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SUSTENTABILIDADE E 
MEIO AMBIENTE 5
AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM 
PARA A SUSTENTABILIDADE
Nesta e tapa vamos es tudar a lgumas ações que promovem a 
sustentabilidade, e assim, contribuem para o desenvolvimento sustentável 
e para uma vida digna, justa e feliz. Tais ações vão desde pequenas ações 
no dia a dia das pessoas, até verdadeiros projetos de cidades sustentáveis, 
assim como projetos de sustentabilidade empresariais e de organizações não 
governamentais. 
As ações que serão apresentadas a seguir nos remetem a repensar as 
nossas ações e nos estimulam a participar desta “evolução sustentável”. Os 
exemplos apresentados nos dão esperança e gosto para continuar a jornada 
para o desenvolvimento sustentável. Precisamos nos engajar, mudar nossos 
hábitos, participar e influenciar a todos para construirmos uma sociedade 
que busca a sustentabilidade e a pratica. 
APRESENTAÇÃO
Organização
Edson Torres
Reitor da 
UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano 
Torres
Edição Gráfica 
e Revisão
UNIASSELVI
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
AÇÕES PRÁTICAS 
QUE CONTRIBUEM PARA 
A SUSTENTABILIDADE
.05
1 INTRODUÇÃO
Nesta e tapa vamos es tudar a lgumas ações que promovem a 
sustentabilidade, e assim, contribuem para o desenvolvimento sustentável 
e para uma vida digna, justa e feliz. Tais ações vão desde pequenas ações 
no dia a dia das pessoas, até verdadeiros projetos de cidades sustentáveis, 
assim como projetos de sustentabilidade empresariais e de organizações não 
governamentais. 
As ações que serão apresentadas a seguir nos remetem a repensar as 
nossas ações e nos estimulam a participar desta “evolução sustentável”. Os 
exemplos apresentados nos dão esperança e gosto para continuar a jornada 
para o desenvolvimento sustentável. Precisamos nos engajar, mudar nossos 
hábitos, participar e influenciar a todos para construirmos uma sociedade 
que busca a sustentabilidade e a pratica.
2 AÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
Neste item, estudaremos as ações que contribuem para a sustentabilidade. 
Acompanhe!
2.1 MUDANÇA NA CULTURA 
Quando as pessoas, as organizações e os governos passarem a ser 
verdadeiros seguidores da sustentabilidade, uma mudança mundial será 
desencadeada. Por exemplo, a energia virá das mesmas fontes renováveis 
que sustentam toda a vida, e não de estoques finitos e poluentes como os 
combustíveis fósseis ou como as termoelétricas movidas a carvão. A produção 
imitará um ciclo natural de nascimento, morte e renascimento, sem geração 
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
de resíduos nocivos ao meio ambiente ou que não possam ser reaproveitados. 
Os recursos naturais serão reconhecidos pelas suas contribuições aos sistemas 
de vida do planeta, e não apenas por seu valor como bens econômicos. 
Um mundo sustentável na verdade, será movido pelo sol, construído 
de materiais que tenham um ciclo de reciclagem; os carros e motos serão 
diminutos, sendo maximizado o uso de trens, ônibus e bicicletas; com 
habitações sustentáveis; e com comunidades justas, equitativas e unidas. 
Esta visão do mundo parece muito distante, porém as necessidades nos 
impulsionarão a quebrar paradigmas e dogmas institucionalizados, favorecendo 
a evolução da sustentabilidade (GARDNER, 2001).
FIGURA 1 – FLOR DA CULTURA DA SUSTENTABILIDADE QUE SE FUNDAMENTA NOS 
PRINCÍPIOS DO CUIDADO COM AS PESSOAS, COM A TERRA E NA REPARTIÇÃO DE 
EXCEDENTES
FONTE: LEGAN, Lucia. A Escola sustentável: ecoalfabetizando pelo ambiente. São Paulo: 
IPEC, 2009.
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
As sete ameaças à sustentabilidade: riqueza sem trabalho, prazer sem 
responsabilidade, conhecimento sem valores, negócios sem ética, ciência 
sem compromisso humanitário, religião sem altruísmo, política sem 
princípios.
Mahatma Gandhi.
Existem estudiosos como o biólogo Stephen Jay Gould, de Harvard, que 
afirmam que o mundo natural evolui, com longos períodos de inércia sendo 
rapidamente rompidos por saltos à frente. Este padrão também pode descrever 
a evolução cultural. As mudanças rápidas são realmente possíveis, uma vez 
que enfrentamos situações de extrema dificuldade e que nos obriga a tomar 
atitudes e realizar mudanças drásticas e de maneira muito veloz. 
Uma rápida mudança no padrão de cultura é mais provável quando 
todos os setores da sociedade estão articulados, e isto é indiscutível. É 
verdade que grandes mudanças culturais frequentemente evoluíram das 
bases, porém, tais mudanças são mais prováveis e podem ser aceleradas se 
todos os setores estiverem engajados, principalmente a população geral e o 
governo (GARDNER, 2001).
Podemos citar como exemplo de mudança drástica, os Estados Unidos 
durante a 2ª Guerra Mundial, quando se converteram em uma economia 
de guerra em questão de meses, por meio da força dos cidadãos, empresas 
e governo. As pessoas reciclaram metal, borracha e outros materiais, as 
montadoras transferiram a produção de carros para tanques e aviões, todos 
os homens possíveis se alistaram, e as mulheres substituíram os homens nas 
fábricas. Um esforço parecido para construir uma sociedade sustentável exigirá 
que indivíduos, empresas e governos se transformem em agentes conscientes 
da mudança, agindo estrategicamente e se ajudando mutuamente (GARDNER, 
2001). 
Uma grande mudança será facilitada se todos os setores trabalharem a 
partir de uma base comum de informação. Neste caso, a comunidade científica 
possui um importante papel. Podemos citar o trabalho desempenhado pelo 
Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, que tem sido uma fonte 
confiável de informação sobre as mudanças climáticas, tanto para negociadores 
internacionais do clima, quanto para a população geral (GARDNER, 2001). O 
IPCC já está preparando o seu quinto relatório e será anunciado em 2013 e 
2014. No seu último relatório, já se tem grande porcentagem de certeza de 
que as atividades humanas estão alterando o clima, e várias populações já 
estão sentindo os seus efeitos, como o desaparecimento de algumas ilhas 
polinésias, devido ao aumento do nível dos oceanos.
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
FIGURA 2 – O NÍVEL DOS OCEANOS NOS ÚLTIMOS 100 ANOS, EM GERAL, SUBIU CERCA 
DE 4 A 14 CM. O DIAGRAMA MOSTRA A ALTERAÇÃO DO NÍVEL DO MAR, MEDIDA NOS 
LITORAIS DA HOLANDA, ALEMANHA E DA POLÔNIA. 
FONTE: Disponível em: <http://www.ipcc.ch/publications_and_data/ar4/wg1/en/contents.
html>. Acesso em: 20 maio 2012.
Em outra ponta, a mídia possui significativa importância para a divulgação 
das informações, por ter grande influência e grande abrangência a nível de 
sociedade civil, organizações e governos. Contudo, para causar um impacto 
positivo, a mídia terá que compreender as questões e desenvolver uma visão 
de longo prazo. Para isso, o desenvolvimento de uma visão mundial de amplo 
espectro exigirá uma atenção contínua da mídia para os temas referentes à 
sustentabilidade (GARDNER, 2001). 
FIGURA 3 – A RELAÇÃO ENTRE COMUNICAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DEVE INTEGRAR 
OS VALORES ÉTICOS, AS AÇÕES ÉTICAS E A IMAGEM ÉTICA
FONTE: Disponível em: <http://thehubbh.com.br/escola/oficina-de-comunicacao-e-
sustentabilidade>. Acesso em: 20 maio 2012.
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
No contínuo esforço de direcionar nossas culturas para a sustentabilidade, 
a sociedade civil, as empresas e os governos têm diversas situações críticas 
onde podem ser início de transformação. Cada um, porém, também enfrenta 
restrições específicas: a falta de organização limita a influência da sociedade 
civil, a busca massiva pelo lucro reduz as opções para as empresas e interesses 
concorrentes bloqueiam as ações dos governos, porém coletivamente, os três 
setores são capazes de mudanças culturais abrangentes. Ao explorar nosso 
potencial como agentes conscientes da evolução cultural, poderemos criaruma civilização sustentável, com plena dignidade humana (GARDNER, 2001).
3 SUSTENTABILIDADE NO DIA A DIA 
A sustentabilidade pode ser adquirida por meio de pequenas atitudes 
ao longo de nossa vida. Para isso é preciso que o indivíduo aceite uma nova 
forma de ver a vida e que isso reflita em uma mudança de cultura. Com isso 
o indivíduo transforma-se em multidão, e juntos podem transformar o mundo 
e a forma como a humanidade afeta negativamente a vida. 
Ações simples como economizar e reciclar papel; reciclar latas e 
embalagens; não queimar o lixo; economizar água e energia elétrica por 
meio de uso racional desses recursos; comprar produtos de empresas que 
fornecem bens e serviços tendo responsabilidade socioambiental; recusando-
se a consumir produtos de origem ilícita ou que tenha sido obtido por meios 
prejudiciais à natureza. 
Muitas são as ações no dia a dia que podem ser modificadas e inseridas 
como prática para uma vida sustentável, levando a um desenvolvimento 
sustentável. Vejamos alguns exemplos de práticas sustentáveis:
• utilizar frequentemente a bicicleta como meio de transporte;
• preferir o uso de transporte coletivo;
• utilizar combustíveis renováveis como o etanol;
• separar os resíduos sólidos e encaminhar para a reciclagem os resíduos 
recicláveis;
• fazer um sistema de compostagem;
• utilizar os resíduos orgânicos para compostagem;
• utilizar o adubo gerado na composteira e aplicar em uma horta própria;
• fazer horta orgânica em casa;
• não utilizar defensivos agrícolas e adubos químicos na horta;
• fazer sistema de captação de água de chuva para uso em banheiros e lavação 
de calçadas e veículos;
• gerenciar o uso da energia elétrica;
• optar por equipamentos elétricos mais eficientes;
• utilizar lâmpadas fluorescentes ou LED;
• aproveitar iluminação solar;
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
• utilizar o mínimo de produtos de higiene (contaminam a água);
• preferir por alimentos orgânicos e que não sejam transgênicos;
• não utilizar alimentos enlatados;
• utilizar produtos e serviços regionais;
• utilizar produtos de empresas comprometidas com a sustentabilidade;
• não comprar produtos supérfluos;
• preferir por produtos de baixa pegada ecológica; 
• utilizar sacolas retornáveis;
• optar por produtos com pouca embalagem, ou menos impactante;
• plantar árvores, cultivar jardins;
• integrar-se em ações de promoção à educação ambiental.
A Pegada Ecológica é um marco da contabilidade que acompanha as 
demandas concorrentes da humanidade sobre a biosfera por meio da 
comparação da demanda humana com a capacidade regenerativa do planeta. 
Esse procedimento se dá pela soma das áreas necessárias ao fornecimento 
dos recursos renováveis utilizados pelas pessoas, as áreas ocupadas por 
infraestrutura e as áreas necessárias para a absorção de resíduos.
FONTE: Planeta Vivo (2010)
FIGURA 4 – TODA ATIVIDADE HUMANA USA TERRAS E/OU RECURSOS PESQUEIROS 
BIOLOGICAMENTE PRODUTIVOS. A PEGADA ECOLÓGICA É A SOMA DESSA ÁREA, 
SEJA QUAL FOR SUA LOCALIZAÇÃO NO PLANETA
FONTE: Planeta Vivo (2010)
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
Agindo desta forma, você vai criar uma rede de sustentabilidade que se 
propagará ao seu redor e provocará novas mudanças em outras pessoas que, 
por sua vez, aumentarão esta rede, tendo maior amplitude até tomar conta 
de toda a sociedade.
FIGURA 5 – A IMAGEM NOS REMETE A PENSAR SOBRE QUAL É O 
EQUILÍBRIO PERFEITO PARA A PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE E 
COMO ESTÁ SUSTENTADO ESTE EQUILÍBRIO NOS DIAS ATUAIS 
FONTE: Disponível em: <http://static.hsw.com.br/gif/desenvolvimento-
sustentavel-01.gif>. Acesso em: 20 maio 2012.
Porém, é muito difícil ser sustentável em um mundo onde o sistema 
nos remete ao consumismo desenfreado e onde as pessoas valem pelo que 
consomem e pelo que têm e não pelos seus valores éticos e morais e pelos 
exemplos que produzem. Contudo, com o passar do tempo e com a evolução 
do senso crítico, da cultura e da educação ambiental, essa forma de viver terá 
que ser aceita por toda a sociedade como a única forma realmente possível 
de prolongarmos a nossa existência.
Segundo o relatório do Planeta Vivo (2010), no cenário tendencial, a 
perspectiva é preocupante: mesmo com as modestas projeções da ONU 
para o crescimento da população, consumo e mudança do clima, até 2030 
a humanidade precisará da capacidade de dois planetas Terra para absorver 
os resíduos de CO2 e manter o consumo de recursos naturais.
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
Juntamente com estes fatores, nosso conceito de prosperidade e 
sucesso também precisa de mudança. Atualmente, a renda e o consumo se 
transformaram em importantes facetas do desenvolvimento e, nos últimos 
80 anos, o PIB foi usado como o principal indicador de progresso. Porém, 
isso não é suficiente, porque deveríamos buscar o bem estar pessoal e o da 
sociedade. Acima de determinado nível de renda, a elevação do consumo não 
aumenta os benefícios sociais drasticamente e novos aumentos na renda per 
capita não ampliam o bem estar humano de maneira significativa (PLANETA 
VIVO, 2010). 
Há um crescente reconhecimento de que, além da renda, o bem estar 
também inclui elementos sociais e pessoais que, juntos, permitem que as 
pessoas levem o tipo de vida que valorizam. E isso também é sustentabilidade. 
Assim, o PIB deve ser utilizado como um indicador juntamente com outros 
como o Índice de Desenvolvimento Humano, o coeficiente de Gini, o Índice 
Planeta Vivo, os índices de serviços ecossistêmicos e a Pegada Ecológica. Fazer 
com que o uso de recursos naturais ocorra dentro de limites ecológicos é 
um fator essencial na busca por caminhos para um desenvolvimento que nos 
permita viver em harmonia com a natureza, um desenvolvimento sustentável.
O Índice Planeta Vivo (IPV) é um índice que monitora a biodiversidade, 
acompanhando a evolução de quase 8.000 populações de espécies 
de vertebrados com a finalidade de registrar alterações na saúde dos 
ecossistemas do planeta.
A busca pela sustentabilidade e a cultura de ações sustentáveis está cada 
vez mais perto de ser alcançada. Infelizmente, não por vontade própria, mas 
por extrema necessidade às adaptações frente aos novos desafios impostos 
pelas variabilidades climáticas. Neste ritmo consumista e degradante, o sistema 
ambiental não se manterá para sempre do jeito que conhecemos, mas buscará 
um novo equilíbrio, e este equilíbrio nos trará sérios problemas. A degradação 
ambiental e a exploração dos recursos naturais mantêm o ser humano em 
constante perigo, e, caso esse processo não mude, o colapso será eminente. 
O ser humano precisa mudar seus conceitos e rever a forma de encarar sua 
presença e sua interferência na natureza. A variabilidade climática e as suas 
já presentes consequências deixarão bem claro que a mudança de atitude, e 
de cultura será uma questão de vida ou de morte (BOFF, 2012).
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
FIGURA 6 - DETALHE DO AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO DO DIÓXIDO DE CARBONO NA ATMOSFERA 
AO LONGO DE 200 ANOS. QUANTO MAIS CO
2
 NA ATMOSFERA, MAIOR É O AQUECIMENTO GLOBAL E 
MAIORES SERÃO AS VARIABILIDADES CLIMÁTICAS
FONTE: IPCC (2007)
4 EXEMPLOS QUE DERAM CERTO
A seguir apresentamos alguns exemplos dessa área que deram certo.
4.1 AS CIDADES SUSTENTÁVEIS
Como imaginar uma cidade que usa 100% de energia renovável? Com a 
maior parte do transporte realizado por trens ou bondes movidos a energia 
elétrica, bicicletas, ou a pé? Onde os blocos de edifícios movidos a energia 
solar têm seus escritórios ocupados por gente que trabalha com negócios 
ecológicos? Onde a feira oferece produtos agrícolas regionais orgânicos e 
frescos vendidos diretamente pelos produtores? Onde os pais se encontram 
nos parques e jardins enquanto seus filhos brincam nas ruas sem carros? 
Este modo de vida parece utópico, porém é uma realidade em Vauban, uma 
cidade ecológica, com 5.000 casas, emFrieburg, na Alemanha. Sua cidade 
vizinha, Hanover, que possui uma população de 500.000 habitantes, reduziu 
sua emissão de gases de efeito estufa em 50%.
Você pode verificar diversos cases relacionados à sustentabilidade no 
programa de televisão Cidades e Soluções. Acesse: <http://globotv.globo.
com/globo-news/cidades-e-solucoes>.
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
A pergunta que não quer se calar é: como essas comunidades 
transformaram suas culturas para chegar a essa mudança de comportamento? 
Na verdade estas cidades tiraram o máximo de proveito das oportunidades 
a cada passo do caminho, do planejamento à implantação do projeto, 
assegurando que a meta de sustentabilidade fosse a principal decisão 
(NEWMAN, 2010). 
As cidades sempre foram locais de oportunidades econômicas e sociais, 
e sempre vão ser. Seu surgimento aconteceu quando as sociedades formadas 
por caçadores se transformaram em cidades estabelecidas com base na 
produção agrícola. Contudo, durante a época da revolução industrial, as 
cidades cresceram e adquiriram maior porte, e assim maior impacto ambiental 
e ainda hoje oferecem oportunidades econômicas e sociais para a população. 
Porém, na atualidade, as cidades têm um impacto intensificado no meio 
ambiente, porque se respaldam no consumo progressivo de combustível fóssil 
e de outros materiais que não possuem um ciclo de reciclagem. Estas cidades 
precisam continuar oferecendo oportunidades, mas devem proporcionar 
maior padrão sustentável (NEWMAN, 2010). 
O que se discute atualmente é se as cidades não só poderiam reduzir 
seu impacto sobre a Terra, mas também contribuir para sua regeneração. 
Mundialmente, as cidades estão se tornando mais sustentáveis com edifícios 
adaptados, sistemas de transporte alternativos, sistemas de energia renováveis, 
planos que levam em conta o consumo de água e sistemas com desperdício 
zero de lixo, e tudo isso amparado pela inteligência de uma nova revolução 
industrial verde. 
Como exemplo, a BedZED é um empreendimento de casas populares no 
centro de Londres constituído por um planejamento sem emissão de gases 
de efeito estufa. Esse projeto tem muitas inovações ecológicas como: 
• utilização de materiais locais e reciclados; 
• utilização de modo combinado de placas foto voltaicas e combustível de 
biomassa para aquecimento e geração de energia; 
• reciclagem da água suja;
• armazenagem da água da chuva; 
• estrutura local para reduzir a necessidade de locomoção e fica perto de 
uma estação de trem; 
• jardins de permacultura na área externa. 
A permacultura é um método holístico de planejar, atualizar e manter 
sistemas de escala humana como jardins, vilas, aldeias, comunidades e 
cidades ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente 
viáveis.
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
Um ponto importante de ser ressaltado é que quando foi realizado um 
levantamento das pegadas ecológicas dos moradores, foi constatada uma 
enorme variedade no modo de cada um utilizar os recursos ecológicos. A 
pegada ecológica média de alguns moradores era de 4,4 hectares por pessoa, 
sendo menores do que a média de Londres (6,6 hectares), ao passo que alguns 
moradores conseguiram reduzir sua pegada para 1,9 hectares por pessoa. As 
experiências de projetos europeus antigos contemplando sustentabilidade 
urbana podem ter a explicação para este fato (NEWMAN, 2010). 
A lguns prédios e ba i r ros que não foram desenvolv idos com o 
envolvimento da comunidade podem se mostrar incapazes de alcançar os 
objetivos de projetos com perfil sustentável. Se tais inovações são impostas 
para as pessoas que não sabem como usar os novos edifícios conforme 
planejado, ou desconhecem o motivo para usar menos energia ou água ou 
combustível, os moradores podem simplesmente transferir seus velhos hábitos 
de vida consumista para as novas situações de sustentabilidade. 
Porém, o aumento de cidades sustentáveis somente se popularizará 
quando a transformação verde envolver todos os elementos do processo 
político. Com isso, várias políticas governamentais podem ajudar as cidades 
no caminho da sustentabilidade, como: 
• infraestrutura que permita que energia, água, transporte e lixo sejam 
administrados com impacto ecológico mínimo;
• plano para assegurar que a infraestrutura esteja eficientemente disponível 
a todos;
• inovação por meio de pesquisa e desenvolvimento, e também com 
comprovações práticas, de modo a assegurar continuamente que a eco-
tecnologia mais recente seja predominante; 
• incentivos fiscais para direcionar os investimentos para essas novas 
tecnologias e fornecer às pessoas a motivação para que mudem seu 
comportamento;
• regulamentos para estabelecer padrões suficientemente altos para que as 
tecnologias de sustentabilidade atendam a suas formalidades;
• educação para assegurar que as famílias e as comunidades queiram fazer 
as mudanças necessárias.
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
FIGURA 7 – SISTEMA ADOTADO PELA PERMACULTURA, QUE POSSUI COMO PRINCÍPIOS BÁSICOS O 
CUIDADO DA TERRA, DO HOMEM, E A GESTÃO RACIONAL DOS RECURSOS EXISTENTES 
FONTE: Disponível em: <http://lugoverde.wordpress.com/2009/02/27/permacultura-ambientes-humanos-
sustentaveis/>. Acesso em: 23 maio 2012.
4.2 REDE ECOVIDA
A Rede Ecovida de Agroecologia é um espaço de articulação entre 
agricultores familiares organizados em grupos, entidades de assessoria, 
organizações de consumidores envolvidas com a produção, processamento, 
comercialização e consumo de alimentos ecológicos. A Rede trabalha 
com princípios e objetivos bem definidos e tem como meta fortalecer a 
agroecologia nos seus mais amplos aspectos, buscando a sustentabilidade 
do produtor rural e da população geral (BRANDES, 2012). 
A formação da Rede Ecovida de Agroecologia se deu, na fase da 
organização e ampliação do debate da agroecologia, no final da década de 
1990 e início dos anos 2000. A partir dessa fase aprofundou-se o debate acerca 
da agroecologia e a sua incorporação nas discussões sobre o desenvolvimento 
sustentável (BRANDES, 2012).
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
A missão da Rede Ecovida de Agroecologia é ser um espaço de articulação, 
interação e ação para potencializar o desenvolvimento da agroecologia, como 
parte da construção de um projeto de sociedade que contemple e respeite 
a realidade de cada povo, tornando-se sustentáveis.
A Rede Ecovida tem como objetivos (BRANDES, 2012):
• garantir a identidade popular transformadora na continuidade da construção 
histórica da agroecologia, contemplando aspectos ambientais, sociais, 
econômicos e culturais;
• responder de forma coletiva e proposit iva a desafios concretos, às 
questões políticas, técnicas e outras, no cenário local, regional, nacional e 
internacional;
• desenvolver e multiplicar as iniciativas agroecológicas;
• propiciar espaços de formação e elaborar material na área de agroecologia 
e educação do campo;
• fomentar o intercâmbio e o resgate e a valorização do saber popular;
• reconhecer e respaldar mutuamente as famílias, grupos, associações, 
organizações e entidades articuladas;
• organizar em rede seus membros, sem hierarquias e sob orientação de 
princípios e objetivos definidos e assumidos coletivamente;
• assumir uma marca/selo que simbolize a identidade proposta da Rede;
• continuar a construção da geração de credibilidade compartilhada e 
avaliação da conformidade participativa e sob controle social (certificação 
participativa);
• adotar selo de avaliação da conformidade próprio;
• aproximar de forma solidária famílias de trabalhadores do campo e da 
cidade;
• fortalecer o espírito da cooperação e incentivar o associativismo na 
produção, distribuição e consumo de produtos agroecológicos;
• construir e articular políticas públicas afins;
• lutar pela segurança e soberania alimentar, contra os transgênicos e contra 
a apropriaçãoprivada da vida, das sementes e outros bens comuns;
• ser parte nas lutas amplas de transformação social com os demais 
movimentos sociais, para uma sociedade justa e igualitária, ambientalmente 
sustentável e economicamente viável para todos.
E os princípios da Rede Ecovida são (BRANDES, 2012):
• articulação na recuperação e conservação da vida no planeta Terra;
• contribuição na construção da sustentabilidade com o desenvolvimento, 
priorizando a qualidade de vida com alimento de qualidade, educação, 
saúde, lazer e cultura;
• ter a agroecologia como base para o desenvolvimento sustentável;
• articulação organizada em rede, sem hierarquias nas condições, papéis e 
funções;
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
• preservação das particularidades locais e/ou regionais no seu processo 
organizacional;
• ser parte ou atuar na agricultura famil iar, camponesa e famíl ias de 
trabalhadores urbanos;
• fortalecimento das relações de economia popular solidária na Rede e a 
articulação em outros espaços e formas de mercado justo e solidário;
• priorização da relação direta com os consumidores (as), o abastecimento 
local e regional, com perspectivas à segurança e soberania alimentar;
• oposição a qualquer forma de exploração ou opressão seja econômica, 
política, social, de gênero ou geração.
Dentre os princípios e objetivos da Rede Ecovida, pode-se constatar 
o desejo de fortalecer a cultura política da participação, respeitando as 
particularidades locais nos seus processos organizacionais e, por isso, a 
afirmação da forma de organização em rede, sem hierarquias ou verticalização 
da coordenação. 
Podemos observar o tripé da sustentabilidade inerente ao trabalho da 
Rede Ecovida. Porém, os seus princípios estão ligados diretamente com o 
alimento saudável e com reduzido impacto ambiental, e com a garantia de 
trabalho para pequenos agricultores. É muito importante que nós tenhamos 
consciência de que todas as pessoas têm direito de viver em um sistema 
sustentável, e que muitas das vezes nós sequer conhecemos a luta pela busca 
destes princípios pelas pessoas que produzem os alimentos que colocamos 
em nossa mesa. 
Com isso, podemos observar como as ações para a sustentabilidade 
podem ser diferentes, nos diversos espaços da sociedade.
4.3 CASOS DE EMPRESAS E SUSTENTABILIDADE
Veremos a seguir dois casos de empresas brasileiras que estão buscando 
alternativas para o desenvolvimento sustentável. É importante percebermos 
que estas empresas estão promovendo ações específicas conforme a sua 
realidade e necessidade. Assim, nós devemos tomá-las como exemplo de 
transformações para o desenvolvimento sustentável, porém não podemos 
perder a nossa criticidade.
4.3.1 O caso da empresa Natura
Poucas empresas brasileiras têm a preocupação com a sustentabilidade 
fundação. A fabricante de cosméticos Natura, fundada em 1969, é um dos 
poucos exemplos. Naquela época, os conceitos como a responsabilidade 
social e a sustentabilidade nem sequer haviam sido definidos formalmente. 
Desde sua fundação, a empresa vem construindo sua marca como uma 
 CURSO LIVRE - AÇÕES PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE
companhia empenhada em questões socioambientais. No ano de 2007, a 
Natura anunciou duas medidas que reforçam essa estratégia. Uma delas 
foi a total eliminação de testes em cobaias, uma prática que era motivo de 
fortes críticas de entidades que atuam em defesa dos animais. A outra foi o 
lançamento do projeto de redução das emissões de gases de efeito estufa 
em sua cadeia produtiva (CUNHA, 2007). 
A primeira iniciativa é uma mudança mais radical que a Natura vem 
promovendo em sua linha de produtos. Além de acabar com os testes em 
animais, ela está, aos poucos, mudando as fórmulas de seus cosméticos. Estão 
substituindo os ingredientes animais e minerais (provenientes do petróleo) 
e entram matérias-primas vegetais. Os sabonetes foram a primeira linha de 
produtos a passar por essa mudança, em 2005, num processo que a companhia 
chama de "vegetalização". O sebo de boi foi substituído por óleos vegetais. 
Mesmo a empresa fazendo investimentos em pesquisa para que a troca de 
materiais não interfira na aparência, na cor e no cheiro dos produtos, algumas 
mudanças serão inevitáveis. Apesar do risco, especialistas acreditam que a 
marca se fortalecerá com essa iniciativa (CUNHA, 2007). 
Para reforçar a imagem como sustentável, a empresa aposta também 
no projeto Carbono Neutro. A ideia é reduzir ao mínimo as emissões de 
gases de efeito estufa em toda a cadeia produtiva. Para alcançar o objetivo, 
a Natura trabalha em várias frentes: trocou os micro-ônibus a diesel que 
transportavam funcionários dentro da fábrica, em Cajamar, na Grande São 
Paulo, por carrinhos movidos a gás natural; substituiu o álcool utilizado nas 
fórmulas de perfumes por álcool orgânico (produzido sem agrotóxicos ou 
queimadas) e está intensificando o uso de material reciclado nos frascos 
(CUNHA, 2007). 
Para a Natura, é vital que essas iniciativas tragam resultados positivos, 
não só para sua imagem, mas também para suas finanças.
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FIGURA 8 – CICLO DO CARBONO DA NATURA. PORCENTAGEM DE EMISSÕES EM CADA ESCOPO
FONTE: Disponível em: <http://www.agendasustentavel.com.br/images/pdf/001259.pdf>. Acesso 
em: 20 maio 2012.
4.3.2 O caso da empresa Braskem
Nos cinco anos da Braskem, que é líder do setor petroquímico na 
América Latina, fez da autonomia tecnológica um dos pilares de seu negócio. 
O Centro de Tecnologia e Inovação da companhia possui ativos superiores 
a 330 milhões de reais e realiza investimentos anuais de 50 milhões de reais. 
Uma das principais metas da empresa é desenvolver polímeros verdes de 
matérias-primas 100% renováveis. Este será o primeiro polietileno feito com 
etanol de cana-de-açúcar. O início da produção do plástico verde em escala 
industrial está previsto para o final de 2009 e deve atender à demanda de 
setores como a indústria automobilística, de embalagens alimentícias e de 
cosméticos e artigos de higiene pessoal (MOURA, 2007). 
Essa não é a única conquista da área de pesquisa e desenvolvimento 
da Braskem. Em 2006, a empresa lançou a primeira resina brasileira com 
nanopartículas, que são elementos que têm a espessura de um fio de cabelo 
e garantem aos produtos propriedades físicas superiores, como maiores 
rigidez e resistência. Graças a novidades como essa, hoje cerca de 20% da 
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receita líquida da Braskem já vem da venda de resinas desenvolvidas nos 
últimos três anos. A sustentabilidade está diretamente ligada à rentabilidade 
e competitividade da companhia (MOURA, 2007). 
A Braskem foi fundada em agosto de 2002, quando os grupos Odebrecht 
e Mariani integraram seus ativos petroquímicos aos da Copene, antiga central 
de matérias-primas petroquímicas localizada no polo de Camaçari, na região 
metropolitana de Salvador. Em 2006, gerou 3400 empregos diretos. Seus 
produtos são usados na fabricação de grande variedade de itens de consumo, 
desde escovas de dente, mamadeiras e mochilas até esquadrias de janelas e 
componentes automotivos. Foi a tarefa de administrar, com processos de alta 
complexidade e matérias-primas não renováveis, que a Braskem adotou em 
seu código de conduta um compromisso com o desenvolvimento sustentável 
(MOURA, 2007). 
Todos os projetos na área de segurança, de saúde e de meio ambiente 
foram reunidos dentro de um mesmo programa, o Sempre, que recebeu 
aporte de 153 milhões de reais em 2006, correspondente a 20% do total 
de investimentos realizados pela empresa. A Braskem apresentou em seu 
relatório de sustentabilidade alguns resultados concretos do programa, como 
a redução de 3% no consumo de energia elétrica e na geração de resíduos 
sólidos e redução de 2% no consumo de água. Outra iniciativa recente da 
Braskem foi a criação de uma diretoria de segurança, saúdee meio ambiente 
(MOURA, 2007). 
Um dos maiores desafios da Braskem é fazer com que seus fornecedores 
de serviços também adotem uma política mais responsável. Para isso, a 
empresa colocou em prática há um ano o programa Braskem + Parceiros, que 
tem o objetivo de capacitar seus fornecedores e difundir os valores e processos 
da petroquímica. No entanto, hoje apenas 52% das empresas parceiras são 
avaliadas pela Braskem em relação a seus processos de responsabilidade 
social (MOURA, 2007).
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AUTOATIVIDADE
1 Os recursos naturais devem ser reconhecidos pelas suas contribuições 
aos sistemas de vida do planeta, e não apenas por seu valor como bens 
econômicos. Na verdade, como deve ser um mundo sustentável?
2 Cite alguns exemplos de ações sustentáveis que podem estar presentes nas 
cidades sustentáveis. 
3 O que você entende por permacultura?
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REFERÊNCIAS
BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é – o que não é. 1. ed. Petrópolis: 
Vozes, 2012.
BRANDES, M. E. Cadeia Produtiva Agroecológica do Núcleo Alto Vale: 
perspectivas da Rede Ecovida na construção de mercados solidários. 
Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) - Universidade 
Regional de Blumenau, Blumenau, 2012.
CUNHA, L. Um teste de resistência, Revista Guia Exame: Sustentabilidade, 
São Paulo, p. 56-57, 2007.
GARDNER, G. Acelerando a Mudança para a Sustentabilidade. 2001. 
Disponível em: <www.worldwatch.org.br/em2004_eiglesias.htm>. Acesso 
em: 25 abr. 2012. 
IPCC. Intergovernmental Panel on Climate Change. Contribution of 
Working Group I to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental 
Panel on Climate Change. 2007. Disponível em: <http://www.ipcc.ch/
publications_and_data/ar4/wg1/en/contents.html>. Acesso em: 25 abr. 
2012.
MOURA, B. Questão de sobrevivência. Revista Guia Exame: 
Sustentabilidade, São Paulo, p. 36-37, 2007.
NEWMAN, P. Construindo as Cidades do Futuro. 2010. Disponível em: 
<www.worldwatch.org.br/em2010_eiglesias.htm>. Acesso em: 26 abr. 2012.
PLANETA VIVO. Biodiversidade, Biocapacidade e Desenvolvimento. 
Relatório 2010. Disponível em: <wwf.org.br>. Acesso em: 26 abr. 2012.
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GABARITO 
1 Os recursos naturais devem ser reconhecidos pelas suas contribuições 
aos sistemas de vida do planeta, e não apenas por seu valor como bens 
econômicos. Na verdade, como deve ser um mundo sustentável?
R.: Um mundo sustentável será movido pelo sol, construído de materiais que 
tenham um ciclo de reciclagem; os carros e motos serão diminutos, sendo 
maximizado o uso de trens, ônibus e bicicletas; com habitações sustentáveis; 
e com comunidades justas, equitativas e unidas.
2 Cite alguns exemplos de ações sustentáveis que podem estar presentes nas 
cidades sustentáveis. 
R.: Utilização de materiais locais e reciclados; utilização de placas foto voltaicas; 
utilização de combustível de biomassa para aquecimento e geração de energia; 
reciclagem da água suja; armazenagem da água da chuva; estrutura local para 
reduzir a necessidade de locomoção; jardins de permacultura, entre outras.
3 O que você entende por permacultura? 
R.: A permacultura é um método holístico de planejar, atualizar e manter 
sistemas de escala humana como jardins, vilas, aldeias, comunidades e cidades 
ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.

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