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uso de redes sociais e novas tecnologias de informação e comunicação como instrumento da aprendizagem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEAD 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO SUPERIOR, 
CONTEMPORANEIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS 
 
 
 
 
João Sotero do Vale Júnior 
 
 
 
 
USO DE REDES SOCIAIS E NOVAS TECNOLOGIAS DE 
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO 
DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
Petrolina – PE 
2015
 
 
 
 
1 
 
 
JOÃO SOTERO DO VALE JÚNIOR 
 
 
 
 
 
USO DE REDES SOCIAIS E NOVAS TECNOLOGIAS DE 
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO 
DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Federal do Vale do São Francisco – 
UNIVASF, Campus Petrolina, como requisito para 
conclusão do Curso de Especialização em Ensino 
Superior, Contemporaneidade e Novas 
Tecnologias. 
Orientador: Prof. Dr. David Fernando Morais Neri 
 
 
 
 
 
 
Petrolina - PE 
2015 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vale Júnior, João Sotero do 
* Cutter 
 
 Uso de redes sociais e novas tecnologias de informação e 
comunicação como instrumento da aprendizagem / João sotero do 
Vale Júnior. -- Petrolina, 2015. 
 59f : il. 29 cm. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Especialização em 
Ensino Superior, Contemporaneidade e Novas Tecnologias) - 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus, Petrolina, 
2015. 
 
 Orientador: Prof. Dr. David Fernando Morais Neri 
 
 1. Uso das redes sociais e novas tecnologias de informação e 
comunicação. 2. Ensino aprendizagem. 3. Facebook. I. Título. II. 
Universidade Federal do Vale do São Francisco 
 * CDD 
 
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Biblioteca SIBI/UNIVASF 
Bibliotecário: 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEAD 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO SUPERIOR, 
CONTEMPORANEIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
JOÃO SOTERO DO VALE JUNIOR 
 
USO DE REDES SOCIAIS E NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO DA APRENDIZAGEM 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, 
Campus Petrolina, como requisito para conclusão do Curso 
de Especialização em Ensino Superior, Contemporaneidade 
e Novas Tecnologias. 
 
Petrolina, 25 de setembro de 2015 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Dr. David Fernando Morais Neri 
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) 
Orientador e Presidente da Banca Examinadora 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Dr. Marcelo Silva de Souza Ribeiro 
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) 
 
 
_________________________________________________ 
Prof. Dr Francisco Ricardo Duarte 
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este estudo a minha mãe, a 
meus familiares, a amigos e colegas 
e a todos que contribuíram para a 
conclusão desta Especialização. 
 
 
 
 
6 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À minha mãe, por sempre me apoia nas minhas decisões e na minha vida 
acadêmica. Agradeço a todos os meus familiares que acreditaram e contribuíram para 
o meu desenvolvimento. 
 
Ao Profº Me. Márcio Pereira Lobô, pelo incentivo e apoio na tabulação dos 
dados. 
 
Aos professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco – 
UNIVASF – pelos conhecimentos transmitidos durante este período da Especialização 
e em especial ao Profº. Dr. Marcelo Ribeiro e Profª Ms. Maéve Melo. 
 
Ao Profº. Dr. David Fernando Morais Neri, orientador deste trabalho de 
conclusão de curso, por todo empenho, sabedoria, compreensão. Gostaria de ratificar 
a sua competência, paciência, e sugestões que fizeram com que concluísse este 
trabalho. 
 
 Aos meus amigos de curso, pelos bons momentos que passamos juntos. Em 
especial a Marília Albertina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"A vida é muito curta para ser pequena" 
 
 
 
 
8 
 
 Mário Sergio Cortella 
 
 
 
 
 
9 
 
 
RESUMO 
 
As Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC) surgiram durante a era 
informatizada para possibilitar a introdução de novos modelos de comunicação e 
estratégias de difusão da informação. O governo do estado do Pernambuco vem 
buscando auxiliar docentes e discentes quanto a inclusão digital através da 
implantação de laboratórios de informática com acesso a Internet, assim como, a 
disponibilização de tablets/PC para alunos do ensino médio por meio do Projeto de 
Lei Ordinária Nº 664/2011. Este estudo teve como objetivo discutir a importância do 
uso das redes sociais e das NTIC como instrumentos de apoio pedagógico no 
processo ensino aprendizagem no contexto do programa Aluno Conectado em uma 
escola pública do interior do Pernambuco. Trata-se de um estudo do tipo pesquisa-
ação, que teve como participantes discentes e docentes do 3º ano de uma Escola 
Estadual do município de Floresta – PE, a reflexão a pesquisa aconteceu inicialmente 
por uma pesquisa aos participantes, tendo a necessidades de aplicação de 
questionário para traçar o diagnóstico da situação vivenciada pelos participantes, no 
que se refere a utilização das redes sociais e das NTIC como estratégia metodológica 
complementar no processo ensino aprendizagem. Os resultados apontam que 
docentes e discentes tem conhecimentos insipientes em informática; a utilização das 
redes sociais esta relacionada à atividades de entretenimento levando os discentes e 
docentes a não utilizarem diversas ferramentas desta rede como estratégia 
pedagógica. A abordagem inicial deste estudo apresentou a necessidades de uma 
ação de abordagem sociotécnica, onde buscamos o Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF-Sertão) como parceiro a pesquisa. 
Por meio desta parceria foi realizado um curso intervenção juntos aos docentes com 
o objetivo de difundir a utilização das NTIC e das redes sócias, com ênfase no 
Facebook, como suporte metodológico no processo ensino aprendizagem. Por meio 
do programa de curso de Formação Inicial e Continuado (FIC) do IF-Sertão, foram 
estimuladas o processo de aprendizagem dos sujeitos por meio de discussão e da 
disseminação de informações, visando à condução de trabalhos futuros. Provocados 
pela ação, os sujeitos criaram uma página na referida rede social Facebook, 
denominada Escola Inovadora que vem sendo alimentada por docentes e discentes 
de diversas Instituições do Brasil. Concluímos que a implantação de programas 
relacionados a inclusão digital de professores e alunos deve ter uma orientação prévia 
quanto a utilização das tecnologias fornecidas, vez que, a utilização das redes sociais 
e das NTIC perpassam pela necessidade de conhecimentos específicos do seu uso. 
Dessa forma, ações intervencionistas como a realizada na oficina direciona o olhar 
reflexivo dos professores para a utilização das redes sociais e NTIC como estratégia 
pedagógica complementar, melhorando o processo ensino aprendizagem dos alunos, 
além de conferir a estes a possibilidade da sua inserção no mundo digital. 
 
Palavras Chaves: Tecnologia, educação, rede social, Facebook, 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
ABSTRACT 
 
The New Information and Communication Technologies (ICT) have emerged during 
the era computerized to enable the introduction of new models of communication and 
information dissemination strategies. The Pernambuco state government has sought 
to assist teachers and students as digital inclusion through the implementation of 
computer labs with Internet access, as well as the availability of tablet / PC for high 
school students through the Annual Bill No. 664/2011.This study aimed to discuss the 
importance of using social networks and technologies as teaching support tools in the 
learning process within the framework of Connected Student program in a public 
school in the interior of Pernambuco. It is a study of the type action research that had 
as students participants and teachers of the 3rd year of a State forest municipality 
School - PE, reflection research initially happened for a research participants and the 
application needs questionnaire to outline the diagnosis of the situation experienced 
by the participants regarding the use of social networks and technologies as 
complementary methodological strategy in the teaching learning. The results show that 
teachers and students have ignorant knowledge in computer science; the use of social 
networks is related to entertainment activities leading students and teachers not to use 
different tools of this network as a pedagogical strategy. The initial approach of this 
study presented the needs of a socio-technical approach to action, where we seek the 
Federal Institute of Education, Science and Technology Pernambucano Hinterland (IF-
Hinterland) as a partner research. Through this partnership was held together an 
intervention course for teachers with the aim of spreading the use of ICTs and partners 
networks, with emphasis on Facebook, as methodological support in the learning 
process. Through the Initial Training course program and Continued (FIC) of the IF-
Hinterland, they were stimulated the process of learning the subjects through 
discussion and dissemination of information, aimed at driving future work. Caused by 
the action, the guys created a page on that social network Facebook, called Innovative 
School that has been fueled by teachers and students of various institutions in Brazil. 
We conclude that the implementation of programs related to digital inclusion of 
teachers and students must have a previous guidance on the use of technologies 
provided, since the use of social networks and NTIC underlie the need for specific 
knowledge of their use. Thus, interventionist actions as carried out in the workshop 
directs the reflective gaze of teachers for the use of social and NICT networks as a 
complementary pedagogical strategy, improving the learning process of students, as 
well as give them the possibility of their inclusion in the digital world . 
Key words: technology, education, social network, Facebook 
 
 
 
 
11 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12 
2 JUSTIFICATIVA / RELEVÂNCIA .......................................................................... 15 
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 17 
3.1 Geral .................................................................................................................. 17 
3.2 Específicos ....................................................................................................... 17 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 18 
4.1 Novas Tecnologias da Informação e comunicação e o mundo 
contemporâneo ...................................................................................................... 18 
4.2 O crescente uso das redes sociais ................................................................. 19 
4.3 Interfaces entre redes sociais e educação ..................................................... 23 
5 METODOLOGIA ................................................................................................... 29 
5.1 Tipo de Estudo ................................................................................................. 29 
5.2 Campo de estudo ............................................................................................. 30 
5.3 Participantes ..................................................................................................... 30 
5.4 Técnica e Instrumento de coleta de dados .................................................... 31 
5.5 Técnicas de análise dos dados ....................................................................... 32 
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 33 
6.1 Concepções de discentes sobre a utilização da informática e do Facebook 
como instrumento de ensino-aprendizagem ....................................................... 33 
6.2 Concepções de docentes sobre a utilização da informática e do Facebook 
como instrumento de ensino-aprendizagem ....................................................... 37 
6.3 Construindo conhecimento sobre NTIC e o uso do Facebook no processo 
ensino aprendizado ................................................................................................ 42 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 46 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 49 
APÊNDICE A – Instrumento de coleta de dados para discentes ........................ 51 
APÊNDICE B – Instrumento de coleta de dados para docentes ........................ 54 
APÊNDICE C – Edital IF-Sertão 02/2014 ............................................................... 57 
APÊNDICE D – Página do Facebook construída para promover debates e 
divulgação de materiais pertinentes. .................................................................... 61 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O aprendizado descrito em outrora limitando-se a espaços físicos delimitados 
pelas paredes da escolas, bibliotecas e faculdades e na relação verticalizada 
professor aluno, tornou-se obsoleta no final do século XX devido ao advento de 
tecnologias que permite o aprendizado de forma descentralizada por meio de 
equipamentos ligados ao mundo da informática. 
Assim, pensar em educação nos tempos atuais é um grande desafio, pois 
estamos inseridos na sociedade da informação e somos bombardeados 
constantemente por notícias oferecidas pelos diversos meios de comunicação. 
Vivemos cercados por tecnologias, como o computador, Internet, televisão, 
smartphone, tablets, e outros recursos utilizados diariamente pela sociedade em geral, 
indo dos grandes intelectuais até as crianças. 
No século XXI, essas tecnologias tornaram-se muito mais populares do que 
permitiu aos indivíduos obterem informações e construir conhecimento por meio da 
aprendizagem móvel (mobile learning), em qualquer lugar, independente de 
localização geográfica ou espaço temporal, assim como, o processo de aprendizagem 
dispensa a presença física do professor. 
Neste contexto a construção e compartilhamento do conhecimento tornaram-
se mais simplificada. No entanto, a aprendizagem significativa no âmbito escolar vai 
além da oferta de informações veiculadas pelas novas tecnologias digitais conectadas 
a Web, ela necessita da operacionalização de metodologias, práticas e mediações 
 
 
 
 
13 
 
pedagógicas inovadoras que busquem melhores resultados na relação ensino 
aprendizagem entre professores e alunos utilizando as tecnologias digitais em seu 
favor. 
Salientamos que as redes de informações digitais disseminam grande 
quantidade de conteúdo úteis e também inúteis para uma aprendizagem significativa, 
cabendo os professores serem mediadores no processo de orientação referente ao 
uso destas informações. Neste sentido chamamos atenção para as redes sociais 
como Facebook, twitter, instagram dentre outras, em especial ao Facebook que 
oferece diversas ferramentas que podem ser utilizadas tanto para entretenimento 
como para fins educativos e profissionais. 
A transmissão de informações pode ser vista como um dos pontos para o 
ensino e aprendizagem. Porém,vale lembrar que Paulo Freire (1996) afirma que 
ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um 
sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Ensinar é 
possibilitar a construção do conhecimento. 
A partir desse ponto de vista, o Facebook se revela importante como um 
software social que agrega dinâmicas comunicacionais e que proporciona aos 
professores e seus estudantes outras formas de tecer “teias complexas de 
relacionamento com o mundo” (SANTOS, 2002, p. 121). 
Sensibilizada por esta necessidade de inclusão digital a Secretaria de 
Educação de Pernambuco lançou em 2011 o Programa Aluno Conectado que tem 
como objetivo proporcionar ao estudante a inclusão digital por meio da implementação 
de tecnologias móveis em favor do processo ensino aprendizagem. Para efetivação 
deste programa, desde março de 2012 o Governo Pernambucano passou a oferecer 
aos alunos do segundo e terceiro ano do Ensino Médio um tablet. O referido 
equipamento veio equipado com softwares educativos multidisciplinares, livros digitais 
e placa de Internet que possibilitam aos alunos acessarem ambiente virtual para 
realizarem pesquisas, assim como, redes sociais como o Facebook. 
Conforme difundido pela mídia em geral, assim como nas discussões empíricas 
entre membros da sociedade, as redes sociais oferecem aos internautas acesso a 
conteúdos e ferramentas diversas conforme o perfil do usuário, tornando-se salutar 
discutir a utilização do Facebook (rede social mais utilizada) no processo ensino 
aprendizagem. 
 
 
 
 
14 
 
Dessa forma, compreendemos que não se trata apenas de planejar métodos 
de comportamentos educativos dentro da rede social, mas também de potencializar 
essa dinâmica educacional que o Facebook pode proporcionar por meio de um novo 
canal comunicativo entre docente e discente. Para isso, é necessária formação 
profissional no tocante a metodologias corretas a serem aplicadas aos estudantes. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
2 JUSTIFICATIVA / RELEVÂNCIA 
 
Habitamos em um mundo repleto de mudanças. Tudo é alterado de forma muito 
rápida, deixando-nos, muitas vezes, sem o preparo necessário para captar tantas 
informações que são disseminadas por meio das Novas Tecnologias da Informação e 
Comunicação (NTIC). Isso ocorre em todas as áreas, sendo destacadas, neste 
estudo, a educação e a rede social. 
Ao pensar em analisar a rede social Facebook no contexto do programa Aluno 
Conectado, de uma Escola Estadual do interior do Pernambuco, surge o seguinte 
questionamento: como é percebida a ideia do uso da rede social Facebook dentro do 
contexto educacional? Essa questão surge devido ao aumento e popularidade das 
redes sociais, que criam, atualmente, possibilidades de se unirem à educação, com o 
intuito de deixar este processo mais prazeroso proporcionando melhor interpelação 
entre educando e educador como vista a um objetivo comum – construir e compartilhar 
conhecimentos sobre diversos temas. Mas vale lembrar que, esse é um processo com 
muitos desafios, pois é algo inovador e que esta começando a ser usado no contexto 
educacional. 
Ao se trabalhar com a temática educação, o professor deve se apropriar das 
informações e recursos utilizados visando uma melhor resposta no processo ensino-
aprendizagem. A simples tarefa de introduzir novas tecnologias no processo 
metodológico remete ao professor a necessidade de dominar as formas de transmitir 
estes conhecimentos por meio de estratégias inovadoras que estão utilizando. Assim, 
esta problemática torna-se uma realidade na vida do professor que deve estar se 
capacitando para acompanhar a evolução tecnológica, em que muitas vezes, seus 
alunos têm maior conhecimento quando os mesmo. 
Levando em consideração que muitos professores e alunos da turma possuem 
acesso às ferramentas tecnológicas cedidas pelo governo estadual, notebooks, kit 
multimídia com projetor, por parte do professor, e tablet/pc, por parte do aluno, é 
essencial que exista um estudo ou análise sobre a forma como estão sendo utilizados 
esses equipamentos, como também sobre o uso das redes sociais, em especial o 
Facebook. 
 
 
 
 
16 
 
Em um mundo imbuído de desafios para professores e alunos, buscamos por 
meio deste estudo fomentar uma discussão sobre os benefícios de novas tecnologias 
aplicadas no processo ensino aprendizagem e por meio das atividades realizadas 
durante o desenvolvimento desta pesquisa descrever a experiência da introdução da 
utilização das redes sociais, neste caso, o Facebook como aliado no processo ensino 
aprendizagem. 
Dessa forma teremos por meio desse estudo a oportunidade de discutir os 
desafios e possibilidades que a rede social Facebook poderá trazer à educação. 
Assim, o mesmo tem relevância acadêmica e social, possibilitando uma nova 
alternativa para uma educação mais significativa por meio de uma metodologia 
inovadora. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Geral 
 
• Discutir a importância do uso das redes sociais e das NTIC como instrumentos 
de apoio pedagógico no processo ensino aprendizagem no contexto do 
programa Aluno Conectado em uma escola pública do interior do Pernambuco. 
 
3.2 Específicos 
 
• Descrever as opiniões de alunos e professores acerca das redes sociais e das 
NTIC enquanto instrumento de aprendizagem; 
• Identificar se as redes sociais e as NTIC são utilizadas como estratégia 
pedagógica no processo de ensino aprendizagem dos alunos integrantes do 
programa Aluno Conectados; 
• Realizar oficina de capacitação com professores para utilização das redes 
sociais e das NTIC visando incentivar o uso destas tecnologias por alunos e 
professores; 
• Apresentar as ações de intervenções desenvolvidas pelos professores por 
meio da oficina de capacitação, com vista a utilização das redes sociais e das 
NTIC enquanto instrumento de aprendizagem junto aos alunos. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
4.1 Novas Tecnologias da Informação e comunicação e o mundo 
contemporâneo 
 
 O mundo atual obriga a criação ou aprimoramento de um sistema de ensino 
em que os cidadãos sejam protagonistas do seu próprio aprendizado, e as Novas 
Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC) poderão ter papel fundamental na 
contribuição de uma construção de conhecimento para a sociedade (CASTELLS, 
2007). Segundo o referido autor, As NTIC são o conjunto de técnicas criadas ou 
aprimoradas que facilitam a forma de se comunicar e de divulgar a informação. Elas 
possibilitam o acesso à informação e à comunicação, podendo ocorrer de diversas 
formas, através das redes sociais, celulares, chats, blogs, etc. A partir do seu uso, a 
aprendizagem passa também a acontecer dentro de ambientes virtuais, utilizando as 
NTIC como meios que permitem essa nova interação, tais utilizações já se faz 
presente na difusão de tecnologia para aperfeiçoamento de profissionais por meio das 
Universidades Corporativas. 
De acordo com Kenski (2007), a tecnologia e a educação são dependentes 
uma da outra, e mais, elas estão presentes no cotidiano das pessoas. Segundo a 
citada autora, 
 
 
[...] para que as TIC’s possam fazer alterações no processo educativo, 
no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas 
pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as 
especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir 
que o seu uso, realmente, faça a diferença. Não basta usar a televisão 
ou computador, é preciso saber usar de forma pedagogicamente 
correta a tecnologia escolhida (KENSKI, 2007, p.46). 
 
 
É através de diversas plataformas como wikis (plataformas que permitem a 
construção coletiva de conteúdo colaborativo através de um navegador de web), 
blogs, mídias sociais e as diversas redes sociais, que se possibilitam aprendizagens 
significativas, sejam elas individuais ou coletivas, como também inteligências 
coletivas.19 
 
Segundo Lévy (1999), inteligência coletiva é uma inteligência distribuída por 
toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em 
uma mobilização efetiva das competências.Nesse contexto, o saber é construído de 
maneira interativa através das redes sociais online que, inclusive, ganham cada vez 
mais usuários. 
Além disso, novas maneiras de conviver, refletir e aprender estão sendo 
inseridas na sociedade, principalmente, devido à informatização. Segundo Lemos & 
Levy (2010, p. 12), “as redes sociais online tornam-se cada vez mais tácteis, no 
sentido em que é doravante possível sentir continuamente o pulso de um conjunto de 
relações”. 
Neste contexto, faz surgir conceitos que contribuem para dar sentido aos novos 
ambientes em que ocorre a interação humana. Comociberespaço, “novo espaço de 
comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo 
mercado da informação e do conhecimento” (LÉVY, 1999, p. 32). E a cibercultura que, 
segundo o mesmo autor, “é o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de 
práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem 
juntamente com o crescimento do ciberespaço” (idem. p. .17). 
Com essas perspectivas, tem-se atualmente a possibilidade de comunicação 
que vai além da presencial, tornando o ambiente virtual também um novo meio de 
interação significativo para as práticas pedagógicas. 
 
4.2 O crescente uso das redes sociais 
 
Segundo Recuero (2009),as redes sociais na internet são reconhecidas 
justamente como agrupamentos complexos instituídos por interações sociais 
apoiadas em tecnologias digitais de comunicação. E nesse ambiente estão as 
pessoas que revelam seus anseios e ideias. 
Segundo Fernandes(2011) citando Panteli (2009), Alonet al. (2004) e Valcket 
al. (2006)o tempo que os usuários passam nas redes sociais proporciona o 
desenvolvimento de laços emocionais que leva ao aumento da frequência das visitas 
destes utilizadores neste tipo de comunidade. 
Esses fenômenos vêm modificando a forma da comunicação entre as pessoas. 
Exemplos como o acompanhamento da campanha presidencial do candidato a 
presidente Barack Obama mostram como o mundo acompanhou tudo de perto através 
 
 
 
 
20 
 
de blogs, vídeos e sites de redes sociais. E, ao mesmo tempo,houve aumento no 
número de pessoas ao comparecimento nas eleições americanas. Outro exemplo é o 
caso ocorrido também em 2008, já no Brasil, com relação às chuvas que geraram 
grandes desastres naturais no estado de Santa Catarina, como inundações e 
deslizamentos de terra. Diante deste cenário, blogs e redes sociais também foram 
utilizadas como meio de informar todo o mundo sobre o que estava acontecendo 
(RECUERO, 2009). 
Outro exemplo interessante é o caso das manifestações, ocorridas em 2013 no 
Brasil, em que as redes sociais desempenharam papel importante na divulgação dos 
acontecimentos.Ainda segundo Recuero(2009), esses exemplos representam: 
 
 
[...]aquilo que está mudando profundamente as formas de 
organização, identidade, conversação e mobilização social: o advento 
da comunicação mediada pelo computador. Essa comunicação, mais 
do que permitir aos indivíduos comunicar-se, amplificou a capacidade 
de conexão, permitindo que redes fossem criadas e expressas nesses 
espaços: as redes sociais mediadas pelo computador (RECUERO, 
2009, p. 16). 
 
 
O comportamento da sociedade perante a comunicação por computador cria 
oportunidades para um novo modo de pensar e agir, em que a interação pode 
representar seus desejos e permitir contato com o outro. Essa troca de informações 
virtual desenvolve várias possibilidades na forma de expressão, pois a rede social cria 
um elo entre várias pessoas que buscam socialização com o mundo globalizado. 
Estudos realizados pelo Ibope Mídia em 2010 revelaram que quem não possui 
contas em redes sociais, possui uma intenção de aderir de 34%, ou seja, existe 
aumento de expansão. E mais, mostrou que quem já tem contas em redes sociais 
acessa via celular e geralmente escolhem o plano que melhor facilita o acesso a redes 
sociais. 
Em estudos mais atuais realizados pelo mesmo órgão em 2014 apresentam os 
seguintes dados: 
 
65% dos jovens com até 25 anos acessam internet todos os dias, [...] 
Entre os usuários, a exposição é intensa e com um padrão 
semelhante: 76% das pessoas acessam a internet todos os dias, com 
uma exposição média diária de 4h59 de 2ª a 6ª-feira e de 4h24 nos 
 
 
 
 
21 
 
finais de semana. Eles estão em busca, principalmente, de informa- 
ções (67%) – sejam elas notícias sobre temas diversos ou informações 
de um modo geral –, de diversão e entretenimento (67%), de uma 
forma de passar o tempo livre (38%) e de estudo e aprendizagem 
(24%). [...] Entre as redes sociais e os programas de trocas de 
mensagens instantâneas mais usadas (1º + 2º + 3º lugares), estão o 
Facebook (83%), o Whatsapp (58%), o Youtube (17%), o Instagram 
(12%) e o Google+ (8%). (BRASIL, 2014, p.49,50) 
 
 
Outro dado interessante dessa pesquisa é que as redes sociais afetam o 
cérebro do mesmo jeito que a paixão. Um contato com outras pessoas numa rede 
social pode elevar os índices de oxitocina, mais conhecida como o “hormônio do 
amor”; 69% dos entrevistados revelam que se sentem felizes quando alguém comenta 
ou curte suas publicações. Portanto, visualizando em meio educacional, usar uma 
rede social proporcionará mais prazer ao aluno, tornando o processo de 
aprendizagem mais dinâmico e efetivo por meio da socialização de conteúdos vistos 
em sala de aula, dentre outros. 
 
 
O ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora. 
Mesclam-se nas redes informáticas- na própria situação de produção 
e aquisição de conhecimentos – autores e leitores, professores e 
alunos. As possibilidades comunicativas e a facilidade de acesso às 
informações favorecem a formação de equipes interdisciplinares de 
professores e alunos, orientadas para a elaboração de projetos que 
visem à superação de desafios ao conhecimento; equipes 
preocupadas com a articulação do ensino com a realidade em que os 
alunos se encontram, procurando a melhor compreensão dos 
problemas e das situações encontradas nos ambientes em que vivem 
ou no contexto social geral da época em que vivemos(KENSKI, 
2004,p.74). 
 
 
Vale salientar, conforme afirmativa do autor supracitado, que o uso das redes 
sociais, na educação, ainda faz parte de um debate recente, portanto ainda existe 
resistência por parte de muitos profissionais, seja porque não sabem manusear as 
redes sociais, por acomodação, fazendo o profissional usar sempre os mesmos 
recursos tradicionais (quadro, livros, projetores, etc), por preconceito ou mesmo 
ausência de formação que o auxilie quanto ao uso das redes sociais em contexto 
educacional. Portanto, quando se pensa em aliar redes sociais e educação, um dos 
motivos que levam a esse posicionamento é levar em consideração que 
 
 
 
 
 
22 
 
 
o propósito da escola deveria ser o de desenvolver as inteligências e 
ajudar as pessoas a atingirem objetivos de ocupação e passa tempo 
adequados ao seu espectro particular de inteligências. As pessoas 
que são ajudadas a fazer isso (...) se sentem mais engajadas e 
competentes, e portanto mais inclinadas a servirem a sociedade de 
uma maneira construtiva (GARDNER, 2000, p.16) 
 
 Portanto, tendo a escola como meio que desenvolve o pensamento crítico das 
pessoas, é válido pensar em aspectos e metodologias de ensino que agreguem o 
conhecimento particular do aluno ao conhecimento técnico recebido na escola. Os 
aprendizes, hoje em dia, encontram-se cada vez mais conectados. Assim, é 
importante a sensibilização mediante o uso dessas ferramentas, que poderão auxiliá-
los na construção do conhecimento, permitindo que aluno se envolva no processo de 
ensino e aprendizagem. 
Hoje em dia, as redes sociais são utilizadas por muitas pessoas.E existem 
muitas redes sociais que funcionam basicamente através de perfis e comunidades; o 
Facebook, rede social que permite o compartilhamento de informações através de 
perfis e páginas; o Twitter, rede social que permite aos usuários que enviem e leiam 
atualizações em textos de até 140 caracteres, dentre outras. Cada uma possui suas 
características, público específico e recursos diferenciados. A partir dai, é só escolher 
a de preferência e se cadastrar, dando início a uma jornada em que a pessoa é 
conduzida a interagir com opiniões, ideias e informações acerca de assuntos variados. 
A informação se encontra descentralizada, podendo fazer conexões com 
diversos assuntos numa mesma rede. Como consequência dessa disseminação em 
massa de informações, as pessoas se encontram cada vez mais expostas, pois cada 
membro divulga seus anseios e troca ideias com outros usuários da rede social. A 
exposição é global, e não mais localizada, e todo o mundo poderá ter facilmente 
acesso às publicações online. 
De acordo com dados da Brasil (2014), o Facebook tem 83% de participação 
de visitas, e manteve a liderança entre as redes sociais mais visitadas em 2014. Em 
comparação com julho de 2012, houve alta de 28,01 pontos percentuais. O Facebook 
é o primeiro colocado do ranking desde janeiro de 2012. 
Já o Youtube, serviço online de vídeos que permite a seus usuários carregá-
los, compartilhá-los e publicá-los em formato digital através de websites, dispositivos 
móveis, blogs e e-mails, aparece em segundo lugar na preferência do usuário de 
 
 
 
 
23 
 
Internet, com 17,99% de participação de visitas. O Ask.fm, rede social em que é 
possível fazer perguntas e respostas com até 300 caracteres de forma anônima ou 
não, ficou com 1,96% de participação de visitas, portanto, em terceiro lugar, seguido 
peloTwitter, (1,83%) e do Orkut, com (1,54%). Em sexto lugar no ranking de maio de 
2013, ficou o Yahoo! Respostas Brasil, no qual os usuários perguntam diretamente o 
que querem saber, cadastrando perguntas para serem respondidas por outros 
usuários, com (1,37%), seguido de Badoo, rede social para conhecer novas pessoas, 
ter novas amizades e namoros, (1,05%), Bate-papo UOL (0,80%), Google +, rede 
social com círculos de amizade para compartilhamento de conteúdos além da função 
Hangsouts que permite sala de bate papo através de vídeo, com (0,66%) e Instagram, 
aplicativo para smartphones para tirar fotos, escolher filtros e compartilhar nas redes 
sociais, ficou com (0,50%). 
Com isso, podemos observar o interesse crescente das pessoas para o uso 
das redes sociais, o que proporciona oportunidades de intercâmbio de ideias, seja em 
momentos informais para contatos com amigos, em ambiente profissional, no que 
cerne a troca de informações com funcionários e/ou chefe, ou até mesmo escolar, 
facilitando a comunicação entre professores e alunos. 
 
4.3 Interfaces entre redes sociais e educação 
 
Desde o princípio o homem se organiza em grupos ou pequenos grupos, 
estabelecendo vínculos com outras pessoas para socialização de informações. E 
nessa “Era da Informação”, com tantos recursos de comunicação e informação, 
investigar como agem as pessoas dentro das redes sociais também virou foco de 
estudo e quem sabe oportunidade também do seu uso em âmbito educacional. 
Segundo Marteleto (2001, p.72), as “redes sociais representam um conjunto de 
participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses 
compartilhados”. 
Por outro lado, a educação está se deparando com o desenvolvimento de uma 
sociedade que utiliza novas ferramentas para se comunicar, dentre elas as redes 
sociais virtuais. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
O ensino via redes pode ser uma dinâmica motivadora. Mesclam-se 
nas redes informáticas – na própria situação de produção de 
conhecimento – autores e leitores, professores e alunos. As 
possibilidades comunicativas e a facilidade de acesso às informações 
favorecem a formação de equipes interdisciplinares de professores e 
alunos, orientadas para a elaboração de projetos que visem a 
superação de desafios ao conhecimento; equipes preocupadas com a 
articulação do ensino com a realidade em que os alunos se encontram, 
procurando a melhor compreensão dos problemas e das situações 
encontradas nos ambientes em que vivem ou no contexto social geral 
da época em que vivemos. (KENSKI, 2004, p. 74) 
 
 
De acordo com o que foi dito anteriormente, é possível perceber que as redes 
sociais possuem características para estudo em grupo, troca de conhecimento e 
aprendizagem. Esses aspectos podem ser utilizados com finalidades pedagógicas, 
auxiliando no processo de ensino e aprendizagem. 
As redes sociais, apesar de sua característica voltada ao entretenimento, 
atualmente, está começando a ser utilizada como ferramenta pedagógica. Um 
exemplo citado no artigo de Silva, Diniz e Santos (2012), foi a criação de um grupo 
no Facebook entre alunos de uma escola do município de Petrolândia-PE (Brasil) e 
alunos de escola da Cidade de Coimbra (Portugal).O grupo na rede social foi o 
recurso usado pelo professor e alunos para promover debates, missões e tarefas 
acerca dos assuntos abordados em sala de aula. O Facebook se tornou um espaço 
com um público criador de conteúdos que transmitem assuntos, com o intuito de 
socialização e interação com outras pessoas. 
Podemos observar que as NTIC estão transformando o comportamento da 
sociedade. A exemplo, os alunos que nasceram após os anos 90, também 
conhecidos como nativos digitais Prensky, 2001 (apud SCUDERE, 2007), que se 
utilizam do meio digital para se comunicar e também para estabelecer relações 
interpessoais. Segundo Lévy (1999), o futuro dos sistemas de educação está 
diretamente ligado a sua formação na cibercultura e a sua mutação contemporânea 
na relação com o saber. Nesse contexto, é através das relações com o outro que o 
indivíduo mostra e desenvolve suas habilidades pessoais que o auxiliam como 
profissional e/ou estudante. 
Usar de forma otimizada a rede social Facebook no auxílio do ensino e 
aprendizagem é inovador e desafiante, principalmente neste mundo contemporâneo 
que sofre transformações tecnológicas em um curto período de tempo. Para isso, 
 
 
 
 
25 
 
contextualizar o ambiente para a realidade do aluno, atualmente conectado na maior 
parte do tempo, é importante durante as aulas e o professor, como mediador nesse 
ensino, poderá apontar caminhos de como é possível potencializar o Facebook na 
educação. 
 
 
Os impactos deste processo [o uso da web e seus recursos, como as 
redes sociais] na capacidade de aprendizagem social dos sujeitos têm 
levado ao reconhecimento de que a sociedade em rede está 
modificando a maioria das nossas capacidades cognitivas. Raciocínio, 
memória, capacidade de representação mental e percepção estão 
sendo constantemente alteradas pelo contato com os bancos de 
dados, modelização digital, simulações interativas, etc.(BRENNAND, 
2006, p.202) 
 
Segundo Facebook (2015) este site foi criado em 2004 por Mark Zuckerberg, é 
uma rede social mundial com mais de 61 milhões de usuários apenas no Brasil. 
Pesquisa realizada pelo site Social Bakers, em 2012, aponta que são os brasileiros 
que mais interagem com esta rede. Somos o país que mais publica entre todos os 
outros países nas chamadas funpages ou páginas do Facebook, ficando em quinto 
lugar quanto à média de publicações na categoria perfil de usuário. 
Outras pesquisas e dados divulgados pela própria companhia caracterizam a 
crescente demanda do uso do Facebook que chegou a 1 milhão de usuários no 
mesmo ano de fundação, passando a 12 milhões em 2006, alcançando em 2011 mais 
de 800 milhões de cadastros e, em 2013, ultrapassa a marca de 1,11 bilhão de 
usuários ativos na rede social. 
 Segundo Fernandes (2011) apud PANTELI, (2009),o Facebook é uma rede 
social com um tipo de participação massiva, uma característica relacionadacomo 
número de membros registrados. Quando esse número é muito elevado provoca um 
efeito de aglomerado, formando um grupo muito sólido que tende a agir de uma forma 
homogênea e consistente. 
Pensando em um contexto educacional e percebendo que o alunoutiliza o 
computador para diversos objetivos, dentre elas o acesso a redes sociais, passa a 
ser uma possibilidade a inserção do professor e do aluno trabalhando em parceria 
nesse novo ambiente, seja para discussão ou execução de tarefas escolares. Sobre 
a atuação do professor nessa dinâmica, Lévy (1999) afirma que: 
 
 
 
 
 
26 
 
[...]a transmissão de informações e a notação dos exercícios deixam 
de ser a principal função do professor. Guiando a procura do aluno por 
informações nos programas, nos banco de dados e nos livros, 
ajudando-o a formular seus problemas, torna-se um animador do 
aprendizado (LÉVY, 1999, p. 27). 
 
 
 Assim, o trabalho com as redes sociais no campo da educação exige adaptação 
tanto dos docentes como dos alunos, possibilitando o surgimento de outro debate que 
é a questão da democratização das novas tecnologias para os alunos de todas as 
camadas populares. Nesse contexto, o aprendizado, a formação e, principalmente, a 
vontade de desempenhar a docência, contribuirão para um sistema de educação que 
também utiliza as mídias digitais. Figueiredo (1995 apud FERNANDES, 2011) afirma 
que, 
 
hoje, aprende-se dentro e fora da escola e das mais variadas formas, 
o que no contexto de uma aprendizagem ao longo da vida, só pode 
acontecer precisamente fora das escolas, colocando-nos o desafio de 
construirmos sociedades de aprendizagem (FERNANDES, 2011, p.2). 
 
 
Mesmo que a rede social tenha um enfoque voltado para o entretenimento, 
observamos alternativas para realização de atividades de caráter educacional. O site 
da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (ABRALE) disponibiliza 
100 dicas quanto ao uso do Facebook como ferramenta que auxilia na educação. 
Dentre elas, podemos citar algumas: 
 
• Museus: Pode-se indicar páginas de museus, galerias de arte e exibições para 
que os alunos possam enriquecer ainda mais o uso do Facebook e entrar em 
contato com diferentes conteúdos educacionais. 
• Jogos Educacionais: Muitos dos jogos disponíveis no Facebook são 
educacionais. Pode-se estabelecer metas e fazer um campeonato interno 
entre os alunos. 
• Livros: Pode-se pedir para que os alunos compartilhem no Facebook suas 
opiniões e análises sobre os livros que o professor sugerir. 
• Nota extra: Sugestão para realização de uma pequena gincana com os alunos. 
Organizar atividades relâmpago pela rede social para que eles realizem dentro 
 
 
 
 
27 
 
de um prazo limitado. Além disso, pode-se postar atividades extras, sem que 
haja limitação de tempo ou gincana. 
• Causas: a rede social possibilita a criação de grupos para defender causas. 
Pode-se estimular alunos para que se reúnam e façam um movimento, projeto, 
etc. Eles podem procurar por problemas nas áreas em que vivem ou ao redor 
da escola. 
• Perguntas: O Facebook disponibiliza a ferramenta de perguntas, que pode ser 
muito útil, tanto para os alunos quanto para os professores. Pode-se criar 
enigmas ou deixar o aplicativo disponível para que os alunos tirem dúvidas 
online. 
Como vemos, adotar estratégias de ensino impulsionará os alunos a agirem de 
forma mais crítica dentro de suas publicações online no Facebook. Essa capacidade 
das NTIC no ambiente educacional tem a ver coma aderência de metodologias de 
ensino aplicadas de maneira correta. Estas tecnologias facilitam o acesso a um 
imenso conjunto de informação e recursos cuja utilização implica o desenvolvimento 
de capacidades de avaliação, de interpretação e de reflexão crítica (OSBORNE & 
HANNESSY, 2003). 
Uma pesquisa realizada pela British Educacional Communications and 
Technology Angency (BECTA) demonstrou que a utilização da NTIC em sala de aula 
é mais motivadora para os alunos. A BECTA (2007) declara que a introdução das 
NTIC na escola e na sala de aula produziu desenvolvimentos positivos, motivando 
alunos e professores e modificando as experiências de ensino e aprendizagem de 
ambos. 
 A escrita, a leitura e a oralidade, formas de comunicação utilizadas pela maioria 
dos professores em suas aulas, já não são suficientes. Adequar essas formas de 
comunicações às mídias sociais é um passo a ser concretizado para melhor interação 
entre aluno e professor. Além disso, o professor pode chamar atenção do aluno com 
recursos digitais para um melhor relacionamento entre eles, aumentando assim a 
probabilidade de aulas mais dinâmicas e de interesse do aluno. 
 É fácil perceber o quanto os jovens vislumbram tudo o que forma a era digital. 
Basta utilizar as ferramentas disponíveis com metodologias corretas, que mostrem 
ao aluno segurança e certeza de que naquela aula ele irá desenvolver habilidades e 
conhecimentos que usará em seu cotidiano. Por exemplo, promover uma discussão 
de um determinado tema da aula nas redes sociais. 
 
 
 
 
28 
 
 Com o uso otimizado do Facebook na educação o aluno passa de receptor de 
informações a criador e multiplicador de informações, construindo assim seu 
pensamento crítico por meio de publicações online. A partir daí, o estudante terá a 
oportunidade de construir um conhecimento que vivenciará no seu cotidiano, 
deixando de lado a ideia de que tudo que se aprende na escola, permanece na 
escola. As práticas docentes alinhadas à tecnologia usada garantirá êxito no 
processo de ensino e aprendizagem. Porém, vale lembrar que o uso do Facebook 
não é garantia de aprendizagem, devido à pouca abertura de alguns docentes diante 
desse novo debate, seja por falta de interesse ou recursos. 
No Facebook sabemos o quão diversificado são os temas, postagens e notícias 
que são publicados. Podemos “curtir”, compartilhar, comentar, publicar fotos e vídeos. 
Essa interação entre rede social e usuário é uma fonte ilimitada de informação. Nela, 
podemos conversar e trocar ideias com pessoas que estão do outro lado do mundo, 
descobrir um produto que foi lançado no mercado, ver notícias sobre 
sustentabilidade, economia, política, dentre outros aspectos. 
Outra característica interessante sobre o Facebook é que, além de promover a 
interação, fator primordial para a aprendizagem, ele desenvolve habilidade de trabalho 
em grupo. Essa característica é valorizada pela sociedade contemporânea e pela 
escola, que exige um comportamento com foco na formação de indivíduos que sejam 
agentes de transformação da realidade, de modo positivo e responsável. 
Diante desse contexto, tem-se também a visão da escola como espaço que 
busca desenvolver o senso crítico, colaborativo, incentivando os estudantes na 
construção de uma sociedade com acesso a uma educação de qualidade, no 
desempenho de atividades que despertam habilidades pessoais e profissionais. 
Assim, é necessário que a escola seja espaço de construção do conhecimento, 
contemplando o aluno, e em articulação com as demandas da sociedade. Dessa 
forma, estaremos contribuindo com a construção de uma educação democrática, de 
qualidade, contextualizada, a partir das experiências dos alunos e docentes, e que 
reflita uma proposta pedagógica que repense sua dimensão técnica (metodologias de 
ensino), humana (relação professor-aluno) e política (transformação social). 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
5 METODOLOGIA 
 
5.1 Tipo de Estudo 
 
 Diversos métodos de pesquisas vêm sendo desenvolvido por estudiosos 
visando embasar metodologicamente a apropriação de informações e analise de 
resultados referentes a diversos objetos de estudo. Nesta pesquisa, buscamos 
compreender a utilização de novas tecnologias como instrumento de aprendizagem, 
em especial a utilização da rede social Facebook como canal de aprendizagem entre 
professores e alunos, nos aparou nas bases teóricas da Pesquisa-ação.A Pesquisa-ação, segundo Vergara (2012) se incube de buscar resoluções de 
problemas por meio de ações simbióticas entre pesquisadores e participantes 
envolvidos em determinado campo propício de investigação. Este método, “objetiva 
simultaneamente a intervenção, a elaboração e o desenvolvimento de teoria” (p.191). 
 Ainda segundo a autora supracitada, o método de pesquisa-ação é muitas 
vezes confundido com consultoria ou até mesmo como pesquisa participante. No 
entanto Thiollent (2009) esclarece que a pesquisa ação se diferencia da pesquisa 
participante e da consultoria pelo fato deste método envolver a relação pesquisador e 
participante como membros participes do processo, que tem como estrutura 
central,intervenções planejadas oriundas das vivências do participante em uma dada 
realidade. Dessa forma, a pesquisa-ação é definida por Thiollent (2009, p. 16) como: 
 
 
[...] um tipo de pesquisa social de base empírica que é concebida e 
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução 
de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes 
representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo 
cooperativo ou participativo. 
 
 
 Considerando que a forma de abordagem de um estudo deve ser escolhido 
levando em consideração o objeto, encontramos na pesquisa-ação as diretrizes para 
as reflexões / análises da temática referente a utilização do Facebook como 
instrumento de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
5.2 Campo de estudo 
 
O estudo foi desenvolvido em uma escola pública estadual do município de 
Floresta – PE. Para uma melhor caracterização do local de investigação, faz-se 
necessário descrever aspectos básicos do município e a escolha do referido colégio 
como cenário do estudo. 
Floresta é um município brasileiro do estado de Pernambuco, distante 433 km 
de Recife, capital pernambucana. O município é o ponto de partida do Eixo Leste da 
Transposição do Rio São Francisco. No campo da educação a cidade conta com sete 
de escola públicas e uma privada (FLORESTA, sd). 
A escolha da escola estadual como cenário do estudo ocorreu devido a mesma 
ter sido escolhida como projeto piloto para a implantação do Programa Aluno 
Conectado no interior do Pernambuco. O referido programa foi instituído pelo Projeto 
de Lei Ordinária Nº 664/2011 e visa disponibilizar, gratuitamente, aos alunos dos 
segundo e terceiro anos do ensino médio da rede pública estadual, um Tablet/PC, 
para uso individual, dentro e fora do ambiente escolar, como material de apoio 
pedagógico permanente do estudante. 
Salientamos que neste cenário de estudo todos os alunos e professores tinham 
acesso a Internet por meio de conexão por cabo e rede wifi, fato que possibilitava o 
acesso destes ao “mundo virtual”. Além disso, como é comum em muitas repartições 
públicas, o sinal disponibilizado não oferecia bloqueio ao acesso a redes sócias como 
Facebook, fato que potencializou a utilização deste espaço como cenário de estudo. 
 
5.3 Participantes 
 
 O estudo foi realizado com 30 discentes do 3º ano do ensino médio e 13 
docentes da escola definida como cenário da pesquisa, o que corresponde ao 
universo da pesquisa. 
 Foi considerado como critério de inclusão para ser inserido na amostra 
discente, os seguintes critérios: ser alunos regularmente matriculados no ensino 
médio da referida escola e ter feito uso do tablet/PC recebido por meio do programa 
Aluno Conectado. Como critério de exclusão foi elencado: alunos não matriculados no 
ensino médio e que não tenham sido contemplados com os incentivos do programa 
alunos conectados. 
 
 
 
 
31 
 
Os critérios de inclusão para os docentes foram: ser professor do ensino médio 
e ministrar aula para discentes que tenham sido contemplados pelo incentivo do 
programa alunos conectados. Como critérios de exclusão foram elencados: 
professores que não foram alocados no ensino médio durante a realização da 
pesquisa e não ministraram aulas para os alunos contemplados pelo programa Alunos 
Conectados. 
 
5.4 Técnica e Instrumento de coleta de dados 
 
Os dados da pesquisa foram coletados conforme técnica apresenta por 
Vergara (2012) no que se refere ao método de pesquisa-ação, a saber: inicialmente 
definimos o tema proposto para a pesquisa, neste caso, a relação ensino 
aprendizagem utilizando as ferramentas do fecebook como estratégia metodológica; 
posteriormente procedeu-se a analise de literatura referente ao objeto de estudo nas 
bases de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO) utilizando as 
palavras chaves: alunos conectados, metodologias de ensino aprendizagem e 
Facebook. 
Os participantes da pesquisa foram escolhidos de forma intencional pelo 
pesquisador obedecendo aos critérios de inclusão da pesquisa, sendo verificado a 
partir deste momento a viabilidade da realização da pesquisa utilizando a técnica de 
pesquisa-ação. 
Dando continuidade ao processo os participantes da pesquisa foram reunidos 
em momentos distintos, primeiro foi realizada uma reunião com os discentes e 
aplicado um questionário (APÊNDICE A) contendo questões referentes ao objeto de 
estudo. 
Segundo Gil (2008), o questionário é comumente utilizado, porque confere 
maior uniformidade às respostas e podem ser facilmente processadas, assim, esse 
instrumento de pesquisa evita ambiguidades e dúvidas quanto à opinião do 
respondente. 
Mediante aos resultados destes questionários fez-se necessário a realização 
de uma reunião com os docentes onde foi também aplicado um questionário 
(APÊNDICE B). Mediante as informações oriundas dos questionários aplicados aos 
discentes e docentes foi apresentados aos participantes deste estudo para que diante 
das fragilidades na utilização da tecnologia proposta pelo projeto Alunos Conectados 
http://www.scielo.org/
 
 
 
 
32 
 
passa ser desenvolvido um plano de ação. As fragilidades foram analisadas com base 
nos objetivos propostos pelo projeto de lei e a aplicabilidade dos instrumentos 
tecnológicos pelos alunos e professores. 
Diante da contestação diagnóstica das fragilidades no processo ensino-
aprendizagem foi proposto um curso para instrumentalizar os docentes para a 
utilização das Novas Tecnologias da Informação e Inovação (NTIC) intitulada “o uso 
da rede social Facebook como instrumento de ensino – aprendizagem”. O referido 
Curso ocorreu em parceria com Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia 
do Sertão Pernambucano (IF-Sertão) conforme edital 02/2014 (APÊNDICE C). 
Conforme definido pelo método escolhido foi traçado um plano de ação e 
elaborado estratégias para melhor aplicabilidade das redes sociais no processo 
ensino-aprendizagem, colaborando assim para a efetivação dos objetivos propostos 
pelo Projeto de Lei Ordinária Nº 664/2011. 
Salientamos que a coleta de dados se deu após consentimento expresso dos 
participantes, assim como, foram mantidos o anonimato dos mesmos durante todo o 
estudo. Foi esclarecido ainda aos participantes do estudo que os resultados oriundos 
da pesquisa poderiam ser utilizados para fins científicos. 
 
5.5 Técnicas de análise dos dados 
 
Os dados oriundos dos questionários foram tabulados no Microsoft Excel e 
apresentados na forma de gráficos, realizando-se a análise dos mesmos, 
considerando a revisão da literatura em profundidade. 
A implementação das ações com a realização do curso de capacitação foram 
descritas em termos práticos e de desenvolvimento de conhecimento teórico, sendo 
os resultados obtidos confrontados com as teorias que deram suporte a investigação. 
 
 
 
 
 
33 
 
 
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Os resultados deste estudo estão apresentados em três etapas, na primeira 
etapa registramos e discutimos os dados oriundos dos questionários aplicados aos 
discentes; na segunda etapa apresentamos as concepções dos professores 
relacionadas ao objeto de estudo e, na terceira etapa apresentamosa aplicação das 
ações planejadas, assim como, discutiremos a importância da instrumentalização de 
professores por meio de cursos de capacitação sobre NTIC aplicadas no processo 
ensino aprendizagem de alunos da rede pública de ensino inserido no programa 
Alunos Conectado. 
 
6.1 Concepções de discentes sobre a utilização da informática e do Facebook 
como instrumento de ensino-aprendizagem 
 
Os discentes participantes desse estudo (n=30) conforme tabela 1, em sua 
maioria são do sexo feminino (73,3%), sendo a faixa etária mais prevalente a de 15 a 
17 anos (70%), e a idade mínima de 15 anos e a máxima de 21 anos, com uma média 
de 17 anos. 
 
 
Tabela 1:Caracterização dos discentes por faixa etária em relação ao sexo. Floresta – PE, 
2013 (n=30). 
 MASCULINO FEMININO TOTAL 
FAIXA ETÁRIA N % N % N % 
15 a 17 anos 5 62,5 16 72,7 21 70,0 
18 a 20 anos 2 25,0 5 22,7 7 23,3 
21 a mais 1 12,5 1 4,6 2 6,7 
Total por sexo 8 26,7 22 73,3 30 100 
 
Fonte: dados do autor 
 
Compreendendo que é necessário ter conhecimento em informática para 
manusear os equipamentos disponibilizados pelo governo por meio do programa 
Aluno Conectado, verificamos na tabela 2 que 60% dos discentes nunca realizaram 
curso de informática e apenas 40% deste realizaram o referido curso. Dentre estes 
 
 
 
 
34 
 
33,3% realizaram o curso básico de informática (noções básicas de Windows, 
Microsoft Office e Internet) e 6,7 realizaram curso avançado (Estudo avançado do 
módulo básico e outros programas específicos). 
Com base nestes dados é possível inferir que a maior parte dos discentes tem 
dificuldades de operar os equipamentos distribuídos pelo governo com a finalidade de 
inclusão digital. Tal fato se justifica pela não realização de curso na área de informática 
oferecido e/ou estimulado pela escola estadual. 
 
Tabela 2:Realização e tipo de curso de informática realizado pelos discentes. Floresta 
– PE, 2013 (n=30). 
Curso de Informática N % 
Curso Básico 10 33,3 
Curso Avançado 2 6,7 
Não realizaram 18 60 
TOTAL 30 100 
 
Fonte: dados do autor 
 
Dentre os discentes que não realizaram curso de informática (n=18), 
33,3%relataram ter conhecimento em informática adquiridos de forma empírica 
através de conhecimentos informais obtidos com parentes e amigos (11,2%) e 22,1% 
afirmaram que o conhecimento que tem em informática foi adquirido por meio de 
consultas realizadas aos profissionais de lanhouse. No entanto 66,4% destes 
informantes (n=18) declaram que não tem conhecimento sobre informática (ver tabela 
3) e para utilizar os tablets, solicita ajuda a algum colega ou amigo, o que viabiliza os 
mesmos a fazerem uso da tecnologia proporcionada pelo aparelho. 
 
Tabela 3:Aquisição de conhecimento em informática por discentes que não realizaram 
curso de informática. Floresta – PE, 2013 (n=18). 
Conhecimento em 
Informática N % 
Informalmente com amigos 4 22,1 
Informalmente em lanhouse 2 11,2 
Não possuo conhecimento 12 66,7 
TOTAL 18 100 
 
 
 
 
 
35 
 
Fonte:dados do autor 
 
Como forma alternativa de se apropriar de conhecimentos para utilizar os 
tablets, os discentes que não realizaram curso de informática (n=18) obtiveram 
conhecimento em informática por meio de orientações informais com amigos ou 
parentes (66,4%). 
 
Mediante os dados apresentados anteriormente é perceptível que os discentes 
em sua maioria apresentam algum grau de dificuldade para a utilização de 
equipamentos de informática, assim como, os mesmos não são estimulados pelos 
docentes nem tiveram oportunidade de realizarem curso de capacitação para 
utilização da nova tecnologia que poderá auxiliá-los no processo ensino 
aprendizagem. Frente ao exposto, concordamos com Lévy (1999, p.27) quando este 
reflete que, 
 
antes mesmo de influir sobre o aluno, o uso dos computadores 
obriga os professores a repensar o ensino de sua disciplina. [...] A 
transmissão de informações e a notação dos exercícios deixam de 
ser a principal função do professor. Guiando a procura do aluno por 
informações nos programas, nos banco de dados e nos livros, 
ajudando-o a formular seus problemas, torna-se um animador do 
aprendizado. 
 
No contexto relacionado à utilização das redes sociais conforme demonstrado 
na figura 1, 90% dos discentes acessam as referidas redes, destes, todos utilizam o 
Facebook, sendo que 40% acessam além do Facebook o Orkut e 10% além do 
Facebook e Orkut acessam o Twitter. Estes dados revelam que o Facebook é a rede 
social mais acessada pelos discentes e mesmo acessando outras redes sociais todos 
os discentes que acessam redes sociais utilizam o Facebook. Neste ensejo, é possível 
compreender que a utilização das ferramentas oferecidas por esta rede social poderá 
ser muito útil no processo ensino aprendizagem, visto que, os discentes já fazem uso 
desta página de Internet facilitando a operacionalização direcional dos professores 
para diversos conteúdos que podem ser utilizados por meio desta ferramenta 
tecnológica. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
Figura 1:Principais redes sociais utilizadas pelos discentes. Floresta – PE , 2013. (n=27) 
Fonte: dados do autor 
 
 Considerando a utilização do Facebook por 90% dos discentes o que 
corresponde a um n=27, utilizaremos na analise a seguir este universo de participante, 
visto que, os questionamentos a seguir estão relacionados ao uso dessa rede social. 
Neste contexto, entre os discentes que acessam o Facebook (n=27), 100% deles 
chegam às notificações da rede social varias vezes ao dia, sendo que 66,7% dos 
entrevistados verificam pela primeira vez as notificações diárias do Facebook ao 
chegar à escola e, 33,3% realizam a atividade supracitada ao acordar, antes mesmo 
de levantar da cama. 
 Compreendendo que o Facebook tem diversas ferramentas que podem ser 
utilizadas desde o entretenimento até a utilização com fins profissionais e didáticos, 
torna-se preocupante por parte dos professores a forma como estes discentes estão 
utilizado à rede social, visto que, a utilização da rede sem fins acadêmicos 
pedagógicos durante o período que estes estudantes encontram-se no ambiente 
escolar poderá comprometer o processo ensino aprendizagem aplicados pelos 
professores. 
Tal situação, torna-se mais preocupante quando é desvelado pelos discentes a 
real função do Facebook em seu cotidiano, onde 100% dos entrevistados relatam que 
utiliza o Facebook para atividades de entretenimento, como olhar perfil de colegas e 
utilizar a ferramenta Messenger que permite bate-papo virtual entre os membros desta 
rede social. Além disso, todos os informantes relataram que não participam de 
50,00%40,00%10,00%
0
13
Apenas FacebookFacebook e orkutFacebook, orkut e Twitter
 
 
 
 
37 
 
nenhum grupo no Facebook que trate de assuntos relacionados ao conteúdo das 
disciplinas ministradas pelos professores referentes ao ano letivo. 
 No que se refere ao incentivo e orientação sobre o uso do Facebook enquanto 
atividade pedagógica todos os discentes (n=30) entrevistados formam unânimes em 
relatar que os professores não incentivam nem orientam as praticas de uso das redes 
sociais como o Facebook. 
 Enfim, conforme dados apresentados pelos discentes é perceptível que os 
mesmos têm conhecimentos incipientes sobre informática, vem utilizando o tablet 
ofertado pelo programa Aluno Conectado para atividades voltadas para assuntos 
diversos não havendo foco da sua utilização para fins acadêmicos. Além disso, o 
Facebook, enquanto rede social mais utilizada pelos discentes tem sua utilização e 
funcionalidade relacionada a entretenimento não sendo utilizada como ferramenta 
tecnológica suplementar ao processo ensino aprendizagem desenvolvido pelos 
docentes do ensino médio, o que destoa dos objetivos do Projeto de Lei que institui o 
Programa Aluno Conectado no estado do Pernambuco. 
 
6.2 Concepções de docentes sobre a utilização da informática e do Facebookcomo instrumento de ensino-aprendizagem 
 
Os docentes participantes desse estudo (n=13) em sua maioria são do sexo 
feminino (61,5%), sendo a faixa etária mais prevalente a de 41 a 45 anos, já o sexo 
masculino que apresenta a minoria com (38,5%), e a idade mínima de 30 anos e a 
máxima de 49 anos, com uma média de 41 anos (ver Tabela 4). 
 
 
Tabela 4: Caracterização dos docentes por faixa etária em relação ao sexo. Floresta – PE, 
2013 (n=13). 
 MASCULINO FEMININO TOTAL 
FAIXA ETÁRIA N % N % N % 
30 a 35 anos 1 20,0 2 25,0 3 23,1 
36 a 40 anos 1 20,0 1 12,5 2 15,4 
41 a 45 anos 2 40,0 3 37,5 5 38,5 
46 a 50 anos 1 20,0 2 25,0 3 23,1 
Total por sexo 5 38,5 8 61,5 13 100 
 
 
 
 
 
38 
 
Fonte: dados do autor 
 
A capacitação em novas tecnologias de comunicação como a informática é uma 
das principais prerrogativas para a implementação de novas metodologias 
educacionais. Neste sentido, é salutar que os professores que estão atuando no 
ensino médio esteja capacitado para operacionalização de aparelhos informatizados 
assim como de softwares. Neste contexto, percebemos que os professores que atuam 
junto ao 3º ano do ensino médio na escola em pauta precisam de atualização e/ou 
capacitação em informática, visto que, 46,2% dos entrevistados afirmaram que tinha 
realizado curso de informática, no entanto, 53,8% relataram que não havia realizado 
curso especifico para operar equipamentos de informática e software (ver tabela 5). 
 
Tabela 5: Realização e tipo de curso de informática realizado pelos docentes. Floresta – PE, 
2013 (n=13). 
Curso de Informática N % 
Curso Básico 6 46,2 
Curso Avançado - - 
Não realizaram 7 53,8 
TOTAL 13 100 
 
Fonte: dados do autor 
 
Dentre os docentes que não realizaram curso de informática (n=7), conforme 
pode ser evidenciado na tabela 6, nenhum relatou não ter conhecimento em 
informática, sendo que 57,1% relatam que obtiveram conhecimentos em informática 
com amigos ou parentes e, 42,9% afirmam que os conhecimentos em informática 
foram obtidos informalmente junto aos profissionais da Instituição de ensino que 
trabalham. Diante do exposto percebemos que os professores também não encontra-
se capacitados para usar as TICs o que compromete a implantação de metodologias 
inovadoras que buscam aliar a tecnologia aos recursos pedagógicos básicos. 
Tabela 6:Aquisição de conhecimento em informática por docentes que não realizaram curso 
de informática. Floresta – PE, 2013 (n=7). 
Conhecimento em Informática N % 
Informalmente com amigos 4 57,1 
Informalmente em lanhouse - - 
 
 
 
 
39 
 
Orientado por profissional da 
instituição 3 42,9 
Não possuo conhecimento - - 
TOTAL 7 100 
 
Fonte: arquivo da pesquisa 
Em virtude dos docentes terem recebidos do governo do estado de 
Pernambuco em 2011 aparelhos de notebook para que pudessem incluí-los no mundo 
digital, foi questionado aos professores que não tinham realizados cursos de 
informática (n=7) como se deu a utilização destes aparelhos, neste aspecto, 71,4% 
dos entrevistados relataram que utilizaram e vem utilizando os recursos básicos do 
aparelho com a ajuda de amigos ou parentes que tem conhecimento em informática 
e, 28,6% informaram que utilizam serviço de lan house ou do laboratório de 
informática da escola para se apropriarem dos conhecimentos básicos sobre a 
utilização dos notebooks. 
Em síntese, a operacionalização dos notebooks que são utilizados pelos 
professores (n=13) conforme apresenta a figura 2 pode ser descrito da seguinte forma: 
46,6% realizaram curso básico em informática, 30,8% utilizaram ajuda de amigos ou 
parentes, 23 % utilizaram ajuda de algum profissional de informática ou de lan house 
e nenhum dos professores realizaram curso avançado em informática. Estes dados 
reforçam os pressupostos de que os professores necessitam conhecer fundamentos 
básicos de informática e as NTIC para que possam utilizá-las junto aos alunos com o 
propósito de melhorar o processo ensino aprendizagem. 
 
 
 
46,20%
0,00%
30,80%
23,00%
0,0%
12,5%
25,0%
37,5%
50,0%
Realizou curso básico de informáticaRealizou curso Avançado de informáticaUtiliza ajuda de amigos ou parentesUtiliza ajuda de profissionais de informatica
 
 
 
 
40 
 
Figura 2: Métodos utilizados pelos professores para utilização de notebooks entregues em 
2011 pelo governo do Pernambuco. Floresta, 2013. (n=13) 
Fonte: arquivo da pesquisa 
 
 
No que se referem às Novas Tecnologias em Comunicação (NTIC), todos os 
docentes participantes da pesquisa relataram desconhecer sua definição e utilização. 
Silva, Vieira, Schineider (2010) ressaltam que o conhecimento e utilização das NTIC 
permitem o compartilhamento de informações de forma igualitária através do acesso 
ao mundo virtual, possibilitando tanto ao educando quanto ao professor fazer uso do 
conteúdo da rede para adquirir mais conhecimento. 
Em suas atividades em sala de aula conforme apresentado na figura 3, 84,62% 
dos docentes utilizam apenas o quadro branco e pincel como tecnologia de ensino, 
7,69% utilizam além do quadro branco e pincel, TV e DVD e 7,69% utilizam o som 
associado ao quadro branco como tecnologia de ensino. Salientamos que nenhum 
professor cogitou a utilização de microcomputadores disponibilizado no laboratório de 
informática nem mesmo a utilização dos tabalets entregue aos alunos e dos notebooks 
entregue aos professores pelo governo pernambucano como estratégia tecnológica 
de ensino. Frente a estes dados, percebemos que os professores ainda vêm adotando 
a tecnologia tradicional no processo ensino-aprendizagem não utilizando as NTIC 
como instrumento de ensino aprendizagem complementar, fato que poderia 
maximizar a aquisição de conhecimento pelos discentes. 
 
 
 
7,69
7,69
84,62
0, 22,5 45, 67,5 90,
Som
TV e DVD
Quadro branco e pincel
 
 
 
 
41 
 
Figura 3: Métodos utilizados pelos professores para utilização de notebooks entregues em 
2011 pelo governo do Pernambuco. Floresta, 2013. (n=13) 
Fonte: arquivo da pesquisa 
 
No contexto relacionado à utilização das redes sociais pelos docentes (n=13), 
30,8% dos informantes relataram que não acessam redes sociais e 69,2% fazem uso 
das redes sociais. Dentre os docentes que utilizam as redes sociais (n=4), todos fazem 
uso do Facebook e Orkut. Estes dados revelam que o Facebook é a rede social mais 
acessada também entre os docentes. A frequência de uso das redes sociais pelos 
discentes (n=4) em sua totalidade se da de forma esporádica uma a duas vezes por 
semana. Os referidos docentes assim como os alunos utilizam o Facebook apenas 
para atividades de entretenimento como a utilização da ferramenta Messenger para 
estabelecer contatos sociais com amigos. 100% destes professores não participam 
de grupos temáticos relacionados a assuntos educacionais inerentes a disciplina que 
lecionam, assim como, não utilizam as ferramentas do Facebook como estratégia 
metodológica para tratar de conteúdos relacionados às referidas disciplinas. 
Salientamos que todos os docentes (n=13) entrevistados não utilizam os 
recursos das redes sócias como o Facebook como coadjuvante a metodologia 
adotada por sua disciplina. Tais posicionamentos dos entrevistados ocorrem porque 
os mesmo não conhecem e/ou não acreditam que a utilização do Facebook pode 
contribuir com o processo ensino-aprendizagem dos discentes. 
Diante do exposto, é perceptível que os docentes em sua maioria não têm 
conhecimento sobre as redes sociais o que os impedem de estarem auxiliando e/ou 
utilizando-as como instrumento pedagógico auxiliar no processo ensino aprendizagem 
dos alunos do 3º ano do ensino médio da escola em pauta. No entanto todos os 
docentes entrevistados afirmaram que teriam interesse em participar de cursos de 
capacitação voltado para a utilização de NTIC como a utilização do Facebook como 
suporte metodológico. 
Enfim, os resultados oriundos dos questionários com os docentes nos apontama necessidade de instrumentalização dos mesmos quanto a utilização das TICs, sobre 
tudo da utilização adequada das ferramentas do Facebook como recurso auxiliar nas 
estratégias metodológicas utilizadas nas disciplinas do ensino médio. 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Diante do exposto, foi realizado um curso de capacitação docente denominado 
“o uso de rede social como instrumento de ensino-aprendizado”, visando capacitar os 
profissionais quanto aos conceitos básicos e operacionais de tecnologia da 
informação e, as novas estratégias de ensino e interação através das TICs com ênfase 
na rede social Facebook. 
 
6.3 Construindo conhecimento sobre NTIC e o uso do Facebook no processo 
ensino aprendizado 
 
 O Brasil investe a cada ano em programas educacionais para melhorar a vida 
dos alunos e professores na sala de aula, um desses programas é o de Inclusão 
Digital. Esse programa é um dos caminhos para atingir a inclusão social. Por meio 
dele, as camadas mais carentes da população podem se beneficiar com novas 
ferramentas para obter e disseminar conhecimento, além de ter acesso ao lazer, à 
cultura e melhores oportunidades no mercado de trabalho. Sabemos que no país 
outros diversos programas estão relacionados a uma inclusão digital da comunidade 
escolar, como o programa Computador para todos – Projeto Cidadão Conectado 
criado em 2005 pelo governo federal, que oferece máquinas com configuração 
estipulada pelo governo a preços reduzidos. (BRASIL, 2005) 
 No final do ano de 2012 as escolas públicas estaduais da cidade de Floresta–
PE estavam se preparando para receber os tablets para as turmas do 2º e 3º ensino 
médio, fruto do projeto Aluno conectado que teve início em Julho deste mesmo ano. 
Os alunos começaram o ano de 2013 já com esses tablets com o objetivo de auxiliar 
no ensino e na didática do projeto em sala de aula. 
O secretário de educação de Pernambuco, Anderson Gomes, afirma que 
"nesse trabalho com a Intel® estamos capacitando os professores não apenas no uso 
das ferramentas, mas também de novas metodologias que já estão em funcionamento 
em outros países." (CLASSMATE PCS REVOLUCIONAM A EDUCAÇÃO NO 
ESTADO DE PERNAMBUCO, 2012). 
 É sabido por todos que pouco adianta as escolas comprarem máquinas, obter 
uma banda larga de Internet, investir em informatização, se não houver profissionais 
para utilizar essas ferramentas, ou mesmo se a comunidade escolar não estiver pronta 
para saber dar utilidade a esses equipamentos. 
 
 
 
 
43 
 
 Muitas vezes os laboratórios de informática ficam fechados por longos 
períodos por não terem professores que saibam utilizá-los em suas aulas, para torná-
las mais dinâmicas, atrativas e participativas. Vale salientar que para se utilizar novas 
ferramentas educacionais é preciso que se tenha um conhecimento específico 
partindo da classe interessada, os profissionais que irão utilizá-los em seu dia a dia, 
ou seja, para que se utilize, é preciso antes capacitar os profissionais ou mesmo 
disponibilizar assistência técnica para os mesmos. 
 Portanto, para que haja inclusão digital é necessário garantir três instrumentos 
básicos, que são: computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas, pois 
não bastam apenas os indivíduos ou instituições possuírem um computador 
conectado à internet que se podem considerar todos incluídos digitalmente. É preciso 
saber o que fazer com essas ferramentas. 
Diante desta problemática e com base no diagnóstico traçado através da 
aplicação de questionários aos professores (n=13) do 3º ano do ensino médio de uma 
Escola municipal no municio de Floresta – PE que teve como temática a utilização das 
NTIC e das redes sócias, em especial o Facebook, como estratégia metodológica 
inovadora e complementar no processo ensino aprendizagem, o autor desta pesquisa 
desenvolveu um curso de intervenção junto aos docentes sobre a temática em pauta. 
A realização do Curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) “o uso da rede 
social ‘FACEBOOK’, como instrumento de ensino – aprendizagem” ocorreu no período 
de 13 a 23 de março de 2014 e contou com a presença de 08 professores 
pertencentes ao grupo de informantes deste estudo. Os objetivos do curso foram 
traçados a partir das necessidades apresentadas pelos discentes e docente frente a 
utilização das NTIC, em especial, as das ferramentas do Facebook como instrumento 
coadjuvante no processo ensino aprendizagem de alunos do ensino médio 
contemplados pelo Projeto de Lei Ordinária Nº 664/2011 do Governo de Pernambuco. 
Neste sentido, esse curso de intervenção teve como objetivo geral, orientar 
profissionais da educação para que possam incorporar as NTIC à prática pedagógica, 
de forma a favorecer uma aprendizagem significativa aos alunos, nas escolas do 
município de Floresta-PE, tendo ainda os seguintes objetivos específicos: aprender 
conhecimentos práticos sobre o uso da NTIC; compreender o potencial pedagógico 
de recursos das NTIC no ensino e na aprendizagem em suas escolas; construir uma 
visão geral sobre a Informática, compreendendo seus conceitos básicos e, conhecer 
ferramentas que auxiliam o processo de ensino e aprendizagem. 
 
 
 
 
44 
 
O curso foi constituído em dois módulos, totalizando 20 horas, sendo 
desenvolvido por meio de aulas teóricas e práticas em que foram utilizados quadro 
branco, TV/DVD, computador/data show e livros didáticos/apostilas. Para o módulo 
referente à área de Informática, foram desenvolvidas práticas em laboratório de 
informática, aulas dialógicas, estudos individuais e/ou em grupos e resolução de 
exercícios. 
Durante a realização do curso, os facilitadores e participantes compartilharam 
experiências sobre o processo ensino aprendizagem, levando os mesmo a 
compreenderem o conteúdo e finalidade do curso. Assim, por meio desta ação 
intervencionistas os professores conseguiram se apropriar de informações sobre a 
utilização das NTIC e das redes sociais como estratégia metodológica complementar 
nas atividades desenvolvidas pelos mesmos junto aos alunos. 
A necessidade de intensificar a utilização de recursos audiovisual, assim como, 
de explorar a utilização dos equipamentos de informática distribuídos pelo governo de 
Pernambuco levaram os facilitadores a intensificarem as ações referentes a utilização 
do microcomputador em programas específicos como Microsoft Office e Internet, 
possibilitando aos participantes se apropriarem de conhecimentos referentes a 
construção de materiais audiovisuais, assim como, utilizar bases de dados de artigos 
científicos atualizados, o que segundo relatos dos mesmos possibilitou melhorar seus 
conhecimentos sobre os assuntos pertinentes a cada disciplina ministrada. 
Além disso, a utilização da gamificação na educação foi ponto de grande 
interesse entre alguns participantes que levaram esta ideia para dentro da sua 
disciplina, proporcionando melhoria na apreensão de conhecimento pelos alunos 
sobre determinados temas, principalmente os ligados a atualidade. 
Outra atividade que emergiu desta prática intervencionista foi a construção da 
pagina no Facebook, denominada como “Escola Inovadora” onde são promovidos 
debates e divulgação de materiais pertinentes. Disponibilizada pelo endereço 
eletrônico: https://www.Facebook.com/Escolainovadora?ref=hl. (apêndice D) 
Em setembro de 2015, de acordo com a figura 4, a página “Escola Inovadora” 
conta com 315 curtidas de fãs de diversas regiões do país e de Angola, sendo 66% 
representada por mulheres e 34% por homens com idade predominante entre 25 a 34 
anos (ver figura 4). 
https://www.facebook.com/Escolainovadora?ref=hl
 
 
 
 
45 
 
 
 
Figura 4: Fãs da página “Escola Inovadora” 
Fonte: https://www.facebook.com/Escolainovadora/insights/?section=navPeople&pnref=story 
 
Dessa forma, é perceptível que apesar dos esforços de programas políticos 
educacionais referentes à inclusão digital, é salutar que atividades intervencionistas

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