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Andressa K. S. Oliveira, Barbara C. Macedo e Michelly C. F. Michiura
Unic- Universidade de Cuiabá
Faculdade de Medicina Veterinária
 Prática Hospitalar em Produção, Reprodução Animal e Inspeção Sanitária
SUPLEMENTAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE EM PASTEJO
Cuiabá-MT
2020
Andressa K. S. Oliveira, Barbara C. Macedo e Michelly C. F. Michiura
Unic- Universidade de Cuiabá
Faculdade de Medicina Veterinária
 Prática Hospitalar em Produção, Reprodução Animal e Inspeção Sanitária
SUPLEMENTAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE EM PASTEJO
Trabalho apresentado para disciplina de Nutrição de Ruminantes, sobre orientação da prof.ª Leni Rodrigues Lima, como parte da nota da conclusão da disciplina.
Cuiabá-MT
2020
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	REVISÃO DE LITERATURA	5
2.1	O que é a suplementação e por que devemos suplementar?	6
2.2	Quais são os tipos de suplementação? Quais as diferenças? O que os caracteriza?	6
2.3	Níveis de suplementação	8
2.4	Suplementação no período da seca	9
2.5	Suplementação na época das águas	10
2.6	Estruturas de fornecimento	11
2.7	Vantagens e desvantagens da suplementação	11
2.8	Rendimento	12
3	CONSIDERAÇÕES FINAIS	12
4	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	13
INTRODUÇÃO
Em sistemas de produção animal a pasto, dois fatores de produção vão estar diretamente ligados a eficiência do processo: o potencial forrageiro da planta e o potencial animal. O potencial forrageiro é resultado de uma complexa interação entre planta e meio ambiente, com conseqüências sobre o valor nutritivo (composição química, digestibilidade, produtos da digestão) e o consumo de matéria seca (aceitabilidade, taxa de passagem e disponibilidade). O potencial animal é uma função do indivíduo (idade, tamanho, sexo) e de genética, tendo como fator limitante para a sua expressão, o meio ambiente (climático e/ou nutricional) (Thiago, 1999). Para atender o crescimento e ganho de peso, as exigências nutricionais do animal em pastejo são continuas, e alcançadas através do consumo diário de matéria seca da pastagem (MS).
Em virtude da sazonalidade produção das plantas forrageiras de clima tropical e das diferenças marcantes na composição bromatológica, a meta principal da suplementação é reduzir as deficiências nutricionais desta forragem, para estimular o consumo, aumentar a digestibilidade, consequentemente melhorando o desempenho animal (CANESIN et al., 2007). 
Os minerais estão envolvidos em quase todas as vias metabólicas do organismo animal, com funções importantes nos desempenhos reprodutivas, na manutenção do crescimento, no metabolismo energético, na função imune entre outras tantas funções fisiológicas, não só para a manutenção da vida, como também para o aumento da produtividade animal (LAMB et al., 2008; WILDE, 2006). Dessa forma a suplementação deve entrar na dieta suprindo os nutrientes que as pastagens não conseguem suprir na sua totalidade, atendendo as exigências dos bovinos.
Os principais sistemas que podemos suplementar os bovinos são: os minerais que são compostos por macro (Ca e P) e os microminerais (Cu e Zn) que é deixado a vontade. Ureados que é a junção dos minerais com a ureia. A ureia é fonte de nitrogênio para os microrganismos do rúmen. Os proteinados envolve os minerais, a ureia e o farelo dos grãos para aumentar o consumo e desempenho. Os energéticos se difere na quantidade de fornecimento, aumentando sua capacidade de ganho.
REVISÃO DE LITERATURA
O que é a suplementação e por que devemos suplementar?
Os suplementos são usados para adicionar nutrientes extras ou suprir nutrientes limitantes, seja no período das águas e/ou no período seco, sendo necessário ajustar essa deficiência conforme o período do ano. 
Segundo MOREIRA (2003) o Brasil, por ser um país de clima tropical em sua maioria, apresenta um alto potencial de produção forrageira, no entanto, essa produção é caracterizada por períodos de máxima e mínima produção, disponibilidade e qualidade da forragem no período das águas, e baixa disponibilidade e péssima qualidade de forragem respectivamente, contribuindo para períodos de ganho de peso animal intercalados com períodos de perda de peso ou estabilização do crescimento. Com isso, as utilizações da suplementação de bovinos terminados em pastagens tropicais tornam-se indispensável, pois as pastagens não fornecem os nutrientes exigidos pelos animais de forma adequada durante o ano, além de permite corrigir dietas desbalanceadas, aumentar a eficiência de conversão das pastagens, melhorar o ganho de peso dos animais, encurtar os ciclos de crescimento e engorda dos bovinos e aumentar a capacidade de suporte das pastagens. 
O fato de que as forrageiras apresentam qualidade nutricional mais baixa, especialmente pelo envelhecimento dos tecidos vegetais, consequência da redução de conteúdo celular e lignificação. Mesmo para baixas taxas de lotação, a combinação de menor oferta e
qualidade da forragem resulta em perda de peso dos animais ou taxas de ganho muito baixas. A suplementação estratégica, principalmente na seca e quando corretamente realizada, faz com que a perda de peso seja revertida para ganhos moderados ou, pelo menos, que haja a manutenção de peso dos animais.
A meta principal da suplementação é reduzir as deficiências nutricionais desta forragem, para estimular o consumo, aumentar a digestibilidade, consequentemente melhorando o desempenho animal.
Quais são os tipos de suplementação? Quais as diferenças? O que os caracteriza?
Suplementação energética
ANDRADE & PRADO (2011), afirma que suplementação energética supre os nutrientes energéticos objetivando maior ganho de peso vivo, com ênfase em ordenamentos estratégicos de fornecimento de animais prontos em períodos de entre safra, potencializando ganhos em período de oferta de forragens de boa qualidade, melhorar desempenhos reprodutivos nos rebanhos. 
Uma frustração comum com a ingestão de fontes energéticas é o efeito de substituição. A substituição ocorre quando o suplemento alimentar reduz a ingestão da forragem. Uma das principais preocupações quando, se fornece suplementos energéticos para vacas de corte é o teor de amido do suplemento. Tem sido notado que quando suplementos ricos em amido (tais como milho, sorgo, trigo ou cevada) são ingeridos por gado consumindo forragens a ingestão e digestões da forragem são suprimidas, sendo esta última pela redução da energia derivada da dieta basal de forragem.
Suplementação mineral 
A suplementação mineral em cocho é a forma de fornecimento de minerais mais utilizadas, aproveitando o sal branco como regulador da ingestão da mistura mineral. Um suplemento mineral para ser adequado deve ter as seguintes características: conter de 60 a 100 g de fósforo total por kg de mistura mineral; ter relação cálcio:fósforo em torno de 1,5:1; deve suprir no mínimo 50% das necessidades totais em micro minerais; ser composto por sais minerais de alta qualidade, na forma biologicamente disponível, e sem elementos tóxicos em níveis seguros à saúde animal; ser palatável para adequar o consumo às necessidades de cada categoria animal; e ter granulação homogenia. Em razão das diferentes exigências nutricionais das diversas categorias de bovinos, do seu estado fisiológico, do tipo de pastagem e da época do ano, os suplementos minerais precisam ser diferenciados com vistas a atender às necessidades suplementares específicas de cada categoria do rebanho. Este aspecto é imprescindível para a suplementação mineral no período chuvoso, ou seja, entre outubro e maio.
O sal-uréia (sal mineralizado adicionado de uréia, sulfato de amônia, e de farelos energéticos como milho, sorgo, trigo, etc.) pode ser utilizado como objetivo de obter a manutenção do peso durante o período seco. Para tanto, um animal adulto deve consumir entre cerca de 150 gramas/cabeça/dia deste suplemento. Essa suplementação é indicada para todas as categorias animais, exceto bezerros muito jovens, quando a forragem disponível estiver seca e com o conteúdo de proteína bruta inferior a 7%.
O sal proteinado é um suplementoprotéico mineral pronto para consumo que deve ser fornecido em cocho para bovinos manejados em pastagens durante a seca e surgiu em razão do sal-uréia proporcionar apenas a manutenção do peso. O sal protéico é uma forma econômica de obter ganhos moderados de até 300 gramas/animal/dia, com um consumo entre 0,1% (1 g/kg de peso) e 0,2% (2 g/kg de peso) do peso do animal a cada dia. A diferença básica entre o sal proteinado e o sal-uréia, é a inclusão de farelo de soja ou farelo de algodão e de sal comum na mistura, além do maior nível de consumo. O objetivo fundamental do uso do sal protéico é suprir a deficiência de nitrogênio das bactérias do rúmen, quando o teor de PB nas pastagens está abaixo de 7% (o que é muito comum nas braquiárias, na estação seca do ano), e com isto melhorar o consumo de pasto na seca e consequentemente o desempenho dos animais.
Suplementação proteica 
A suplementação proteica de animais em pastejo é uma ferramenta que permite corrigir dietas desequilibradas, melhorar a conversão alimentar e os ganhos de peso corporal e, por consequência, diminuir os ciclos da pecuária de corte (PERUCHENA, 1999). De acordo com várias pesquisas, a suplementação proteica pode causar efeitos positivos associativos em alguns casos, quando adicionada à dieta de forragem de baixa qualidade. Produtos ricos em proteína geralmente aumentam o GP de bovinos que consomem forragem de moderada a baixa qualidade por aumentar a ingestão e digestibilidade da forragem (LUSBY, 1982). 
Misturas Múltiplas
As misturas múltiplas são suplementos balanceados para atender a uma demanda de ganho de peso durante todo o ano, portanto, atendem múltiplas deficiências nutricionais do animal em pastejo. Este suplemento é indicado para a engorda de animais a pasto em regime de semi-confinamento, mesmo durante a seca, pois supri múltiplas deficiências nutricionais do animal (proteína, energia e minerais). O desempenho esperado será proporcional à quantidade de suplemento fornecido, ou seja, quanto mais mistura múltipla cada animal consumir por dia maior será seu ganho de peso.
Níveis de suplementação
A forragem sendo o único alimento disponível para os animais em pastejo, esta deve fornecer energia, proteína, vitaminas e minerais para atender às exigências para mantença e produção, o suplemento deve ser considerado como um complemento da dieta, o qual supre os nutrientes deficientes na forragem disponível (TONELLO et al., 2011).
Para a eficiente formulação para ruminantes em pastejo, há necessidade de se conhecer as exigências dos animais e dos microorganismos do rúmen. Da mesma forma, deve-se avaliar, além do consumo, conteúdo de nutrientes da forragem disponível, bem como de proteína degradável e não degradável e de energia digestível, bem como as possíveis interações que ocorrem entre o consumo e a digestibilidade da forragem e do suplemento (Del Curto, 1990).
MOORE (1980) relata sobre as interações existentes entre o consumo de forragem e o consumo de suplemento, e apresenta três efeitos: O aditivo, no qual o consumo de forragem é constante em diferentes níveis de suplementação e ocorre adição no consumo total no mesmo nível que em o suplemento é fornecido; o efeito combinado, em que o consumo total aumenta, porém há redução do consumo de forragem; por fim, o efeito substitutivo, ou seja, o consumo total é constante, porém o consumo de forragem diminui na mesma proporção que aumenta o consumo de suplemento.
Quando o objetivo é a terminação a pasto na época seca do ano, o animal necessita quantidades elevadas de suplemento proteico- energéticos. Quando mantidos exclusivamente em pastagens tropicais durante o período quente e chuvoso, os animais normalmente apresentam ganho médio diário de 0,7 kg, contudo, o potencial genético desses animais não pode ser expresso em regime de pasto nas águas, isso se deve principalmente à restrição na ingestão de energia, podendo ocorrer também restrição proteica em pastagens mais pobres. Nesse caso, doses moderadas (300 a 600 g/100 kg do peso vivo) de suplemento energético ou proteico energético podem resultar em aumentos no GMD de 0,15 a 0,4 kg/animal.
Suplementação no período da seca
Nas condições brasileiras, o período das secas é a fase mais critica do sistema de produção de bovinos em pastejo. Nesta época o rebanho bovino alimenta-se de forragem de baixo valor nutritivo, oriunda do crescimento do período de primavera/verão, caracterizadas por um elevado teor de fibra indigerível e teores de proteína bruta inferiores ao nível crítico, 6 a 7% MS, limitando desta forma o seu consumo (Reis et al. 1997, 2005).
De acordo com Reis et al. (2009) e Paulino et al. (2008), mesmo havendo a disponibilidade de fibra potencialmente digestível nas pastagens na seca, a proteína é o nutriente mais limitante, devendo esta ser corrigida através da suplementação, a fim de aumentar a eficiência de degradação da fração fibrosa e, consequentemente, a taxa de passagem e o consumo de matéria seca da forragem.
Os suplementos devem ser formulados com base na qualidade do pasto, com intuito de fornecer às bactérias ruminais níveis de nutrientes que não limitem o crescimento da flora microbiana. 
Principais formas de suplementação de bovinos na seca, que são: o sal mineral com ureia, o proteinado ou mistura múltipla: 
sal mineral com ureia 
É a alternativa de suplementação de menor investimento na seca. O objetivo é a manutenção de peso dos animais no período. É necessário que haja boa disponibilidade de forragem, ainda que de baixa qualidade. O consumo recomendado é de aproximadamente 100 g/UA, sendo cerca de 30% dessa quantidade de ureia. O espaço linear de cocho recomendado é de, no mínimo, seis centímetros por animal. 
A utilização inadequada de ureia causa intoxicação, podendo levar o animal à morte. Portanto, não se deve fornecer ureia para animais em jejum e/ou muito magros. É imprescindível a realização de adaptação dos bovinos ao consumo de ureia
Para melhor aproveitamento, a ureia deve ser associada a uma fonte de enxofre, de maneira que seja atendida a relação de 10 a 15 partes de nitrogênio para 1 parte de enxofre. De forma prática, para cada 100 kg de ureia pode-se adicionar 4 kg de flor de enxofre ou 15 kg de sulfato de amônia.
Mistura múltipla ou sal proteinado 
Mais conhecida como proteinado, é a alternativa de suplementação que costuma ter a melhor relação custo-benefício. Em pastagens com boa disponibilidade forrageira e lotação de 1 UA/ha, possibilita ganhos de peso em torno de 200 a 400 g/cabeça/dia.
O proteinado tem maior custo que o sal com ureia, porém como também é fornecido em baixa quantidade por animal (1 a 2 g/kg de PV), essa suplementação torna-se mais facilmente viável do ponto de vista econômico. O espaço linear de cocho recomendado para o fornecimento do proteinado é de 12 a 15 cm por animal. O abastecimento do cocho com o proteinado deve ser realizado com a maior frequência possível, dentro das possibilidades de cada estabelecimento.
Quando o consumo do proteinado estiver baixo, a melhor opção é a redução dos teores de cloreto de sódio (sal comum ou sal branco) da mistura. No caso de consumo acima do desejado, pode-se aumentar o cloreto de sódio na mistura. Caso isso seja inviável ou o consumo ainda permaneça acima do desejado mesmo com o aumento do teor de cloreto de sódio, uma alternativa é fornecer a quantidade cujo consumo médio atenda a meta, mesmo que os animais consumam tudo antes do final do período previsto.
Suplementação na época das águas
Durante o período das águas a situação é oposta, comparado a do período seco, pois a maior quantidade e qualidade da forragem permitem que animais em pastejo apresentem melhores desempenhos. Nessa época, o volume de chuvas, e as temperatura mais altas, fazem com que a planta apresente boas taxas de crescimento. Dessa forma, o pasto, desde que bem manejo, pode apresentar as características necessárias para fazer com que o animal apresente bom ganho de peso
A suplementação passa a ter nível nutricional diferente - principalmentemenor teor de ureia - devido à mudança sazonal das forrageiras na época das águas em relação à época da seca, com maiores teores de energia, proteína, minerais, vitaminas e digestibilidade.
No período das águas, o fornecimento de 80 g de suplemento mineral contendo macro (cálcio, fósforo, magnésio, enxofre e sódio) e micro minerais (manganês, zinco, cobre, iodo, cobalto, selênio e ferro) propiciará 400 a 500 g de peso vivo/animal/dia, caso não haja restrição de volumoso.
Um primeiro salto tecnológico em relação ao uso do sal mineral seria o uso do mineral enriquecido (consumo de 0,05% do peso vivo ou 50g/100kg). Este tipo de produto conta com um aditivo promotor de crescimento (monensina, salinomicina, flavomicina, virginiamicina, etc.) em sua formulação e com farelos, que além de ser um ótimo veículo para potencializar o efeito do aditivo no ambiente ruminal, faz com que o animal consuma o produto diariamente. O consumo de minerais diariamente, nessa fase, é de suma importância, uma vez que estamos falando de animais em crescimento. Este tipo de suplementação tem possibilitado ganhos adicionais da ordem de +0,100 kg/dia.
Os suplementos proteicos (consumo de 0,1% do peso vivo ou 100 g/100 kg de peso), que mesmo no período das águas, têm mostrado um excelente resultado, por permitir ajuste fino no perfil proteico da forragem consumida pelo animal, além de agregar todas as vantagens do mineral enriquecido. O ganho adicional com este tipo de suplemento tem sido da ordem de +0,150 kg/dia. Sem dúvida, a suplementação proteica durante as águas tem mostrado um dos melhores custos: benefícios durante a recria.
Temos ainda a opção de trabalhar com suplementos proteicos energéticos ou somente energéticos, com consumo de 0,3% até 1% do peso dos animais. Estes produtos permitem ganhos adicionais da ordem de +0,250 kg/dia (ou mais).
Estruturas de fornecimento
Um dos fatores determinantes de uma suplementação eficaz é o cocho em que este será ofertado. São diversos os tipos de cochos que podem ser adaptados às necessidades do sistema adotado pelo produtor. A área de cocho é um dos aspectos a ser levado em conta, dimensionada de acordo com a categoria, quantidade de animais e o tipo de suplemento a ser fornecido. Para sal mineral proteinado ou energético, o comprimento linear, em centímetros/cabeça, deve ser de 5cm, para garantir que o consumo seja uniforme e produza os efeitos esperados. No entanto, se os animais tiverem acesso pelos dois lados do cocho, este número pode ser reduzido pela metade, 2,5cm por cabeça. Neste caso, aumenta-se o tamanho da base do cocho de 30cm para 60cm, para que os animais consumam frente a frente. A altura do cocho, a partir do nível do solo, depende da categoria de animais que irá consumi-lo, por exemplo, para animais de recria o cocho deve ficar entre 50 e 60cm de altura, já para animais adultos, de 70cm a 90cm de altura.
A localização onde o comedouro será colocado também deve ser previamente avaliada, visando solos bem drenados, evitando a formação de lama, decorrente do pisoteio dos animais. O cocho deve ser, preferencialmente, coberto, para evitar o acúmulo de água da chuva e perda de qualidade do suplemento fornecido. É fundamental que haja um planejamento da logística para a reposição do sal proteinado ou demais fontes de suplementação. Isto envolve a escolha do local de armazenamento, equipamentos necessários, mão de obra treinada e o consumo esperado. Assim, escolher um cocho e local adequado para sua alocação, são aspectos fundamentais para o sucesso de um programa de suplementação mineral a campo.
Vantagens e desvantagens da suplementação
A vantagem de se suplementar o gado criado em pastejo é que o suplemento fornecido a este animal suprem as deficiências nutricionais, que não são totalmente supridas somente pela ingestão de pastagem, outra vantagem da suplementação é melhorar o ganho de peso do animal, e encurtar o ciclo de engorda do animal.
Como desvantagens têm o fenômeno de substituição principal alteração que ocorre quando do fornecimento de suplementos para animais mantidos em pastagens é a ocorrência de efeito associativo, que conceitualmente é definido como a mudança que ocorre na digestibilidade e/ou consumo da dieta basal (forragem), quando do fornecimento do suplemento. O efeito associativo pode ser de três tipos: substitutivo, aditivo ou suplementar e combinado.
O efeito substitutivo é caracterizado pela diminuição do consumo de energia digestível oriunda da forragem, enquanto observa-se aumento no consumo de concentrado, mantendo assim constante o consumo total de energia digestível (CTED), indicando que a ingestão do suplemento substituiu a do pasto.
O efeito aditivo ou suplementar refere-se ao aumento do consumo total de energia digestível (CTED) devido ao incremento no consumo do concentrado, podendo o consumo de forragem permanecer o mesmo ou aumentar. No efeito combinado, observa-se ambos os efeitos substitutivo e aditivo, ou seja, há decréscimo no consumo de forragem e ao mesmo tempo elevação no de concentrado.
De maneira geral, ressalta-se que em todo programa de suplementação o objetivo básico é o de suplementar a dieta, e não substituir a forragem pelo suplemento. Todavia, o que normalmente ocorre é o efeito substitutivo, este pode ser um fator indesejável, pois aumenta muito o custo do ganho do peso, e consequentemente da arroba produzida., pois, o pecuarista se preocupa muito com o suplemento e pouco com a pastagem, que deve ser a responsável pelo fornecimento da maior parte dos nutrientes disponíveis na dieta. 
Rendimento
Quando aumenta a concentração de minerais esse desempenho sobe para 500, 600 gramas. Quando ainda incorpora aditivos melhoradores de desempenho esse suplemento vai dar aí desempenho de 700, até 800 gramas em alguns casos.
O valor que produtor investe em suplemento de baixa qualidade por animal/dia é em torno de R$ 0,10 por cabeça/dia. Um suplemento de alta qualidade sobe esse valor para R$ 0,13 por cabeça/dia. E quando eu incorporo ainda o aditivo melhorador de desempenho, passa para R$ 0,14 ou R$ 0,15 por cabeça/dia. Isso quer dizer que o investimento não aumenta tanto, mas o desempenho aumenta muito. O desempenho sai de 400 gramas dia e vai até 700 gramas cabeça dia. 
Vitaminas na nutrição de bovinos de corte 
As vitaminas, tal como os minerais, têm funções chave como cofatores de enzimas ou elementos reguladores. Processos metabólicos são desencadeados ou controlados por vitaminas. As quantidades requeridas de vitaminas são muito pequenas, mas vitais para o animal e a concentração correta na dieta pode otimizar o desempenho animal.
Ainda de maneira semelhante aos minerais, em determinadas situações, valores mais elevados de vitaminas podem ser necessários, especialmente em caso de problemas de sanidade, onde as exigências se mostraram bem superiores do que quando utilizadas apenas medidas de produção ou reprodução, em condições sem desafio ao sistema imune.
As vitaminas são divididas em dois grupos em função de sua solubilidade: 
• Vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K; 
• Vitaminas hidrossolúveis: Vitaminas do complexo B (B12, Tiamina, Niacina e Colina), vitamina C.
As vitaminas hidrossolúveis são produzidas pelos microrganismos ruminais ou mesmo pelos animais, portanto, não há muito que se preocupar com elas.
Já as vitaminas lipossolúveis dependem mais da dieta, apesar da vitamina D ser sintetizada na epiderme de animais expostos ao sol, da vitamina K ser sintetizada pelo rúmen e da vitamina A também ser produzida pelos animais, desde que haja na dieta precursores da vitamina A (alfa-carotenos, betacaroteno, gama-caroteno e criptoxantina).
Vitamina A
A atividade da vitamina A é medida em equivalentes de retinol. Uma redução de 1% ao mês na concentração, mesmo em boas condições de armazenagem, é normal. Se estas formas são conservadas em misturas minerais e/ou outros alimentos, ou quando são peletizadas, essas perdas aumentam para de 5 a 9% por mês. Nas plantas, não existe retinol, mas precursores deste, dos quaiso mais comum é o betacaroteno. Como ele é muito sensível, o processamento (ensilagem ou fenação) e o armazenamento de alimentos reduz o seu teor. A quantidade de carotenos é altamente variável nos alimentos
Condições predisponentes à suplementação de Vitamina A: 
1) Dietas com baixo teor de volumosos (maior destruição ruminal e menor ingestão de betacaroteno); 
2) Dietas com maiores concentrações de silagem (teores mais baixos de betacaroteno e mais baixa biodisponibilidade potencial de betacaroteno na dieta basal); 
3) Dietas com forragens de baixa qualidade (teores basais mais baixos de betacaroteno); 
4) Maior exposição a patógenos infecciosos (maior demanda do sistema imune); 
5) Períodos quando a resposta imune possa estar reduzida (período pré-parto por exemplo).
Vitamina D
Dietas com elevados teores de concentrado e manutenção de animais em locais protegidos da radiação solar podem aumentar a chance de necessidade de suplementação de vitamina D.
Vitamina E
 A vitamina E é um grupo de substâncias lipossolúveis chamadas tocoferóis ou tocotrienóis. A forma mais ativa e mais comum nos alimentos é o alfa-tocoferol. A silagem pode ter de 20 a 80% menos vitamina E do que a forragem original. O tratamento térmico empregado na soja tostada, por exemplo, destrói praticamente toda a vitamina E.
Condições predisponentes à suplementação de Vitamina E: 
1) Dietas com forragem conservada exigiriam 67% a mais de vitamina do que uma dieta semelhante em que fosse usada forragem in natura (50% como volumoso) ou consumo de pastagem; 
2) Animais com níveis subótimos de Se; 
3) Animais produzindo colostro que contenha de 3 a 6 µg de alfa-tocoferol; 
4) Ingestão de ácidos graxos poli-insaturados pode aumentar o requerimento se adicionados na forma protegida para ruminantes; 
5) Períodos quando a resposta imune possa estar reduzida (período pré-parto).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A suplementação tem como finalidade complementar o que falta no rúmen para que os processos fermentativos ruminais sejam maximizados.
O conhecimento da estrutura da vegetação, composição química, notadamente das frações dos compostos nitrogenados e de carboidratos, e as variações observadas ao longo do ano são imprescindíveis para a formulação de suplementos que otimizem o consumo, a digestibilidade da forragem, e consequentemente o desempenho animal.
A suplementação de animais mostrou-se uma técnica eficiente de forma a melhorar os índices produtivos e econômicos dos animais e do sistema, respectivamente. Ela pode ser feita em qualquer época do ano, mas a melhor resposta é a da suplementação estratégica na seca, pois ela corrige a limitação primária de proteína das pastagens e permite que o animal aumente o consumo da forrageira de baixa qualidade.
No caso da suplementação, é fundamental observar-se a oferta de espaço de cocho, ou seja, quantos centímetros lineares estão disponíveis por cabeça. Além de se evitar estresse por competição, a facilidade de acesso ao cocho para todos os animais tem efeito positivo no consumo do suplemento e, particularmente, na uniformização do consumo pelo lote, melhorando o desempenho final do mesmo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BERTOLDI, G. Suplementação para bovinos na época da seca. 26 de nov. 2014. Disponível em: <https://www.coimma.com.br/blog/post/suplementacao-para-bovinos-no-periodo-da-seca#>. Acesso em: 24 fev 2020.
SILVA, G. et al. Suplementação nas águas. Revista Eletrônica Nutritime, vol. 12, nº 05, ISSN: 1983-9006, set/out de 2015.
FIGUEIREDO, D. et al. Análise econômica de quatro estratégias de suplementação para recria e engorda de bovinos em sistema pasto-suplemento. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36, n.5, p.1443-1453, 2007.
SOARES, M. et al. Produção de bovinos de corte em sistema pasto/suplemento. Revista Eletrônica Nutritime, vol. 12, nº 05, ISSN: 1983-9006, set/out de 2015.
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