da linha amelocementária.em direção à furca, não apresenta inserção de fibras colágenas, neste sítio ocorre às custas do epitélio juncional. 24. CONCAVIDADES RADICULARES R: Na presença de doença periodontal, geralmente associada a perda de inserção, ou seja, reabsorção das estruturas de suporte dental, a concavidade, por ser uma depressão na raiz, facilita o acúmulo do biofilme dental. Quando localizadas próximas à divisão das raízes nos dentes multirradiculares, são chamadas de pré furca. 25. I - Os molares inferiores apresentam duas raízes, denominadas mesial e distal. Quando há perda óssea entre as raízes, ou seja, envolvimento de furca, a avaliação deve ser feita com a sonda Nabers. Apenas a frase I estácorreta CORRETO 26. EXAME CLÍNICO PERIODONTAL R: Portanto, o exame clínico permite estabelecer o diagnóstico das doenças periodontais, determinar a gravidade do caso, prever os procedimentos necessários para tratamento e estabelecer, com reserva, o prognóstico. 27. Exame Periodontal Simplificado (PSR - "Periodontal Screening and Recording") R: PSR - Determina a necessidade de tratamento periodontal. Permite identificar profundidades clínica de sondagem aumentadas ou bolsas periodontais. Não informa se há perda de inserção, por isso não determina o diagnóstico de doenças periodontais. A BOCA SERÁ DIVIDIDA EM SEXTANTE,Será registrado para cada sextante apenas um código, que corresponde a pior condição periodontal encontrada nos dentes que compõem o sextante. Sextante A (Dentes 18-14) Posterior Superior Direito Sextante B (Dentes 13-23) Anterior Superior Sextante C (Dentes 24-28) Posterior Superior Esquerdo Sextante F (Dentes 48-44) Posterior Inferior Direito Sextante E (Dentes 43-33) Anterior Inferior Sextante D (Dentes 34-38) Posterior Inferior Esquerdo 28. CÓDIGO DE ACORDO COM O GRAU DE DESENVOLVIMENTO PERIODONTAL. -CODIGO 0 R: Faixa colorida da sonda totalmente visível, ausência de sangramento gengival, ausência de cárie ou restauração em excesso ou cálculo dental. -CÓDIGO 1 R: Faixa colorida da sonda totalmente visível, presença de sangramento gengival, ausência de cárie ou restauração em excesso ou cálculo dental. Presença de doença periodontal -CÓDIGO 2 R: Faixa colorida da sonda totalmente visível, pode ou não ocorrer sangramento gengival, presença de cárie e/ou restauração em excesso e/ou cálculo dental. -CÓDIGO 3 R: Faixa colorida da sonda está parcialmente visível. Indica que, no sextante, há bolsa de 4,0mm e/ou 5,0mm. ( RESTAURAÇÃO DEVE SER FEITA COM IONÔMERO DE VIDRO, CASO HAJA CÁRIE E RESTAURAÇÃO EM EXCESSO) -CÓDIGO 4 R: Faixa colorida da sonda não é visível. Indica presença de bolsas periodontais que medem no mínimo 6,0mm. -CÓDIGO * R: Indica condições como supuração (presença de pus), mobilidade dental, envolvimento de furca, problemas mucogengivais (exemplo: inserção alta de freios e bridas), retração gengival superior a 3,5mm. Este código vem sempre acompanhado de um valor numérico. Exemplo: Sextante A – exame de PSR indicou código 3, porém, o dente 14 apresenta mobilidade. Portanto, para este sextante, será aferido código 3* 29. EXAME PERIODONTAL DETALHADO (QUANDO Á A DOENÇA PERIODONTAL) R: Este exame é realizado com a SONDA MILIMETRADA Carolina do Norte (15,0mm). Cada marcação na sonda corresponde a 1,0mm. Existem 3 faixas escuras. A primeira inicia em 4,0mm e termina em 5,0mm; a segunda, 9,0mm até 10,0mm; a terceira, 14,0mm a 15,0mm. OBJETIVO; DETERMINAR O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA 30. SERÃO AVALIADOS 6 SÍTIOS mésiovestibular, centro da vestibular, distovestibular, mesiolingual (ou mesiopalatino), centro da palatina, distolingual (ou distopalatino). 31.EM CADA SÍTIO SERÃO OBTIDOS 3 MEDIDAS R: Distância da junção esmalte-cemento (JEC) a margem gengival (MG);permite identificar os sítios com hiperplasia gengival (margem gengival se encontra coronária a JEC), normalidade (JEC e MG são coincidentes), retração gengival (MG está apical à JEC). R:Profundidade clínica de sondagem (PCS); corresponde à distância entre a MG e o fundo do sulco / bolsa periodontal (ou seja, até o epitélio juncional). Medidas até 3,0mm indicam sulco gengival. Já as medidas superiores a 3,0mm, bolsa periodontal. R:Nível clínico de inserção (NCI); corresponde à distância entre JEC e fundo do sulco / bolsa periodontal. Deste valor, subtrai-se 3,0mm para a identificação dos sítios que apresentam perda de inserção. 32. EXAME DE FURCA R: Realizado com a SONDA NABERS nos dentes que apresentam furca, ou seja, dentes bi ou tri radiculares. Dependendo da dimensão da perda óssea nas áreas entre as raízes, as lesões ou os envolvimentos de furca serão classificados em grau I, II e III. 33. CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO DE FURCA. GRAU I: sondagem horizontal da área da furca mostra perda óssea de até 1/3 da largura do dente. GRAU II: sondagem mostra perda óssea que ultrapassa 1/3 da largura do dente, mas não houve comprometimento de toda a furca. GRAU III: sondagem mostra que o tecido de suporte da região da furca foi perdido, permitindo a passagem da sonda Nabers de um lado a outro do dente 34.Todos os dentes, graças às fibras do ligamento periodontal, apresentam mobilidade fisiológica. Porém, esta mobilidade pode estar aumentada em função da perda de estruturas periodontais de suporte ocasionadas pela doença periodontal. AVALIADA EM: R: GRAU 1: dente se movimenta no sentido horizontal, amplitude deste movimento mede até 1,0mm GRAU 2: movimento do dente no sentido horizontal com amplitude superior a 1,0mm GRAU 3: movimento do dente nos sentidos horizontal e vertical. 35.Paciente compareceu à clínica com queixa de sangramento gengival. Presença de biofilme e cálculo dental em abundância. Ausência dos dentes posteriores. No exame clínico periodontal, dentes 12, 11, 21 e 22 apresentaram hiperplasia gengival = 1,0mm e profundidade clínica de sondagem (PCS) = 5,0mm. Dentes 41 e 42 com retração gengival = 1,0mm e PCS = 3,0mm. Dentes 33 e 43 apresentaram hiperplasia gengival = 2,0mm e bolsa periodontal = 4,0mm. Demais dentes, PCS = 2,0mm sem alteração da posição da margem gengival. R: Os dentes 33 e 43, apesar da bolsa periodontal = 4,0mm, não apresentam perda de inserção. CORRETO Dentes 33 e 43 apresentam NCI = 2,0mm. Portanto, a profundidade de sondagem aumentada não está associada a perda de inserção, caracterizando bolsa periodontal falsa ou pseudobolsa 36. EXAME COMPLEMENTAR RADIOGRÁFICO R: Identificar na imagem radiográfica as características de normalidade e doença do periodonto. 37. OBSERVAÇÕES RADIOGRÁFICAS DE INTERESSE EM PERIODONTIA R: Quantidade de tecido ósseo presente; Perda óssea na região de furca; Fatores locais que interferem nas doenças periodontais; Comprimento e morfologia radicular; Condições patológicas. 38. LIMITAÇÃO DO EXAME RADIOGRÁFICO R: Sobreposição de imagens; Visualização deficiente dos defeitos ósseos; O nível ósseo, o padrão trabecular e o contorno marginal são influenciados pela técnica; Não mostra a relação entre tecido mole e tecido duro: as profundidades dos sulcos / bolsas periodontais. 39. O exame radiográfico auxilia na definição do prognóstico das condições de doenças periodontais porque permite avaliar o remanescente de inserção óssea dos dentes comprometidos. CORRETO Limitações do exame radiográfico: sobreposição de imagens que pode acontecer nas tomadas de áreas de furca e defeitos ósseos verticais. 40. DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS. Identificar e relacionar as alterações clínicas às doenças periodontais 41.Segundo a Academia Americana de Periodontologia, AS DOENÇAS PERIODONTAIS SÃO CLASSIFICADAS EM: R:1- SAÚDE PERIODONTAL, CONDIÇÕES E DOENÇAS GENGIVAIS 1.2 - GENGIVITE INDUZIDA PELO BIOFILME 1.3 - DOENÇAS GENGIVAIS NÃO INDUZIDAS PELO BIOFILME 2. PERIODONTITE 2.1 - DOENÇAS PERIODONTAIS NECROSANTES 2.2 - PERIODONTITE SEVERIDADE: Estágio I, Estágio II e Estágio III 3. OUTRAS CONDIÇÕES QUE AFETAM O PERIODONTO 42. GENGIVITE INDUZIDA PELO BIOFILME É caracterizada pela inflamação gengival causada pela presença de bactérias no sulco gengival Sangramento gengival ● Edema (inchaço ou aumento do volume gengival) ● Eritema (coloração avermelhada) ● Mudança de forma ou contorno ● Eventualmente, formação de pseudobolsa ou falsa bolsa Graças a estas alterações, o sangramento gengival é um sinal clínico bastante comum nos casos de gengivite. A coloração mais avermelhada da gengiva se deve ao aumento da vascularização do tecido conjuntivo gengival e redução da queratinização do epitélio oral ou externo.Também há uma alteração da composição do tecido conjuntivo que apresenta infiltrado inflamatório intenso e menor número de fibras colágenas. 43. GENGIVITE ASSOCIADA SOMENTE AO BIOFILME Dividida em 3. - gengivite em periodonto íntegro - gengivite em periodonto reduzido - gengivite em periodonto reduzido tratado periodontalmente 44. PERIODONTITE Doença periodontal caracterizada pela perda de inserção, ou seja, há reabsorção do osso alveolar, perda das fibras do ligamento periodontal e contaminação do cemento radicular. BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS ANAERÓBIAS ESTRITAS NO INTERIOR DA BOLSA PERIODONTAL. O principal fator causador da Periodontite é a associação biofilme / cálculo. Está associada a vários tipos bacterianos (Gram negativas anaeróbias). Pode ser modificada por doenças sistêmicas como diabetes e infecção por HIV, fatores ambientais como fumo e estresse. Aspecto radiográfico: perdas ósseas horizontais. Apresenta evolução lenta a moderada, com possíveis episódios de destruição rápida.. 45. SINAIS CLÍNICOS DA PERIODONTITE. Presença de bolsa periodontal associada a perda de inserção. Sangramento à sondagem Edema Coloração mais avermelhada do tecido gengival. 46. SEVERIDADE, ESTÁGIOS 1, 2 e 3. 1. Estágio I Perda clínica de inserção: 1-2 mm de perda de inserção interproximal Características secundárias: profundidade de sondagem de até 4 mm. 2.Estágio II Perda clínica de inserção: 3-4 mm de perda de inserção interproximal. Fatores que modificam o estágio: profundidade de sondagem de até 5mm. 3.Estágio III Perda clínica de inserção: 5 mm ou mais de perda de inserção interproximal no pior sítio ou perda óssea radiográfica se estendendo à metade ou ao terço apical da raiz. Fatores que modificam o estágio: profundidade de sondagem de 6 mm ou mais, com perda dental devido à periodontite em até 4 dentes. Pode ter perda óssea vertical de até 3 mm, lesões de furca grau II ou III e defeito de rebordo moderado. 47. EXTENSÃO Localizada: até 30% dos dentes afetados com perda de inserção Generalizada: 30% dos dentes ou mais afetados com perda de inserção Padrão molar/incisivo: perda de inserção localizada apenas em molares e incisivos 48. Na Periodontite Estágio II, o biofilme dental tem papel importante porque desencadeia processo inflamatório com aumento de mediadores ou citocinas pró inflamatórios no local. Estas citocinas também contribuem para a perda de inserção. CORRETO Mediadores ou citocinas pró inflamatórias desencadeiam alteração do comportamento de alguns tipos celulares como: fibroblastos, osteoblastos e osteoclastos contribuindo para a perda de estruturas de suporte dental. 49. PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL. R: O plano de tratamento deve ser elaborado com o objetivo de estabelecer e manter a saúde periodontal. O resultado final, muitas vezes, requer a inclusão de outras especialidades odontológicas. Grande parte da terapia periodontal tem o foco na eliminação da infecção/inflamação, contribuindo não só com a saúde do periodonto, mas também com a saúde sistêmica do indivíduo. é estabelecido de acordo com cada diagnóstico e deve ser planejado em fases. Com o término de cada fase, o paciente deverá ser reavaliado para se estimar uma resposta ao tratamento, podendo ou não haver modificações no planejamento inicial. 49.1 PRIMEIRA ETAPA DO TRATAMENTO. R: À ANAMNESE E EXAME CLÍNICO. Durante a anamnese, deve-se coletar dados sóciodemográficos, histórico de alergias, presença de doenças infectocontagiosas, alterações metabólicas, hormonais e cardiovasculares, tratamentos médicos recentes e uso de medicações. Após anamnese, é feito um exame clínico e radiográfico para que sejam coletados dados necessários para o estabelecimento de um diagnóstico e prognóstico (predição da evolução, duração e desfecho provável da doença). 49.2 Ciente do diagnóstico, a sequência do plano envolve as seguintes fases: Procedimentos básicos, Reavaliação, Reintervenção (cirúrgica ou não), Controle e manutenção. 50. PROCEDIMENTOS BÁSICOS FASE1 podem ser realizados os seguintes procedimentos: RASPAGEM SUPRA E SUBGENGIVAL; REMOÇÃO DOS FATORES IRRITATIVOS; RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS; DESGASTES OCLUSAIS PRÉVIOS; INTEGRAÇÃO CLÍNICA (EXODONTIA, PRÓTESE PROVISÓRIA, TRATAMENTO ENDODÔNTICO). O objetivo desta fase do tratamento é eliminar os fatores etiológicos microbianos, assim como controlar as condições que contribuem para as doenças gengivais e periodontais, evitando a progressão das doenças e permitindo o retorno a um estado de saúde, conforto e função.o controle do biofilme dental, principal agente da inflamação gengival. Além da ORIENTAÇÃO DE HIGIENE BUCAL e MOTIVAÇÃO do paciente,de acordo com a necessidade, podem ser realizados os seguintes procedimentos o controle do biofilme dental, principal agente da inflamação gengival. 51. REAVALIAÇÃO FASE2 Compreende as seguintes manobras: refazer a anamnese (história médica); reavaliar fatores de risco; novo exame clínico periodontal. Se a doença periodontal estiver controlada, a próxima fase será Controle e Manutenção (Fase III). Caso ainda haja sinais de inflamação periodontal (sangramento) e profundidades clínicas de sondagem aumentadas, pode-se optar por nova intervenção como CIRURGIAS PERIODONTAIS (Fase II) com o objetivo de reduzir bolsas periodontais e promover maior facilidade para controle de biofilme pelo paciente. 52. CONTROLE E MANUTENÇÃO FASE3 são realizados controle do biofilme (OHB/motivação), novo exame clínico, reavaliação da anamnese (história médica) e dos fatores de risco. 53. Os procedimentos realizados durante o tratamento periodontal visam principalmente a remoção ou controle do biofilme dental. Porém, a atuação do profissional deve estar relacionada também às condições locais que podem influenciar na progressão das doenças periodontais. Analise e assinale a alternativa que contém as condições clínicas pertinentes ao tratamento periodontal: (a) contato interproximal inadequado; (b) força oclusal excessiva; (c) concavidades radiculares; (d) restauração oclusal mal adaptada. (a) e (b) CORRETO Contato interproximal inadequado favorece a impacção de alimentos e dificulta a higiene. A força oclusal excessiva, quando associada à doença inflamatória, pode resultar no aumento de destruição periodontal. Portanto, no tratamento periodontal, devem ser realizadas restauração provisória e ajuste oclusal. 54. INSTRUMENTOS PERIODONTAIS A angulação da haste e formato da lâmina determinam os diferentes tipos de raspadores periodontais: lima, enxada, cinzel, foice e cureta. 54.1 FOICE Indicada APENAS para raspagem SUPRAGENGIVAL. Promove a remoção de grande massa de cálculo dental, principalmente das áreas interproximais. 54.2 CURETA Instrumento periodontal indicado para raspagem e alisamento coronário - radicular. 55.3 CURETA PERIODONTAL UNIVERSAL A cureta UNIVERSAL, por apresentar dois ângulos de corte, está indicada apenas para raspagem SUPRAGENGIVAL 55.4 CURETA PERIODONTAL ESPECÍFICA É indicada para raspagem SUPRAGENGIVAL e SUBGENGIVAL pois apresenta apenas um ângulo de corte. 56. Assinale a alternativa que contém todos os instrumentos periodontais indicados para raspagem subgengival do 21 e supragengival do 44. CORRETO Curetas específicas estão indicadas para raspagem supra e subgengival. Já a cureta McCall, somente para raspagem supragengival 57. CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME R: Conhecer técnicas de higiene bucal para controle do biofilme e promoção de saúde Loe et al. (1965) desenvolveram um modelo de gengivite experimental que permitiu estabelecer uma correlação positiva entre o acúmulo de biofilme dental e o desenvolvimento de gengivite. Após 7 - 21 dias sem a realização de procedimentos para controle de biofilme, foi possível notar uma condição inflamatória do tecido gengival - Gengivite. Esta condição foi revertida com a execução de medidas de controle do biofilme como escovação eprofilaxia. 58. ESCOVA DENTAL R: Profissionais de Odontologia são unânimes ao indicar escova com cerdas macias e extramacias, já que não causam injúrias ao tecido gengival e desgaste dental. Além disso, a escova ideal tem cabeça pequena e filamentos de nylon com pontas arredondadas organizados em tufos. A substituição da escova deve ser feita a cada 3 - 4 meses.Profissionais de Odontologia são unânimes ao indicar escova com cerdas macias e extramacias, já que não causam injúrias ao tecido gengival e desgaste dental. Além disso, a escova ideal tem cabeça pequena e filamentos de nylon com pontas arredondadas organizados em tufos. A substituição da escova deve ser feita a cada 3 - 4 meses. 59.TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO R: Técnica de Bass: “VARREDURA” e Técnica de Fones: Dentes topo a topo, consiste de movimentos circulares suaves envolvendo as superfícies dos dentes superiores e inferiores. 60. ESCOVA ELÉTRICA R: principalmente para indivíduos com limitação física ou hospitalizados. Em algumas situações, este tipo de escova serve como motivação para a higiene bucal. A escova manual, convencional ou elétrica, proporciona a remoção do biofilme apenas das faces livres (vestibular e lingual/palatina). Portanto, deve ser associada a outros métodos que permitem a higiene das áreas interproximais: fio ou fita dental, escova interdental (interproximal), escova unitufo (bitufo). 61. FIO OU FITA DENTAL R: Pode ser de nylon, teflon, encerado, não encerado, grosso, fino, aromatizado. Todos são eficientes na remoção do biofilme. A escolha do fio depende da preferência e facilidade de uso pelo indivíduo. O fio dental deve higienizar toda a superfície proximal, incluindo a área subgengival. 62. ESCOVA INTERDENTAL OU INTERPROXIMAL Técnica: Cerdas da escova interdental inseridas através dos espaços interproximais, golpes curtos com pequenos movimentos deslizando a escova perpendicularmente em relação aos dentes em um movimento de fora para dentro da boca. A escova deve deslizar facilmente, sem qualquer pressão. Geralmente, áreas com perda de inserção e retração gengival significativas apresentam superfícies radiculares côncavas ou furcas expostas. 63. ESCOVA UNITUFO R: É uma alternativa para o controle do biofilme de áreas com grande retração gengival e/ou abrasão dental, dentes mal posicionados no arco dental (exemplo: apinhamento dental) e concavidades radiculares. Pacientes em tratamento ortodôntico e portanto, portadores de brackets e arco metálico, também podem utilizar este método para higiene de faces livres dos dentes. 64 .O controle mecânico do biofilme dental pelo paciente é primordial para o sucesso do tratamento periodontal, já que aliado à raspagem, proporciona redução da agressão bacteriana ao periodonto. Em relação aos métodos mecânicos de controle do biofilme, assinale a alternativa correta: É importante indiviualizar a técnica de escovação para cada paciente, respeitando as limitações de cada indivíduo CORRETO R: A escolha da técnica de escovação depende da habilidade do indivíduo e da condição bucal apresentada. Exemplo: perda de estrutura periodontal nas proximais geralmente indica uso de escova interdental 65. CONTROLE QUÍMICO DO BIOFILME DENTAL R: O controle mecânico do biofilme dental é obtido com escovação correta e uso de fio/fita dental, e pode ser complementado com agentes químicos como triclosan, cloreto de cetilpiridínio, óleos essenciais, agentes oxidantes e clorexidina. O agente químico deve apresentar: 1) segurança, ou seja, não deve ser tóxico ou induzir à reação alérgica, 2) sabor agradável e facilidade de manipulação, 3) eficácia na redução dos níveis de biofilme dentário e gengivite, 4) especificidade para a microbiota relacionada às periodontopatias e 5) boa substantividade, ou seja, capacidade de permanecer na cavidade bucal por período de tempo suficiente para exercer seus efeitos. 66. TRICLOSAN R: Encontrado em dentifrícios, tem capacidade de reduzir biofilme e gengivite (ação anti inflamatória). Está associado a outras substâncias como citrato zinco ou copolímero éter polivinilmetil do ácido maléico. Apresenta efeito antimicrobiano moderado com duração de aproximadamente 5 horas. 67. CLORETO DE CETILPIRIDÍNIO (CEPACOL - ENXAGUANTE BUCAL) R: Antimicrobiano que atua na parede celular microbiana, apresenta amplo espectro de ação e rápido efeito bactericida em microrganismos Gram positivos e fungos. São adsorvidos às superfícies bucais, porém apresentam baixa substantividade, já que 3 horas após o bochecho, não apresenta mais efeito. 68. ÓLEOS ESSENCIAIS (ANTISSÉPTICOS) R: Os óleos essenciais rompem a membrana celular de bactérias, resultando em morte celular. Também inibem a atividade enzimática de microrganismos e reduzem a patogenicidade da placa. Apresentam baixa substantividade. 69. CLOREXIDINA (PERIOGARD) R: Apresenta atividade antimicrobiana de amplo espectro contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, fungos e alguns vírus. Pode ser bacteriostática ou bactericida, dependendo da sua concentração e a espécie bacteriana envolvida. Atua na membrana celular das bactérias, tem capacidade de reduzir a formação do biofilme dental e gengivite Apresenta alta substantividade, por isso é indicado o bochecho com clorexidina a cada 12 horas. São comuns alguns efeitos adversos como manchamento dos dentes e alteração do paladar. A ação da clorexidina é inibida pelo lauril sulfato de sódio, detergente encontrado nos dentifrícios. Por isso, é necessário um intervalo de pelo menos 30 minutos entre a escovação e o bochecho com clorexidina. 70.Sabe-se que a clorexidina é sem dúvida o mais eficiente enxaguatório no momento. Dentre as características que apresenta, pode-se afirmar que: I - Apresenta maior substantividade II - Manchamento de língua e dentes são fatores de contra-indicação III - Substantividade não tem nenhuma relevância na escolha deste enxaguatório IV- É tóxica V - A ação antiplaca parece estar intimamente ligada a persistência prolongada na superfície dos dentes Apenas as frases I, II e V estão corretas CORRETO Efeito da clorexidina tem duração de 12 horas, ou seja, alta substantividade. Mas, não deve ser utilizada rotineiramente porque apresenta efeitos colaterais como o manchamento de dentes e língua
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