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MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 Tipo: Texto de um livro Assunto / tema: Introdução Geral ao Direito II - "A Epistemologia Jurídica da Modernidade" Autor: Luís Alberto Warat Referências bibliográficas: Idem pág. 25 MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 Resumo / conteúdo de interesse: O saber dos juristas é um território cultural, que se manifesta como um universo de significações dadas no decorrer da história. Simultaneamente demonstrarei o impacto dos componentes míticos, no domínio interno da teoria positivista, na construção de suas defesas epistemológicas. Na realidade, o positivismo sufocou a dimensão auto-reflexiva da ciência, colocando no lugar dela uma fé irreflexiva na metodologia. Trata-se, portanto, do cientificismo, quer dizer, de uma preocupação pelas realizações da ciência, pelo controle formal das teorias substituindo uma investigação sobre o valor do conhecimento como um empreendimento coletivo- institucional, vinculado ao processo de inserção do individuo em uma ordem simbólica, cujas determinações encontram-se na dimensão produtiva política-imaginária da sociedade. O jurista, como ordenador do saber, extrai seus critérios de ordem da racionalidade imaginária já instituída, que pressupõem a natureza e o sentido do método e dos conceitos de suas teorias. A ciência do direito recorreu, para operacionalizar os significados jurídicos, a princípios e formas expositivas, que lhe servem para representar a origem extra-social da instituição da sociedade. Isto explica o culto positivista pelo método, pensando como solução de superação da ideologia, a partir da construção do de linguagens, que sejam a expressão objetiva de significados unívocos. A ideologia, bem compreendida, nada é outra coisa senão a negação do plural da práxis e do saber, singularizados politicamente no imaginário social e nas linguagens da ciência. Na ciência, o campo de atuação da ideologia corresponde a todas aquelas opções na construção da teoria cientifica, que não são decididas em termos das regras formais de procedimento do método científico. Arnaud sustenta que a uniformidade da razão garante a uniformidade das MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 condutas. Inversamente, acrescentaria, a uniformidade imaginária das condutas determina as formas de unidade da razão. Trata-se, certamente de um ideal de racionalidade, que desde a origem do Estado moderno permitiu que a burguesia se reconhecesse como culminação do desenvolvimento histórico da racionalidade. A visão do conhecimento dado nas diversas variantes do positivismo jurídico, sem dúvida nos envia ao fantasma hegeliano. A corrente de validade culmina com a individualização do sistema de normas por um critério adicional de validade, considerado como uma hipótese do pensamento jurídico. Desta forma, se bem que Kelsen não o admitisse, a necessidade de legalizar a força obrigatória da normativa estatal desloca-se para o plano do saber. É óbvio que, com o reconhecimento hipotético da força obrigatória do direito positivo, exclui-se qualquer possibilidade de considerar um procedimento independente e suficiente por parte dos indivíduos obrigados, para a determinação da força obrigatória da lei. Essa prática funda a força obrigatória da lei. O imaginário judicial seria então o fundamento de validade do sistema e de suas normas. Como se pode ver, tanto em Kelsen como em Hart surge a necessidade de um princípio unificador da força obrigatória do direito. Parece claro que a tese de Hart contém um peso ideológico maior que a de Kelsen; com sua regra de conhecimento indica muito mais que uma teoria pura do direito, uma teoria do direito puro. A eficácia do poder jurídico é, assim, mantida pelo sistema de regras e não por sua função de instaurar e conservar a coerção imaginaria da sociedade. As regras que estabelecem a competência significativa do sistema podem ser pensadas como condições de formação do discurso jurídico. Todavia, estas regras discursivas estabelecem uma ordem hierárquica entre os órgãos da produção normativa e a sua capacidade para o exercício do poder. Consequentemente, são critérios distributivos do poder e na de condições de produção dos devidos significados jurídicos. Sido fórmulas que servem para legitimar o exercício do poder jurídico por parte das autoridades do sistema. Deste modo, não se define o próprio poder dos significados jurídicos no processo de instituição de uma sociedade miticamente condicionada. A abertura dos significados jurídicos não se da nunca num regime de absoluta discrição. A racionalidade jurídica positivista ocupa uma posição destacada como censor dos significados legais. Desta maneira, a racionalidade jurídica dominante estabelece limitações a abertura dos discursos jurídicos, que podem ser caracterizadas como independentes do fazer significativo da sociedade. Sem dúvida, desta forma, a ordem política e jurídica da sociedade se realiza graças a uma ordem simbólica que oculta, reduzindo a forma MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 da linguagem, os significados politicamente vencidos na sociedade. De pronto, a possibilidade de um discurso legal autofundado baseia-se num jogo de espelhos entre a estrutura formal do discurso legal e uma proposta de pura cientificidade da teoria jurídica. Poderia ser dito que desta forma os Órgãos encarregados de estabelecer as leituras dos textos legais oficialmente autorizadas, contam com uma estrutura de significantes específica (o discurso da ciência) para suas identidades, que os afasta imaginariamente do imaginário social. Parece óbvio que, quando Hart fala de um critério de reconhecimento, está preocupado pelo “como” da racionalidade jurídica, tentando introduzir no sistema de decisões o esquema de significantes do pensamento científico, principalmente a crença científica na necessidade de uma prova única para se saber quando o direito é obrigatório. A força obrigatória do Direito fica, portanto, vinculada miticamente a essa prova única da razão, ao desejo autoritário dos modelos abstratos de racionalidade. Os critérios de reconhecimento, a despeito da fórmula de Hart, demandam uma definição do “porquê” da racionalidade jurídica, Tratar-se-a, então de analisar o discurso jurídico como uma totalidade onde as significações legais e as da ciência formam uma unidade mítica, que funciona como campo simbólico para a coerção social. Nela seriam substituídas as pretensões de fundação de uma linguagem conceitual e rigorosa por uma tentativa de diagnosticar a ação social dos conceitos e das consequências dessa ago no interior da linguagem formal. O conhecimento do direito como um discurso analiticamente controlado para contestar de maneira sistemática os imperativos do desejo, as perseverações do método, o glorificado da vida pública (o desprezo pela privacidade), que é imposta socialmente pela trama do saber abstrato. Não poderia também ser pensada como uma tentativa de esclarecimento dos fundamentos formais da razão. Na atividade social da ciência, as formas epistêmicas se introduzem no interior da doxa. O confronto com o positivismo jurídico e imediato e inevitável para quem se preocupa com a questa é o das possibilidades da ciência jurídica. Vendo-o desde o prisma do senso comum teórico, o positivismo jurídico é o horizonte significativo a partir do qual os juristas realizam MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra deAndrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 contemporaneamente a razão e a realidade do direito. Como indica Bobbio, existe, na atitude teórica do positivismo jurídico, aspectos que não servem ao objetivo principal do estabelecimento de uma homogeneidade analítica, sendo que configuram, em nome da teoria, uma cosmovisao jurídica da política e do Estado e um imaginário mecanicista da atividade judicial. Pelo menos, esta é a forma em que a mensagem teórica do positivismo é institucionalmente absorvida pelo senso comum dos juristas. Vemos então, como no senso comum dos juristas, a diferença entre o direito que é direito que deve ser, se desvanece por uma mediação de interdiscursividade mítica, que permite pensar a legalidade sistematizada, através da teoria positivista, como um modo necessário de realização do Direito que deve ser. A interdiscursividade mítica da teoria positivista permite pensar o direito e a política como uma tecnologia social, que exclui a sociedade da ação política, que assim fica reservada ação dos órgãos do Estado, hiperpolitizada a cúpula e despolitizadas as bases. No caso do positivismo, dar-se a referência metafísica, associando as significações jurídicas ao sistema de normas positivas. Surgem então critérios que permitirão a identificação tanto da realidade objetivada metafisicamente pelas categorias, como do discurso que pretende descrever as normas sem justifica-las. Tanto o positivismo como jusnaturalismo reproduzem um problema semiológico fundamental, que é o do consumo passivo das significações. Pressupõe em ambos um conceitualismo que despreza considerar o funcionamento social do direito positivo. O jusnaturalismo não deixa de representar uma positividade dos valores, sublimados pela razão, que é uma negação das possibilidades de crítica pelos sujeitos do conhecimento, consumidores das grandes construções conceituais da razão. No caso da teoria jurídica, argumento de autoridade está dado pela razão. Por esse motivo, o conceitualismo ético é o descritivo identificam-se ideologicamente, negando a complexidade significativa do próprio fazer social do direito. As formas do direito dependem das formas de sociedade, sendo um processo indissolvível de produção de significações. MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 A atitude teórica do positivismo encontra-se orientada para a caracterização científica do conceito de direito. De um modo geral, positivismo conceitualiza o sistema jurídico como uma espécie dos sistemas normativos. O positivismo pretende estabelecer critérios relevantes para a identificação e delimitação excludente do sistema jurídico em relação aos outros membros da família dos sistemas normativos. Carecendo de qualquer tipo de especificação em torno dos órgãos jurisdicionais, não podem tornar coercitiva a aplicação dos sistemas morais. A menção anterior quer dizer que, para o positivismo, a questão da democracia se resolve no plano formal, construindo-se um sistema de normas gerais e abstratas, que garantem — supostamente — o valor da segurança jurídica, tornando previsíveis e controláveis os atos de autoridade emanados dos órgãos decisórios do sistema. O positivismo jurídico, amparado na oposição entre o ser e o dever ser, situa do lado do direito positivo as condições de possibilidade da razão, da ordem e do sistema. A democracia como fonte de sociedade possível, é precisa no privilegio do cotidiano, a exaltação dos seus solidariedade. Precisa usar a lei contra a lei — condição de desenvolvimento livre dos antagonismos. Assumindo uma deliberada infidelidade a Kant e a analítica, vou mostrar uma atmosfera de significações como condição de possibilidade do conhecimento científico do direito. Denominarei a essa atmosfera significativa o “lugar da palavra". O lugar da palavra nos transporta para uma interação dos próprios discursos na trama social, que, por sua vez, torna-se palpável como um tecido de discursos. Estamos diante do que poderia ser chamado o grau histórico das "significações", com as quais é possível atingir o território específico do discurso, que corresponde a construção: “efeito sujeito”. Em suma, com o “lugar da palavra” estou propondo um deslocamento da perspectiva semideológica tradicional, substituindo-a por uma elucidação da ação social enquanto história e significado. Chego, assim, a uma ideia de teoria nevralgicamente orientada pela linguagem do fazer. De imediato estaríamos substituindo a noção de teoria do positivismo como deduziu, ordem e autonomia. Mais do que de teoria deveria falar — seguindo Barthes — de “leitura política” recolocando, assim, o conhecimento junto ao poder na experiência me. Finalmente, poder-se-a vislumbrar o núcleo intimo da visão teórica do positivismo, considerando criticamente o MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 privilégio que concede ao trabalho elaborar uma "ciência da ciência". E precisamente no reconhecimento dos componentes míticos e políticos que articulam esta forma de interpretação da ciência jurídica, que se poderá realizar a leitura desmistificadora proposta nesse trabalho. Pois bem, deste movimento circular depende a imaculação do campo cientifico do direito. Ficam desta forma, fora do circulo a política e os níveis míticos de significados como condições de produção do conhecimento. Temos então, no propósito de determinação de uma epistemologia, que funciona como uma ciência da ciência, uma proposta de saber, que transforma a questão do método em uma lei soberana para o discurso da ciência do direito e, por extensão, transforma-se em uma ordem normativa de toda a discursividade jurídica. Estamos diante do que Barthes caracteriza como o perigo do método, reivindicando a necessidade, num determinado momento, da investigação cientifica, de voltar-se contra o método como condição indispensável para compreender os espaços políticos e míticos do discurso cientifico, quer dizer, os componentes políticos que orientam e regulam 0oproprio caminho metodológico, que fazem do método uma manifestação simultaneamente lógica e política. Pretende-se, desta forma, substituir miticamente a verdade do discurso por uma verdade sobre o mundo. A teoria positivista, quando nos propõe seu campo axiomático, simultaneamente estabelece uma visão imaginária do mundo jurídico. O imaginário jurídico, que impregna as categorias analíticas do positivismo, responde a uma representação estadista do Direito é a uma concepção jurídica do Estado. Com isto, sustenta Bobbio, consegue-se uma visão mecanicista do poder judicial e uma legitimação em termos de validade do exercício monopolizado da coerção estatal. Este imaginário jurídico não é um espaço que simplesmente coexiste com as Categorias analíticas do positivismo jurídico. Nesse sentido, o positivismo jurídico é uma versão da concepção liberal do Estado, do Direito e da sociedade. Para o positivismo, e especialmente para Kelsen, o conceito de validade é associado com a força obrigatória do Direito; para Hart, a regra do conhecimento é em última instância o poder soberano, como fonte de unidade gnoseológica, que não deixa de meta-comunicar as MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 exigências políticas do liberalismo. Citações: Página (s) "Não existem pontos de vista exteriores ou logicamente anteriores à sociedade e sua história, onde possamos posicionar-nos para fazer uma teoria pura (...).". 102 "A ciência jurídica é, portanto, uma instituição social. Como tal ela operacionaliza, articula os significados jurídicos,remetendo-os ao imaginário geral da sociedade.". 104 "O modelo ideal da ciência jurídica é ideológico na medida em que objetiva como unívocas as ambiguidades do fazer significativo.". 105 "(...) Ambiguidade como incerteza da linguagem (...) culto positivista pelo método (...) construção de linguagem, que sejam a expressão objetiva de significados unívocos.". 105 "Arnaud sustenta que a uniformidade da razão garante a uniformidade das condutas. Inversamente, acrescentaria, a uniformidade das condutas determina as formas de unidade da razão.". 106 "(...) a ciência jurídica positivista glorifica o conhecimento. ( ...) Glorificar – diz Barthes_ é manifestar-se em sua essência. (...) como sua forma pura de 106 MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 razão, em vez de suscitar as condições históricas em que se formam os significados jurídicos.". "(...) estamos, segundo Kelsen, diante de um efeito imaginário de vaidade, que separa da sociedade a legitimização de suas normas coercitivas. As normas se legitimam pelo sistema e o sistema se legitima pelo Estado, e o Estado pela razão.". 108 "(...) Hart. Este autor pretende resolver as falhas da norma fundamental kelsiana, recorrendo a critérios de que fazem referência ao que ele chama regra de reconhecimento. ". 108 "(...) A regra de reconhecimento fixa os critérios das normas ao sistema, por sua origem ou fonte de autoridade. (...) funcionaria como uma regra de 108conduta, que estabeleceria para os juízes o dever de aplicar as normas primárias do sistema.". 108 "Hart não faz outra coisa além de converter z norma fundamental em regra de conduta, introduzindo no sistema positivo o dever de aceitar a ordem jurídica vigente, cujo cumprimento é controlado pelos próprios órgãos do sistema e não pela sociedade.". 109 "(...) sua regra de conhecimento indica muito mais que uma teoria pura do direito, ma teoria do direito puro.". 109 MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 "(...) para a compreensão dos significados legais, é importante ter presente que a palavra não é só aquilo que falamos; é, antes, aquilo onde falamos. O lugar da palavra refere-se à capacidade “política” que a linguagem possui de converter-se em seu próprio “silêncio”.". 111 "(...) palavras como ordem pública, interesse geral, bem comum etc., com as quais reivindica-se de forma manifesta o direito ao “silêncio” para implantar o controle sobre a sociedade. (...) Este é um plano, onde está em jogo a obtenção da legitimização do sistema legal.". 112 "Os critérios de reconhecimento, a despeito da fórmula de Hart (...) tratar- se-á, então, de analisar o discurso jurídico como uma totalidade onde as significações legais e as da ciência formam uma unidade mítica, que funciona como campo simbólico para a coesão social.". 113 "Como indica Bobbio, existe, na atitude teórica do positivismo jurídico, aspectos que não servem ao objetivo principal do estabelecimento de uma homogeneidade analítica (...)". 116 "(...) uma cosmovisão jurídica da política e do Estado e um imaginário mecanicista da atividade judicial.". 116 "Tanto o positivismo como o jusnaturalismo reproduzem um problema semiológico fundamental, que é o do consumo passivo das significações.". 118 MESTRADO EM FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO Mestranda Alessandra de Andrade B. S. de Mesquita Professor Dr. Lauro Ishikawa METODOLOGIA - 2/2019 "Ross sustenta que os juristas que acodem à razão pretendiam construir genuínos sistemas jurídicos racionais fundamentados em princípios racionais fundamentados em princípios lógicos evidentes.". 118 "Sobre Hart: "Por um lado, se estabelece uma distância irrecuperável entre um direito imaginado como realidade abstrata e o funcionamento político do direito, quer dizer, a separação sem retorno entre o direito estatal e a sociedade". Por outro lado, o saber e o poder são situados em um terreno hipotético, transcendente o exterior à sociedade, tendo as mesmas características para fundamentar, completando-se, a objetividade e o Estado.". 120 "O positivismo jurídico, amparado na oposição entre o ser e não se situa do lado do direito positivo as condições de possibilidade da razão, da ordem e do sistema. Nitidamente deixa de lado da sociedade, de nosso cotidiano, o irracional, o caos e a insegurança.". 123
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