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Com base no texto O lugar do espaço na equação população/meio ambiente, de George Martine, responda as seguintes questões:

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EXERCÍCIO
Com base no texto “O lugar do espaço na equação população/meio ambiente”, de George Martine, responda as seguintes questões:
1. Por que o autor considera que é vital focar-se na questão do espaço na interação entre a dinâmica populacional, o desenvolvimento e o meio ambiente?
Por que na intenção de tentar entender quais são as opções de ocupação do espaço e seu significado ambiental é uma maneira de abrir caminhos úteis para a pesquisa e a política, favorecendo reflexões sobre o que a civilização moderna precisa fazer para alcançar a sustentabilidade. Pois é importante entender o crescimento urbano no contexto histórico atual, pois tanto o crescimento demográfico quanto o econômico está direcionado nas localidades urbanas. Portanto, os problemas ambientais enfrentados pela civilização moderna possuem enlaço nos padrões de produção e consumo, que estão claramente centrados nas áreas urbanas.
2. De acordo com o autor, quais são as críticas e limitações associadas às abordagens centradas nos conceitos de capacidade de carga, pegada ecológica e espaço ambiental?
A capacidade de carga tem sido criticada pelo fato de não considerar adequadamente as mudanças ecológicas, as aspirações de pessoas por melhores padrões de vida, o efeito do comércio internacional e os vários tipos de restrições no uso da terra. A capacidade de carga depende de formas específicas de organização social e padrões diferenciados e pouco uso no nível global, podendo produzir insights mais úteis em unidades espaciais menores. Os ecologistas alegam que a população da terra excedeu e com isso leva a crer que as opções de políticas públicas são sombrias e o planejamento familiar e controle populacional não tem capacidade retroativa.
Os conceitos da pegada ecológica não é uma ciência exata, é útil na ampliação da consciência sobre a ligação entre o desenvolvimento industrial e os desafios à sustentabilidade, fornecendo melhorias no que condiz com a contabilidade ecológica. A pegada ecológica não oferece nenhuma direção para novas pesquisas ou políticas. Lamenta-se que muitos usam a ideia de pegada ecológica para dizer que o problema é a concentração urbana.
O espaço ambiental chama para a atenção sobre o tamanho da pressão ambiental que os ecossistemas terrestres podem agüentar sem sofrerem danos irreversíveis. O uso real do espaço ambiental contrasta com o uso permissível, o que ajuda a estabelecer as cotas e limites para as economias nacionais. Em outras palavras, os conceitos de “capacidade de carga” e “pegada ecológica”, ou de “espaço ambiental”, não aborda diretamente a questão de como os padrões diferenciados de distribuição espacial da população iriam ajudar ou obstruir a sustentabilidade.
3. De que forma o autor sustenta a hipótese que os assuntos de PDA mais pertinentes são aqueles relacionados aos impactos da concentração demográfica sobre o meio ambiente?
A importância ambiental das cidades é potencializada pelo papel crucial destas na estrutura atual do desenvolvimento. A maior parte dos incrementos econômicos provém das áreas urbanas, tornando-as o principal foco das interações população/meio ambiente afetadas pelo desenvolvimento. Contudo, as cidades tem tido enormes vantagens econômicas e a população rural mundial deve diminuir ligeiramente e acarretará o crescimento populacional futuro nas áreas urbanas e as cidades com população inferior a 500.000 habitantes representam metade da população urbana total e futuramente absorverão a maior parte da população urbana do mundo. De certa forma, elas teriam mais facilidade para fazer um uso sustentável do espaço.
4. Por que o autor acredita que a visão antiurbana pode ser considerada injustificada? Quais são as relações apontadas por Martine entre a urbanização e o crescimento populacional e a apropriação da terra pela expansão urbana?
A visão antiurbana é injustificada, uma vez que os governos de todo o mundo têm resistido à migração rural-urbana. Imagina-se que a falta de ações em favor dos pobres evite a migração futura dos pobres. Esta política não tem funcionado por que a maior parte do crescimento urbano deve-se ao crescimento vegetativo e por que os migrantes continuam procurando as cidades, e ocupam térreas marginais, ecologicamente frágeis ou perigosas, o que contribui para a esqualidez e miséria da nova população urbana, bem como para a degradação ecológica das cidades.
A relação que Martine faz entre a urbanização e o crescimento populacional e a apropriação da terra é levar em conta as tendências futuras e preparar-se para elas. Pois o crescimento futuro exigirá planejamentos sustentáveis de expansão urbana. O uso do espaço atual precisa melhorar e políticas de uso do solo futuro poderiam reduzir as conseqüências sociais e ambientais negativas de um crescimento urbano inevitável. 
O modelo econômico mundial está destruindo a capacidade regenerativa da terra, dos rios e dos oceanos e o consumo global da humanidade já superou em mais de 30% a capacidade de sustentabilidade ambiental. Existem diferentes modelos para avaliar a relação entre população e meio ambiente. A mais simples e difundida fórmula que define a relação entre população e ambiente foi elaborado nos anos 70, por Paul Ehrlich e J. Holdren, sintetizada na seguinte equação:
                                                      I = PAT
onde:
I = Impacto ambiental
P = População (tamanho e estrutura etária)
A = Afluência (renda per capita da população e nível de consumo)
T = Tecnologia (medida da eficiência no uso de matérias-primas e energia)
Embora muito citada e utilizada, esta fórmula tem sido bastante criticada devido ao simplismo de sua concepção, pois diferentes fatores no lado direito da equação contribuem para diferentes impactos no lado esquerdo da mesma. Por exemplo, os fatores que danificam a camada de ozônio não são os mesmos que contribuem para o desmatamento e a perda de biodiversidade. A fórmula considera o ambiente como uma variável independente que sofre o efeito das atividades humanas, mas não considera a complexidade que existe na relação recíproca de interdependência entre ambas.
A relação entre as atividades antropogênicas e o meio ambiente deve levar em consideração distinções como ajuste versus persistência e homeostase versus resiliência. Ou seja, os sistemas vivos possuem capacidade para absorver mudanças e para criar novas estabilidades e absorver perturbações ao longo do tempo, sendo que a resiliência expressa o potencial de recuperação. Outras duas observações referem-se à diferença entre impacto local ou regional e impacto global. O aquecimento global, por exemplo, pode colocar em risco diversas experiências locais bem sucedidas de harmonização entre atividades humanas e o meio ambiente.
As limitações da fórmula citada (I = PAT) levaram ao surgimento de novos conceitos que buscaram levar em consideração a noção da territorialidade na tentativa de integrar a dinâmica demográfica ao espaço físico e ao desenvolvimento econômico, social e institucional, tais como “capacidade de carga” e “pegada ecológica”.
O conceito de capacidade de carga (ou suporte) indica o quanto determinado ambiente tolera a atividade humana ou de outra espécie viva. Ou seja, é a capacidade máxima de extração de recursos que pode ser suportado por um habitat (ou pelo planeta), sem comprometer de forma negativa e permanente o seu futuro. Abaixo da capacidade de carga, uma população geralmente cresce, enquanto tende a decrescer se a excede.
Essa definição, contudo, não é fácil de ser operacionalizada, pois não captura os processos multifacetados da relação demografia-ambiente. Além disso, o ser humano muda conscientemente o tipo e o grau do seu impacto sobre a natureza, tornando difícil estabelecer uma capacidade máxima de carga ou um ótimo populacional. A crítica a este conceito já estava presente nos argumentos de Boserup sobre os efeitos do aumento da densidade populacional sobre o aumento da produtividade agrícola.
Já a Pegada Ecológica mede o impacto humano sobre as áreas terrestrese aquáticas, biologicamente produtivas, necessárias para a disponibilização de recursos ecológicos e serviços: alimentos, fibras, madeira, terreno para construção e para a absorção do dióxido de carbono (CO2) emitido pela combustão de combustíveis fósseis etc. A biocapacidade da Terra constitui, assim, a quantidade de área biologicamente produtiva – zona de cultivo, pasto, floresta e pesca – disponível para responder às necessidades da humanidade. Segundo o Relatório Planeta Vivo, desde os últimos anos da década de 1980 que a Pegada Ecológica ultrapassa a biocapacidade da Terra.
O consumo global da humanidade superou, em 2005, cerca de 30% a capacidade regenerativa da Terra. Ou seja, a população mundial está transformando os recursos em resíduos mais rapidamente do que a natureza consegue regenerá-los. O modelo econômico atual é insustentável. Para a própria sobrevivência, população e economia precisam respeitar o meio ambiente ou todos perecerão juntos.
Com base no texto “O lugar do espaço na equação população/meio ambiente”, de George Martine, responda as seguintes questões:
1. 1. Por que o autor considera que é vital focar-se na questão do espaço na interação entre a dinâmica populacional, o desenvolvimento e o meio ambiente?
Por que na intenção de tentar entender quais são as opções de ocupação do espaço e seu significado ambiental é uma maneira de abrir caminhos úteis para a pesquisa e a política, favorecendo reflexões sobre o que a civilização moderna precisa fazer para alcançar a sustentabilidade. Pois é importante entender o crescimento urbano no contexto histórico atual, pois tanto o crescimento demográfico quanto o econômico está direcionado nas localidades urbanas. Portanto, os problemas ambientais enfrentados pela civilização moderna possuem enlaço nos padrões de produção e consumo, que estão claramente centrados nas áreas urbanas.
A resposta exemplifica a relação entre o espaço a dinâmica populacional, o desenvolvimento e o meio ambiente, entretanto não esclarece a importância de se focar no conceito de ESPAÇO enquanto categoria a ser considerada.
Valor da questão: 3,75
Valor adquirido: 1,5
 
1. 2. De acordo com o autor, quais são as críticas e limitações associadas às abordagens centradas nos conceitos de capacidade de carga, pegada ecológica e espaço ambiental?
A capacidade de carga tem sido criticada pelo fato de não considerar adequadamente as mudanças ecológicas, as aspirações de pessoas por melhores padrões de vida, o efeito do comércio internacional e os vários tipos de restrições no uso da terra. A capacidade de carga depende de formas específicas de organização social e padrões diferenciados e pouco uso no nível global, podendo produzir insights mais úteis em unidades espaciais menores. Os ecologistas alegam que a população da terra excedeu e com isso leva a crer que as opções de políticas públicas são sombrias e o planejamento familiar e controle populacional não tem capacidade retroativa.Ok
Os conceitos da pegada ecológica não é uma ciência exata, é útil na ampliação da consciência sobre a ligação entre o desenvolvimento industrial e os desafios à sustentabilidade, fornecendo melhorias no que condiz com a contabilidade ecológica. A pegada ecológica não oferece nenhuma direção para novas pesquisas ou políticas. Lamenta-se que muitos usam a idéia de pegada ecológica para dizer que o problema é a concentração urbana.Ok
O espaço ambiental chama para a atenção sobre o tamanho da pressão ambiental que os ecossistemas terrestres podem agüentar sem sofrerem danos irreversíveis. O uso real do espaço ambiental contrasta com o uso permissível, o que ajuda a estabelecer as cotas e limites para as economias nacionais. Em outras palavras, os conceitos de “capacidade de carga” e “pegada ecológica”, ou de “espaço ambiental”, não aborda diretamente a questão de como os padrões diferenciados de distribuição espacial da população iriam ajudar ou obstruir a sustentabilidade. Ok
Valor da questão: 3,75
Valor adquirido: 3,75
1. 3. De que forma o autor sustenta a hipótese que os assuntos de PDA mais pertinentes são aqueles relacionados aos impactos da concentração demográfica sobre o meio ambiente?
A importância ambiental das cidades é potencializada pelo papel crucial destas na estrutura atual do desenvolvimento. A maior parte dos incrementos econômicos provém das áreas urbanas, tornando-as o principal foco das interações população/meio ambiente afetadas pelo desenvolvimento. Contudo, as cidades tem tido enormes vantagens econômicas e a população rural mundial deve diminuir ligeiramente e acarretará o crescimento populacional futuro nas áreas urbanas e as cidades com população inferior a 500.000 habitantes representam metade da população urbana total e futuramente absorverão a maior parte da população urbana do mundo. De certa forma, elas teriam mais facilidade para fazer um uso sustentável do espaço. Ok
Valor da questão: 3,75
Valor adquirido: 3,75
1. 4. Por que o autor acredita que a visão antiurbana pode ser considerada injustificada? Quais são as relações apontadas por Martine entre a urbanização e o crescimento populacional e a apropriação da terra pela expansão urbana?
A visão antiurbana é injustificada, uma vez que os governos de todo o mundo têm resistido à migração rural-urbana. Imagina-se que a falta de ações em favor dos pobres evite a migração futura dos pobres. Esta política não tem funcionado por que a maior parte do crescimento urbano deve-se ao crescimento vegetativo e por que os migrantes continuam procurando as cidades, e ocupam térreas marginais, ecologicamente frágeis ou perigosas, o que contribui para a esqualidez e miséria da nova população urbana, bem como para a degradação ecológica das cidades.
A relação que Martine faz entre a urbanização e o crescimento populacional e a apropriação da terra é levar em conta as tendências futuras e preparar-se para elas. Pois o crescimento futuro exigirá planejamentos sustentáveis de expansão urbana. O uso do espaço atual precisa melhorar e políticas de uso do solo futuro poderiam reduzir as conseqüências sociais e ambientais negativas de um crescimento urbano inevitável.
Valor da questão: 3,75
Valor adquirido: 2,0

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