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Crimes contra administração

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Crimes contra a administração da justiça
Conceito
Reingresso de estrangeiro expulso
Trata-se do ato da pessoa que foi expulsa de ingressar novamente no território nacional. O objetivo da norma é proteger os atos da administração pública.
O Sujeito ativo é estrangeiro expulso. O sujeito passivo, por sua vez, é o Estado.
O crime consuma-se quando o estrangeiro expulso regressa ao território nacional. Admite-se a tentativa.
Denunciação caluniosa
Exige-se uma falsa imputação de um fato preciso e determinado, considerado crime, visando uma pessoa determinada ou determinável.
Trata-se do ato de “dar causa”, ou seja, motivar, fazer nascer algo.
O Objeto jurídico do crime é o interesse da Justiça, bem como a liberdade e honra do imputado.
Forma de praticar:
· Direta: o agente apresenta a notícia verbalmente ou por escrito;
· Indireta
· Denúncia anônima;
· Contar um fato a terceiro de boa-fé para que este o leve a conhecimento da autoridade.
· Colocar um objeto ilícito, por ex. entorpecente, no carro de alguém e denunciar a pessoa.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive o promotor, o delegado e o Juiz quando tenham conhecimento da falsidade da imputação.
Quando for crime de ação penal privada ou pública condicionada, entende-se que apenas o ofendido pode ser o agente da denunciação caluniosa.
A iniciativa deve vir de ato do próprio agente, pois, se este fizer uma acusação em razão de questionamento de outra pessoa, não haverá crime.
Não se exige a instauração de Inquérito Policial (IP) para consumação, o simples início das investigações, consuma o crime (Entendimento não pacífico).
Comunicação falsa de crime ou de contravenção
Núcleo do tipo: PROVOCAR + COMUNICAR – dar causa, gerar, proporcionar.
Forma: escrita ou oral.
Dolo direto e específico: se houver dúvida, o fato será atípico, bem como, deve haver a finalidade de fazer a autoridade atuar sem causa.
Se no decorrer da investigação, apurar-se crime diverso, não haverá o crime, pois, o bem jurídico protegido não foi atingido.
Quanto a comunicação falsa tiver por finalidade a prática de outro crime, duas são as posições doutrinárias:
1. O agente responde apenas pelo crime principal, em razão do princípio da consunção.
2. Haverá concurso material entre os crimes, uma vez que se trata de bens jurídicos distintos.
Autoacusação falsa
O crime objeto da autoacusação falsa pode ser doloso, culposo, de ação pública ou privada: que não ocorreu ou foi praticado por outra pessoa.
Exige que o sujeito não tenha sido autor, coautor ou participe.
Se além de se autoacusar atribuir falsa participação de terceiro haverá: (divergência doutrinaria):
· Concurso formal com denunciação caluniosa.
· Concurso material com denunciação caluniosa (Mirabete)
São consideradas as declarações prestadas em inquérito policial ou processo judicial.
Autoridade: quem tem competência para apurar a existência do crime ou determinar o início do procedimento.
NÃO há previsão de escusa absolutória se o sujeito prática em benefício do CADI (Cônjuge, ascendente, descendente e irmão).
Falso testemunho ou falsa perícia
Para que configure o tipo é necessário que a inverdade verse sobre fato juridicamente relevante, de forma a influir na decisão judicial. Logo, se o processo for anulado, não há crime, uma vez que se excluiu a possibilidade de dano.
CONTUDO, de acordo com o STF, ainda que extinta a punibilidade do acusado onde se deu o falso, o crime continua a existir.
A lei considera o processo judicial em sentido amplo, assim, inclui, por exemplo CPI.
Crime de mão própria: só pode ser cometido pelos sujeitos do tipo. A vítima não prática falso testemunho, pois não é testemunha.
Natureza da falsidade:
· Teoria objetiva: falso é tudo aquilo que não corresponde à realidade.
· Teoria subjetiva(majoritária): Não basta que o fato não seja verdade, é necessário que o sujeito ativo tenha consciência disso.
Não constitui falso testemunho a negação em prestar declaração.
A consumação do crime se dá, em tese, no momento do proferimento do falso, contudo, como é possível que o depoente retifique o que foi declarado até o encerramento do depoimento, entende-se que o crime será consumado nesse instante (art. 216 CPP).
A consumação do crime de falsa pericia será no momento da entrega do laudo a autoridade, ou da afirmação dos fatos inverídicos.
Quando cometido em juízo deprecado, este é o competente para apuração desse crime.
Coação no curso do processo
Atos executórios
· Violência: Coação física.
· Grave ameaça (séria intimidação)
Não se faz necessário que tenha interesse próprio no processo.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mas, se for o próprio réu, além de ser responsabilizado também por esse crime, poderá ser decretada sua prisão preventiva no procedimento originário (se possível), a fim de garantir a instrução criminal.
Sujeito passivo: Juiz, promotor, policial, testemunhas, jurados, perito, autor, querelante, querelado, etc.
Dolo específico.
Crime formal
Haverá concurso material com os delitos que resultarem da violência empregada.
A prática de várias ameaças constitui crime único (não há concurso ou continuação delitiva).
Exercício arbitrário das próprias razões
Trata-se da tutela de um direito que sujeito tem ou julga ter.
Núcleo do tipo: fazer justiça pelas próprias mãos, ou seja, obter pelo próprio esforço algo que se considere justo ou correto.
A análise é em relação ao agente (circunstâncias e condição pessoal) e não à sociedade ou o Estado.
Pretensão legitima: fundada no direito ou na justiça. Por exemplo: reter o paciente no hospital para satisfação das despesas médicas.
Se o agente tem conhecimento de que a pretensão é ilegítima, haverá outro crime.
Fraude processual
Exige-se que a inovação tenha capacidade de enganar.
Artificiosamente: de maneira engenhosa, maliciosa ou ardil.
Não será necessário que se tenha iniciado o processo penal, pois é possível a prática do crime a partir do inicio das investigações para a apuração do ilícito, mesmo que não se tenha instaurado, formalmente, o inquérito policial ou a investigação pelo Ministério Público, titular da ação penal pública.
O crime é subsidiário, pois se o fato constitui crime mais grave será absorvida por este.
Art. 286 a Art. 288 do Código Penal – CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA:
Compreende-se que o Direito Penal busca em critério objetivo a identificação dos crimes e sua colocação espacial no código penal. Existem condutas que por si só, induzem medo a sociedade, por isso merecem repulsa do órgão repressor. Em tese todos os crimes seriam contra a paz publica, porém estes artigos tratam do risco à segurança da paz pública.
A mudança fundamental encontra-se no art. 288, antes a redação dizia de quadrilha ou bando (4 pessoas ou mais) que tinham o fim de cometer crimes, agora o legislador altera a redação para reunião de (3 pessoas ou mais) com a finalidade especifica de cometer crimes.
De acordo com esta redação este crime ocorre independentemente da ocorrência de outros crimes. (Ex. se fosse uma pessoa, ela encontra-se na fase de preparação do crime, para ela não há ocorrência de crime algum, porém a reunião de 3 ou mais pessoas que encontra-se na fase de preparação do crime respondem ao fato típico discriminado no art. 288).
Concurso de crimes: art. 69 (concurso material: várias ações ou omissões que objetivam resultados independentes entre si, pega-se todos os crimes e soma-se as penas). Art. 70 (concurso formal: única ação ou omissão que produzem dois ou mais resultados criminosos (concurso formal próprio), já o concurso formal impróprio o agente tem o intuito de com apenas uma ação cometer vários resultados, EX. o disparo de arma de fogo que mata vários sujeitos. Art. 71 (crime continuado), várias condutas criminosas que por um lapso temporal  são consideradas apenas um crime.
ART. 286 INCITAÇÃO AO CRIME:
Incitar publicamente a prática do crime: persuadir, provocar, ela deve ser feita publicamente, logo aquela reservada não é criminosa. A lei tem por objetivo proteger a paz publica, o sentimento de segurança.
Sujeito Ativo: Qualquerpessoa, portanto trata-se de crime comum, além disso unissubjetivo, pois só pode ser cometido por uma pessoa. Não impede, porém, o concurso de pessoas dos Arts. 29 e 30.
Sujeito Passivo: A sociedade como um todo, afinal a incitação poderá levar a situação de perigo a segurança da coletividade.
Bem juridicamente protegido: A paz pública, não há objeto material (ou seja, a quem recai a ação).
Elemento Subjetivo: Dolo, Insuflar as pessoas, vontade de fazer com que as pessoas tenham o ânimo para cometer o crime. Somente aceito o tipo de dolo, pois não há previsão para modalidade culposa.
Consumação e tentativa: Quando efetivamente a incitação é exteriorizada e chega ao conhecimento do público. Cabe a indagação, existe possibilidade de tentativa? Depende, na modalidade falada, não, pois a conduta é unissubsistente, o ato executório não é fracionado. E se por meio de colocação de cartaz? Sim, no momento em que ele vai colocar é impedido, então cabe tentativa, pois, encontrava-se na etapa da execução.
ART. 287 APOLOGIA A CRIME OU A CRIMINOSO:
A diferença está no tipo objetivo: pois incitar é motivar as pessoas a fazer algo, projeta-se para o futuro, enquanto a apologia é referente a conduta que já ocorreu. De tal sorte que, faz apologia quem propaga de fato ou por conduta que já ocorreu. Dessa forma, criando perspectiva positiva do crime ou do criminoso.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, portanto trata-se de crime comum.
Sujeito Passivo: A sociedade como um todo.
Bem juridicamente protegido: A paz pública, não há objeto material (ou seja, a quem recai a ação). 
Elemento Subjetivo: Apenas o dolo, não há previsão para modalidade culposa.
Consumação e tentativa: Consuma-se quando colocado a paz pública em risco, criando uma sensação de instabilidade social, medo, insegurança no corpo social. Tentativa é aceita dependendo do meio utilizado para se fazer a apologia de crime ou criminoso.
Dos Crimes contra a Paz Pública
Artigos 286 a 288-A do Código Penal.
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Publicado por Bruno Tavares
há 4 anos
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O bem jurídico genérico é a paz pública. Na medida em que eu entendo que a paz pública é o sentimento de tranqüilidade/segurança que deve vigorar na coletividade para que haja normal sentimento da vida social, acaba-se entendendo que todo crime ofende a paz pública. Mas existe este tipo especifico, pois o legislador resolver estabelecer crimes específicos que dão proteção antecipada ao bem jurídico da paz pública.
Crimes antecipados – crimes de perigo: aqueles que na sua descrição típica não exigem um dano concreto ao bem jurídico, exigindo apenas um dano potencial. Classificação dos crimes de perigo:
· Individual: aqueles em que o legislador identifica a quem pertence o bem jurídico que é tutelado. O bem jurídico de pessoa ou pessoas específicas fica em risco. Ex: arts. 130 a 136 do CP.
· Coletivo: o bem jurídico tutelado é da sociedade como um todo. Ex: arts. 250 em diante do CP.
· Abstrato: Basta a mera execução da conduta típica para o crime ser considerado comprovado. Não precisa provar que no fato específico alguém sofreu risco, basta provar a ocorrência do fato.
· Concreto: só estarão consumados quando ficar demonstrado que o perigo realmente aconteceu.
Art. 286, CP – Incitação ao crime
Incitar (estimular) a pratica de crime (específico) publicamente (numero indeterminado de pessoas em local público ou aberto ao público).
Instigar, estimular a pratica de um crime seria um mero ato preparatório para o crime. Pra poder penalizar a pratica destes atos, o legislador criou este tipo de crime.
Elemento subjetivo: dolo de publicamente incitar pessoa (s) à prática de crime.
Ex: se um manifestante sobe em cima de um carro com um microfone em uma manifestação e começa a falar mal dos bancos, dizendo que eles devem ser roubados e estimulando as pessoas a roubarem os bancos. Se tem todas essas características no caso concreto, é considerado incitação ao crime.
Porém, se ao invés de incitar o roubo de um banco, estiver estimulando o jogo do bixo, não é incitação ao crime, visto que jogo do bixo é mera contravenção penal.
Assim, percebe-se que sua aplicação é bastante restrita e somente ocorre quando houver dolo para incitar os outros.
Elementos (expressões) artísticos não são considerados incitação ao crime (ex: capa de álbum, musica, filme etc.) – entendimento jurisprudencial de que é liberdade de expressão. Porém, se é feito com dolo, com a intenção de se incitar crime ou fazer apologia de crime ou criminoso há crime.
Este crime pode ser praticado pela internet desde que todos os elementos estejam presentes, especialmente o “publicamente” (se é um grupo fechado não há este crime, mas se é um site aberto que incita a violência contra a mulher, por exemplo, é possível praticar este crime).
Consumação: perigo abstrato
Incitar vários crimes num mesmo contexto – crime único
Tentativa: admissível (escrita, em especial):
A tentativa é admissível em especial quando feita por escrito, Ex: uma pessoa faz vários panfletos para distribuir que dizem para pessoas roubarem bancos e antes de começar a entregar os panfletos, o policial confisca os panfletos e o impede – há tentativa. Outro exemplo é quando o manifestante sobre no carro, pega o microfone para começar a estimular a prática de um crime, mas alguém desliga o microfone e ninguém o ouve.
Art. 287 do CP – Apologia de crime ou criminoso
“Incitaçao inplícita” – fazer apologia (defender, elogiar) de fato criminoso (crime já ocorrido; futuro => 286) ou de autor de crime (com ou sem trânsito em julgado => maioria) publicamente (várias pessoas em local público/aberto ao público).
Aqui a incitação é implícita, também há a idéia de estimular as pessoas a praticar um crime, mas isto é feito pela apologia, elogio, defesa de um crime que já foi cometido ou o autor deste crime passado.
Exemplos: sujeito que vai publicamente em uma manifestação e fala: “queria aqui hoje elogiar o policial X que participou daquela chacina e matou 10 pessoas, pois bandido bom é bandido morto”
Elemento subjetivo: dolo de praticar a apologia, consciente da publicidade.
Consumação: perigo abstrato (com a apologia pública, independentemente de várias pessoas vierem a repetir crime exaltado).
De vários delitos/autores – concurso formal
Tentativa: admissível (escrita em especial)
Art. 288, CP – Associação criminosa
Este crime se chamava formação de quadrilha ou bando, mas passou a se chamar associação criminosa.
Nova redação – lei 12850/2013: antes para ter quadrilha eram necessárias 4 pessoas, mas a nova redação exige apenas 3.
A idéia da associação criminosa é de que os sujeitos que pretendem praticar crimes, podem praticá-los de qualquer forma, quando se organiza com pessoas e estavelmente mantém este grupo para facilitar a prática de crimes futuros, está facilitando a prática de crimes.
Cria-se esse crime autônomo para tentar cortar o mal pela raiz, pois ao perceber um grupo de pessoas organizado (com estabilidade e permanência) com a finalidade de cometer crimes, já posso prendê-los (é necessário provar).
Para ter associação não é necessário se praticar crime outro algum, de maneira que se forem cometidos outros crimes, os agentes (membros da associação criminosa) responderão pela associação criminosa em concurso com o crime cometido.
Associar (reunir, aliar):
· mínimo 3 pessoas (concurso necessário; imputáveis ou não (discernimento), identificadas ou não) – Deve ser praticado por no mínimo 3 pessoas. Isso significa que pode existir associação criminosa entre um maior de 18 anos, um menor de 17 e um menor de 16. Assim, é possível se falar em denuncia de apenas uma pessoa por este crime quando os outros são inimputáveis ou não foram identificados.
· forma estável/permanente (diferença para simples concurso de agentes) – a estabilidade se prova com o contato telefônico constante, contato/amizade dos autores há muito tempo, encontros recorrentes, etc.
· fim de praticar número indeterminado de crimes
Elemento subjetivo: dolo de associar-se + fim de cometer nº indeterminado decrimes (dolo específico).
A associação para prática de contravenção não serve para o enquadramento no art. 288.
Consumação: com associação (perigo abstrato). É possível vislumbrar o momento em que aquelas pessoas se uniram de forma estável, mas deve haver ainda uma permanência que se prorroga no tempo enquanto durar a atividade.
Crime permanente (desistência/adesão posterior) - O sujeito que sai da associação não responderá pelos fatos posteriores à sua saída, mas responderá por todos os praticados no momento em que ele participava da associação, bem como pelo próprio crime de associação criminosa.
Concurso material com crime (s) posterior (es)
Tentativa inadmissível (estabilidade/permanência): não existe tentativa de associação criminosa porque já estamos punindo atos preparatórios que já são autonomamente considerados como crime. E pelo fato de se exigir estabilidade e permanência, não há como tentar (ou eu consigo a estabilidade e permanência ou não consigo).
Parágrafo único – Associação criminosa “qualificada” (na verdade é causa de aumento de pena)
Aumento de pena até a metade:
Associação criminosa armada (maior potencialidade lesiva):
Armas: próprias (utensílio/artefato fabricado para atacar ou defender - de fogo, brancas, explosivos); impróprias (aquelas que, embora não tenham sido fabricadas para atacar ou defender, elas tem essa capacidade lesiva); simuladas (ex: colocar o dedo embaixo da camiseta para simular uma arma, arma de brinquedo)? - Para caracterizar esse crime, tanto faz se a arma é própria ou imprópria. Porém a arma simulada não gera o aumento de pena, pois este ocorre quando há maior lesividade (entendimento desde que o STF=J cancelou a sumula 194)
Maioria admite aumento da pena:
· Quando apenas um dos integrantes está armado (preciso saber que o outro participante da associação criminosa tem uma arma);
· Quando ocorre a mera posse, não se exigindo o porte ostensivo de arma (se no local da reunião tem uma arma, mesmo que ela não seja de ninguém, há o crime de associação criminosa armada);
· Cumulado com 157, parágrafo 2º, I, CP – “bis in idem”? Para o professor, sim pois para se associar para a prática de crimes futuros, não se precisa de arma. Mas a maioria da jurisprudência diz que no art. 288 o crime é contra a paz pública e no 157 há crime contra o patrimônio (é a mesma arma, mas foi utilizada num momento para caracterizar um crime e em outro momento para caracterizar um crime diferente que são contra bens jurídicos diferentes).
Associação Criminosa com participação de criança ou adolescente – parte acrescentada pelo legislador em 2013.
Atenção às alterações trazidas pela lei 12850/13:
· Redução do aumento de pena da quadrilha armada (antes a pena estabelecida era dobrada)
· Inclusão do aumento pela participação de crianças/adolescentes.
Art. 288 na lei 8.072/90 (Crimes Hediondos)
O legislador estabeleceu no art. 1º dessa lei, uma lista de quais são os crimes hediondos. Esses crimes, associados aos do parágrafo 2º são os crimes considerados hediondos ou equiparados, havendo uma série de complicações para o sujeito que comete este crime.
Art. 8º – Associação Criminosa Qualificada – Requisitos:
· mínimo 3 pessoas
· reunião estável
· fim de praticar reiteradamente crimes hediondos ou equiparados (saber a finalidade da associação criminosa é importante, pois irá mudar a pena)
· atenção ao art. 35 da lei 11.343/06 (associação para o tráfico): esse artigo exige no mínimo 2 pessoas p/ praticar os crimes de tráfico e a pena é de 3 a 10 anos de reclusão.
Parágrafo único: embrião da delação premiada (CDP). Pressupostos: o sujeito deve delatar o bando, não os delitos praticados pelo bando, de forma que a delaçao seja eficaz para desmantelar o grupo. A partir da informação passada pelo sujeito, o bando tem que ser pego e desfeito.
288 do art. 8º da lei 8072/90
Delação do 288 (não do delito praticado) por um dos participantes
Eficácia da informação (nexo de causalidade com o desmantelamento do grupo).
Organização criminosa (12.850/13)
Atenção às diferenças básicas: numero de integrantes, estrutura organizacional, crimes graves ou transacionais, divisão de tarefas etc. (art. 1º e 2º).
Art. 288 – A – Constituição de milícia privada
Constituir (formar), organizar (estruturar), integrar (compor), manter ou custear (sustentar) organização paramilitar (militar ilegal – cada autor entende o significado de uma forma), milícia particular (grupo armado para “segurança” da comunidade), grupo ou esquadrão (reunião maior que grupo) com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código. Todos este núcleos estão incluídos no art. 288 (associação). Tipo misto alternativo e aberto, sem definição legal. Difícil aplicação concreta (principio da taxatividade)
O crime de falso testemunho está previsto no art.342 do Código Penal Brasileiro, onde está expressamente dito que se configura o crime, “fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral”. Este crime se trata de perante a justiça testemunhar intencionalmente, omitindo fatos verdadeiros e de seu conhecimento, mentindo, alegando não ter conhecimento do fato que está sendo tratado, ou declarando que ocorreu coisa adversa do fato verdadeiro.
A consumação no crime de falso testemunho é de natureza formal, se dará com o fechamento das declarações da testemunha e não é necessário que  tenha advindo alguma consequência e sim realizando os atos. Neste crime é difícil de ser detectado que a afirmação feita pela pessoa seja falsa, faltando fatos para as autoridades perceberem que contradiz alguns fatos alegados pela testemunha, ou falta também uma segunda testemunha para que haja confronto nos fatos alegados de uma para outra. Portanto durante o testemunho pode se notar claramente um certo nervosismo ou a própria testemunha se enrolar e contradizer o que ela mesma já havia declarado ser verdadeiro, indicando as autoridades que as afirmações feitas anteriormente sobre o caso são afirmações falsas.
Disposto no § 1º do artigo 342 do CP, se trata dos casos de aumento de pena, “As penas aumentam-se de um sexto à um terço se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta”. No § 1º deste artigo a pena é de reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.
A retratação está prevista no § 2º do CP, onde possa deixar de ter punição o fato, “O fato deixa de ser punível se, antes da sentença, no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade”. (Redação dada pela lei nº 10.268 de 28.8.2001).
O próprio juiz identificando o falso testemunho pode remeter peças do processo, podendo dar voz de prisão a testemunha que foi descoberta em flagrante e a encaminhar à Polícia Federal, uma vez que este é um crime contra a própria justiça. A pena para este crime quando cometido é de reclusão, de um a três anos, e multa. (Vide lei nº 12.850, de 2.013) (vigência). Pena de reclusão de dois a quatro anos, e multa. (redação dada pela lei nº 12.850, de 2.013) (vigência).

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