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Unidade V - Provas - Prova Pericial, Inspeção Judicial e Ata Notarial

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Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II 
 
PROVAS EM ESPÉCIE 
1. ATA NOTARIAL 
 
1.1. Conceito: é o documento público, lavrado por notário, através do qual 
se declara algo que tenha sido presenciado, declarando sua existência e modo 
de ser. (Origem no artigo 7º, da Lei n. 8.935/1994 – que fixa competir aos 
tabeliães de notas, com exclusividade, lavrar ATAS NOTARIAIS; e, artigo 
6º, III, da mesma lei, que fixa competir aos tabeliães AUTENTICAR 
FATOS); 
 
 A ata notarial tem grande relevância no direito brasileiro, pois permite a 
documentação de FATOS TRANSEUNTES, cuja prova por outros meios 
possa se tornar difícil. 
Ex1: descrição de conteúdo de páginas da internet, que podem ser alteradas 
facilmente. Crimes virtuais; prova de direitos autorais. 
Ex2: Prova de que um imóvel alugado está vazio par se poder postular a imissão da 
posse (art. 66, Lei n. 8.245/1991) 
Ex3: Provar que alguém esta gravemente doente para justificar sua ausência em 
audiência; 
2. Força probante dos documentos públicos (artigo 405 do NCPC) 
Art. 405. O documento público faz prova não só da sua 
formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de 
secretaria, O TABELIÃO ou o servidor declarar que ocorreram 
em sua presença. – grifo nosso 
 A ata notarial faz prova dos fatos presenciados pelo tabelião, sendo prova 
suficiente sobre tais fatos, impondo a outra parte o ÔNUS DA 
CONTRAPROVA para afastar a PRESUNÇÃO DE FÉ PÚBLICA DO 
DOCUMENTO FEITO PELO NOTÁRIO, já que esta presunção é relativa 
ou IURIS TANTUM de veracidade dos fatos declarador. 
 
 No conteúdo da ATA NOTARIAL, alem da descrição do que o notário 
tenha presenciado, pode haver também IMAGENS E SONS GRAVADOS 
EM ARQUIVOS ELETRÔNICOS, na forma do artigo 384, parágrafo 
único NCPC; 
 
3. Natureza jurídica: segundo a doutrina processual civil, a ata notarial é um 
DOCUMENTO PÚBLICO, devendo assim receber o tratamento e se rege nas 
condições fixadas pelo artigo 405, 427 e 434 do NCPC. 
 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II 
 
PROVA PERICIAL 
1. Conceito: é utilizada quando o julgamento do mérito depende de 
conhecimentos técnicos de que o magistrado não dispõe. Recorre-se a um 
especialista que, dispondo do conhecimento técnico necessário, 
transmitirá ao juízo seu parecer sobre o tema. 
 
1.1. Substituição da prova pericial (artigo 464, § 2º do CPC) - PROVA 
TÉCNICA SIMPLIFICADA. 
 
 Admite-se a substituição da prova pericial pela PROVA TÉCNICA 
SIMPLIFICADA; 
 Esta prova pode ser determinada de ofício ou por requerimento das partes, 
quando o ponto controvertido não exigir muita complexidade; 
 A PROVA TÉCNICA SIMPLIFICADA consiste SOMENTE na inquirição de 
um especialista pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande 
especial conhecimento técnico ou científico (artigo 464, § 3º do NCPC); 
 O especialista, assim como o Perito, formação acadêmica especifica na 
área de seu depoimento, podendo se valer de qualquer recurso 
tecnológico de transmissão de som e imagem para esclarecer os 
pontos controvertidos. 
 
1.2. Não haverá PROVA PERICIAL (artigo 464, § 1º CPC) 
 
a. Quando for caso de prova técnica simplificada; 
b. Quando a prova do fato não depender de conhecimento especializado; 
c. Se a prova pericial for desnecessária em função da existência de outras provas 
nos autos; 
d. Se a verificação pericial for impraticável. Ex: perícia em ambiente de trabalho 
existente a 20 anos atrás. 
e. Quando as partes, na inicial ou na contestação, apresentarem PARECERES 
TÉCNICOS OU DOCUMENTOS ELUCIDATIVOS SUFICIENTES (artigo 472 
do CPC). Ex: LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais; Laudo 
Técnico do CREA-PA sobre certo tema. 
 
2. ESPÉCIES (artigo 464 CPC) 
 
a. Exame: quando a perícia tem como objeto bens móveis ou pessoas. 
b. Vistoria: quando objeto é um bem imóvel; 
c. Avaliação: quando objeto é a determinação do valor de mercado de um bem 
móvel ou imóvel. 
 
3. Procedimento de deferimento e realização da prova pericial 
 
a. Deferida a prova, o juiz NOMEARÁ um perito com conhecimento 
especializado na área objeto da prova; 
b. Não basta o perito ter formação acadêmica, ele precisa ser especializado 
(especificidade). Ex: Perícia Médica. Não basta ser graduação em medicina 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II 
 
para uma perícia em cardiologia, é preciso tem especialização acadêmica com 
cursos de formação na especialidade, logo, um otorrino não poderia jamais 
fazer tal pericia. 
c. A ausência de especificidade na formação acadêmica INVALIDA A PROVA; 
d. Se a perícia for complexa, o juiz pode nomear mais de um PERITO e, as partes 
podem indicar mais de um ASSISTENTE TÉCNICO - (artigo 475 CPC); 
e. As partes disporão de 15 dias, contados da intimação da nomeação do 
perito, para arguir a seu IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO, SE FOR O CASO; 
f. As partes nos mesmos 15 dias, as partes apresentação quesitos de perícia 
para serem respondidos pelo perito e, iniciam seus assistentes técnicos, 
querendo (artigo 465, § 1º do CPC); 
 
3.1. Quesitos suplementares (artigo 465, §1º CPC) 
 
 No curso da diligência as partes podem apresentar quesitos chamados de 
suplementares, que devem ser respondidos pelo perito desde logo no 
LAUDO ou em AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (artigo 
469 CPC); 
 Tendo uma das partes apresentado quesito suplementar deverá a outra 
desde logo ser INTIMADA de seu conteúdo (parágrafo único, artigo 469 
CPC); 
 O juiz tem o poder de INDEFERIR os quesitos que julgar IMPERTINENTES 
e de FORMULAR QUESITOS que considere NECESSÁRIOS (artigo 470 
CPC). 
 
3.2. Perícia por CARTA (artigo 465, § 6º CPC) 
 
 Quando a perícia tiver que ser feita em lugar diferente da comarca onde 
cesta o processo, a mesma ocorrerá por CARTA, de modo que, será 
possível ao juízo deprecado a determinação de nomeação do perito, pois 
esta mais perto do fato. 
 
3.3. Termo de nomeação e substituição do perito (Artigo 465, §2º e 468, 
I do CPC) 
 
 Intimado da nomeação, o perito terá 05 dias para apresentar sua 
PROPOSTA DE HONORÁRIOS, JUNTO COM SEU CURRÍCULO E A 
INDICAÇÃO DE SEUS CONTATOS PROFISSIONAIS, SEU ENDEREÇO 
ELETRÔNICO PARA ONDE DEVE SER DIRIGIDA AS INTIMAÇÕES 
PESSOAIS; 
 Não comprovado sua ESPECIALIZAÇÃO, o perito será SUBSTITUÍDO. 
 
3.4. Caso em que a perícia tem como objeto a autenticidade ou 
falsidade de documento; ou for de natureza médico – legal 
 
 O perito será escolhido, preferencialmente, entre os TÉCNICOS DOS 
ESTABELECIMENTOS OFICIAIS ESPECIALIZADOS, a cujos diretores o 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II 
 
juiz autorizará a remessa dos autos, bem como o MATERIAL SUJEITO A 
PERÍCIA (Artigo 478 CPC); 
 Havendo deferimento de BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 
GRATUITA, os órgãos e repartições deverão cumprir a determinação 
judicial com preferência, no prazo fixado pelo Juiz (artigo 478, § 1º CPC); 
 Nesses casos pode haver PRORROGAÇÃO DO PRAZO pelo perito por 
motivo justificado (artigo 478, § 2º CPC); - Ex: acúmulos de perícia em 
diversos processos judiciais. 
 
3.5. PERÍCIA CONSENSUAL. Negócio jurídico processual entre as 
partes para nomeação do perito (artigo 471 CPC) 
 
 As partes podem por negócio processual escolherem o perito a ser 
nomeado se for da confiança de ambas, desde que sejam capazes e os 
direitos sejam disponíveis, permitindo a AUTOCOMPOSIÇÃO; 
 A perícia consensual substitui para todos os efeitos, a perícia realizada por 
especialista nomeado pelo juiz; (artigo 471, § 3º CPC); 
 Nesta modalidade exige-se um REQUERIMENTO CONJUNTO DAS 
PARTES, que já devem indicar os assistentes técnicos que irão 
acompanhar a perícia, devem informar DATAE LOCAL DE REALIZAÇÃO; 
 Se o negócio, conforme calendário processual, apresentarem prazo para 
apresentação de laudo e manifestação (pareceres dos assistentes), O 
JUIZ O FIXARÁ (artigo 471, §§1º e 2º CPC); 
 
3.6. Regras gerais do procedimento 
 
 Deferida e perícia e nomeado o perito, AS PARTES SÃO INTIMADAS DA 
PROPOSTA DE HONORÁRIOS e, terão prazo de 05 (cinco) dias para se 
manifestarem. Findo esse prazo, com ou sem manifestação das partes, o 
juiz FIXA O VALOR FINAL DOS HONORÁRIOS e intima as partes para 
depositar (artigo 465, § 3º CPC); 
 O valor dos honorários periciais deve ser previamente depositado pela 
parte que tenha REQUERIDO A PROVA, ou se a prova foi determinada 
de OFICIO OU REQUERIDA POR AMBAS AS PARTES, o depósito 
deverá ser RATEADO (art. 95 CPC); 
 O perito, em regra recebe seus honorários ao final da pericia e da 
prestação de todos os esclarecimentos, mas o juiz pode deferir o 
levantamento de METADE do valor (artigo 465, § 4º CPC); 
 Sendo a perícia inconclusiva ou deficiente o valor dos honorários pode ser 
reduzido à metade (artigo 465, § 5º CPC); 
 O perito como auxiliar da justiça deve cumprir com zelo seu encargo, não 
tendo que prestar compromisso formal, deve ser IMPARCIAL, sob pena de 
§1º CPC ser arguida SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO, o que pode gerar sua 
SUBSTITUÍÇÃO (artigo 467 CPC – ler no artigo as causas); 
 Os assistentes técnicos são da confiança e contratados pelas partes, não 
podendo contra eles a arguição de impedimento ou suspeição (artigo 466, 
§1º CPC); 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II 
 
 O perito deve assegurar que os assistentes das partes tenha acesso e 
possam acompanhar suas diligencias com comunicação prévia 
comprovada nos autos, com antecedência mínima de 05 dias (artigo 466, 
§2º CPC); 
 Se o perito não apresentar o laudo no prazo fixado pelo juiz, SEM MOTIVO 
LEGÍTIMO, pode ser substituído. Tendo essa ocorrência o juiz oficiará o 
órgão de classe do perito para providencias e imporá MULTA COM BASE 
NO VALOR DA CAUSA E DO POSSÍVEL PREJUÍZO DECORRENTE DO 
ATRASO NO PROCESSO (art. 468, II e §1º CPC); 
 O perito com motivo legítimo pode conseguir PRORROGAR O PRAZO DE 
ENTREGA DO LAUDO PERICIAL, com a metade do tempo do prazo 
original, deferido pelo juiz (artigo 474 CPC). As partes terão ciência do 
LOCAL E DATA DA REALIZAÇÃO DA PROVA PERICIAL por intimação 
do juiz ou do perito (Artigo 476 CPC); 
 
 Para confecção da prova pericial, o perito pode requerer, assim como 
os assistentes técnicos em seus Pareceres do Laudo (artigo 478, § 3º 
CPC): 
 
a. Valer-se de todos os meios necessários; 
b. Ouvir testemunhas; 
c. Obter informações, pedindo documentos e instruindo com planilhas, 
mapas, plantas, desenhos, fotografias; 
d. Quaisquer documentos necessários a conclusão da prova. 
 
 Se o exame for sobra AUTENTICIDADE DE LETRA E FIRMA, pode o 
perito: 
 
a. Requisitar para efeito de comparação, documentos existentes em 
REPARTIÇÕES PÚBLICAS; 
b. NÃO HAVENDO, poderá requerer ao juiz que, a pessoa a quem se atribua a 
autoria do documento LANCE EM FOLHA DE PAPEL, POR CÓPIA OU SOB 
DITADO, DIZERES DIVERSOS, PARA FINS DE COMPARAÇÃO (art. 478, 
§3º CPC); 
 
 DO LAUDO PERICIAL (artigo 473 CPC): 
 
a. Concluídas as diligências, o perito apresentará o Laudo Pericial 
que deve conter: 
 
a.1. Exposição do objeto da prova; 
a.1. Analise técnica ou científica realizada pelo especialista; 
a.3. Indicação do método utilizado, esclarecendo-o e informando porque é o 
mais aceito pelos especialistas da área de conhecimento; 
a.4. Resposta conclusiva dos QUESITOS PERICIAIS; 
a.5. Fundamentação em linguagem acessível e simples, com coerência lógica, 
indicando o caminho de como chegou àquela conclusão (artigo 473, §1º CPC); 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II 
 
a.6. AO PERITO É VEDADO EMITIR OPINIÕES PESSOAIS QUE EXCEDAM 
O EXAME TÉCNICO OU CIENTÍFICO DO OBJETO DA PERÍCIA (artigo 473, 
§2º CPC). 
 
 O laudo pericial será apresentado em juízo no prazo assinalado pelo juiz, 
com pelo menos 20 DIAS DE ANTECEDÊNCIA DA AIJ. Após, juntado, as 
partes serão INTIMADAS PARA EM 15 DIAS SE MANIFESTAR DO 
LAUDO PERICIAL, prazo em que seus assistentes técnicos podem 
apresentar seus PARECERES (artigo 477, caput, § 1º CPC); 
 
 Se for solicitado pelas partes algum esclarecimento, este deverá ser 
apresentado pelo perito em 15 dias, e, se tiver ponto divergente entre o 
laudo e o parecer dos assistentes, deverá na mesma petição esclarecer 
(artigo 477, § 2º CPC); 
 
 Se após os primeiros esclarecimentos, ainda houver mais requerimentos 
nesse sentido, a parte REQUERÁ AO JUIZ QUE MANDE INTIMAR O 
PERITO OU O ASSISTENTE TÉCNICO A COMPARECER NA 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, formulando, desde logo 
as perguntas a serem respondidas, sob forma de QUESITOS (artigo 477, § 
3º CPC); PERITO e ASSISTENTE deverão ser intimados por MEIO 
ELETRÔNICO, com menos de 10 dias de antecedência da audiência 
(artigo 477, § 4º CPC); 
 
3.7. VALORAÇÃO DA PROVA PERICIAL (Artigo 479 CPC) 
 
 A valoração da prova pericial ocorre da mesma forma que as demais, ou 
seja, com base no PRINCÍPIO DA VALORAÇÃO DEMOCRÁTICA DA 
PROVA, pelo qual deve ser indicados na sentença os motivos que levaram 
a considerar ou deixar de considerar as conclusões do LAUDO (artigo 
479 CPC). 
 
3.8. SEGUNDA PERÍCIA (artigo 480 CPC) 
 
 De ofício ou a requerimento da parte o juiz pode determinar a realização de 
nova perícia, se a anterior não foi suficiente para esclarecer as partes; 
 A segunda perícia tem o mesmo objeto da primeira e visa corrigir eventual 
omissão ou inexatidão dos resultados da primeira; 
 A segunda perícia segue as mesmas regras da anterior no procedimento e 
NÃO SUBSTITUÍ A PRIMEIRA, cabendo ao juiz valorar as duas na 
sentença (artigo 489, §§ 1º e 3º CPC). 
 
 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II 
 
INSPEÇÃO JUDICIAL 
1. CONCEITO: é a prova em que o juiz, a requerimento da parte ou de ofício, em 
qualquer fase do processo, com o emprego de seus próprios sentidos, pode 
inspecionar pessoas e coisas, acerca de fato que interessa à decisão de um 
processo. (art. 481 CPC); 
 
 Ao realizar a inspeção o juiz pode ser acompanhado de um ou mais peritos 
(art. 482 CPC); 
 
2. Cabimento da inspeção (artigo 483 CPC) 
 
 Em regra, a inspeção deve acontecer na sede do juízo; 
 Incumbe ao juiz ir ao local onde esteja a pessoa ou coisa a ser 
inspecionada se necessário melhor verificação ou interpretação dos fatos a 
serem observados, se a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem 
consideráveis despesas ou graves dificuldades; 
 Também o juiz se desloca se a inspeção for necessária para 
RECONSTITUIR FATOS. 
 
3. Direito das partes (Parágrafo único, do artigo 483 CPC) 
 
 As partes tem o direito de acompanhar a inspeção, fazendo observações e 
esclarecimentos que REPUTEM NECESSÁRIOS. 
 
4. Conclusão a Inspeção (art. 484 CPC) 
 
 Finalizada a inspeção será LAVRADA EM UM AUTO -
CIRCUNSTANCIADO, nele sendo mencionado tudo que for útil ao 
julgamento da causa, podendo ser instruído com DESENHOS, GRÁFICOS 
OU FOTOGRAFIAS.

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