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Recursos no Processo do Trabalho

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RECURSOS NO 
PROCESSO DO 
TRABALHO
ÍNDICE
1. TEORIA GERAL E PRINCÍPIOS RECURSAIS NO PROCESSO DO TRABALHO 5
Teoria Geral dos Recursos ................................................................................................................................................ 5
Princípios Recursais no Processo Trabalhista .....................................................................................................6
2. EMBARGOS DECLARATÓRIOS .................................................................................10
3. RECURSO ORDINÁRIO NO PROCESSO DO TRABALHO ..................................15
Hipóteses de Cabimento..................................................................................................................................................16
Juízo de Retratação .............................................................................................................................................................18
4. RECURSO DE REVISTA ..............................................................................................20
5. AGRAVOS NO PROCESSO TRABALHISTA .......................................................... 25
Agravo de Petição no Processo Trabalhista ......................................................................................................25
Agravo de Instrumento no Processo Trabalhista ..........................................................................................26
6. RECURSO ADESIVO E REEXAME NECESSÁRIO ................................................30
Recurso Adesivo ..................................................................................................................................................................30
Reexame Necessário ...........................................................................................................................................................31
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TEORIA GERAL E 
PRINCÍPIOS RECURSAIS 
NO PROCESSO DO 
TRABALHO
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1. Teoria Geral e Princípios Recursais no Processo do 
Trabalho
Teoria Geral dos Recursos
Podemos ver que na doutrina existem várias conceituações quanto a definição de 
recurso, todavia uma definição que abarca boa parte da bagagem trazida pela temática 
é a realizada pelo professor Manoel Antônio Teixeira Filho, que traz o seguinte:
Recurso é o direito que a parte vencida ou terceiro prejudicado, possui de, na mesma 
relação processual e atendidos os pressupostos de admissibilidade, submeter a matéria 
contida na decisão recorrida a reexame, pelo mesmo órgão prolator ou por distinto 
órgão e hierarquicamente superior com o objetivo de anulá-la ou reformá-la total ou 
parcialmente
Na doutrina também encontra-se uma grande diversidade de teorias a respeito da 
natureza jurídica do recurso. Contudo pode-se dizer que as de maior relevância são as 
que afirmam tratar-se de uma ação autônoma ou como um direito de subjetividade 
processual. Não se deve confundir recursos com ações autônoma de impugnação, como 
por exemplo as ações rescisórias, ações anulatórias de atos processuais e habeas corpus.
Podemos ver que o fundamento maior que move a existência de recursos processuais 
se quanto a tese que postula pela falibilidade humana, ou seja, o Magistrado, mesmo que 
seja investido de poder jurisdicional e pode ser tido como equiparado á um braço do 
estado, ainda assim não perde sua característica de pessoa humana, e por isso ainda fica 
vulnerável a cometer erros e se equivocar em suas sentenças e decisões. Dessa forma, 
o doutrinador Amauri Mascaro Nascimento aponta alguns fundamentos que movem a 
necessidade de se haver recursos em um processo, quais sejam:
1) a necessidade psicológica de formar o convencimento da parte inconformada para 
que passe a aceitar a decisão que a desfavoreceu
2) a falibilidade do ser humano, portanto, do juiz, pois maior que seja a sabedoria dos juízes 
nunca será a ponto de dotar as suas decisões da perfectibilidade que se possa pretender; 
o induzimento a maior prudência, pois a possibilidade processual de reapreciação da 
sentença por outro órgão atua no sentido de levar o prolator da decisão a julgar com 
maior cuidado.
De forma inicial, temos que os recursos são interponíveis apenas contra as sentenças 
prolatadas em primeiro grau e acórdãos. Já a decisão interlocutória, é passível de recurso 
apenas quando produz efeitos de decisão definitiva, como ocorre no momento em que 
o Magistrado extingue a execução na fase de liquidação por forças da contestação de 
inexistência de crédito a ser satisfeito, por exemplo. Importante ressaltar que no processo 
trabalhista não cabem recursos contra despachos realizados pelo juiz.
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Dessa forma, temos que de modo a evitar a preclusão do direito de se questionar 
determinadas decisões interlocutórias, é aceito que a parte deve manifestar seu protesto 
na primeira oportunidade que lhe caber, seja em audiência, seja nos autos do processo, 
sendo que tal protesto pode ser feito de forma escrita ou verbal.
Princípios Recursais no Processo Trabalhista
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE
Vemos que o artigo 22, I, da Constituição Federal de 1988, dota à União Federal a 
competência privativa para se legislar sobre direito processual, sendo que assim, somente 
deve ser considerado recursos no processo do trabalho, aqueles expressamente previstos 
em Lei Federal. A importância de tal principio se da justamente de modo a evitar que 
as partes criem recursos ao longo do processo, instaurando um caos normativo e 
comprometendo de forma definitiva a celeridade e a eficácia processual.
PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE OU UNIRRECORRIBILIDADE
Principio que faz jus ao fato de que a lei prevê somente um tipo de recurso para cada 
decisão, sendo que dessa forma as partes não podem interpor dois ou mais recursos 
simultaneamente contra uma mesma decisão proferida. A consequência direta de tal 
logica é que os recursos devem ser interpostos sucessivamente, e jamais de forma 
simultânea.
PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO
Uma vez interposto o recurso, ele não poderá ser repetido ou alterado. Trata-se de 
preclusão consumativa: interposto o recurso, o ato será consumido.
 É importante frisar que não existe mais a aplicação do Princípio da Variabilidade na CLT, 
que possui características opostas ao Princípio da Consumação.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
Vemos que existem decisões judiciais que acabam por trazerem debates e polêmicas no 
meio doutrinário e jurisprudencial a respeito de qual deve ser o recurso adequado para 
se interpor quanto a esta. Dessa forma, constatada essa situação e por força do princípio 
da fungibilidade admite-se a substituição do recurso erroneamente interposto por um 
que seria tido como adequado para se questionar determinadas decisões realizadas.
Dessa forma, constata-se que a aplicação do princípio em questão visa impedir que a 
parte seja prejudicada frente a uma determinada situação que possa ser considerada 
escusável em detrimento de uma rigorosa aplicação do princípio da singularidade 
recursal.
Dessa forma, temos algumas condições para a aplicação do princípio da fungibilidade, 
quais sejam:
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• A ausência de erro grosseiro ou de má-fé
• Ausência da utilização de recursos impróprios de maior prazo, por haver perdido o prazo 
do recurso cabível
• Ausência da utilização do recurso de maior devolutividade visando escapar à coisa julga-
da formal
• Ausência de utilização de provocação apenas de divergências na jurisprudência para se 
assegurar, posteriormente, de outro recurso
Nesse sentido, de forma a sistematizar de melhor forma o princípio da fungibilidade, o 
TST trouxe a Súmula 421, que trata especificamente do princípio em questão:
I – Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art. 557 do CPC, 
conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos embargos de 
declaração, em decisãoaclaratória, também monocrática, quando se pretende tão somente suprir omissão 
e não, modificação do julgado.
II – Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declara- tórios deverão ser submetidos 
ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e 
celeridade processual. (ex-OJ n. 74 – inserida em 8.11.2000)
PRINCÍPIO DO NON REFORMATIO IN PEJUS
O presente princípio postula que é vedado ao Tribunal no julgamento de um determinado 
recurso proferir decisões desfavoráveis para o recorrente, de forma a coloca-lo em 
situação mais gravosa do que aquela em que este já se encontra posto a sentença 
prolatada em primeira instância. A sentença pode vir a ser impugnada de forma total ou 
parcial, contudo não de forma a trazer mais danos ao recorrente do que outrora já existia.
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE
Princípio que expressa a afirmação de que a parte tem a necessidade de recorrei ou 
aceitar a decisão de forma voluntária. Com isso, o Magistrado não pode conhecer 
matérias que efetivamente não foram objeto do recurso interposto. Contudo vemos 
que uma exceção a tal princípio se da quando se tratar de matérias de ordem pública, 
sobre as quais enquanto não houver o trânsito em julgado não é possível de se operar 
a preclusão, ou se vier a tratar de decisões desfavoráveis proferidas contra a fazendo 
pública, caso que se submete ao reexame. Sobre o reexame a Súmula 303 do TST traz 
o seguinte:
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N. 303. FAZENDA PÚBLICA. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais 
ns. 9,71, 72 e 73 da SBDI-1) – Res. n. 129/2005 – DJ 20.4.2005
I – Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988, decisão 
contrária à Fazenda Pública, salvo:
a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos; (ex-OJ 
n. 9 incorporada pela Res. n. 121/2003, DJ 21.11.2003)
b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou com 
súmula ou orientação jurisprudencial
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
Tem-se como fundamento maior do princípio em questão que as decisões interlocutórias 
não são recorríveis de imediato, somente permitindo-se sua reapreciação em recursos 
da decisão definitiva. Contudo há algumas exceções quanto a essa lógica que pode ser 
vista através da leitura da Súmula 214 do TST:
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1o, da Consolidação das Leis do Trabalho, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do 
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível 
de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência 
territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2o, da Consolidação das Leis do Trabalho.
Vemos, dessa forma que temos que é possível o recurso contra decisão do TRT que 
contrarie a Jurisprudência Sumulada do TST ou de Sessões Especializadas. Ainda sobre 
as decisões interlocutórias de Tribunais que podem ser impugnadas mediante recurso 
para o próprio tribunal e por fim o entendimento de que a decisão de acolhimento de 
exceção de incompetência territorial que determina a remessa dos autos para vara 
pertencente a TRT distinto, o que leva ao exaurimento a jurisdição perante o tribunal que 
a proferiru.
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EMBARGOS 
DECLARATÓRIOS
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2. Embargos Declaratórios
Primeiramente devemos ressaltar que o poder judiciário como um todo é baseado no 
princípio da inércia, sendo que este se refere que o judiciário somente pode se manifestar 
quando é provocado. Uma vez provocado, tem o dever de se manifestar e prestar a 
devida tutela jurisdicional, proferindo decisões, que se relacionam ou não com o mérito 
processual, coerente com o caso que lhe é apresentado.
Ocorre que muitas vezes as decisões proferidas são passíveis de omissões, obscuridades 
ou de elementos contraditórios, sendo que nesses casos enseja-se a propositura dos 
embargos de declaração, que possui plenamente a natureza de recurso.
Temos que nos embargos de declaração, a competência para se julgar é do próprio 
Magistrado que prolatou a decisão que está sendo embargada, o que se diferencia 
substancialmente dos demais recursos, que são julgados por um juízo diferente daquele 
que prolatou a decisão que encontra-se em questionamento. Dessa forma vemos que 
a competência para se julgar o presente recurso cabe ao mesmo órgão que proferiu a 
decisão embargada, contudo, não necessariamente do mesmo magistrado que veio a 
prolatar a decisão. Dessa forma, é possível notar que muitos tribunais estabelecem o 
seu próprio modo de se julgar os embargos declaratórios, tendo em vista seus próprios 
regimentos internos.
HIPÓTESES DE CABIMENTO
Como vimos, os embargos declaratórios fundamentam-se de forma vinculada, de modo 
tal que seu cabimento depende da presença de vícios específicos que são trazidos pelo 
artigo 897-A da CLT:
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo 
seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado 
na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e 
manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
§1oOs erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. 
§2oEventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da 
correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias. 
§3oOs embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer 
das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura.
Dessa forma constatamos que o essencial para se ter a premissa de propositura de um 
embargo de declaração é a presença dos elementos omissão, contradição, obscuridade 
ou manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
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A OMISSÃO
Vemos que haverá omissão quando a decisão prolatada deixar de tangenciar 
determinados pontos ou questões sobre os quais o Juiz teria o dever de pronunciar sobre 
de ofício ou a requerimento. Dessa forma, temos que o artigo 1.022 do Novo Código de 
Processo Civil, que aplica-se subsidiariamente ao processo do trabalho, considera como 
omissa a decisão que possuir os seguintes elementos:
• Deixar de se manifestar sobre a tese firmada em julgamento de casos repetitivos aplicáv-
el ao caso sob julgamento.
• Deixar de manifestar sobre incidentes de assunção de competência aplicável ao caso 
sob julgamento.
• Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua 
devida relação com a causa ou a questão decidida.
• Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua 
incidência no caso em concreto
• Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão
• Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infir-
mar a conclusão adotada pelo julgador
• Se limitar a invocar precedentes ou enunciado de súmula, sem identificar seus funda-
mentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta aqueles fun-
damentos
• Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela 
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do 
entendimento
A CONTRADIÇÃO
Se dará como contraditório aquela decisão jurisdicional que for dotada de incoerência 
interna na própria decisão. Poderá essa contradição ocorrer na fundamentação, no 
dispositivo, entre a fundamentaçãoe o dispositivo, bem como entre a ementa e o corpo 
do acórdão.
Com isso, um exemplo importante de se ressaltar é que não se deve falar em contradição 
quando ocorre de a parte opor embargos alegando que determinada decisão se faz 
contraria as provas presentes nos autos, visto que o que a parte busca neste caso em 
específico é a reforma da decisão e não um mero afastamento de contradições, sendo 
que este deve constar dentro da própria decisão. Um exemplo pratico de contradição 
seria o Magistrado que fundamenta sua decisão no sentido de inocentar o reclamado ao 
pagamento de horas extras, contudo em seu dispositivo, condena-o a pagar as referidas 
horas.
A OBSCURIDADE
Vemos que o vício de obscuridade deve ser constatado quando houver falta de 
clareza ou precisão dentro da decisão. Importante destacar que o artigo 897-A da 
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CLT supracitado faz jus apenas à omissões, contradições e manifestos equívocos nos 
exames de pressupostos extrínsecos do recurso nos casos em que os embargos forem 
possuidores de efeitos modificativos, não mencionando diretamente o caso específico 
da obscuridade. Isso se deve em decorrência do fato de que a obscuridade em si não ter 
efeito modificativo, posto que a única finalidade do embargo relativo a obscuridade é 
fazer com que o Magistrado realize um novo pronunciamento esclarecendo o teor de seu 
primeiro, dotando esse novo pronunciamento de um conteúdo mais claro e autêntico.
MANIFESTO EQUÍVOCO NO EXAME DE PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS DO RECURSO
Vemos que a presente situação não se constitui como um vício presente no artigo1.022 
do NCPC, sendo uma característica com previsão unicamente no processo do trabalho, 
em decorrência direta do artigo 897-A da CLT. Assim, nota-se que caberão os embargos 
declaratórios quando houver dois requisitos que são cumulativos entre si:
• A existência de manifesto equivoco.
• O tratamento de pressupostos extrínsecos, quais sejam a tempestividade, representação, 
preparo, depósito recursal e regularidade formal
Cumpre ressaltar que antigamente, o TST possuía o entendimento que a oposição de 
embargos declaratórios que possuíam como objeto o manifesto equívoco na análise dos 
pressupostos extrínsecos, somente seria cabível da decisão ad quem. Todavia, com o 
advento do NCPC, que veio a admitir de forma expressa o cabimento dos embargos em 
qualque situação judicial, o Tribunal Superior do Trabalho cancelou sua antiga Orientação 
Jurisprudencial nº 377, que postulava a antiga tese, de forma a viabilizar o cabimento de 
embargos com base no presente vício da decisão do juízo a quo, bem como do juízo ad 
quem.
DA CORREÇÃO DE ERROS MATERIAIS
Vemos que no processo civil, existe a possibilidade de correção de erros materiais 
presentes na decisão através dos embargos de declaração, conforme expresso pelo 
artigo 1.022, III do NCPC.
Contudo, diferentemente do que ocorre nesta seara, no direito do trabalho a correção 
desses erros não dependem da oposição de embargos de declaração, fato que pode 
ocorrer de ofício ou a requerimento de qualquer uma das partes através da elaboração 
de uma simples petição, haja vista o estabelecido no artigo 897-A, §1º da CLT. Porem, não 
há qualquer impedimento de que a parte requisite tal correção por meio do embargo 
declaratório.
DO PRAZO PARA OPOSIÇÃO DO EMBARGO DECLARATÓRIO
Vemos que os embargos de declaração possuem uma regra de prazos um tanto quanto 
diferente dos prazos recursais dos demais recursos trabalhistas, possuindo prazo de 5 
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dias para sua oposição. Destaquemos que a Fazenda Pública, o Ministério Público do 
Trabalho bem como a Defensoria Pública tem prazo em dobro, isto é, de 10 dias.
Importante destacar que os litisconsortes devem ter procuradores distintos, bem como 
de escritórios de advocacia distintos. Estes não dispõe de prazo em dobro para se 
apresentar os embargos declaratórios, posto que não se aplica ao processo do trabalho 
o artigo 1.023, §1º e o artigo 229 do NCPC, haja vista a incompatibilidade existente em 
vista da celeridade que é inerente a Justiça Trabalhista.
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RECURSO ORDINÁRIO 
NO PROCESSO DO 
TRABALHO
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3. Recurso Ordinário no Processo do Trabalho
Vemos que o recurso ordinário é o meio recursal utilizado no âmbito processual pelo 
qual as partes podem discutir novamente e de forma ampla a matéria que fora decidida 
em primeira instância, tanto em termos de direito quanto em termos de fatos, sendo, 
portanto, de natureza ordinária e de livre fundamentação pelas partes.
O seu cabimento encontra-se na fase de conhecimento processual, haja vista que na fase 
executória, o recurso adequado seria o agravo de petição, sendo cabível inclusive nos 
procedimentos especiais que serão abordados em aulas futuras.
A previsão legal do recurso ordinário encontra-se expressa através do artigo 895 da CLT, 
sendo que deve ser interposto dentro do prazo de 8 dias, sendo este o mesmo prazo 
para o protocolo das contrarrazões. Sempre importante ressaltar que a Fazenda Pública, 
o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública tem o prazo dobrado, ou seja, 
no caso de recurso ordinário terão o prazo de 16 dias, valendo a mesma regra para as 
contrarrazões.
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência 
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
§1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: 
I - (VETADO).
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo 
máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para 
julgamento, sem revisor; 
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este 
entender necessário o parecer, com registro na certidão; 
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do 
processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada 
pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
§2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos 
ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 
Temos que o recurso ordinário trata-se de um recurso que possui devolutividade ampla, 
seja sob a ótica de sua profundidade, seja na extensão de seu conteúdo. Contudo, é 
importante se frisar que existe um caso específico que leva em conta a concessão 
judicial de efeito suspensivo no recurso ordinário. Este é a hipótese de recurso ordinário 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2000/Mv0075-00.htm
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de sentença normativa, no caso em que o presidente do TST confere efeito suspensivo, 
na proporção e extensão conferidas em seu despacho.
Hipóteses de Cabimento
Em regra, o recurso ordinário é cabível de todas as decisões definitivas ou terminativas 
das varas do trabalho, contudo, nos atentemos a algumas dimensões específicas das 
hipóteses de cabimento de tal recurso.
RECURSO ORDINÁRIO DE SENTENÇA
Como já dito, o recurso ordinário é cabível tanto de decisões definitivas quando de 
terminativas, sendo que dessa forma necessário se faz distinguir ambas as decisões.
As decisões definitivas são, em regra, as que resolvem o mérito do processo, posto o 
artigo 487 do NCPC, senão vejamos:
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I- acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II- decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
IIl - homologar:
a) o reconhecimento da procedênciado pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do§ 1 o do art. 332, a prescrição e a deca- dência não serão 
reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
Sob outra perspectiva, as decisões terminativas configuram-se como aquelas que 
extinguem o processo sem resolução de mérito, haja vista o artigo 485 do NCPC:
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Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
li- o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III- por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V- reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI- verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência;
VIII- homologar a desistência da ação;
IX- em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X- nos demais casos prescritos neste Código.
RECURSO ORDINÁRIO DE ACÓRDÃO DO TRT
O recurso ordinário também tem a possibilidade de ser cabível em detrimento das 
decisões terminativas ou definitivas frente a competências que são originariamente dos 
TRTs, isto é, processos que se iniciam no TRT. Isso ocorre por exemplo nos dissídios 
coletivos, mandados de segurança e ações rescisórias.
Sendo assim, havendo recurso ordinário nas hipóteses citadas, temos que o órgão 
competente para julgar tal recurso é o TST por meio das sessões de dissídios coletivos. 
Nos casos específicos de mandado de segurança, ações rescisórias e demais ações 
individuais de competência originária do TRT, ficam sob competência das sessões de 
dissídios individuais do TST.
RECURSO ORDINÁRIO DE DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
Como já vimos, os recursos ordinários se aplicam a sentenças de primeira instância ou 
acórdãos decorrentes de decisões de competência originária do TRT. Todavia, o TST veio 
a admitir o recurso ordinário de decisões interlocutórias na hipótese de reconhecimento 
de incompetência territorial com remessa dos autos para TRT distinto aquele a que se 
vincula o juízo excepcionado, através da Súmula 214.
Há também o caso da incompetência absoluta, com o encaminhamento dos autos a 
outra Justiça (Federal ou Estadual), sendo que isso vem a ocorrer devido ao fato de que 
mesmo se tratando de decisão interlocutória, no caso o processo termina na justiça do 
trabalho, motivo pelo qual o artigo 799, §2º da CLT admite interposição de recurso.
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Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão 
do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 
§2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas 
do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber 
da decisão final. 
Ainda, é cabível o recurso ordinário da decisão que julga parcial e de forma antecipada 
o mérito do processo, que corresponde ao julgamento antecipado dos pedidos ou 
parcela dos pedidos que já estiveram em condições de imediato julgamento ou forem 
incontroversos, o que vem a possibilitar a formação de coisa julgada material. Dessa 
forma, o TST, através de sua normativa 36/2016, aceita que nesses casos, o recurso 
ordinário é cabível, posto que considera tais decisões interlocutórias como equivalentes 
a sentenças.
Por fim, ressalta-se que todas as demais decisões interlocutórias não são recorríveis 
de imediato, haja vista o artigo 893, §1º da CLT. Suas impugnações não ocorrerão 
imediatamente, mas no momento de insurgência da própria sentença.
Juízo de Retratação
Como regra temos que o juiz não pode alterar sua sentença após proferida, contudo há 
três hipóteses em que será possível o juiz se retratar.
• Com o indeferimento da liminar da petição incial, o que provoca a extinção do proces-
so sem resolução de mérito. Quando se trata de sentença, o recurso cabível no processo 
trabalhista é o recurso ordinário, que deve ser interposto no prazo de 8 dias. Com isso é 
facultado a retratação do juiz no prazo de 5 dias, isto é, o próprio juiz que prolatou a decisão 
pode reforma-la. Sem retratação, segue-se o trâmite normal do processo.
• Com a extinção sem resolução de mérito. Interposto o recurso ordinário, o juiz terá 5 dias 
para se retratar
• Com a improcedência liminar. Nesse caso, interposto o recurso, o juiz também tem 5 
dias para se retratar, e havendo esta, determinará a o prosseguimento do processo com a 
citação do réu. Não havendo retratação, determinará citação do réu para apresentar con-
trarrazões no prazo de 8 dias.
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RECURSO DE REVISTA
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4. Recurso de Revista
Com relação ao recurso de revista, vemos que este é sobretudo um recurso que possui 
natureza extraordinária. Os recursos, como já visto, podem ser classificados sobre sua 
natureza em ordinários ou extraordinários, sendo que os ordinários são aqueles que visam 
a tutela de direitos subjetivos, ou seja, de tal modo que se permite discutir toda a matéria 
processual, seja esta de direito ou de fato. Já o recurso com natureza extraordinária se 
fundamenta sobre a tutela do direito objetivo, isto é. Visa a exata aplicação do direito, 
sendo que a verificação fática não se faz presente nestes recursos, bem como o reexame 
de provas, sendo que fica-se restrito somente a análise da matéria de direito, haja vista a 
Súmula 126 do TST.
Com isso, chegamos a conclusão de que o recurso de revista não objetiva corrigir injustiças 
ou erros em matéria de fato no processo em questão, mas sim verificar se a norma foi 
aplicada de forma correta ao caso em concreto. Além disso, o recurso de revista visa 
buscar a exata aplicação da norma e dar uniformidade de interpretação da Constituição 
Federal para que dessa forma haja a garantia da segurança jurídica às partes e uma 
efetiva aplicação da tutela jurisdicional.
Quanto ao reexame de provas, temos que tanto a doutrina quanto a jurisprudência são 
enfáticas ao postergar que:
Súmula no 279 do STF. Para simples reexame de prova não cabe recurso extra- ordinário.
Súmula no 7 do STJ. Pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
É necessário salientar que em tal recurso, o direito subjetivo pode ainda ser tutelado, 
contudo de modo indireto, sendo que a tutela do direito objetivo pode vir a provocar 
benefícios para o direito subjetivo das partes litigantes. O TST pode realizar qualificação 
jurídica dos fatos, e somente podem ser qualificados se forem incontroversos ou se 
constarem derivados do acórdão original
PRAZO DO RECURSO DE REVISTA
O presente recurso segue a regra geral dos recursos trabalhistas, devendo ser interposto 
no prazo de 8 dias, sendo que o mesmo prazo também vale para as contrarrazões 
do recurso de revista. Importante lembrar que a Fazenda Pública, o Ministério Público 
do Trabalho tem prazos em dobro, isto é, de 16 dias, sendo o mesmo válido para as 
contrarrazões.
HIPÓTESES DE CABIMENTO
A previsão legal do recurso de revista encontra-se no artigo 896 da CLT
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Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas 
em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal 
Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior 
do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do 
Supremo TribunalFederal; 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, 
sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda 
a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da 
alínea a; 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição 
Federal.
§1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: 
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto 
do recurso de revista; 
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação 
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão 
recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, 
de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa 
de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento 
do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os 
embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão
§2oDas decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de 
sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo 
na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. 
§7º A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a 
ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada 
por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. 
§8oQuando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova 
da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial 
ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou 
ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, 
em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§9oNas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por 
contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante 
do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal. 
§10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à 
Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a 
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT),
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§11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do 
Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito. 
§12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.
§13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em Dissídios 
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento 
a que se refere o § 3opoderá ser afeto ao Tribunal Pleno. 
§14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, nas 
hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer 
outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade.
Dessa forma, em suma, entende-se que cabe recurso de revista nas seguintes hipóteses:
• Divergência jurisprudencial
• Violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Feder-
al da República
A divergência jurisprudencial é considerada um pressuposto especifico para a interposição 
do recurso de revista como visto, sendo que nestes casos a turma do TST somente irá 
passar a analisar o mérito do recurso se for demonstrada a divergência alegada, sendo 
este um juízo de admissibilidade para seu julgamento. Ultrapassado esse juízo, a turma 
irá adentrar no mérito do recurso, definindo a melhor interpretação cabível a norma que 
pode ser a do acórdão recorrido ou a realizada no acórdão-paradigma, ou até mesmo 
pode optar por outra interpretação que entender mais adequada ao caso concreto.
Já quanto a violação de dispositivo constitucional, basta o recorrente invocar o dispositivo 
constitucional que considera violado para eu se ultrapasse o juízo de admissibilidade 
do recurso. Após, a turma passa para o juízo de mérito, onde irá verificar se a decisão 
impugnada está violando ou não o dispositivo indicado.
RECURSO DE REVISTA NO RITO SUMARÍSSIMO
Vemos que no rito sumaríssimo, o recurso de revista deve preencher os pressupostos 
supracitados. Todavia, tendo em vista a celeridade que se busca no rito sumaríssimo, 
o seu cabimento nesta hipótese se torna bem restrito, sendo que somente se admite o 
recurso de revista nas seguintes hipóteses:
• Contrariedade a Súmula do TST
• Contrariedade à súmula vinculante do STF
• Violação de forma direta a Constituição Federal, visto o artigo 896, §9º
Desta forma, não cabe recurso de revista no rito sumaríssimo nas seguintes hipóteses:
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• Violação de lei federal
• Divergência jurisprudencial
• Contrariedade a orientação jurisprudencial do TST
RECURSO DE REVISTA NA FASE DE EXECUÇÃO
Nota-se que na fase de execução o recurso de revista constitui-se como ainda mais 
restrito, sendo que somente é admitido quando houver ofensas diretas e leterais a 
normativas constitucionais, visto o artigo 896, §2º. Dessa forma, visualizemos o que 
postula a Súmula nº 266 do TST:
Súmula no 266 do TST. Recurso de revista. Admissibilidade. Execução de sentença
A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na 
liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro; depende 
de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal.
Ressalta-se que a Lei nº 13.015/14 veio a ampliar o cabimento do recurso de revista na 
fase executória em duas hipóteses, sendo estas a de execução fiscal e de controvérsias 
da fase de execução que enolvem certidão negativa de débitos trabalhistas. Em ambas 
as hipóteses caberá o recurso de revista nas seguintes hipóteses:
• Violação à lei federal
• Divergência jurisprudencial
• Ofensa à Constituição Federal
5 
AGRAVOS NO 
PROCESSO 
TRABALHISTA
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5. Agravos no Processo Trabalhista
Agravo de Petição no Processo Trabalhista
Ao contrário do que temos no processo civil, em que o recurso de apelação é utilizado 
tanto na fase de conhecimento quanto executóraia, os recursos no processo trabalhista 
são fracionados. Dessa forma, quando tratamos de decisões que são prolatadas na 
fase de conhecimento, o recurso que é cabível é o recurso ordinário, enquanto na fase 
executória é o agravo de petição, devidamente previsto no artigo 897, “a” da CLT
 Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; 
Assim, deve-se interpô-lo no prazo de 8 dias, sendo o mesmo prazo para as contrarrazões, 
e sempre ressaltando que a Fazendo Pública, Ministério Público do Trabalho e Defensoria 
Pública tem prazo dobrado de 16, sendo o mesmo válido para as contrarrazões.
EFEITOS
O artigo 899 da CLT dispõe que os recursos trabalhistas terão efeito meramente 
devolutivo. No agravo de petiçãoesse dispositivo deve ser interpretado conjuntamente 
com o artigo 897, §1º da CLT, o que vem a provocar divergências por parte da doutrina 
e jurisprudência.
Mesmo que saibamos que os títulos judiciais definitivos não se transformam em 
provisórios, vemos que pelo artigo 897, §1º há uma contrariedade a essa regra. Isso devido 
ao fato de que ao declinar que a parte não impugnada será executada até o final, há a 
imposição de que a interpetação de que a parte impugnada, por ter efeito meramente 
devolutivo, poderá ser executada de forma provisória, tendo as limitações impostas pelo 
artigo 520 do NCPC.
Necessário frisar que a possibilidade do prosseguimento da execução é permitida mesmo 
na hipótese de agravo de petição de decisão de embargos à execução. Assim, não 
impedindo o prosseguimento da execução, o agravo de petição poderá ser interposto 
nos próprios autos, ocasião esta que a execução será feita por carta de sentença, ou em 
forma de instrumento, encaminhando-se ao tribunal as peças necessárias ao deslinde da 
controvérsia
PROCEDIMENTO
Temos que o agravo de petição é interposto no juízo prolator da decisão impugnada, 
dirigindo suas razões recursais ao órgão competente para se julgar o mérito do recurso. 
A petição que será interposta é uma petição simples, incidindo o artigo 899 da CLT. 
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Todavia, as razões recursais devem ser devidamente fundamentadas, bem como deve 
delimitar as matérias e os valores aos quais se discorda.
Dessa forma, uma vez interposto o agravo, temos dois juízos de admissibilidade possíveis:
• Juízo de admissibilidade negativo, quando não estiverem presentes os pressupostos 
recursais, sendo que neste caso o recurso será processado, podendo o interessado se valer 
de agravo de instrumento, que será abordado no próximo tópico
• Juízo de admissibilidade positivo, se estiverem presentes todos os pressupostos recur-
sais
Sendo o juízo de admissibilidade positivo, o recurso deverá ser processado, de forma a 
intimar as partes contrárias para a apresentação de suas contrarrazões no prazo de 8 
dias. Sendo o agravo de petição feito de forma instrumental, o recorrente deverá fornecer 
as peças necessárias para o exame das controvérsias.
Apresentadas as contrarrazões o juiz poderá reexaminar os pressupostos de 
admissibilidade do recurso em questão. Mantida a admissibilidade, os autos serão 
encaminhados para o juízo competente.
Após chegar ao tribunal e passar por todos os trâmites administrativos, não sendo caso 
de decisão monocrática, o relator elaborará seu voto no prazo de 30 dias. Após isso, 
realizar-se-á a audiência de julgamento, onde os procuradores terão a oportunidade 
de realizar suas sustentações orais. Na audiência pode ser constatada a necessidade 
de produção de provas ou saneamento de vícios, os quais o relator pode determinar 
diligencias e pericias.
Proferido os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para 
redigir o acórdão o relator ou, se este for vencido na decisão, o autor do primeiro voto 
vencedor. O voto pode vir a ser alterado até o momento da proclamação do resultado 
pelo presidente. Salienta-se que o se for o caso do voto vencido, será necessariamente 
declarado e considerado parte integral do acórdão para todos os fins legais, inclusive 
possíveis prequestionamentos. Após lavrado o acórdão, sua ementa será publicada no 
órgão oficial no prazo de 10 dias.
Agravo de Instrumento no Processo Trabalhista
Vemos que no processo civil o agravo de instrumento possui a finalidade maior de 
impugnar as decisões interlocutórias. Já no processo do trabalho, como já dito, as decisões 
de cunho interlocutórias não são suscetíveis de interposição de recursos, tendo em vista 
o tão zelado princípio da celeridade processual, sendo que para essas decisões apenas 
é cabível impugnações de decisões negativas do primeiro juízo de admissibilidade dos 
recursos.
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A previsão legal para o agravo de instrumento no processo trabalhista encontra-se 
expressa através do artigo 897, “b” e §2º a 7º da CLT, senão vejamos:
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. 
§2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não 
suspende a execução da sentença.
§3oNa hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela 
autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, 
quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o 
prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para 
o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada 
a extração de carta de sentença. 
§4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para 
conhecer o recurso cuja interposição foi denegada
§5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de 
modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de 
interposição:
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações 
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão 
originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do 
recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito 
controvertida 
§6oO agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as 
peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos. 
§7oProvido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o 
caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. 
PRAZO
Vemos que o agravo de instrumento segue a regra geral dos recursos trabalhistas, 
possuindo 8 dias de prazo para sua interposição, sendo o mesmo prazo válido para 
as contrarrazões. Lembre-se sempre que a Fazenda Pública, o Ministério Público do 
Trabalho e a Defensoria Pública tem o prazo dobrado de 16 dias, sendo o mesmo válido 
para as contrarrazões.
Nesse caso, apenas necessário de atentar ao fato de que o agravo que se destina a 
destrancar recurso extraordinário no STF tem prazo de 15 dias.
HIPÓTESE DE CABIMENTO
Vemos que no processo trabalhista, o agravo de instrumento é uma modalidade recursal 
restrita, isso porque não é destinado unicamente a destrancar o recurso não processado 
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no juízo a quo. O recurso visa a impugnação de decisões negativas do primeiro juízo de 
admissibilidade do recurso.
Um exemplo prático dessa tese seria quando uma determinada sentença condena a 
empresa X a pagar horas extras ao reclamante. Não se conformando com a decisão, 
interpõe-se o recurso ordinário. Entretanto, no primeiro juízo de admissibilidade, que é 
feito pelo órgão prolator da sentença, é rejeitado o processamento do recurso, sob um 
argumento de que não houve pagamento correto das custas processuais. Dessa forma, 
para que o recurso ordinário possa chegar ao TRT, a empresa pode interpor o agravo de 
instrumento
6 
RECURSO ADESIVO E 
REEXAME NECESSÁRIO
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6. Recurso Adesivo e Reexame Necessário
Recurso Adesivo
O recurso adesivo não é um tipo de recurso, e sim uma forma de se interpor um dos 
tipos de recursos já estudados. Em outras palavras, o recurso adesivo é a interposição de 
um recurso por quem não manifestou intensão de recorrer no prazo próprio, contudo, ao 
observar a interposição de recursopela parte contrária, escolheu não apenas contrarrazoar 
o recurso oposto pela outra parte, mas também apresentar recurso próprio.
Observa-se, portanto, que o recurso adesivo é interposto posteriormente ao prazo de 
recurso autônomo, ou seja, no prazo que é aberto para contrarrazões. Assim, para que 
seja possível a utilização do recurso adesivo a outra parte deve ter recorrido, o que só é 
possível caso ocorra sucumbência reciproca, pois apenas nesse caso haverá interesse de 
recurso pelas duas partes (art.997, §1º CPC).
Importante observar, ainda, que o recurso adesivo é interposto no prazo de resposta do 
recurso da outra parte, ou seja, o recurso adesivo é subordinado ao recurso da outra parte, 
que se denomina “independente”. Isso ocorre porque a parte, no prazo de interposição 
de recurso independente, não manifestou interesse de recorrer, apenas surgindo esse 
interesse quando a outra parte recorreu. Consequência dessa subordinação é insculpida 
do parágrafo 2º do art. 997 do CPC:
§2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras 
deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, 
observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte 
dispõe para responder;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
Como se observa do supracitado parágrafo, a subordinação do recurso adesivo perante 
o recurso independente se relaciona com os requisitos de admissibilidade e julgamento, 
sendo a competência para julgamento do recurso adesivo a mesma do recurso principal. 
Em adição, maior consequência da vinculação entre recurso adesivo e principal é a 
subordinação do conhecimento daquele ao conhecimento deste, como preceitua o item 
II do parágrafo 2º do art.997 CPC.
Por fim, o entendimento sumulado do TST encontra-se no sentido de entender 
compatível o recurso adesivo ao processo trabalhista, sendo possível a interposição 
adesiva do Recurso Ordinário (RO), do Agravo de Petição, do Recurso de Revista (RR) e 
de embargos, como se observa do texto da Súmula 283 da referida corte:
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Súmula nº 283 do TST
RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) 
dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista 
e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada 
com a do recurso interposto pela parte contrária.
Reexame Necessário
O reexame necessário também é conhecido como recurso obrigatório ou recurso ex 
officio, apesar de não ser considerado um recurso por faltar voluntariedade em sua 
interposição.
Conceitua-se o reexame necessário como a garantia de que as sentenças contrárias, 
total ou parcialmente, à União, Estados, Municípios e Distrito Federal, bem como suas 
autarquias e fundações de direito público, sejam obrigatoriamente reexaminadas pelo 
Tribunal para que tenham eficácia, ainda que não haja provocação dos referidos entes.
O instituto em comento encontra-se previsto no art. 496 do CPC, de aplicação subsidiária 
no direito processual laboral:
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo 
tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
Depreende-se da análise do art. 496 que a remessa necessária não se aplica a pessoas 
jurídicas de direito privado, nem mesmo àquelas que integram a Administração Pública 
indireta, como é o caso de empresas públicas e sociedades de economia mista.
Vale ressaltar que mesmo o art.496 trazendo duas hipóteses de aplicação da remessa 
necessária, divididas em inciso I e II, estas redundam em apenas uma: decisões contrárias 
à Fazenda Pública. Isso ocorre porque a execução fiscal apenas pode ser promovida por 
entes da Fazenda Pública. Consequência dessa constatação é o fato de as sentenças 
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de procedência dos embargos à execução fiscal serem decisões contrárias à Fazenda 
Pública.
Todavia, existem casos em que mesmo a sentença sendo contrária à União, Estados, 
Municípios, Distrito Federal, suas autarquias e fundações de direito público, esta não será 
reexaminada. Isso ocorre por força da previsão da Súmula 303, item I, do TST que traz 
limites de valores de condenação que, quando não ultrapassados, levam à inaplicabilidade 
do reexame necessário:
Súmula nº 303 do TST
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 
211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição Federal 
de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor 
correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações 
de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas 
autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 
(cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito 
público.
Nessa senda, a mesma Súmula, em seu item II, ainda traz outras hipóteses que, quando 
configuradas no caso prático, obstam o reexame necessário:
Súmula nº 303 do TST
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 
211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento 
de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente deresolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente 
público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Por fim, a Súmula 303, em seus itens III e IV, afirma que a ação rescisória está suscetível ao 
reexame necessário assim como o mandado de segurança, nos termos que se seguem:
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Súmula nº 303 do TST
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 
211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau 
de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. 
(ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996)
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar 
pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não 
ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, 
ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, 
em 25.11.1996 e 03.06.1996).
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do Trabalho
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