Buscar

ISS: Aspectos Legais e Materiais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
ISS 
Helton Kramer Lustoza 
 
I. LEGISLAÇÃO 
 
II. ASPECTO MATERIAL (FATOS GERADORES) 
 
III. ASPECTO ESPACIAL 
 
IV. ASPECTO TEMPORAL 
 
V. ASPECTO SUBJETIVO 
 
VI. ASPECTO QUANTITATIVO 
 
VII. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
 
 
I. LEGISLAÇÃO 
 
Lei Complementar NÃO é responsável pela criação ou majoração do ISS. Tais 
atribuições estão afetas à lei ordinária municipal. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO ISS 
ESPÉCIE NORMATIVA FUNÇÃO EXERCIDA 
Constituição Federal (Art. 156, III, da CR/88) - Delineamento geral do tributo. 
 
 
Lei Complementar n.º 116/2003 
- Fixar, em nível nacional, normas gerais 
do imposto: sujeito ativo e passivo, 
substituição tributária, base de cálculo, 
alíquota etc. 
 
- Excluir da incidência dessa 
espécie tributária as exportações de 
serviços para o exterior (Obs: este é 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
2 
 
 
 
 
 um caso de isenção e não de 
imunidade). 
 
Leis Ordinárias e Decretos locais 
- Detalhar a aplicação da hipótese de 
incidência; 
- Fixar normas para arrecadação do tributo 
em consideração às peculiaridades locais. 
 
 
II. ASPECTO MATERIAL (FATOS GERADORES) 
 
O ISS é tributo municipal previsto no art. 156, III, da CF/88, devendo incidir sobre: 
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 
155, II, definidos em lei complementar . 
 
Por sua vez, a Lei Complementar nº 116/2003 define como hipótese de incidência 
desse tributo “a prestação de serviços constantes da lista anexa”. Vale dizer, então, 
que a mencionada lei complementar prevê um rol de serviços sobre os quais poderão 
incidir ISS, excluindo, nos termos do art. 156, III, da CF/88, os serviços de competência 
dos Estados (transporte interestadual, intermunicipal e serviços de comunicação). 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
3 
 
 
Lembre-se que o rol de serviços constantes na LC nº 116/2003 é taxativo. 
Contudo, ATENÇÃO: o STF e STJ admitem a sua interpretação extensiva. 
 
De forma expressa, a LC nº 116/2003 declarou não haver incidência do ISS sobre 
os serviços sujeitos a incidência do ICMS, bem como serviços realizados em relação de 
emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo 
ou de conselho fiscal de sociedades e fundações; valores intermediados no mercado de 
títulos e valores mobiliários por instituições financeiras (art. 2º, II e III). 
Ademais, diz-se que o ISS é um imposto incidente sobre fatos e não sobre 
contratos. Explica-se. Conforme as lições de José Eduardo Soares de Melo, “o cerne da 
materialidade da incidência do imposto em comento não se circunscreve a ‘serviço’, mas 
a uma ‘prestação de serviço’, compreendendo um negócio jurídico pertinente a uma 
obrigação de fazer, de conformidade com os postulados e diretrizes do direito privado”. 
 
Não se esqueça! Em se tratando de ISS, o serviço tributável está vinculado a uma 
obrigação de fazer (deve haver a predominância de uma prestação de fato e não o 
produto decorrente dela; a prestação do serviço deve ser autônomo em relação a outras 
etapas da atividade, afinal, não se permite a tributação da chamada “atividade-meio”). 
Sob essa lógica, o STF, analisando a atividade de locação de bens móveis, editou 
a Súmula Vinculante nº 31: “É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços 
de qualquer natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis”. 
 
 
 
 
1 A listagem de serviços que constituem fatos geradores do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN (anexa ao Decreto-
Lei n. 406/1968 e à Lei Complementar nº 116/2003) comporta interpretação extensiva para abarcar os serviços congêneres àqueles 
previstos taxativamente. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 132). 
4 
 
 
 
Cuidado! No entanto, a Súmula Vinculante 31 não exonera a prestação de 
serviços concomitante à locação de bens móveis do pagamento do ISS. Se houver ao 
mesmo tempo locação de bem móvel e prestação de serviços, o ISS incide sobre o 
segundo fato, sem atingir o primeiro. (STF, ARE 656.709-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. 
Joaquim Barbosa, Julgamento em 14/02/2012) 
 
 
ATENÇÃO: ICMS X ISS EM OPERAÇÕES MISTAS (SERVIÇOS + MERCADORIAS) 
1) Caso o serviço prestado junto com o fornecimento de mercadorias não esteja 
previsto na LC 116/2003: incidirá apenas ICMS sobre o valor total da operação. 
 
2) Caso o serviço prestado junto com o fornecimento de mercadorias esteja 
relacionado na LC n.º 116/2003: incidirá apenas ISS sobre o valor total da 
operação mista. Ex.: Súmula 156 do STJ: “a prestação do serviço de composição 
gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda que envolva o fornecimento de 
mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS” e Súmula 274 do STJ: “O ISS incide 
sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, 
os medicamentos e as diárias hospitalares”; 
3) Caso o serviço prestado junto com o fornecimento de mercadorias esteja 
relacionado na LC n.º 116/2003, mas com ressalva em relação à mercadoria: 
incidirá ISS sobre o preço do serviço; e ICMS sobre o preço da mercadoria. Ex.: 
recondicionamento de motores automotivos e outros serviços de “revisão” de 
veículos. 
5 
 
 
ATENÇÃO – CASOS PARTICULARES DO CONFLITO ENTRE ICMS X ISS 
1) Empreitada de construção civil: o serviço de construção civil prestado junto com 
o fornecimento de concreto ou peças pré-moldadas é tributado apenas pelo ISS. 
Isso porque o concreto e tais peças não são considerados mercadorias para fins de 
incidência do ICMS, porquanto não decorrentes de processo industrial e não 
postos à venda em larga escala. Todavia, haverá incidência de ICMS se a 
produção do concreto e dos pré-moldados ocorrer fora do local da prestação de 
serviços. 
2) Fitas de vídeo, DVDs e Blu-Ray Disc: Se a venda desses produtos ocorrer em 
escala industrial (“em prateleira”), sendo realizada por empresas de natureza 
mercantil-comercial, haverá incidência exclusiva de ICMS, já que a hipótese cuida 
de circulação de mercadoria. Todavia, se os referidos produtos decorrerem da 
prestação de serviços específicos, realizados sob encomenda, haverá incidência 
exclusiva de ISS. Sobre o tema, dispõe a Súmula 156 do STJ: “a prestação de 
serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda que 
envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita apenas ao ISS”. No mesmo 
sentido, a Súmula 662 do STF: “é legítima a incidência do ICMS na 
comercialização de exemplares de obras cinematográficas, gravadas em fitas de 
videocassete”. 
3) Embalagens: Este caso não se confunde com o abordado no tópico 2, pois, ainda 
que tais embalagens tenham sido fornecidas sob encomenda, não haverá 
incidência de ISS. Isso porque as embalagens se inserem no ciclo de produção, 
agregando valor às mercadorias embaladas, razão pela qual são consideradas 
produtos intermediários para fins de incidência de ICMS. 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
6 
 
 
ATENÇÃO – INCIDÊNCIA DE ICMS SOBRE MONTAGEM DE PNEUS 
 
Comentários: Dizer o Direito 
 
 
Incide ISS (e não ICMS) sobre o serviço de montagem de pneus, ainda que a sociedade 
empresária também forneça os pneus utilizados na montagem. STJ. 2ª Turma. REsp 
1.307.824-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 27/10/2015 (Info 573). 
 
 
 
ICMS 
 
O ICMS é um imposto estadual previsto no art. 155, II, da CF e na LC 87/96: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II — 
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e 
as prestações se iniciem no exterior 
Eduardo Sabbag afirma que, resumidamente,o ICMS pode ter os seguintes fatos 
geradores (Manual de Direito Tributário. 4. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 1061): 
• circulação de mercadorias; 
 
• prestação de serviços de transporte intermunicipal; 
 
• prestação de serviços de transporte interestadual; 
 
• prestação de serviços de comunicação. 
 
ISS 
 
O ISS significa imposto sobre serviços. Trata-se de um tributo de competência dos 
Municípios. O ISS incide sobre todo e qualquer serviço, desde que cumpridas duas 
condições: 
a) A relação dos serviços sobre as quais incide o imposto deve estar prevista em lei 
complementar nacional (atualmente a Lei Complementar 116/03). 
Lorrane Andriani
Realce
7 
 
 
b) Não incide sobre serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de 
comunicação (que são objeto de ICMS). Veja o que diz o art. 1º da LC 116/2003: 
Veja o que diz o art. 1º da LC 116/2003: 
 
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios 
e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista 
anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. 
Determinada empresa presta serviços de montagem de pneus. Ocorre que, além de 
montar, ela também fornece os pneus utilizados na montagem. Surgiu, então, uma 
dúvida: essa empresa, por comercializar mercadorias (pneus), deverá pagar ICMS ou, 
em virtude de prestar serviços (montagem), deverá pagar ISS? Ou, ainda, uma terceira 
alternativa: ela terá que pagar ICMS e também ISS? 
A empresa terá que pagar apenas o ISS. Incide ISS (e não ICMS) sobre o serviço de 
montagem de pneus, ainda que a sociedade empresária também forneça os pneus 
utilizados na montagem. 
Operações puras e operações mistas 
 
Podem existir três tipos de operações para fins de incidência de ICMS ou ISS: 
 
a) operação pura de circulação de mercadoria: ocorre quando o contribuinte apenas 
realiza circulação de mercadorias, sem prestar qualquer tipo de serviço. Ex: uma loja de 
brinquedos. Neste caso, ele só irá pagar ICMS. 
b) operação pura de prestação de serviços: ocorre quando o contribuinte realiza apenas 
prestação de serviços sem fornecer mercadorias. Ex: serviços prestados por uma 
psicóloga. Aqui haverá pagamento apenas do ISS. 
c) operação mista: ocorre quando o contribuinte realiza prestação de serviços, mas 
também fornece mercadorias. Ex: a montagem de pneus na qual a própria empresa 
fornece os pneus. 
 
8 
 
 
E no caso de operações mistas, haverá pagamento de ICMS ou ISS? 
REGRA: 
 
• Se o serviço prestado estiver na lista anexa da LC 116/2003: haverá pagamento apenas 
de ISS. 
• Se o serviço prestado não estiver na lista anexa da LC 116/2003: haverá pagamento 
apenas de ICMS. EXCEÇÃO: Existem algumas operações mistas nas quais a LC 116/2003 
prevê que sobre elas deverão incidir tanto o ISS (sobre o serviço prestado) como 
também o ICMS (sobre a circulação de mercadorias). É o que preconiza o art. 1º, § 2º da 
LC: 
Art. 1º (...) § 2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela 
mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. 
 
 
Lista do anexo da LC 116/2003 admite interpretação extensiva 
 
Vale destacar que a jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que a lista de serviços 
anexa à LC 116/2003, que estabelece quais serviços sofrem a incidência do ISS, é 
taxativa, mas comporta interpretação extensiva, para abarcar os serviços correlatos 
àqueles ali previstos expressamente. Nesse sentido: STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 
118.207/SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 16/09/2014 
 
O serviço de montagem de pneus está previsto no anexo da LC 116/2003? 
Não expressamente, mas ele pode ser enquadrado, por interpretação extensiva, no item 
14.01, por se enquadrar dentro da expressão "manutenção e conservação de veículos": 
14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, 
blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, 
equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes 
empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS) 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
9 
 
 
Assim, por estarem previstos no anexo da LC 116/2003, os serviços de montagem de 
pneus estão sujeitos apenas ao ISS (e não ao ICMS). 
 
 
ATENÇÃO – CASOS ESPECIAIS 
 
• EXPORTAÇÃO DE SERVIÇO 
 
A CF/88 possibilitou que a legislação complementar federal estabelecesse isenção para 
exportação de serviços, o que foi feito conforme o art. 2º da LC 116/2003: 
 
Art. 2º O imposto não incide sobre: 
 
I – as exportações de serviços para o exterior do País; (...) 
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços 
desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento 
seja feito por residente no exterior. 
Em um primeiro momento, o STJ decidiu que não incidirá o ISSQN sobre serviços 
exportados, desde que aqui no país não se verifique quaisquer resultados. A rigor, 
somente configurará a exportação de serviço quando esse é totalmente concluído fora 
do país e que não gere efeitos em território nacional: 
 
 
ISS. SERVIÇOS. TURBINAS. RETÍFICA. EXPORTAÇÃO. 
 
A Turma, por maioria, entendeu que incide o ISS no caso de serviços de retífica de 
motores de aeronaves executados no Brasil por contratação de empresas aéreas do 
exterior (parágrafo único, art. 2º, da LC n. 116/2003), visto que a realização do serviço 
todo se dá no território nacional. REsp 831.124-RJ, Rel. Min. José Delgado, julgado em 
15/8/2006. 
 
Entretanto, no ano de 2016, o STJ firmou o entendimento de que independente do local 
da prestação dos serviços, há que se verificar o local do proveito econômico (benefício) 
do serviço, para fins de constatação da exportação do serviço e aplicação da isenção 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
10 
 
 
prevista no artigo 2º, I da Lei Complementar 116/2003. 
 
Para maiores esclarecimentos, recomenda-se a leitura de artigo publicado no CONJUR, 
consoante o seguinte link: http://www.conjur.com.br/2016-dez-15/visao-stj-
exportacao-servicos. 
 
• ATIVIDADES BANCÁRIAS 
 
A Primeira Seção STJ aprovou a súmula 424: “É legítima a incidência do ISS sobre serviços 
bancários congêneres da lista anexa ao DL nº 406/1968 e à LC nº 56/1987”. 
• ARRENDAMENTO MERCANTIL – leasing 
 
 
 
 
 
Leasing operacional 
A empresa de leasing compra o bem e o aluga por um 
determinado período ao seu cliente que no fim do 
contrato poderá optar em comprar o bem, devolvê-
lo ou 
renovar o contrato. 
NÃO INCIDE ISS 
 
 
 
 
Leasing financeiro 
O cliente escolhe comprar o bem no início da operação 
por valor pré-determinado ou pelo preço de mercado ao 
fim da operação. Assim, além das parcelas que 
correspondem ao aluguel do bem, chamada de 
contraprestações, o consumidor pagará também o VRG 
(valor 
residual garantido). 
 
 
 
 
INCIDE ISS 
Lease-back O cliente vende o bem para a arrendadora e em seguida 
arrenda o bem. Ao fim do contrato, o cliente compra o 
bem pelo 
Valor Residual Garantido (VRG). 
 
 
INCIDE ISS 
 
 
http://www.conjur.com.br/2016-dez-15/visao-stj-exportacao-servicos
http://www.conjur.com.br/2016-dez-15/visao-stj-exportacao-servicos
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
11 
 
 
 
• Serviços de transporte de natureza municipal 
 
Não incide ISS sobre qualquer transporte, mas tão somente no transporte municipal, já 
que nos demais casos (intermunicipal e interestadual) incidirá o ICMS. 
 
Conformeo STJ, a base de cálculo do ISS, nesse caso, é o preço efetivamente pago 
pelo usuário. 
 
 
III. ASPECTO TEMPORAL 
 
• Conforme o STF, o aspecto temporal do ISS ocorre no momento da efetiva 
prestação de serviço (quando há concretização do aspecto material da hipótese de 
incidência do ISS). 
 
• Não se tributa atos preparatórios (ex: assinatura do contrato; pagamento pelo 
serviço). É que a legislação tributária não permite a incidência do ISS antes da 
ocorrência do fato gerador. 
 
 
IV. ASPECTO ESPACIAL 
 
• O aspecto espacial se refere ao local de pagamento do ISS. O STJ, após revisar o seu 
entendimento anterior, acatou a regra do art. 3º da LC nº 116/2003 da seguinte 
forma: 
“De acordo com os artigos 3º e 4º da Lei Complementar nº 116/03, conclui-se que a 
municipalidade competente para realizar a cobrança do ISS é a do local do 
estabelecimento prestador dos serviços, considerando-se como tal a localidade em 
que há uma unidade econômica ou profissional, isto é, onde a atividade é 
desenvolvida, independentemente de sua denominação (REsp 1195844/DF – 
Ministro Relator Mauro Campbell Marques – DJ 15/03/2011). 
 
 
 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
12 
 
 
ASPECTO ESPACIAL DO ISS 
Regra Geral 
Local do estabelecimento prestador (art. 
3º, caput, LC 116/2003) 
Exceção I – na falta de estabelecimento do 
prestador 
Local do domicílio do prestador (art. 3º, 
caput, LC 116/2003) 
Exceção II – serviços previstos expressamente 
nos incisos I a XXV do art. 3º da LC 116/2003 
O imposto será devido nos locais indicados 
nas regras de exceção (local da prestação 
do serviço) 
Exceção III – no caso de importação de serviço 
O local do estabelecimento do 
tomador (art. 3º, I, da LC 116/2003) 
 
 
 
 
• Sendo assim, para fixar o município competente para exigir o ISS é essencial 
identificar o local do estabelecimento do prestador, dentro dos parâmetros do 
art. 4º, da LC 116/2003: 
 
Art. 4º. Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte 
desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, 
e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para 
caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, 
sucursal, escritório de representação ou contrato ou quaisquer outras que 
venham a ser utilizadas. 
 
• O que seria, então, unidade econômica ou profissional? De acordo com o STJ, o 
ISS deve ser recolhido no Município da unidade econômica ou profissional do 
estabelecimento prestador do serviço de arrendamento mercantil “possuidor de 
poder decisório para o aperfeiçoamento do negócio” (REsp nº 1.060.2010/SC) – 
critério de poder decisório como critério para identificação da unidade 
econômica. 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
13 
 
 
V. ASPECTO SUBJETIVO 
 
• O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o fato gerador do tributo, sendo que neste caso será o prestador do 
serviço (art. 5º da LC 116/2003). 
 
• O art. 6º da LC 116/2003 veicula, conforme a doutrina, a 
responsabilidade classificada como “substituição tributária”: 
 
 
Art. 6º. Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo 
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada 
ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do 
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total 
ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos 
acréscimos legais. 
§1º Os responsáveis a que se refere este artigo são obrigados ao recolhimento 
integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter 
sido efetuada sua retenção na fonte. 
 
 
ATENÇÃO: Serviços notariais e registrais estão sujeitos ao pagamento de ISS 
Comentários: Dizer o Direito 
 
A Lei Complementar n.º 116/2003 previu que os “serviços de registros públicos, 
cartorários e notariais” deveriam sofrer a tributação de ISS (item 21 da lista de serviços 
anexa). 
A Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG ingressou, então, 
com uma ADI no STF questionando esta tributação. 
A Corte Suprema julgou improcedente a ação: 
 
 
 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
14 
 
 
(...) As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à 
tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os 
respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no 
art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela 
prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A 
imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de 
entidades políticas federativas, e não de particulares que executem, 
com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos mediante 
concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há 
diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos 
concedidos e a não-tributação das atividades delegadas. Ação Direta 
de Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente. (ADI 
3089, Relator p/ Acórdão: Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, 
julgado em 13/02/2008) 
No referido julgamento não foram discutidas, pelo menos de forma explícita, a 
base de cálculo e a alíquota do ISS que deveriam incidir sobre os referidos serviços. 
Como regra geral, a base de cálculo do ISS sobre a qual incide a alíquota é o preço 
do serviço (art. 7º, da LC 116/2003). Com fundamento nisso, os Municípios, em geral, 
têm cobrado o ISS dos serviços notariais e registrais aplicando a alíquota sobre o valor 
dos emolumentos. 
Emolumento é o valor pago pelo usuário do serviço pelos atos praticados na 
serventia notarial e de registro. Ex: o tabelionato de notas do Estado X cobra 2 reais a 
título de emolumentos pelo serviço notarial de autenticação de documentos. 
Desse modo, os municípios têm cobrado a alíquota do ISS (normalmente 5%), 
valendo-se como base de cálculo o valor dos emolumentos. Em nosso exemplo, os 5% 
de ISS seriam cobrados sobre os 2 reais de emolumentos. 
Os titulares das serventias não concordam com este parâmetro e defendem que 
fazem jus ao regime especial de tributação previsto no § 1º do art. 9º, do Decreto-Lei n.º 
406/68. 
Lorrane Andriani
Realce
15 
 
 
Regime especial de tributação do ISS previsto no DL 406/68 
 
A regra geral é que a base de cálculo do ISS é o preço do serviço (art. 7º, LC 
116/2003). 
O § 1º do art. 9º do DL n.º 406/68 traz uma exceção a essa regra e prevê que os 
contribuintes que prestam serviço sob a forma de trabalho pessoal (pessoas físicas) têm 
direito ao regime do chamado “ISSQN Fixo”, segundo o qual é fixada uma alíquota sem 
relação com o preço do serviço. Vejamos o que diz o DL n.º 406/68: 
Art. 9º A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. 
 
§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal 
do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, 
em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não 
compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho. 
Segundo a tese sustentada pelos serventuários, os serviços registrais e notariais 
são considerados “trabalho pessoal”, uma vez que atendem às seguintes características: 
a) Exigem-se conhecimentos intelectuais pessoais para o exercício de tais atividades, 
como a formação jurídica e a habilitação em concurso (art. 14, Lei n.° 8.935/94); 
b) A serventia não possui personalidade jurídica ou judiciária, não sendo empresa; 
c) O titular da serventiaassume responsabilidade pessoal pelo serviço prestado. 
Vale ressaltar que esse regime de “ISSQN Fixo” do DL n.° 406/68 foi previsto para 
ajudar as pessoas que exercem “trabalho pessoal”, sendo muito mais vantajoso que a 
regra geral. Assim, na prática, se fosse acolhido o entendimento dos notários e 
registradores, eles iriam pagar, em regra, menos ISS. 
Argumentos da Fazenda Pública municipal 
 
As Fazendas Públicas municipais refutam a tese dos notários e registradores, 
ancorando-se em duas vigas fundamentais: 
a) o § 1º do art. 9º do DL n.° 406/68 não estaria mais em vigor; 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
16 
 
 
 
b) ainda que estivesse vigente, os serventuários não se enquadrariam nesse regime 
especial de tributação em razão de não prestarem serviço de natureza pessoal. 
 
O primeiro argumento do Fisco é, a nosso sentir, absolutamente insubsistente. A 
LC 116/03, em seu art. 10, revogou expressamente apenas os arts. 8º, 10, 11 e 12 do DL 
n.° 406/68, mantendo, a contrario sensu, a vigência do art. 9º. De igual sorte, não houve 
revogação tácita, considerando que LC 116/03 não tratou inteiramente da matéria 
prevista no § 1º do art. 9º do Decreto-Lei. Essa é também a opinião da doutrina e da 
jurisprudência do STJ (REsp 713752/PB) e do STF (Súmula 663-STF). 
Alegação bem mais forte sustentada pela Municipalidade é a de que os serviços 
prestados pelas serventias não são necessariamente pessoais. Para tanto, ressaltam que 
atividades como o reconhecimento de firma, a emissão de certidões, a elaboração de 
escrituras, entre outras, podem ser (e, na prática, são) prestadas tanto pelo titular das 
serventias como por seus funcionários, indicados como substitutos (art. 20, caput e § 1º, 
da Lei n.° 8.935/94). O § 4º do mesmo art. 20, por sua vez, preconiza que os substitutos 
poderão praticar todos os atos que sejam próprios dos notários e registradores, exceto, 
lavrar testamentos. 
Tais dispositivos são utilizados pela Fazenda Municipal para reafirmar a tese de 
que os serviços notariais e registrais não são necessariamente pessoais, eis podem ser 
desempenhados pelos substitutos (terceiros). 
Os Municípios sustentam ainda que o art. 14, da Lei n.° 8.935/94 somente exige 
requisitos pessoais para o ato administrativo de delegação, dispensando, contudo, 
qualquer exigência pessoal para o exercício das atividades, tanto que o art. 20, do 
Diploma em questão, autoriza, sem amarras formais, a livre contratação dos substitutos. 
O Poder Público municipal contradita o argumento da ausência de personalidade 
jurídica das serventias, afirmando que elas preenchem perfeitamente os elementos do 
conceito de empresa trazido pelo art. 966, do Código Civil eis que exercem 
profissionalmente atividade econômica organizada para a prestação de serviços. A 
atividade das serventias seria profissional porque exercida com habitualidade; 
17 
 
 
organizada porque conjugaria, de forma metodológica, os fatores de produção; por fim, 
econômica, uma vez que objetivaria lucro, conforme, inclusive, ressaltado pelo E. STF 
quando do julgamento da ADI 3.089. 
Quanto ao argumento de que a responsabilidade dos serventuários seria pessoal, 
a Fazenda sustenta que isso ocorre porque a serventia seria uma pessoa jurídica de direito 
privado, sob a forma de empresário individual (sic), sendo, portanto, apenas uma 
decorrência da responsabilidade patrimonial pessoal pelos atos da pessoa jurídica. 
DECISÃO RECENTE DO STJ 
 
Para o STJ, NÃO SE APLICA à prestação de serviços de registros públicos cartorários e 
notariais a sistemática de recolhimento de ISS prevista no § 1º do art. 9º do DL n.° 
406/68. (Primeira Seção. REsp 1.328.384-RS, Rel. originário Min. Napoleão Nunes Maia 
Filho, Rel. para acórdão Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 4/2/2013) 
O referido preceito legal impõe, como condição para o enquadramento no 
regime especial de recolhimento de ISS, a “prestação de serviços sob a forma de trabalho 
pessoal do próprio contribuinte”. No entanto, a prestação dos serviços cartoriais não 
importa em necessária intervenção pessoal do notário ou do oficial de registro, tendo 
em vista que o art. 236 da CF e a legislação que o regulamenta permitem a formação de 
uma estrutura economicamente organizada para a prestação do serviço de registro 
público, assemelhando-se ao próprio conceito de empresa. Nesse sentido, o art. 236 da 
CF determina a natureza jurídica da prestação do serviço como privada, sem determinar, 
contudo, a unipessoalidade da prestação de serviço cartorário, e o art. 20 da Lei n. 
8.935/1994 autoriza, de forma expressa, o notário ou oficial de registro a contratar, para 
o desempenho de suas funções, escreventes, dentre eles escolhendo os substitutos, e 
auxiliares como empregados. 
Além do mais, a realidade comprova que, em regra, a atividade cartorária não é 
prestada de modo direto apenas pelo tabelião, mas também por atendentes, 
principalmente nos grandes centros urbanos. 
 
Lorrane Andriani
Realce
18 
 
 
Desse modo, os serviços notariais e registrais sofrem a incidência do ISS e a base 
de cálculo do imposto é o preço do serviço, ou seja, o valor dos emolumentos. 
 
VI. ASPECTO QUANTITATIVO 
 
VI.1. Base de cálculo 
 
• A base de cálculo do ISS deverá se amoldar ao preço do serviço (art. 7º da LC 
116/2003), sendo esse o conteúdo patrimonial que será utilizado como 
contraprestação da obrigação de fazer sujeita ao ISS. 
 
• Lembre-se que a base de cálculo deve estar delimitada pelo princípio da 
legalidade, na medida em que precisa estar definida por lei municipal (art. 97 do 
CTN c/c art. 146, III, da CF/88) 
 
• Os descontos incondicionais não compõem a base de cálculo, por haver uma 
diminuição da contraprestação financeira recebida. Nessa esteira, é o 
entendimento do STJ: 
 
Descontos no preço do serviço que forem feitos de forma incondicionada, 
sem qualquer condição, serão válidas. O preço do serviço será, portanto, 
o valor cobrado já com o desconto. Se não for comprovado que a dedução 
foi incondicionada, mas decorreu de uma certa condição, o fisco poderá 
cobrar a diferença do ISS. (MARTINS, Sérgio Pinto, “Manual do Imposto 
sobre Serviços”, 7ª edição, São Paulo, Atlas, 2006, p. 82 e 83). Recurso 
especial conhecido e parcialmente provido para reconhecer que os 
descontos incondicionados concedidos em nota fiscal não integram a 
base de cálculo do ISS (REsp 1015165/BA, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2009, DJe 09/12/2009). 
 
• Base de cálculo no caso de serviço prestado por empresa de trabalho 
temporário (Vide comentários esclarecedores no site do dizer o direito) 
 
 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
19 
 
 
Súmula 524-STJ: No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa 
de agenciamento quando o serviço prestado por sociedade empresária de trabalho 
temporário for de intermediação, devendo, entretanto, englobar também os 
valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contratados nas 
hipóteses de fornecimento de mão de obra. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 22/04/2015 
 
 
• Base de cálculo especial para sociedades profissionais (ISS- fixo) 
 
O STF decidiu que o art. 9º do DL 406/1968 não foi revogado pela LC 116/2003. 
Vale dizer, então, que ainda é vigente o chamado ISS fixo. Apenas terão direito ao 
tratamento privilegiado do ISS fixo as sociedades civis uniprofissionais, que tem por 
objeto a prestação de serviço especializado sem caráter empresarial. 
 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de 
que o benefício da alíquota fixa do ISS somente é devido às sociedades 
unipessoais integradas por profissionais que atuam com responsabilidade 
pessoal, não alcançando as sociedades empresariais, como associedades 
por quotas, cuja responsabilidade é limitada ao capital social (AgRg nos 
EDcl no AREsp 33.365/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 22/11/2011, DJe 25/11/2011. 
 
VI.2. Alíquota 
 
• O art. 156, §3º, I, da CF/88, estabeleceu que ficará a cargo da legislação 
complementar fixar as alíquotas máximas e mínimas do ISS. A LC 116/2003, em 
sua redação original, previu a alíquota máxima de 5%, porém, nada tratou sobre 
a alíquota mínima. Sucede que a LC 157/2016 determinou, expressamente, que 
a alíquota mínima do ISS é de 2% (vide comentário abaixo). 
 
• O art. 88 do ADCT, por sua vez, incluiu a vedação aos Municípios, no que concerne 
ao ISS, de estabelecerem alíquotas mínimas inferiores a 2%, assim como de 
concederem benefícios e isenções, até que a lei complementar venha regular tal 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
20 
 
 
situação: 
Art. 88. Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos 
incisos I e III do §3º do art. 156 da Constituição Federal, o imposto 
a que se refere o inciso III do caput do mesmo artigo: 
I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços 
a que se referem os itens 32, 33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao 
Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968; 
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e 
benefícios fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na redução 
da alíquota mínima estabelecida no inciso I. 
 
 
MUITA ATENÇÃO: LC 157/2016 promove alterações na Lei do ISS (LC 116/2003). 
Entenda. 
Comentários Dizer o Direito 
 
1ª ALTERAÇÃO 
 
Houve algumas pequenas mudanças no rol do art. 3º, que trata sobre o local onde se 
considera prestado o serviço e, consequentemente, onde poderá ser cobrado o imposto. 
ANTES DA LC 157/2016 
 
ATUALMENTE 
Art. 3º O serviço considera-se 
prestado e o imposto devido no local 
do estabelecimento prestador ou, na 
falta do estabelecimento, no local do 
domicílio do prestador, exceto nas 
hipóteses previstas nos incisos I a XXII, 
quando o imposto será devido no 
local: 
 
Art. 3º O serviço considera-se prestado, e 
o imposto, devido, no local do 
estabelecimento prestador ou, na falta do 
estabelecimento, no local do domicílio do 
prestador, exceto nas hipóteses previstas 
nos incisos I a XXV, quando o imposto 
será devido no local: 
 
 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
21 
 
 
 
XII – do florestamento, 
reflorestamento, semeadura, 
adubação e congêneres, no caso dos 
serviços descritos no subitem 
7.16 da lista anexa; 
 
 
XVI – dos bens ou do domicílio das 
pessoas vigiados, segurados ou 
monitorados, no caso dos serviços 
descritos no subitem 11.02 da lista 
anexa; 
 
XIX – do Município onde está sendo 
executado o transporte, no caso dos 
serviços descritos pelo subitem 16.01 
da lista anexa; 
XII - do florestamento, reflorestamento, 
semeadura, adubação, reparação de 
solo, plantio, silagem, colheita, corte, 
descascamento de árvores, silvicultura, 
exploração florestal e serviços 
congêneres indissociáveis da formação, 
manutenção e colheita de florestas para 
quaisquer fins e por quaisquer meios; 
XVI - dos bens, dos semoventes ou do 
domicílio das pessoas vigiados, 
segurados ou monitorados, no caso dos 
serviços descritos no subitem 11.02 da 
lista anexa; 
XIX - do Município onde está sendo 
executado o transporte, no caso dos 
serviços descritos pelo item 16 da lista 
anexa; 
 
 
 
 
 
22 
 
 
2ª ALTERAÇÃO 
 
Foi acrescentado um novo artigo à LC 116/2003 determinando qual deverá ser a alíquota 
mínima do ISSQN: 
 
Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% 
(dois por cento). 
 
Desse modo, nenhum Município poderá instituir alíquota de ISSQN inferior a 2%. Isso 
tem como objetivo evitar a "guerra fiscal" que estava sendo travada entre muitos 
Municípios limítrofes, que reduziam as alíquotas do imposto para atraírem novas 
empresas prestadoras de serviços. 
Mas qual é o objetivo do legislador de estabelecer uma alíquota mínima? 
A finalidade foi a de evitar a "guerra fiscal" que estava sendo travada entre muitos 
Municípios limítrofes, que reduziam as alíquotas do imposto para atraírem novas 
empresas prestadoras de serviços. 
Ricardo Alexandre explica como essa prática pode ocorrer: 
 
"A maneira mais comum como se dava a guerra fiscal do ISS era os Municípios 
estipularem alíquotas irrisórias para o tributo, atraindo empresas para os respectivos 
territórios, uma vez que a competência para a cobrança era, em regra, do Município em 
que estava domiciliado o prestador de serviço. 
Noticiou-se, por exemplo, que Municípios da região metropolitana de São Paulo 
reduziram a alíquota do ISS para 0,5% (meio ponto percentual), o que equivalia a um 
décimo do que era cobrado na Capital. Dessa forma, as empresas que mudassem 
formalmente suas sedes para tais Municípios gozariam de uma redução de 90% 
(noventa por cento) na carga relativa ao tributo. 
No final das contas, todos os Municípios acabavam perdendo, pois quem tem um 
aparente ganho, sujeita-se a perdas futuras, uma vez que os demais Municípios também 
entrarão na guerra." (ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário esquematizado. São 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
23 
 
 
Paulo: Método, 2016, p. 678). 
 
O legislador possuía autorização constitucional para fixar esta alíquota mínima? 
SIM. A EC 37/2002 alterou o art. 156, § 3º, I, da CF/88 e passou a permitir expressamente 
que o legislador infraconstitucional tratasse sobre o tema. Veja: 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei 
complementar. 
(...) 
 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei 
complementar: 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (...) 
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e 
benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
 
 
Na prática, a previsão da alíquota mínima em 2% representa uma novidade? O caput 
do art. 8ºA traz uma grande inovação? 
NÃO. Isso porque o ADCT da CF/88 já previa que a alíquota mínima do ISS seria de 2%. 
Confira: 
24 
 
 
se refere o inciso III do caput do mesmo artigo: (Incluído pela EC 37/2002) 
I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os 
itens 32, 33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 
1968; (Incluído pela EC 37/2002) 
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que 
resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso 
I. (Incluído pela EC 37/2002) 
 
§ 1º tem por objetivo evitar a burla da alíquota mínima 
 
O legislador imaginou que os Municípios poderiam tentar burlar a proibição do caput 
por meio da concessão de isenções aos prestadores de serviços. 
Assim, por exemplo, a alíquota do ISS no Município "X" é de 2%. No entanto, é editada 
uma lei local concedendo isenção do imposto para as empresas que se instalem naquela 
localidade e gerem até 10 empregos diretos. Com isso, o Município teria encontrado 
uma forma de, indiretamente, superar a proibição do caput, já que, na prática, a alíquota 
será inferior a 2%. Com o objetivo de evitar esta burla, o legislador trouxe a seguinte 
regra no § 1º do art. 8º-A: 
 
§ 1º O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios 
tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito 
presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou 
indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquotamínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens 
7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei Complementar. 
 
Regra: não se pode conceder isenção, incentivo ou benefício relacionado com ISS se isso 
resultar em uma alíquota inferior a 2%. 
Exceção: será permitida a concessão de isenção, incentivo ou benefício de ISS para os 
seguintes serviços: 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
25 
 
 
• 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de 
construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive 
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, 
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e 
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de 
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
• 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e 
congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos 
serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
• 16.01 - Serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário 
e aquaviário de passageiros. 
Prazo de adaptação 
 
A LC 157/2016 determinou que os Municípios/DF terão o prazo de 1 ano para revogar os 
dispositivos que contrariem o disposto no caput e no § 1º do art. 8º-A acima transcritos. 
Ato de improbidade administrativa 
 
Importante ressaltar que a LC 157/2016 alterou a Lei nº 8.429/92 e determinou que 
administrador público que conceder, aplicar ou manter benefício em contrariedade ao 
que estabelece o art. 8ºA, caput e § 1º comete ato de improbidade administrativa. 
Confira o artigo que foi acrescentado na Lei de Improbidade: 
 
 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para 
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem 
o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
 
 
A pessoa que praticar o ato de improbidade do art. 10-A está sujeita às seguintes 
penalidades: 
• perda da função pública; 
 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
26 
 
 
• suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos e 
 
• multa civil de até 3 vezes o valor do benefício financeiro ou tributário 
concedido. 
 
§ 2º É nula a lei ou o ato do Município ou do Distrito Federal que não respeite as 
disposições relativas à alíquota mínima previstas neste artigo no caso de serviço 
prestado a tomador ou intermediário localizado em Município diverso daquele onde 
está localizado o prestador do serviço. 
 
§ 3º A nulidade a que se refere o § 2º deste artigo gera, para o prestador do serviço, 
perante o Município ou o Distrito Federal que não respeitar as disposições deste artigo, 
o direito à restituição do valor efetivamente pago do Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza calculado sob a égide da lei nula. 
 
 
3ª ALTERAÇÃO 
 
Todos os serviços que estão sujeitos ao pagamento de ISSQN encontram- se previstos na 
lista anexa à LC 116/2003. Se não estiver nesta lista, não é fato gerador deste imposto. 
Vale ressaltar que esta lista é taxativa (exaustiva). 
A LC 157/2016 alterou diversos itens da lista do Anexo da LC 116/2003. 
 
A LC 116 foi editada em 2003. Nestes anos surgiram novos serviços que, como não 
estavam expressamente na lista, não podiam ser tributados com ISS. Desse modo, a 
alteração teve como objetivo incluir expressamente estes novos serviços. Os exemplos 
mais emblemáticos são os serviços de filmes e músicas por streaming, como é o caso do 
"Netflix" e do "Spotify". A LC 157/2016 acrescenta expressamente este serviço na lista 
do Anexo da LC 116/2003 e agora esta atividade passa a ser tributada com ISS. Veja o 
item que foi inserido para tributar o Netflix: 
 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
27 
 
 
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e 
texto por meio da internet, respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos (exceto 
a distribuição de conteúdos pelas prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado, de 
que trata a Lei nº 12.485, de 12 de setembro de 2011, sujeita ao ICMS). 
 
 
Veja os demais itens que foram alterados e compare com a redação original. Se você 
estuda para concursos que cobram bastante ISS (ex: PGM, Fiscal de Tributos Municipais) 
deverá saber bem as mudanças abaixo: 
 
ANTES DA LC 157/2016 ATUALMENTE 
1.03 – Processamento de dados e 
congêneres. 
1.03 - Processamento, armazenamento 
ou hospedagem de dados, textos, 
imagens, vídeos, páginas eletrônicas, 
aplicativos e sistemas de informação, 
entre outros formatos, e congêneres. 
1.04 – Elaboração de programas de 
computadores, inclusive de jogos 
eletrônicos. 
1.04 - Elaboração de programas de 
computadores, inclusive de jogos 
eletrônicos, independentemente da 
arquitetura construtiva da máquina em 
que o programa será executado, incluindo 
tablets, smartphones e congêneres. 
28 
 
 
Não havia. 1.09 - Disponibilização, sem cessão 
definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, 
imagem e texto por meio da internet, 
respeitada a imunidade de livros, jornais e 
periódicos (exceto a distribuição de 
conteúdos pelas prestadoras de Serviço de 
Acesso Condicionado, de que trata a Lei nº 
12.485, de 12 de setembro 
de 2011, sujeita ao ICMS). 
Não havia. 6.06 - Aplicação de tatuagens, 
piercings e congêneres. 
7.16 – Florestamento, reflorestamento, 
semeadura, adubação e congêneres. 
7.16 - Florestamento, 
reflorestamento, semeadura, adubação, 
reparação de solo, plantio, silagem, 
colheita, corte e descascamento de 
árvores, silvicultura, exploração florestal e 
dos serviços congêneres indissociáveis da 
formação, manutenção e colheita de 
florestas, para quaisquer fins e por 
quaisquer meios. 
11.02 – Vigilância, segurança ou 
monitoramento de bens e 
pessoas. 
11.02 - Vigilância, segurança ou 
monitoramento de bens, pessoas e 
semoventes. 
29 
 
 
13.05 – Composição gráfica, 
fotocomposição, clicheria, 
zincografia, litografia, 
fotolitografia. 
13.05 - Composição gráfica, inclusive 
confecção de impressos gráficos, 
fotocomposição, clicheria, zincografia, 
litografia e fotolitografia, exceto se 
destinados a posterior operação de 
comercialização ou 
industrialização, ainda que incorporados, 
de qualquer forma, a outra mercadoria 
que deva ser objeto de posterior 
circulação, tais como bulas, rótulos, 
etiquetas, caixas, cartuchos, embalagens e 
manuais técnicos e de instrução, 
quando ficarão sujeitos ao ICMS. 
14.05 - Restauração, 
recondicionamento, acondicionamento, 
pintura, beneficiamento, lavagem, 
secagem, tingimento, 
galvanoplastia, anodização, corte, 
recorte, polimento, plastificação e 
congêneres, de objetos quaisquer. 
14.05 - Restauração, 
recondicionamento, acondicionamento,
 pintura, beneficiamento, 
lavagem, secagem, tingimento, 
 galvanoplastia, 
anodização, corte, recorte, 
plastificação, costura, 
acabamento, polimento e 
congêneres de objetos quaisquer. 
Não havia. 14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste 
e içamento. 
16.01 - Serviços de transporte de 
natureza municipal. 
16.01 - Serviços de transporte coletivo 
municipal rodoviário, metroviário, 
ferroviário e aquaviário de passageiros. 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
30 
 
 
Não havia. 16.02 - Outros serviços de 
transporte de natureza municipal. 
Não havia. 17.25 - Inserção de textos, desenhos e 
outros materiais de propaganda epublicidade, em qualquer meio (exceto em 
livros, jornais, periódicos e nas 
modalidades de serviços de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens de recepção 
livre e 
gratuita). 
 25.02 – Cremação de corpos e 
partes de corpos cadavéricos. 
25.02 - Translado intramunicipal e 
cremação de corpos e partes de 
corpos cadavéricos. 
Não havia. 25.05 - Cessão de uso de espaços em 
cemitérios para sepultamento. 
 
 
 
Vigência 
 
A LC 157/2016 entrou em vigor no momento da sua publicação (30/12/2016). No 
entanto, a 2ª alteração acima explicada (novo art. 8ºA da LC 116/2003) somente 
produzirá efeitos a partir de 30/12/2017. 
De igual modo, a nova hipótese de ato de improbidade inserida no art. 10-A da Lei nº 
8.429/92 já está em vigor, mas somente produzirá efeitos a partir de 30/12/2017. 
A 3ª alteração, ou seja, inclusão de novos serviços a serem tributados pelo ISS somente 
começa a valer a partir de março de 2017. Isso porque houve a inclusão de novos fatos 
geradores e o ISS se submete ao princípio da noventena (anterioridade nonagesimal) 
previsto no art. 150, III, "c", da CF/88. 
 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
31 
 
 
Art. 150. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela EC 42/2003) 
 
 
OBSERVAÇÃO: Antes mesmo da publicação da LC 157/2016, o Supremo Tribunal Federal, 
em sede de ADPF, já havia decidido que é inconstitucional lei municipal que veicule 
exclusão de valores da base de cálculo do ISS fora das hipóteses previstas em lei 
complementar nacional. Também é incompatível com o texto constitucional medida 
fiscal que resulte indiretamente na redução da alíquota mínima estabelecida pelo art. 
88 do ADCT, a partir da redução da carga tributária incidente sobre a prestação de 
serviços na territorialidade do ente tributante. STF. Plenário. ADPF 190/SP, Rel. Min. 
Edson Fachin, julgado em 29/09/2016 (Info 841). 
 
 
VII. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
• Lançamento: Como é sabido, a espécie de lançamento vai depender da 
regulamentação criada pela lei local de cada município. Porém, normalmente a 
constituição do crédito tributário referente ao ISS é realizado por meio de 
lançamento por homologação e o ISS fixo pelo lançamento de ofício. 
 
 
• JURISPRUDÊNCIA EM TESES (STJ) - EDIÇÃO N. 64: IMPOSTOS MUNICIPAIS II – ISS 
 
1) A listagem de serviços que constituem fatos geradores do Imposto Sobre Serviços de Qualquer 
Natureza - ISSQN (anexa ao Decreto-Lei n. 406/1968 e à Lei Complementar n. 116/2003) 
comporta interpretação extensiva para abarcar os serviços congêneres àqueles previstos 
taxativamente. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 132). 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
32 
 
 
2) O ISS é espécie tributária que pode se caracterizar como tributo direto ou indireto, sendo 
necessário avaliar se seu valor é repassado ou não ao preço cobrado pelo serviço. (Tese julgada 
sob o rito do art. 543-C do CPC/73 Tema 398). 
3) A partir da vigência da Lei Complementar n. 116/03, a competência tributária ativa para a 
cobrança do ISSQN recai sobre o município em que o serviço é efetivamente realizado, desde 
que, no local, haja unidade econômica ou profissional do estabelecimento prestador (Tese 
julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Temas 354 e 355). 
4) Incide ISSQN e não ICMS nas hipóteses em que são desenvolvidas operações mistas de 
fornecimento de mercadorias e prestação de serviço, desde que este esteja expressamente 
previsto na listagem anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 116/2003. 
5) O tratamento diferenciado que assegura a alíquota fixa do ISS às sociedades profissionais, nos 
moldes do art. 9º do Decreto-Lei n. 406/68, não foi revogado pelo art. 10 da Lei Complementar 
n. 116/03. 
6) O benefício da alíquota fixa do Imposto sobre Serviços estabelecida no art. 9º, §§ 1º e 3º, do 
DL 406/68 somente é concedido às sociedades uni ou pluripessoais integradas por profissionais 
que atuam com responsabilidade pessoal e sem caráter empresarial. 
7) A tributação fixa do ISS não alcança as sociedades constituídas sob a forma de 
responsabilidade limitada, em razão do caráter empresarial de que se reveste este tipo 
societário. 
8) As sociedades simples constituídas sob a forma societária limitada fazem jus ao benefício da 
tributação por alíquota fixa desde que os seus sócios prestem serviços de forma pessoal e sem 
caráter empresarial. 
9) Não incide ISS sobre os serviços de rebocagem na vigência do Decreto-Lei n. 406/68, tanto 
por ausência de expressa previsão legal (art. 108, 
§1º, do CTN), como por não ser serviço congênere ao de atracação. 
10) A base de cálculo do ISSQN incidente na prestação do serviço público de transporte coletivo é 
o valor pago pelo usuário no momento da aquisição da passagem, e não o valor da tarifa vigente 
na data da sua utilização. 
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
33 
 
 
11) O valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente ao ISSQN, 
compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese de incidência 
do PIS e da COFINS. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 Tema 634) 
12) É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ISS sobre 
operações de locação de bens móveis dissociadas da prestação de serviços. (Súmula Vinculante 
31/STF) 
13) É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres da lista anexa ao DL n. 
406/1968 e à LC n. 56/1987. (Súmula 424/STJ) (Julgado sob o rito do art. 543-C do CPC/73 Tema 
132) 
14) Não se aplica à prestação de serviços de registros públicos cartorários e notariais o regime 
especial de alíquota fixa do ISS previsto no § 1º do art. 9º do DL n. 406/1968. 
15) A competência para o recolhimento do ISS nas hipóteses de construção civil é do município 
onde a obra foi realizada, independentemente do serviço ter sido prestado antes ou após a 
edição da LC n. 116/03. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 198). 
16) O custo dos materiais empregados na construção civil pode ser deduzido da base de cálculo 
do Imposto sobre Serviços. 
17) O ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço prestado por 
sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo, entretanto, 
englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela 
contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C 
do CPC/73 - Tema 403). 
18) Não incide ISS sobre o serviço de provedor de acesso à internet, por ausência de previsão 
legal. 
19) Incide ISS sobre a intermediação de negócios na Bolsa de Mercadorias e Futuro - BM&F, cuja 
atividade é voltada para a comercialização de mercadorias. 
 
 
Encontrou algum equívoco ou desatualização neste material? Por favor, informe-nos enviando 
um e-mail para caio.souza@vorne.com.br. Sua contribuição é muito importante para nós! 
caio.souza@vorne.com.br
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce
Lorrane Andriani
Realce

Continue navegando